quinta-feira, 22 de maio de 2025

Agência Brasil: STF mantém regra que impede registro de candidato que não presta conta

 

Corte diz que regra não caracteriza nova hipótese de inelegibilidade
André Richter - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 21/05/2025 - 15:45
Brasília
Palácio do Supremo Tribunal Federal na Praça dos Três poderes em Brasília
© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quarta-feira (21), em Brasília, confirmar a validade da norma que impede a candidatura de políticos que deixaram de prestar contas de campanha à Justiça Eleitoral.

Por unanimidade, os ministros mantiveram a validade da Resolução 23.607/2019 - editada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) - para disciplinar a arrecadação e os gastos de partidos e candidatos nas campanhas.

O caso chegou ao Supremo por meio de uma ação protocolada pelo PT em junho de 2024. O partido argumentou que a norma prevê que o candidato condenado pela falta de prestação de contas pode ficar impedido de obter a certidão de quitação eleitoral, documento que impede o registro de candidaturas.

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Sem previsão

Dessa forma, segundo o partido, o TSE criou uma punição que não está prevista em lei.

"As razões acima apontadas evidenciam com clareza solar que se está diante de uma situação de flagrante inconstitucionalidade com a aptidão de impedir o exercício do direito de ser votado, que é um direito fundamental atrelado à cidadania", argumentou o PT.

Apesar dos argumentos apresentados pela legenda, STF fixou que a regra do TSE foi emitida no âmbito das competências e não caracteriza nova hipótese de inelegibilidade.

"A previsão de impedimento de obtenção de certidão de quitação eleitoral até o fim da legislatura nos casos de contas julgadas como não prestadas não configura nova hipótese de inelegibilidade e insere-se o poder regulamentar da Justiça Eleitoral", definiu o STF.

segunda-feira, 19 de maio de 2025

Agência Brasil: STF inicia depoimentos de testemunhas da trama golpista

 

Desta segunda (19) ao dia 2 de junho serão ouvidas 82 pessoas
André Richter - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 19/05/2025 - 08:05
Brasília
Palácio do Supremo Tribunal Federal na Praça dos Três poderes em Brasília
© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta segunda-feira (19), às 15h, a fase dos depoimentos de testemunhas de acusação e defesa dos réus do núcleo 1 da trama golpista, formado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). 

Entre os dias 19 de maio e 2 de junho serão ouvidas 82 testemunhas indicadas pela procuradoria, que faz a acusação, e pelas defesas dos acusados. Os depoimentos vão ocorrer por videoconferência e serão tomados simultaneamente para evitar a combinação de versões entre os depoentes. 

Ao longo dos dias previstos para as oitivas, serão colhidos os depoimentos do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas,  deputados e senadores aliados de Bolsonaro e do general de Exército Freire Gomes, que teria ameaçado prender o ex-presidente após ele sugerir, durante uma reunião, a adesão ao golpe. 

Os depoimentos serão comandados por um juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, e não poderão ser gravados pela imprensa e pelos advogados que vão acompanhar as audiências. 

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Após os depoimentos das testemunhas, Bolsonaro e os demais réus serão convocados para o interrogatório. A data ainda não foi definida. 

A expectativa é que o julgamento que vai decidir pela condenação ou absolvição do ex-presidente e dos demais réus ocorra neste ano. Eles respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Em caso de condenação, as penas podem passar de 30 anos de prisão.

Confira os principais depoimentos previstos: 

Dia 19/5 

Ibaneis Rocha - governador do Distrito Federal. Ele vai prestar depoimento como testemunha de defesa indicada pelo ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres. Ibaneis foi afastado do cargo após os atos golpistas de 8 de janeiro e i investigado em inquérito aberto pelo STF.  Em março deste ano, a investigação contra o governador foi arquivada porque a PGR entendeu que não houve omissão dele na contenção da manifestação golpista. 

General Marco Antônio Freire Gomes - comandante do Exército no governo de Jair Bolsonaro, o militar não aderiu à tentativa golpista e, de acordo com as investigações, teria ameaçado dar voz de prisão ao ex-presidente após receber a sugestão para que as tropas aderissem à trama golpista.

Eder Lindsay Magalhães Balbino - dono de uma empresa de tecnologia da informação que teria ajudado o PL, partido de Bolsonaro, na produção de um estudo para alegar fraudes nas urnas eletrônicas;

Clebson Ferreira de Paula Vieira - servidor que trabalhou no Ministério da Justiça durante a gestão de Anderson Torres e teria presenciado a solicitação de relatórios de inteligência para embasar as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) a fim de barrar o deslocamento de eleitores do Nordeste no segundo turno do pleito presidencial de 2022. 

Adiel Pereira Alcântara - ex-coordenador de inteligência da PRF.

Outros depoimentos que serão destaque: 

Dia 21/5

Tenente-brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Júnior - Comandante da Força Aérea Brasileira (FAB) em 2022, o militar também teria presenciado Bolsonaro sugerir a adesão das Forças Armadas ao golpe.

Dia 23/5

Senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) -  o parlamentar foi indicado como testemunha de defesa de Bolsonaro, do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno, do general Braga Netto e do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira.

Almirante Marcos Sampaio Olsen - atual comandante da Marinha, o militar foi arrolado pela defesa do almirante Almir Garnier, que chefiou a força durante o governo Bolsonaro e teria aceitado aderir à tentativa de golpe.

Dia 26/5 - Marcelo Queiroga - O ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro foi indicado como testemunha de defesa de Braga Netto.

Dia 29/5 - Paulo Guedes e Adolfo Sachsida - O ex-ministro da Economia e o ex-ministro de Minas e Energia de Bolsonaro vão depor na condição de testemunhas de Anderson Torres.

