terça-feira, 25 de agosto de 2015

Brasil finaliza compra de 36 caças suecos

 

:

Os governos brasileiro e sueco assinaram contrato de financiamento no valor de US$ 5,4 bilhões para a compra de 36 caças Gripen NG, da empresa sueca Saab, encerrando o último entrave para aquisição das aeronaves destinadas a modernizar a Força Aérea Brasileira (FAB), cerca de US$ 245,3 milhões serão destinados à compra de armamentos; primeira aeronave deverá ser entregue em 2019 e a última em 2024; contrato inclui a compra dos aviões de combate, suporte logístico, aquisição de armamentos e transferência de tecnologia

25 de Agosto de 2015 às 16:15

Ivan Richard, Repórter da Agência Brasil - Os governos brasileiro e sueco assinaram hoje (25), em Londres, na Embaixada do Brasil na Inglaterra, o contrato de financiamento no valor de US$ 5,4 bilhões para a compra de 36 caças Gripen NG, da empresa sueca Saab. Essa era a última etapa para o início da fabricação dos aviões-caça. Desse valor, US$ 245,3 milhões serão para compra de armamentos e 39,882 bilhões de coroas suecas para a aquisição das aeronaves.

De acordo com o Ministério da Defesa, a primeira aeronave deverá ser entregue em 2019 e a última, em 2024. Segundo a Defesa, os caças atenderão às necessidades operacionais da Força Aérea Brasileira (FAB) nos próximos 30 anos. O contrato prevê ainda a fabricação de 15 das 36 unidades no Brasil, incluindo oito unidades de dois lugares, modelo criado para a FAB.

Anunciado em dezembro de 2013, o contrato comercial com a Saab inclui a compra das aeronaves de combate, suporte logístico e aquisição de armamentos necessários à operação dos aparelhos. O contrato assinado prevê a transferência de tecnologia entre os dois países, o que possibilitará ao Brasil, segundo o Ministério da Defesa, deixar de ser comprador para se tornar fornecedor de aeronaves de combate de última geração.

No final de julho, após três dias de negociações, o governo brasileiro conseguiu a reduzir da taxa de juros do financiamento para 2,19%, o que ocasionou uma economia de até R$ 600 milhões ao governo do Brasil. A formalização do contrato financeiro foi realizada na Inglaterra, uma vez que o contrato de financiamento será regido pela lei inglesa, para imparcialidade do acordo.

"A assinatura do contrato financeiro do Gripen NG é de fundamental importância, já que encerra a fase negocial e inicia a fase de execução do contrato comercial, com aquisição e desenvolvimentos dos caças, concretizando, assim, uma aliança estratégica entre Brasil e Suécia", disse, em nota, o ministro da Defesa, Jaques Wagner.

De acordo com a nota divulgada pela assessoria do Ministério da Defesa, o pagamento efetivo do financiamento só ocorrerá após o recebimento da última aeronave, previsto para 2024. Segundo a pasta, a participação brasileira no desenvolvimento do projeto dará à indústria aeronáutica nacional acesso a todos os níveis de tecnologia, incluindo os códigos-fonte do Gripen. "O programa de transferência de tecnologia incluirá itens como a integração de hardware, aviônicos, software e sistemas da aeronave, além do intercâmbio de conhecimento, com mais de 350 brasileiros indo a Suécia para treinamento", informou o Ministério da Defesa.

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/194298/Brasil-finaliza-compra-de-36-caças-suecos.htm

Guerra no espaço pode estar mais perto que nunca

 

Embora neguem, China, Rússia e Estados Unidos estão desenvolvendo e testando novas e controvertidas tecnologias para travar guerras espaciais

Lee Billings

U.S. NAVY

Testes de mísseis antissatélites como este realizado pela Marinha dos Estados Unidos em fevereiro de 2008, fazem parte de uma preocupante marcha rumo a conflitos militares no espaço exterior.

