quarta-feira, 26 de julho de 2023

Ponto e contra ponto sobre o que acontece na Geopolítica e é noticiado

 por Jacinto Pereira

A imprensa ocidental controlada pelo imperialismo liderado pelos EUA continua batendo na Rússia pela invasão na Ucrânia, mas ninguém fala na invasão de Israel no território palestino e nem da ocupação de grande parte do território sírio pelos EUA, inclusive roubando o petróleo do território ocupado.

A Imprensa comandada pelo império americano continua chamando a Venezuela e Cuba de ditaduras e pressionando os países da região a ficarem do seu lado contra essas nações que são sancionadas pelos EUA a mais de meio século, no entanto apoiam a ditadura na Arábia Saudita sem nunca ter sancionado o país árabe por desrespeito aos Direitos Humanos ou qualquer outra coisa.

Virou moda agora a vinda de autoridades americanas dar pitaco no Governo Lula, seja para apoiar os EUA em sua guerra contra a Rússia, seja para pressionar o Brasil para derrubar o Maduro e colocar um capacho dos interesses econômicos dos EUA, seja para Brasil cuidar só da questão ambiental e esquecer política de desenvolvimento industrial e científico, seja oferecendo satélites de vigilância para a Amazônia onde as informações seriam controlados por eles ou para Brasil se afastar da China e da Rússia.

 

terça-feira, 25 de julho de 2023

PF fará pente-fino nas movimentações financeiras da Lava Jato

 Ainda não há pedido para quebra de sigilo das contas pessoais dos procuradores da Lava Jato ou do ex-juiz parcial Sergio Moro, mas essa possibilidade não está descartada

Sergio Moro e Deltan Dallagnol
Sergio Moro e Deltan Dallagnol (Foto: Marcos Corrêa/PR | Pedro de Oliveira/ALEP

247 - A Polícia Federal iniciará uma investigação detalhada sobre todas as transações realizadas através de contas associadas à Operação Lava Jato, informa Jamil Chade, do UOL. O objetivo principal é rastrear a origem, o destino e os procedimentos utilizados pelos procuradores em transferências que envolvem valores milionários. A iniciativa foi encaminhada pelo gabinete do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), para a 13ª Vara Federal, em Curitiba, onde já está em andamento um procedimento estabelecido pelo Conselho Nacional de Justiça para apurar a atuação dos procuradores da Lava Jato. >>> Dallagnol é acionado no TCU após diálogos secretos com os EUA sobre divisão de dinheiro da Petrobrás

Fontes ouvidas pelo jornalista relatam que contas judiciais ainda permanecem ativas, com recursos também aguardando definição na Suíça. O objetivo da investigação é determinar se havia critérios e parâmetros adequados para as transferências de recursos realizadas pelos procuradores. A Polícia Federal foi instruída a intensificar a apuração após a revelação de que o ex-coordenador da Lava Jato, o ex-procurador Deltan Dallagnol, negociou em sigilo com os Estados Unidos a divisão do dinheiro cobrado da Petrobrás. Suspeita-se que o grupo em Curitiba detinha uma situação de acúmulo de poder.

Nesta fase inicial, a investigação se concentrará na análise da origem, destino e procedimentos das contas sob a gestão do poder judicial e da 13ª Vara. Por ora, não há solicitação para a quebra de sigilo das contas pessoais dos procuradores ou do ex-juiz parcial e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR), mas essa possibilidade não está descartada caso os resultados apontem qualquer tipo de irregularidade.

Fonte: https://www.brasil247.com/regionais/sul/pf-fara-pente-fino-nas-movimentacoes-financeiras-da-lava-jato

segunda-feira, 24 de julho de 2023

Marco D'Eramo: O que têm em comum estes três protestos reprimidos pela polícia nos EUA, Irã e França? - Viomundo

 viomundo.com.br

Motins e revoltas

Cartografia da repressão estatal mostra que ela se dá contra a classe que muitos dos chamados “progressistas” de hoje desprezam, temem ou ignoram

Por Marco D´Eramo*, em A Terra é Redonda

Quando os distúrbios eclodiram na França, no final de junho, a polícia levou pouco menos de uma semana para fazer mais de 3 mil prisões.

Os confrontos nas ruas de Paris e Marselha evocaram outros confrontos recentes com as forças de repressão estatal: pense nas 22 mil prisões feitas pela polícia iraniana no outono passado, ou nas dez mil detidas nos Estados Unidos durante o verão do Black Lives Matter.

