domingo, 29 de março de 2015

Gleisi sobre doações: parte é propina e parte é patriotismo?

 

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Ao questionar as investigações da Operação Lava Jato, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) lembrou que, nas eleições anteriores, as doações empresariais eram permitidas e, por isso, não podem ser criminalizadas; alvo da Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef afirmou ter doado R$ 1 milhão à campanha da petista em 2010, o que ela nega; Gleisi disse que foram R$ 62 mi doados por oito empresas a políticos, em 2010; segundo a parlamentar, as mesmas oito empresas doaram R$ 228 mi para algumas dezenas de candidatos; "Vão investigar por amostragem ou existe uma crença de que parte das doações empresariais se dá por patriotismo, dever cívico, e a outra parte é propina?"

25 de Março de 2015 às 11:49

Notícias Paraná - A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) defendeu em Plenário, nesta terça-feira (24), o fim do financiamento por empresas privadas para eleições. E aproveitou para lembrar que, nas eleições anteriores, as doações empresariais eram permitidas e, por isso, não podem ser criminalizadas.

"A Procuradoria-Geral da República pretende investigar doações recebidas por 15 políticos. Foram R$ 62 milhões doados por oito empresas, em 2010. Mandei levantar no site do TSE e apuramos que as mesmas oito empresas doaram um total de 228 milhões para algumas dezenas de candidatos de quase todos os partidos. Então, qual é o critério para se investigar aproximadamente um quarto dessas doações feitas há quatro anos e, repito, verificadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral? Vão investigar por amostragem ou existe uma crença de que parte das doações empresariais se dá por patriotismo, dever cívico, e a outra parte é propina?", questionou.

Para Gleisi, esse tipo de confusão vai acabar junto com o fim das doações, por isso, defende o financiamento público de campanha. “Todavia, entendo que as doações de pessoas físicas podem seguir permitidas, porém, limitadas a um valor nominal. Não me parece razoável estabelecer limites relativos, quando há tamanha desigualdade na situação financeira dos eleitores”, propôs.

A senadora pediu agilidade no andamento dessas propostas. “Espero que, diante de toda a insatisfação da população brasileira com governantes e políticos em geral, façamos o que todos esperam desta Casa: que promovamos o necessário aprimoramento do nosso sistema político”.
Partidos políticos

A senadora Gleisi também defendeu uma reforma política que reforce o papel dos partidos políticos. Com legendas fortes e com conteúdo programático definido, ela acredita ser possível acabar, por exemplo, com as alianças hoje existentes em todos os níveis de governo, firmadas com o objetivo de dar estabilidade na administração e assegurar a aprovação de projetos no Legislativo.

“Eu defendo um sistema que possua menos partidos, porém partidos mais fortes e efetivos, com maior coesão programática; e, por consequência, maior valorização das instituições partidárias em detrimento das lideranças individuais. Muito se fala das principais democracias do mundo, e, em todos esses locais, o que vemos são poucos e fortes partidos disputando eleições, tanto no sistema presidencialista quanto no sistema parlamentarista”, argumentou.

Entre as propostas de reforma política, Gleisi citou duas sugeridas por ela: uma que assegura às mulheres 50% das vagas nas eleições proporcionais. A outra limita a reeleição para o cargo de senador e exige a desincompatibilização dos senadores e dos chefes dos Executivos que queiram se reeleger.

*Com Assessoria

http://www.brasil247.com/pt/247/parana247/174562/Gleisi-sobre-doa%C3%A7%C3%B5es-parte-%C3%A9-propina-e-parte-%C3%A9-patriotismo.htm

sexta-feira, 27 de março de 2015

Lava Jato: o tucano morto e o que se finge de morto

 

26 de março de 2015 | 08:46 Autor: Fernando Brito

hugohenrique

Uma das coisas que me enchem de esperança é a imparcialidade da mídia brasileira.

Ontem, seu herói Sérgio Moro, deixou publicar seu relatório em que, a respeito do suposto operador de propinas Fernando Baiano, afirma textualmente: “com o levantamento do sigilo sobre os depoimentos da colaboração premiada de Alberto Youssef e de Paulo Roberto Costa, veio à luz informação de que teria havido pagamento de propina a parlamentares para obstruir as investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobrás dos anos de 2009 e 2010″.

E os confirma, adiante, dizendo que há “prova de que ele teria intermediado o pagamento de propinas para obstruir o regular funcionamento de Comissão Parlamentar de Inquérito de 2009 e 2010, evidenciando risco à investigação e à instrução”.

É obvio que não se pode abrir inquérito sobre um morto, como é o caso de Sérgio Guerra.

Mas poderia ter, sozinho, Sérgio Guerra, “vendido” por R$ 10 milhões o “fim” da CPI da Petrobras?

Obvio que não, porque não tinha este poder.

Nos jornais não há uma palavra sobre o que aconteceu no dia 10 de novembro de 2009, quando foi “entregue a mercadoria” pela qual se teriam pagos os R$10 milhões .

A foto aí de cima é daquele dia, quando o senador Álvaro Dias, sob o olhar matreiro e o mal contido sorriso de Guerra, anuncia que ele – autor do requerimento que criou a CPI – está desistindo da investigação, tal como Guerra e o outro oposicionista que a integrava, “senador filho do senador” Antônio Carlos Magalhães.

O argumento foi que não os deixavam investigar. E o fato é que ali se deu a consumação do crime de concussão praticado por Guerra ao pedir dinheiro para que a CPI não causasse problemas a quem estava roubando na Petrobras.

Mas, claro, Álvaro Dias não sabia de nada e apenas cedeu aos argumentos do colega tucano, que apareceu na véspera em seu gabinete trazendo um bolo de rolo bem pernambucano e dizendo: “Alvaro, vamos terminar com esta CPI…”

“Tá bom, Serginho, amanhã eu anuncio isso e a gente bota a culpa no Governo”. Escuta, esse bolo de rolo aí é só para você?”

Dias está quietinho. Não fala, até porque ninguém pergunta, sobre como foi este episódio onde executou o ato que Guerra “vendeu”.

Dr, Janot, como o MP é a “esperança do Brasil”?

http://tijolaco.com.br/blog/?p=25811

O Dr. Moro fez diferença. Fez, na vida de 250 mil operários humildes e agora desempregados

 

26 de março de 2015 | 20:48 Autor: Fernando Brito

fazdiferenca

O Dr. Sérgio Moro recebeu com muita justiça o Prêmio Faz Diferença, conferido pelas Organizações Globo, outro dia.

Fez.

Os números que mostram que a construção civil demitiu 250 mil trabalhadores depois da “Lava Jato”. A quatro pessoas por família, um milhão de seres humanos que, aparentemente, não fazem diferença.

Gente que, sem sombra de dúvida, não roubava e não enriquecia, como os premiados pela delação.

E que não molhava a mão de ninguém, como os empreiteiros.

Não se tem notícia de alguma filha de Paulo Roberto Costa ou de Alberto Yousef indo filar a bóia no vizinho, ou que alguma delas esteja pegando uma faxina na casa das madames para pagar a conta de luz.

Não existe Justiça quando, em seu olhar, não são as consequências sociais que ocupam o primeiro plano na visão de um juiz, salvo se o juiz é um obtuso.

Se milhares de famílias ocupam ilegalmente o Pinheirinho, não é o “mande a polícia expulsar imediatamente e cumpra-se a lei” a sabedoria que se espera de quem tem o poder de julgar, por maiores sejam as razões do proprietário.

Isso é algo que se espera de um energúmeno, não de alguém que recebe do Estado a missão de resolver conflitos de forma justa e humana.

A falência das empresas, sua bancarrota, está sendo o mecanismo usado para forçar as “confissões”, está evidente.

Os “confessantes”, entregando a rapadura, veraz ou fantasiosa, são soltos quase imediatamente.

Para cada preso de Sérgio Moro, porém, dezenas de milhares de homens, mulheres e crianças já são imediatamente condenados: à fome, às necessidades, ao desespero.

Não têm confissões a fazer, muito menos quem as premie por elas.

Significa que se devesse aceitar a corrupção em nome do emprego?

Não, absolutamente não.

Havia um sem-número de medidas que se poderia tomar.

Reter, por exemplo, uma parcela de seus ativos e faturamento, de forma a garantir a devolução do desviado.

Determinar a auditoria dos contratos imputados de desvio.

Como escreveu um amigo, “Quem comete crimes são pessoas, não instituições. Torturadores eram militares, não o Exército. Corruptores eram dirigentes, não empresas”.

Empresas podem e devem ser punidas com multas, até porque é inimaginável que se possa “enjaular” uma pessoa jurídica.

Mas, quando são punidas com meses de insegurança, onde até mesmo pagá-las o contratado, por obras efetivamente realizadas, torna-se um perigo para qualquer dirigente público que as contratou – só deixa um caminho possível: parar.

E, parando a construção pesada no país, o Dr. Moro fez diferença.

Uma dramática diferença, não para os ricos, que viverão à farta com tudo o que lhes sobra.

Mas para os pobres, a quem não sobra nada e agora falta tudo.

Faz diferença, não é, Dr. Moro?

http://tijolaco.com.br/blog/?p=25828

E se Vaccari ou Delúbio tivessem conta no HSBC?

 

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Num novo capítulo do caso Swissleaks, o jornal O Globo revelou que "políticos estão na lista do HSBC", assim, de modo superficial e genérico; o nome mais importante da lista é o do tucano Márcio Fortes, que foi o pai das privatizações, no BNDES, além de tesoureiro de FHC, de José Serra e secretário-geral do PSDB; na lista, ele aparece com US$ 2,5 milhões; se isso não bastasse, Fortes foi também o maior doador individual de campanhas tucanas; o Globo, no entanto, decidiu diluir sua participação no caso, misturando-o com prefeitos e vereadores com contas zeradas; seria esse o comportamento se, de repente, aparecessem contas de tesoureiros petistas, como Delúbio Soares e João Vaccari?

26 de Março de 2015 às 10:58

247 - Dias atrás, uma reportagem da agência Reuters revelou como funciona a blindagem ao PSDB em parte da imprensa brasileira. No rascunho de uma matéria, que foi ao ar por engano, o jornalista sinalizava ao editor que poderia retirar uma menção negativa ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, referente ao escândalo da Petrobras (leia mais aqui).

Nesta quinta-feira, o jornal O Globo deu mais uma demonstração desse fenômeno de proteção seletiva. Ao noticiar que "políticos" estão na lista do HSBC, a publicação dos Marinho escondeu bem mais do que revelou ao público. A descoberta mais importante, por qualquer critério, é a presença de um ex-presidente do BNDES, que depois se tornou secretário-geral do PSDB e tesoureiro das campanhas de Fernando Henrique Cardoso e José Serra. Ele mesmo, o ex-deputado Márcio Fortes, que apareceu com US$ 2,4 milhões numa conta numerada, ou seja, secreta.

Ao Globo, Fortes disse que como presidente de uma construtora assinou muitos papéis e que todos os seus investimentos no exterior são declarados. Mas não apresentou documentos.