O ponto crítico militar mais volátil e preocupante do mundo não está, indiscutivelmente, no Estreito de Taiwan, na Península da Coreia, no Irã, em Israel, na Caxemira ou na Ucrânia.
De fato, ele não pode ser localizado em qualquer mapa da Terra, embora seja muito fácil de encontrar.
Para vê-lo, basta olhar para cima, para um céu claro, para a “terra de ninguém” que é a órbita terrestre, onde está se desenrolando um conflito que é uma corrida armamentista em tudo, menos no nome.
Talvez a vastidão do espaço exterior seja o último lugar em que se esperaria ver militares competindo por território disputado, exceto pelo fato de que o espaço exterior já não está mais tão vazio.
Cerca de 1.300 satélites ativos circundam o globo em um congestionado traçado de órbitas, fornecendo meios de comunicação, navegação por GPS, previsão meteorológica e vigilância planetária.
Para forças armadas que dependem de alguns desses satélites em guerras modernas, o espaço tornou-se a quintessência do “terreno elevado”, com os EUA como o rei indiscutível “no topo da colina”.
Agora, à medida que China e Rússia procuram agressivamente desafiar a superioridade americana no espaço com ambiciosos programas espaciais militares próprios, a luta pelo poder corre o risco de precipitar um conflito que poderia prejudicar seriamente, se não paralisar, toda a infraestrutura espacial do planeta.
E embora possa começar no espaço, uma confrontação desse tipo poderia deflagrar facilmente uma guerra total na Terra.
As tensões que vinham fervilhando há muito tempo agora estão se aproximando de um ponto de ebulição devido a vários acontecimentos, inclusive recentes e contínuos testes russos e chineses de possíveis armas antissatélites, assim como o fracasso, em julho, das conversações sob os auspícios das Nações Unidas para aliviar as tensões.
Em depoimento perante o Congresso no início do ano, James Clapper, diretor de Inteligência Nacional, ecoou as preocupações de muitas altas autoridades do governo sobre a crescente ameaça a satélites americanos, ao afirmar que tanto a China como a Rússia estão “desenvolvendo capacidades para negar acesso em um conflito”, como os que podem eclodir por causa das atividades militares de Pequim, no Mar da China meridional, ou de Moscou, na Ucrânia.
A China, em particular, ressaltou Clapper, demonstrou “a necessidade de interferir com, danificar e destruir” satélites americanos, referindo-se a uma série de testes de mísseis antissatélites, que começaram em 2007.
Há muitas maneiras de desativar ou destruir satélites além de explodi-los provocativamente com mísseis.
Uma nave espacial poderia simplesmente se aproximar de um satélite e lançar (borrifar) tinta em seus dispositivos ópticos, ou quebrar manualmente suas antenas de comunicação, ou ainda desestabilizar sua órbita.
Lasers podem ser usados para desativar temporariamente ou danificar de forma permanente os componentes de um satélite, particularmente seus delicados sensores, e ondas de rádio ou micro-ondas podem bloquear ou sequestrar transmissões para ou de controladores em terra.
Em resposta a essas possíveis ameaças, a administração Obama programou um orçamento de pelo menos US$ 5 bilhões a serem gastos nos próximos cinco anos para melhorar as capacidades defensivas e ofensivas do programa espacial militar do país.
Os EUA também estão tentando resolver o problema por meio da diplomacia, embora com sucesso irrisório; no final de julho, na ONU, discussões há muito esperadas sobre um código de conduta para nações que exploram o espaço, redigido tentativamente pela União Europeia, empacaram devido à oposição da Rússia, China e de vários outros países, inclusive Brasil, Índia, África do Sul e Irã.
O fracasso colocou soluções diplomáticas para a crescente ameaça em um limbo, conduzindo, provavelmente, a muitos anos mais de debates no âmbito da Assembleia Geral da ONU.
“O xis da questão é que os Estados Unidos não querem conflitos no espaço exterior”, resumiu Frank Rose, secretário-assistente de Estado para controle de armamentos, verificação e cumprimento das leis, que liderou os esforços diplomáticos americanos para impedir uma corrida armamentista espacial.
Os Estados Unidos, declarou Rose, estão dispostos a trabalhar com a Rússia e a China para manter o espaço seguro. “Mas quero deixar muito claro: nós defenderemos nossos bens espaciais se formos atacados”.
Teste
A perspectiva de guerra no espaço não é nova.
Temendo armas nucleares soviéticas lançadas da órbita terrestre, os EUA começaram a testar armamentos antissatélites no final da década de 50.
Os americanos chegaram até a testar bombas nucleares no espaço antes que armas orbitais de destruição em massa foram proibidas através do Tratado do Espaço Exterior da ONU, em 1967.
Após a proibição, a vigilância baseada no espaço tornou-se um componente crucial da Guerra Fria, com satélites servindo como uma parte importante de elaborados sistemas de alerta antecipado de prontidão para detectar o posicionamento ou lançamento de armas nucleares baseadas em terra.
Durante a maior parte da Guerra Fria, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) desenvolveu e testou “minas espaciais”, naves espaciais autodetonantes que podiam procurar e destruir satélites espiões dos EUA ao bombardeá-los com estilhaços.
Na década de 80, a militarização espacial culminou com a multibilionária Iniciativa de Defesa Estratégica do governo de Ronald Reagan, apelidada “Guerra nas Estrelas”, para desenvolver medidas retaliatórias orbitais contra mísseis balísticos intercontinentais soviéticos.
E, em 1985, a Força Aérea dos Estados Unidos fez uma clara demonstração de suas formidáveis capacidades, quando um caça F-15 lançou um míssil que destruiu um satélite falho americano na baixa órbita da Terra.
Durante tudo isso, não ocorreu uma corrida armamentista desenfreada e total, nem foram deflagrados conflitos diretos.
De acordo com Michael Krepon, perito em controle de armas e cofundador do think tank Centro Stimson, na capital Washington, isso se deveu ao fato de que tanto os EUA com a URSS perceberam o quanto seus satélites eram vulneráveis, especialmente os que encontravam em órbitas geossincrônicas (ou geoestacionárias), de aproximadamente 35 mil quilômetros ou mais.
Esses satélites efetivamente pairam acima de um ponto no planeta, tornando-os alvos muito fáceis.
Mas como qualquer ação hostil contra esses satélites poderia escalar facilmente para uma troca nuclear aberta na Terra, as duas superpotências recuaram.
“Nenhum de nós assinou um tratado sobre isso”, observa Krepon. “Simplesmente chegamos independentemente à conclusão de que nossa segurança estaria mais ameaçada se fossemos atrás desses satélites, porque se um de nós fizesse isso, então o outro também faria”.
Hoje, a situação é muito mais complicada.
Órbitas terrestres baixas e altas tornaram-se incubadoras de atividade científica e comercial, repletas de centenas e centenas de satélites de cerca de 60 nações diferentes.
Apesar de seus propósitos majoritariamente pacíficos, todos os satélites, sem exceção, estão em risco, em parte porque nem todos os membros do crescente clube de potências militares espaciais estão dispostos a agir de acordo com as mesmas regras, e nem precisam fazer isso, porque até agora elas ainda não foram escritas.
Lixo espacial
Satélites se deslocam pelo espaço a velocidades muito altas; portanto, o jeito mais rápido e sujo de “matar” um deles é simplesmente lançar alguma coisa ao espaço para obstruir seu caminho.
Até o impacto de um objeto tão pequeno e rudimentar quanto uma bolinha de gude pode desativar ou destruir inteiramente um satélite de um bilhão de dólares.
E se uma nação empregar um método “cinético” desses para destruir o satélite de um adversário, ela pode facilmente criar detritos ainda mais perigosos, potencialmente originando uma reação em cadeia que transformará a órbita terrestre em palco de uma absurda corrida de demolição.
Em 2007, os riscos de detritos aumentaram drasticamente quando a China lançou um míssil que destruiu um de seus próprios satélites meteorológicos na baixa órbita terrestre.
Aquele teste gerou um “enxame” de estilhaços de longa vida que constitui quase um sexto de todos os detritos rastreáveis por radar em órbita.
Os EUA responderam na mesma moeda em 2008, ao redirecionarem um míssil antibalístico lançado de um navio para abater um satélite militar avariado pouco antes de ele cair na atmosfera.
Essa medida também produziu lixo perigoso, embora em quantidades menores, e os detritos tiveram vida mais curta porque foram gerados a uma altitude muito mais baixa.
Mais recentemente, a China lançou o que muitos especialistas dizem ser testes adicionais de armas cinéticas antissatélites baseadas em terra.
Nenhum desses novos lançamentos destruiu satélites, mas Krepon e outros peritos afirmam que isso é porque os chineses agora só estão testando para errar o alvo, em vez de atingi-lo, com a mesma capacidade hostil como resultado final.
O último desses episódios aconteceu em 23 de julho do ano passado.
As autoridades chinesas insistem que a única finalidade dos ensaios é defesa antimíssil pacífica e experimentação científica.
Mas um teste, realizado em maio de 2013, lançou um projétil desses a uma altitude de 30 mil km acima da Terra, aproximando-se do “santuário” de satélites geossincrônicos estratégicos.
Aquilo foi um chamado de alerta, admite Brian Weeden, analista de segurança e ex-oficial da Força Aérea que estudou e ajudou a divulgar o teste chinês.
“Os Estados Unidos aceitaram há décadas o fato de que seus satélites de baixa órbita poderiam ser abatidos facilmente”, diz ele. “Mas quase atingir [a órbita geossincrôncica] fez as pessoas entenderem que, nossa!, alguém realmente poderia tentar ir atrás das coisas que temos lá em cima”.
Não foi coincidência que pouco depois de maio de 2013, os EUA liberaram a divulgação de detalhes de seu programa ultrassecreto Consciência Situacional do Espaço Geossincrônico (GSSAP), um planejado conjunto de quatro satélites capaz de monitorar as altas órbitas da Terra e até se encontrar com outros satélites para inspecioná-los de perto.
Os dois primeiros GSSAPs foram lançados à órbita em julho de 2014.
“Este costumava ser um [chamado] ‘programa preto’, algo que oficialmente nem existia”, explica Weeden. “Ele basicamente foi oficializado (liberado para divulgação) para enviar uma mensagem dizendo: ‘Ei, se você estiver fazendo algo suspeito dentro e ao redor do cinturão geossincrônico, nós veremos’”.
Um intruso na órbita geossincrônica não precisa ser um míssil com uma ogiva (ponta) cheia de explosivos para ser um risco de segurança, mesmo aproximar-se ou se encostar em satélites estratégicos de um adversário é considerado uma ameaça.
Esta é uma das razões por que potenciais adversários dos Estados Unidos podem estar alarmados com as capacidades de rendezvous (encontros) dos satélites GSSAP e dos aviões espaciais robóticos altamente manobráveis X-37B da Força Aérea americana.
A Rússia também está desenvolvendo sua própria capacidade de abordar, inspecionar e potencialmente sabotar ou destruir satélites em órbita.
Nos últimos dois anos, o país incluiu três misteriosas cargas em lançamentos de outra forma rotineiros de satélites comerciais, sendo que o último ocorreu em março deste ano.
Observações de radar feitas pela Força Aérea americana e por entusiastas amadores revelaram que depois que cada um desses satélites foi posicionado, um pequeno objeto adicional voava para bem longe do foguete arremessado, só para depois dar meia volta e voltar.
Os objetos, apelidados Kosmos-2491, K-2499 e K-2504, podem ser apenas parte de um programa inofensivo para o desenvolvimento de técnicas para fazer a manutenção e reabastecer satélites velhos, argumenta Weeden, embora também possam ser destinados a propósitos mais sinistros.
Tratados oferecem poucas garantias
Autoridades chinesas sustentam que suas atividades militares no espaço são simplesmente experimentos científicos pacíficos, enquanto as autoridades russas em geral têm se mantido em silêncio na maior parte do tempo.
As duas nações poderiam ser vistas como simplesmente respondendo ao que elas entendem como o desenvolvimento clandestino, pelos EUA, de potenciais armas espaciais.
De fato, os sistemas americanos de defesa de mísseis balísticos, seus aviões espaciais X-37B e até suas naves espaciais GSSAP, embora todos ostensivamente destinados a manter a paz, poderiam ser facilmente convertidos em armas de guerra espacial.
Durante anos, a Rússia e a China vêm pressionando para a ratificação de um tratado legalmente vinculativo das Nações Unidas para banir armas espaciais; um tratado que autoridades americanas e especialistas externos têm rejeitado repetidamente como uma inviabilidade cínica.
“O esboço do tratado sino-russo visa proibir justamente as coisas que eles mesmos estão procurando desenvolver tão ativamente”, reclama Krepon. “Ele serve perfeitamente aos seus interesses. Eles querem liberdade de ação, e estão encobrindo isso com essa proposta para proibir armas espaciais”.
Mesmo se o tratado estivesse sendo proposto de boa fé “ele estaria morto ao chegar” ao Congresso e não teria a menor chance de ser ratificado, salienta Krepon.
Afinal, os EUA também querem liberdade de ação no espaço, e no espaço nenhum outro país tem mais capacidade e, portanto, mais a perder.
De acordo com Rose, existem três problemas fundamentais com o tratado.
“Um, ele não é efetivamente verificável, o que os russos e chineses admitem”, argumenta. “Você não consegue detectar trapaça. Dois, ele é totalmente silencioso (omisso) sobre a questão das armas terrestres antissatélites, como as que a China testou em 2007 e novamente em julho de 2014. E, terceiro, ele não define o que é uma arma no espaço exterior”.
Como alternativa, os EUA apoiam uma iniciativa liderada pela Europa para estabelecer “normas” para uma conduta adequada através da criação de um Código Internacional de Conduta para o Espaço Exterior, voluntário.
Este seria um primeiro passo, a ser seguido por um acordo vinculativo.
Um esboço dessa proposta, que Rússia e China impediram de ser adotada nas discussões de julho na ONU, exige maior transparência e “construção de confiança” entre nações com capacidade espacial como um meio de promover a “exploração e o uso pacífico do espaço exterior”.
Espera-se que isso possa impedir a geração de mais detritos e o contínuo desenvolvimento de armas espaciais.
No entanto, como o tratado russo-chinês, esse código também não define exatamente o que constitui uma “arma espacial”.
Essa imprecisão representa problemas para altas autoridades da defesa, como o general John Hyten, chefe do Comando Espacial da Força Aérea dos EUA.
“Nosso sistema de vigilância baseado no espaço, que olha para os céus e monitora tudo na órbita geossincrônica, é um sistema de armas?”, pergunta ele. “Creio que todos no mundo olhariam para isso e diriam não. Mas ele é manobrável, viaja a mais de 27.350 km por hora, e tem um sensor a bordo. Não é uma arma, certo? Mas a linguagem [de um tratado] proibiria a nossa capacidade de realizar uma vigilância baseada no espaço? Eu espero que não!”
Guerra no espaço é inevitável?
Enquanto isso, mudanças na política dos EUA estão dando à China e à Rússia mais razões para novas suspeitas.
O Congresso tem pressionado a comunidade de segurança nacional dos EUA a voltar suas atenções para o papel das capacidades ofensivas, em vez das defensivas, chegando até a impor que a maior parte do financiamento do ano fiscal de 2015 para o Programa Segurança e Defesa Espacial, do Pentágono, seja destinada ao “desenvolvimento de estratégias e capacidades ofensivas de controle e defesa ativa do espaço”.
“Controle espacial ofensivo” é uma clara referência a armas.
“Defesa ativa” é uma expressão muito mais nebulosa e se refere a medidas indefinidas de retaliação ofensiva que poderiam ser tomadas contra um atacante, ampliando ainda mais os caminhos através dos quais o espaço pode se tornar um ambiente equipado com armas.
Se uma ameaça iminente for percebida, um satélite ou seus operadores poderiam desfechar um ataque por meios de lasers ofuscantes, micro-ondas de interferência, bombardeio cinético, ou diversos outros métodos possíveis.
“Espero nunca travar uma guerra no espaço”, diz Hyten. “Isso é ruim para o mundo. A cinética [armamentos antissatélites] é horrível para o mundo”, devido aos riscos existenciais que os detritos representam para todos os satélites.
“Mas se a guerra se estender ao espaço”, argumenta ele, “precisamos ter capacidades ofensivas e defensivas com que responder, e o Congresso nos pediu que explorássemos que capacidades seriam estas. E, para mim, o único fator limitante é ‘nada de detritos’. Não importa o que faça, não crie detritos”.
Uma tecnologia para bloquear ou interferir em transmissões, por exemplo, parece sustentar o Counter Communications System (CCS), o sistema de interferência ofensiva em comunicações da Força Aérea, a única capacidade ofensiva americana reconhecida contra satélites no espaço.
“Basicamente o CCS é uma grande antena sobre um trailer, e ninguém sabe como ele realmente funciona, o que de fato faz”, informa Weeden, salientando que, como a maior parte das atividades (trabalhos) espaciais, os detalhes do sistema são ultrassecretos.
“Tudo o que sabemos essencialmente é que eles poderiam usá-lo de para interferir ou bloquear de alguma forma satélites de um adversário ou talvez até enganar ou hackear os instrumentos”.
Para Krepon, os debates sobre as definições de armas espaciais e a agressiva exibição de poder militar entre Rússia China e Estados Unidos estão atrapalhando e eclipsando a questão mais premente dos detritos espaciais.
“Todo mundo está falando sobre objetos intencionais, feitos pelo homem, destinados a travar guerras no espaço, e é como se estivéssemos de volta na Guerra Fria”, compara.
“Enquanto isso, já há cerca de 20 mil armas lá em cima em forma de detritos. Eles não têm nenhum propósito, e não são guiados. Eles não estão procurando detectar satélites inimigos. Eles só estão zanzando por lá, fazendo o que fazem”.
O ambiente espacial, salienta, precisa ser protegido como um bem comum global, como os oceanos e a atmosfera da Terra.
Lixo espacial é muito fácil de ser produzido e muito difícil de ser eliminado; por essa razão, os esforços internacionais deveriam se concentrar na prevenção de sua criação.
Além da ameaça de destruição deliberada, o risco de colisões acidentais e impactos de detritos continuará aumentando à medida que mais nações lançam e operam mais satélites sem uma rigorosa responsabilização e supervisão internacional.
E, à medida que a chance de acidentes aumenta, o mesmo acontece com a possibilidade de eles serem mal interpretados como ações deliberadas e hostis na tensa intriga melodramática dessa intensa competição militar no espaço.
“Estamos no processo de sujar e estragar o espaço, e a maioria das pessoas não se dá conta disso porque não podemos vê-lo como vemos o abate de peixes marinhos, florações enormes de algas, ou os efeitos da chuva ácida”, adverte ele.
“Para evitar poluir e destruir a órbita terrestre, precisamos de um senso de urgência que atualmente ninguém tem. Talvez possamos senti-lo quando não conseguirmos usar nossa televisão por satélite ou nossas telecomunicações, ou acessar noticiários sobre o clima global e previsões de furacões. Quando formos catapultados de volta às condições da década de 50, talvez possamos adquiri-lo. Mas então será tarde demais”.
Sabrina Imbler contribuiu para a reportagem.
Publicado em Scientific American em 10 de agosto de 2015.

http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/guerra_no_espaco_pode_estar_mais_perto_que_nunca.html

Caças americanos F-22 na Europa é prelúdio de confrontação aberta com a Rússia

 

F-22 Raptor

 

© US Air Force / Master Sgt. Jeremy Lock

Os EUA planejam deslocar no futuro próximo à Europa caças furtivos F-22 no quadro da “Iniciativa de Garantia da Segurança Europeia”, disse num briefing a secretária da Força Aérea estadunidense, Deborah Lee James.