O que essas três revoltas, em três continentes diferentes, têm em comum?

Para começar, a idade e a classe social dos manifestantes. As pessoas detidas tinham quase na totalidade menos de 30 anos e uma parte desproporcionada eram NEET (pessoas que não estudavam, trabalhavam ou não tinham formação).

Na França e nos EUA, isso estava ligado à sua condição de minorias racializadas: 26% da população jovem nas zonas “urbaines sensible” são NEET, em comparação com a média nacional de 13%, e os afro-americanos compreendem quase 14% da população geral, mas 20,5% dos NEETs.

No Irã, por sua vez, o fator decisivo foi a idade: os jovens viveram a vida inteira sob as sanções dos EUA.

Dados recentes mostram que cerca de 77% dos iranianos entre 15 e 24 anos se enquadram nessa categoria – contra cerca de 31% em 2020.

O segundo fator comum é ainda mais marcante. Nos três casos, os protestos eclodiram após um assassinato cometido pela polícia: George Floyd, um afro-americano, foi morto em Minneapolis em 25 de maio de 2020; a curda Mahsa Amini, de 22 anos, em Teerã, em 16 de setembro de 2022; e Nahel Merzouk, de 17 anos, de ascendência argelina, em Nanterre, em 27 de junho.

No rescaldo destas mortes, os holofotes mediáticos foram postos nos “vândalos”, “bandidos”, “hooligans” e “criminosos” que saíram à rua, mas raramente na própria aplicação da lei.

No Irã, a identidade do policial que causou a morte de Amini sequer é conhecida. Em França, o porta-voz de Éric Zemmour lançou uma campanha para angariar fundos online com o objetivo de apoiar o policial que matou Nahel; ele arrecadou mais de 1,6 milhões de euros antes de ser retirado.

Uma terceira característica conecta tais protestos e sua repressão à agitação em outros países: a repetição monótona.

Há sempre a mesma cena recorrente: vitrines quebradas, carros incendiados, alguns supermercados saqueados, gás lacrimogêneo e disparos de bala ocasionais da polícia.

No Ocidente, a mesma fórmula existe há décadas: a polícia mata um jovem de uma comunidade marginalizada; os jovens desta comunidade se levantam; destroem algumas coisas e entram em confronto com a polícia; eles estão presos.

O clima volta a uma espécie de tranquilidade precária, até que a polícia decide assassinar alguém novamente.

(Os protestos do Irã no ano passado foram o primeiro grande levante contra a violência policial no país – um sinal de que até mesmo a terra dos aiatolás está abrindo caminho para a “modernidade ocidental”.)

A França tem uma longa história de incidentes desse tipo. Para dar apenas alguns exemplos indicativos:

–em 1990, um jovem paralisado chamado Thomas Claudio é morto nos subúrbios de Lyon por um carro da polícia;

— em 1991, um policial atira e mata Djamel Chettouh, de 18 anos, em um “banlieue” de Paris;

— em 1992, novamente em Lyon, a gendarmaria atirou e matou Mohamed Bahri, de 18 anos, por tentar fugir de uma parada de trânsito;

— no mesmo ano, na mesma cidade, Mourad Tchier, de 20 anos, é morto por um brigadeiro-comandante da gendarmaria;

— em Toulon, em 1994, Faouzi Benraïs sai para comprar um hambúrguer e é morto pela polícia;

— em 1995, Djamel Benakka é espancado até a morte por um policial na delegacia de Laval.

Avançando: os motins de 2005 foram uma resposta à morte de dois adolescentes, Zyed Benna (17) e Bouna Traoré (15); os de 2007 buscaram reparação pela morte de mais dois, Moushin Sehhouli (15) e Laramy Samoura (16), cuja motocicleta colidiu com um carro da polícia.

A ladainha é insuportável: bastaria lembrar a morte de Aboubacar Fofana (22) em 2018, morto pela polícia em Nantes durante uma checagem de identidade.

Observe como os nomes das vítimas são impressionantemente gauleses: Aboubakar, Bouna, Djamel, Fauzi, Larami, Mahaed, Mourad, Moushin, Zyed…

A mesma dinâmica pode ser encontrada do outro lado do Atlântico.

Miami, 1980: quatro policiais brancos são acusados de espancar até a morte um motociclista negro, Arthur McDuffie, depois que ele passou um sinal vermelho.

