sexta-feira, 22 de agosto de 2025
quinta-feira, 21 de agosto de 2025
Brasil247: Conversas de Bolsonaro, Eduardo e Malafaia são "prova definitiva da conspiração golpista contra o Brasil", diz Gleisi
São conversas de pessoas que comemoram sanções contra nossa economia, tramam contra a Justiça e não se incomodam com as consequências”, afirma a ministra


247 - A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou em postagem no X que as mensagens trocadas entre Jair Bolsonaro (PL), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o pastor-empresário Silas Malafaia sobre a "chantagem" do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, configuram "prova definitiva" de uma conspiração contra o Brasil. "As mensagens trocadas entre Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Silas Malafaia sobre a chantagem de Donald Trump são a prova definitiva da conspiração dos golpistas contra o Brasil", escreveu a ministra em seu perfil na rede social.
Ainda segundo ela, "quanto mais se aprofundam as investigações, mais é revelado sobre os métodos sujos da extrema-direita, sua sede de poder e seu desprezo pela democracia e pela soberania nacional. São conversas indecentes entre pessoas que comemoram as sanções contra nossa economia, tramam contra a Justiça e não se incomodam com as consequências para o país e a população".
O posicionamento da ministra ocorre um dia após a Polícia Federal cumprir mandados de busca e apreensão contra Silas Malafaia, no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no inquérito que apura coação no curso do processo sobre a tentativa de golpe de Estado - a mesma investigação que tem Jair Bolsonaro (PL) e ex-integrantes de seu governo como réus.
Também nesta quarta-feira (20), a PF tornou públicas conversas extraídas do celular de Jair Bolsonaro. Nos diálogos, Malafaia dirige ataques a Eduardo Bolsonaro: "esse seu filho Eduardo é um babaca. Inexperiente que está dando a Lula e à esquerda o discurso nacionalista, e, ao mesmo tempo, te ferrando". Em seguida, o pastor-empresário elevou o tom: "Um estúpido de marca maior, estou indignado. Só não faço um vídeo e arrebento com ele por consideração a você. Não sei se vou ter paciência e ficar calado, se esse idiota falar mais alguma asneira". As mensagens teriam relação com a condução do deputado diante da repercussão do tarifaço imposto pelo governo do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em vídeo divulgado no X, Eduardo Bolsonaro manifestou solidariedade ao pastor e afirmou que a operação e a divulgação dos diálogos constituem uma "cortina de fumaça". "Então, siga firme e forte, 'tamo' junto pastor, o senhor, igual a mim, está preocupado com o Brasil e com os brasileiros, bola para frente, vamos embora", disse o parlamentar. Ele alegou: "Têm circulado aí uns áudios do pastor Silas Malafaia, vazaram, mais uma vez, através de fishing expedition. Pegam o celular do Bolsonaro, vazam o que interessa, jogam uma cortina de fumaça para o que realmente importa".
Na decisão, Moraes determinou que Malafaia entregue o passaporte, fique proibido de deixar o país e não mantenha contato com outros investigados, entre eles Jair e Eduardo Bolsonaro. O religioso foi abordado quando embarcava para Lisboa, Portugal, e teve bens pessoais recolhidos pelos agentes federais.
Também nesta quarta-feira, a Polícia Federal (PF) indiciou Jair Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro sob as acusações de coação no curso do processo e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A apuração indica que os dois atuaram para pressionar o Supremo Tribunal Federal durante o julgamento que envolve Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Somadas, as penas previstas podem chegar a 12 anos de prisão
De acordo com a PF, mensagens obtidas mostram que pai e filho buscaram apoio junto a autoridades dos Estados Unidos para interferir em processos judiciais no Brasil. Segundo o relatório, houve uma “ação consciente e voluntária junto a autoridades norte-americanas para obter medidas contra o Estado brasileiro com a finalidade de coagir autoridades brasileiras, em especial ministros do Supremo Tribunal Federal”.
O documento aponta que Eduardo Bolsonaro, atualmente residindo nos Estados Unidos, articulou contatos políticos para sustentar a narrativa de que Bolsonaro seria vítima de perseguição judicial. O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a adotar medidas contra o Brasil, incluindo tarifas sobre produtos brasileiros e sanções contra ministros do STF, como Alexandre de Moraes, utilizando a chamada Lei Magnitsky.
Mensagens apresentadas pela PF indicam que Eduardo buscava garantir a proteção do pai diante das ações penais. Em uma delas, enviada em julho, ele escreveu: “Se a anistia light passar, a última ajuda vinda dos EUA terá sido o post do Trump. Eles não irão mais ajudar (…) Temos que decidir entre ajudar o Brasil, brecar o STF e resgatar a democracia OU enviar o pessoal que esteve num protesto que evoluiu para uma baderna para casa num semiaberto”.
Na mesma data, Donald Trump declarou em sua rede social que o Brasil estaria cometendo uma “coisa terrível” contra Bolsonaro, afirmando acompanhar uma “caça às bruxas” contra o aliado político.
Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/conversas-de-bolsonaro-eduardo-e-malafaia-sao-prova-definitiva-da-conspiracao-golpista-contra-o-brasil-diz-gleisi
Fonte: https://blogdafolha.blogspot.com/2025/08/brasil247-conversas-de-bolsonaro.html
quarta-feira, 20 de agosto de 2025
Agência Brasil: Polícia Federal investiga desvio de R$ 50 milhões da educação

