domingo, 16 de novembro de 2014

Dilma: Lava Jato "vai mudar o Brasil pra sempre"

 

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Em Brisbane, na Austrália, onde participa da reunião do G20, o grupo dos vinte países mais ricos do mundo, a presidente Dilma Rousseff defendeu o aprofundamento das investigações da Operação Lava Jato; segundo ela, o caso "mudará para sempre a relação entre a sociedade brasileira, o Estado brasileiro e a empresa privada porque vai acabar com a impunidade"; ela também tratou com naturalidade as manifestações que pedem impeachment e volta dos militares; "O Brasil tem uma situação democrática consolidada e, por isso, faz parte da nossa história tolerar as manifestações, mesmo as mais extremadas"

16 de Novembro de 2014 às 07:18

247 - A presidente Dilma Rousseff falou neste domingo, pela primeira vez, sobre os desdobramentos da Operação Lava Jato.

Segundo ela, não ficará "pedra sobre pedra" e o escândalo representa um ponto de mutação na sociedade brasileira, para melhor.

"Mudará para sempre a relação entre a sociedade brasileira, o Estado brasileiro e a empresa privada porque vai acabar com a impunidade", disse ela.

Ela também defendeu o fato de as instituições estarem funcionando sem restrições – permitindo, assim, o avanço das investigações.

Segundo ela, "trata-se do primeiro escândalo da nossa história que é investigado" e que "jogará a luz do sol sobre todos os processos de corrupção".

No entanto, ela defendeu cautela em relação aos investigados e amplo direito de defesa. "Não se pode sair por aí já condenando A, B, C ou D".

Ela também defendeu a importância da Petrobras. "A questão da Petrobras é uma questão simbólica para o Brasil. É a primeira investigação efetiva sobre corrupção no Brasil que envolve segmentos privados e públicos. A primeira. E que vai a fundo".

Por fim, ela comentou as manifestações de ontem, em algumas cidades, que pediram seu impeachment e até a volta dos militares.

"O Brasil tem uma situação democrática consolidada e, por isso, faz parte da nossa história tolerar as manifestações, mesmo as mais extremadas".

Brasil 247

O retrato da Petrobras: recorde em petróleo e gás

 

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247 - A Petrobras publicou, neste domingo, um comunicado de duas páginas em diversos jornais do País. O documento aponta as razões pelas quais a publicação do balanço foi adiada, no contexto atual de turbulências decorrentes da Operação Lava Jato, mas antecipa resultados operacionais, que serão debatidos, nesta segunda-feira, com o mercado financeiro.

Os números mostram uma empresa que, a despeito de todos os escândalos, avança na produção e no refino de petróleo, gás e derivados. Eis alguns destaques:

1) Em relação ao mesmo período do ano passado, a produção de petróleo cresceu 9% e atingiu 2 milhões e 90 mil barris/dia no terceiro trimestre deste ano.

2) No pré-sal, foram batidos novos recordes de produção, com a melhor extração no dia 26 de outubro deste ano: 640 mil barris/dia.

3) A produção de gás natural cresceu 7%, também na comparação com o mesmo período do ano passado. No entanto, a oferta do produto foi ampliada em 14%, em razão do aumento da geração termelétrica a gás natural.

4) Nas refinarias, a produção de derivados de petróleo teve aumento de 4%.

São resultados que mostram uma expansão constante da atividade da companhia – e que diferem do quadro internacional. No mundo, as grandes majors do petróleo estão com sua produção estagnada ou até em declínio.

No mesmo comunicado, a empresa, comandada por Graça Foster, informa que está tomando medidas judiciais para se ressarcir de recursos desviados por ex-executivos e empreiteiras.

Nesta segunda, todos esses dados serão debatidos com analistas do mercado financeiro.

Brasil 247

Itaú e Bradesco deixam de pagar R$ 200 mi em impostos com operações em paraíso fiscal

 

Postado em 5 de novembro de 2014 às 7:11 pm

Uma simples troca de papéis resultou numa economia de R$ 200 milhões nos impostos pagos pelo Bradesco e pelo Itaú-Unibanco, dois dos maiores bancos brasileiros. Essas operações foram concluídas em 2008 e 2009 em Luxemburgo, um pequeno paraíso fiscal europeu.

A prática é conhecida como elisão fiscal -deixar de pagar impostos usando ao máximo todas as brechas possíveis que a lei oferece. Não se trata, em princípio, de um crime. Tampouco é algo novo, mas desta vez tudo está comprovado e detalhado em 1.028 documentos inéditos que expõem essas operações de uma forma nunca antes vista.

Esses arquivos secretos foram obtidos pelo ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos), uma ONG com sede em Washington, capital dos Estados Unidos. O acervo contém informações de 343 empresas de diversos países. Os documentos foram produzidos pela consultoria internacional PwC (PricewaterhouseCoopers), que presta serviços de “assessoria tributária”.

A PwC é a mesma empresa que faz a auditoria dos resultados financeiros da Petrobras. Tem assessorado a estatal brasileira em meio ao atual escândalo de corrupção descoberto neste ano pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

A Folha teve acesso aos documentos produzidos pela PwC em Luxemburgo por meio de uma parceria com o ICIJ. Durante cerca de seis meses, o jornal e veículos de comunicação de outros 25 países checaram e analisaram extensivamente as informações para publicar nesta quarta-feira (5) reportagens relatando como empresas pagam menos impostos por meio de operações contábeis em Luxemburgo. Trata-se de uma das mais amplas investigações jornalísticas internacionais a respeito desse tema. (Confira os documentos em link ao final desta reportagem).

O processo tem peculiaridades em cada país. No caso do Brasil, os bancos usam suas operações em Luxemburgo para reduzir o valor do lucro declarado em suas subsidiárias nesse paraíso fiscal.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/itau-e-bradesco-deixam-de-pagar-r-200-mi-em-impostos-com-operacoes-em-paraiso-fiscal/

Economia está sob controle e governo vai rever parâmetros para 2015

 

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, informou ontem que o governo vai encaminhar ao Congresso Nacional até o dia 20 de novembro os novos parâmetros do Orçamento Geral da União para 2015. “Isso será necessário para que os parlamentares possam aprovar um orçamento mais próximo da realidade”, afirmou a ministra, lembrando que a proposta que tramita no Parlamento e prevê o crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 e uma inflação de 5% foi elaborada em julho, quando o comportamento da economia era outro. “Isso é natural e legal”, acrescentou.

Miriam Belchior participou de audiência pública na Comissão Mista de Orçamento exatamente para discutir a proposta orçamentária para o próximo ano. Ela afirmou que as despesas do País com pessoal, Previdência Social e dívida pública estão sob controle e que os investimentos do governo em saúde, educação, infraestrutura e programas sociais continuam aumentando. Ela destacou o valor do salário mínimo, que foi fixado em R$ 788,06, representando um reajuste de 8,8%.

A ministra citou ainda que as prioridades do governo são investimentos em obras de infraestrutura, programas sociais e as áreas de saúde e educação. Enfatizou que o setor saúde, por exemplo, contará em 2015 com R$ 109,2 bilhões, um acréscimo de R$ 8,9 bilhões em relação aos recursos deste ano.

Para o Programa de Aceleração do Crescimento, incluindo o Programa “Minha Casa, Minha Vida”, o acréscimo foi de R$ 1,7 bilhão. Neste ano, o setor, que recebeu R$ R$ 63,3 bilhões, contará com R$ 65 bilhões em 2015. O orçamento para as ações de desenvolvimento social e combate à fome teve um aporte de R$ 1,4 bilhão subindo de R$ 31,7 bilhões este ano para R$ 33,1 bilhões em 2015.

Reestimativa de receita – O relator da receita do Orçamento de 2015, deputado Paulo Pimenta (PT-SP), aproveitou a presença da ministra para informar que na próxima semana apresentará seu parecer com a nova reestimativa de receita do governo. “Estamos buscando mecanismos para ampliar a expectativa da receita do governo dentro do cenário econômico atual. Nosso compromisso é o de construir uma proposta que identifique os setores que podem ter uma receita maior em 2015, para aprovarmos aqui proposta melhor e mais ampliada do que a apresentada pelo governo”.

Paulo Pimenta acrescentou que a peça orçamentária apresentada pelo governo Dilma tem uma opção política e fiscal clara. “Foi uma opção para enfrentar a crise mundial com investimentos em infraestrutura, com políticas sociais e com medidas capazes de manter a estabilidade econômica com geração de emprego e renda”.

Revisão da LDO – O deputado Cláudio Puty (PT-PA) defendeu a revisão da LDO-2014, proposta ontem pelo Executivo. A mudança vai permitir ao governo descontar da meta do superávit primário todos os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as desonerações tributárias realizadas com impactos neste ano de 2014. “O superávit é feito para pagar juros da dívida pública, e, como a ministra demostrou aqui, a dívida vem caindo ano a ano, então a nossa economia permite que haja essa redução na meta de superávit”, argumentou.

Cláudio Puty destacou ainda que o superávit é uma medida anticíclica e que deve ser usada também para minimizar os efeitos da crise financeira mundial. “Todas as desonerações feitas pelo governo Dilma foram fundamentais para manter o nível de emprego no País”, afirmou, citando como exemplo a desoneração na folha de pagamento para diversos setores da economia e a ampliação do Simples que beneficiou as micro e pequenas empresas.

Os deputados Amauri Teixeira (PT-BA), Waldenor Pereira (PT-BA) e Reginaldo Lopes (PT-MG) também defenderam o ajuste fiscal com a revisão da LDO-2014.

Fonte: PT na Câmara

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Mercadante acredita na responsabilidade do Congresso Nacional para alterar meta fiscal de 2014

 

O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou ontem que o governo não fechará o ano com déficit e que acredita na aprovação do projeto do governo que retira o limite de descontos para o cálculo da meta do superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública –, estabelecido na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO-2014). Mercadante participou da reunião da Bancada do PT na Câmara e fez uma avaliação da conjuntura econômica mundial. “É um cenário de muitos desafios, mas o Brasil já fez a sua opção política, e o governo vai manter a sua trajetória de investimentos e de desoneração de setores importantes da nossa economia”.

