terça-feira, 12 de abril de 2011

Visita de Dilma à China amplia importância do Brasil no mundo

A presidenta Dilma Rousseff iniciou ontem sua agenda oficial na China, onde deverá assinar cerca de 20 acordos comerciais nas áreas de tecnologia, agricultura, esporte, educação e comércio. Terceira agenda internacional da presidenta, a passagem de Dilma pelas cidades de Pequim, Sanya, Boao e Xian demonstram o interesse brasileiro em aumentar as relações comerciais e política com os chineses.

A viagem, na avaliação do deputado Dr. Rosinha (PT-PR), da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, é importante, especialmente no sentido de ampliar as exportações brasileiras para a China. “A China é hoje o principal parceiro comercial do Brasil. Qualquer país do mundo tem que ter acordo com a China. Não só no sentido de desenvolvimento, mas também de disciplina comercial”, disse Rosinha, ressaltando os baixos preços praticados pelo país asiático no mercado internacional, o que tem causado prejuízo aos mercados comerciais de vários países.

Outro fator importante da visita, explicou Rosinha, se deve à necessidade de fortalecimento dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). “Os países do Bric devem ter um relacionamento não só comercial, mas de cooperação mútua. São países com potencial de juntos desenvolverem um bom parque industrial”, afirmou. Na cidade chinesa de Sanya, Dilma participa da 3ª Cúpula do Brics, onde estarão presentes o presidente da China, Hu Jintao, da Rússia, Dmitri Medvedev, o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, e o presidente da África do Sul, Jacob Zuma.

Para o deputado Décio Lima (PT-SC), também da Comissão de Relações Exteriores, a visita da presidenta brasileira à China caminha no sentido do aprofundamento da “revolução” da política externa iniciada no governo do ex- presidente Lula. Assim como o Brasil, explicou o parlamentar, a China vem rompendo barreiras e se consolidando como umas das principais economias mundiais.

“Essa viagem é um processo de consolidação do papel que o Brasil assumiu nos últimos anos. Até pouco tempo atrás, nossas relações comerciais se concentravam apenas no âmbito da América Latina. Graças à política externa do presidente Lula, o Brasil vive uma verdadeira revolução em suas relações comerciais e, neste sentido, a China é sem dúvida um dos seus mais importantes parceiros”, ressaltou.

Embraer - Entre os acordos que serão assinados com a China está um que prevê a venda de aeronaves da empresa brasileira Embraer para companhias aéreas chinesas. Os aviões farão vôos regionais no país asiático. Outros acordos que serão assinados estabelecem a instalação de um centro de pesquisa conjunta em nanotecnologia. Há também parcerias em pesquisa e inovação em agricultura, defesa, biocombustíveis, eletricidade e prospecção de petróleo.

Serão oficializadas também parcerias entre a Petrobras e as empresas chinesas Sinochem e Sinopec para o desenvolvimento de tecnologias de prospecção e troca de experiências em pesquisas geológicas. Outro acordo prevê parcerias no desenvolvimento de energia através de biocombustíveis. Uma das possibilidades estudadas na China é produzir biocombustível a partir de algas

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