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta
terça-feira (19) a Operação Lei do Retorno para desarticular uma
organização criminosa suspeita de desviar mais de R$ 50 milhões de
recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica
(Fundeb).
Foram cumpridos 45 mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas, empresas e servidores públicos, nas cidades maranhenses de Caxias, São Luís, São José do Ribamar, Buriti Bravo, Presidente Dutra e Joselândia, e em Teresina.
O ministro da Educação, Camilo Santana, informou que a Controladoria-Geral da União (CGU) é responsável pelas denúncias relacionadas ao uso indevido de recursos federais, inclusive os repasses do Ministério da Educação aos municípios e aos estados, e contribui nas investigações e análises de cada caso, em parceria com o Ministério Público e com a Justiça.
“É importante ter transparência do uso de recursos públicos e todas as medidas serem tomadas para evitar o desvio de qualquer centavo que deve ir para a educação de crianças e jovens do país”, destacou o ministro Camilo Santana.
Fraudes
A investigação policial apura fraudes em licitações municipais ocorridas entre 2021 e 2025. Também foi identificado que parte dos valores contratados com recursos do Fundeb retornou aos servidores públicos envolvidos nas fraudes.
O alvo da operação é o núcleo que teria manipulado licitações públicas nesses municípios do Nordeste e que também teria atuado no desvio de recursos públicos repassados pelo governo federal, por meio do Fundeb, além da apropriação de parte dos valores desviados pelos servidores públicos envolvidos no esquema criminoso.
“Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção, peculato, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro”, diz nota da PF.
Agência Brasil: PF e CGU apuram irregularidades em antiga pasta de Damares Alves
Fraudes teriam ocorrido em contartos de formação profissional

A Polícia Federal (PF) executou operação
nesta terça-feira (19) para apurar supostas fraudes em contratos de
formação profissional firmados entre o antigo Ministério da Mulher, da
Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e o Instituto de Desenvolvimento
Social e Humano do Brasil (IDSH).
A Operação Kabali, deflagrada pela manhã em trabalho conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU), cumpriu dois mandados de busca e apreensão nos bairros de Campo Grande e Jardim Sulacap, situados na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Conforme comunicado da PF, “os termos de fomento tinham como objetivo a formação profissional em cursos de informática, designer gráfico e informática básica. Apesar do repasse dos recursos, não houve a comprovação da realização dos cursos previstos, com indícios de desvio de verbas públicas. Os investigados poderão responder pelos crimes de fraude em licitação, peculato e associação criminosa.”
O suposto desvio teria sido em torno de R$ 3,8 milhões, no período em que o Ministério era chefiado por Damares Alves, hoje senadora pelo Distrito Federal (Republicanos), durante o governo de Jair Bolsonaro (2019-2022).
Em nota à imprensa, a senadora afirma que a apuração “foi provocada pela então ministra” que, em 11 de fevereiro de 2022, solicitou auditoria à CGU “diante de fortes indícios de irregularidades detectados por ocasião de análise e mapeamento de riscos nos Termos de Fomento firmados com o Instituto de Desenvolvimento Social e Humano do Brasil e com o Instituto Nacional de Desenvolvimento Humano (INADH).”
Segundo Damares, “o relatório da CGU teve origem nas informações levadas ao órgão pela Assessoria de Controle Interno do MMFDH.”
A senadora acrescenta que “ao receber o relatório, o MMFDH exigiu das organizações sociais esclarecimentos e providências sobre as falhas apontadas” e que “em 20 de outubro de 2022, o IDSH ressarciu ao Erário o valor de R$ 1.100.659,46.”
Damares Alves ainda salienta que “não conhece os donos da IDSH e da INADH.”
Brasil247: Tarifaço de Trump fortalece Lula e desgasta o clã Bolsonaro, aponta pesquisa Quaest
Segundo
o levantamento, o presidente Lula é quem melhor responde ao tarifaço e
Eduardo e Jair Bolsonaro defendem apenas os próprios interesses


247 - Pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (20), mostra que a maioria dos brasileiros desaprova a forma como Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), têm lidado com o chamado “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos. Segundo o levantamento, 55% acreditam que ambos agem mal diante da medida adotada pelo presidente estadunidense Donald Trump, enquanto 46% fazem a mesma avaliação em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O estudo indica que os números são mais desfavoráveis à família Bolsonaro, que apresenta desvantagem de 31 pontos entre avaliação negativa e positiva. Lula, por sua vez, aparece em empate técnico: 46% consideram que o petista age mal, enquanto 44% avaliam positivamente sua postura.
Além de Jair e Eduardo Bolsonaro, outros nomes também acumulam mais respostas negativas do que positivas: Romeu Zema (Novo - 16 pontos de diferença), Ronaldo Caiado (União Brasil - 15 pontos), Fernando Haddad (PT - 12 pontos), Ratinho Júnior (PSD - 11 pontos) e Tarcísio de Freitas (Republicanos - 11 pontos).
Sobre o embate com os EUA por conta das tarifas impostas ao Brasil, 48% dos entrevistados acreditam que Lula e o PT representam o lado que “mais faz o que é certo”, contra 28% que citam Bolsonaro e aliados. Para 15%, nenhum dos dois lados age corretamente, e 9% não souberam responder.
Para 77% dos entrevistados, o tarifaço vai prejudicar diretamente a vida da população, enquanto 20% dizem que não haverá impacto. Já 51% consideram que a medida tem motivações políticas do presidente dos EUA, e não apenas econômicas.
A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 17 de agosto, com 2.004 entrevistas presenciais em 120 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/tarifaco-de-trump-fortalece-lula-e-desgasta-o-cla-bolsonaro-aponta-pesquisa-quaest
terça-feira, 19 de agosto de 2025
Brasil247: Cargas de minério, petróleo e soja fortalecem economia do Nordeste no 1º semestre
Portos da região movimentaram 150,5 milhões de toneladas entre janeiro e junho, segundo a Antaq