Caça norte-americano F-22

© AFP 2015/ STEVEN R. SCHAEFER

EUA podem enviar F-22 para a Europa devido a alegada 'ameaça russa'

Ao mesmo tempo, ela não especificou onde exatamente e quando serão instalados os aviões, sublinhando que isto acontecerá “muito em breve”.

Segundo as palavras da secretária, no quadro do mencionado programa os pilotos americanos realizarão treinamentos junto com os parceiros e aliados na OTAN para “apoiá-los e demonstrar o nosso empenhamento na segurança e estabilidade na Europa”.

Os F-22 neste momento são os únicos caças de quinta geração no mundo que estão sendo usados no exército. Neste momento estas aeronaves realizam missões no Oriente Médio contra militantes do Estado Islâmico. 

Segundo o Pentágono, os planos de reforçar a presença militar norte-americana na Europa visam responder a uma suposta “ameaça” representada pela Rússia.

“A atividade militar russa na Ucrânia continua sendo uma das maiores preocupações para nós e para os nossos aliados europeus”, disse a secretária da Força Aérea estadunidense no briefing. 

A Força Aérea dos EUA aumentou recentemente o número de patrulhas aéreas na região do Báltico quando o Reino Unido recebeu bombardeiros B-2 e B-52 norte-americanos.

Caças Su-25 durante o ensaio geral da parada militar em homenagem ao 70 aniversário da vitória na Segunda Guerra Mundial de 1941-1945.

© SPUTNIK/ HOST PHOTO AGENCY/VLADIMIR VYATKIN

Moscou: possível envio de F-22 à Europa não ficará sem resposta

Jan Miklas, cientista político e ativista tcheco comentou à Sputnik a decisão americana de instalar os F-22 na Europa:

“Claro, tal ‘vizinhança’ não irá acrescentar tranquilidade para os tchecos. Porque esta decisão mostra essencialmente um novo passo no caminho de agudizarão da situação na Europa e uma tentativa de preparar uma confrontação aberta com a Rússia”. 

Ele também confessou que, segundo as suas estimativas, a presença militar americana está aumentando e criticou o pretexto usado pelos EUA para justificar estas ações:

“Tudo o que aconteceu na Ucrânia é culpa direta dos EUA. Não é segredo para ninguém que os americanos alocaram 5 bilhões de dólares para armar esta bagunça no Maidan. Agora eles usam a situação ucraniana para pressionar a Rússia numa luta geopolítica desencadeada por eles mesmos”

Bandeira da OTAN é queimada durante protestos na Rússia

© AFP 2015/ MAXIM AVDEYEV

Político europeu: OTAN usa Rússia para justificar sua própria existência

Richard Labevière, editor-chefe do site do Ministério da Defesa francês e editor-chefe da revista Défense do Instituto das Pesquisas da Defesa Nacional, por sua vez chama a decisão de deslocar os F-22 para a Europa de “provocação por parte da OTAN, que evidencia o aumento da presença da OTAN na Europa e em outras regiões do mundo” e enumera duas razões das ações norte-americanas:

“Os EUA procuram uma ‘montra’, uma oportunidade de mostrar o avião em ação para contribuir para as suas exportações. O F-22 Raptor já participou várias vezes das operações no Iraque e na Síria mas, para estimular o interesse dos clientes europeus, os americanos decidiram colocar os aviões na Europa. Por exemplo, já se sabe que a Polônia está interessada neles”.

“O segundo aspeto é geopolítico. Os EUA deslocam novos aviões para a Europa em resposta a numerosos pedidos dos países Bálticos, especialmente por parte da Lituânia, que desde há muito tempo é conhecida por sobrestimar a chamada ameaça russa. Estão sendo deslocados também por causa da mudança da situação do leste da Ucrânia depois da recente agressão do exército ucraniano contra as forças do Donbass”.

Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20150825/1954641.html#ixzz3jritEqCZ

"EUA falharam e ajudaram o terror", diz especialista autor de livro sobre o Estado Islâmico

 

Michael Weiss, jornalista e analista político, aponta os erros do governo americano no Oriente Médio. Para ele, as prisões americanas no Iraque ajudaram a construir o atual EI

Por: Julia Braun e Diego Braga Norte22/08/2015 Xiita comemora tomada de Jurf al-Sakhar, cidade no sul de Bagdá que estava nas mãos do terrorista Estado Islâmico. A frase na parede diz: ‘Morte ao Daash’, acrônimo de um dos nomes do grupo terrorista

  • 178Xiita comemora tomada de Jurf al-Sakhar, cidade no sul de Bagdá que estava nas mãos do terrorista Estado Islâmico. A frase na parede diz: ‘Morte ao Daash’, acrônimo de um dos nomes do grupo terrorista (Foto: Alaa Al-Marjani/Reuters)Homem desabrigado fugindo da violência em Ramadi carrega criança nas costas, próximo a Bagdá, Iraque

  • 278Homem desabrigado fugindo da violência em Ramadi carrega criança nas costas, próximo a Bagdá, Iraque (Foto: Stringer/Reuters)

  • Criança iraquiana desabrigada foge da província de Anbar devido aos conflitos de forças favoráveis ao governo e grupos jihadistas

    378Criança iraquiana desabrigada foge da província de Anbar devido aos conflitos de forças favoráveis ao governo e grupos jihadistas (Foto: Haidar Hamdani/AFP)

  • 478Míssel Truxtun, criado durante o governo de Geroge Bush filho, é lançado de veículo marinho americano do Golfo Pérsico em direção ao Iraque (Foto: US Navy/Scott Barnes/AFP)

  • 578Avião de combate francês deixa sua base militar nos Emirados Árabes e segue em direção ao norte do Iraque para combater o Estado Islâmico (Foto: French Army Communications body ECPAD/AFP)

  • 678Em meio à luta entre curdos do PKK e os terroristas do Estado Islâmico, tanques do Exército turco ficam postados na fronteira com a Síria (Foto: Lefteris Pitarakis/AP)

  • 778Na imagem, um posto militar do exército sírio localizado na cidade de Maarat al-Numan é atingido por combatentes rebeldes do Estado Islâmico (EI), nesta terça-feira (14) (Foto: Ghaith Omran/AFP)

  • 878Fumaça é vista durante ataques aéreos na cidade síria de Ain al-Arab, visto a partir da fronteira com a Turquia. O Pentágono anunciou hoje (08) que o poder aéreo dos Estados Unidos por si só não pode impedir que os jihadistas do Estado Islâmico (EI) avancem sobre a cidade fronteiriça de Kobane (Foto: Aris Messini/AFP)

  • 978Terroristas do Estado Islâmico (EI) são vistos em morro próximo à cidade de Kobane, região fronteiriça entre a Síria e a Turquia (Foto: Aris Messinis/AFP)

  • 1078Fumaça é vista depois de bombardeio na cidade síria de Kobani. Coalizão internacional tenta impedir avanço terrorista contra a cidade, que fica perto da fronteira com a Turquia (Foto: Burhan Ozbilici/AP)

  • 1178Militares britânicos trabalham em um caça na base aérea de Akrotiri, perto de Limassol, no Chipre. A Grã-Bretanha tem usado a base para operações contra alvos do grupo terrorista Estado Islâmico no Iraque (Foto: Petros Karadjias/AP)

  • 1278Caças F-15E da Força Aérea dos Estados Unidos sobrevoam o norte do Iraque após a realização de ataques aéreos na Síria em combate aos militantes do Estado Islâmico. Foto tirada no último dia 23 e divulgada hoje - 26/09/2014 (Foto: Senior Airman Matthew Bruch/Força Aérea dos Estados Unidos/Reuters)

  • 1378Caça F-18 da marinha americana é reabastecido no ar, na região norte do Iraque. A aeronave integra parte das ações de ataque aos alvos do Estado Islâmico (EI) na Síria (Foto: VEJA.com/EFE)

  • 1478Imagem divulgada pelo Pentágono mostra refinarias de petróleo controladas pelo Estado Islâmico no leste da Síria, antes e depois de ser destruída em um ataque aéreo dos EUA (Foto: Divulgacão/VEJA)

  • 1578Imagem divulgada pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, mostra míssel sendo lançado do porta-aviões 'USS George H.W. Bush' em direção ao Golfo Árabe - 23/09/2014 (Foto: Departamento de Defesa dos Estados Unidos/Reuters)

  • 1678Imagem divulgada pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, mostra míssel sendo lançado do porta-aviões 'USS George H.W. Bush' em direção ao Golfo Árabe - 23/09/2014 (Foto: Departamento de Defesa dos Estados Unidos/Reuters)

  • 1778Imagens divulgadas pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos mostram danos à Refinaria de Petróleo Gbiebe na Síria - 25/09/2014 (Foto: Departamento de Defesa dos Estados Unidos/Reuters)

  • 1878Imagens divulgadas pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos mostram danos à Refinaria de Petróleo Jerive na Síria - 25/09/2014 (Foto: Departamento de Defesa dos Estados Unidos/Reuters)

  • 1978Caças norte-americanos posicionados no porta-aviões 'George H.W. Bush' se preparam para realizar missões no Golfo Pérsico em combate ao Estado Islâmico - 23/09/2014 (Foto: Departamento de Defesa dos Estados Unidos/Reuters)

  • 2078Caças norte-americanos posicionados no porta-aviões 'George H.W. Bush' se preparam para realizar missões no Golfo Pérsico em combate ao Estado Islâmico - 23/09/2014 (Foto: Departamento de Defesa dos Estados Unidos/Reuters)

  • 2178Imagem divulgada pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos mostra centro de testes em Abu Kamal, na Síria, antes e depois de ataque - 23/09/2014 (Foto: Departamento de Defesa dos Estados Unidos/Reuters)

  • 2278Míssel contra o Estado Islâmico é lançado do porta-aviões 'George H.W. Bush' - 23/09/2014 (Foto: Departamento de Defesa dos Estados Unidos/Reuters)

  • 2378Voluntário Xiita da milícia Hezbollah aponta seu rifle durante combate contra militantes do Estado Islâmico - 01/09/2014 (Foto: VEJA.com/EFE)

  • 2478Cidadãos iraquianos protestam nas ruas de Kerbala, sul do Iraque, com fotos de parentes supostamente executados pelo Estado Islâmico (Foto: Alaa Al-Shemaree/EFE)

  • 2578Secretário de Estado dos Estados Unidos John Kerry, olha papéis durante o voo da Jordânia para o Iraque, no início de uma turnê pelo Oriente Médio em busca de apoio militar, político e financeiro para derrotar os militantes islâmicos que controlam partes do Iraque e da Síria - 10/09/2014 (Foto: Brendan Smialowski/Reuters)

  • 2678Combatente curdo Peshmerga lança morteiro em direção a cidade de Zummar, controlada pelo Estado Islâmico, no Iraque (Foto: Ahmed Jadallah/Reuters)