O curioso é que, rem 2002, ele tenha sido apontado como o maior doador individual de campanhas do PSDB, numa reportagem da Folha de S. Paulo. "Eu sou um político. Ao ajudar, estou enriquecendo o partido, que vai me enriquecer quando eu precisar de sua estrutura. Não é cifra. São votos. Eu gosto de dar para o partido", disse ele, à época. Confira abaixo:

Márcio Fortes, secretário-geral do PSDB, é o maior doador do partido

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O secretário-geral do PSDB, deputado Márcio Fortes (RJ), é a pessoa física que mais dá dinheiro ao partido. Segundo a prestação de contas de 2000, ele doou R$ 245 mil ao PSDB. Neste ano, o próprio Fortes admitiu que já deu ao PSDB R$ 60 mil.

Do total doado ao PSDB em 2000 -R$ 1,125 milhão-, a contribuição do deputado representa 21%. As contas do ano passado ainda não foram apresentadas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Os partidos têm até o dia 30 deste mês para entregar ao tribunal o balanço de 2001.

Segundo Márcio Fortes, 57, o dinheiro repassado ao partido vem de seu patrimônio, de sua poupança. Ele é empresário da construção civil no Rio de Janeiro e já ocupou cargos públicos como as presidências do Banerj (banco estadual privatizado) e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Estadual).

"Essa pergunta [sobre a origem das doações" deveria ser feita ao Everardo Maciel [secretário da Receita Federal". Está tudo na minha declaração do Imposto de Renda", afirmou o tucano.

Márcio Fortes afirmou que estabelece uma relação de troca com o partido: ele doa o dinheiro e recebe apoio da estrutura partidária (vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais e senadores).

"Eu sou um político. Ao ajudar, estou enriquecendo o partido, que vai me enriquecer quando eu precisar de sua estrutura. Não é cifra. São votos. Eu gosto de dar para o partido", disse.

Na administração do dinheiro do PSDB, Márcio Fortes é considerado "pão-duro" pelos colegas. Ele mesmo disse que não é "perdulário" e que exige comprovação da necessidade de cada um dos gastos sugeridos pelos tucanos. "O dinheiro não é meu. Se fosse, eu gastava", afirmou. (LD e AM)

Agora, responda. O que aconteceria se o Globo descobrisse, por exemplo, nomes de tesoureiros do PT, como Delúbio Soares e João Vaccari, com contas na Suíça?

http://www.brasil247.com/pt/247/poder/174710/E-se-Vaccari-ou-Delúbio-tivessem-conta-no-HSBC.htm

Operação Zelotes: PF fez batida no Banco Safra

 

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Homens de preto visitaram, nesta quinta-feira, a sede do Banco Safra, na Avenida Paulista, em São Paulo; lá, no banco de Joseph Safra, um dos bilionários mais ricos do País, foram cumpridos mandados de busca e apreensão; batida foi parte da Operação Zelotes, da Polícia Federal, que apura fraudes contra a Receita Federal; desvios, estimados em R$ 19 bilhões, podem superar os valores da Lava Jato; nesta primeira fase da operação, já foram apreendidos R$ 1,3 milhão em espécie; estão sendo investigadas instituições financeiras, como grandes bancos, empresas do ramo automobilístico, da indústria, da siderurgia e da agricultura, além de dez integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais e escritórios de advocacia e de contabilidade; ao 247, Safra afirmou que não irá se pronunciar sobre o caso

26 de Março de 2015 às 16:51

247 - Agentes da Polícia Federal visitaram, nesta quinta-feira, a sede do Banco Safra, na Avenida Paulista, em São Paulo. No banco de Joseph Safra, um dos bilionários mais ricos do País, foram cumpridos mandados de busca e apreensão.

A batida foi parte da Operação Zelotes, da Polícia Federal, que apura fraudes contra a Receita Federal. Os desvios, estimados em R$ 19 bilhões, podem superar os valores da Lava Jato.

Nesta primeira fase da operação, já foram apreendidos R$ 1,3 milhão em espécie.

Estão sendo investigadas instituições financeiras, como grandes bancos, empresas do ramo automobilístico, da indústria, da siderurgia e da agricultura, além de dez integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais e escritórios de advocacia e de contabilidade.

Ao 247, a assessoria de imprensa do Safra afirmou que não irá se pronunciar sobre o caso.

Leia, abaixo, reportagem da Agência Brasil:


Ivan Richard – Repórter da Agência Brasil

A Polícia Federal já apreendeu mais de R$ 1,3 milhão, em espécie, como parte da Operação Zelotes, deflagrada na manhã de hoje (26) no Distrito Federal, em São Paulo e no Ceará, em parceria com a Receita Federal, o Ministério Público Federal e a Corregedoria do Ministério da Fazenda. Em apenas um dos 41 locais onde foram cumpridos os mandados de busca e apreensão, foram encontrados R$ 800 mil em espécie.

Como o inquérito está sob segredo de Justiça, a Polícia Federal e a Receita Federal não revelaram os nomes das empresas nem das pessoas envolvidas na fraude. Informou-se apenas que estão sendo investigadas instituições financeiras, como grandes bancos, empresas do ramo automobilístico, da indústria, da siderurgia e da agricultura, além de dez integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) – o antigo Conselho de Contribuintes da Receita, vinculado ao Ministério da Fazenda – e escritórios de advocacia e de contabilidade.

A quadrilha, segundo a PF, fazia um “levantamento” dos grandes processos no Carf, procurava empresas com altos débitos junto ao Fisco e oferecia "facilidades", como anulação de multas. “[A organização criminosa] valendo-se da proximidade com alguns conselheiros nessa defesa de interesse privado, algumas vezes, precisava de algum [pedido de] vista para trancar a pauta, segurar um tempo para conseguir alguma outra medida judicial, e eles vendiam esse pedido de vista”, explicou o delegado da Polícia Federal Marlon Cajado, responsável pelo caso.

Segundo ele, os valores cobrados pela quadrilha variavam de acordo com a ação em questão. “Em um caso específico que identificamos, estava em torno de R$ 300 mil para fazer o exame de admissibilidade. Também observamos o pagamento de R$ 30 mil, R$ 50 mil para um pedido de vista”, exemplificou.

De acordo com as investigações, iniciadas em 2013, estima-se que o esquema criminoso que atuava no Carf tenha tentado fraudar, desde 2005, mais de 70 processos tributários, que podem acarretar prejuízo superior a R$ 19 bilhões aos cofres públicos.

O delegado afirmou que, até o momento, foram identificados “indícios veementes” da manipulação de cinco julgamentos já finalizados em que o Estado foi lesado em quase R$ 6 bilhões. “Esta é uma das maiores, se não a maior, organização especializada em crimes de sonegação do país”, ressaltou o diretor de Combate ao Crime Organizado da PF, Oslain Santana.

A corregedora-geral do Ministério da Fazenda, Fabiana Lima, disse que, se comprovada a existência de fraude nos processos já julgados, mesmo que eles tenham caráter definitivo por se tratar da última instância recursal da esfera tributária, eles poderão ser anulados. “Constatado o vício de legalidade, será solicitada a revisão dos processos e serão submetidos a novo julgamento”, disse.

Os envolvidos responderão pelos crimes de advocacia administrativa fazendária, tráfico de influência, corrupção passiva, corrupção ativa, associação criminosa, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O termo Zelotes, que dá nome à Operação, tem como significado o falso zelo ou cuidado fingido. Refere-se a alguns conselheiros julgadores do Carf que não estariam atuando com o zelo e a imparcialidades necessários.

http://www.brasil247.com/pt/247/economia/174762/Operação-Zelotes-PF-fez-batida-no-Banco-Safra.htm

quinta-feira, 26 de março de 2015

Uma questão sob forte tensão política: financiamentos de campanhas e interesses por detrás

 

Leonardo Sarmento

LEONARDO SARMENTO 25 de Março de 2015 às 18:14

Podemos perceber que, em verdade, não há interesse na moralização do sistema, mas em se obter uma fórmula eficaz de autobeneficiamento político-ideológico anti-fiscalização, anti-escândalos

Abordaremos uma temática jurídico-eleitoral onde a política mais do que nunca é parte interessada na causa. Aqui as ideologias de partido ditam as propostas de interesse que se defendem, e apenas secundariamente vislumbramos o interesse público de verdadeira moralização do sistema, justamente o que aparece "para inglês ver" nos discursos dos senhores políticos. Claramente vislumbramos de um lado a situação e do outro a oposição, cada qual deliberando em favor dos seus intentos mais "arrecadatórios" que éticos.

Poderemos perceber ao longo que, em verdade, não há interesse na moralização do sistema, mas em se obter uma fórmula eficaz de autobeneficiamento político-ideológico anti-fiscalização, anti-escândalos.

Um dos temas que certamente permeará as discussões no Congresso Nacional esse ano é sobre o financiamento público exclusivo para campanhas eleitorais. Em abono da verdade já possuímos um sistema misto de financiamento de campanha, onde o sistema eleitoral depende da contribuição de recursos públicos. Assim temos recursos públicos e privados utilizados de forma combinada. A ideia, principalmente do PT e de sua irmã OAB é tornar a campanha eleitoral exclusivamente pública.

Antes de 1997 no Brasil, as despesas feitas em campanhas eram de responsabilidade integral do partido, sendo vedado o financiamento ou custeio de campanhas eleitoral pelos candidatos. Apenas com a introdução da Lei das Eleicoes, é que permitiu-se as doações para campanhas eleitorais. O sistema misto permite a utilização de recursos públicos através do Fundo Partidário (Constituição Federal – 1988, art. 17, § 3º e LOPP, art. 44, III) e gratuidade do horário para propaganda eleitoral através da rádio e televisão (art. 23 da Lei das Eleicoes), apesar das emissoras terem direito a compensação fiscal (art. 44 e 93 do Decreto n.º 5.331/2005).

O que se diz é que a realidade desnudada na seara eleitoral reflete que as doações do setor privado acabam por privilegiar políticos ligados a grandes empresas e corporações, que destinam verbas milionárias para campanhas de forma a macular o resultado pelo poder econômico exercido. Assim, ficam os candidatos escravizados aos desejos dos seus patrocinadores. Cria-se um mecanismo de perpetuação de uma elite política no poder.

O financiamento privado geraria um gradiente desproporcional entre os candidatos, fazendo prevalecer mais a capacidade arrecadatório-econômica deles ao invés de suas propostas ou caráter. Alegam matriz da corrupção encontra seu principal fomentador justamente no financiamento privado de campanha, vez que a atual legitimidade para realizar tais transações dificultaria sobremaneira a atuação dos órgãos fiscalizadores, na medida que se fossem considerados ilegais, tornaria bem mais fácil a persecução das movimentações financeiras e a punição dos corruptos.

O dispêndio financeiro das aposta feitas pelos investidores, alimentadas com "dinheiro frio" e circulação monetária em desacordo com as normas legais, exige como contrapartida do candidato a materialização da gratidão expressa em vantagens ilícitas, reinvestimentos, licenciamentos, isenções tributárias, influência no resultado de licitações, em suma, atos que tragam o retorno financeiro pretendido pelos investidores.

O financiamento público possui como ponto favoráveis aduzem: a diminuição da corrupção, vez que não ficaria mais atrelado a favores de investidores privados; acabaria com o "caixa 2" ou "lavagem" de dinheiro nas campanhas traria transparência e proporcionalidade ao processo democrático, porque ofereceria verbas aos partidos de forma mais igualitária; poderia representar um índice menor de poluição e sujeira nas ruas durante o período eleitoral; haveria a valorização do interesse público em detrimento ao privado, bem como a atuação ética e com probidade; estabelece limites a arrecadação, desestimulando a deslealdade e infidelidade partidária; os patrocínios privados irregulares seriam mais facilmente perceptíveis. Há equívocos nessas presunções...