Mercadante destacou que 15 dos 20 países que compõem o G-20 apresentaram déficit primário, enquanto o Brasil ficou em segundo lugar com o melhor superávit primário. “A nossa situação não é exemplar, ela é difícil porque tivemos que fazer a opção pela desoneração de setores importantes da economia. Eliminamos tributos da cesta básica, do setor de transportes públicos, desoneramos folha de pagamento de 56 setores da indústria e de 142 setores das micro e pequenas empresas, além de termos acelerado os investimentos, por isso a necessidade do ajuste”.

O ministro foi taxativo ao afirmar que o melhor caminho nesse momento de crise mundial não é o de aumentar impostos e cortar investimentos. “Isso leva à recessão e ao desemprego. Esse não é o nosso caminho”, enfatizou. Ele lembrou a situação provocada pelo Congresso dos Estados Unidos, quando partidos de oposição não aceitaram o rolamento da dívida, levando o governo a parar obras e à liberação de recursos de custeio como o dinheiro usado para o pagamento de salários de alguns serviços.

Mercadante acredita na responsabilidade e na maturidade do Congresso Nacional para a aprovação da revisão da LDO-2014. “A mudança proposta pelo governo não altera as regras, apenas retira o limite de abatimento da meta de superávit”, explicou. No texto atual, o governo pode abater os valores de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e nas desonerações de vários setores, mas com limite de R$ 67 bilhões.

“Como tivemos novas desonerações, inclusive esta semana, com a MP 651/14, aprofundamos o processo exatamente por causa da crise, para proteger a indústria, o emprego e a renda da população e estamos acelerando os investimentos, é necessário retirar esse limite”, justificou Mercadante.

Diálogo – O ministro Ricardo Berzoini, das Relações Institucionais, também participou da reunião da Bancada do PT e disse acreditar que o governo tem condições de convencer os partidos da base aliada da importância do ajuste fiscal. “Vamos dialogar também com a oposição, esclarecer que a nossa proposta de alteração na meta de superávit deste ano não significa, em nenhuma hipótese, em ter déficit primário”. E acrescentou que o governo está trabalhando para ter um superávit adequado à conjuntura econômica internacional.

O presidente Nacional do PT, Rui Falcão, avaliou que o clima é favorável para aprovar a alteração na LDO-2014. “Eu acho que o clima é favorável (para a aprovação). O Congresso é responsável e os parlamentares não vão ficar jogando contra os interesses do País”, afirmou. Rui Falcão disse que o governo e as bancadas do PT no Congresso vão demonstrar para Parlamento e para a sociedade que os investimentos no PAC são positivos para o País e que as desonerações sustentaram o nível de emprego. “Portanto, isso deve ser descontado da meta do superávit que ocorrerá em menor escala”, argumentou.

Prioridade – O líder do PT, deputado Vicentinho (SP), afirmou que a prioridade do momento é a aprovação da mudança da meta do superávit primário deste ano. “O nosso compromisso e o nosso esforço serão para aprovarmos esse ajuste fiscal, porque ele é fundamental para mantermos a estabilidade econômica com os investimentos e com os projetos sociais”. Ele acrescentou que haverá redução da meta, mas sem déficit.

Vicentinho disse ainda que acredita que o Congresso Nacional compreenderá essa mudança necessária e com responsabilidade. “É nisto que apostamos, na responsabilidade dos parlamentares com o desenvolvimento do País”, concluiu.

Urgência – O projeto de lei (PLN 36/14) que reduz a meta de superávit primário para este ano chegou ao Congresso nesta semana. Ontem, o governo enviou uma mensagem ao Legislativo conferindo regime de urgência na tramitação do texto.

Com a urgência, o relator da matéria, senador Romero Jucá (PMDB-RR), que já se posicionou favoravelmente à mudança, explicou que as etapas necessárias para votação do projeto – como publicação do texto no Diário do Congresso, apresentação de emendas, discussão e deliberação – seriam reduzidas.

Fonte: PT Na Câmara

Mercadante: agenda do mercado foi derrotada

 

Foto: Eduardo Aiache/ Casa Civil PR      :

Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, em conversa com a base petista na Câmara, “a política econômica do segundo governo não pode ser a que foi derrotada. A nossa prioridade é emprego e renda. A nossa agenda não é a do mercado”; ele orientou deputados a pressionar a oposição a se posicionar a favor do corte de investimento ou de desonerações para manter a meta de superávit

14 de Novembro de 2014 às 05:49

247 - Em conversa com a bancada petista na Câmara, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, foi aclamado quando disse que “a política econômica do segundo governo não pode ser a que foi derrotada. A nossa prioridade é emprego e renda. A nossa agenda não é a do mercado”.

Segundo o colunista Ilimar Franco, ele explicou que serão feitos ajustes, mas que não haverá mudança da política econômica. Conclamou ainda os petistas a irem para cima da oposição e cobrar dela se defende cortar investimento ou desonerações para manter a meta de superávit.

“O FMI reviu cinco vezes, todas para baixo, a previsão de crescimento da economia mundial para este ano. Essa realidade também se impôs ao Brasil”, disse.

Fonte: Brasil 247

Maconha é legalizada em mais dois estados e um distrito dos EUA

 

Washington DC, capital dos EUA, legaliza uso recreativo da maconha. Oregon e Alasca também liberaram a erva em consultas populares

maconha eua uso recreativo legaliza

Capital dos EUA e mais dois estados legalizam maconha para uso recreativo nos EUA (Pragmatismo Político)

Os estados de Oregon e Alasca e o distrito de Columbia, onde está localizada a capital dos Estados Unidos, Washington, aprovaram nesta terça-feira (4) a legalização do uso da maconha para fins recreativos, com regras distintas. Eles se juntam aos estados de Colorado e Washington, que já haviam liberado a droga em anos anteriores.

Na Flórida, ao contrário, a consulta sobre a legalização referendou a posição negativa para a legalização. Assim, quatro estados e o distrito de Columbia são os locais onde a droga será liberada no país.

Em Oregon, a nova lei vai permitir a posse pessoal, o plantio e a venda para pessoas com mais de 21 anos, além de regulamentar o comércio de produção, distribuição e venda da planta. Em Columbia, porém, o ordenamento será mais rígido: cada pessoa poderá possuir, no máximo, duas gramas da droga para uso pessoal e ter até seis plantas de maconha em casa. Na capital ainda será permitida a transferência de quantias limitadas para outras pessoas, mas não a venda. As medidas são parecidas com as do Alasca, onde será permitido o porte de apenas uma grama de maconha para pessoas com mais de 21 anos.

Na capital estadunidense, no entanto, a medida gerou discórdias: por ser um distrito, e não um estado, o Congresso do país tem poder de anular leis referendadas em consultas populares, e alguns parlamentares já sinalizaram com a possibilidade de anular a decisão.

“É sempre uma batalha difícil vencer a iniciativa da legalização da maconha em um ano como este, em que os jovens estão menos propensos a votar. Assim, a vitória de hoje (terça-feira) fica mais doce”, disse um dos líderes do movimento favorável ao uso da maconha, Ethan Nadelmann, da Drug Policy Alliance.

As decisões já criaram debates em outros locais: nesta terça-feira, os jornais da Califórnia manchetaram reportagens sobre um possível plebiscito para liberar a maconha no estado em 2016. Uma lei federal nos Estados Unidos considera a maconha uma droga ilegal, assim como a cocaína e o LSD.

Entre esta quarta-feira (5) e quinta (6) serão divulgados os dados oficiais de percentuais e números de votos das eleições gerais nos Estados Unidos, que aconteceram nesta terça.

Revista Brasileiros

http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/11/maconha-e-legalizada-em-mais-dois-estados-e-um-distrito-dos-eua.html

Xeque árabe oferece R$ 2,5 milhões por Fusca azul de Mujica

 

Segundo o presidente, caso o carro seja vendido, o dinheiro vai para a construção de moradias populares ou "que for que favoreça o Uruguai"

O Fusca de Mujica virou objeto de desejo e poderá ser vendido por mais de R$ 2,5 milhões

Foto: Natacha Pisarenko / AP

O presidente uruguaio José Mujica, que ganhou fama mundial por sua austeridade, estuda a curiosa oferta de um xeque árabe, que está disposto a pagar um milhão de dólares (R$ 2,5 milhões) por seu velho Volkswagen de 1987, informou nesta quinta-feira a revista Búsqueda.

Segundo a publicação, a proposta foi feita durante a cúpula de G7+China celebrada em meados do ano em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.

Esta não foi a única oferta que o presidente uruguaio recebeu por seu velho fusquinha azul.

"Primeiro, me fizeram uma proposta. Fiquei um pouco surpreso e, no início, duvidei e não dei muita importância. Mas depois me fizeram outra proposta e levei um pouco mais a sério. Em todo caso, se for concretizado, o dinheiro irá para o Plano Juntos (de construção de moradias populares) ou que for que favoreça o Uruguai", afirmou Mujica.

 

Segundo Búsqueda, em setembro, em um encontro com representantes diplomáticos em Montevidéu, o embaixador do México, Felipe Enríquez, também ofereceu dez veículos em troca do famoso Fusca azul.

Segundo a mais recente declaração de renda de Mujica, seu 'Fusca' ano 1987 está avaliado em 70.000 pesos (R$ 7 mil reais).

O ex-guerrilheiro que chegou ao poder em 2010 doa a maior parte de seu salário ao Plano Juntos, um projeto de moradia solidária que criou ao assumir a presidência.

http://noticias.terra.com.br/mundo/america-latina/xeque-arabe-oferece-r-25-milhoes-por-fusca-azul-de-mujica,d9729ac96c489410VgnCLD200000b1bf46d0RCRD.html

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Putin segue como a pessoa mais poderosa do mundo na lista da 'Forbes'

 

Por Valor e Folhapress

SÃO PAULO - O presidente russo Vladimir Putin foi escolhido como o homem mais poderoso do mundo em 2014, ficando à frente de seu colega americano Barack Obama, segundo ranking de 72 personalidades elaborado pela revista "Forbes".

A presidente Dilma Rousseff se encontra em 31º lugar, à frente do bilionário australiano Rupert Murdoch e da chefe do FMI, Christine Lagarde.