Dia 30/5 - Os senadores Ciro Nogueira (PP-PI), Espiridião Amim (PP-SC), Eduardo Girão (NOVO-CE), os deputados federais Sanderson (PL-RS) e Eduardo Pazuello, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, serão ouvidos como testemunhas de Bolsonaro.

No mesmo dia, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, também será ouvido como testemunha de defesa do ex-presidente.

Dia 2/6 - O senador Rogério Marinho prestará depoimento como testemunha de Braga Netto. 

Núcleo 1

Os oito réus compõem o chamado “núcleo crucial” do golpe, o núcleo 1, e tiveram a denúncia aceita por unanimidade pela Primeira Turma do STF em 26 de março. São eles:

Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;

Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das eleições de 2022;

general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;

Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;

Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;

Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;

Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

segunda-feira, 12 de maio de 2025

Agência Brasil: Taxa de homicídio cai, mas violência matou 45,7 mil no Brasil em 2023

 


No ano de 2023, a violência matou 45.747 pessoas no Brasil, uma média de 125 mortes por dia. O número, entretanto, registra uma pequena redução em relação ao ano anterior quando foram contabilizadas 46.409 mortes violentas. 

O dado faz parte do Atlas da Violência 2025, divulgado nesta segunda-feira (12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao governo federal, e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), uma organização sem fins lucrativos.

O estudo faz comparativos desde 2013, quando o número de mortes chegou a 57.396. Ou seja, de lá para cá, houve redução de 20,3% na quantidade de homicídios. 

O ano com mais casos foi 2017, com 65.602 homicídios. O menor, 2019, registrou 45.503 mortes. Na comparação com o ano que registrou mais casos, a queda em 2023 é de aproximadamente 30%.

Os dados do Atlas da Violência são coletados de fontes oficiais, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela contagem da população, e o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.

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Como a população brasileira aumentou ao longo dos últimos anos, uma forma de saber como se comporta a proporção de homicídios no país é por meio da taxa de homicídios registrados por 100 mil habitantes. 

Esse indicador revela que em 2023 foram 21,2 homicídios por 100 mil habitantes, a menor taxa já registrada no estudo, coordenado pelo pesquisador Daniel Cerqueira, do Ipea, e pela diretora executiva do FBSP, Samira Bueno.

Em 2022, a taxa era 21,7 homicídios por 100 mil habitantes – redução de 2,3% na taxa de um ano para o outro. O pico foi em 2017, quando alcançou 31,8 registros.
 

NÚMERO DE HOMICÍDIOS NO BRASIL
2013: 57.396 2019: 45.503
2014: 60.474 2020: 49.868
2015: 59.080 2021: 47.847
2016: 62.517 2022: 46.409
2017: 65.602 2023: 45.742
2018: 57.956  
TAXA DE HOMICÍDIOS POR 100 MIL HABITANTES
2013: 28,8 2019: 21,7
2014: 30,1 2020: 23,6
2015: 29,1 2021: 22,5
2016: 30,6 2022: 21,7
2017: 31,8 2023: 21,2
2018: 27,9  

Motivos para a queda

Apesar de o estudo trazer comparações a partir de 2013, o pesquisador Daniel Cerqueira afirmou à Agência Brasil que a redução na taxa de homicídios vai além desse período.

“Apesar do número exorbitante de mortes, trata-se da menor taxa de homicídios que o Brasil atingiu nos últimos 31 anos”, pontua.

Segundo ele, dois fatores principais explicam essa tendência decrescente. Um deles é o envelhecimento da população, uma vez que jovens são mais associados à violência.

“O que nós sabemos das evidências científicas é que um ator importante, seja como vítima, seja como o perpetrador nesse drama da violência é o jovem. Quando a população envelhece, isso provoca uma maré a favor de redução de homicídios”.

Revolução invisível

O outro fator, destaca Cerqueira, é uma “revolução invisível”, que pode ser explicada por uma mudança nas políticas públicas de segurança, em que a atuação das polícias conta com mais qualificação e inteligência.

Ele aponta que tem havido uma troca da “segurança pública baseada simplesmente no policiamento ostensivo para uma política baseada em planejamento, em dados, em ciência”.

“Uma polícia inteligente em vez da polícia da brutalidade”, completa. Cerqueira avalia que a qualificação do trabalho policial permite identificar e prender os criminosos.

O coordenador do estudo percebe ainda que há “políticas multissetoriais de prevenção social para disputar cada jovem naquelas favelas, disputar com o crime organizado e desorganizado”.

Estados

O Atlas da Violência também apresenta os dados por unidades da federação (UF). Em 2023, 20 estados apresentaram taxa de homicídio por 100 mil habitantes superior à média nacional, com destaque negativo para Amapá (57,4), Bahia (43,9) e Pernambuco (38).

Das sete UFs abaixo da média nacional, as menores taxas foram registradas em São Paulo (6,4), Santa Catarina (8,8) e Distrito Federal (11).  

Ao fazer uma análise mais expandida, o documento ressalta que “há pelo menos oito anos, nada menos que 11 UFs têm conseguido reduzir sistematicamente a taxa de homicídios”.

São eles Pará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba e São Paulo.

Na ponta contrária, nos últimos 11 anos o aumento das mortes no Amapá foi de 88,2%, mostra o levantamento.

Armas de fogo

O Atlas da Violência revela que 32.749 homicídios foram cometidos por arma de fogo no país. Em 2017, ano mais violento, esse número chegou a 49 mil.

O dado de 2023 equivale a 15,2 mortes por arma de fogo a cada 100 mil habitantes. Representa também que 71,6% das mortes violentas no país foram praticados com esse tipo de armamento.