247 - Os portos do Nordeste registraram crescimento expressivo no primeiro semestre de 2025, movimentando 150,5 milhões de toneladas de cargas, segundo balanço da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O resultado, divulgado pela Agência Gov em 18 de agosto de 2025, representa um aumento de 1,2 milhão de toneladas em relação ao mesmo período do ano passado, impulsionado por minério de ferro, petróleo e grãos.
O Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (MA) manteve-se como o maior porto da região, responsável por 75,2 milhões de toneladas, sobretudo de minério de ferro. Já o Porto do Itaqui (MA) movimentou 17,2 milhões de toneladas, combinando combustíveis e produtos agrícolas. Esse desempenho logístico dialoga diretamente com o avanço do PIB maranhense, que cresceu 1,9% no primeiro trimestre de 2025, superando a média nacional.
Em Pernambuco, o Complexo Industrial Portuário de Suape atingiu 10,9 milhões de toneladas no período, com destaque para a exportação de veículos. Somente entre janeiro e junho, 37.668 automóveis foram embarcados pelo terminal.
Na Bahia, o Terminal Aquaviário de Madre de Deus, especializado em derivados de petróleo, movimentou 9,9 milhões de toneladas. Já o Porto do Pecém (CE) registrou 9,5 milhões de toneladas em cargas diversas, entre elas fertilizantes e grãos, fundamentais para a cadeia do agronegócio.
Fonte: https://www.brasil247.com/regionais/nordeste/cargas-de-minerio-petroleo-e-soja-fortalecem-economia-do-nordeste-no-1-semestre
Brasil247: Justiça manda governo religar radares desligados em rodovias federais
Decisão obriga DNIT e concessionárias a reativarem fiscalização em 24h, sob pena de multa de R$ 50 mil por dia


247 - A Justiça Federal determinou que o governo religue os radares de fiscalização de velocidade em rodovias federais. A decisão, segundo o g1, responde a uma ação popular que tramita desde 2019, quando o então presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou retirar os equipamentos das estradas.
Na época, a Justiça fechou um acordo com o governo Bolsonaro para manter os radares em pontos críticos das rodovias — locais com altos índices de acidentes e mortes. Agora, a 5ª Vara Federal determinou que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) notifique as concessionárias em até 24 horas, exigindo o pleno funcionamento dos equipamentos definidos no chamado Acordo Nacional dos Radares.
Segundo a decisão, empresas e DNIT terão prazo de um dia para religar os aparelhos, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A medida busca pressionar o governo a realocar recursos no orçamento para pagar as empresas responsáveis pela manutenção.
A magistrada Diana Wanderlei destacou que a omissão compromete diretamente a segurança da população. Em sua decisão, ela afirmou ser “inconteste que o não adimplemento dos contratos e a ausência de prestação do serviço atingem diretamente o interesse primário da sociedade pela segurança. A autonomia do Poder Executivo na definição das dotações orçamentárias é relativa, pois o cumprimento de serviços primários não pode ser relegado ou colocado em segundo plano.”
A juíza também chamou atenção para a contradição da atual gestão em relação ao tema. “Para surpresa deste juízo, o atual governo federal, grupo que, à época da retirada dos radares nas rodovias federais [em 2019], foi um dos grandes críticos daquela medida [...], agora age de forma oposta, o que soa como contradição e retrocesso na proteção social, no cuidado com as pessoas”. A ação popular foi movida em 2019 pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES) e manteve-se em aberto justamente para evitar descumprimentos posteriores.
De acordo com o DNIT, o órgão precisava de R$ 364 milhões em 2025 para garantir a manutenção dos radares, mas recebeu apenas R$ 43,3 milhões no orçamento. Atualmente, cerca de 45 mil quilômetros de rodovias federais estão sem fiscalização eletrônica.
A juíza lembrou ainda que a arrecadação com multas não vai para concessionárias nem para o DNIT, mas para os cofres da União. “O montante das multas arrecadadas supera os gastos com os radares em cerca de três vezes. Ou seja, em dose dupla, a União está abrindo mão de receitas e comprometendo a segurança viária, incentivando as altas velocidades nas rodovias e, por conseguinte, as mortes no trânsito”, escreveu Diana Wanderlei em sua decisão.
Além do religamento imediato, a magistrada estabeleceu outras obrigações:
O DNIT deverá informar em até 72 horas as consequências do apagão dos radares e o valor exato necessário para manter o acordo;
A União terá cinco dias para apresentar um plano orçamentário que assegure o pagamento dos contratos;
Ainda conforme a reportagem, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, foi intimado pessoalmente para acompanhar a questão e tentar uma solução consensual.
Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/justica-manda-governo-lula-religar-radares-desligados-em-rodovias-federais
Brqsil247: PF deflagra operação contra tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em três estados
Ação mira grupo criminoso em São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, com sequestro de bens avaliados em R$ 50 milhões


247 - A Polícia Federal desencadeou, nesta terça-feira (19), a Operação Arco Sul para desmantelar uma rede criminosa especializada no tráfico de drogas e na lavagem de dinheiro. De acordo com a PF, a ação ocorreu de forma simultânea em São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, com ordens judiciais expedidas pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Ribeirão Preto (SP).
A operação mobilizou 110 policiais federais, além do apoio de 32 policiais militares do BAEP e do TOR, e contou com a participação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), núcleo de Ribeirão Preto. Foram cumpridos 24 mandados de prisão temporária, com prazo inicial de 30 dias (prorrogáveis por mais 30), e 20 mandados de busca e apreensão.
As apurações tiveram início em 2024 e já resultaram em 13 flagrantes, 18 prisões e a apreensão de mais de 900 quilos de cocaína e 1.150 quilos de maconha. Como parte das medidas judiciais, foi determinado o sequestro de bens e valores dos investigados, que somam cerca de R$ 50 milhões.
Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/pf-deflagra-operacao-contra-trafico-de-drogas-e-lavagem-de-dinheiro-em-tres-estados
sábado, 16 de agosto de 2025
sexta-feira, 15 de agosto de 2025
Agência Brasil: STF marca para 2 de setembro julgamento de Bolsonaro na trama golpista
Zanin reservou oito sessões para a análise do caso