O financiamento público exclusivo pode atuar também como agente moralizador e educativo de longo prazo, porquanto desestimula a utilização do "dinheiro sujo". Será?

Aqueles que possuem um posicionamento contrário ao financiamento exclusivo das campanhas, argumentam que: existem matérias mais relevantes para o investimento público, como segurança e saúde; é errado impedir um cidadão ou empresa privada de apoiar e/ou ajudar financeiramente seu candidato, sendo medida antidemocrática; impediria os partidos menores de crescer com os investimentos particulares; o candidato é eleito para governar para todos, não podendo ser a maioria punida por crimes de alguns; seria melhor proibir a propaganda eleitoral gratuita na TV (que custa bilhões ao erário) e permitir a compra de espaço na TV pelos partidos; o custeamento proporcional levará em conta o número de votos na última eleição, fato que beneficia sobremaneira apenas um partido no país ultimamente, favorecendo o continuísmo e hegemonia partidária; na prática, as contribuições privadas continuariam a ocorrer, mas "por fora", assim, o financiamento público apenas representaria mais dinheiro para as campanhas; já é possível fiscalizar os gastos de campanha de todos os candidatos; trata-se de renda pública de difícil reversibilidade caso instituída.

Alguns críticos a reforma política ainda argumentam que o financiamento público serve como pano de fundo para atacar e eliminar determinados partidos do cenário político, bem como não impediria o continuísmo da enorme corrupção porque seus incentivadores seriam neste momento agraciados com os maiores percentuais de financiamento e poderiam obter recursos indiretos de outros fundos como Sindicatos, ONG´s e entidades sociais e da propaganda natural das estatais demais entidades da máquina pública.

Na proposta de ADI ao STF, a OAB requer que seja concedida medida cautelar com objetivo de suspender, até o julgamento definitivo da ação: (a) a eficácia do art. 24 da Lei nº 9.504/97, na parte em que autoriza, a contrario sensu, a doação por pessoas jurídicas a campanhas eleitorais, bem como do art. 81, § 1º do referido diploma legal; (b) a eficácia do art. 31 da Lei nº 9.096/95, na parte em que autoriza, a contrario sensu, a realização de doações por pessoas jurídicas a partidos políticos; bem como a eficácia das expressões "ou pessoa jurídica", constante no art. 38, inciso III, da mesma lei, e "e jurídicas", inserida no art. 39, § 5º do citado diploma legal.

De acordo com a fundamentação da ação ajuizada, os dispositivos da legislação eleitoral atacados violam, flagrantemente, os princípios constitucionais da igualdade e da proporcionalidade, sendo incompatíveis, portanto com os princípios democráticos e Republicanos que regem a Nação brasileira. Na ADI, a OAB propõe também que, uma vez julgada procedente a ação pelo STF, seja declarado inconstitucional o sistema de financiamento eleitoral questionado, mas propõe um prazo de 24 meses como transição para que não ocorra "uma lacuna jurídica". Nesse período, o Congresso seria instado a aprovar uma legislação de com revisão no sistema vigente de financiamento das campanhas.

A proposta formulada pela OAB para substituir o atual modelo, em que pessoas físicas podem doar até 10% de seu rendimento anual e pessoas jurídicas contribuem até o limite de 2% do faturamento bruto do ano anterior ao da eleição. A ação no STF sugere que haja somente um limite nominal (em R$) para as doações de pessoas físicas, sem levar em conta a renda total de cada doador individual. Doações privadas de pessoas físicas seria a medida ideal para quem possui o domínio de sindicatos e corporações, aparelhamento (aqui em seu pior sentido). Proibindo os financiamentos de empresas, abre-se às escâncaras os portões para as doações ilegais. Quando proibirem as doações legais — aquelas registradas —, estarão deixando o sistema político brasileiro ainda mais à mercê de figuras como esse Alberto Youssef. Quando, então, a totalidade das doações privadas for para a clandestinidade, é gente como este senhor que passará a ditar as regras nos bastidores da política.

O que se sucederá, em verdade é que, grandes financiadores de campanha distribuirão o dinheiro a várias pessoas para fazer as doações, escondendo assim a verdadeira origem do recurso, o caixa 2 será um instrumento ainda mais utilizado e difícil de ser detectado, quando o processo politico nacional poderá mergulhar na abjeta clandestinidade.

Em verdade, em um sistema corrompido e sem fiscalização adequada, nenhum dos modelos, o atual ou qualquer outro proposto impedirá os males, as mazelas que os financiamentos de campanha promovem. Sem controle/fiscalização rígido (a) de instituições "bem aparelhada" (agora no sentido nobre do vocábulo) e independente, nenhuma proposta trará a solução adequada para se sustar o descalabro hodierno, desta questão que deve ser discutida no Congresso Nacional e não no Supremo Tribunal Federal.

Adiantamos com base nas máximas experiências da vida que, o STF incorporará a proposta do PT de financiamentos públicos e de pessoas físicas.

Um dos vetores que têm pautado a minirreforma eleitoral é diminuir o gasto das campanhas. Subjaz a essa ideia certo consenso de que o poder econômico influencia de maneira perniciosa a liberdade de opinião do eleitor.

Baratear campanhas? O problema é que o discurso sobre o alto custo das campanhas tem orientado a proposta de minirreforma de maneira equivocada, na medida em que as modificações legislativas não tratam efetivamente de limitar as despesas de campanha ou – o que seria mais adequado – de criar instrumentos de controle mais efetivos e que possam conferir maior transparência à contabilidade da campanha. Aliás, de pouco vale "baratear" as campanhas se não há instrumentos que coíbam o "caixa 2". É verdade que em pacote contra a corrupção enviado pelo Governo Federal após manifestações das ruas, caixa 2 vira crime de campanha com pena de 3 a 6 anos.

Em sentido contrário, sob o pretexto de baratear o custo das campanhas, a proposta de minirreforma restringe os meios e as formas de divulgação da propaganda eleitoral (desde a redução do período de campanha, passando pelo tamanho dos materiais impressos, até a proibição de veiculação de propaganda eleitoral em bem particular), diminuindo os espaços para o debate democrático e limitando a própria manifestação do eleitor.

Se reduzir o custo da campanha eleitoral é um dos objetivos que pautam o atual momento em que o processo eleitoral é posto em debate – em boa parte decorrente das manifestações recentes –, há meios mais eficazes e menos nocivos à democracia: a própria Lei 9.504/97, em seu art. 17-A, prevê o mecanismo de o Poder Legislativo regular (limitar) a despesa de campanha dispondo que "A cada eleição caberá à lei, observadas as peculiaridades locais, fixar até o dia 10 de junho de cada ano eleitoral o limite dos gastos de campanha para os cargos em disputa; não sendo editada lei até a data estabelecida, caberá a cada partido político fixar o limite de gastos, comunicando à Justiça Eleitoral, que dará a essas informações ampla publicidade".

Não é preciso dizer que o art. 17-A nunca foi regulamentado por lei, restando sempre aos partidos políticos fixarem os limites de gastos – o que sempre foi muito conveniente aos partidos.

Aspecto importante que deve ser destacado na redação do art. 17-A é que a fixação dos limites de gastos deve observar "as peculiaridades locais", impondo a necessária graduação dos limites de gasto em atenção às diferenças econômicas e sociais. Em outras palavras, não se deve fixar um único limite mas, sim, diversos limites que possam dar conta das peculiaridades de cada localidade, abrindo um leque de possibilidades ao legislador na formulação de critérios como, por exemplo, renda per capita, população, índice de desenvolvimento humano, dados do IBGE, etc.

Se no propósito de reduzir os custos das campanhas eleitorais subjaz diminuir a influência que o poder econômico exerce sobre o eleitorado, nada mais oportuno do que atrelar indicadores sociais e econômicos, aliados evidentemente a outros critérios, para fixação dos limites de gastos.

Uma nova resolução do Tribunal Superior Eleitoral acaba com o sigilo bancário de todos os partidos políticos, obrigando que bancos enviem extratos eletrônicos das siglas. A informação deverá ser repassada mensalmente, informando quem fez depósitos. Obviamente não é medida que se intrometa no sistema de caixa 2 de campanha.

Conforme a Resolução 23.432/2014, os partidos políticos deverão abrir, em cada esfera de direção, três contas bancárias específicas. Uma deve destinar exclusivamente recursos recebidos do Fundo Partidário, outra será voltada para doações de campanha e uma terceira para "outros recursos", como sobras financeiras de campanha e valores recebidos com a venda de produtos ou promoção de eventos.

Os recibos de doação serão emitidos obrigatoriamente a partir do site do TSE, em numeração sequenciada por partido. No documento, deve aparecer advertência ao doador de que ele poderá ser multado em até dez vezes o valor doado caso haja irregularidade. Também ficou definido que as siglas poderão recusar doações em suas contas e devolver o valor ao responsável pelo depósito.

O Congresso acaba de aprovar o projeto de Orçamento de 2015, com uma alteração no texto original que triplicou o valor previsto para o Fundo Partidário, que reúne recursos a serem distribuídos aos partidos políticos de forma proporcional ao tamanho de suas bancadas na Câmara. O projeto original do governo destinava R$ 289 milhões para o fundo, mas o senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator da proposta, ampliou essa previsão em R$ 578 milhões. Com isso, o valor que será distribuído aos partidos políticos em 2015 foi fixado em R$ 867 milhões. Este valor leva-se em conta a vigência do financiamento misto de campanha, sendo certo que para os parlamentares, se houver decisão ou lei que altere o regime atual para que se tenha apenas por financiamento público, o valor terá que chegar perto de 5 bilhões de reais, como já adiantaram alguns parlamentares. Austeridade? Ajuste fiscal? Só para o contribuinte?

Conforme a lei eleitoral, 5% do total do Fundo Partidário são destacados para entrega, em partes iguais, a todos os partidos que tenham seus estatutos registrados no Tribunal Superior Eleitoral. Os outros 95% são distribuídos às siglas na proporção dos votos obtidos na última eleição geral para a Câmara dos Deputados. Proporcionalidade? Isonomia?

Concluímos informando que o relatório aprovado pelo plenário do Congresso reserva ainda R$ 900 milhões para pagar o aumento do salário de parlamentares, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), procurador-geral e presidente da República.

Não buscamos no presente artigo filiar-nos a nenhuma das propostas, mas trazermos as propostas para debate. Apenas firmamos que nenhuma das propostas surtirá o efeito desejado pela sociedade sem que haja uma confluência do sistema para capacitar e dotar de independência a função de fiscalizar a movimentação financeira em campanhas eleitorais. Uma força conjunta do TCU, MP e Polícia Federal com poderes reais investigatórios, sem entraves políticos odiosos, poderia ser um início de medida em busca da racionalização do uso do dinheiro público. Com um controle efetivo, livre e competente, qualquer dos modelos funcionaria às nossas realidades, mas sabemos da utopia que reverbera quando cogitamos de uma fiscalização eficiente.