A presidente do Brasil, contudo, sofreu uma queda significativa, já que na última lista publicada pela revista ela ocupava o 20º lugar do ranking.

"Em 2014, o presidente russo exibiu sua força em nível mundial ao anexar a Crimeia, colocando em cena uma guerra secundária na Ucrânia e assinando um acordo com a China para construir um gasoduto de mais de US$ 70 bilhões", explicou a "Forbes".

Em 2013, Putin tirou Obama do primeiro lugar da lista que a revista americana divulga pelo sexto ano.

Enquanto o poder do presidente russo se afirma, Obama sofreu na terça-feira uma dura derrota nas eleições americanas de meio de mandato e deverá governar os dois anos que lhe restam na Casa Branca com um Congresso com maioria republicana.

Logo abaixo de Putin e Obama aparecem na lista o presidente chinês, Xi Jinping, o papa Francisco e a chanceler alemã Angela Merkel.

Entre os dez primeiros colocados se encontram a presidente do Fed, Janet Yellen (6ª), o fundador da Microsoft, Bill Gates (7°), o presidente do Banco Central Europeu, o italiano Mario Dragui (8º), e os criadores do Google, Larry Page e Sergey Brin.

A lista tem 17 chefes de Estado que governam um PIB combinado de US$ 48 trilhões, além de 39 CEOs que controlam empresas que têm uma receita somada de US$ 3,6 trilhões.

Pela primeira vez, duas mulheres aparecem entre as 10 pessoas mais poderosas, Merkel e Yellen. No total, há 9 mulheres na lista.

Aparecem pela primeira vez no ranking: o novo primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, o novo presidente do Egito, Abdel el-Sisi, o fundador do Alibaba e homem mais rico da China, Jack Ma, e o autoproclamado califa do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi.

Entre os bilionários, figuram Warren Buffett, Carlos Slim, Mark Zuckerberg, Michael Bloomberg, Charles e David Koch e Li-Ka-shing.

Veja a relação completa das pessoas mais poderosas do mundo segundo o ranking da "Forbes":

  1. Vladimir Putin (Rússia)
  2. Barack Obama (Estados Unidos)
  3. Xi Jinping (China)
  4. Papa Francisco (Igreja Católica)
  5. Angela Merkel (Alemanha)
  6. Janet Yellen (United States)
  7. Bill Gates (Bill & Melinda Gates Foundation)
  8. Mario Draghi (Banco Central Europeu)
  9. Sergey Brin e Larry Page (Google)
  10. David Cameron (Reino Unido)
  11. Abdullah bin Abdul Aziz Al Saud (Arábia Saudita)
  12. Warren Buffett (Berkshire Hathaway)
  13. Li Keqiang (China)
  14. Carlos Slim Helu & Família (América Móvil)
  15. Narendra Modi (Índia)
  16. Jeff Bezos (Amazon.com)
  17. François Hollande (França)
  18. Jamie Dimon (JPMorgan Chase)
  19. Ali Hoseini-Khamenei (Irã)
  20. Rex Tillerson (Exxon Mobil)
  21. Jeffrey Immelt (General Electric)
  22. Mark Zuckerberg (Facebook)
  23. Michael Bloomberg (Bloomberg)
  24. Charles Koch e David (Koch Industries)
  25. Timothy Cook (Apple)
  26. Benjamin Netanyahu (Israel)
  27. Lloyd Blankfein (Goldman Sachs Group)
  28. Li Ka-shing (Hutchison Whampoa)
  29. Doug McMillon (Wal-Mart Stores)
  30. Jack Ma (Fundador do Alibaba)
  31. Dilma Rousseff (Brasil)
  32. Rupert Murdoch & Família (News Corp)
  33. Christine Lagarde (FMI)
  34. Akio Toyoda (Toyota Motor)
  35. Jay Y. Lee e Lee Kun-Hee (Samsung Group)
  36. Mukesh Ambani (Reliance Industries)
  37. Khalifa bin Zayed Al-Nahyan (Emirados Árabes Unidos)
  38. Masayoshi Son (Softbank)
  39. Larry Fink (BlackRock)
  40. Ban Ki-moon (ONU)
  41. Robin Li (Baidu)
  42. Igor Sechin (Rosneft)
  43. Ding Xuedong (China Investment Corporation)
  44. Bill Clinton (Bill, Hillary & Chelsea Clinton Foundation)
  45. Jim Yong Kim (Banco Mundial)
  46. Park Geun-hye (Coreia do Sul)
  47. Alexey Miller (Gazprom)
  48. Haruhiko Kuroda (Japão)
  49. Kim Jong-un (Coreia do Norte)
  50. Ali Al-Naimi (Arábia Saudita)
  51. Abdel el-Sisi (Egito)
  52. Elon Musk (Space Exploration Technologies Corp)
  53. Ma Huateng (Tencent)
  54. Abu Bakr al-Baghdadi (Estado Islâmico)
  55. Ginni Rometty (IBM)
  56. Len Blavatnik (Access Industries)
  57. Lakshmi Mittal (ArcelorMittal)
  58. Martin Winterkorn (Volkswagen Group)
  59. Bernard Arnault & Família (LVMH Moet Hennessy Louis Vuitton)
  60. Enrique Peña Nieto (México)
  61. Alisher Usmanov (Metalloinvest)
  62. Mary Barra (General Motors)
  63. Shinzo Abe (Japão)
  64. Satya Nadella (Microsoft)
  65. John Roberts (Presidente da Suprema Corte dos EUA)
  66. Gina Rinehart (Hancock Prospecting)
  67. Margaret Chan (Organização Mundial da Saúde)
  68. Aliko Dangote (Dangote Group)
  69. Jeffrey Gundlach (DoubleLine Capital)
  70. Joseph Blatter (FIFA)
  71. Terry Gou (Foxconn)
  72. Yngve Slyngstad (Noruega)

 

http://www.valor.com.br/internacional/3768374/putin-segue-como-pessoa-mais-poderosa-do-mundo-na-lista-da-forbes

Americanas vai investir R$ 4 bi em 800 lojas

 

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"Devido ao otimismo que temos em relação ao Brasil, temos muitas oportunidades. As lojas que inauguramos estão performando muito bem", disse à Reuters o diretor de relações com investidores da companhia, Murilo Correa, sobre as perspectivas positivas em relação ao projeto, depois de ter divulgado um lucro 33 por cento menor no terceiro trimestre

13 de Novembro de 2014 às 06:07

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A varejista Lojas Americanas lançou novo plano de expansão nesta quarta-feira, com previsão de abertura de 800 lojas em cinco anos e investimentos de 4 bilhões de reais, depois de ter divulgado um lucro 33 por cento menor no terceiro trimestre.

"Devido ao otimismo que temos em relação ao Brasil, temos muitas oportunidades. As lojas que inauguramos estão performando muito bem", disse à Reuters o diretor de relações com investidores da companhia, Murilo Correa, sobre as perspectivas positivas em relação ao projeto.

Segundo o executivo, o plano de expansão da companhia não está focado nas questões macroeconômicas. "Passamos por diversos períodos e a empresa flutuou muito bem, vem navegando muito bem em relação a resultados", acrescentou.

Além das 800 lojas, o plano prevê a abertura de dois novos centros de distribuição. O número de novas unidades é o dobro em relação ao plano de expansão anterior, que teve a abertura de 400 lojas e foi concluído em 2013.

O executivo não deu mais detalhes sobre a localização das lojas, limitando-se a informar que a companhia já tem um mapeamento sobre onde pretende inaugurar novos pontos.

"Já temos um mapeamento grande e sabemos para onde queremos ir, depende muito das negociações de cada um desses pontos. A rentabilidade da loja é o que pauta a nossa ação no sentido de fechar o negócio", afirmou.

Os novos investimentos serão financiados por meio do próprio caixa da companhia, além de uma linha de crédito com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de 1,2 bilhão de reais, aprovada em março, com o objetivo de expansão.

"A gente fez um trabalho de alongamento da dívida, hoje o perfil da dívida está muito diferente, temos hoje muita certeza de que a estrutura de capital suporta este desafio", afirmou Correa.

Ao final de setembro, a dívida líquida consolidada da companhia foi 1,3 vez o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) acumulado de 12 meses, ante 1,5 vez em junho.

"Tem a possibilidade de um crescimento que sustente todo o plano de expansão e possa criar a geração de caixa que a gente espera para os próximos anos", afirmou.

Segundo o executivo, há oportunidades de avanços nas lojas mais maduras, que vêm tendo "bom crescimento". As vendas mesmas lojas (abertas há mais 12 meses) cresceram 10 por cento no terceiro trimestre, ante avanço de 8 por cento um ano antes.

"Estamos muito otimistas com o Natal, principal trimestre das Lojas Americanas", acrescentou.

A empresa também anunciou assinatura de contrato com a BradesCard para a oferta conjunta de cartões de crédito nas lojas.

Esta é a base para a criação de uma promotora de crédito que vai oferecer aos clientes produtos como seguros e serviços financeiros, como empréstimos e cartões pré-pagos.

Em 2012, a Lojas Americanas encerrou uma joint venture com o Itaú Unibanco para a financeira FAI, que segundo o executivo teve resultados abaixo do previsto no plano de negócios.

"A FAI chegou a atingir quase 15 por cento do total de vendas com cartões que tinha nas Lojas Americanas, pode ter um volume expressivo neste (novo) negócio", disse.

A promotora de crédito permite, segundo ele, melhorar as margens, aumentar o relacionamento com clientes, e ajudar na gestão de custos, acrescentou.

No terceiro trimestre, a Lojas Americanas teve lucro líquido consolidado de 65,1 milhões de reais no terceiro trimestre, queda de 32,9 por cento na comparação com o mesmo período do ano passado.

O Ebitda ajustado foi de 476,8 milhões de reais, avanço de 18,7 por cento ano contra ano.

A média de estimativas obtidas pela Reuters apontava lucro líquido de 60,5 milhões de reais e Ebitda de 466,1 milhões.

Como esperado por analistas, o resultado financeiro, que ficou negativo em 327 milhões de reais, pressionou o lucro líquido no período. Um ano antes, o resultado financeiro ficou negativo em 206,9 milhões de reais.