O ministro Cristiano Zanin, presidente da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para 2 de
setembro o início do julgamento da ação penal que tem como alvo o
ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados, todos réus por tentativa de Golpe de Estado.
O julgamento foi marcado para começar às 9h. Zanin reservou oito sessões para a análise do caso, seis delas extraordinárias, ou seja, realizadas em horários fora do previsto para a Primeira Turma.
Além do 2 de setembro, com uma sessão pela manhã e outra a tarde, a demais sessões estão previstas para ocorrer nos dias 3, 9, 10 e 12 de setembro, conforme cronograma divulgado pela secretaria da Primeira Turma.
A ação penal 2668 é a mais avançada relacionada à trama golpista denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e tem como alvo o núcleo 1 da trama, também chamado núcleo “crucial”, grupo formado pelo que seriam as principais cabeças do complô.
Além do relator, ministro Alexandre de Moraes, vão participar do julgamento os outros quatro ministros que compõem a Primeira Turma - Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino.
Como de costume nas análises de mérito e presenciais, o julgamento deve ser inteiramente transmitido pela TV e Rádio Justiça, bem como pelo canal do Supremo na plataforma YouTube.
Relembre
A ação penal 2668 é a mais avançada relacionada à trama golpista denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e tem como alvo o núcleo 1 da trama, também chamado núcleo “crucial”, grupo formado pelo que seriam as principais cabeças do complô.
Pela denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet, elaborada com base nas investigações da Polícia Federal (PF), Bolsonaro foi o líder de uma trama golpista que tinha como objetivo mantê-lo no poder mesmo com derrota na tentativa de reeleição, em 2022.
Segundo a narrativa da acusação, o plano golpista começou a ser colocado em prática em meados de 2021, quando Bolsonaro orientou o alto escalão de seu governo a atacar o sistema eletrônico de votação, de modo a desacreditar o processo eleitoral e criar o clima social propício a uma ruptura democrática.
Ainda segundo o PGR, a tentativa de golpe culminou com o 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro que não aceitavam o resultado das eleições invadiram e depredaram amplamente as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Entre as provas apresentadas estão, por exemplo, minutas de um decreto golpista encontradas em endereços dos investigados, bem como rascunhos de planos como “Luneta”, “Copa 2022” e “Punhal Verde Amarelo”.
O PGR enfatizou que tais planos chegaram a prever, inclusive, o sequestro e assassinato de autoridades ainda em 2022, entre as quais o ministro do STF Alexandre de Moraes, o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o vice eleito, Geraldo Alckmin.
Todos os oito réus do núcleo 1 foram acusados de cinco crimes: organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Somadas, as penas podem superar os 30 anos de prisão.
O julgamento final da ação penal contra Bolsonaro foi marcado pouco depois de todas as defesas terem entregado ao Supremo suas alegações finais no caso. O prazo final para isso se encerrou na última quarta (13).
Defesas
Com a exceção da defesa de Bolsonaro, que chamou a narrativa da PGR de “absurda” e “golpe imaginado”, as demais defesas optaram em geral por não contestar a existência de uma trama golpista em si, mas concentraram esforços em desvincular seus clientes de um eventual complô, mesmo que fique provada a existência deste.
Todos os advogados pediram a absolvição de todas as acusações.
* matéria atualizada às 13h20 para acréscimo de informações.
quinta-feira, 14 de agosto de 2025
Agência Brasil: Dono da Ultrafarma e diretor da Fast Shop são presos em operação do MP
Operação desarticulou esquema envolvendo auditores-fiscais paulistas

O dono e fundador da Ultrafarma, Sidney Oliveira,
foi preso temporariamente na manhã desta terça-feira (12) em uma
operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) para desarticular um
esquema de corrupção envolvendo auditores-fiscais tributários da
Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).
Além dele, também foram presos o diretor estatutário do grupo Fast Shop,
Mario Otávio Gomes, e os auditores fiscais da Fazenda estadual paulista
Artur Gomes da Silva Neto e Marcelo de Almeida Gouveia.
De acordo com o MP, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, além de sequestro de bens dos investigados. A investigação começou há 6 meses e já concluiu que o esquema existe desde 2021. Mesmo assim, o MP apura se antes disso já havia algo ocorrendo.
Segundo o MP, os empresários pagavam os auditores para que facilitassem o ressarcimento de créditos de ICMS junto à Sefaz-SP. Todas as empresas varejistas contribuintes têm direito ao ressarcimento, porém o procedimento é complexo e tem prazos longos.
A investigação descobriu que o auditor Artur Gomes da Silva Neto era o “cérebro” da operação, facilitando todo o processo.
"Ele coletava os documentos necessários da Fast Shop e da Ultrafarma, pedia o ressarcimento dos créditos e em seguida ele mesmo os aprovava evitando que houvesse uma revisão. Em algumas situações eram liberados valores superiores ao que as empresas tinham direito e em prazos reduzidos. O esquema de fraudes teria lhe rendido cerca de R$ 1 bilhão em propinas desde 2021”, informou o promotor de Justiça João Ricúpero.

