segunda-feira, 14 de abril de 2014

Trabalhadores da indústria têm aumento em fevereiro, diz IBGE

 

Por PT na Câmara

O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria brasileira, livre das influências temporárias, avançou 1,6% em fevereiro de 2014, frente ao mês imediatamente anterior. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na última sexta-feira (11).

Para o deputado Eudes Xavier (PT-CE), titular da Comissão do Trabalho da Câmara, os ganhos dos trabalhadores com o aumento na folha de pagamentos tem entre principais reflexos a melhoria do poder de compra dos brasileiros. “Os governos do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma, têm atuado para recuperar o poder de compra da população. Entre as principais medidas, o aumento real do salário mínimo nos últimos 11 anos de 73%”, destacou.

Ainda de acordo com o parlamentar, diferentemente do que ocorreu em governos passados, a recuperação do poder de compra tem impulsionado setores como o da indústria e do comércio. “Com o aumento do consumo, vários setores da economia tem condições de reajustar o salário dos servidores acima da inflação”, afirmou Eudes. 

Impacto - O principal impacto positivo sobre a média global foi observado em São Paulo (3,1%), impulsionado em grande parte pelas taxas positivas em 12 dos 18 setores investigados. Setorialmente, ainda no índice mensal, o valor da folha de pagamento real no total do País avançou em 13 dos 18 ramos investigados, com destaque para alimentos e bebidas (5,1%), minerais não metálicos (13,8%) e meios de transporte (2,9%).

O aumento foi puxado, segundo o IBGE, pela influência positiva da indústria de transformação (0,5%), já que o setor extrativo recuou 0,5%. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral para o total da indústria cresceu 0,4% na passagem dos trimestres encerrados em janeiro e fevereiro de 2014 e manteve a trajetória ascendente iniciada em outubro último.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real assinalou crescimento de 2,5% em fevereiro de 2014, segundo resultado positivo consecutivo nesse tipo de confronto.

No índice acumulado no primeiro bimestre de 2014, o valor da folha de pagamento real na indústria avançou 3,1% e reverteu a queda de 1,6% observada no último trimestre de 2013, ambas as comparações contra igual período do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao crescer 1,6% em fevereiro de 2014, repetiu o índice de janeiro último.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real apontou avanço de 2,5% em fevereiro de 2014, com resultados positivos em nove dos 14 locais investigados.

Regiões – O principal impacto positivo sobre a média global foi observado em São Paulo (3,1%), impulsionado em grande parte pelas taxas positivas em 12 dos 18 setores investigados, com destaque para a expansão no valor da folha de pagamento real nas indústrias de alimentos e bebidas (10,7%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,4%), máquinas e equipamentos (2,6%), borracha e plástico (6,1%), metalurgia básica (9,9%), meios de transporte (1,4%) e vestuário (12,9%).

Vale citar também os resultados positivos assinalados pelas regiões Norte e Centro-Oeste (8,4%) pelos estados do Paraná (5,0%), Minas Gerais (1,5%) e Santa Catarina (3,1%). O Norte foi influenciado principalmente pelos avanços nos setores de minerais não metálicos (109,4%), impulsionado pelo pagamento de participação nos lucros e resultados em importante empresa do setor, e alimentos e bebidas (7,6%).

No Centro-Oeste, o avanço é explicado especialmente pelo crescimento de 27,9% assinalado pelo ramo de meios de transporte. Minas Gerais teve expansões registradas em indústrias extrativas (6,7%), metalurgia básica (5,6%) e minerais não metálicos (15,4%). E Santa Catarina registrou avanços em alimentos e bebidas (11,6%), vestuário (7,3%), borracha e plástico (7,4%), metalurgia básica (9,0%), outros produtos da indústria de transformação (12,6%), madeira (11,3%), produtos têxteis (3,5%) e minerais não-metálicos (5,4%).

Em sentido contrário, a principal influência negativa foi no Rio de Janeiro (-2,2%), em grande parte, pelas indústrias extrativas (-6,4%), papel e gráfica (-16,5%) e meios de transporte (-6,7%).

Discurso de Dilma “demarca posição” e enaltece êxitos do projeto petista, afirmam deputados

Parlamentares do PT elogiaram o “contundente” discurso da presidenta Dilma Rousseff, na última sexta-feira (11), em Porto Alegre (RS), durante inauguração de um projeto de saneamento básico. A presidenta listou uma série de realizações do governo, elencou dados que demonstram a solidez da economia e criticou os governos neoliberais ao afirmar incisivamente que, com o PT e aliados no Executivo, as crises econômicas jamais foram enfrentadas “às custas do trabalhador ou do empreendedor”.

Dilma chamou a atenção para o fato de que o governo federal cortou uma série de impostos visando estimular a produtividade, a competitividade e a geração de empregos. “Nós reduzimos, sim, impostos, principalmente sobre a folha de pagamentos, porque era uma forma de melhorar a produtividade do trabalho. Reduzimos, sim, e era necessário. Nós fizemos políticas de sustentação do investimento, sim. Fizemos políticas de expansão da infraestrutura, sim. Porque um projeto financiado não é financiado a qualquer taxa, tem de ter juros mais baixos, prazos mais longos”, disse.

“É fato que nós, nos últimos anos, tiramos mais de 42 milhões de pessoas da pobreza e elevamos essas pessoas para uma renda de classe média. Isso é fato. É fato que 36 milhões de brasileiros, dos quais 22 milhões nos últimos 3 anos, saíram da pobreza extrema. É fato. É fato que nós criamos mais de 20 milhões de empregos se olharmos do início do governo Lula até hoje, que é o momento da mais grave crise econômica internacional, enquanto o resto do mundo reduzia o número de empregos. É fato que só nos últimos anos, os do meu governo, nós geramos 4,8 milhões de empregos com carteira assinada”, destacou a presidenta.

Para ela, com a melhoria da economia e dos serviços públicos do País, “a consciência das pessoas aumenta também” e isso deve ser encarado de forma positiva. “Todas essas pessoas que melhoraram de vida, que tiveram, pela primeira vez, oportunidade para consumir alguns serviços e alguns bens que não tinham como consumir, essas pessoas vão querer cada vez mais serviços públicos de qualidade”, explicou.

Na opinião do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), o pronunciamento da presidenta foi importante porque acentua as diferenças entre os projetos do PT e da oposição. “Esse foi um discurso de demarcação, de distinção de projetos, pautando o que está em disputa, explicitando as diferentes visões políticas sobre o Brasil e sobre o protagonismo que os trabalhadores devem ter. É um discurso que se opõe à visão da oposição e da grande mídia, esse é o pano de fundo da disputa que enfrentamos”, diz Pimenta.

O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) acredita que esse tipo de discurso da presidenta deveria ser mais frequente, até para que a população fique melhor informada. “O nosso governo faz muita coisa, mas nem sempre fala do que é feito. Com isso a oposição se aproveita do nosso silêncio e faz a crítica, que repercute bastante na grande mídia como se fosse algo verdadeiro e acabamos ficando na retaguarda. Não podemos nos manter assim, temos que partir para a ofensiva e o discurso da presidenta foi neste sentido”, avalia Rosinha.

Confira o discurso da presidenta Dilma na íntegra:

http://www2.planalto.gov.br/acompanhe-o-planalto/discursos/discursos-da-presidenta/discurso-da-presidenta-da-republica-dilma-rousseff-durante-cerimonia-de-inauguracao-do-sistema-de-esgotamento-sanitario-da-ponta-da-cadeia-porto-alegre-rs

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