Amapá (48,3), Bahia (36,6) e Pernambuco (30,8) são os estados com as maiores taxas. Por outro lado, se destacam positivamente São Paulo (3,4), Santa Catarina (4,4), Distrito Federal (5,3) e Minas Gerais (8,3).

O relatório aponta fragilidades na fiscalização de armas no país e afirma que “quanto maior a circulação e a prevalência de armas de fogo, maior tende a ser a taxa de homicídios”.

Homicídios ocultos

Os pesquisadores do Ipea e do FBSP chamam de “homicídios ocultos” os casos de violência que não foram adequadamente identificados pelos sistemas oficiais. Por meio de modelos matemáticos, eles chegam a uma taxa estimada de homicídios.

“No período compreendido entre 2013 e 2023, identificamos a ocorrência de 51.608 homicídios ocultos no Brasil, que passaram ao largo das estatísticas oficiais de violência no país, uma média anual de 4.692 homicídios que deixaram de ser contabilizados”, diz o texto.

Com o acréscimo desses dados, a taxa estimada de homicídios no país chega a 23 casos por 100 mil habitantes. Assim como a taxa de casos efetivamente registrados, trata-se também da menor desde 2013. 

O ponto mais alto ocorreu em 2017, com 33,6 casos por 100 mil habitantes. Em 2022, o indicador marcou 24,5.

O Atlas da Violência nota que a inclusão dos homicídios ocultos faz mudar significativamente os indicadores dos estados.

São Paulo é o caso mais extremo: em 2023, o estado deixou de registrar 2.277 homicídios. Dessa forma, enquanto a taxa de homicídios registrados era de 6,4 para cada 100 mil habitantes, a estimada naquele ano era de 11,2.

“Com isso, o estado de São Paulo deixa de ser a UF menos violenta da nação, passando para a segunda posição, atrás de Santa Catarina [9 estimados por 100 mil habitantes]”, frisa o documento.

 
Fonte:  https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2025-05/taxa-de-homicidio-cai-mas-violencia-matou-457-mil-no-brasil-em-2023

Reporter Ceará: Assembleia Legislativa atualiza limites territoriais de cinco municípios cearenses - Repórter Ceará - O seu jornalismo de todos os dias.




Foto: Divulgação/Aprece


A Assembleia Legislativa do Estado Ceará (Alece) aprovou, durante a sessão plenária deliberativa da última quinta-feira, 8, o projeto de lei nº 351/25, de autoria da Mesa Diretora da Alece, que visa atualizar as linhas divisórias de cinco municípios. O PL promove alterações na Lei Estadual nº 16.821/2019, que define os limites intermunicipais no Ceará. As modificações aprovadas em Plenário abrangem as fronteiras dos municípios de Itapipoca, Tururu, Uruburetama, Monsenhor Tabosa e Tamboril.

A proposição aprovada pelos deputados é resultado do trabalho iniciado em fevereiro deste ano pelo Comitê de Estudos de Limites e Divisas Territoriais da Alece (Celditec) junto com o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e as prefeituras dos municípios impactados.

O coordenador do comitê, Luiz Carlos Mourão, esclarece que as administrações municipais pleitearam a atualização dos limites. Ele explica que o trabalho foi iniciado com o Ipece para identificar as comunidades, os equipamentos públicos que existem nos locais e o sentimento de pertencimento dessas comunidades. “Realizamos o trabalho de campo, onde fizemos uma pesquisa socioeconômica com a comunidade”, informa.

Depois de ouvir as comunidades e, havendo a concordância entre os gestores municipais, “foi traçada uma nova linha divisória, levando em consideração os equipamentos instalados e mantidos por cada município, além do sentimento de pertencimento dos moradores”, pontuou o coordenador do Celditec.

Luiz Carlos Mourão comenta ainda que o processo de alteração das limites envolve também as prefeituras. “Fazemos um termo de ajuste de limites que é assinado pelos prefeitos. Depois, apresentamos um projeto de lei ao presidente da Mesa Diretora da Alece”, detalha.

O coordenador do Celditec ressalta que “com os ajustes realizados, nenhum município perdeu recursos financeiros. As pessoas que moravam ao lado da linha limite, que muitas vezes não tinham acesso a políticas, ganharam esse acesso e agora sabem a qual município devem recorrer quando necessitar. Devolvemos a cidadania a essas populações”, avalia.

Após a aprovação em plenário, o projeto de lei segue para avaliação do chefe do Poder Executivo, governador Elmano de Freitas (PT), que poderá sancionar ou vetar a proposição. Se for sancionado, o projeto torna-se lei e é publicado no Diário Oficial do Estado (DOE).

 
Fonte:  https://reporterceara.com.br/2025/05/10/assembleia-legislativa-atualiza-limites-territoriais-de-cinco-municipios-cearenses/

quarta-feira, 7 de maio de 2025

Sputnik Brasil: STF aceita denúncia de 7 acusados de integrar 'núcleo de desinformação' da trama do golpe de Estado

 18:31 06.05.2025

 O ministro Alexandre de Moraes durante sessão do STF. Brasília (DF), 5 de dezembro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 06.05.2025

O Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou por maioria, nesta terça-feira (6), a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra sete pessoas por propagar notícias falsas sobre o processo eleitoral e realizar ataques virtuais a instituições e autoridades públicas.
O relator, ministro Alexandre de Moraes, votou por tornar réus os acusados do chamado Núcleo 4, e foi seguido até agora pelos ministros Flávio Dino e Luiz Fux. Faltam os votos de Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, que compõem a Primeira Turma da Corte.
Esse núcleo é formado por cinco militares da ativa e da reserva, um agente da Polícia Federal e o presidente do Instituto Voto Legal. São eles: o ex-major do Exército Ailton Barros, o sargento Giancarlo Rodrigues, o policial federal Marcelo Bormevet, o coronel Reginaldo Vieira de Abreu, o tenente-coronel Guilherme Marques Almeida, o major da reserva Angelo Denicoli e o engenheiro Carlos Rocha.
Eles foram denunciados pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Apresentação de vídeo mostrou atuação de manifestantes durante a invasão da sede dos Três Poderes. Brasília, 8 de janeiro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 05.05.2025
Notícias do Brasil
Presidentes do Senado e da Câmara negociam com STF novo projeto de Anistia; oposição contesta
Já o segundo que "gerenciava" as ações, é composto por pessoas o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques. Ainda serão analisadas as denúncias contra os núcleos 3 e 5.
 