São Paulo (SP), 12/08/2025 - O procurador-geral de Justiça Paulo Sérgio de Oliveira e Costa e os promotores João Ricupero e Roberto Bodini participam da coletiva de imprensa sobre prisão do dono da Ultrafarma e diretor da Fast Shop por suspeita de esquema de pagamento de propinas, no Ministério Público de São Paulo - MP-SP. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
O promotor de Justiça Roberto Bodini disse que as investigações dão indício de que outras empresas do setor varejista também podem ter utilizado o mesmo esquema para conseguir a liberação desses créditos tributários.
“Obviamente não podemos divulgar o nome das outras porque investigações estão em curso. Nosso desafio daqui em diante é justamente verificar se há outros auditores fiscais envolvidos e se há mais empresas se valendo da fraude”, disse Bodini.
Um dos pontos de partida da investigação foi a constatação de um salto patrimonial expressivo em uma empresa que estava no nome da mãe do auditor-fiscal. Com a quebra de sigilo bancário e fiscal, o MP percebeu que até junho de 2021 essa empresa não tinha nenhum tipo de atividade operacional.
“Ela não tinha cliente, não tinha absolutamente nada. A partir do segundo semestre de 2021, ela passa a receber dezenas de milhões de reais apenas da Fast Shop. No ano de 2022, ela recebe R$ 60 milhões, também da Fast Shop. Só da Fast Shop, em valores brutos, a empresa recebeu R$ 1 bilhão”, disse Ricúpero.
No início das investigações, a participação de um segundo fiscal era secundária, no entanto, novas provas coletadas nas diligências, como altos valores em moeda e criptomoedas, foram comprovadas sua participação no esquema.
Com um dos alvos da operação foram apreendidas duas sacolas com esmeraldas, além de R$ 1 milhão em dinheiro. Os valores totais ainda estão sendo contabilizados. Também foram presas duas mulheres, contadoras, que auxiliavam o auditor-fiscal nos pedidos de ressarcimento.
Por meio de nota, a Sefaz-SP informou que está à disposição das autoridades e colaborará com os desdobramentos da investigação do Ministério Público por meio da sua Corregedoria da Fiscalização Tributária (Corfisp).
“Enquanto integrante do Cira-SP - Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos - e diversos grupos especiais de apuração, a Sefaz-SP tem atuado em diversas frentes e operações no combate à sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e ilícitos contra a ordem tributária, em conjunto com os órgãos que deflagraram operação na data de hoje”, disse a secretaria em nota.
A Sefaz-SP informou que instaurou procedimento administrativo para apurar rigorosamente a conduta do servidor envolvido e que solicitou formalmente ao Ministério Público do Estado de São Paulo o compartilhamento de todas as informações pertinentes ao caso.
Confira reportagem do Repórter Brasil Tarde, da TV Brasil, sobre a operação
A Fast Shop disse que ainda não teve acesso ao conteúdo da investigação e que está colaborando com o fornecimento de informações às autoridades competentes.
A Agência Brasil não conseguiu contato com a Ultrafarma e está aberta a manifestações.
*Matéria atualizada para correção do nome da rede de farmácias mencionado no final do texto.
Brasil247: Maioria dos brasileiros apoia prisão de Bolsonaro e atuação de Moraes, aponta Datafolha
Levantamento mostra que 51% concordam com prisão domiciliar de Bolsonaro e 53% avaliam que Moraes age dentro da lei


247 - A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de colocar Jair Bolsonaro (PL) em prisão domiciliar é apoiada por 51% da população brasileira. É o que revela a nova pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (14) pela Folha de S. Paulo, que também indica que 53% dos entrevistados acreditam que Moraes tem agido dentro dos limites da lei.
O instituto ouviu 2.002 pessoas com mais de 16 anos em 113 municípios do país, entre os dias 11 e 12 de agosto. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
A prisão domiciliar foi determinada em 4 de agosto, após Moraes entender que Bolsonaro violou uma das medidas cautelares impostas anteriormente — a de não utilizar redes sociais de terceiros. O ex-presidente participou por vídeo de um ato político em sua defesa, o que levou à nova sanção judicial.
Bolsonaro é investigado por tentativa de golpe de Estado para se manter no poder após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022. O julgamento do caso no STF deve começar em setembro. Nesta quarta-feira (13), sua defesa apresentou as alegações finais no processo.
Segundo o Datafolha, a prisão teve grande repercussão: 87% dos entrevistados disseram ter tomado conhecimento da medida. Destes, 30% se consideram bem informados, 42% mais ou menos informados e 15% pouco informados. Outros 4% não souberam opinar e 3% se disseram indiferentes à questão.
Apesar da maioria favorável, 42% dos entrevistados afirmaram discordar da decisão de Moraes. As opiniões variam por faixa etária e região. Entre jovens de 16 a 24 anos, o apoio à prisão domiciliar chega a 60%, embora a margem de erro nesse grupo seja maior, de até seis pontos percentuais. No Sul do país, tradicional reduto bolsonarista, a maioria (51%) vê a prisão como injusta, enquanto 43% concordam com a medida — diferença que também está dentro da margem de erro regional.
A percepção de que o Judiciário persegue Bolsonaro ainda divide os brasileiros. Para 43%, o ex-presidente é tratado de forma mais severa do que outros políticos. Já 37% acham que ele é tratado de maneira igual, e 13% acreditam que é tratado com mais benevolência. Outros 7% não responderam.
Sobre a conduta do ministro Alexandre de Moraes, 53% consideram que ele age conforme a lei. No entanto, 39% veem suas decisões como motivadas por perseguição política a Bolsonaro.
Nos Estados Unidos, o caso ganhou repercussão com o apoio de Donald Trump, que lidera uma campanha de solidariedade a Bolsonaro. O presidente americano puniu o Brasil com aumento de tarifas de importação, cancelou o visto de Moraes e outros ministros do STF e incluiu o relator do caso do golpe em uma lista de sanções econômicas com base na Lei Magnitsky — acusando Moraes de violar direitos humanos.
A divisão atual de opiniões lembra o cenário de 2018, quando Lula foi preso. Naquela ocasião, 54% dos entrevistados consideraram a prisão justa, enquanto 40% discordaram. A diferença está no contexto: o petista foi condenado em segunda instância, critério necessário à época para o cumprimento da pena. Lula passou 580 dias preso até a mudança da regra e a anulação do processo.
O Datafolha também havia aferido, em julho, a disposição dos brasileiros diante de uma possível prisão de Bolsonaro por tentativa de golpe. Naquele momento, 48% eram favoráveis à prisão, contra 46% contrários — e 51% diziam não acreditar que ela realmente ocorreria.
Já as medidas cautelares impostas por Moraes antes da prisão domiciliar tinham o apoio de 55% da população. Elas foram adotadas após o ministro apontar risco de fuga de Bolsonaro, em meio ao início de mobilizações internacionais contra o STF e em favor do ex-presidente.
Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/maioria-dos-brasileiros-apoia-prisao-de-bolsonaro-e-atuacao-de-moraes-aponta-datafolha
Brasil247: Planalto e STF classificam relatório dos EUA sobre direitos humanos como "falso" e "ofensa" ao Brasil
Documento aponta supostas violações no Brasil, enquanto poupa Israel e El Salvador. Para autoridades, objetivo é defender Bolsonaro e blindar big techs