A receita líquida no período avançou 18,7 por cento, a 3,653 bilhões de reais.

(Por Juliana Schincariol, edição Alberto Alerigi Jr. e Luciana Bruno)

http://www.brasil247.com/pt/247/relacoes_com_investidores/160331/Americanas-vai-investir-R$-4-bi-em-800-lojas.htm

O poder global sai do ocidente, para os países BRICS

 

Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Governantes dos BRICS e convidados na reunião
de Fortaleza em julho de 2014

Putin falou da necessidade de uma “nova ordem mundial”, com o objetivo de estabilizar o planeta. Para ele, os EUA já abusaram demais, no papel de líder global. O que pouco se noticia, contudo, é que os pilares que sustentavam aquela velha ordem vêm ruindo há anos.

Antes, era tudo tão simples! O mundo estava dividido em dois campos: o ocidente e o resto. E o Oeste, o ocidente, era de fato o melhor. Há 20 anos, seis das maiores economias do planeta estavam integradas ao mundo pró-Washington.

O líder, os próprios EUA, estavam tão à frente, que o PIB, ali, era mais de quatro vezes maior que o da China e nove vezes maior que o da Rússia.

O país mais populoso do mundo, a Índia, tinha quase a mesma renda bruta que os comparativamente minúsculos Itália e Reino Unido. Qualquer noção de que a ordem mundial mudaria tão dramaticamente em apenas duas décadas soava como piada.

A percepção ocidental era que China e Índia eram atrasadas e se passaria um século antes que se tornassem concorrentes. A Rússia era vista como uma espécie de lata de lixo, de cócoras e governada pelo caos. Nos anos 1990s, boa parte disso tudo, sim, fazia algum sentido.

Aqui, um resumo da economia mundial, nos anos 1990s e hoje:

Maiores Economias, pelo PIB, ajustado por paridade

do poder de compra (PPC) Fonte: Banco Mundial

1995 (PIB em bilhões de USD)

                                               2015 (PIB estimado pelo FMI)

EUA 7,664

                                                            China 19,230

Japão 2,880

                                                             EUA 18,287

China 1,838

                                                              Índia 7,883

Alemanha 1,804

                                                               Japão 4,917

França 1,236

                                                               Alemanha 3,742

Itália 1,178

                                                               Rússia 3,643

Reino Unido 1,161

                                                                Brasil 3,173

Índia 1,105

                                                                Indonésia 2,744

Brasil 1,031

                                                                França 2,659

Rússia 955

                                                             Reino Unidos 2,547

Crepúsculo dos EUA

Hoje, a piada é o ocidente. O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que, em 2015, quatro das principais economias do mundo estarão incluídas no grupo hoje conhecido como BRIC: Brasil, Rússia, Índia e China. A China substituirá os EUA como lobo guia da matilha. Pode até já ter acontecido: os números da economia sempre aparecem depois dos fatos da economia.

A Itália, a doente da Europa, já saiu dos “10 mais”; e o Reino Unido mal se mantém pendurado, por mais que Londres continue a ser promovida como poderoso centro financeiro. Só criancinhas, na Inglaterra, ainda creem nisso. O Reino Unido está convertido numa Julie Andrews da geopolítica – estrela que se vai apagando, depois de ter luzido com tanto brilho. A França é impotente, saltando de crise em crise, sempre com novas trapalhadas, até voltar a mergulhar em nova crise.

Barack Obama e Ângela Merkel na Casa Branca

Ainda é cedo para descartar completamente os EUA. O império não se acabará assim, do dia para a noite, mas o sol já está bem baixo no horizonte. É menos culpa dos EUA e, mais, resultado da perda de importância relativa de seus tradicionais aliados.

De fato, os únicos aliados dos EUA que ainda se seguram são Alemanha e Japão – nenhum dos quais é ator militar importante. Grã-Bretanha e França foram, por muito tempo, fornecedoras da carga pesada para aventuras marciais. Verdade é que a Alemanha não é parceira lá muito entusiasmada, porque grande parte da classe política em Berlim tem sérias dúvidas quanto ao poderio dos EUA. Muitos, na intelligentsia alemã, sentem que seu aliado natural é Moscou, não Washington.

O crescimento na importância dos BRICs e de outros países emergentes têm implicações imensas sobre o consumo, os negócios e os investimentos globais. Em 2020, pelas estimativas do FMI, a economia russa já terá ultrapassado a alemã, e a Índia terá deslocado, do quadro, o Japão. O mesmo FMI também prevê redução na fatia global dos EUA, de 23,7% em 2000, para 16% em 2020. Em 1960, os EUA representavam 38,7% da economia mundial. A China, por sua vez, mal chegava a 1,6%; no final dessa década, a China já terá chegado a 20%. O mundo não conhece mudança tão forte, em prazo tão relativamente curto.

A importância da estabilidade

O discurso de Putin no Valdai Club [em ing., no blog do Saker; (NTs)] não foi estocada no escuro. Vê-se ali compreensão nuançada sobre onde está o equilíbrio global hoje e em que direção andará nos próximos anos. A hegemonia dos EUA sempre se baseou no fato de que, com os seus aliados, os EUA controlavam o cerne do comércio global, além de sempre empunharem um gordo porrete militar. Isso, hoje, é história.

Mas a imprensa-empresa ocidental, em vez de aprofundar a discussão proposta por Putin, pôs-se a chutar as canelas do artista, em vez de chutar a bola. Muitas colunas apresentaram o discurso como “diatribe” e assumiram que Putin só teria focado a política exterior dos EUA, que, na opinião dele, seria anti-Rússia [1]. Nada mais longe do que realmente importa.

Vladimir Putin na 11a. Sessão do Valdai Club
em Sochi, Rússia - 24/10/2014

A preocupação de Putin é reencontrar e manter a estabilidade e a previsibilidade, exatamente a antítese do neoliberalismo ocidental moderno. Na verdade, a posição de Putin aproxima-se mais de outras visões para promover a ordem mundial, que brotaram da União Democrática Cristã [al. CDU] de Konrad Adenauer na Alemanha e dos Tories britânicos de Harold Macmillan – do conservadorismo europeu clássico.

Putin é quase sempre mal compreendido no ocidente. Suas declarações públicas, orientadas sempre mais para a audiência doméstica que para a grande vitrine internacional, não raro soam agressivas, quase chauvinistas. Mas os observadores bem fariam se não esquecessem que Putin é grande-mestre de judô, cujos movimentos são calculados para confundir e desequilibrar o adversário. Se se leem as entrelinhas, o presidente russo está interessado em engajamento, não em isolamento.

O presidente da Rússia vê seu país como parte de uma nova alternativa internacional, unido a outros países BRICs, para conter, onde seja possível, a agressão pelos EUA. Para Putin, conter a agressão norte-americana é necessário, para chegarmos à estabilidade mundial. Adenauer e MacMillan teriam compreendido exatamente isso, imediatamente. Mas líderes europeus e norte-americanos contemporâneos já não entendem nada. Embriagados pela dominação que exerceram durante os últimos 20 anos, ainda não lhes caiu a ficha, de que a ordem global já está em mudança e mudando rapidamente.

O modo como os EUA reajam à nova realidade é elemento vital do processo. Em dinâmica própria das histórias em quadrinho, o discurso de Washington só sabe focar a Agência de Segurança Nacional, correria de espiões para lá e para cá, governos “sombra”, um patético, desentendido 4º estado, aquela gigantesca força militar jamais usada produtivamente para nada e ninguém, e um crescente, aterrorizante nacionalismo.

Tanta imbecilidade juvenil-adolescente não vive sem um bandidão para chamar de seu. Em dez anos, o bandidão oficial dos EUA já passou de Bin Laden para Saddam; das batatas fritas na cafeteria do Congresso, para a russofobia. Se a elite norte-americana mantiver esse mesmo comportamento, a transição para um mundo multipolar pode não ser pacífica. Isso, sim, se deve temer, medo real.


Nota dos tradutores

[1] No Brasil, a imprensa-empresa apagou do universo essa fala de Putin. Foi como se não tivesse acontecido. O jornal o Estado de S.Paulo, que muito provavelmente é o PIOR jornal do mundo, publicou, sobre esse discurso, o que se pode ler (mas não vale a pena) em “Putin culpa ocidente por crise na Ucrânia e nega formação de império pela Rússia”, o que seria cômico, não fosse tão ridículo.

http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?cod=14560&fb_action_ids=715358235222925&fb_action_types=og.likes&fb_source=other_multiline&action_object_map=%5B628292867280233%5D&action_type_map=%5B%22og.likes%22%5D&action_ref_map=%5B%5D




quarta-feira, 12 de novembro de 2014

BNDES, que escapou de Armínio e Aécio, dá lucro de R$ 7,4 bi em nove meses

 

12 de novembro de 2014 | 10:41 Autor: Fernando Brito

bndes

Lembra que Aécio Neves prometia acabar com a “má administração” do BNDES, que seu ex-quase-futuro Ministro da Fazenda, Armínio Fraga pretendia encolher e que nem sabia muito bem o que “ia sobrar dele”.

Pois ontem à noite divulgou-se o balanço do terceiro trimestre do banco.

Lucro de R$ 7,399 bilhões nos nove meses de 2014, até setembro. Alta de 51,4% em relação ao registrado no mesmo período de 2013, quando o lucrou R$ 4,886 bilhões.

Foi, para o período de janeiro a setembro, o segundo maior lucro da história do banco(o primeiro foi de R$ 7,866 bilhões, em 2011).

Basta olhar no gráfico para ver que, com mais um trimestre, vai encostar ou superar os melhores resultados já registrados, em tempos de maior atividade econômica.

E a história tucana do “bolsa empresário”?

Crescimento de 130,6% do resultado financeiro das participações societárias do Banco.

Inadimplência dos tomadores de empréstimo: 0,07% de toda a carteira de investimentos.

Diz o BNDES, no comunicado que fez ao mercado financeiro:

“(…) nível extremamente baixo, com destaque para a boa qualidade dos financiamentos do BNDES, com 99,8% dos créditos classificados entre os níveis de risco AA e C. Comparativamente, essa proporção é de 93,1% para o conjunto do Sistema Financeiro Nacional.”