  • 2778Um caça iraquiano é visto ao sobrevoar a cidade de Amerli, dominada por militantes radicais do Estado Islâmico desde junho. Segundo informações oficiais divulgadas nesta quarta-feira (03), as forças nacionais do Iraque já recuperaram parte do território (Foto: Ahamad Al-Rubaye/AFP)

  • 2878Militar Xiita fica de guarda após destruir o cerco jihadista do Estado Islâmico em Amerli, Iraque - 01/09/2014 (Foto: Stringer/Reuters)

  • 2978Exército iraquiano entra na cidade de Amerli apos destruir cerco jihadista do Estado Islâmico - 01/09/2014 (Foto: Youssef Boudlal/Reuters)

  • 3078Voluntários Xiitas da milícia Hezbollah em combate contra o grupo extremista do Estado Islâmico na cidade de Amerli, Iraque - 01/09/2014 (Foto: VEJA.com/EFE)

  • 3178Milícia iraquiana posam com bandeira do Estado Islâmico para celebrar o rompimento do cerco da cidade de Amerli, Iraque - 01/09/2014 (Foto: Youssef Boudlal/Reuters)

  • 3278Meninas em gestos de comemoração após o Exército Iraquiano romper o cerco de Amerli, Iraque. A cidade estava sitiada há mais de dois meses - 01/09/2014 (Foto: Stringer/Reuters)

  • 3378Garotos carregam garrafas de água que receberam de uma doação curda após o rompimento do cerco em Amerli, Iraque - 01/09/2014 (Foto: Youssef Boudlal/Reuters)

  • 3478Garoto anda de bicicleta carregando uma bandeira Hezbollah em Amerli, Iraque - 01/09/2014 (Foto: Youssef Boudlal/Reuters)

  • 3578Combatente xiita monta guarda próximo à cidade de Bagdá contra os jihadistas do Estado Islâmico, no Iraque (Foto: Ali Al-Saadi/AFP)

  • 3678Soldado das forças curdas Peshmerga se prepara para lançar um foguete contra jihadistas, no Iraque (Foto: Ahmad Al-Rubaye/AFP)

  • 3778Soldado das forças curdas Peshmerga durante conflito com jihadistas, no Iraque (Foto: Ahmad Al-Rubaye/AFP)

  • 3878Comandante das forças curdas Peshmerga, monta guarda próximo à cidade de Gwer no Iraque após a retirada de jihadistas do Estado Islâmico (Foto: Youssef Boudlal/Reuters)

  • 3978Combatentes curdos montam guarda próximo à cidade de Gwer no Iraque, após retirada de jihadista do Estado Islâmico (Foto: Youssef Boudlal/Reuters)

  • 4078Voluntários yazidis durante instruções de como manusear armas para combater terroristas no Iraque (Foto: Youssef Boudlal/Reuters)

  • 4178Iraquianos desabrigados se aglomeram para receber comida de curdos, na Síria (Foto: Khalid Mohammed/AP)

  • 4278Iraquianos desabrigados recebem doações de roupas, na Síria (Foto: Khalid Mohammed/VEJA)

  • 4378Iraquianos desabrigados vivem em barracas improvisadas na cidade de Erbil, no Iraque (Foto: Youssef Boudlal/Reuters)

  • 4478Cristãos iraquianos que fugiram da violência da cidade de Qaraqosh descansam próximo à uma Igreja, no iraque (Foto: Safin Hamed/AFP)

  • 4578Iraquianos da minoria religiosa Yazidi fogem à pé em direção a Síria após ataques de militantes islâmicos que mataram pelo menos 500 pessoas que seguem a religião curda e católicos (Foto: VEJA.com/Reuters)

  • 4678Iraquianos que fugiram da violência na província de Nínive, chegar à província de Sulaimaniya (Foto: VEJA.com/Reuters)

  • 4778Cristãos iraquianos se abrigam na igreja de São José, em Erbil, no norte do Iraque depois de fugirem de suas aldeias invadidas por extremistas islâmicos (Foto: Khalid Mohammed/AP)

  • 4878Cristãos iraquianos que fugiram da violência na aldeia de Qaraqush, a leste da província de Nínive, descansam na igreja São José, na cidade curda de Erbil, na região autônoma do Curdistão iraquiano (Foto: Safin Hamed/AFP)

  • 4978Cristãos iraquianos que fugiram da violência na aldeia de Qaraqush, a leste da província de Nínive, descansam na igreja São José, na cidade curda de Erbil, na região autônoma do Curdistão iraquiano (Foto: Safin Hamed/AFP)

  • 5078Soldado curdo de prontidão para combater as forças terroristas do EIIL (Foto: Stringer/Reuters)

  • 5178Tropas curdas realizam operação contra os jihadistas militantes do Estado Islâmico no Makhmur, nos arredores da província de Nínive, no Iraque - 08/08/2014 (Foto: VEJA.com/Reuters)

  • 5278Civis iraquianos se reúnem pela manhã, após uma série de carros-bomba atravessou ruas comerciais em vários bairros de Bagdá - 07/08/2014 (Foto: Karim Kadim/AP)

  • 5378Local de uma explosão em um bairro predominantemente xiita na cidade de Sadr, ao norte de Bagdá - 01/08/2014 (Foto: VEJA.com/EFE)

  • 5478Local de uma explosão em um bairro predominantemente xiita na cidade de Sadr, ao norte de Bagdá - 01/08/2014 (Foto: VEJA.com/EFE)

  • 5578Um carro-bomba explodiu na região central de Bagdá, na manhã desta sexta-feira (01/08/2014). O Iraque vem enfrentando uma forte onda de violência desde o mês passado, quando insurgentes sunitas tomaram posse de grandes faixas de terra ao norte do país (Foto: Wissm al-Okili/Reuters/VEJA)

  • 5678Templo de Jonas destruído em Mosul, Iraque (Foto: VEJA.com/AP)

  • 5778Soldado das forças curdas Peshmerga faz patrulha na província de Nineveh, no Iraque (Foto: VEJA.com/Reuters)

  • 5878Soldados das forças curdas Peshmerga montam guarda contra militantes sunitas liderados pelo Estado Islâmico, no Iraque (Foto: VEJA.com/Reuters)

  • 5978Tropas curdas se preparam para um ataque contra o Estado Islâmico do Iraque na província de Nineveh (Foto: VEJA.com/Reuters)

  • 6078Voluntários xiitas que se alistaram para lutar contra os jihadistas, durante treinamento próximo à cidade de Basra, no Iraque (Foto: Haidar Mohammed Ali/AFP)

  • 6178Forças de segurança iraquianas destroem a bandeira do grupo militante sunita pertencente ao Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), durante uma patrulha na cidade de Dalli Abbas; O líder da Al Qaeda pediu aos muçulmanos de todo o mundo para pegarem em armas e migram para o Estado declarado em solo sírio e iraquiano (Foto: Reuters/VEJA)

  • 6278Aviões russos chegam a base aérea militar do Iraque, no aeroporto de Bagdá; Segundo informações do Ministério da Defesa, os caças que chegaram ao país serão usados para apoiar as tropas iraquianas no combate aos militantes islâmicos sunitas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), que tomam poder nas províncias ao norte (Foto: Reuters/VEJA)

  • 6378Membros do bloco político sunita 'Mutahidoon' durante uma coletiva de imprensa realizada após a primeira sessão do Parlamento iraquiano em Bagdá; Dirigentes não conseguiram nomear um primeiro-ministro para substituir Nuri al Maliki, escurecendo qualquer perspectiva de um governo de forte unidade para salvar o país do colapso (Foto: Thaier Al-Sudani/Reuters/VEJA)

  • 6478Caça russo chega à base aérea militar do Iraque, no aeroporto de Bagdá; As aeronaves serão utizadas para apoiar as tropas iraquianas a combater militantes islâmicos sunitas que tomaram o poder nas províncias ao norte do país (Foto: Reuters/VEJA)

  • 6578Membro das forças curdas em posição de combate contra militantes sunitas liderados pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL), na aldeia Basheer, sul da cidade de Kirkuk (Foto: RickI Findler/AFP/VEJA)

  • 6678Soldado das forças curdas Peshmerga fala com um líder de uma comunidade xiita local, que elogia ações das Forças Especiais curdos para protegê-los de militantes sunitas liderados pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL), na cidade de Kirkuk (Foto: Rick Findler/AFP/VEJA)

  • 6778Na aldeia iraquiana de Basheer, membro das forças curdas passa por um tanque durante uma pausa nos combates contra militantes sunitas liderados pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL) (Foto: Rick Findler/AFP/VEJA)

  • 6878Membros das forças curdas Peshmerga mantém posição na aldeia iraquiana de Basheer; Militantes sunitas liderados pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante assumiram o controle de uma passagem de fronteira Iraque-Síria depois que os rebeldes sírios se retiraram durante a última madrugada (Foto: Karim Sahib/AFP/VEJA)

  • 6978Vista aérea do complexo de Baiji, no Iraque (Foto: Getty Images/VEJA)

  • 7078Imagem de vídeo mostra fumaça na refinaria de petróleo de Baiji (Foto: Reuters/VEJA)

  • 7178Voluntários iraquianos que se juntaram às forças do Exército comemoram nas ruas de Baquba (Foto: Ali Mohammed/EFE)

  • 7278Voluntários são revistados antes de se juntarem ao Exército iraquiano na luta contra os terroristas do EIIL (Foto: Ahmed Saad/Reuters)

  • 7378Voluntários se unem ao Exército iraquiano para combater o avanço de forças terroristas do EIIL (Foto: Ahmed Saad/Reuters/VEJA)

  • 7478Crianças observam carro destruído após ofensiva dos terroristas do EIIL em Mosul, no Iraque (Foto: Reuters)

  • 7578Corpo de um soldado iraquiano é fotografado em uma das ruas da cidade de Mosul, atacada pelos terroristas do EIIL (Foto: Reuters/VEJA)

  • 7678Veículo das autoridades iraquianas é queimado um dia depois de terroristas do EIIL atacarem a cidade de Baiji (Foto: Reuters/VEJA)

  • 7778Forças de segurança curdas vigiam os arredores da cidade de Kirkuk, no Iraque (Foto: Ako Rasheed/Reuters/VEJA)

  • 7878Crianças refugiadas da violência em Mosul, carregam água em um dos acampamentos nos arredores de Erbil, na região do Curdistão do Iraque (Foto: Reuters/VEJA)

  • Voltar ao início

  • Todas as imagens da galeria:

Legendas Todas as mídias Slideshow


Os Estados Unidos falharam em sua campanha antiterrorista no Iraque e abriram brechas para o crescimento de organizações extremistas como o Estado Islâmico (EI), diz Michael Weiss, jornalista americano, analista e colunista da revista de relações internacionais Foreign Policy e autor de um dos mais recentes e completos livros sobre o grupo jihadista - Estado Islâmico: Desvendando o Exército do Terror.

De acordo com Weiss, o sistema prisional americano no Iraque foi um dos grandes responsáveis pela radicalização dos terroristas que hoje lideram o Estado Islâmico. O jihadismo defendido pelo EI fermentou em uma prisão americana no Iraque chamada Camp Bucca, próxima de Bagdá. Enquanto estavam presos, seguros e bem alimentados, os extremistas arregimentaram presos comuns. "Se observarmos a liderança do EI hoje, incluindo Abu Bakr al-Baghdadi, todos ficaram presos em Camp Bucca. Isso não é coincidência. Essa foi a falha colossal de planejamento de guerra dos Estados Unidos: sua política de detenção", disse o autor em entrevista ao site de VEJA.