Defendemos uma reforma constitucional no sistema de controle dos órgão de fiscalização, como é o TCU, retirando-o de mero auxiliar do Congresso Nacional e atribuindo-lhe independência como a ostentada pelo Ministério Público. A Polícia Federal sofreria apenas controle do Ministério Público, não mais da União. Sustentamos essa linha de mudanças para que os organismos de fiscalização de fato possam fiscalizar e cumprir suas finalidades constitucionais sem interferências ou pressões odiosas. Não sem oferecer uma estrutura eficiente de trabalho, com pessoal concursado habilitado dos cargos mais inferiores aos cargos de direção, em quantidade suficiente para que diminua o alto percentual de omissão. Só assim vislumbramos melhores dias para o nosso combalido Estado Democrático de Direito.

Implantes extraterrestres

implantes - diminutos dispositivos, normalmente da ordem de milímetros, implantados por extraterrestres (ou em alguns casos por militares) em abduzidos e contatados; suas funções são desconhecidas, mas algumas hipóteses são: monitoramento; localização; manipulação mental; alterações biológicas; indução de poderes paranormais artificialmente.

Você sabia disso?

É o que iremos discutir, entre outras coisas, na nossa Reunião Plenária do CSPU amanhã (27/03).

O local: Sala l da CDL de Sobral, que fica situado na Rua Dr. João do Monte 826, no Centro, Sobral - CE. Acontecerá a partir das 19 horas e a entrada é franca. Maiores informações pelo 88 99210172

Centro Sobralense de Pesquisa Ufológica

Janot recebe pedido de investigação contra Aécio

 

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Já está no gabinete do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o pedido dos deputados federais Adelmo Leão e Padre João, e do deputado estadual Rogério Correia, todos do PT mineiro, para que a Justiça Federal investigue se há envolvimento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) no caso Furnas; a análise do requerimento não tem prazo pré-determinado; denúncia foi feita pelo doleiro Alberto Youssef e divulgada em vídeo; ele afirmou que recolhia propinas na empresa Bauruense, subcontratada de Furnas, para o deputado José Janene (PP-PR), falecido; e afirmou ter ficado sabendo que a diretoria da empresa era de responsabilidade do então deputado Aécio Neves

25 de Março de 2015 às 18:55

Minas 247 – O pedido para que o senador Aécio Neves seja investigado no caso Furnas pela Justiça Federal está nas mãos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O requerimento foi apresentado pelos deputados federais Adelmo Leão e Padre João, e pelo deputado estadual Rogério Correia, todos do PT mineiro, e ainda será analisado, mas sem prazo para o início da apreciação.

O documento traz o depoimento gravado em vídeo do doleiro Alberto Youssef, delator na Operação Lava Jato e apontado como líder do esquema de corrupção envolvendo Petrobras, políticos e empreiteiras.

Em delação premiada, ele afirmou que recolhia propinas na empresa Bauruense, subcontratada de Furnas, para o deputado José Janene (PP-PR), já falecido. Furnas é uma subsidiária da Eletrobrás e vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

Youssef disse ainda que, numa das viagens a Bauru, ficou sabendo que a diretoria da empresa, ocupada por Dimas Toledo, era de responsabilidade do então deputado Aécio Neves, apontando o senador como beneficiário do esquema. Apesar do relato, Youssef negou ter tido contato com Aécio, que foi deputado federal por Minas entre 1987 e 2003.

"O partido (PP) tinha a diretoria, mas quem operava a diretoria era o Janene em comum acordo com o então deputado Aécio Neves", disse Youssef em fevereiro.

Mesmo depois do depoimento, a procuradoria-geral da República entendeu que não havia elementos suficientes para abrir uma investigação contra Aécio no âmbito do esquema Petrobras. Em petição ao Supremo Tribunal Federal (STF), no começo de março, Rodrigo Janot pediu arquivamento do procedimento.

No despacho, o procurador-geral argumentou que "a referência que se fez ao senador Aécio Neves diz com supostos fatos no âmbito da administração de Furna". "Assim, do que se tem conhecimento, são fatos completamente diversos e dissociados entre si", alegou.

Ao comentar sobre as acusações, na semana passada, Aécio divulgou nota na qual desqualifica o pedido de investigação contra ele e disse que a PGR deve investigar a 'Lista de Furnas' – suposto esquema de corrupção que veio à tona em 2006, no qual políticos e partidos teriam recebido dinheiro para 'caixa dois' de campanha.

O parlamentar afirmou que a lista "é uma das mais conhecidas fraudes políticas do país, reconhecida como falsa em 2006 pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios".

"Em 2011 o PSDB apresentou denúncia contra o deputado petista à PGR, e espera que as autoridades investiguem a natureza da relação de Correia com Nilton Monteiro, processado e condenado por falsificação de inúmeros documentos. São muitas as provas da relação entre os dois, que lançam graves suspeitas sobre o parlamentar", disse Aécio (leia mais).

Correia rebateu a declaração de que Furnas seria uma "fraude". "Se não havia um esquema de desvio de recursos em Furnas, o que o doleiro Alberto Youssef foi fazer em Bauru?", questionou. O petista também disse que Aécio tenta cassar seu mandato e persegue "quem ousou denunciá-lo", como é o caso de Nilton Monteiro. Correia propôs ainda fazer acareação com o senador tucano (leia mais).

http://www.brasil247.com/pt/247/minas247/174615/Janot-recebe-pedido-de-investigação-contra-Aécio.htm

quarta-feira, 25 de março de 2015

Primeiro chip quântico com correção de erro

 

Primeiro chip quântico com correção de erro

Fotografia do chip com sua matriz de nove qubits capazes de corrigir os próprios erros. [Imagem: Julian Kelly]

Erros quânticos

Pesquisadores da Universidade da Califórnia de Santa Bárbara, nos Estados Unidos, desenvolveram o primeiro circuito quântico capaz de corrigir seus próprios erros.

A correção de erros é vista como um dos principais entraves ao desenvolvimento da chamada "ciência da computação quântica" porque os qubits são extremamente sensíveis, perdendo facilmente os dados.

Julian Kelly e seus colegas construíram um circuito que verifica a ocorrência de erros nele próprio e corrige esses erros, preservando o estado dos qubits. Isto elimina a necessidade do uso de códigos de correção de erros, dando ao chip uma confiabilidade que os especialistas da área acreditavam que exigiria ainda vários anos de desenvolvimento.

Ao contrário da computação clássica, na qual os bits permanecem em um de dois estados binários ("sim/não" ou "falso/verdadeiro"), os qubits podem existir em qualquer e/ou em todas as posições simultaneamente, em diferentes dimensões.

É esta propriedade, chamada superposição, que dá aos computadores quânticos seu poder computacional fenomenal, mas também é esta característica que torna os qubits propensos a mudar de estado sob a menor influência externa.

"É difícil processar a informação se ela desaparece," disse Kelly.

Primeiro chip quântico com correção de erro

O sistema de correção de erro, baseado na paridade, lembra os cálculos do jogo Sudoku. [Imagem: J. Kelly et al - 10.1038/nature14270]

Checagem de paridade

O novo chip incorpora um esquema de correção de erro no qual vários qubits funcionam em conjunto para preservar a informação. Em vez de duplicar o dado, como nos computadores clássicos, o esquema usa a "paridade de informação", que mantém o dado original preservado, ou seja, sem ser lido.

"Você não pode medir um estado quântico e esperar que ele permaneça quântico," explica Rami Barends, membro da equipe. O simples ato de medir "trava" o qubit em um estado único, causando a perda da superposição.

Já a paridade de um qubit, de forma similar a um jogo Sudoku, é calculada medindo os qubits adjacentes, o que garante a confiabilidade da informação fazendo medições apenas ao seu redor - a matriz do novo chip possui nove qubits.

O chip mostrou-se capaz de corrigir os chamados erros de inversão dos valores do qubit, e agora a equipe pretende corrigir também o outro tipo de erro, complementar ao primeiro, chamado alteração de fase.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=primeiro-chip-quantico-correcao-erro&id=010110150305

CGU assina acordo para aprimorar combate à corrupção e à impunidade

 

Pacto prevê criação de grupo de trabalho, composto por representantes de diversos órgãos dos poderes Judiciário e Executivo, voltado para adoção de medidas de combate à corrupção.

O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Moysés Simão, assinou nesta quarta-feira (25/03), em Brasília, acordo de cooperação com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Ministério da Justiça, o Conselho Nacional do Ministério Público, a Advocacia-Geral da União e a Ordem dos Advogados do Brasil para aprimorar o enfrentamento à corrupção e à impunidade. A cerimônia ocorreu no gabinete do presidente do Supremo Tribunal Federal e do CNJ, ministro Ricardo Lewandowski.

Por meio do acordo será instituído um grupo de trabalho com representantes dos órgãos envolvidos, cujo objetivo será elaborar, propor e incentivar a adoção de medidas institucionais voltadas à agilização de processos judiciais, procedimentos administrativos e demais procedimentos apuratórios relacionados à prática de ilícitos contra o patrimônio público.

Na avaliação de Simão “é importante que haja união e medidas alinhadas entre as três esferas de poder e a sociedade para que o combate à corrupção seja efetivo”. O ministro reforçou ainda que a CGU tem como missão a transparência de ações e o combate à corrupção, seja ela qual for.

O grupo de trabalho será coordenado pelo Ministério da Justiça e terá prazo de 60 dias para apresentar os resultados. O grupo poderá também constituir um fórum de colaboradores, com a participação de entidades ou pessoas do setor público e privado, que atuem em atividades relacionadas aos assuntos analisados no âmbito do acordo.

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NOVOS ADIDOS AGRÍCOLAS BRASILEIROS IRÃO FORTALECER RELAÇÕES COMERCIAIS DO PAÍS

 

Nomeação dos representantes no exterior foi publicada no Diário Oficial da União. Para João Martins, agronegócio brasileiro precisa garantir acesso a mais mercados internacionais

Brasília (24/03) - O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, destacou que os novos adidos agrícolas, que atuarão nas embaixadas brasileiras no exterior, serão fundamentais para a defesa dos interesses do agronegócio brasileiro e para o acesso a novos mercados. “É uma grande notícia para o agro brasileiro, pois o trabalho dos novos adidos fortalecerá ainda mais as nossas relações comerciais no exterior”, afirmou.

O Diário Oficial da União desta terça-feira (24/3) publicou a nomeação de sete adidos agrícolas. Cinco deles atuarão em Moscou (Rússia), Buenos Aires (Argentina), Pretória (África do Sul), Washington (Estados Unidos) e Tóquio (Japão), enquanto dois representarão o país junto à Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra (Suíça) e à União Europeia, em Bruxelas (Bélgica).

“Não basta termos os mais altos índices de produtividade. Precisamos, também, garantir o acesso dos nossos produtos agropecuários aos mercados mais importantes. E os adidos agrícolas desempenham um papel fundamental neste setor”, completou João Martins, ao avaliar que a ampliação da participação do agronegócio brasileiro no comércio internacional é uma das prioridades da entidade, que possui escritórios em Bruxelas e em Pequim, para acompanhar de perto os debates sobre os temas que envolvem o setor, tanto no bloco europeu quanto no país asiático.

Os novos adidos agrícolas e suas áreas de atuação são: Antônio Alberto Rocha Oliveira (Moscou); Eliana Valéria Covolan Figueiredo (Buenos Aires); Juliano Vieira (Pretória); Luís Henrique Barbosa da Silva (OMC); Luiz Claudio de Santana e Caruso (Washington); Marcelo de Andrade Mota (Tóquio); e Márcio Rezende Evaristo Carlos (União Europeia).