O Banco é quase a única alternativa, neste país, para investimentos de médio e longo prazo. E, mais recentemente, para a micro, pequenas e médias empresas, que não encontram crédito no mercado com facilidade.

Pretender destruí-lo, mesmo como fonte de financiamento para grandes empresas em seus projetos de expansão ou internacionalização é trabalhar contra o desenvolvimento brasileiro.

Bom mesmo, para os tucanos, era um BNDES que financiava os empresários para comprar o que já era brasileiro, e público: as nossas estatais.

http://tijolaco.com.br/blog/?p=22993

O que o Brasil proporá agora na cúpula do G-20?

 

Blog do Zé equipedoblog /Por Equipe do Blog

A presidenta Dilma Rousseff embarcou na noite de ontem para Las Palmas (Espanha), 1ª escala de sua viagem à Austrália para participar 6ª e sábado próximos de mais uma cúpula do G-20, o grupo de países desenvolvidos e em desenvolvimento no mundo. Antes de chegar ao país sede desta nova cúpula, a presidenta fará uma 2ª escala, amanhã, no emirado do Catar, para se reunir com o emir Tamin bin Hamad Al Thani a convite dele.

Depois do término da cúpula, já no domingo, a presidenta Dilma terá encontros bilaterais, dentre outros chefes de governo e de Estado, com a chanceler da Alemanha, Ângela Merkel, o presidente da China, Xi Jinping e, possivelmente, com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Esta cúpula do G-20 terá como tema principal a retomada do crescimento da economia mundial. Lemos as informações transmitidas pelo nosso governo, segundo as quais, o Brasil vai defender a necessidade da retomada do crescimento global, por meio de medidas de médio e longo prazos e que os países que têm espaço fiscal adotem medidas de crescimento a curto prazo.

Por enquanto só divulgaram o que já se sabe e se conhece

O Brasil apresentará interesse em apoiar os investimentos estrangeiros em projetos de infraestrutura, além de defender a implementação integral das normas de regulação financeira internacional, bem como normas relativas a tributação, emprego e comércio. O Brasil pretende, também, comunicar aos países do G-20 suas previsões para 2015.

No bojo dessas exposições, o país pretende mostrar, ainda, as estratégias adotadas para estimular o ritmo de crescimento local, como o PRONATEC, que visa a promover o desenvolvimento de mão de obra qualificada, além do Plano Nacional de Educação e as ações para micro e pequenas empresas – como a ampliação do Simples Nacional.

OK. Agora, uma curiosidade e uma pergunta que não quer calar: além da abordagem e exposição desses temas, já de longa data conhecidos e debatidos, e dessas reuniões de praxe programadas com chefes de Estado e de governo das principais economias do mundo, o Brasil proporá o que nessa cúpula do G 20? O que tem de novo a apresentar, propor, reivindicar?

Muçulmanos se autoflagelam para “limpar pecados” em festa

 

Durante o evento, os muçulmanos se autoflagelam com lanças, facas, espadas e objetos pontiagudos

 

Os peregrinos xiitas recordam a morte do mártir Hussein no ano 680 pelas tropas do califa omeia Yazid

Foto: Omar Sobhani / Reuters

As fotos revelam o sangue derramado pelos muçulmanos durante a celebração chamada Ashura e causam aflição para todos que não fazem parte da cultura islâmica xiita que relembra, nesta terça-feira, o aniversário de morte Imam Hussein, neto do profeta Maomé, há 1.300 em uma batalha. A chamada celebração “Ashura” acontece em países como Afeganistão, Índia, Iraque, Líbano e Paquistão. As informações são do Daily Mail e agência EFE.

Os peregrinos xiitas recordam a morte do mártir Hussein no ano 680 pelas tropas do califa omeia Yazid. Segundo a tradição, o imã Hussein, morto ao lado de outros companheiros na batalha de Kerbala, foi decapitado e teve o corpo mutilado, o que os fiéis xiitas recordam com o autoflagelo.

Durante o evento, os muçulmanos se autoflagelam com lanças, facas, espadas e objetos pontiagudos – atingindo costas, cabeça e pernas. Com roupas brancas, centenas de homens abriram a procissão. Os atos de autoflagelo devem fazer a pele sangrar, em sinal de luto. Os meninos também não ficam de fora e participam dos rituais que, acreditam, podem “limpar seus pecados”.

Entre os rituais, está o de cortar a testa (crianças passam por isso), como revelou imagens lançadas pelas agências de notícias.

O grupo extremista do Estado Islâmico condena a prática e fez diversos atentados terroristas matando 23 pessoas em Bagdá neste domingo e 10 pessoas nesta segunda; um segundo aconteceu em Nahraw e matou 5 na cidade de Nahraw e feriram outros 11. Outra bomba atingiu Amil, em Bagdá, matando três e ferindo onze, segundo a polícia.

O grupo deu mais uma demonstração de sua crueldade ao executar no domingo pelo menos 36 pessoas, incluindo quatro mulheres e três crianças, da tribo sunita Albunimer, que luta contra o EI na província iraquiana de Al-Anbar (oeste).

Apesar disso, centenas de milhares de peregrinos celebram a Ashura, a principal cerimônia religiosa xiita, na cidade sagrada iraquiana de Kerbala, em Bagdá e Beirute, sob fortes medidas de segurança em meio aos temores de ataques jihadistas. O fervor era intenso em Kerbala, cidade sagrada xiita, onde até o início da tarde não havia sido registrado nenhum incidente grave.

Kerbala, que fica 110 km ao sul de Bagdá, recebeu um forte apoio das forças de segurança para proteger centenas de milhares de fiéis que chegaram ao Iraque, procedentes dos países árabes e de outras nações. Mais de 25.000 soldados e policiais, assim como 1.500 voluntários procedentes das milícias xiitas, foram mobilizados ao longo da estrada entre Bagdá e Kerbala, assim como na cidade sagrada.

 

 

Terra

http://noticias.terra.com.br/mundo/oriente-medio/muculmanos-se-autoflagelam-para-limpar-pecados-em-festa,a012fc7ddaa79410VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html

Não repassar valor a cliente é crime, e não "desacerto civil", decide TJ-RS Compartilhar

Por Jomar Martins

Advogado que recebe dinheiro de acordo judicial e não o repassa integralmente a seu cliente comete o delito de apropriação indébita. A prática ultrapassa o mero "desacerto civil" e entra na esfera criminal. Por isso, a 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul confirmou sentença que condenou um advogado que deixou de repassar ao seu cliente a maior parte dos valores apurados num acordo chancelado na Justiça do Trabalho de Esteio, município aa Região Metropolitana de Porto Alegre — do qual o trabalhador alegou não ter qualquer conhecimento, já que o advogado havia rechaçado a possibilidade de saída amigável.

O réu ficou em silêncio ao ser questionado na audiência de instrução, mas tentou derrubar a sentença condenatória, arguindo a nulidade da audiência, em que o juiz fez perguntas diretamente às partes. O colegiado, entretanto, decidiu que o juiz não feriu o artigo 212 do Código de Processo Penal. Afinal, além de presidir a audiência, o juiz é o destinatário da prova, devendo esclarecer o que entender pertinente para a elucidação dos fatos e para firmar sua convicção.

Para a relatora da Apelação Criminal, desembargadora Jucelena Pereira dos Santos, as provas constantes nos autos da denúncia formulada pelo Ministério Público são suficientes para caracterizar o delito de apropriação indébita. ‘‘As circunstâncias fáticas evidenciam que o réu teve a intenção de não repassar os valores que recebeu na condição de advogado da vítima, tomando-os para si, desviando a finalidade para a qual foi contratado’’, anotou no acórdão. A decisão foi tomada na sessão de julgamento do dia 30 de outubro.

A denúncia
Tudo começou quando o trabalhador entrou com uma ação trabalhista contra seu ex-empregador. No curso do processo, os advogados das partes fizeram um acordo, pelo qual a reclamada se comprometia a pagar ao ex-empregado o valor líquido de R$ 48,5 mil, em oito parcelas, sendo sete no valor de R$ 6 mil, e a última de R$ 6,5 mil. Os valores deveriam ser pagos sempre no dia 12 de cada mês, iniciando-se em 12 de agosto de 2009, por meio de depósito na conta do procurador do reclamante.

Um pouco antes de vencer o prazo da oitava parcela, em março do ano seguinte, o trabalhador registrou Boletim de Ocorrência policial, denunciando o advogado por ter se apropriado de R$ 29,7 mil. Afinal, àquela altura, só havia recebido duas prestações, com os devidos descontos de honorários advocatícios. O fato motivou a denúncia do Ministério Público estadual contra o advogado, ajuizada em fevereiro de 2012, pelo crime de apropriação indébita praticada em razão da profissão. O delito está tipificado no artigo 168, parágrafo 1º, inciso III, do Código Penal.

Ouvido em juízo, o trabalhador afirmou que o acordo trabalhista foi feito sem o seu conhecimento e que só ficou sabendo ao analisar o processo na vara trabalhista, já que o advogado negava a composição com a outra parte. Além disso, informou que teria direito a cerca de R$ 70 mil de indenização, e não apenas aos R$ 48,5 mil acordados. Por fim, disse que o advogado também se apropriou do dinheiro de outras “três ou quatro pessoas”.

Citado, o réu apresentou defesa, mas preferiu se manter em silêncio quando interrogado na audiência de instrução. Na peça, arguiu preliminar de nulidade, em face de o juiz ter feito perguntas na audiência. O artigo 212 do Código de Processo Penal diz que as perguntas devem ser formuladas pelas partes diretamente à testemunha, cabendo ao juiz complementar a inquirição, se restarem pontos não esclarecidos. No mérito, afirmou que não existem provas para embasar sua condenação, tendo em vista que o fato se reveste de ‘‘desacerto civil’’, não atingindo a esfera criminal.

Sentença condenatória
O juiz Marcos La Porta da Silva, da Vara Criminal da Comarca de Esteio, afastou a preliminar de nulidade, por entender que o artigo 212 não proíbiu o magistrado de fazer perguntas em audiência, estabelecendo, apenas, o direito das partes de formularem-nas diretamente às testemunhas e ao réu. ‘‘Deve-se saber que o juiz é imparcial e, portanto, seus questionamentos visam sempre a esclarecer os fatos, e não, propriamente, a incriminar o réu, tanto que, por vezes, é o próprio julgador quem suscita a possibilidade de uma tese defensiva por meio dos questionamentos’’, escreveu na sentença.