Fonte: https://noticiabrasil.net.br/20250506/stf-aceita-denuncia-de-7-acusados-de-integrar-nucleo-de-desinformacao-da-trama-de-golpe-de-estado-39412039.html

Brasil247: Câmara aprova aumento de deputados federais para 531

 Proposta amplia bancadas em nove estados e evita redução em outros

Deputados aprovaram o projeto na sessão do Plenário desta terça-feira. 6 de maio Fonte: Agência Câmara de Notícias (Foto: Bruno Spada/Ag. Câmara )
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247 - Em meio a um debate acalorado sobre representatividade e equilíbrio federativo, a Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta terça-feira (6), projeto de lei complementar que aumenta o número de parlamentares federais de 513 para 531 a partir da legislatura de 2027. A informação é da Agência Câmara de Notícias.

O substitutivo do deputado Damião Feliciano (União-PB) ao Projeto de Lei Complementar 177/23, de autoria da deputada Dani Cunha (União-RJ), foi aprovado com o objetivo de adequar a representação política à nova realidade populacional brasileira, revelada pelo Censo de 2022. A proposta, no entanto, opta por preservar as bancadas dos estados que perderiam vagas, contrariando os critérios definidos anteriormente na Lei Complementar 78/93 e em recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Estamos a falar de um acréscimo modesto de 3,5%, enquanto a população nos últimos 40 anos cresceu mais de 40%”, justificou Feliciano. Para ele, uma redução de cadeiras em determinadas regiões causaria perda de recursos federais e agravamento das desigualdades entre os estados. “Perder cadeiras significa perder peso político na correlação federativa e, portanto, perder recursos”, argumentou.

A decisão do STF, em agosto de 2023, determinava que o Congresso atualizasse a distribuição das vagas conforme os dados do último censo, sob pena de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fazê-lo diretamente. O Pará, que ingressou com a ação, alegava ter direito a mais quatro deputados desde 2010. A proposta da Câmara, ao ampliar o número total de cadeiras, dribla a redistribuição imposta pela Corte e mantém intactas as bancadas de sete estados que, pela regra anterior, perderiam vagas — entre eles, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul.

Com a aprovação do texto, o impacto orçamentário estimado é de R$ 64,8 milhões anuais, a partir de 2027. Além dos salários, os novos deputados também passarão a indicar emendas parlamentares no Orçamento da União, ampliando o poder de influência política de suas bases.

O projeto ainda repercute nas assembleias legislativas estaduais, já que o número de deputados estaduais deve respeitar proporção estabelecida na Constituição: o triplo da bancada federal, com uma trava mínima de 24 e máxima de 94 deputados. Isso significa que estados como Amazonas, que passa de 8 para 10 deputados federais, terão sua assembleia ampliada de 24 para 30 cadeiras.

Entre os estados beneficiados com mais vagas estão Pará (+4), Santa Catarina (+4), Amazonas (+2), Ceará (+1), Goiás (+1), Minas Gerais (+1), Paraná (+1), Rio Grande do Norte (+2) e Mato Grosso (+2), neste último caso por razões de proporcionalidade. O relator fez um ajuste específico comparando a população de Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Piauí, concluindo que os dois primeiros não poderiam ter menos representantes que o último, de menor população.

Para futuras revisões, o texto aprovado estabelece que a definição do número de deputados por estado deverá se basear em um sistema de quociente populacional, semelhante ao adotado nas eleições proporcionais, respeitando os limites mínimos e máximos já fixados pela Constituição: entre 8 e 70 deputados por unidade da Federação.

A matéria segue agora para análise do Senado Federal.

Fonte:  https://www.brasil247.com/poder/camara-aprova-aumento-de-deputados-federais-para-531-ygs2k47a

domingo, 4 de maio de 2025

Os 60 anos da Globo segundo o Fernando Morais

Grifo meu: Matéria Colocada por Valdeci Vasconcelos no Grupo PT Sobral do WhatsApp, gostei e resolvi partilhar com vocês

1960-1970 (Gênese da Globo e apoio ao regime militar)

 1.⁠ ⁠Firmou um acordo ilegal com o grupo Time-Life (1962–67)

 2.⁠ ⁠Apoiou o golpe militar de 1964

 3.⁠ ⁠Silenciou sobre a repressão no regime militar

 4.⁠ ⁠Divulgou propaganda favorável ao AI-5 em 1968

 5.⁠ ⁠Censurou jornalistas e políticos críticos à ditadura

 6.⁠ ⁠Minimizou a importância da Passeata dos Cem Mil (1968)

 7.⁠ ⁠Endossou o slogan "Brasil: Ame-o ou Deixe-o" (1970)

 8.⁠ ⁠Promoveu o Milagre Econômico, ignorando a desigualdade

 9.⁠ ⁠Ocultou mortes causadas por tortura nos anos de chumbo

10.⁠ ⁠Excluiu opositores da cobertura política durante a ditadura

11.⁠ ⁠Omitiu informações sobre corrupção nas grandes obras da ditadura

12.⁠ ⁠Consolidou um controle monopolista sobre o mercado de TV

1980-1990 (Ditadura e transição para a democracia)