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Acordos realizados na Semana da Conciliação Trabalhista somam R$ 13,1 milhões no Ceará

Os acordos realizados pela Justiça do Trabalho do Ceará durante a primeira Semana Nacional da Conciliação Trabalhista somaram R$ 13,1 milhões. No período de 16 a 20 de março, foram realizadas 1.309 audiências e atendidas 3.608 pessoas nas 37 varas do trabalho e no Tribunal. O evento foi coordenado em todo o país pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho e tinha o objetivo de solucionar o maior número possível de processos por meio de acordos.

“Foi um excelente resultado, considerando que somos um Tribunal de médio porte”, disse a coordenadora das conciliações no TRT/CE, desembargadora Regina Gláucia Cavalcante. A magistrada lembrou que só foi possível realizar audiências em quatro dias da Semana, em função do feriado estadual ocorrido no dia 19 de março.

Foram homologados um total de 733 acordos durante a Semana da Conciliação. Na última tentativa de conciliação no Tribunal, realizada às 19h do dia 20, o ex-empregado do banco Safra Telson Soares Andrade conseguiu fechar um acordo de R$ 72 mil. “Fico feliz porque meu processo já estava na Justiça há quatro anos e agora consegui resolvê-lo rapidamente”, disse o trabalhador.

Para o advogado João Paulo Marinho, que representou o banco Safra, o acordo foi bom para as duas partes, pois a instituição financeira tinha a possibilidade de perder um valor significativo no futuro. “O acordo foi bom para o banco, melhor ainda para a outra parte que saiu satisfeita e também para a Justiça, que agora tem um processo a menos”, ressaltou.

Precatórios: De acordo com a juíza responsável pelos precatórios no TRT/CE, Gláucia Monteiro, foram agendadas 45 audiências, realizadas 40 e homologados 29 acordos, que resultaram em R$ 4,4 milhões para os trabalhadores. Todos os acordos tiveram como parte o Estado Ceará, único ente público que fez opção em participar das conciliações.

"TRT/CE - Divisão de Comunicação Social" <csocial@trt7.jus.br>

Lei Anticorrupção é regulamentada

 

Normativo detalha diversos pontos da lei, como os critérios para o cálculo da multa, parâmetros para avaliação de programas de compliance e regras para a celebração dos acordos de leniência.

A presidente Dilma Rousseff assinou nesta quarta-feira (18/03) o decreto que regulamenta a Lei nº 12.846/2013, chamada de “Lei Anticorrupção”. Em vigor desde janeiro de 2014, a lei destina-se a punir empresas envolvidas em práticas relacionadas à corrupção, com a aplicação de multas de até 20% do faturamento.

O decreto regulamenta diversos aspectos da lei, tais como critérios para o cálculo da multa, parâmetros para avaliação de programas de compliance, regras para a celebração dos acordos de leniência e disposições sobre os cadastros nacionais de empresas punidas. Grande parte destes procedimentos estão sob a responsabilidade da Controladoria-Geral da União (CGU). Entenda os pontos do decreto:

Processo de Apuração da Responsabilidade

A lei confere à Controladoria-Geral da União (CGU) competência exclusiva para instaurar, apurar e julgar atos lesivos à administração pública estrangeira, bem como para avocar processos para exame de regularidade ou correção de andamento. A comissão do processo administrativo de responsabilização será composta por dois servidores efetivos, que terão prazo de até 180 dias para conclusão do processo, prorrogáveis.

Cálculo da Multa

A lei tem um parâmetro muito importante: a punição nunca será menor do que o valor da vantagem auferida. O cálculo da multa é o resultado da soma e subtração de percentuais incidentes sobre o faturamento bruto da empresa, considerando as variáveis previstas no art 7º da Lei 12.846. Os limites são de 0,1% a 20% do faturamento bruto do último exercício anterior ao da instauração do processo administrativo, excluídos os tributos.

O decreto apresenta critérios de acréscimo e de diminuição destes percentuais para a definição do valor final da multa. Caso não seja possível utilizar o faturamento bruto da empresa, o valor da multa será limitado entre R$ 6 mil e R$ 60 milhões.

Programa de integridade (compliance)

A partir do decreto, ficam estabelecidos os mecanismos e procedimentos de integridade, auditoria, aplicação de códigos de ética e conduta e incentivos de denúncia de irregularidades que devem ser adotados pela empresa e monitorados pela CGU. Segundo o documento, o programa de integridade deve ser estruturado, aplicado e atualizado de acordo com as características e riscos atuais das atividades de cada pessoa jurídica, a qual por sua vez deve garantir o constante aprimoramento e adaptação do referido programa.

Acordo de leniência

Uma vez proposto o acordo de leniência, a Controladoria-Geral da União poderá requisitar os autos de processos administrativos em curso – em outros órgãos ou entidades da administração pública federal – relacionados aos fatos objeto do acordo. Cabe salientar que atos lesivos praticados antes da Lei não são passíveis de multa.

Para celebrar o acordo de leniência, a entidade privada deve: (i) reconhecer a participação na infração; (ii) identificar envolvidos na infração; (iii) reparar integralmente o dano causado e (iv) e cooperar com a investigação, além de fornecer documentos que comprovem a prática da infração.

Cumprido o acordo de leniência, a pessoa jurídica tem direito: (i) isenção da publicação da decisão sancionadora; (ii) isenção da proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações de órgãos ou entidades públicos, (iii) isenção ou atenuação de punições restritiva ao direito de licitar e contratar e (iv) redução do valor da multa, se houver. É importante frisar que permanece a obrigação de reparação integral do dano.

Cadastros

Geridos pela CGU, os cadastros nacionais de Empresas Punidas (Cnep) e de Empresas Inidôneas e Suspensas (Ceis) reúnem as pessoas jurídicas que sofreram sanções com base na Lei Anticorrupção e em outras legislações, como a Lei de Licitações e Contratos. O fornecimento dos dados será realizado pelos órgãos e entidades dos três Poderes e das três esferas da federação.

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Balança comercial cearense continuou em queda no mês de fevereiro

 

O mês de fevereiro de 2015 continuou registrando queda na balança comercial cearense, em relação ao mesmo período de 2014. O comércio exterior cearense em fevereiro comparativamente ao mesmo período do ano passado, teve queda de 20,1% nas exportações (de US$ 93,5 milhões para US$ 74,7 milhões) e de 41,7% nas importações (de US$ 255,3 milhões para US$ 148,8 milhões). No acumulado do ano também houve retração, uma vez que as vendas para o exterior caíram 23% (de US$ 226,4 milhões para US$ 174,1 milhões), enquanto que as compras externas subiram 65,4% (de US$ 481,4 milhões para US$ 796,3 milhões). Os dados são do estudo de inteligência Ceará em Comex, relativo ao mês de fevereiro de 2015, elaborado pelo Centro Internacional de Negócios (CIN-CE), órgão ligado à Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).

O Ceará obteve nos dois primeiros meses do ano, a maior participação em relação às importações brasileiras desde 2011, com 2,5% - praticamente o dobro em relação à igual período de 2014, quando registrou 1,26%, fruto da combinação entre elevação das importações do Estado e queda das compras externas do Brasil no acumulado de 2015. Já a participação cearense nas exportações nacionais permaneceu praticamente inalterada, com 0,68%.

O estado permanece na décima quarta posição entre os principais estados brasileiros exportadores, apesar da queda nas vendas externas de 23%. O CIN destaca que é necessário mencionar que o Ceará acompanha a tendência brasileira de retração. Das 27 unidades da Federação, apenas três (Maranhão – 58,8%, Piauí – 14,5% e Acre – 88,5%) registraram incremento nas exportações no ano. Já em relação ao Nordeste, a participação cearense passou de 10% para 9% - queda de 9%.

Entre os principais corredores logísticos nas vendas externas cearenses no acumulado do ano, o Pecém foi o principal porto exportador, apesar da queda de 41%, fruto, sobretudo, da redução das exportações de óleo combustível do tipo “fuel-oil”; e das exportações de calçados. Já o Porto de Santos – posicionado na terceira posição entre os principais corredores – apresentou um incremento de 320,7% , em virtude, principalmente dos calçados; das castanhas de caju e da cera de carnaúba.

Retração nos principais setores exportadores

Os setores de calçados, frutas, peles e couros e combustíveis e óleos minerais foram os quatro mais relevantes no acumulado do ano, respectivamente com US$ 48,1 milhões; US$ 32,2 milhões; US$ 25,8 milhões e US$ 17,6 milhões. Ressalta-se, porém, que em todos, houve retração (20,6% para os calçados; 24,6% para as frutas; 29,9% para as peles e couros e de 58,9% para os combustíveis e óleos minerais) em relação ao ano anterior. Chama ainda a atenção, o aumento das exportações em 17.199% nas máquinas, aparelhos e materiais elétricos.

Os Estados Unidos foram o principal destaque entre os países de destino dos produtos cearenses no acumulado do ano em valores nominais, com US$ 34,4 milhões, atrás das Antilhas Holandesas, que todavia, foi o país que obteve mais destaque em percentual, com 179.644,4%. Enquanto a cera de carnaúba e a castanha de caju foram os maiores responsáveis pela significativa participação dos EUA nas exportações cearenses, a explicação para o destaque das Antilhas está na exportação/abastecimento de navios de combustível do tipo “fuel-oil”. Ressalta-se ainda os incrementos de 75,9% da Alemanha e de 34% da China. No caso da Alemanha, as “Partes de outros motores/geradores/grupos eletrogeradores”; e os “Couros/peles bovinos” foram os responsáveis pelo incremento. Já no destino China, a explicação ficou por conta dos Minérios de ferro. No sentido oposto, a Holanda registrou uma queda de 78,6%, fruto da ausência de exportação/abastecimento de navios de combustível do tipo “fuel-oil” no acumulado de 2015.

Incremento nas importações de 65,4%

Do lado das importações, o Ceará posicionou-se no décimo segundo lugar entre as unidades da Federação em 2015 – duas posições acima do registrado em igual período de 2014. Enquanto o país obteve uma retração em suas importações, o Estado foi na contramão, registrando o maior incremento percentual (65,4%) dentre todas as unidades federativas.

Trinidad e Tobago foi o principal país de origem das importações cearenses no acumulado de 2015, com US$ 134,2 milhões, em virtude do gás natural liquefeito, que foi ainda o responsável por colocar Noruega, Espanha, Catar e Nigéria entre os principais mercados fornecedores para o Estado. No caso da Argentina, importações de “Outros trigos e misturas de trigo com centeio, exceto para semeadura” colocaram o país sul-americano em evidência.

Informações para a Imprensa

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(85) 3421 5435 / (85) 3421 5434

Como as cidades tratam seus rios

 

por José Tadeu Arantes, da Agência FAPESP

Córrego na cidade de Araçatuba. Pesquisa investigou 16 municípios do Oeste Paulista e faz diagnóstico dos cursos d’água que sustentaram sua criação. Foto: Caiocapelari/Wikimedia Commons

Córrego na cidade de Araçatuba. Pesquisa investigou 16 municípios do Oeste Paulista e faz diagnóstico dos cursos d’água que sustentaram sua criação. Foto: Caiocapelari/Wikimedia Commons

Valorizados em grandes parques públicos ou esquecidos, assoreados e poluídos, os rios do interior paulista informam muito sobre as trajetórias das cidades que cresceram às suas margens.