No mérito, julgou a denúncia procedente, por constatar que a empresa reclamada juntara ao processo os oito recibos de pagamento e ter ficado patente que o autor recebera, apenas, as duas primeiras parcelas. ‘‘Impõe-se, assim, o decreto condenatório, uma vez que o réu se apropriou de coisa alheia móvel (dinheiro), de que teve a posse ou a detenção, incidindo ainda a forma mais gravosa, pois recebeu os valores sonegados à vítima em razão de sua profissão de advogado’’, definiu.

O réu acabou condenado a cumprir um ano e oito meses de reclusão, em regime inicial aberto. Entretanto, na dosimetria, a pena corporal foi substituída por duas penas restritivas de direitos, bem como ao pagamento de multa.

Clique aqui para ler o acórdão.
Clique aqui para ler a sentença.

http://www.conjur.com.br/2014-nov-04/nao-repassar-valor-cliente-crime-nao-desacerto-civil

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Presidenta Dilma Rousseff visita o Catar e tem encontro com o emir Al Thani

 

Presidenta Dilma Rousseff recebe cumprimento na chegada a Doha. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.

Presidenta Dilma Rousseff recebe cumprimento na chegada a Doha. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.

A presidenta Dilma Rousseff desembarcou nesta terça-feira (11) em Doha, no Catar, para visita de Estado de um dia e meio ao país do Oriente Médio. É a terceira visita de um chefe de Estado brasileiro ao país. Nesta quarta-feira, 12, às 10h (5h no horário de Brasília), Dilma será recebida pelo emir do Catar, Xeque Tamim bin Hamad Al Thani, no Emiri Diwan.

Na pauta do encontro, as relações comerciais e diplomáticas dos dois países, a situação política do Oriente Médio, além de temas de aprofundamento do relacionamento, como promoção de investimentos bilaterais, interconectividade no setor de transportes aéreos e cooperação bilateral em terceiros países. Outros temas de cooperação também devem ser tratados no encontro de Dilma com o Xeque.

Dilma agradecerá pessoalmente ao Emir a realização do “Ano da Cultura Brasil-Catar”, evento que celebra os 40 anos de relações diplomáticas entre as duas nações, iniciadas em 1974. Ela também será recebida, às 11h, pela presidenta da Qatar Foundation, Xeica Mozah bint Nasser, Rainha-Mãe do Catar, patrocinadora do evento cultural, culminando, em julho, na exposição “Pérolas”, o principal acervo do Museu de Arte Islâmica de Doha, no Museu de Arte Brasileira em São Paulo. A Xeica esteve no Brasil em 2013 visitando projetos educacionais mantidos pela Qatar Foundation no Rio de Janeiro e no Pará.

A presidenta também aproveitará o encontro com o Chefe de Estado catari para anunciar que o Brasil está disposto a contribuir para a organização da Copa do Mundo de 2022 no Catar, colaborando na troca de experiências para o evento esportivo. Ainda em novembro, o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, participou do Doha Goals International Forum, representando Dilma. Em julho, durante a Copa do Mundo, o Emir-Pai do Catar, Hamad bin Khalifa al Thani, foi ao Rio de Janeiro para assistir à partida entre Alemanha e Argentina.

Ao final da visita ao Catar, a presidenta Dilma Rousseff segue ainda nesta quarta-feira para Brisbane, na Austrália, onde participa da reunião de cúpula do G20. O encontro começa no sábado, 15 de novembro e termina no dia seguinte. Está prevista para as 8h30 do sábado uma reunião dos chefes de Estado dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

http://blog.planalto.gov.br/

Sonho americano? Conheça 10 fatos chocantes sobre os EUA

 

Maior população prisional do mundo, pobreza infantil acima dos 22%, nenhum subsídio de maternidade, graves carências no acesso à saúde… bem-vindos ao “paraíso americano”

Os EUA costumam se revelar ao mundo como os grandes defensores das liberdades, como a nação com a melhor qualidade de vida do planeta e que nada é melhor do que o “american way of life” (o modo de vida americano). A realidade, no entanto, é outra. Os EUA também têm telhado de vidro como a maioria dos países, a diferença é que as informações são constantemente camufladas. Confira abaixo 10 fatos pouco abordados pela mídia ocidental.

1. Maior população prisional do mundo

Elevando-se desde os anos 80, a surreal taxa de encarceramento dos EUA é um negócio e um instrumento de controle social: à medida que o negócio das prisões privadas alastra-se como uma gangrena, uma nova categoria de milionários consolida seu poder político. Os donos destas carcerárias são também, na prática, donos de escravos, que trabalham nas fábricas do interior das prisões por salários inferiores a 50 cents por hora. Este trabalho escravo é tão competitivo, que muitos municípios hoje sobrevivem financeiramente graças às suas próprias prisões, aprovando simultaneamente leis que vulgarizam sentenças de até 15 anos de prisão por crimes menores como roubar chicletes. O alvo destas leis draconianas são os mais pobres, mas, sobretudo, os negros, que representando apenas 13% da população norte-americana, compõem 40% da população prisional do país.

2. 22% das crianças americanas vive abaixo do limiar da pobreza.

pobreza eua contraste social

Contraste social nos EUA está longe de ser minimamente aceitável.

Calcula-se que cerca de 16 milhões de crianças norte-americanas vivam sem “segurança alimentar”, ou seja, em famílias sem capacidade econômica para satisfazer os requisitos nutricionais mínimos de uma dieta saudável. As estatísticas provam que estas crianças têm piores resultados escolares, aceitam piores empregos, não vão à universidade e têm uma maior probabilidade de, quando adultos, serem presos.

3. Entre 1890 e 2012, os EUA invadiram ou bombardearam 149 países.

O número de países nos quais os EUA intervieram militarmente é maior do que aqueles em que ainda não o fizeram. Números conservadores apontam para mais de oito milhões de mortes causadas pelo país só no século XX. Por trás desta lista, escondem-se centenas de outras operações secretas, golpes de Estado e patrocínio de ditadores e grupos terroristas. Segundo Obama, recipiente do Nobel da Paz, os EUA conduzem neste momente mais de 70 operações militares secretas em vários países do mundo.

Leia também

O mesmo presidente criou o maior orçamento militar norte-americano desde a Segunda Guerra Mundial, superando de longe George W. Bush.

4. Os EUA são o único país da OCDE que não oferece qualquer tipo de subsídio de maternidade.

Embora estes números variem de acordo com o Estado e dependam dos contratos redigidos por cada empresa, é prática corrente que as mulheres norte-americanas não tenham direito a nenhum dia pago antes ou depois de dar à luz. Em muitos casos, não existe sequer a possibilidade de tirar baixa sem vencimento. Quase todos os países do mundo oferecem entre 12 e 50 semanas pagas em licença maternidade. Neste aspecto, os Estados Unidos fazem companhia à Papua Nova Guiné e à Suazilândia.

5. 125 norte-americanos morrem todos os dias por não poderem pagar qualquer tipo de plano de saúde.

Se não tiver seguro de saúde (como 50 milhões de norte-americanos não têm), então há boas razões para temes ainda mais a ambulância e os cuidados de saúde que o governo presta. Viagens de ambulância custam em média o equivalente a 1300 reais e a estadia num hospital público mais de 500 reais por noite. Para a maioria das operações cirúrgicas (que chegam à casa das dezenas de milhar), é bom que possa pagar um seguro de saúde privado. Caso contrário, a América é a terra das oportunidades e, como o nome indica, terá a oportunidade de se endividar e também a oportunidade de ficar em casa, torcendo para não morrer.

6. Os EUA foram fundados sobre o genocídio de 10 milhões de nativos. Só entre 1940 e 1980, 40% de todas as mulheres em reservas índias foram esterilizadas contra sua vontade pelo governo norte-americano.

Esqueçam a história do Dia de Ação de Graças com índios e colonos partilhando placidamente o mesmo peru em torno da mesma mesa. A História dos Estados Unidos começa no programa de erradicação dos índios. Tendo em conta as restrições atuais à imigração ilegal, ninguém diria que os fundadores deste país foram eles mesmos imigrantes ilegais, que vieram sem o consentimento dos que já viviam na América. Durante dois séculos, os índios foram perseguidos e assassinados, despojados de tudo e empurrados para minúsculas reservas de terras inférteis, em lixeiras nucleares e sobre solos contaminados. Em pleno século XX, os EUA iniciaram um plano de esterilização forçada de mulheres índias, pedindo-lhes para colocar uma cruz num formulário escrito em idioma que não compreendiam, ameaçando-as com o corte de subsídios caso não consentissem ou, simplesmente, recusando-lhes acesso a maternidades e hospitais. Mas que ninguém se espante, os EUA foram o primeiro país do mundo oficializar esterilizações forçadas como parte de um programa de eugenia, inicialmente contra pessoas portadoras de deficiência e, mais tarde, contra negros e índios.

7. Todos os imigrantes são obrigados a jurarem não ser comunistas para poder viver nos EUA.

Além de ter que jurar não ser um agente secreto nem um criminoso de guerra nazi, vão lhe perguntar se é, ou alguma vez foi membro do Partido Comunista, se tem simpatias anarquista ou se defende intelectualmente alguma organização considerada terrorista. Se responder que sim a qualquer destas perguntas, será automaticamente negado o direito de viver e trabalhar nos EUA por “prova de fraco carácter moral”.

8. O preço médio de uma licenciatura numa universidade pública é 80 mil dólares.

O ensino superior é uma autêntica mina de ouro para os banqueiros. Virtualmente, todos os estudantes têm dívidas astronômicas, que, acrescidas de juros, levarão, em média, 15 anos para pagar. Durante esse período, os alunos tornam-se servos dos bancos e das suas dívidas, sendo muitas vezes forçados a contrair novos empréstimos para pagar os antigos e assim sobreviver. O sistema de servidão completa-se com a liberdade dos bancos de vender e comprar as dívidas dos alunos a seu bel prazer, sem o consentimento ou sequer o conhecimento do devedor. Num dia, deve-se dinheiro a um banco com uma taxa de juros e, no dia seguinte, pode-se dever dinheiro a um banco diferente com nova e mais elevada taxa de juro. Entre 1999 e 2012, a dívida total dos estudantes norte-americanos cresceu à marca dos 1,5 trilhões de dólares, elevando-se assustadores 500%.