247 - O relatório mais recente do Departamento de Estado dos Estados Unidos sobre direitos humanos foi duramente criticado por integrantes do governo brasileiro e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que o consideram “falso” em grande parte e exemplo do uso de “táticas de fake news”. A avaliação, de acordo com a coluna do jornalista Valdo Cruz, do g1, é de que o documento faz parte de uma operação política para justificar a ofensiva e a tentativa de interferência do presidente estadunidense, Donald Trump, na soberania do Brasil.
Assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e membros do STF classificaram o relatório como uma “ofensa” aos defensores dos direitos humanos, além de retratar a postura de um país que, segundo eles, “não quer ser levado a sério”. A interpretação no Planalto é de que o objetivo da medida é ajudar Jair Bolsonaro (PL) e barrar qualquer avanço na regulação das redes sociais no Brasil.
Ainda conforme a reportagem, a repercussão do relatório causou forte descontentamento entre ministros da Corte. Para eles, a abordagem estadunidense é “uma brincadeira de mau gosto” envolvendo questões de alta gravidade. Magistrados apontam que o texto estaria contaminado pela política externa de Trump, ao acusar o Brasil de violar direitos humanos enquanto poupa de críticas países como El Salvador e Israel, responsável por um genocídio na Faixa de Gaza.
“Não pode ser levado a sério, é uma brincadeira de mau gosto, só que elaborado pela maior potência mundial”, afirmou um ministro do STF, de acordo com a reportagem. Outro classificou o material como “lamentável” e alertou que o STF está ciente de que o presidente dos Estados Unidos “vai escalar ainda mais e tudo vai pior, antes de melhorar”.
Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/planalto-e-stf-classificam-relatorio-dos-eua-sobre-direitos-humanos-como-falso-e-ofensa-ao-brasil
Brasil247: Fiscal acusado de operar esquema com Ultrafarma e Fast Shop guardava esmeraldas e dinheiro vivo
Operação do MPSP aponta que auditor arrecadou R$ 1 bilhão em propina desde 2021 para favorecer empresas em processos tributários


247 - Uma operação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) prendeu, na manhã desta terça-feira (12), o empresário Sidney Oliveira, proprietário da Ultrafarma, e Mário Otávio Gomes, diretor estatutário da Fast Shop, sob a acusação de participação em um esquema de corrupção que beneficiava empresas em processos tributários, informa o Metrópoles.
No centro das investigações está o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, supervisor da Diretoria de Fiscalização (DIFIS) da Secretaria da Fazenda de São Paulo, que também foi preso. Na residência de Artur, os agentes apreenderam pacotes de esmeraldas e grandes quantias em dinheiro vivo. De acordo com o MPSP, ele seria o responsável por operacionalizar o esquema por meio de uma empresa registrada em nome de sua mãe, usada para receber as propinas.
Propina milionária e manipulação de processos
As investigações apontam que, desde pelo menos 2021, Artur Gomes arrecadou cerca de R$ 1 bilhão em propina. Em troca, manipulava processos administrativos para facilitar a quitação de créditos tributários de empresas, incluindo a Ultrafarma e a Fast Shop, que assim deixavam de recolher valores devidos ao Estado de São Paulo.
Sidney Oliveira foi detido em uma chácara em Santa Isabel, na região metropolitana da capital paulista. Além das prisões, os promotores cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais ligados aos investigados.
Reação da Secretaria da Fazenda
Em nota oficial, a Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) informou ter instaurado procedimento administrativo para apurar a conduta do servidor e solicitou ao MPSP o compartilhamento das informações do caso. O órgão destacou que está à disposição das autoridades e que sua corregedoria acompanhará todos os desdobramentos.
Segundo o comunicado, “a administração fazendária reitera seu compromisso com os valores éticos e justiça fiscal, repudiando qualquer ato ou conduta ilícita, comprometendo-se com a apuração de desvios eventualmente praticados, nos estritos termos da lei, promovendo uma ampla revisão de processos, protocolos e normatização relacionadas ao tema”.
Fonte: https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/fiscal-acusado-de-operar-esquema-com-ultrafarma-e-fast-shop-guardava-esmeraldas-e-dinheiro-vivo
Brasil247: Justiça afasta prefeito de São Bernardo e impõe uso de tornozeleira eletrônica
Decisão ocorre no âmbito da Operação Estafeta da PF, que apura esquema de corrupção e apreendeu R$ 14 milhões com servidor do município


