Os bombardeios incessantes do regime israelense contra a Faixa de Gaza já resultaram na morte de mais de 21,5 mil pessoas desde o início de outubro
- Pessoas em luto comparecem ao funeral, em 3 de novembro de 2023, do jornalista palestino Mohammed Abu Hatab, que foi morto em um ataque israelense no sul da Faixa de Gaza em 2 de novembro (Foto: Reuters/Mohammed Salem)
247 – O conflito em Gaza atingiu um novo patamar de tragédia, com o número de jornalistas mortos chegando a 105 desde o início da ofensiva israelense em 7 de outubro. Os profissionais de mídia arriscam suas vidas diariamente para informar ao mundo sobre os acontecimentos na região, enfrentando ameaças constantes e, em alguns casos, pagando o preço com suas próprias vidas.
Na quinta-feira (28), o Escritório de Imprensa de Gaza anunciou a morte de dois jornalistas em ataques israelenses, elevando ainda mais a contagem macabra. Mohammad Jair al-Din e Ahmed Maher Jair al-Din, ambos colaboradores do canal de televisão Al-Quds Today, perderam a vida durante um ataque indiscriminado à casa de seus parentes, informa o Hispan TV.
A situação para os jornalistas em Gaza é desoladora, indo além das ameaças de bombardeios. Além de enfrentarem o constante risco de ataques diretos, muitos profissionais também compartilham o destino trágico de suas famílias, que, em alguns casos, são vítimas colaterais de ataques indiscriminados.
A crise humanitária em Gaza se agrava a cada dia, com a escassez de combustível, comida, água e eletricidade. Jonathan Dagher, responsável pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF) no Oriente Médio, denunciou as ações das autoridades israelenses, alegando que cortar o acesso à internet é uma violação do direito à informação, dificultando ainda mais o trabalho dos jornalistas na região.
Os ataques contra a imprensa não são uma novidade nesse conflito. Antes mesmo do início da ofensiva em 7 de outubro, jornalistas que cobriam os territórios ocupados enfrentavam riscos constantes. O caso emblemático da correspondente da Al Jazeera, Shireen Abu Akleh, assassinada em maio de 2022 por um atirador de elite israelense enquanto realizava seu trabalho em Jenin, é um trágico lembrete das ameaças enfrentadas pelos comunicadores que buscam expor os crimes na região.
Os bombardeios incessantes do regime israelense contra a Faixa de Gaza já resultaram na morte de mais de 21.500 pessoas desde o início de outubro, deixando a comunidade internacional alarmada e pedindo por uma solução pacífica e duradoura para o conflito que assola a região.
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