9. Os EUA são o país do mundo com mais armas: para cada dez norte-americanos, há nove armas de fogo.

Não é de se espantar que os EUA levem o primeiro lugar na lista dos países com a maior coleção de armas. O que surpreende é a comparação com outras partes do mundo: no restante do planeta, há uma arma para cada dez pessoas. Nos Estados Unidos, nove para cada dez. Nos EUA podemos encontrar 5% de todas as pessoas do mundo e 30% de todas as armas, algo em torno de 275 milhões. Esta estatística tende a se elevar, já que os norte-americanos compram mais de metade de todas as armas fabricadas no mundo.

10. Há mais norte-americanos que acreditam no Diabo do que os que acreditam em Darwin.

A maioria dos norte-americanos são céticos. Pelo menos no que toca à teoria da evolução, já que apenas 40% dos norte-americanos acreditam nela. Já a existência de Satanás e do inferno soa perfeitamente plausível a mais de 60% dos norte-americanos. Esta radicalidade religiosa explica as “conversas diárias” do ex-presidente Bush com Deus e mesmo os comentários do ex-pré-candidato republicano Rick Santorum, que acusou acadêmicos norte-americanos de serem controlados por Satã.

Por Antônio Santos. Artigo originalmente publicado em Diário Liberdade / Edição: Pragmatismo Político com Blog do Mouzar

As filhas de servidores que ficam solteiras para ter direito a pensão do Estado

 

As pensões a filhas solteiras de funcionários públicos consomem por ano R$ 4,35 bilhões do contribuinte – e muitas já se casaram, tiveram filhos, mas ainda recebem os benefícios

RAPHAEL GOM

FELICIDADE O casamento de Márcia Brandão Couto. Ela se manteve solteira no civil para seguir recebendo  R$ 43 mil por mês do Estado (Foto: Arq. pessoal)

FELICIDADE O casamento de Márcia Brandão Couto. Ela se manteve solteira no civil para seguir recebendo  R$ 43 mil por mês do Estado (Foto: Arq. pessoal)FELICIDADE
O casamento de Márcia Brandão Couto. Ela se manteve solteira no civil para seguir recebendo R$ 43 mil por mês do Estado (Foto: Arq. pessoal)

Era um sábado nublado. No dia 10 de novembro de 1990, a dentista Márcia Machado Brandão Couto cobriu-se de véu, grinalda e vestido de noiva branco com mangas bufantes para se unir a João Batista Vasconcelos. A celebração ocorreu na igreja Nossa Senhora do Brasil, no bucólico bairro carioca da Urca. A recepção, num clube próximo dali, reuniu 200 convidados. No ano seguinte, o casal teve seu primeiro filho. O segundo menino nasceu em 1993. Para os convidados do casamento, sua família e a Igreja Católica, Márcia era desde então uma mulher casada. Para o Estado do Rio de Janeiro, não. Até hoje, Márcia Machado Brandão Couto recebe do Estado duas pensões como “filha solteira maior”, no total de R$ 43 mil mensais. Um dos benefícios é pago pela Rioprevidência, o órgão previdenciário fluminense. O outro vem do Fundo Especial do Tribunal de Justiça. A razão dos pagamentos? Márcia é filha do desembargador José Erasmo Couto, que morreu oito anos antes da festa de casamento na Urca.

Os vultosos benefícios de Márcia chegaram a ser cancelados por uma juíza, a pedido da Rioprevidência. Ela conseguiu recuperá-los no Tribunal de Justiça do Rio, onde seu pai atuou por muitos anos. O excêntrico caso está longe de ser exceção no país. Um levantamento inédito feito por ÉPOCA revela que pensões para filhas solteiras de funcionários públicos mortos custam ao menos R$ 4,35 bilhões por ano à União e aos Estados brasileiros. Esse valor, correspondente a 139.402 mulheres, supera o orçamento anual de 20 capitais do país – como Salvador, Bahia, e Recife, Pernambuco. Ao longo de três meses, ÉPOCA consultou o Ministério do Planejamento e os órgãos de Previdência estaduais para apurar os valores pagos, o número de pensionistas e a legislação. Ao menos 14 Estados confirmaram pagar rendimentos remanescentes para filhas solteiras, embora todos já tenham mudado a lei para que não haja novos benefícios. Hoje, as pensões por morte são dadas a filhos de ambos os sexos até a maioridade e, por vezes, até os 24 anos, se frequentarem faculdade. Santa Catarina, Amapá, Roraima, Tocantins e Mato Grosso do Sul informaram não ter mais nenhum caso. Distrito Federal, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Rondônia e Piauí deram informações incompletas ou não forneceram a quantidade de pensionistas e o valor gasto. ÉPOCA não conseguiu contato com a Paraíba. É provável, portanto, que os números sejam superiores aos 139.402 apurados e aos R$ 4,35 bilhões.

NO EXTERIOR Tereza Gavinho com sua família em Roma (no alto) e na Disney (acima).  Ela nega ter vivido com o pai dos três filhos (Foto: Arq. pessoal)NO EXTERIOR
Tereza Gavinho com sua família em Roma (à esquerda) e na Disney (à direita). Ela nega ter vivido com o pai dos três filhos (Foto: Arq. pessoal)

Oriunda de uma época em que as mulheres não trabalhavam e dependiam do pai ou do marido, a pensão para filhas solteiras maiores de 21 anos pretendia não deixar desassistidas filhas de servidores mortos. Hoje, a medida dá margem a situações como a de Márcia e a diversas fraudes. Para ter o direito, a mulher não pode se casar ou viver em união estável. Para driblar a lei e seguir recebendo os benefícios, muitas se casam na prática. Moram com o marido, têm filhos, mas não registram a união oficialmente. O governo federal concentra 76.336 casos. Isso corresponde a 55% dos benefícios do país, só entre filhas de servidores civis mortos até dezembro de 1990. Os militares da União descontam mensalmente 1,5% do salário para deixar pensão para as filhas. O custo anual aos cofres federais é de R$ 2,8 bilhões. Segundo o Ministério do Planejamento, trata-se de direito adquirido. O total diminuiu 12% desde 2008. Houve 3.131 mortes, 1.555 mudanças de estado civil, e 1.106 assumiram cargo público – pela lei federal, motivo de perda. As “renúncias espontâneas” foram apenas 518. O governo afirma que “as exclusões decorrem do trabalho de qualificação contínua da base de dados de pessoal” e que a busca por inconsistências na folha é permanente. A partir de 2014, a Pasta centralizará a lista de pensionistas filhas solteiras, hoje dispersas.

Quanto custam as “filhas solteiras” (Foto: ÉPOCA)

O Rio de Janeiro, antiga capital do país, é o Estado com mais casos: 30.239, a um custo anual de R$ 567 milhões, um terço dos benefícios da Rioprevidência. Em São Paulo, 15.551 mulheres consomem R$ 451,7 milhões por ano. As pensões paulistas custam, em média, R$ 2.234, quase o dobro das fluminenses. Valem para mortes até 1992 para civis (4.643), e até 1998 para militares estaduais (10.908). Segundo a São Paulo Previdência (SPPrev), há recadastramento anual obrigatório para identificar irregularidades. “Pensionistas que mantêm união estável e não a informam à autarquia praticam fraude, estão sujeitas à perda do benefício e a procedimentos administrativos e podem ter de ressarcir os valores”, informou a SPPrev.

Uma das pensões polêmicas pagas por São Paulo, a contragosto, vai para a atriz Maitê Proença. Seu pai, o procurador de Justiça Eduardo Gallo, morreu em 1989. Maitê recebe cerca de R$ 13 mil, metade da pensão, dividida com a viúva. Em 1990, Maitê teve a filha Maria Proença Marinho, com o empresário Paulo Marinho, com quem teve um relacionamento por 12 anos, não registrado. A SPPrev cortara o benefício, sob a alegação de que a atriz vivera em união estável. Maitê recorreu, obteve sentenças favoráveis em primeiro grau e no Tribunal de Justiça. Mantém a pensão, ainda em disputa. Segundo seu advogado, Rafael Campos, Maitê “nunca foi casada nem teve união estável” com Marinho, e a revisão do ato de concessão da pensão já estava prescrita quando houve o corte. “O poder público não pode rever seus atos a qualquer momento, senão viveremos numa profunda insegurança jurídica”, diz.

O Rio Grande do Sul paga 11.842 pensões para filhas solteiras, ao custo de R$ 319,5 milhões, média de R$ 2.075 mensais cada. Depois, vêm Paraná (1.703 e R$ 92,5 milhões anuais); Minas Gerais, com 2.314 casos, e gastos de R$ 67 milhões por ano; Sergipe (571, R$ 19,3 milhões), Pará (276), Mato Grosso (198), Bahia (163), Acre (123), Amazonas (31), Maranhão (21), Pernambuco e Espírito Santo (ambos com 17 cada).
O Maranhão paga as maiores pensões entre os Estados brasileiros – R$ 12.084 mensais, em média. Segundo o órgão previdenciário maranhense, todas são pagas a filhas de magistrados e integrantes do Tribunal de Contas do Estado. Amazonas, com benefícios médios de R$ 7.755, e Acre, com R$ 6.798, aparecem em seguida. Por todo o país, há mulheres com três ou quatro filhos do mesmo homem que dizem jamais ter vivido em união estável. “Tenho sete filhos com o mesmo pai, mas só namorava”, diz uma pensionista do Rio. Situação semelhante é vivida pela advogada Tereza Cristina Gavinho, filha de delegado de polícia (salário aproximado de R$ 20 mil), cuja pensão foi cortada, mas devolvida após decisão da Justiça. De acordo com a Rioprevidência, há “sérios indícios de omissão dolosa do casamento/convivência marital com o sr. Marcelo Britto Ferreira, com o qual tem três filhos!!!”. Tereza nega ter vivido com ele. Algumas explicações são curiosas. “O pai dos meus filhos é meu vizinho e é casado”, diz uma mulher no Rio. “Não posso ter união estável porque sou homossexual”, afirma outra. A maioria das fraudes é constatada após denúncias de parentes, geralmente por vingança. “A parte mais sensível do ser humano é o bolso, e aí não tem fraternidade nem relação maternal”, afirma Gustavo Barbosa, presidente da Rioprevidência.