Seguindo o tratamento dado aos rios e córregos da capital, muitas dessas cidades canalizaram os seus cursos d´água e os esconderam sob avenidas e outras áreas pavimentadas. Eles são lembrados quando a temporada de chuvas faz com que as galerias subterrâneas transbordem, com alagamentos e graves transtornos para a população.

Essas foram algumas das constatações do projeto “A construção da paisagem de fundos de vale em cidades do Oeste Paulista”, apoiado pela FAPESP.

Conduzida por Norma Regina Truppel Constantino, professora no curso de Arquitetura e Urbanismo e no mestrado acadêmico em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual Paulista (Unesp), no campus de Bauru, a pesquisa investigou a situação de 16 cidades do Oeste Paulista, que nasceram e se desenvolveram ao longo do ciclo da expansão da cafeicultura.

“Nosso objetivo foi saber como os rios que sustentaram o nascimento dessas cidades são percebidos atualmente pelas respectivas populações, se eles ainda têm importância para as pessoas e são levados em conta pela gestão municipal, pelos planos diretores, pelos projetos aprovados pela câmara etc.”, disse Constantino à Agência FAPESP.

O projeto enfocou quatro cidades em cada uma das quatro linhas férreas que cortam o Oeste Paulista. Na linha Araraquarense: Araraquara, São José do Rio Preto, Jales e Santa Fé do Sul. Na linha Noroeste: Botucatu, Lins, Penápolis e Araçatuba. Na linha Alta Paulista: Agudos, Lençóis Paulista, Tupã e Panorama. Na linha Sorocabana: Avaré, Ourinhos, Presidente Prudente e Presidente Epitácio.

Constantino já havia estudado a formação histórica dessas cidades ao participar do Projeto Temático “Saberes eruditos e técnicos na configuração e reconfiguração do espaço urbano – Estado de São Paulo, séculos XIX e XX”, coordenado pela historiadora Maria Stella Bresciani.

“No levantamento das fazendas que deram origem a essas cidades, constatamos que os rios sempre foram elementos essenciais: ou o núcleo urbano surgiu ao seu redor ou eles definiam os limites das fazendas precursoras. A ideia que motivou o novo projeto foi acrescentar ao pano de fundo histórico um quadro detalhado da condição atual desses rios. Fizemos um trabalho exaustivo, com a participação de quatro bolsistas de iniciação científica da FAPESP. Identificamos os problemas e as potencialidades da integração desses rios nos espaços urbanos”, disse Constantino.

Tópicos

O projeto possibilitou a redação de uma espécie de diagnóstico, constituído por nove tópicos.

“Algumas das cidades mantiveram a visibilidade e identidade de seus rios, com a conservação das características naturais e sem a degradação do ambiente; em outras, as áreas foram tratadas paisagisticamente, com pouco impacto ambiental, possibilitando à população usufruir de parques lineares construído ao longo dos cursos d’água”, aponta o diagnóstico.

Existem, no entanto, cidades nas quais, apesar de haver nos planos diretores municipais diretrizes importantes para a preservação das áreas, não se levou à prática as orientações e os rios e córregos encontram-se degradados, assoreados e muitas vezes poluídos por esgoto domiciliar clandestino.

Além disso, 12 das 16 cidades apresentam trechos dos rios e córregos canalizados no subterrâneo. Nos períodos chuvosos, isso ocasiona episódios de enchentes e inundações.

Quando são implantados parques e recuperada a mata ciliar ao longo das áreas de proteção dos rios, há uma diminuição dos episódios de enchentes e inundações durante as fortes chuvas de verão, contribuindo para a drenagem urbana. Os parques também evitam que essas áreas sejam invadidas ou degradadas.

Nas cidades em que os trilhos dos trens foram instalados em alinhamento com os cursos d´água, os rios foram relegados ao esquecimento, pois a decadência do serviço ferroviário transformou essas áreas em espaços abandonados e degradados, sem segurança para atividades de lazer.

Outra conclusão a que chegaram os pesquisadores foi que, apesar de os rios serem um componente importante da história dessas cidades do Oeste Paulista, eles, em geral, não são valorizados pela população e não fazem parte do seu cotidiano; poucas são as pontes que possibilitam a visão dos rios.

Há uma inadequação nos modelos de gestão urbana, com a falta de integração entre os dispositivos das legislações ambiental e urbanística, concluíram os estudiosos.

“Para que os rios passem a ser valorizados pelas populações, é necessário um trabalho de conscientização e elaboração de projetos participativos que qualifiquem os lugares, mais do que a simples aprovação de leis e regulamentos”, conclui o diagnóstico.

Rios escondidos

A canalização dos rios e córregos é um dos problemas mais graves apontados pela pesquisadora. Nesses casos, as cidades do interior seguiram o modelo adotado na capital paulista, hoje tão criticado pelos especialistas.

“Das 16 cidades observadas, só não houve canalização em Panorama, Lençóis Paulista, Botucatu, Avaré e Presidente Epitácio. Em Panorama e Presidente Epitácio, nem poderia haver canalização, porque se trata do rio Paraná”, disse Constantino.

“O mais surpreendente é que, em vários casos, sobre os rios canalizados foram construídos parques públicos. Em vez de correrem pelos parques, tornando-se fatores de desfrute para a população, os rios foram escondidos no subterrâneo”, comentou.

Um fator positivo, destacado pela pesquisadora, é que, em quase todas essas cidades, com exceção de Agudos e Ourinhos, o esgoto não clandestino é tratado antes de ser despejado nos rios.

Segundo Constantino, há um potencial a ser desenvolvido. Como todos os 645 municípios do Estado de São Paulo, estes 16 participam do programa “Município VerdeAzul”, da Secretaria do Meio Ambiente, que estabelece 10 diretrizes para a gestão ambiental, contemplando os tópicos: Esgoto Tratado, Resíduos Sólidos, Biodiversidade, Arborização Urbana, Educação Ambiental, Cidade Sustentável, Gestão das Águas, Qualidade do Ar, Estrutura Ambiental e Conselho Ambiental. Entre os 10 primeiros colocados do ranking 2014 do programa, figuram 3 dos 16: Botucatu (1º), Lençóis Paulista (7º) e Araraquara (8º).

“É importante a visualização dos rios, porque, se as pessoas veem os rios, elas passam a valorizá-los e a se mobilizar por sua integridade”, enfatizou.

“Em Lençóis Paulista, Panorama, Avaré, Presidente Epitácio e São José do Rio Preto, essa visualização é muito evidente. Em São José do Rio Preto, aliás, apresentam-se os dois lados da situação. Porque a cidade começou entre os córregos Borá e Canela, que, hoje, estão totalmente canalizados, debaixo das principais avenidas. Mas eles são afluentes do Rio Preto, no qual foi feita uma barragem que deu origem a um lago, e a um parque muito visualizado e aproveitado pela população.”

Participaram da equipe as bolsistas Júlia Marcilio Torres, Maria Olívia Simões, Marília Lucena de Queiroz e Raisa Ribeiro da Rocha Reis.

* Publicado originalmente no site Agência Fapesp.

http://envolverde.com.br/especial-agua/como-as-cidades-tratam-seus-rios/

“Obama é embusteiro e trabalha com embusteiros”, diz hacktivista

 

Quando sair da prisão, o hacktivista norte-americano Barrett Brown, membro do Anonynomous e criador do portal Echelon 2.0, uma espécie do WikiLeaks, pretende tornar a denunciar mentiras e irregularidades do governo de Barack Obama.

An employee walks outside the Gemalto building, the world's leading digital security firm.

© AFP 2015/ GERARD JULIEN

Gemalto investiga informação sobre ataque hacker de espiões dos EUA e do Reino Unido

O ex-porta-voz do movimento Anonymous, Barrett Brown, concedeu à Sputnik uma entrevista exclusiva. O hacktivista estadunidense está em prisão há 33 meses com uma sentença inicial de 63 meses após ser condenado de vários atos de pirataria eletrônica contra redes empresariais e o governo dos EUA.

O próprio Brown insiste que a sua principal atividade era jornalística. "O governo dos EUA decidiu hoje que eu fiz um trabalho tão bom investigando o complexo ciberindustrial, que agora eles vão me mandar investigar o complexo penitenciário-industrial", brincou o jovem de 33 anos no dia da sua sentença.

Em entrevista à Sputnik International, Brown disse:

"Há um trecho genial de um ex-general, que agora faz parte da governança de uma dessas companhias que citamos no [site] echelon2.org: ele disse, em um dos seus livros, que a sociedade norte-americana tem pouca confiança das chamadas operações de informação. E por isso, o povo estadunidense não deve saber delas".

Segundo o hacktivista, tal é o significado verdadeiro do Ato da Liberdade de Informação (FOIA na sigla em inglês).

O objetivo do "movimento dos vazamentos", liderado pelo WikiLeaks do australiano Julian Assange, é, segundo Brown, "animar pessoas a vazar informações, a hackear companhias envolvidas em ações ilícitas com o governo e a hackear o governo".

Perguntado se não era coincidência o governo Obama ter o maior número de sentenças de prisão contra vazadores de informação, o hacktivista disse:

"Sim, ele é embusteiro e ele trabalha com embusteiros. Daí vem esse tipo de coisa".

http://br.sputniknews.com/mundo/20150325/555854.html

TIM deve parar de cortar internet móvel de advogado que foi à Justiça

 

Marco Antônio Carvalho

19 março 2015 | 10:03

Consumidor alegou que contrato previa internet ilimitada e teve pedido de liminar deferido pelo Judiciário

A 1.ª Vara Cível do Foro Regional de Santana, em São Paulo, determinou que a operadora TIM pare de cortar a internet móvel de um consumidor. O advogado Vinicius Koptchinski Alves Barreto entrou na Justiça após entender que o corte da empresa após o encerramento da franquia do pacote de dados do seu celular era abusivo, já que o contrato previa internet ilimitada. A decisão liminar é passível de recurso e o processo tem audiência de conciliação marcada para o dia 11 de junho.

Empresa pode recorrer da decisão e processo tem audiência marcada para o mês de junho. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Empresa pode recorrer da decisão e processo tem audiência marcada para o mês de junho. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Barreto entrou com o pedido liminar no dia 12 de março e foi rapidamente atendido pelo juízo paulista. No processo, o advogado anexou comprovantes de que as contas com a TIM estavam em dia e não haveria razão para que o serviço de internet fosse suspenso. Ao Estado, Barreto disse ser cliente da operadora desde 2011. “Contratei um plano infinity, que como o próprio nome diz deveria ser infinito, que na época era muito vantajoso para mim já que tenhos trabalhos externos e usava o celular para me comunicar”, disse.

O problema começou quando a sua internet começou a ser cortada. “Aparecia a mensagem e abria direto o site para você contratar um novo pacote de dados. A TIM e outras operadoras mudaram isso do dia para noite. Passaram a não mais reduzir a velocidade e, sim, a cortar o serviço”, explicou o advogado. Na Justiça, ele argumentou que o Código de Defesa do Consumidor não permite que contratos sejam alterados de forma unilateral.

A TIM informou que ainda não foi intimada da decisão da 1ª Vara Cível. “A empresa reitera seu compromisso com a qualidade da prestação dos seus serviços e esclarece que se pronunciará no momento oportuno”, acrescentou a operadora.