247 - O prefeito de São Bernardo do Campo, Marcelo Lima (Podemos), foi afastado do cargo por um ano e terá de usar tornozeleira eletrônica por decisão da Justiça de São Paulo. A medida faz parte da Operação Estafeta, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (14), que investiga um suposto esquema de corrupção na administração municipal, informa o g1.
De acordo com a PF, a investigação começou em julho, após a apreensão de R$ 14 milhões em espécie — entre reais e dólares — na posse de um servidor público suspeito de integrar a organização criminosa. Além de Marcelo Lima, são alvos o presidente da Câmara Municipal e primo do prefeito, vereador Danilo Lima Ramos (Podemos), e o suplente de vereador Ary José de Oliveira (PRTB).
Ação no ABC Paulista e na capital
A Justiça expediu duas prisões preventivas, 20 mandados de busca e apreensão e ordens de quebra de sigilos bancário e fiscal. As diligências ocorreram em São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André, Mauá e Diadema. Também foram determinadas medidas cautelares, como afastamento de cargos e monitoramento eletrônico de investigados.
Os envolvidos poderão responder por organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e corrupção ativa. A PF não esclareceu se os servidores investigados são concursados ou comissionados.
Marcelo Lima assumiu a prefeitura em janeiro deste ano, após a gestão de Orlando Morando (PSDB), atual secretário de Segurança Urbana da capital paulista. Antes dele, a cidade foi administrada por Luiz Marinho (PT), hoje ministro do Trabalho.
Fonte: https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/justica-afasta-prefeito-de-sao-bernardo-e-impoe-uso-de-tornozeleira-eletronica
quarta-feira, 13 de agosto de 2025
Forum: Empresário "patriota" que matou gari usou arma da esposa delegada
René da Silva Nogueira Junior, que se diz “cristão, esposo, pai e patriota”, cometeu o crime e foi para a academia malhar, onde foi preso
Um empresário foi preso na tarde desta segunda-feira (11) suspeito de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, 44 anos, durante uma discussão de trânsito no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte (MG). O crime ocorreu pela manhã, enquanto a vítima trabalhava na coleta de lixo.
O suspeito, identificado como René da Silva Nogueira Junior, 46, foi detido pela Polícia Civil em uma academia de alto padrão no bairro Estoril, região nobre da capital mineira. Agentes montaram um cerco para evitar a fuga e o levaram à delegacia ainda com a roupa usada no treino. Ele tentou cobrir o rosto com um pano para escapar das câmeras.
Te podría interesar
Briga e disparo
De acordo com a Polícia Militar, Laudemir estava em serviço com outros garis quando René se irritou com o espaço ocupado pelo caminhão de lixo na rua. O empresário teria exigido que a motorista liberasse passagem e, segundo testemunhas, ameaçou “atirar na cara” dela caso não o fizesse.
O gari e outros colegas intervieram para defender a motorista. Nesse momento, René pegou uma arma calibre .380 e atirou contra Laudemir, atingindo-o no tórax. A vítima foi socorrida e levada ao Hospital Santa Rita, em Contagem, mas não resistiu.
Te podría interesar
Segundo o depoimento do empresário, a arma usada pertence à sua esposa, a delegada Ana Paula Balbino Nogueira, da Polícia Civil de Minas Gerais. Após o disparo, René fugiu sem prestar socorro. No local, a polícia apreendeu dois cartuchos, um deles intacto.
Repercussão e investigação
Laudemir trabalhava para uma empresa terceirizada que presta serviços à Prefeitura de Belo Horizonte. Em nota, a administração municipal lamentou a morte e afirmou que a contratada está prestando apoio à família. A empresa Localix Serviços Ambientais classificou o caso como “violência injustificável” e manifestou solidariedade aos familiares e colegas da vítima.
René é CEO e sócio-administrador de três empresas, além de se descrever nas redes sociais como “cristão, esposo, pai e patriota”. Ele prestou depoimento na delegacia acompanhado por advogados e passará por audiência de custódia nesta terça-feira (12). A Polícia Civil investiga o caso.
Fonte: https://revistaforum.com.br/brasil/2025/8/12/empresario-patriota-que-matou-gari-usou-arma-da-esposa-delegada-185212.html
terça-feira, 12 de agosto de 2025
Brasil247: China propõe governança inclusiva da inteligência artificial como alternativa eficaz para o Sul Global
Especialistas destacam que plano chinês prioriza cooperação, transferência de tecnologia e soberania digital, contrastando com abordagem restritiva dos EUA