Eles são absolvidos, precipitando uma onda de tumulto que abala Liberty City, resultando em 18 mortes e mais de 300 feridos.

Los Angeles, 1991: quatro policiais brancos espancam outro motociclista negro, Rodney King.

Os distúrbios subsequentes causam pelo menos 59 mortes e mais de 2.300 feridos. O “rioting” se espalha para Atlanta, Las Vegas, Nova York, São Francisco e San Jose.

Cincinnati, 2001: um policial branco mata um homem negro, Timothy Thomas, de 19 anos, e 70 pessoas ficam feridas nos protestos que se seguiram.

Ferguson, 2014: um policial branco mata Michael Brown, um jovem negro de 18 anos; motins, 61 presos, 14 feridos.

Baltimore, 2015: um homem negro de 25 anos morre de vários ferimentos sofridos enquanto é detido em uma van da polícia; confrontos deixam 113 policiais feridos; duas pessoas são baleadas, 485 presas, e um toque de recolher é imposto com a Guarda Nacional intervindo.

Charlotte, 2016: polícia atira no afro-americano Keith Lamont Scott, de 43 anos; motins, toque de recolher, mobilização da Guarda Nacional.

Um manifestante é morto durante manifestações, Justin Carr, de 26 anos; 31 estão feridos. Finalmente chegamos a George Floyd; o cenário se repete.

A polícia britânica não tem razões para se sentir inferior aos seus homólogos transatlânticos, nem aos seus vizinhos do outro lado do Canal da Mancha.

Aqui alguns exemplos entre muitos: Brixton, 1981: brutalidade policial constante e questões de assédio em protestos e motins entre a comunidade negra; 279 polícias e 45 civis estão feridos (os manifestantes evitam hospitais por medo), 82 detenções, mais de cem veículos queimados, 150 edifícios danificados, um terço dos quais incendiados.

A reviravolta se estende a Liverpool, Birmingham e Leeds.

Brixton, 1985: a polícia vasculha a casa de um suspeito e atira em sua mãe, Cherry Groce.

Um fotojornalista é morto, 43 civis e 10 policiais ficam feridos, 55 carros são incendiados e um prédio é completamente destruído após três dias de tumultos (Cherry Groce sobrevive aos ferimentos, mas permanece paralisada).

Tottenham, 1985: uma mulher negra, Cynthia Jarrett, morre de parada cardíaca durante uma busca domiciliar realizada pela polícia, e um policial é morto por multidões nos distúrbios resultantes.

Brixton, 1995: protestos após um homem negro de 26 anos morrer sob custódia; 22 prisões.

Tottenham, 2011: polícia atira e mata Mark Duggan; tumultos eclodem, estendendo-se a outras áreas de Londres e depois a outras cidades.

Nos seis dias seguintes, cinco pessoas morreram, 189 policiais ficaram feridos e 2.185 prédios foram danificados.

Beckton, 2017: um português negro de 25 anos, Edson da Costa, morre asfixiado após ser parado pela polícia. Nos protestos subsequentes em frente à delegacia, quatro são presos e 14 policiais ficam feridos.

Imagino que essa lista foi tão exasperante de ler quanto enfurecedora de escrever.

Nesse ponto, a violência policial não pode ser considerada uma “bavure”, como dizem os franceses, mas uma característica persistente e transnacional do capitalismo contemporâneo.

(Aqui pode-se lembrar de Bertolt Brecht, que, diante da reação do governo da Alemanha Oriental ao protesto popular em 1953, perguntou: “Não seria mais simples se o governo dissolvesse o povo para eleger um novo?“).

O que é espantoso é que, depois de cada uma dessas reviravoltas, milhares de urbanistas, sociólogos, criminologistas, profissionais de saúde, instituições de caridade e ONGs se voltem, em sua contrição, para as profundas causas sociais, culturais e comportamentais de tais “violências”, “excessos”, “explosões” e “vandalismos”.

A polícia, no entanto, não é considerada digna da mesma atenção. A violência policial é frequentemente descrita, mas raramente escrutinada.

Nem mesmo Foucault aguçou nossa compreensão sobre isso, concentrando-se em locais específicos onde a aplicação da lei é organizada e institucionalizada.

O policiamento evoluiu claramente ao longo dos séculos: subdividiu-se em corpos especializados (trânsito, polícias urbanas, de fronteira, militares e internacionais) e suas ferramentas foram aperfeiçoadas (escutas telefônicas, rastreamento, vigilância eletrônica).