13.⁠ ⁠Desconsiderou os primeiros comícios das Diretas Já (1984)

14.⁠ ⁠Blindou a eleição indireta de Tancredo Neves

15.⁠ ⁠Manipulou pesquisas Proconsult para prejudicar Brizola

16.⁠ ⁠Boicotou o governo Leonel Brizola e suas obras sociais

17.⁠ ⁠Endossou os primeiros planos econômicos do governo José Sarney contra a hiperinflação

18.⁠ ⁠Apoiou maciçamente a candidatura de Fernando Collor e criminalizou os líderes populares como Brizola e Lula

19.⁠ ⁠Manipulou a cobertura do debate eleitoral Lula x Collor (1989) no Jornal Nacional

1990-2000 (Redemocratização e ascensão neoliberal)

20.⁠ ⁠Defendeu o confisco da poupança no Plano Collor

21.⁠ ⁠Promoveu a abertura indiscriminada da economia brasileira

22.⁠ ⁠Escondeu escândalos durante o governo Collor até o impeachment

23.⁠ ⁠Veiculou o caso Escola Base (1994) sem verificar informações

24.⁠ ⁠Exaltou o Plano Real sem questioná-lo (1994)

25.⁠ ⁠Blindou as privatizações de FHC
 
26.⁠ ⁠Defendeu os bancos e o Proer durante a crise financeira

27.⁠ ⁠Apresentou apoio velado à Reforma da Previdência neoliberal de FHC

28.⁠ ⁠Ignorou o movimento "Fora FHC" no final dos anos 1990

29.⁠ ⁠Aceitou a emenda da reeleição de FHC e omitiu críticas ao câmbio artificial

30.⁠ ⁠Escondeu greves e protestos sociais durante os anos 90

31.⁠ ⁠Ignorou denúncias sobre trabalho escravo no campo

32.⁠ ⁠Criminalizou sistematicamente movimentos sociais

2000-2010 (Oposição ao governo Lula)

33.⁠ ⁠Liderou uma campanha contra Lula nas eleições de 2002

34.⁠ ⁠Estigmatizou o MST e outros movimentos sociais

35.⁠ ⁠Distorceu a cobertura do "mensalão" (2005)

36.⁠ ⁠Perseguiu figuras históricas do PT, como José Dirceu, José Genoíno, entre outros

37.⁠ ⁠Favoreceu candidatos tucanos nas campanhas de 2006 e 2010

2010-2025 (Impeachment da Dilma e ascensão da extrema direita)

38.⁠ ⁠Rotulou manifestantes de 2013 como "vândalos"

39.⁠ ⁠Apoiou Aécio Neves à candidatura presidencial

40.⁠ ⁠Exaltou misoginia contra Dilma Rousseff durante a posse presidencial

41.⁠ ⁠Reforçou a narrativa favorável ao impeachment de Dilma Rousseff

42.⁠ ⁠Deu apoio irrestrito à operação Lava Jato

43.⁠ ⁠Divulgou os vazamentos seletivos da Lava Jato

44.⁠ ⁠Fortaleceu a narrativa anti-PT e criminalização do partido

45.⁠ ⁠Tratou o juiz Sergio Moro como um herói, ignorando sua parcialidade

46.⁠ ⁠Deu amplo espaço ao PowerPoint de Dallagnol

47.⁠ ⁠Chamou a tragédia de Brumadinho de "acidente"

48.⁠ ⁠Vazou conversa gravada ilegalmente entre Dilma Rousseff e Lula

49.⁠ ⁠Apoiou indiscriminadamente a prisão de Lula, que o excluiu da eleição de 2018

50.⁠ ⁠Ignorou o conluio entre Moro e Dallagnol e a Vaza Jato

51.⁠ ⁠Defendeu a Reforma Trabalhista e da Previdência de Temer

52.⁠ ⁠Endossou a entrega do pré-sal ao capital estrangeiro

53.⁠ ⁠Se aproximou oportunisticamente de Bolsonaro

54.⁠ ⁠Fez apologia ao agronegócio e ignorou sua destruição ambiental

55.⁠ ⁠Omitiu informações sobre as fake news nas eleições de 2018

56.⁠ ⁠Deu espaço a discursos antivacina e negacionistas

57.⁠ ⁠Continuou contratos publicitários com governos investigados

58.⁠ ⁠Apoiou a venda de estatais, como a Eletrobras, BR Distribuidora e refinarias

59.⁠ ⁠Fez campanha pelo Banco Central independente

60.⁠ ⁠Nunca fez uma autocrítica verdadeira sobre seu monopólio midiático

Reporter Ceará: PF aponta que sete associações com acordos com o INSS tinham dirigentes que atuavam como laranjas para empresários


As associações faturaram R$ 1,7 bilhão em acordos de cooperação técnica com o INSS


Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal identificou que pelo menos sete associações, que firmaram acordos de cooperação técnica com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), faturaram R$ 1,7 bilhão. Segundo as investigações, os dirigentes dessas entidades seriam, na verdade, laranjas de empresários que lucram com descontos indevidos aplicados sobre aposentadorias. A informação é do portal Metrópoles.

O levantamento integra a Operação Sem Desconto, deflagrada no último dia 23 de abril pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pela Polícia Federal. A operação apura um esquema de fraudes que pode ter causado um prejuízo de R$ 6,3 bilhões ao INSS.

Entre os dirigentes dessas sete associações, a PF identificou beneficiários do programa Bolsa Família, aposentados com quase 90 anos e renda familiar de R$ 1,3 mil, parentes de envolvidos e até uma faxineira de uma empresa que recebeu milhões de reais dessas entidades.