247 – O jornal Global Times publicou nesta segunda-feira (11) uma análise aprofundada sobre o papel da China na governança global da inteligência artificial (IA) e seu impacto para os países do Sul Global. A reportagem integra a série Face to Face with Global South Wisdom, que reúne especialistas de diferentes regiões para discutir caminhos de cooperação e os desafios na construção de um modelo tecnológico mais inclusivo.
Segundo o jornal, o Plano de Ação Global para a Governança da IA proposto por Pequim visa criar uma organização internacional de cooperação na área, rompendo a concentração de poder tecnológico nas mãos de poucas empresas e países. Essa abordagem, defendem os especialistas entrevistados, oferece uma alternativa pragmática e material, voltada para resultados concretos, em contraste com a estratégia norte-americana, considerada mais restritiva e ideológica.
Um caminho material e produtivo
O professor Eduardo Tzili-Apango, da Universidade Autônoma Metropolitana (México) e membro do Conselho Mexicano de Relações Exteriores, ressaltou que o desenvolvimento acelerado do Sul Global depende de parcerias tecnológicas externas. Para ele, China e EUA representam dois paradigmas opostos:
"A China promove o desenvolvimento expandindo forças produtivas tecnodigitais e capacidades de IA, enquanto os EUA, ao priorizar a regulação sobre a produção, acabam inibindo qualquer salto tecnológico."
O acadêmico destacou que, por meio da Rota da Seda Digital, Pequim exporta infraestrutura com IA — de portos inteligentes a plataformas em nuvem — e investe na formação local, permitindo que países como Brasil, Peru e Nigéria adotem aplicações avançadas em logística, agricultura e gestão urbana.
Inclusão e quebra de monopólios tecnológicos
Para o pesquisador Yasiru Ranaraja, do Sri Lanka, o diferencial da proposta chinesa está na visão inclusiva e na abertura de acesso a ferramentas de IA de ponta, como os modelos Kimi, DeepSeek e Qwen.
"A governança inclusiva proposta pela China fornece um modelo útil para países do Sul Global, a maioria ainda com grandes lacunas digitais", afirmou.
Ele destacou que o plano não se limita à transferência de tecnologia, mas exige plataformas colaborativas, pesquisa conjunta e formação de capacidades, com o Sul Global atuando não apenas como receptor, mas como coautor das regras de uso e desenvolvimento da IA.
Equilíbrio entre desenvolvimento e segurança
O especialista sul-africano Paul Zilungisele Tembe alertou para riscos de um novo ciclo de exclusão tecnológica.
"A IA deve equilibrar desenvolvimento e segurança, evitando repetir o padrão das revoluções industriais anteriores, quando o Sul Global ficou à margem", disse.
Tembe vê no plano chinês um desdobramento de iniciativas como a Iniciativa de Desenvolvimento Global e a Iniciativa de Civilização Global, com base na ideia de uma comunidade com futuro compartilhado para a humanidade. Ele criticou o enfoque norte-americano, que, segundo ele, prioriza vendas e competitividade frente à China em vez de uma governança ética consistente.
Um modelo alternativo para o futuro
Para os três especialistas, a proposta chinesa de governança da IA se diferencia por priorizar solidariedade, abertura e cooperação estratégica. Ao investir em infraestrutura tecnológica e promover inclusão digital, a China oferece ao Sul Global um caminho de avanço rápido e soberano, reduzindo dependências e abrindo espaço para um desenvolvimento mais equilibrado no cenário internacional.
Se adotado amplamente, o plano pode redefinir não apenas a competição tecnológica, mas também o equilíbrio geopolítico, fortalecendo o papel dos países em desenvolvimento na formulação das regras que moldarão a economia digital nas próximas décadas.
Fonte: https://www.brasil247.com/globaltimes/china-propoe-governanca-inclusiva-da-inteligencia-artificial-como-alternativa-eficaz-para-o-sul-global
Agência Brasil: INSS devolve mais de R$ 1 bilhão a beneficiários com descontos ilegais

Cerca de 1,6 milhão de aposentados e
pensionistas que tiveram descontos ilegais em seus benefícios já
receberam R$ 1,084 bilhão em ressarcimentos do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS), de acordo com informações divulgadas pelo
instituto nesta segunda-feira (11). Os débidos indevidos foram executados por associações entre março de 2020 e março de 2025.
O dinheiro para o reembolso vem da medida provisória assinada em julho que libera R$ 3,31 bilhões para o cumprimento dos acordos judiciais. Por se tratar de crédito extraordinário, os recursos estão fora da meta de resultado primário e do limite de gastos do arcabouço fiscal.
A Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu na Justiça o bloqueio de R$ 2,8 bilhões em ativos de associações, pessoas físicas e empresas investigadas no esquema de fraude no INSS. O dinheiro levantado com a venda desses ativos cobrirá os gastos do governo para ressarcir os aposentados e pensionistas.
Pagamentos
Os ressarcimentos começaram em 24 de julho, em parcela única, com correção dos valores pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Cada aposentado ou pensionista recebe diretamente na conta onde o benefício cai mensalmente.
Os pagamentos se dão por ordem de adesão ao acordo com INSS. Quem aderiu primeiro, vai receber primeiro. A contestação pode ser feita até 14 de novembro de 2025, e a adesão continuará disponível mesmo após essa data.
A adesão não exige envio de documentos, e o aposentado ou pensionista confirma o acordo que permite o ressarcimento por via administrativa, sem precisar entrar na Justiça.
Quem pode aderir?
Podem aderir ao acordo os aposentados e pensionistas que contestaram os descontos indevidos e não receberam resposta da entidade ou associação após 15 dias úteis.
A adesão é gratuita e, antes de assinar o acordo, os aposentados e pensionistas podem consultar o valor que têm a receber. A adesão é feita exclusivamente pelos seguintes canais:
A central telefônica 135 está disponível para consultas e contestações, mas não realiza adesão ao acordo.
Como aceitar o acordo pelo aplicativo Meu INSS?
- Acesse o aplicativo Meu INSS com CPF e senha;
- Vá até “Consultar Pedidos” e clique em “Cumprir Exigência” em cada pedido (se houver mais de um);
- Role a tela até o último comentário, leia com atenção e, no campo “Aceito receber”, selecione “Sim”;
- Clique em “Enviar” e pronto. Depois basta aguardar o pagamento
Ainda dá tempo de fazer a contestação?
Os canais de atendimento para consulta e contestação dos descontos feitos pelas entidades seguem abertos e ficarão disponíveis até 14 de novembro. Esse prazo pode ser prorrogado, se houver necessidade. Os pedidos podem ser feitos pelo:
- Aplicativo Meu INSS
- Central de atendimento 135
- Agências dos Correios, em mais de 5 mil unidades pelo país
Como funciona o processo até a adesão ao acordo?
- O beneficiário registra a contestação do desconto indevido;
- Aguarda 15 dias úteis para que a entidade responda;
- Se não houver resposta nesse prazo, o sistema abre a opção para adesão ao acordo de ressarcimento.
E quem recebeu resposta da entidade?
Nesses casos, os documentos estão em análise e, por isso, o beneficiário ainda não têm a opção de aderir ao acordo. O aposentado ou pensionista será notificado e poderá, pelo aplicativo Meu INSS ou em uma agência dos Correios, aceitar os documentos, contestar por suspeita de falsidade ideológica/indução ao erro ou dizer que não reconhece a assinatura.
Se houver a contestação pelo beneficiário, a entidade será intimada a devolver os valores em até cinco dias úteis, e o caso vai passar por uma auditoria. Caso não haja a devolução, os aposentados e pensionistas serão orientados sobre medidas judiciais cabíveis, com apoio jurídico em parceria com as Defensorias Públicas dos estados.