Mas manteve-se idêntico tanto na sua opacidade como na sua irreformabilidade. Os Estados mencionados acima nunca colocaram uma reforma policial significativa na agenda.

Nenhum de seus governos jamais pressionou por uma alternativa – por que um regime gostaria de mexer em seu mecanismo disciplinar mais eficaz? Nem tumultos, tumultos e agitações conseguiram provocar mudanças.

Parece, inversamente, que a raiva popular é um fator estabilizador, uma válvula de segurança para a panela de pressão social. Enfim, solidifica a imagem que os poderosos têm da população.

Nas Histórias de Heródoto, escritas no século 5 a.C., o nobre persa Megabyzus afirma:

“Não há nada tão vazio de entendimento, nada tão cheio de desfaçatez, como a ralé. Eis que era loucura não suportar a dominação. Os homens, quando procuravam escapar da devassidão de um tirano, entregavam-se à mesquinhez de uma turba rude e desenfreada. O tirano, em todos os seus feitos, pelo menos sabe do que se trata, mas uma turba é completamente desprovida de conhecimento; pois como pode haver conhecimento em uma ralé, que não foi ensinada e que não possui um senso natural do que é certo e adequado? Corre descontroladamente contra as instituições do Estado com toda a fúria de um riacho inchado no inverno – e confunde tudo”.

Do ponto de vista do regime, é bem possível que os motins sejam bem-vindos, pois garantem a renormalização, permitem que os “bantustões” sociais permaneçam assim e esvaziam os descontentamentos que, de outra forma, poderiam ser perigosos.

Naturalmente, para que desempenhem essa função estabilizadora, devem estar sujeitos à condenação externa: o vandalismo deve ser denunciado, a violência deve provocar indignação, os saques devem causar nojo.

Tais reações justificam a crueldade da repressão, que se torna o único meio de vencer a maré da barbárie. É nessas condições que os motins servem para ossificar a hierarquia social.

Não podemos deixar de recordar as revoltas populares que periodicamente abalavam o “ancien régime” e eram regular e impiedosamente reprimidas: a Grande Jacquerie de 1358 (que deu origem ao nome comum para todas as revoltas camponesas subsequentes), a Revolta de Tuchin em Languedoc (1363-84), a Revolta de Ciompi em Florença (1378), a Rebelião de Wat Tyler (1381), a Guerra Camponesa na Alemanha (1524-6), o Carnaval em Romanos (1580) e a Revolta de Masianello em Nápoles (1647).

O historiador Samuel Cohn contou mais de 200 desses casos na França, Flandres e Itália de 1245 a 1424.

Mas foi o grande historiador Marc Bloch quem observou como o sistema feudal precisava dessas revoltas para se sustentar:

“Um sistema social não se caracteriza apenas pela sua estrutura interna, mas também pelas reações que provoca: um sistema fundado em mandamentos pode, em certos momentos, implicar deveres recíprocos de ajuda realizados honestamente, como também pode levar a explosões brutais de hostilidade. Aos olhos do historiador, que deve apenas observar e explicar as relações entre os fenômenos, a revolta agrária aparece como inseparável do regime senhorial como, por exemplo, a greve está para a grande empresa capitalista”.

A reflexão de Bloch nos leva à seguinte questão: se a “jacquerie” é inseparável do feudalismo e a greve do capitalismo fordista, então a que sistema de dominação corresponde o tumulto dos NEETs?

Só há uma resposta: um sistema – o neoliberalismo – em que a plebe foi reconstituída.

Quem são esses novos plebeus? São os NEETs dos arranha-céus dos EUA e os bairros do sul de Teerã, os subproletários das zonas sensíveis.

Eles são a classe que muitos dos chamados “progressistas” de hoje desprezam, temem ou, na melhor das hipóteses, ignoram.

*Marco D’Eramo é jornalista. Autor, entre outros livros, de The Pig and the Skyscraper (Verso).

Tradução: Eleutério F. S. Prado.

Publicado originalmente no blog Sidecar.