Os aposentados que figuram como dirigentes formais teriam assinado procurações permitindo que empresários atuassem em nome das associações. Há ainda suspeitas de que parte dessas entidades tenha pago propina a servidores do INSS.

 
Fonte:  https://reporterceara.com.br/2025/05/02/pf-aponta-que-sete-associacoes-com-acordos-com-o-inss-tinham-dirigentes-que-atuavam-como-laranjas-para-empresarios/

domingo, 27 de abril de 2025

Brasil247: Marcelo Auler: “Escândalo no INSS começou no governo Bolsonaro”

 

Jornalista afirma que rombo de R$ 6,3 bilhões em descontos indevidos em aposentadorias teve origem na gestão anterior e defende apuração rigorosa

(Foto: Divulgação | Reuters)
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247 - Em entrevista ao programa Bom Dia 247, o jornalista Marcelo Auler afirmou que o esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS, estimado em R$ 6,3 bilhões, teve início ainda no governo Jair Bolsonaro. Auler enfatizou que a operação conduzida pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU) não tem motivação política contra a atual gestão federal, mas responde a um problema estrutural que se arrasta desde 2019.

“Eu acho que o governo está dando uma dentro. Este escândalo do INSS precisa ser apurado, e não é um golpe contra o governo. Não foi dinheiro do governo que foi roubado dessa vez, foi dinheiro do aposentado”, declarou Auler.

Segundo o jornalista, os indícios de irregularidade vieram à tona a partir de uma investigação interna da CGU, iniciada após detectar um aumento anormal nos descontos aplicados a beneficiários do INSS. Auler relatou que uma pesquisa da CGU ouviu 1.224 beneficiários e constatou que “97,6% deles informaram não autorizar os descontos”. Ainda conforme o jornalista, “1.221 disseram: ‘Eu não sou de associação nenhuma e tô sendo descontado’”.

A operação mobilizou cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU. Foram cumpridos 211 mandados judiciais de busca e apreensão, além de seis mandados de prisão temporária. Também houve o afastamento de seis servidores públicos e o bloqueio de bens que ultrapassam R$ 1 bilhão. Para Auler, “essa é a principal diferença da Lava Jato: você não tem um só juiz. São inquéritos de delegados diferentes, de estados diferentes, que são relatados a procuradores da República diferentes, que encaminham aos juízes diferentes”.

Durante a entrevista, o jornalista destacou que a operação se diferencia por sua base institucional. “Ela começa quando a CGU nota que há um crescimento inexplicável desses descontos e começa a investigar”, frisou. A investigação posterior da Polícia Federal teve como ponto de partida os dados consolidados pela CGU.

Marcelo Auler também comentou a atuação do governo Lula diante do escândalo. Ele defendeu a postura da atual administração, que, segundo ele, “acertou no discurso e na operação feita em conjunto CGU, Polícia Federal e a inteligência do INSS”. Porém, criticou a tentativa do ministro da Previdência, Carlos Lupi, de amenizar a situação do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que acabou sendo exonerado. “O Lupi errou ontem quando entra na entrevista aliviando o presidente do INSS. Como é que esse cara não viu isso, se já pipocavam matérias na imprensa desde o ano passado?”, questionou.

Para Auler, o caso revela um problema de fiscalização e responsabilidade administrativa. “O servidor público foi corrompido para facilitar essa sacanagem. O rombo não é no governo, infelizmente, é no bolso dos aposentados”, ressaltou. Ele ainda afirmou que, embora parte dos descontos possa ter sido legal, “ainda que fossem apenas 100 mil reais descontados de aposentados, merece uma apuração séria”.

Auler ainda fez referência à atuação do presidente Lula, lembrando que foi ele quem determinou a exoneração do presidente do INSS. “Foi por isso que o Lula mandou demiti-lo no meio da tarde, e quem demitiu foi a ministra substituta da Casa Civil”, explicou.

Finalizando sua análise, Auler apontou a tentativa da direita de capitalizar politicamente o escândalo. “Vão falar mal do governo Lula? Azar de quem fala mal, porque vai se dar mal. O governo Lula vai esclarecer isso tudo”, concluiu. 

Fonte: https://www.brasil247.com/entrevistas/marcelo-auler-escandalo-no-inss-comecou-no-governo-bolsonaro

Agência Brasil: Dino quer que Congresso informe como vai identificar autor de emendas


Impasse para a liberação das emendas começou em dezembro de 2022
André Richter - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 25/04/2025 - 18:43
Brasília
Brasília (DF) 25/03/2025 - Ministro Flávio Dino - O Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar, o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete denunciados pela trama golpista vão se tornar réus na ação.
O caso será julgado pela Primeira Turma da Corte, colegiado formado por cinco dos 11 ministros que compõem o tribunal. 
Foto: Antonio Augusto/STF
© Antonio Augusto/STF
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu prazo de 10 dias para a Câmara dos Deputados e o Senado informarem como vão fazer o registro dos parlamentares autores de emendas de comissão e de bancada ao Orçamento da União.

A decisão do ministro foi proferida nesta sexta-feira (25) no âmbito do processo que determinou medidas de transparência e rastreamento das emendas.

Para o ministro, são necessárias mais informações sobre o registro dos pagamentos, após falhas apontadas pelo Instituto Não Aceito Corrupção, a Associação Contas Abertas e a Transparência Brasil no formulário que deve ser usado pelo Congresso para fazer os registros, conforme a Resolução 001/2025.

"Os anexos II e VII não possuem campo próprio para a identificação do parlamentar proponente das alterações, comprometendo a transparência e a rastreabilidade", apontou o ministro.

Em fevereiro, Flávio Dino homologou o plano de trabalho no qual o Congresso se comprometeu a identificar os deputados e senadores responsáveis pelas emendas, liberando o pagamento das emendas.