Leia também:

Estado Islâmico matou mais de 3000 pessoas em um ano

Depois do Califado, vem aí a moeda do Estado Islâmico

Síria: EI decapita e pendura corpo de arqueólogo em Palmira

O especialista também discorreu sobre a atual força e futuro do EI, os métodos de cooptação de novos recrutas do grupo e a influência do ditador sírio Bashar Assad no complexo jogo político na região. Weiss, ao lado do analista sírio Hassan Hassan, conseguiu investigar a história, as convicções, objetivos e métodos do grupo terrorista que vem impressionando o mundo com sua crueldade. Os autores fizeram dezenas de entrevistas com oficiais militares, agentes de serviços de inteligência, diplomatas e até mesmo membros do EI para construir um perfil do grupo extremista.

Estado Islâmico: Desvendando o Exército do Terror parte da trajetória de Abu Musab al-Zarqawi, fundador do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (nome original do grupo), explica sua aproximação com a Al Qaeda e detalha como a organização terrorista se reergueu após a intervenção do Ocidente no Iraque. Weiss e Hassan examinam também as estratégias de propaganda usadas pelos terroristas e elaboram perfis comportamentais dos integrantes do grupo. A seguir, leia os principais trechos da entrevista.

"Estado Islâmico: Desvendando o Exército do Terror", de Michael Weiss e Hassan Hassan"Estado Islâmico: Desvendando o Exército do Terror", de Michael Weiss e Hassan Hassan(Divulgação/VEJA)

Em seu livro, o senhor menciona erros dos Estados Unidos na campanha no Iraque que ajudaram a consolidação de grupos extremistas. Em sua opinião, qual foi o maior erro dos EUA? Quando os americanos passaram o controle das prisões no Iraque para o governo iraquiano, muitas pessoas haviam sido presas por outros crimes, pessoas que não estavam tentando ir atrás dos americanos e não eram uma ameaça ao Estado do Iraque. E é aqui que está o colossal fracasso no planejamento dos EUA: as instalações de detenção, principalmente a de Camp Bucca, que é a maior. Quando capturávamos os jihadistas, nós os tirávamos de zonas de combate ativo, dávamos proteção a eles, três refeições por dia e assistência médica. Nós essencialmente demos a eles uma área para recrutar outros membros, descansar um pouco da guerra e coordenar futuros ataques. Muitas pessoas aprenderam como construir bombas em Camp Bucca. Presos por crimes bobos se tornaram radicais na prisão pelo contato com detentos leais à Al Qaeda. Se observarmos a liderança do EI hoje, incluindo Abu Bakr al-Baghdadi [chefe do EI que os EUA acreditam estar gravemente ferido], todos ficaram presos em Camp Bucca. Isso não é coincidência.

Como acontece o processo de coerção e radicalização dos recrutas do Estado Islâmico? Muitas das pessoas que vão lutar com o EI não começam como islamistas ou jihadistas. Podem não ser sequer muçulmanos fiéis. Algumas das pessoas que entrevistamos disseram que foram atraídos pela guerra contra a presença de tropas estrangeiras e contra regimes corruptos, particularmente no Iraque e na Síria. Quando entraram, primeiro se juntaram a outros grupos rebeldes, mas se desencantaram com eles, pois achavam que também eram corruptos ou hipócritas. Os jihadistas do EI eram diferentes, diziam que não apenas criavam combatentes, mas mostravam a única forma real de ser muçulmano. É assim que eles agem, convencendo as pessoas de que a sua filosofia é o verdadeiro caminho para a iluminação espiritual e para qualquer forma de vida feliz. Os soldados são quebrados psicologicamente e são reconstruídos novamente à imagem do EI.

Esse é também o processo com os jihadistas ocidentais que vão para o Oriente Médio se juntar ao EI? Não é coincidência que muitos dos recrutas sejam adolescentes, tenham menos de 20 anos. Muitos deles vêm de um ambiente muito bom. São filhos de médicos ou advogados, de classe média, vivendo na Bélgica, França, Grã-Bretanha ou na Escandinávia. Mas, como tantos jovens em países ocidentais, muitos deles não têm um propósito, são adolescentes rebeldes, são um clichê. Os recrutadores do EI sabem encontrá-los e se aproveitar disso.

O governo dos EUA demorou em perceber a ameaça do Estado Islâmico? O presidente Obama subestimou o Estado Islâmico. Ele os chamou de "time júnior de terrorismo". Isso aconteceu apenas seis meses antes de eles conquistarem um território do tamanho da Grã-Bretanha.

Como o EI se tornou tão poderoso? Parte da explicação está nos erros cometidos pelos iraquianos e pelos americanos. Além disso, é preciso atribuir parte da responsabilidade ao regime do ditador sírio Bashar Assad, que facilitou as operações da Al Qaeda no Iraque até o início da guerra civil em seu próprio quintal, e mesmo depois.

Seu livro é claro sobre a importância do Irã no xadrez do Oriente Médio. Em que medida o recente acordo nuclear do Ocidente com os iranianos interfere nesse jogo? O Irã está mais poderoso agora. Ouvimos de muitas pessoas que está tudo bem porque o Irã está lutando contra os sunitas do EI. Acho isso uma tolice. Abu Musab al-Zarqawi dizia até pouco antes de o matarmos que a maior ameaça para a sua franquia não eram os americanos, curdos ou outras minorias como os cristãos, mas a maioria de xiitas no Iraque e, por trás deles, a Guarda Revolucionária do Irã. Zarqawi acreditava que os americanos afrouxariam suas forças no Iraque e acidentalmente entregariam o país ao Irã, a maior potência xiita da região. A propaganda do EI é muito efetiva e prega que os americanos infiéis, ligados aos judeus e aos xiitas querem eliminar os sunitas. Para o Estado Islâmico, esse acordo nuclear só certifica essa teoria da conspiração.

Seu livro dá a impressão de que grupos terroristas existirão para sempre no Oriente Médio. É uma visão muito pessimista? Não há dúvida de que em um futuro próximo não veremos a ameaça imposta pelo EI e outras organizações jihadistas encolher. Uma das principais razões é o fato de que a Líbia se tornou um Estado falido e um abrigo para todos os tipos de organização jihadista internacional. Elas brigam entre si, é verdade, mas têm um santurário onde se abrigar.

Como essa guerra sectária entre vertentes de jihadistas afeta o Ocidente? Atualmente EI e Al Qaeda competem como as duas mais impressionantes franquias jihadistas. Uma das formas como vão competir é tentando explodir coisas no Ocidente. Então, agora, não temos apenas a guerra ao terror, mas também uma guerra dentro do terror, e essa guerra vai ser jogada com vidas ocidentais. Isso já tem ocorrido, na França, na Austrália, na Bélgica. E tende a piorar.

Recentemente, o 'The New York Times' publicou uma reportagem afirmando que o EI está se transformando em um Estado funcional que usa o terror como ferramenta. Esta é uma perspectiva aterrorizante... O Exército americano capturou recentemente alguns documentos reveladores na Síria. A conclusão de muitos que os analisaram é que o EI já se comporta e funciona como um Estado. Não uma nação propriamente dita, mas um Estado em construção, com funções definidas. Os jihadistas do EI têm pretensões de ser um Estado; eles não se chamam Estado Islâmico por nada. Em áreas ocupadas, eles se comportam como um Estado: controlam a Justiça, serviços sociais, escolas, policiamento, comércio.

Os EUA terão eleições presidenciais em 2016. Como o senhor acha que serão as políticas de combate ao EI do próximo governo? Quem quer que se torne presidente vai ser mais intervencionista do que Obama tem sido. Nós sabemos o lema de Obama: "Os EUA só tornam as coisas piores quando se envolvem no mundo". Eu acho que vai haver uma mudança nessa área da política americana. Tem de haver.

http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/eua-falharam-e-ajudaram-o-terror-diz-especialista-autor-de-livro-sobre-o-estado-islamico

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Pânico global atinge em cheio o mercado brasileiro

 

:

Na sequência do crash chinês, BM&FBovespa abriu em forte queda nesta segunda-feira, chegando a cair 6,5%; índice amenizou perdas e fechou com queda de 3%, batendo mínima desde 2009; temor de quebradeira na China atingiu em cheio exportadores brasileiros, como a Vale; desaceleração também derrubou os preços do petróleo ainda mais e fez Petrobras cair bruscamente na Bovespa; as duas fecharam em queda de 8% e 6%, respectivamente; dólar subiu 1,62%, a R$ 3,55; crise internacional torna ainda mais delicada a gestão da economia no Brasil; boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira 24, prevê queda de mais de 2% do PIB em 2015

24 de Agosto de 2015 às 10:22

247 - O crash da China causa pânico nas bolsas internacionais e afeta diretamente a Bolsa de Valores de São Paulo, que abriu em forte queda e chegou a cair 6,5% na manhã desta segunda-feira 24. O índice amenizou perdas na parte da tarde, aproximando-se de 2%, e fechou em queda de 3%, batendo mínima desde 2009.

A forte desvalorização do Yuan trouxe indefinição ao cenário global e fez com que a bolsa de Xangai despencasse 8,46%, a maior queda diária desde o auge da crise financeira global em 2007, refletindo a frustração de investidores após Pequim não anunciar novos estímulos no fim de semana. Na semana passada, já houve recuo de 11%.

O cenário atinge diretamente exportadores brasileiros, como a Vale. A desaceleração também derruba os preços do petróleo ainda mais e fez a Petrobras derreter na Bovespa. As quedas nas ações das duas empresas também foram amenizadas até o fim do dia, mas mesmo assim fecharam em queda de 8% e 6%, respectivamente, renovando mínimas de pelo menos nove anos.

O dólar fechou em alta de 1,62%, cotado a R$ 3,55. A crise global torna ainda mais delicada a gestão da economia no Brasil. O boletim Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda, prevê queda de mais de 2% do PIB em 2015 (leia mais).

Abaixo, reportagens do portal Infomoney e da agência Reuters sobre o mercado nesta segunda:

Ibovespa cai por pânico global com situação da China; dólar e DIs sobem forte

O Ibovespa abre em baixa nesta segunda-feira (24), em um dia de pânico profundo nas bolsas internacionais, com a Ásia no olho do furacão negativo que arrasa os mercados hoje. As fortes desvalorizações do yuan trouxeram indefinição ao cenário global e fizeram com que a bolsa de Xangai despencasse 8,46%. Ao mesmo tempo, as cotações de commodities recuam às mínimas em 16 anos. No cenário interno o mercado avalia os desdobramentos da crise política depois que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, pediu a investigação da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT).

Às 10h19 (horário de Brasília), o benchmark da Bolsa brasileira caía 5,79%, a 43.072 pontos, ainda com muitas ações em leilão. O Ibovespa Futuro já afunda 5%. Já o dólar comercial sobe 1,38% a R$ 3,5442, ao passo que o dólar futuro para setembro sobe 1,18% a R$ 3,552. Os futuros dos índices norte-americanos Dow Jones e S&P 500 recuam 4,06% e 3,78% respectivamente.

No fim de semana, o governo chinês disse que vai permitir a fundos de pensão que comprem ações. A especulação sobre corte de compulsórios para estimular a economia não se confirmou.

As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) estavam cotadas para abrir em queda.

