segunda-feira, 30 de junho de 2014

Presidente da UBAM quer o fim da reeleição até para o legislativo

 

Leonardo-Santana

“É uma luta desigual competir numa eleição cujo adversário tem o Diário Oficial nas mãos, podendo nomear e exonerar, inventar obras que nunca seriam construídas, usar a máquina ...”

O presidente de honra da União Brasileira de Municípios (UBAM), Leonardo Santana, depois de participar de reunião na Sede do Partido Progressista (PP), garantiu hoje em entrevista a imprensa, que defende o fim do instituto da reeleição não só para presidente, governador e prefeito, mas também para todos os cargos do legislativo.

Leonardo, que foi convidado pelo presidente do PP, Enivaldo Ribeiro, para concorrer a uma vaga de Deputado Federal, argumentou que a reeleição fere princípios constitucionais que garantem a isonomia na participação política do processo democrático de todos os brasileiros eleitores, fazendo com que indivíduos se eternizem no poder, chegando a acumular dez mandatos, sem oportunizar outros que poderiam ser muito mais rentáveis para o país.

A reeleição para cargos do Poder Executivo entrou em vigência no país em 1998, após a aprovação da emenda constitucional nº 16, de 4 de julho de 1997. Com a mudança, promovida durante o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso, o político disputou e venceu o pleito de outubro de 1998, tornando-se o terceiro presidente da República a se reeleger no país, depois de Rodrigues Alves e Getúlio Vargas, e o primeiro reeleito no chamado modelo americano, com dois mandatos consecutivos.

“É uma luta desigual competir numa eleição cujo adversário tem o Diário Oficial nas mãos, podendo nomear e exonerar, inventar obras que nunca seriam construídas, usar a máquina, além de possuir a chave que abre e fecha os cofres do tesouro, sem falar nos gastos com publicidade “institucional”, que serve apenas para enriquecer a campanha eleitoral de candidatos patrocinados pelo dinheiro público”. Disse ele.

Leonardo salientou que, com o fim da reeleição, o Brasil terá uma renovação geral no seu quadro de detentores de cargos públicos em 10 anos, fazendo com que a população tenha oportunidade de votar e ser votada, acabando de vez o continuísmo político e o caos administrativo que reina em todos os Estados e Municípios brasileiros.

Jornalista Joseana Karla

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