Procon. O assunto já havia mobilizado o Procon do Rio de Janeiro, que ingressou com uma ação coletiva na Justiça para garantia do serviço de internet dos clientes da Vivo, Oi, Tim e Claro, que estariam praticando o mesmo corte do qual foi alvo o advogado Vinícius Koptchinski Barreto. O processo tramita na 5.ª Vara Empresarial do judiciário fluminense ainda sem decisão sobre o pedido.

Para o Procon, as operadoras agiram de má-fé, baseando-se no artigo 52 da Resolução 632/2014 da Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel), que determinou que as operadoras comunicassem, com antecedência mínima de 30 dias, aos seus consumidores sobre alterações e extinções de planos de serviço, ofertas e promoções. A entidade, porém, enxerga que mudanças unilaterais de contrato são práticas abusivas que ferem o direito adquirido previsto pela Constituição Federal e no Código de Defesa do Consumidor.

http://sao-paulo.estadao.com.br/blogs/seus-direitos/tim-deve-parar-de-cortar-internet-movel-de-advogado-que-foi-a-justica/

Campanha de ódio contra Dilma busca esconder casos de corrupção do PSDB

 

    donizeti nogueira

    Segundo Donizeti, PT é o partido que mais combate a corrupção. As denúncias de corrupção contra a Petrobras não são de hoje. Em 1997, durante a gestão do tucano Fernando Henrique Cardoso, o falecido jornalista Paulo Francis denunciou esquemas escusos na estatal. Mas, ao invés das acusações serem investigadas, o profissional foi sufocado por processos movidos por diretores da empresa, então presidida por João Rennó. Diferentemente daquele período, os desvios identificados atualmente são devidamente apurados. As descobertas, ao invés de denotarem transparência, transformaram-se em uma campanha de ódio contra o governo. Para o senador Donizeti Nogueira (PT-TO), essas manifestações exasperadas refletem o medo de que os casos tucanos venham à tona.

    “A campanha de ódio que se tem travado contra o governo da presidenta Dilma não busca nada mais do que tentar inflar determinados fatos, objetivando esconder os casos de corrupção do PSDB nos oito anos em que esteve à frente do governo do País”, disse o senador.

    De acordo com o parlamentar, se ao invés de processar Francis as denúncias tivessem sido apuradas, a situação da estatal poderia ser completamente diferente hoje.

    Outro escândalo que a oposição também quer esconder, segundo Donizeti, é o do chamado trensalão tucano, cujas investigações mostram que foram fraudadas licitações para aquisição de trens entre 1998 e 2008, e cujos desvios chegam a, pelo menos, R$834 milhões. Ao todo, foram indiciadas 33 pessoas por crimes de corrupção ativa e passiva, formação de cartel, crime licitatório, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

    O inquérito foi aberto em 2008, mas somente em 2013 avançou, depois da delação premiada feita pela Siemens ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em que admitiu participar de um conluio com outras empresas do setor de trens para fraudar licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) de 1998 a 2008. De acordo com a Siemens e a Alstom, o esquema de pagamentos de propinas tinha a finalidade de favorecer as empresas estrangeiras em licitações, além de financiar o caixa dois de partidos políticos, no período.

    Everton Rheinheimer, um dos seis ex-funcionários da Siemens que assinaram o acordo com o Cade, afirmou ter em seu poder uma série documentos que provam a existência de um forte esquema de corrupção do PSDB paulista. Os contratos do Metrô e da CPTM sob suspeição já somam pelo menos R$11,2 bilhões, em valores corrigidos pelo IGP-DI.

    “Procuro evidenciar a clara tentativa de certos setores da oposição que, na ânsia de atacar e destruir o governo da Presidenta Dilma e do PT, se esquecem de olhar para seu próprio quintal e tentam jogar para debaixo do tapete toda a sujeira produzida durante anos nos governos de São Paulo”, denunciou Donizeti.

    Ainda de acordo com o parlamentar, o PT é o partido que mais combate a corrupção. “As investigações saltaram de seis para 250 por ano, totalizando 2.226 operações especiais durante os governos Dilma e Lula, graças à independência dos órgãos fiscalizadores”, destacou.

    http://www.ptnosenado.org.br/site/noticias/ultimas/item/46884-campanha-de-odio-contra-dilma-busca-esconder-casos-de-corrupcao-do-psdb

    terça-feira, 24 de março de 2015

    AÉCIO: CRÍTICA INTERNACIONAL VÊ CANDIDATO DERROTADO,MAL INTENCIONADO. É O QUE ELE PASSA

     

    Protesto forçado: imprensa europeia concorda que situação dos protestos foi uma extensão das Eleições 2014 e seus agentes eram da classe média alta movidos por raiva e decepção
    Não param de chegar informações sobre a reação da crítica internacional a respeito dos protestos ocorridos no Brasil neste 15 de março. O evento que era para ser um movimento apartidário para protestar contra a corrupção, tornou-se uma grande reação ao resultado das urnas em 2014 dos eleitores do candidato derrotado Aécio Neves.
    O sentimento geral fora do Brasil é de descrédito com relação ao evento de domingo, que mais foi um ato raivoso e despeitado com relação a vitória de Dilma Rousseff.
    A tática armada pelo PSDB de Aécio Neves de enxergar tais movimentos como espontâneos e apartidários caiu por terra, tendo em vista a reação da crítica internacional.
    Como a imprensa europeia reagiu
    A respeito das manifestações do dia 15 de março ocorridas no Brasil, o jornal suíço Neue Zürcher Zeitung disse que a multidão era formada “principalmente por membros da classe média”, movidos por “raiva e decepção”.
    A revista alemã de economia Wirtschaftswoche confirma que a situação no Brasil “parece uma continuação da acirrada disputa eleitoral de 2014.
    O jornal Die Welt disse que os protestos “foram organizados em mídias sociais por grupos políticos de direita” e que muitos dos participantes são “seguidores da oposição, derrotada nas eleições presidenciais em outubro”.
    O francês Le Monde considerou os atos do dia 13 como uma “onda contra Dilma Rousseff”. “Uma maré humana convocada nas redes sociais que mobilizou os mais amplos setores da oposição, sem rótulos oficiais”, conclui.
    O inglês The Guardian destacou que a manifestação em Copacabana teve, “predominantemente”, participação de “pessoas brancas e de classe média”.

    http://www.plantaobrasil.com.br/news.asp?nID=87957

    Escravos não deveriam sair da senzala, Pondé?

     

    :

    Artigo publicado pelo "filósofo" Luiz Felipe Pondé nesta segunda-feira representa a quintessência do pensamento reacionário; segundo ele, o Partido dos Trabalhadores, criado por Luiz Inácio Lula da Silva no calor das greves do ABC, deveria voltar para o chão de fábrica, "de onde nunca deveria ter saído"; por essa mesma lógica perversa, o escravo nunca deveria ter saído da senzala, a mulher nunca deveria ter saído da cozinha, o gay nunca deveria ter saído do armário e o porteiro de Danuza Leão nunca deveria ter ido a Paris; tão ou mais do que a crítica à corrupção, é essa mentalidade egoísta que hoje alimenta o discurso do ódio ao PT

    23 de Março de 2015 às 11:23

    247 - Um artigo publicado pelo "filósofo" Luiz Felipe Pondé, na Folha de S. Paulo (saiba mais aqui), serviu para escancarar a mecânica do pensamento reacionário. "Temos que reconhecer: chegamos ao fim de uma era. O PT vive seu outono. Melhor voltar para o pátio da fábrica onde nasceu e de onde nunca deveria ter saído", disse ele.

    O PT, como se sabe, nasceu no calor das greves de metalúrgicos do ABC, em 1980, quando o então operário Luiz Inácio Lula da Silva liderava multidões nos comícios da Vila Euclides, em São Bernardo do Campo (SP). Chegou ao poder em 2002 e representa a mais bem-sucedida experiência de construção de um partido de massas, na segunda metade do século XX. Desde então, o PT governa um país continental e, hoje, acumula ainda cinco governos estaduais e mais de 700 prefeituras.

    Segundo Pondé, no entanto, é hora de voltar para o chão de fábrica, de onde o partido nunca deveria ter saído. Afinal, trabalhador tem que obedecer. Operário não pode ser patrão.

    Esse lógica perversa permite que algumas perguntas sejam feitas ao filósofo:

    1) será que os negros deveriam voltar para a senzala, de onde nunca deveriam ter saído?

    2) será que as mulheres deveriam voltar para a cozinha, de onde nunca deveriam ter saído?

    3) será que os gays deveriam voltar para o armário?

    4) será que os palestinos deveriam aceitar a opressão imposta por Benjamin Netanyahu?

    A ordem social expressa por Pondé é avessa ao conceito de igualdade. Lembra até o pensamento da ex-colunista Danuza Leão, que disse que Paris perdeu a graça depois que ela descobriu que seu porteiro também podia visitar a cidade-luz (relembre aqui o caso).

    Aliás, mais uma pergunta: o porteiro de Danuza deveria voltar para a guarita, de onde nunca deveria ter saído?

    Esse tipo de discurso, tão ou mais do que o repúdio à corrupção, é o que alimenta a pregação do ódio a um partido político. Como expressou o cientista político André Singer em entrevista publicada neste fim de semana, há um fenômeno a ser estudado no Brasil: a rejeição da elite ao povo brasileiro.

    http://www.brasil247.com/pt/247/cultura/174251/Escravos-não-deveriam-sair-da-senzala-Pondé.htm

    "Um por todos e todos pelo Pré Sal"

    Jornalista americano alerta que governo dos EUA estão agindo para derrubar Dilma

    Denúncias Dilma Rousseff EUA Politica 3/02/2015 - Comente este artigo

    Jornalista americano conta como os norte-americanos agem para derrubar a presidente Dilma e buscam seus interesses perdidos após a Era FHC; intitulado de "um por todos e todos pelo Pré Sal" jornalista explica que o governo norte-americano tenta de tudo para conseguir a presidente fora do comando do governo

    Por Redação

    William Engdahl, norte-americano, engenheiro e jurisprudente (Princeton, EUA-1966), pós-graduado em economia comparativa (Estocolmo, Suécia-1969) escreveu um artigo em um dos jornais mais vendidos nos EUA, o New Eastern Outlook.

    William alerta que o governo dos Estados Unidos estão agindo para derrubar a presidente Dilma Rousseff e conta como estão fazendo para tal.

    Ele também conta que Washington apoiou até o ultimo minuto, o PSDB nas eleições de 2014. Confira o texto do jornalista norte americano traduzido pelo Portal Metrópole.