Pelo plano da Câmara e do Senado, a partir do exercício financeiro deste ano não será mais possível empenhar emendas sem a identificação de parlamentar que fez a indicação da emenda e da entidade que vai receber os recursos.

O impasse sobre a liberação das emendas começou em dezembro de 2022, quando o STF entendeu que as emendas RP9, de relator, eram inconstitucionais. Após a decisão, o Congresso Nacional aprovou uma resolução que mudou as regras de distribuição dos recursos para cumprir a determinação da Corte.

 

quinta-feira, 24 de abril de 2025

Agência Brasil: Cinco dirigentes do INSS são afastados por suspeita de irregularidades


Afastamento cautelar também atingiu um policial federal
Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil*
Publicado em 23/04/2025 - 17:59
Brasília
Brasília (DF), 23/04/2025 - O Diretor Geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinicius Marques de Carvalho, e o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, durante entrevista coletiva a respeito da Operação Sem Desconto. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
© Antonio Cruz/Agência Brasil
A Justiça Federal determinou o afastamento cautelar de cinco dos principais dirigentes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 

Além do presidente da autarquia, vinculada ao Ministério da Previdência Social, Alessandro Stefanutto, foram afastados de suas funções:

  • o diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão, Vanderlei Barbosa dos Santos;
  • o procurador-geral junto ao INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho;
  • o coordenador-geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente, Giovani Batista Fassarella Spiecker, e
  • o coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios, Jucimar Fonseca da Silva.

A determinação ocorreu após investigações da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal (PF) indicarem suspeitas de um esquema de descontos não autorizados nos benefícios de aposentados e pensionistas. O cálculo é que entidades investigadas tenham descontado  cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. 

Procurador federal, Stefanutto ficou à frente da Procuradoria-Federal Especializada junto ao INSS de 2011 a 2017. Em 11 de julho de 2023, assumiu a presidência da autarquia por indicação do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, que hoje o ministro defendeu o direito de todos os investigados à presunção de inocência.

“Queremos punir exemplarmente qualquer cidadão que tenha cometido erros e crimes […] mas todo mundo é inocente até que se prove o contrário”, disse Lupi, durante entrevista coletiva da qual também participaram os ministros da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e da CGU, Vinicius de Carvalho, além do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.

“A indicação do doutor Stefanutto é de minha inteira responsabilidade”, acrescentou Lupi, pela manhã. “Ele é procurador da República, um servidor que, até o momento, tem nos dado demonstração de ser exemplar […] Se o processo [investigação] está em curso, não sou eu que tenho que concluí-lo. Não posso tomar nenhum tipo de decisão antes do fim da apuração […] Vamos esperar pelo resultado, garantindo o amplo direito de defesa. Até para não colocarmos estas pessoas em uma fogueira”, comentou o ministro da Previdência.

Poucas horas depois, o Palácio do Planalto confirmou a demissão de Stefanutto.

Policial

Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, um policial federal também foi afastado cautelarmente. “Ele atuava em São Paulo e teve atuação vinculada a esse grupo criminoso, prestando algum tipo de suporte para o grupo”, afirmou Rodrigues.

“[O agente federal] se aproveitou do cargo para cometer atos criminosos. Ele foi objeto de buscas, e nós mesmos [da PF] solicitamos seu afastamento”, acrescentou Rodrigues.

Ele detalhou ainda que, a pedido dos investigadores, a Justiça Federal determinou o afastamento cautelar dos seis servidores públicos e autorizou o cumprimento de 211 mandados de busca e apreensão e de seis prisões temporárias, além do sequestro de bens dos investigados que, juntos, totalizam mais de R$ 1 bilhão.

Segundo Rodrigues, a deflagração da chamada Operação Sem Desconto, nesta manhã, é apenas um passo importante, porém, inicial, em uma investigação que está só começando. “Esta é uma investigação complexa que está no seu começo e que, certamente, vai ter desdobramentos”, reforçou Vinicius de Carvalho, da CGU.

De acordo com a PF e a CGU, organizações da sociedade civil são suspeitas de descontar, ilegalmente, de aposentados e pensionistas, e com autorização do INSS, as chamadas mensalidades associativas – uma contribuição que aposentados, pensionistas ou pessoas de uma determinada categoria profissional pagam, periodicamente, para fazer parte de uma associação, sindicato ou entidade de classe sem fins lucrativos que represente os interesses de seus membros do Regime Geral da Previdência Social (RGP.

Informações fornecidas pelas autoridades durante a coletiva desta quarta-feira indicam que, desde 2016, o montante obtido por meio de descontos associativos – autorizados ou não – cresceu ano após ano. Em 2016, foram R$ 413 milhões; em 2017, R$ 460 milhões; em 2018, R$ 617 milhões e, em 2019, R$ 604 milhões. Em 2020, em meio à pandemia de covid-19, o valor caiu para R$ 510 milhões. Em 2021, foram descontados R$ 536 milhões. Em 2022, R$ 706 milhões. Em 2023, R$ 1,2 bilhão. E, no ano passado, R$ 2,8 bilhões.

“Mas seria precipitado dizer que todo esse montante é ilegal; que 100% dos aposentados [que pagam o desconto associativo] tiveram seus consentimentos fraudados. Só na amostra que a CGU fez, com 1,3 mil benefícios, deu 97% [de fraudes], com as pessoas dizendo não estar de acordo, não saber ou não ter autorizado o desconto”, completou o ministro da CGU.

Para o ministro da Justiça e Segurança Pública, os investigadores agora tentarão descobrir qual o grau de envolvimento de cada um dos investigados com o suposto esquema. Se ficar provada a participação, eles poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais.