Também tinha algum peso por aqui o Relatório Focus, com a mediana das projeções de diversos economistas, casas de análise e instituições financeiras para os principais indicadores macroeconômicos. A previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2015 oscilou de uma retração de 2,01% para uma de 2,06%. Já no caso do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é o medidor oficial de inflação utilizado pelo governo, as projeções caíram de 9,32% para 9,29%.

Cenário externo

A segunda-feira já começou bastante negativa para os mercados globais. As bolsas asiáticas e europeias despencam em meio ao sell off global, agravado pelo tombo dos papéis chineses, que intensificou a fuga de ativos mais arriscados em meio a temores de desaceleração econômica global encabeçada pela China. Xangai teve baixa de 8,46%, a maior queda percentual diária desde 2007.

O índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico exceto Japão caía 5,46%, abaixo da mínima de três anos. Hang Seng teve queda de 5,17%, enquanto Nikkei despencou 4,61%.

Ativos vistos como um porto-seguro, como títulos de governo e o iene, apresentaram ganhos em meio à instabilidade nos mercados financeiros. O gatilho para as turbulências veio sob a forma da forte desvalorização do iuan chinês, que alimentou temores sobre o estado da segunda maior economia do mundo.

"Os mercados estão em pânico. As coisas estão começando a parecer com a crise financeira asiática no fim da década de 1990. Especuladores estão vendendo ativos que parecem ser os mais vulneráveis", disse o chefe de pesquisa do Shinsei Bank, Takako Masai.

Bolsas de valores em todo o mundo, do Japão à Indonésia, foram duramente atingidas pela queda das ações chinesas desde a abertura nesta segunda-feira, após Pequim não anunciar nenhum grande estímulo no fim de semana para sustentar as ações, como era amplamente esperado após a queda de 11 por cento da semana passada.

O sell off se estendeu pela Europa, que vê as principais bolsas do continente caírem cerca de 3%. Por outro lado, a Alemanha vê consequências limitadas da desaceleração econômica da China para sua economia, a maior da Europa, disse uma porta-voz do Ministério da Economia nesta segunda-feira.

"Estamos monitorando os desdobramentos na China com muita atenção. As consequências imediatas para a economia da Alemanha, no entanto, devem ser limitadas", disse a porta-voz.

No cenário do continente, líderes da oposição grega fizeram progresso zero neste domingo nos esforços para tentar formar uma nova coalizão, apesar dos apelos internos e externos por eleições rápidas para que o país possa lidar com crises econômica e humanitária simultâneas.

O sell off se estende no mercado de commodities: o minério de ferro negociado no porto de Qingdao tem baixa de 5,02%, a US$ 53,08, enquanto o brent é negociado com queda de 3,78%, a US$ 43,74.

22 ações do Ibovespa caem mais de 6%: Petrobras, Vale e siderúrgicas afundam

A sessão desta segunda-feira (24) é marcada pela queda de todas as 66 ações do índice, sendo que a menor queda é da Souza Cruz (CRUZ3) que recua 0,45%, lembrando que a companhia se prepara para deixar a Bolsa. Enquanto isso, 65 das 66 ações do benchmark da Bolsa registram perdas de mais de 4%. Para conferir o desempenho de todos os papéis do Ibovespa confira a ferramenta altas e baixas do InfoMoney.

10h55: Bancos
Em mais um dia de "sell-off" global, os papéis dos bancos afundam e ajudam a pressionar ainda mais o benchmark. O Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 25,07, -5,04%), Bradesco (BBDC3, R$ 23,26, -5,45%; BBDC4, R$ 22,05, -5,28%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 17,36, -5,85%) e Santander (SANB11, R$ 13,08, -7,50%) caem todos mais de 5%.

10h37: Vale (VALE3, R$ 15,05, -9,88%; VALE5, R$ 12,10, -10,04%) e siderúrgicas
A mineradora Vale e as siderúrgicas afundam nesta segunda-feira seguindo o desempenho do mercado chinês e do minério de ferro. Enquanto isso, CSN (CSNA3, R$ 2,75, -9,84), Gerdau (GGBR4, R$ 4,73, -8,16%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 2,58, -13,13%) e Usiminas (USIM5, R$ 2,79, -9,12%) despencam.

As fortes desvalorizações do yuan trouxeram indefinição ao cenário global e fizeram com que a bolsa de Xangai despencasse 8,46%. Ao mesmo tempo, as cotações de commodities recuam às mínimas em 16 anos. O minério de ferro spot com 62% de pureza no porto de Qingdao afunda 5,03% a US$ 53,28 a tonelada.

10h37: Petrobras (PETR3, R$ 8,38, -8,91%; PETR4, R$ 7,57, -8,80%)
Como era de se esperar com o "dia negro" no mercado asiático, as ações da Petrobras afundam logo no início da sessão desta segunda-feira, com o petróleo Brent recuando 4,11% a US$ 43,59. No noticiário da estatal, a companhia desativou a unidade de craqueamento catalítico fluido (FCCU, na sigla em inglês) com capacidade de produção de 56 mil barris por dia de gasolina na refinaria de Pasadena, Texas, Estados Unidos, com capacidade para 100 mil barris por dia, após um incêndio durante a noite de domingo, afirmaram fontes familiarizadas com as operações da fábrica.

Ainda no radar da empresa, os ministros de Minas e Energia, Eduardo Braga, e da Fazenda, Joaquim Levy, instituíram grupo de trabalho com o objetivo de avaliar os impactos sobre a concorrência, a regulação e as políticas públicas do processo de desinvestimento da Petrobras "em atividades com características de monopólio natural".

Além disso, o fundo de investimentos alemão HSBC Inka, controlado pelo HSBC, retirou as acusações feitas contra Petrobras em um processo em Nova York, segundo informações do Valor. A ação havia sido arquivada na quarta-feira, acusando a companhia de inflar valores de ações e títulos de dívida vencidos entre 19 de agosto de 2012 e 13 de maio deste ano. Em seguida, a Inka ajuizou uma nova ação judicial contra a estatal em Nova York, mas sem citar o HSBC como seu controlador. Com a mudança, a companhia segue ré de 13 ações individuais, além da ação coletiva - a "class action" - que corre paralelamente nos Estados Unidos.

10h36: Suzano (SUZB5, R$ 15,78, -6,41%)
A companhia segue o desempenho dos mercados globais, e não consegue evitar a queda nem com a disparada do dólar, que chegou a R$ 3,57 na máxima do dia. No noticiário, em resposta à taxação antidumping aplicada pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos, a Suzano informou, no sábado, que não planeja alterar a sua estratégia de exportação para os Estados Unidos, enquanto não for proferida uma decisão final na investigação, prevista para o primeiro trimestre de 2016.

Segundo a companhia, o caso sob investigação não se refere a preços abaixo do custo de produção, mas sim à avaliação dos valores praticados no mercado norte americano comparados à atuação da empresa no mercado doméstico. Esta comparação, segundo a Suzano, sofre forte influência cambial dependendo do período de investigação.

Anteontem, a empresa informou que o Departamento de Comércio dos Estados Unidos proferiu na quarta-feira decisão preliminar, em processo de investigação de dumping nas importações de certos tipos de papel não revestido provenientes da Austrália, Brasil, China, Indonésia e Portugal. O papel não revestido é usado em envelopes e páginas de livro, por exemplo.

10h35: Klabin (KLBN11, R$ 18,75, -6,25%)
A Aneel autorizou o adiamento do cronograma de implantação da Usina Termoelétrica Klabin Celulose, em Ortigueira (PR), segundo resolução publicada no Diário Oficial. A Klabin pediu postergação do cronograma de implantação citando dificuldades relacionadas à definição da composição acionária, estruturação financeira, revisão do escopo técnico da fábrica de celulose e complexidades nos estudos para conexão dessa usina, segundo documento da Aneel. A UTE tem potência instalada total de 330.000 kW.

10h34: Telefônica (VIVT4, R$ 37,62, -5,10%)
A Telefônica Vivo não está mais disposta a participar da consolidação do número de operadoras de telefonia no país, segundo o Valor Econômico. Segundo o joranl, a companhia quer tocar sua vida, do alto de seus R$ 70 bilhões de valor de mercado, e mira a Sky para ganhar força no que é menor em sua carteira de serviços: TV por assinatura. Em outras palavras, comprar a TIM no modelo tripartite - dividindo com Oi e Claro - não está em seus planos, no cenário atual. A compra da Sky seria uma operação do porte da GVT, entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões.

10h34: Brasil Pharma (BPHA3, R$ 0,63, -5,97%)
A Brasil Pharma teve seu rating de longo prazo rebaixado pela Fitch Ratings para ‘B+(bra)’ , de ‘BB(bra)’. A agência colocou o rating em observação negativa. Em comunicado, explicou o motivo do rebaixamento: "reflete a contínua incapacidade de a companhia retornar a uma geração de caixa operacional materialmente positiva e as maiores incertezas em relação à equalização de sua estrutura de capital em bases sustentáveis".

Dólar sobe quase 2% ante real por preocupação com China e política local
Reuters - O dólar avançava cerca de 2 por cento em relação ao real nesta segunda-feira, ultrapassando 3,55 reais e acompanhando a intensa aversão ao risco nos mercados globais após as bolsas da China derreterem diante dos sinais de desaceleração da segunda maior economia do mundo e por preocupações com a crise política que atravessa o Brasil.

Às 9:47, o dólar avançava 1,55 por cento, a 3,5501 reais na venda. Na máxima da sessão, já chegou a 3,5700 reais, com alta de 2,12 por cento, próximo dos 3,5709 reais atingidos no último dia 6, maior pico intradia desde 5 de março de 2003 (3,5800 reais).

A divisa dos Estados Unidos também fortalecia contra as principais moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

"Os agentes internacionais esperavam que o banco central chinês anunciasse novas medidas no final de semana para dar suporte ao sistema financeiro. Como nada foi feito, as principais bolsas chinesas fecharam novamente com fortes quedas hoje, arrastando as demais praças para um pregão de perdas", escreveu o operador da corretora SLW, em nota a clientes, João Paulo de Gracia Correa.

As bolsas de Xangai e Shenzhen desabaram mais de 8 por cento nesta sessão, reforçando o quadro de preocupações com a China, que vem afetando o apetite por ativos de risco, como aqueles denominados em reais, nos mercados globais.

No Brasil, preocupações políticas também atingiam o ânimo dos agentes financeiros, após o vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, determinar que as contas de campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff e o PT sejam investigados por suposta prática de crimes, argumentando que há "vários indicativos" de que ambos foram financiados por propina desviada da Petrobras.

Os mercados financeiros têm sido profundamente afetados pelas incertezas em torno da permanência de Dilma no cargo até o fim de seu mandato. "Está cada vez mais difícil imaginar a luz no fim do túnel", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

Mais tarde, o Banco Central dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em setembro, com oferta de até 11 mil contratos, equivalentes à venda futura de dólares.

(Por Bruno Federowski)

https://www.brasil247.com/pt/247/economia/194086/Pânico-global-atinge-em-cheio-o-mercado-brasileiro.htm

Dilma tinha razão: mundo vive nova crise global

 

:

24 de Agosto de 2015 às 16:08

247 – O cenário mundial das bolsas de valores após o crash chinês nesta segunda-feira 24 confirma que a presidente Dilma Rousseff, que tem feito alertas frequentes sobre a gravidade da crise global desde o início de seu segundo mandato, tinha razão. Apesar disso, ela sempre foi contestada por analistas internos sobre esta tese.