    Um por todos, e todos pelo Pré-Sal
    Entenda como o governo dos Estados Unidos quer reconquistar seus direitos no Brasil, perdidos no governo de Luiz Inácio Lula da Silva do Partido dos Trabalhadores e hoje age para derrubar a presidente reeleita.
    Por William Engdahl
    Para ganhar o segundo turno das eleições contra o candidato apoiado pelos Estados Unidos, Aécio Neves, em 26 outubro de 2014, a presidenta recém-reeleita do Brasil, Dilma Rousseff, sobreviveu a uma campanha maciça de desinformação do Departamento de Estado estadunidense. Não obstante, já está claro que Washington abriu uma nova ofensiva contra um dos líderes chave dos BRICS, o grupo não alinhado de economias emergentes – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Com a campanha de guerra financeira total dos Estados Unidos para enfraquecer a Rússia de Putin e uma série de desestabilizações visando a China, inclusive, mais recentemente, a “Revolução dos Guarda-Chuvas” financiada pelos Estados Unidos em Hong Kong, livrar-se da presidente "socialmente propensa" do Brasil é uma prioridade máxima para deter o polo emergente que se opõe ao bloco da Nova (des)Ordem Mundial de Washington.
    A razão por que Washington quer se livrar de Rousseff é clara. Como presidente, ela é uma das cinco cabeças do BRICS que assinaram a formação do Banco de Desenvolvimento dos BRICS, com capital inicial autorizado de 100 bilhões de dólares e um fundo de reserva de outros 100 bilhões de dólares. Ela também apoia uma nova Moeda de Reserva Internacional para complementar e eventualmente substituir o dólar. No Brasil, ela é apoiada por milhões de brasileiros mais pobres, que foram tirados da pobreza por seus vários programas, especialmente o Bolsa Família, um programa de subsídio econômico para mães e famílias da baixa renda. O Bolsa Família tirou uma população estimada de 36 milhões de famílias da pobreza através das políticas econômicas de Rousseff e de seu partido, algo que incita verdadeiras apoplexias em Wall Street e em Washington.
    Apoiado pelos Estados Unidos, seu rival na campanha, Aécio Neves, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), serve aos interesses dos magnatas e de seus aliados de Washington.
    O principal assessor econômico de Neves, que se tornaria Ministro da Fazenda no caso de uma presidência de Neves, era Armínio Fraga Neto, [cidadão norte-americano e brasileiro] amigo íntimo e ex-sócio de Soros e seu fundo hedge "Quantum". O principal conselheiro de Neves, e provavelmente seu Ministro das Relações Exteriores, tivesse ele ganhado as eleições, era Rubens Antônio Barbosa, ex-embaixador em Washington e hoje Diretor da ASG em São Paulo.
    A ASG é o grupo de consultores de Madeleine Albright, ex-Secretária de Estado norte-americana durante o bombardeio da Iugoslávia em 1999. Albright, dirigente do principal grupo de reflexão dos Estados Unidos, o "Conselho sobre Relações Exteriores", também é presidente da primeira ONG da “Revolução Colorida” financiada pelo governo dos Estados Unidos, o "Instituto Democrático Nacional" (NDI). Não é de surpreender que Barbosa tenha conclamado, numa campanha recente, o fortalecimento das relações Brasil-Estados Unidos e a degradação dos fortes laços Brasil-China, desenvolvidos por Rousseff na esteira das revelações sobre a espionagem norte-americana da Agência de Segurança Nacional (NSA) contra Rousseff e o seu governo.
    Surgimento de escândalo de corrupção
    Durante a áspera campanha eleitoral entre Rousseff e Neves, a oposição de Neves começou a espalhar rumores de que Rousseff, que até então jamais fora ligada à corrupção tão comum na política brasileira, estaria implicada num escândalo envolvendo a gigante estatal do petróleo, a Petrobras. Em setembro, um ex-diretor da Petrobras alegou que membros do governo Rousseff tinham recebido comissões em contratos assinados com a gigante do petróleo, comissões essas que depois teriam sido empregadas para comprar apoio congressional. Rousseff foi membro do conselho de diretores da companhia até 2010.
    Agora, em 2 de novembro de 2014, apenas alguns dias depois da vitória arduamente conquistada por Rousseff, a maior firma de auditoria financeira dos Estados Unidos, a "Price Waterhouse Coopers" se recusou a assinar os demonstrativos financeiros do terceiro trimestre da Petrobras. A PWC exigiu uma investigação mais ampla do escândalo envolvendo a companhia petrolífera dirigida pelo Estado.
    A Price Waterhouse Coopers é uma das firmas de auditoria, consultoria tributária e societária e de negócios mais eivadas de escândalos nos Estados Unidos. Ela foi implicada em 14 anos de encobrimento de uma fraude no grupo de seguros AIG, o qual estava no coração da crise financeira norte-americana de 2008. E a Câmara dos Lordes britânica criticou a PWC por não chamar atenção para os riscos do modelo de negócios adotado pelo banco "Northern Rock", causador de um desastre de grandes proporções na crise imobiliária de 2008 na Grã-Bretanha, cliente que teve que ser resgatado pelo governo do Reino Unido.
    Intensificam-se os ataques contra Rousseff, disso podemos ter certeza.
    A estratégia global de Rousseff
    Não foi apenas a aliança de Rousseff com os países dos BRICS que fez dela um alvo principal da política de desestabilização de Washington. Sob seu mandato, o Brasil está agindo com rapidez para baldar a vulnerabilidade à vigilância eletrônica norte-americana da NSA.
    Dias após a sua reeleição, a companhia estatal Telebrás anunciou planos para a construção de um cabo submarino de telecomunicações por fibra ótica com Portugal através do Atlântico. O planejado cabo da Telebrás se estenderá por 5.600 quilômetros, da cidade brasileira de Fortaleza até Portugal. Ele representa uma ruptura maior no âmbito das comunicações transatlânticas sob domínio da tecnologia norte-americana. Notadamente, o presidente da Telebrás, Francisco Ziober Filho, disse numa entrevista que o projeto do cabo será desenvolvido e construído sem a participação de nenhuma companhia estadunidense.
    As revelações de Snowden sobre a NSA em 2013 elucidaram, entre outras coisas, os vínculos íntimos existentes entre empresas estratégicas chave de tecnologia da informática, como a "Cisco Systems", a "Microsoft" e outras, e a comunidade norte-americana de inteligência. Ele declarou que:
    "A questão da integridade e vulnerabilidade de dados é sempre uma preocupação para todas as companhias de telecomunicações".
    O Brasil reagiu aos vazamentos da NSA periciando todos os equipamentos de fabricação estrangeira em seu uso, a fim de obstar vulnerabilidades de segurança e acelerar a evolução do país rumo à autossuficiência tecnológica, segundo o dirigente da Telebrás.
    Até agora, virtualmente todo tráfego transatlântico de TI encaminhado via costa leste dos Estados Unidos para a Europa e a África representou uma vantagem importante para espionagem de Washington.
    Se verdadeiro ou ainda incerto, o fato é que sob Rousseff e seu partido o Brasil está trabalhando para fazer o que ela considera ser o melhor para interesse nacional do Brasil.
    A geopolítica do petróleo também é chave
    O Brasil também está se livrando do domínio anglo-americano sobre sua exploração de petróleo e de gás. No final de 2007, a Petrobras descobriu o que considerou ser uma nova e enorme bacia de petróleo de alta qualidade na plataforma continental no mar territorial brasileiro da Bacia de Santos. Desde então, a Petrobras perfurou 11 poços de petróleo nessa bacia, todos bem-sucedidos. Somente em Tupi e em Iara, a Petrobras estima que haja entre 8 a 12 bilhões de barris de óleo recuperável, o que pode quase dobrar as reservas brasileiras atuais de petróleo. No total, a plataforma continental do Brasil pode conter mais de 100 bilhões de barris de petróleo, transformando o país numa potência de petróleo e gás de primeira grandeza, algo que a Exxon e a Chevron, as gigantes do petróleo norte-americano, se esforçaram arduamente para controlar.
    Em 2009, segundo cabogramas diplomáticos norte-americanos vazados e publicados pelo Wikileaks, a Exxon e a Chevron foram assinaladas pelo consulado estadunidense no Rio de Janeiro por estarem tentando, em vão, alterar a lei proposta pelo mentor e predecessor de Rousseff em seu Partido dos Trabalhadores, o presidente Luís Inácio Lula da Silva, ou Lula, como ele é chamado.[Foi revelado pelo Wikileaks que José Serra, o então candidato do PSDB que competia contra Dilma pela presidência, prometera confidencialmente à Chevron que, se eleito, afastaria a Petrobras do pré-sal para dar espaço às petroleiras estadunidenses].
    Essa lei de 2009 tornava a estatal Petrobras operadora-chefe de todos os blocos no mar territorial. Washington e as gigantes estadunidenses do petróleo ficaram furiosos ao perderem controles-chave sobre a descoberta da potencialmente maior jazida individual de petróleo em décadas.
    Para tornar as coisas piores aos olhos de Washington, Lula não apenas afastou a Exxon Mobil e a Chevron de suas posições de controle em favor da estatal Petrobras, como também abriu a exploração do petróleo brasileiro aos chineses. Em dezembro de 2010, num dos seus últimos atos como presidente, ele supervisionou a assinatura de um acordo entre a companhia energética hispano-brasileira Repsol e a estatal chinesa Sinopec. A Sinopec formou uma joint venture, a Repsol Sinopec Brasil, investindo mais de 7,1 bilhões de dólares na Repsol Brasil. Já em 2005, Lula havia aprovado a formação da Sinopec International Petroleum Service of Brazil Ltd, como parte de uma nova aliança estratégica entre a China e o Brasil, precursora da atual organização do BRICS.
    Washington não gostou
    Em 2012, uma perfuração conjunta, da Repsol Sinopec Brazil, Norway’s Stateoil e Petrobras, fez uma descoberta de importância maior em Pão de Açúcar, a terceira no bloco BM-C-33, o qual inclui Seat e Gávea, esta última uma das 10 maiores descobertas do mundo em 2011. As maiores [empresas] do petróleo estadunidenses e britânicas absolutamente sequer estavam presentes.
    Com o aprofundamento das relações entre o governo Rousseff e a China, bem como com a Rússia e com outros parceiros do BRICS, em maio de 2013, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, veio ao Brasil com sua agenda focada no desenvolvimento de gás e petróleo. Ele se encontrou com a presidenta Dilma Rousseff, que havia sucedido ao seu mentor Lula em 2011. Biden também se encontrou com as principais companhias energéticas no Brasil, inclusive a Petrobrás.
    Embora pouca coisa tenha sido dita publicamente, Rousseff se recusou a reverter a lei do petróleo de 2009 de maneira a adequá-la aos interesses de Biden e de Washington. Dias depois da visita de Biden, surgiram as revelações de Snowden sobre a NSA, de que os Estados Unidos também estavam espionando Rousseff e os funcionários de alto escalão da Petrobras. Ela ficou furiosa e, naquele mês de setembro, denunciou a administração Obama diante da Assembleia Geral da ONU por violação da lei internacional. Em protesto, ela cancelou uma visita programada a Washington. Depois disso, as relações Estados Unidos-Brasil sofreram grave resfriamento.
    Antes da visita de Biden em maio de 2013, Dilma Rousseff tinha uma taxa de popularidade de 70 por cento. Menos de duas semanas depois da visita de Biden ao Brasil, protestos em escala nacional convocados por um grupo bem organizado chamado "Movimento Passe Livre", relativos a um aumento nominal de 10 por cento nas passagens de ônibus, levaram o país virtualmente a uma paralisação e se tornaram muito violentos. Os protestos ostentavam a marca de uma típica “Revolução Colorida”, ou desestabilização via Twitter, que parece seguir Biden por onde quer que ele se apresente. Em semanas, a popularidade de Rousseff caiu para 30 por cento.

    http://www.portalmetropole.com/2015/03/jornalista-americano-alerta-que-governo.html#ixzz3ud2xd6k6