Fonte:  https://www.viomundo.com.br/politica/marco-deramo-o-que-tem-em-comum-estes-tres-protestos-reprimidos-pela-policia-nos-eua-ira-e-franca.html

"Conta parece uma lavanderia", diz Rogério Correia sobre quebra de sigilo bancário de Mauro Cid

 

"Com sigilo bancário quebrado, só vai piorando a situação dele, do chefe e da ex-primeira dama", afirmou o parlamentar

Mauro Cid e Rogério Correia
Mauro Cid e Rogério Correia (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil | Reprodução)

247 - O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) afirmou que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro está em apuros.

"Pressão de setores das Forças Armadas para o STF liberar da prisão do ex ajudante de ordem de Bolsonaro, não vai funcionar", escreveu o parlamentar em suas redes sociais. Correia integra a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro.

"Com sigilo bancário quebrado, só vai piorando a situação dele, do chefe e da ex-primeira dama. Dizem que a conta parece uma lavanderia!", completou.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, ficou em silêncio durante o depoimento à CPMI. Ele está preso desde maio por conta da fraude em cartões de vacina.

 

Mauro Cid em apuros! Pressão de setores das Forças Armadas para o STF liberar da prisão o ex ajudante de ordem de Bolsonaro, não vai funcionar. Com sigilo bancário quebrado, só vai piorando a situação dele, do chefe e da ex primeira dama. Dizem q a conta parece uma lavanderia!
 
Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/conta-parece-uma-lavanderia-diz-rogerio-correia-sobre-quebra-de-sigilo-bancario-de-mauro-cid

domingo, 23 de julho de 2023

Pacificar o Brasil passa pela punição dos que atacaram a democracia

Há dois anos e quase sete meses, o mundo assistiu, estarrecido, ao vivo e a cores como se dizia antigamente, a invasão do prédio do Congresso dos Estados Unidos, incentivada pelo então presidente republicano Donald Trump, derrotado pelo democrata Joe Biden.

Fazia muito frio em Washington naquele 6 de janeiro de 2021. Os católicos celebravam o Dia de Reis, data em que, segundo a tradição cristã, os Três Reis Magos visitaram o recém-nascido Jesus de Nazaré. Trump disse que a eleição lhe fora roubada.

Dali a 14 dias. Biden, o segundo presidente católico do país (o primeiro foi John Kennedy), tomaria posse, e era isso que Trump e seus seguidores brancos da extrema-direita queriam impedir. Fracassaram. Nem por isso a democracia por lá está segura.

O país de 2021 quase rachado ao meio está da mesma forma. E Trump, apesar de responder na justiça a 37 acusações por sete crimes, é o nome dos republicanos com mais chances de disputar as eleições presidenciais do próximo ano, outra vez contra Biden.

O governo Biden está perto do fim sem que ele tenha conseguido pacificar os Estados Unidos. Tentou e continua tentando, mas não depende só dele. O país segue aos pedaços, sem dar sinais de paz. E pela lei, Trump poderá ser eleito e governar mesmo preso.

Aqui, Bolsonaro ficou inelegível até 2030. O prazo poderá se estender se for condenado em mais um dos 15 processos que ainda responde. É provável que seja. Não é que acabe preso. Mesmo depostos, Fernando Collor de Mello e Dilma não foram presos.

Michel Temer foi por poucos dias. Lula, por 580 dias. Prender Bolsonaro por alguns meses ou mais de um ano seria transformá-lo em mártir da extrema-direita, e de parte da direita que, por vergonha do que de fato é, apresenta-se como direita civilizada.

O golpe do 8 de janeiro, em breve, completará sete meses, apenas. Ainda não foi desvendado de todo. Demorará a ser. Nos Estados Unidos, alguns golpistas foram condenados e presos, mas restam muitos a ser julgados. Aqui, restam quase todos.

O ideal de pacificação do país deve ser perseguido como ideal, mesmo contra todas as evidências de que não será alcançado tão cedo – se é que um dia será. A extrema-direita avança em quase todas as partes do mundo, especialmente na Europa.

Na Espanha, o Partido Popular, de direita, tem tudo para vencer a eleição deste domingo, mas para que governe vai depender do Vox, partido da extrema-direita. Os dois, juntos, já governam regiões autônomas da Espanha onde a liberdade está sendo minada.

É irrealista cobrar de Lula que suavize ou mude seu discurso sobre o perigo que a democracia correu nos últimos quatro anos e, especialmente, no 8 de janeiro; e da justiça, que encerre logo os inquéritos abertos para apurar e punir os golpistas.

A justiça é lenta, como se sabe, mas sempre foi assim. Não é necessariamente ruim que seja. Uma justiça apressada produz muitas vítimas inocentes.