A queda de 8,46% em Xangai – a maior queda percentual diária desde 2007 –, no entanto, afetando bolsas de valores em todo o mundo, do Japão à Indonésia, mostra que o quadro é inequívoco: o mundo enfrenta uma crise tão aguda ou ainda mais grave do que a de 2008.

Ainda na Ásia, o índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico exceto Japão, caía 5,46%, abaixo da mínima de três anos. Hang Seng teve queda de 5,17%, enquanto Nikkei despencou 4,61%. Enquanto isso, as principais bolsas da Europa registraram perdas entre 4,6% e 5,96%.

"Os mercados estão em pânico. As coisas estão começando a parecer com a crise financeira asiática no fim da década de 1990. Especuladores estão vendendo ativos que parecem ser os mais vulneráveis", disse o chefe de pesquisa do Shinsei Bank, Takako Masai.

Em menos de um ano, preços do petróleo caíram mais de 60%, derrubando ações de todas as petroleiras globais. Commodities exportadas pelo Brasil, como o minério de ferro, também enfrentam as mínimas históricas. Desta vez, até analistas conservadores, como Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg, tenderão a reconhecer a gravidade do quadro internacional.

Com informações do portal Infomoney

Confira mais detalhes nas reportagens da Reuters, abaixo:

Índice europeu de ações perde 450 bi de euros em valor de mercado após tombo da China
(Reuters) - O principal índice europeu de ações despencou nesta segunda-feira após os mercados chineses desabarem, reduzindo em bilhões de euros seu valor de mercado e atingindo a mínima em sete meses.

O índice FTSEurofirst 300 fechou com queda de 5,44 por cento, a 1.349 pontos e perdeu cerca de 450 bilhões de euros (521,42 bilhões de dólares) em valor de mercado -- pior performance de fechamento desde novembro de 2008.

O índice chegou a cair 7,8 por cento durante a sessão, maior queda intradia desde outubro de 2008, pouco depois da falência do banco de investimentos norte-americano Lehman Brothers. O termômetro fechou acima das mínimas mas permaneceu em vias de marcar a pior queda mensal desde 2002. Seu valor de mercado diminuiu em mais de um trilhão de euros desde o início do mês.

As bolsas chinesas despencaram mais de 8 por cento nesta segunda-feira, em sua maior perda diária desde o início da crise financeira global em 2007, após Pequim não anunciar grandes medidas de estímulo no fim de semana, mesmo após tombo de 11 por cento na semana passada.

Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 4,67 por cento, a 5.898 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 4,70 por cento, a 96.648 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 5,35 por cento, a 4.383 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 5,96 por cento, a 20.450 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 5,01 por cento, a 97.756 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 5,80 por cento, a 4.981 pontos.

Bolsas nos EUA têm pior sessão em 4 anos por preocupações com China

Por Noel Randewich

(Reuters) - Investidores preocupados com a China levaram os principais índices acionários dos Estados Unidos a recuarem quase 4 por cento nesta segunda-feira, em uma sessão volátil que confirmou o S&P 500 formalmente em território de correção, mesmo após uma dramática recuperação das ações da Apple.

O índice Dow Jones fechou em queda de 3,57 por cento, a 15.871 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 3,94 por cento, a 1.893 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 3,82 por cento, a 4.526 pontos.

Com as perdas desta sessão, o S&P 500 e o Nasdaq entraram em território de correção. O Dow Jones já havia entrado em território de correção --isto é, mais do que 10 por cento abaixo de sua máxima em 52 semanas-- na sexta-feira.

O Dow Jones chegou a perder mais de 1 mil pontos nesta sessão, a maior perda em pontos intraday de sua história.

A queda desta sessão veio após as bolsas chinesas despencarem 8,5 por cento, o que foi o gatilho para vendas nos mercados acionários mundiais, assim como no petróleo e em outras commodities.

Wall Street vinha operando em uma margem estreita durante boa parte do ano, mas a volatilidade saltou este mês, com os investidores cada vez mais preocupados com um potencial tropeço da economia chinesa e após Pequim surpreender os mercados ao desvalorizar sua moeda.

Alguns investidores venderam ações pouco antes do fechamento do mercado na tentativa de capitalizar com a volatilidade nos preços vista mais cedo.

"Se as coisas não se acalmarem na China, nós podemos ter outra abertura feia amanhã e você não iria querer ser pego mantendo posições que você comprou esta manhã", disse o diretor de derivativos da Charles Schwab, Randy Frederick.

O presidente-executivo da Apple, Tim Cook, tomou uma atitude pouco usual, em comentários à CNBC, de reafirmar aos acionistas sobre os negócios da empresa na China, antes de uma dramática queda 13 por cento e recuperação das ações da empresa, que fecharam em queda de quase 2,5 por cento, a 103,12 dólares.

O S&P 500 e o Dow Jones tiveram suas maiores baixas percentuais diárias desde 18 de agosto de 2011. Já o Nasdaq teve a maior queda percentual desde 9 de novembro de 2011.

Preços do petróleo desabam para novas mínimas com temores sobre China
NOVA YORK (Reuters) - O movimento de queda do petróleo, que já dura algumas semanas, acelerou-se agudamente nesta segunda-feira, com os preços caindo mais de 5 por cento para novas mínimas de seis anos e meio, devido a preocupações com a economia da China.

As perdas no petróleo seguiram a queda no mercado de ações da China de quase 9 por cento, que por sua vez afetou os mercados financeiro globais.

A maior queda diária do petróleo em quase dois meses sugere que os piores temores em relação às previsões econômicas da China (o segundo maior consumidor de petróleo do mundo) obscureceram sinais imediatos do persistente excesso de oferta como o principal motivador da baixa.

O petróleo Brent para outubro caiu 2,77 dólares, ou 6,1 por cento, encerrando a 42,69 dólares por barril, após cair

para a mínima do contrato de 42,51 dólare por barril, o valor mais baixo para o primeiro vencimento desde março de 2009,

Já o petróleo nos EUA teve queda de 2,21 dólares, ou 5,5 por cento, encerrando a 38,24 dólares por barril, a mínima desde fevereiro de 2009.

O petróleo nos EUA, que está se encaminhando para uma perda mensal de 17 por cento, registrou sua oitava semana consecutiva de perdas na sexta-feira, a maior série negativa consecutiva semanal desde 1986.

(Por Robert Gibbons; reportagem por Karolin Schaps e Meeyoung Cho)

http://www.brasil247.com/pt/247/economia/194103/Dilma-tinha-razão-mundo-vive-nova-crise-global.htm

Ministro russo: Mais de 40países querem aderir à União Econômica Eurasiática

Aleksei Ulyukayev em 17 de agosto de 2015

© Sputnik/ Sergei Guneyev

Mais de 40 países e organismos internacionais estão interessados em criar uma zona de livre comércio com a União Econômica Eurasiática (UEE), disse nesta segunda-feira (24) Aleksei Ulyukayev, ministro do Desenvolvimento Econômico russo.

“Mais de 40 países e organizações internacionais fizeram público o seu desejo de criar uma zona de comércio livre com a UEE, inclusive a Indonésia, a China, a Tailândia e o Camboja”, disse Ulyukayev, que está participando de consultas dos ministros da Economia dos países-membros da Cúpula da Ásia Oriental, que começa hoje em Kuala Lumpur.

No mês passado, o ministro da Indústria e Comércio da Rússia, Denis Manturov, dizia que a Tailândia podia enviar seu pedido até o fim do ano em curso.

No momento, a UEE tem uma zona de livre comércio com o Vietnã.

Segundo o ministro, a Rússia está interessada em novas direções de cooperação entre os países, fortalecendo os laços regionais e o acesso a novos mercados para as empresas da Rússia.

A UEE foi fundada pela Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão e Rússia. O Quirguistão passou a integrar oficialmente o organismo em 12 de agosto. Países como o Tajiquistão, Síria, China, Índia, Irã são candidatos ao ingresso.

A Cúpula da Ásia Oriental é, desde 2005, um evento anual que reúne os países da ASEAN e seus parceiros (Austrália, China, Coreia do Sul, EUA, Índia, Japão, Nova Zelândia e Rússia). A União Europeia, Canadá, Mongólia e Paquistão também têm mostrado interesse em aderir a este grupo.

Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20150824/1940667.html#ixzz3jkusrJG8

O‘maior pesadelo’ dos EUA vira realidade

 

O presidente da China, Xi Jinping, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na Parada da Vitória.

 

As relações que a Rússia está mantendo e desenvolvendo atualmente com a China implicam complicações para a política do mundo unipolar, pregada pelos EUA, diz um artigo intitulado “O maior pesadelo da América: Rússia e China se aproximam” da revista National Interest.

Os tempos de Richard Nixon e Henry Kissinger, que punham barreiras na tentativa de separar a Rússia e a China, já passaram. Agora, a China é um parceiro próximo e seguro da Rússia, o que cria um ambiente incômodo para a tradicional conduta dos EUA na região asiática.

“Além da sua simetria eurasiática, elas [a Rússia e a China] compartilham interesses comuns, ambas se opõem à supremacia dos EUA, aos valores da democracia e transparência dos EUA e um desejo comum de uma ordem mundial mais multipolar”, dizem os autores do artigo, Mathew Burrows e Robert A. Manning.

Deixando de lado o assunto da democracia e transparência (por acaso o sigilo em torno dos tratados TiSA, TTP e TTIP, promovidos pelos EUA, será testemunho de transparência?), é possível ver que a “supremacia dos EUA” ocupa o primeiro lugar nesta lista. E quanto ao mundo “mais multipolar”, os próprios autores da matéria reconhecem que os Estados Unidos têm “tendências unipolares”, que eles precisam abandonar para “agir como primeiro entre iguais”.

Logo da cimeira BRICS em Ufá

© Agência-photohost

“Mídia internacional se articula para desacreditar os BRICS”

No entanto, vale lembrar que a China e a Rússia são atores de um projeto internacional que visa precisamente mais multipolaridade, que é o grupo BRICS, com instituições como o Novo Banco de Desenvolvimento, o Arranjo Contingente de Reservas. A China, por sua parte, organizou neste ano o Banco Internacional de Investimentos Infraestruturais (AIIB), ao qual um considerável número de países já aderiu.

Para a revista, a parceria sino-russa significará maior atenção aos Estados latino-americanos, implicando um maior grau de participação e envolvimento internacional destes países. Burrows e Manning destacam que a Rússia e a China “ultrapassam seriamente” os EUA no quesito de política internacional.

Reconhecendo a mestria russa e chinesa em “xadrez político”, os autores do artigo instam Washington a preparar uma resposta igualmente eficiente, o que os EUA parecem ignorar.

Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20150824/1939290.html#ixzz3jksvEp4E

Ação de Gilmar é resposta possível dos tucanos ao fim da “esperança Cunha”

 

Por Fernando Brito

gilcunha

No mínimo inusual e insólito o ato de Gilmar Mendes, na sua função de Ministro do TSE, de enviar as contas da campanha da chapa Dilma-Temer à Procuradoria Geral da República.

Qualquer operador do Direito sabe que o fluxo normal seria o inverso: o juiz ponderar provas trazidas pelo MP ou por autores de reclamação judicial, não o de tomar a iniciativa.

Diriam os advogados, citando Cícero: “da mihi factum, dabo tibi jus” (dê-me o fato, e eu darei o direito), para simbolizar o princípio da inércia do juiz – não a inércia da preguiça, obvio, mas a da iniciativa jurídica.

Mas, então, admitindo que assistam razões morais de defesa da lisura do processo eleitoral – sim, incumbência do juiz – quais são os fatos apontados por Mendes?