“Ainda vamos identificar o modus operandi de cada um dos agentes envolvidos, algo que não está muito claro. O que temos é um afastamento cautelar, determinado pela Justiça, de determinados servidores do INSS, sobretudo da cúpula do instituto”, concluiu Lewandowski.

*Texto alterado às 19h07 para correção. O nome do coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios é Jucimar Fonseca da Silva, e não Jacimar.

 

Agência Brasil: Operação investiga tráfico internacional de uma tonelada de remédios

 

Ação envolve cerca de 100 policiais federais e fiscais da Anvisa
Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 24/04/2025 - 08:08
Brasília
Brasília- DF - 24/04/2025 - A Polícia Federal, com apoio da ANVISA, deflagrou na manhã desta quinta-feira (24/4) a Operação Dose Clandestina, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso. Foto: Polícia Federal/Divulgação
© Polícia Federal/divulgação
A Polícia Federal (PF), com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), deflagrou na manhã desta quinta-feira (24) a Operação Dose Clandestina. 

O objetivo é desarticular um grupo responsável pela aquisição fraudulenta e envio ilegal ao exterior de medicamentos.

Em nota, a PF informou que cerca de 100 policiais federais e fiscais da Anvisa cumpriram um total de 25 mandados, entre busca e apreensão e medidas cautelares, nos seguintes estados: Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná e São Paulo.

“As investigações revelaram a existência de dois núcleos estruturados, sendo um no Brasil e outro no exterior, destinado à aquisição de remédios de forma fraudulenta, inclusive com falsificação de receitas e remessa para o exterior simulando uso pessoal”, informou a corporação.

Os investigados, segundo a PF, poderão responder por tráfico de droga.

quarta-feira, 23 de abril de 2025

Giro das Onze Urgente | Megaoperação: PF afasta presidente do INSS

Agência Brasil: Operação da PF investiga descontos irregulares em benefícios do INSS


Entidades decontaram cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024
Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 23/04/2025 - 09:15
Brasília
Brasília (DF), 31/08/2023 - Movimentação no prédio sede da Polícia Federal, que ouve Bolsonaro e mais sete envolvidos no caso da venda de joias. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
© Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram nesta quarta-feira (23) a Operação Sem Desconto para combater um esquema de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. O cálculo é que entidades investigadas tenham descontado de aposentados e pensionistas cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Seis servidores públicos foram afastados de suas funções.

Cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU cumprem 211 mandados judiciais de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária nos seguintes estados: Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe, além do Distrito Federal.

Em nota, a PF informou que as investigações identificaram a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

“Até o momento, as entidades cobraram de aposentados e pensionistas o valor estimado de R$ 6,3 bilhões, no período entre 2019 e 2024”, destacou a corporação. Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais.

segunda-feira, 21 de abril de 2025

domingo, 20 de abril de 2025

Sputnik Brasil: Desembargador que associou Lula ao Comando Vermelho durante as eleições é afastado pelo CNJ


Em decisão publicada nesta sexta-feira (18), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) anunciou o afastamento por 60 dias do desembargador Marcelo Lima Buhatem, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), por uso indevido das redes sociais para publicar mensagens com teor político-partidário.
Segundo o CNJ, em março de 2023, Buhatem usou as redes sociais para questionar a integridade do sistema eleitoral e do Judiciário brasileiro. As postagens, de acordo com o órgão, "incentivaram a desconfiança pública em relação à transparência das eleições".
Além das publicações, o magistrado é acusado de ter paralisado processos sob sua responsabilidade e de não se declarar suspeito em casos envolvendo uma advogada com quem tem relação de parentesco — o que comprometeria sua imparcialidade.
Ainda em 2023, o gabinete de Buhatem foi alvo de fiscalização por ordem do corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão. A medida veio após publicações em que o desembargador criticava o então candidato às eleições de 2022 Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e demonstrava apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Senadora Teresa Leitão (PT-PE) em pronunciamento no Plenário do Senado. - Sputnik Brasil, 1920, 21.10.2024
Notícias do Brasil
'Inconstitucional', dispara senadora de Lula à Sputnik sobre projeto que 'silencia' juízes (VÍDEO)
 
Fonte:  https://noticiabrasil.net.br/20250418/desembargador-que-associou-lula-ao-comando-vermelho-durante-as-eleicoes-e-afastado-pelo-cnj-39230884.html

quinta-feira, 17 de abril de 2025

PF faz MEGA-OPERAÇÃO contra Bolsonaristas por CRlME BILIONÁRIO e Lula fa...

Agência Brasil: São Paulo recebe próximo jogo da seleção pelas Eliminatórias


Brasil enfrenta o Paraguai em 10 de junho na Neo Química Arena
Agência Brasil
Publicado em 16/04/2025 - 20:16
Rio de Janeiro
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A cidade de São Paulo será a sede do próximo compromisso da seleção brasileira em casa pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, anunciou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na noite desta quarta-feira (16). O Brasil medirá forças com o Paraguai no dia 10 de junho, a partir das 21h45 (horário de Brasília), na Neo Química Arena.

“Definimos há pouco o jogo do Brasil contra o Paraguai, no dia 10 de junho, na Neo Química Arena, em São Paulo. O centro de treinamento do Corinthians servirá também como base da preparação da seleção neste período. Vamos contar com uma logística confortável para ir e retornar do Equador”, declarou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

Antes da partida contra o Paraguai, a seleção brasileira mede forças com o Equador no dia 5 de junho em Quito.

A seleção brasileira, que está sem técnico desde a demissão de Dorival Júnior após a derrota de 4 a 1 para a Argentina em seu último compromisso pelas Eliminatórias, ocupa a quarta posição da classificação com 21 pontos, dez a menos que os Hermanos (líderes da tabela), que já garantiram a presença no próximo Mundial de seleções.