BENEFICIADA A atriz Maitê Proença. Ela nega ter sido casada e recebe R$ 13 mil por mês como  “filha solteira” (Foto: Reginaldo Teixeira/Ed. Globo)

BENEFICIADA
A atriz Maitê Proença. Ela nega ter sido casada
e recebe R$ 13 mil por mês como “filha solteira”
(Foto: Reginaldo Teixeira/Ed. Globo)

A dentista Márcia, alvo de uma ação popular que inclui fotos de seu casamento, nega ter se casado. Numa ação para obter pensão alimentícia para os filhos, afirma, porém, que “viveu maritalmente com João Batista, sobrevindo dessa relação a concepção dos suplicantes (filhos)”. Seu advogado, José Roberto de Castro Neves, diz que a cerimônia religiosa foi “como um teatro, ela era de uma família tradicional, mãe religiosa e pai desembargador, então ela fez essa mise-en-scène”. Márcia não trabalha como dentista. Vive dos benefícios. Para a Procuradoria-Geral do Rio, tal pensão gera “parasitismo social” – por contar com a pensão, o cidadão deixa de produzir para a sociedade. Em 2011, o Rio passou a exigir a assinatura de termo em que as pensionistas declaram, “sob as penas da lei”, se vivem ou viveram “desde a habilitação como pensionista, em relação de matrimônio ou de união estável com cônjuge ou companheiro”. A Rioprevidência hoje corta a pensão de quem reconhece casamento, recusa-se a assinar ou falta, após processo administrativo. A partir da medida, 3.140 pensões foram canceladas, uma economia anual de R$ 100 milhões.
Até os advogados de Márcia e Maitê reconhecem a necessidade de combater irregularidades e abusos. “O risco é tratar os casos sem analisar as peculiaridades. Evidentemente, há abusos que devem ser coibidos”, diz Castro Neves, advogado de Márcia. O maior risco, na verdade, é o Brasil seguir como um país de privilégios mantidos pelo contribuinte.

http://epoca.globo.com/vida/noticia/2013/11/filhas-de-servidores-que-ficam-solteiras-para-ter-direito-bpensao-do-estadob.html

"Estamos juntos: governo, imprensa livre e empresas"

 

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Em evento com empresários em São Paulo, vice-presidente, Michel Temer, do PMDB, acenou para o setor produtivo e defendeu o diálogo proposto pela presidente Dilma Rousseff após a reeleição: “Ninguém é dono do poder, só o povo. E os órgão exercem as funções em nome do povo. Essa forma de oposição a tudo que a situação faça é a negação da democracia”; o presidente do conselho da BRF, Abílio Diniz, também endossou o discurso: “Temos muito a reivindicar e até exigir que diminua as nossas incertezas, mas também devemos dizer a Dilma que conte conosco”

11 de Novembro de 2014 às 05:17

São Paulo - O vice-presidente, Michel Temer, do PMDB, acenou para o setor produtivo durante evento para empresários realizado pela Carta Capital, em São Paulo, e afirmou que o governo é parceiro das empresas. A iniciativa tem como objetivo minar a desconfiança que alguns membros do mercado financeiro em relação à atual gestão.

O peemedebista reforçou o discurso feito pela presidente reeleita, Dilma Rousseff, após o resultado da apuração dos votos do segundo turno e disse que é preciso que seja estabelecido um discurso entre os empresários e o governo.

“Estamos juntos: governo, imprensa livre e iniciativa privada”, explicou Temer. “Não vivemos por conta própria. Todos nós temos que nos dar as mãos. O governo e a iniciativa privada estão unidos. Vivemos suportados pelo desenvolvimento do país, que se faz pela conexão entre a iniciativa privada juntamente com a atividade governamental”, completou, acrescentando que vê em empresários como Abílio Diniz, presidente do conselho de administração da BRF, uma sinalização de confiança na segunda gestão de Dilma.

Além disso, o vice-presidente foi contundente ao rebater as críticas feitas pelo PSDB contra o governo e minimizou os rumores de um possível impeachment da presidente.

“É importante nesse momento o discurso de conciliação, do diálogo nacional que a presidente propôs logo depois de sua vitória. Ninguém é dono do poder, só o povo. E os órgão exercem as funções em nome do povo. Essa forma de oposição a tudo que a situação faça é a negação da democracia”, avaliou Temer.

Otimismo de Abílio

Antes da fala do vice-presidente, o presidente do conselho da BRF endossou o discurso conciliatório de Dilma. O empresário afirmou que para reabilitar as condições de investimentos do Brasil é preciso dialogar com o governo.

“Temos muito a reivindicar e até exigir que diminua as nossas incertezas, mas também devemos dizer a Dilma que conte conosco”, disse Abílio.

“Temos que dar oportunidades para que ela cumpra suas promessas. Não fiquemos com pessimismo e achando que nada vai dar certo e que tudo está perdido”, completou.

http://www.brasil247.com/pt/247/poder/160051/Estamos-juntos-governo-imprensa-livre-e-empresas.htm

Hipocrisia sem Limites

 

Queda de um muro nascimento de quatro muros

Créditos de imagem: Noir - http://de.wikipedia.org/wiki/Datei:Bethanien06.jpg

Ao comemorar os 25 anos da queda do designado muro de Berlim, não foi por acaso que esta comemoração surgiu, pergunto porque não se comemoraram outras datas, porque os 25 anos e não os 10 ou 15 anos. O essencial, o gato escondido com rabo de fora, mais uma provocação à Rússia, mais uma acha na escaldante guerra fria que já ninguém pode negar que existe. Lembrar velhas feridas, e não fazer apelos e pressões para derrubar o muro dos EUA com o México, Israel com a Palestina ou na península coreana. Os políticos ocidentais ainda não repararam que estão a perder o poder sobre as massas, a corrupção, o descrédito, a ambição descontrolada estão a fazer desaparecer os regimes democráticos que bem ou mal mantiveram a Europa numa fase mais ou menos calma até à interferência dos Estados Unidos e da NATO na ex-Jugoslávia.

Foi a partir desta barbaridade que a Europa perdeu a autonomia política e económica, subjugada ao poder de um império capitalista com sede mais em Wall Street e no Pentágono do que propriamente na Casa Branca. Os falcões pensavam que eram polícias e juízes em causa própria a nível global. Enganaram-se. Esqueceram-se que outros políticos, outros povos aspiravam a ver-se livres do excepcionalismo americano atribuído por eles próprios. Varridos da América do Sul e Caribe, dedicaram-se à piratagem e roubo de petróleo do Norte de África e Médio-Oriente. Assassinatos de presidentes e políticos que se opunham à sua política de terra queimada, genocídios de milhões de civis por eles perpetrados ou por grupos terroristas criados e apoiados para esse fim. O ressurgimento da Rússia na indústria militar, as novas alianças feitas por este país tanto na América Latina e Caribe, como na Ásia e mesmo na Europa, principalmente a aproximação Rússia e China fez perder o estatuto de primeira potência e exclusividade ao império policial. A serpente é sempre mais perigosa ao morrer, de derrota em derrota até ao fim, os EUA ainda num acto de desespero podem fazer muito mal à humanidade. Escrevia ontem um colunista do jornal on-line Rússia Today ou Obama para as provocações ou a guerra com a Rússia e a China é inevitável, mesmo iminente. A ganância dos senhores da América tornou uma democracia num estado policial e racista dentro das suas próprias fronteiras: criação de campos de concentração secretos, ordens para a polícia e o exército matarem primeiro pessoas desarmadas e perguntarem depois. O movimento independentista no Texas e mais quinze estados, o despertar do povo americano em manifestações que nunca existiram neste país, aliados a uma crise sem precedentes desde 1930, aconselham o poder de Whashington a ter mais cautela e a dar mais contributos para a paz mundial.

A União Europeia em cacos

A situação não é melhor no mais fiel aliado dos EUA, A UE pode desfazer-se em várias correntes estratégicas e políticas, os governos do Reino Unido e Hungria com a maioria do povo a seu lado, ameaçam abandonar a união. Os países do sul da Europa regridem para níveis de pobreza do século passado. Na Alemanha o país mais poderoso da Europa Ocidental a chanceler Merkel debate-se com a forte oposição da grande indústria que deseja o fim das sanções à Rússia, pode degenerar em grandes manifestações contra-natura, isto é, patrões e trabalhadores contra o governo, e, obviamente outros países seguirão este exemplo. Os políticos têm de convencer-se que o mundo não pára e a humanidade nunca esteve tão ameaçada como agora.

http://www.oactivista.com

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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

"Evangelho" perdido diz que Jesus se casou e teve 2 filhos

 

Manuscrito de mil anos conta que Maria Madalena teria sido a mulher do Messias

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Maria Madalena teria sido mulher de Jesus, segundo manuscrito traduzido

Foto: The Mirror UK / Reprodução

Jesus não morreu solteiro.  Pelo menos é o que afirma um novo “Evangelho” escrito há mil anos em aramaico e traduzido recentemente por dois estudiosos, Barrie Wilsion e Simcha Jacobovici, que conta que o Messias teria se casado com Maria Madalena e tido dois filhos. As informações são do The Mirror UK. 

Os detalhes do novo livro, descoberto na Biblioteca Britânica, serão revelados em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira. Mas, segundo os especialistas, o manuscrito afirma que Jesus se casou com Maria Madalena, que aparece em todos os outros Evangelhos da Bíblia, especialmente em momentos importantes da vida de Cristo, como em sua ressurreição.

Ela teria tido dois filhos com ele. E, ao que tudo indica, o novo “Evangelho” cita o nome dos supostos descendentes.

Em alguns livros, como em Lucas, Maria Madalena é descrita como “pecadora”, sendo associada à prostituição. 

 

Terra