 
Fonte:  https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/ricardo-noblat/pacificar-o-brasil-passa-pela-punicao-dos-que-atacaram-a-democracia

 

Governo é obrigado a incinerar 36 milhões de vacinas compradas por Bolsonaro já vencidas ou próximas do vencimento

O levantamento foi feito com base em dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação

(Foto: Pexels)


247 - “Pelo menos 36 milhões de vacinas compradas pelo governo Bolsonaro foram herdadas pela gestão Lula já vencidas ou prestes a perder a validade, sem prazo suficiente para o uso. Como resultado, o Ministério da Saúde incinerou essas doses no primeiro semestre deste ano, numa média de 200 mil doses descartadas ao dia”, informa o jornalista Guilherme Amado, em sua coluna no portal Metrópoles.

“O levantamento, feito pela coluna com base em dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, mostra que, de janeiro a junho, o ministério incinerou 36,6 milhões de doses de imunizantes. A cada 10 doses de vacina descartadas, nove venceram ainda em 2022 ou até março deste ano”, acrescenta.

Fonte:  https://www.brasil247.com/saude/governo-e-obrigado-a-incinerar-36-milhoes-de-vacinas-compradas-por-bolsonaro-ja-vencidas-ou-proximas-do-vencimento

 

Golpistas impulsionaram os registros de ataques à torres de energia: o maior em seis ano

 

Até o dia 18 de julho, foram contabilizados 12 desligamentos provocados por atos de vandalismo

Linhas de transmissão de  energia elétrica
Linhas de transmissão de energia elétrica (Foto: Marcello Casal Jr/Agencia Brasil)


247 - De acordo com relatório produzido pela Agência Nacional de Energia Elétrica e entregue à CPMI do 8 de janeiro, o Brasil registrou, este ano, o maior número de ataque a torres de energia em seis anos.

Até o dia 18 de julho, foram contabilizados 12 desligamentos provocados por atos de vandalismo. O número é o maior registrado desde 2017.

O documento foi produzido a pedido da senadora relatora da CPMI, Eliziane Gama (PSD-MA).

Os atos de vandalismo contra torres de energia foram instigados por apoiadores bolsonaristas, principalmente pelas redes sociais, sob a justificativa de que, a partir da desordem, seria faria necessária uma intervenção militar para restauração da ordem.

Somente em oito dias de janeiro, mês dos atos golpistas em Brasília, o número de ataques de vandalismo contra torres foi quatro vezes maior do que em todo o ano de 2019, que contabilizou dois registros.

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/golpistas-impulsionaram-os-registros-de-ataques-a-torres-de-energia-o-maior-em-seis-anos

sábado, 22 de julho de 2023

Programa de Lula e Dino de recompra de armas deve ter orçamento de R$ 100 milhões

Ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, anuncia programa para retirar armas de uso restrito de circulação

Flávio Dino e Lula 21/7/23
Flávio Dino e Lula 21/7/23 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)


247 — O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), revelou em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (21) que o governo planeja implementar um programa de recompra de armas com um orçamento estimado em R$ 100 milhões de reais. A iniciativa visa recomprar armas que eram de uso permitido e passaram a ser de uso restrito devido às recentes mudanças nas regulamentações. O programa faz parte de um conjunto de medidas estabelecidas por meio de um decreto assinado pelo presidente Lula, que redefine as regras para a circulação de armas no país.

Entre as principais mudanças anunciadas no decreto, está a limitação do porte de armas de fogo para caçadores, atiradores e colecionadores (CACs), uma categoria que havia sido amplamente beneficiada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A nova regulamentação permitirá o uso exclusivo das pistolas de calibre 9 milímetros, .40 e .45 ACP pelas forças de segurança, proibindo sua aquisição por parte dos civis.

O objetivo do programa de recompra é retirar de circulação o estoque de armas de fogo que agora são consideradas de uso restrito. No entanto, aqueles que já adquiriram essas armas antes das mudanças poderão mantê-las legalmente. O programa será implementado ao longo deste semestre e funcionará no formato de adesão voluntária, ou seja, não será obrigatório para os proprietários de armas consideradas restritas.