As doações de empresas envolvidas na Lava-Jato, certo?

Não seria, portanto, o correto e equilibrado determinar as condições em que operaram-se todas as doações feitas por estas empresas às candidaturas de todos que as receberam?

Aécio Neves (PSDB, DEM PTB e SD, entre outros), Marina Silva (PSB, PPS) e até o Pastor Everaldo e Levy Fidélix?

E não apenas às campanhas presidenciais, mas às de todos os candidatos, em todos os níveis, que as suportam e estimulam e, está nos números, os tucanos chegaram a recolher mais que o próprio PT?

E estas doações, que o Ministro considera suspeitas não se deram ao abrigo de uma legislação – que o ínclito Eduardo Cunha tenta “enfiar” na Constituição – que só não é considerada inválida porque o próprio Mendes aboletou-se há mais de um ano sobre o julgamento que assim a proclamava, vedando doações empresariais?

A desculpa, dada pelo ministro em entrevista ao Estadão de que “os partidos que dispõem de acesso à máquina governamental vão ter acesso a lista de nomes, aos CPFs e vão poder produzir doações”, distribuindo-as por “100 mil nomes” é de uma indigência mental toda prova.

Bastaria que alguns dos “100 mil laranjas” não declarassem ao Fisco, como é obrigatório, a doação para que o “laranjal” ruísse.

A sustentação moral do pedido feito por Gilmar Mendes, reabrindo “ad eternum” a apreciação de contas eleitorais é nenhuma.

É política em seu estado mais impuro: caído o “anjo vingador” do impeachment, Eduardo Cunha, salta Gilmar Mendes ao combate para que o desgaste persista e termine por valer mais o voto das togas que o do povo.

Que é, afinal, nestes tempos, o remake do que o poder econômico fez no século passado com a instituição militar para substituir-se à escolha da população na constituição de governos.

http://tijolaco.com.br/blog/?p=29148

domingo, 23 de agosto de 2015

Daqui a uns dias a polícia vai estar gritando: Chamem a vigilância!!

Segurança: Para cada PM, o Ceará tem dois vigilantes

domingo, agosto 23, 2015 1 comentário

Segundo a Polícia Federal, 33.479 profissionais do ramo da segurança privada atuam no Ceará. Número cresceu 524% desde 2010. Já a PM conta hoje com 17.341 agentes

Acrescente violência no Ceará levou os cidadãos a uma espécie de “corrida” pela segurança particular. Resultado disso, o Estado tem hoje 33.479 vigilantes profissionais em atividade. O número é 93% superior ao efetivo total da Polícia Militar, de 17.341 agentes, que são responsáveis por ações de policiamento ostensivo. A diferença é ainda maior se considerados os seguranças não legalizados, que atuam de maneira clandestina. A Polícia Federal estima que, para cada profissional autorizado trabalhando, existam outros três ilegais.

Em 2010, havia 5.362 vigilantes em atividade no Ceará. De lá para cá, o setor teve um incremento de 524%. No mesmo período, o número de homicídios no Estado cresceu 58%, saltando de 2.803 casos em 2010 para 4.439 em 2014. Roubos e furtos, que implicam diretamente na sensação de segurança, não foram divulgados na íntegra no período, pois os dados são considerados inconsistentes pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Em 2013, porém, 51.414 ocorrências do tipo foram registradas no Estado.

Ilegalidade

A violência urbana que cresceu na ausência do Estado levou não só à busca pela segurança patrimonial, como acarretou a “profissionalização” do setor. Cenas como as flagradas pelo O POVO.dom nas ruas de Fortaleza, com homens sentados em banquinhos e de cassetete na mão, são cada vez mais raras. Hoje, é comum que moradores contratem seguranças que circulam pelas ruas dos bairros em motos, bicicletas e até mesmo carros. Os dois perfis de trabalhadores, porém, exercem atividade ilegal.

“Eles estão usurpando uma competência que é da Polícia Militar, a quem cabe o policiamento ostensivo nas ruas. Aos vigilantes, cabem as ações preventivas de segurança dentro do patrimônio. Dos portões para fora é com a PM”, frisa a delegada Eliza Barbosa, chefe da Delegacia de Controle de Segurança Privada (Delesp) da PF. A delegada afirma que, apesar de ilegal, a ação clandestina não é crime ou contravenção. Cabe à PF somente fiscalizar e encerrar a execução do serviço, num primeiro momento. “Não cabe a prisão em flagrante da pessoa que executa o serviço de segurança irregular. Mas, caso o vigilante irregular insista na prestação do serviço, ele será preso pelo crime de desobediência”. A Delesp atua com base em denúncias e fiscalizações regulares.

Números

33.479 vigilantes profissionais estão em atividade no Ceará

17.341 policiais militares trabalham no Estado, incluindo oficiais e praças

Fonte: O Povo

A incrível resposta da Globo no caso do apartamento no Guarujá atribuído a Lula. Por Paulo Nogueira

 

As provas são "a vizinhança": o alegado apartamento de Lula

As provas são “a vizinhança”: o alegado apartamento de Lula

Lula é o alvo da plutocracia.

Isso está claro. Dilma, com as unhas aparadas, fica até 2018.

O problema é Lula.

Quem poderia enfrentá-lo na direita? São todos mirins. Ao mesmo tempo, também o PT, sem Lula, vira um adversário muito mais fácil de bater.

Tirar Lula é a prioridade, portanto.

A mídia comanda, como sempre, a perseguição.

Vale tudo, como você pode observar. A prova não está na Veja, que há dez anos, semana sim, semana não, anuncia o fim de Lula.

Esqueça, portanto, a Veja, que figura já no manicômio da imprensa.

Mas repare no Globo.

Numa coisa, em particular. Dias atrás, Lula desmentiu ser dono de um apartamento no Guarujá que ele poderia comprar com o dinheiro de uma palestra.

O Globo respondeu oficialmente. É o tipo de resposta que quem milita ou militou na imprensa sabe que foi lida e aprovada pelos patrões.

Isso dá a ela mais importância ainda.

A contraargumentação da Globo é centrada, toda ela, na vizinhança.

Não há um único documento, não há uma única prova.

A vizinhança disse.

Quem é essa enigmática vizinhança, o leitor não fica sabendo. Batata.

Mas que cultura editorial é esta que baseia uma denúncia – porque era este o tom do Globo – na vizinhança?

Parece piada, parece coisa do Sensacionalista. Mas é o Globo nesta fase mata-Lula.

A vizinhança disse que Lula foi visto “três vezes” no prédio.

Ainda que fosse verdade – onde uma foto neste tempo de orgia de selfies? – o que significa Lula ter ido ao prédio além disso mesmo, que ele foi ao prédio?

Isso é evidência de propriedade? Só para quem deseja atacar a qualquer preço.

A resposta do Globo evoca a vizinhança, mais uma vez, para dizer que Lulinha foi o responsável por uma reforma no apartamento alegadamente de Lula.

Sempre ela, a vizinhança.

Mais uma vez, nem uma só foto de Lulinha? Se foi mesmo o responsável, deve ter ido ao apartamento várias vezes.

Poderiam ter fotografado à distância, se quisessem. Ou de perto, se alguém da vizinhança se apresentasse a Lulinha amigavelmente.

Não é todo dia que você encontra o filho de um presidente, e ainda mais um no centro de tantas acusações como Lulinha.

Nada.

E finalmente a mulher de Lula, Mariza, também é invocada na resposta do Globo.

Mariza cuidou da decoração, segundo – adivinhe – a vizinhança.

O assunto todo é de extrema irrelevância. Qualquer palestrante – Merval, Jabor, Míriam Leitão etc – compra um apartamento daqueles com um pé nas costas. Que dirá Lula, com cachês de astro do circuito internacional de palestra?

O que é desimportante vira assunto sério por um único motivo: mostrar que o Globo não vai ter limites na perseguição a Lula.

O que se deve esperar não é jornalismo. É caça mesmo.

(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).

Paulo Nogueira

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-reveladora-resposta-da-globo-no-caso-do-apartamento-no-guaruja-atribuido-a-lula-por-paulo-nogueira/

Por que o PSDB está em silêncio diante das denúncias contra Eduardo Cunha?

 

"A moral e a coerência tucanas são mesmo um primor", diz Jean Wyllys, em crítica ao "silêncio constrangedor" dos parlamentares do PSDB.

reprodução

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) criticou, nas redes sociais, o comportamento de parlamentares tucanos em relação à denúncia contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por corrupção e lavagem de dinheiro ao STF nesta quinta-feira 20. A PGR pede restituição de mais de U$ 80 milhões, além de prisão de 184 anos para o atual presidente da Câmara.
Nesta quinta, Wyllys postou em sua página no Facebook: “A bancada do PSDB na Câmara Federal – também conhecida como o ninho dos tucanos – não só mergulhou em silêncio constrangedor em relação à denúncia da PGR contra Eduardo Cunha (acusado de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro), como o deputado Carlos Sampaio, líder da bancada do PSDB, participou de reunião a portas fechadas com Eduardo Cunha (da qual participaram também o líder do DEM, Mendonça Filho, e do PSC, André Moura) para ver meios de blindar o denunciado e o manter na presidência da Câmara”.
“Ah, a moral e a coerência tucanas são mesmo um primor, né? FHC também ainda não abriu o bico. Por quê? Quanto ao DEM e ao PSC, nós já sabemos a que valores servem esses partidos”, continuou o deputado do PSOL. Seu partido, sob liderança do deputado Ivan Valente (SP), pede a saída de Cunha da presidência da Casa e ainda a abertura de um processo de investigação na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, o que abre caminho para a cassação de seu mandato.
Em uma nota pluripartidária assinada ontem, deputados pediram o afastamento de Cunha do comando da Casa. Confira abaixo o manifesto de deputados de dez partidos contra Cunha:
A denúncia contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, por corrupção e lavagem de dinheiro, apresentada pela Procuradoria Geral da República, é gravíssima. Com robusto conjunto probatório, ela não apenas reforça as informações sobre o envolvimento de Cunha no esquema criminoso investigado pela Operação Lava Jato, como expõe o Parlamento brasileiro e torna insustentável a sua permanência na Presidência da Casa.
O Ministério Público acusa Eduardo Cunha de corrupção e lavagem de dinheiro – referente ao recebimento de US$ 5 milhões de um lobista e outras milionárias transações. Apurou-se também que Cunha se utilizou de requerimentos de informação para chantagear empresários que estariam com parcelas de propina em atraso – requerimentos esses originados em seu gabinete e assinados pela então deputada Solange Almeida.
A diferença da condição de um investigado em inquérito para a de um denunciado é notória. Neste caso, Cunha é formalmente acusado de ter praticado crimes. Com a denúncia do Ministério Público, a situação torna-se insustentável para o deputado, que já demonstrou utilizar o poder derivado do cargo em sua própria defesa.
Exercer a Presidência da Câmara dos Deputados exige equilíbrio, postura ética e credibilidade. A responsabilidade de dirigente maior de uma das casas do Poder Legislativo é incompatível com a condição de denunciado. Em defesa do Parlamento, clamamos pelo afastamento imediato de Eduardo Cunha da Presidência da Câmara dos Deputados. Parlamentares do PSOL, PSB, PT, PPS, PDT, PMDB, PR, PSC, PROS, PTB.
Informações de Congresso em Foco e 247

http://cartamaior.com.br/?%2FEditoria%2FPolitica%2FPor-que-o-PSDB-esta-em-silencio-diante-das-denuncias-contra-Eduardo-Cunha-%2F4%2F34306