Flávio Dino enfatizou que o governo está considerando diferentes abordagens para lidar com o arsenal já disponível. Atualmente, a estratégia será baseada no incentivo econômico para persuadir os proprietários a aderirem ao programa de recompra. O ministro afirmou que estão empenhados em convencer os detentores dessas armas a participarem voluntariamente do programa, mas também ressaltou a possibilidade de adotar medidas mais coercitivas caso necessário. Essas ações seriam determinadas com base nos indicadores de violência e nos resultados iniciais do programa.

Com essa iniciativa, o governo busca reduzir o número de armas de uso restrito em posse da população civil e, assim, potencialmente diminuir a incidência de crimes violentos e acidentes envolvendo armas de fogo. O programa de recompra representa uma das medidas mais significativas no campo da segurança pública desde a chegada do novo governo, e promete ser um ponto importante de debate político nos próximos meses.

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/programa-de-lula-e-dino-de-recompra-de-armas-deve-ter-orcamento-de-r-100-milhoes

 

Polícia Federal nega renovação e Carlos Bolsonaro perde o porte de arma

Carlos possui uma pistola Glock 9mm e apresentou o requerimento à PF do Rio de Janeiro em 4 de julho.

Carlos Bolsonaro
Carlos Bolsonaro (Foto: Câmara Municipal do Rio de Janeiro)


247 - A Polícia Federal (PF) rejeitou o pedido de renovação do porte de armas do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Ele possui uma pistola Glock 9mm e apresentou o requerimento à PF do Rio de Janeiro em 4 de julho.

De acordo com informações foram divulgadas pela TV Globo, no requerimento, Carlos solicitou a "renovação da autorização para portar arma de fogo", com validade de cinco anos e alcance nacional. Ele alegou "necessidade efetiva" devido ao seu cargo de vereador e afirmou que sua segurança estava em risco, com "sua vida sendo alvo".

Ao negar o pedido de renovação, a PF declarou que não foram confirmadas ameaças ou perigos associados ao exercício de suas funções como vereador. A corporação também afirmou que a documentação fornecida por Carlos, solicitando a renovação, não era suficiente para comprovar riscos individuais.

Fonte:  https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/policia-federal-nega-renovacao-e-carlos-bolsonaro-perde-o-porte-de-arma

 

sexta-feira, 21 de julho de 2023

Governo Lula aperta mais a política armamentista

Governo Lula edita decreto que restringe acesso a armas e munições e repassa fiscalização para a PF

Decreto foi editado no âmbito do Programa de Ação na Segurança do governo, que inclui uma série de medidas para combater a violência

(Foto: ABr)


Reuters - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou um novo decreto de armas, nesta sexta-feira, que faz uma ampla restrição na circulação e acesso a armas no país, além de repassar do Exército para a Polícia Federal a fiscalização do armamento e munição dos artefatos.

As medidas representam uma reversão da política de ampliação do acesso a armas colocada em prática pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Uma das inovações do novo decreto é o acesso a armas por parte dos caçadores, atiradores e colecionadores, os chamados CACs. Antes eles tinham direito a 30 armas, sendo 15 de uso restrito. Agora serão apenas 6 armas.

A nova regulamentação remonta a parâmetros de 2018 sobre armas curtas. Pistolas 9mm, ponto 40 e ponto 45 voltam a ser de uso restrito.

O decreto foi editado no âmbito do Programa de Ação na Segurança do governo, que inclui uma série de medidas para combater a violência.

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/governo-lula-edita-decreto-que-restringe-acesso-a-armas-e-municoes-e-repassa-fiscalizacao-para-a-pf

 

quarta-feira, 19 de julho de 2023

A tentativa dos bancos em tomar dinheiro de quem ganha pouco faz da vida dos aposentados um desassossego

por Jacinto Pereira

São tantas as formas usadas pelos bancos para tomar dinheiro de pequenos correntistas, que as fezes faz a gente se sentir como se estivéssemos sendo assaltados, tantas são as taxas que nos cobram para manter ativa uma conta em algum deles. Como se não bastasse, passamos o dia atendendo telefonemas de seus agentes financeiros, tentando nos empurrar um empréstimo consignado em prestações a perder de vista. Tem bancos cobrando empréstimos em até 96 prestações. As agências programam seus computadores para ficarem ligando para as pessoas selecionadas por eles e se a gente atende e não tem um funcionário disponível para falar com o futuro cliente, eles desligam e liga outra vez e do mesmo lugar ou de outros lugares. Eu por exemplo, aciono o Spam que seleciona uma boa parte, mas eles chamam de outros números, até de cidades próximas de onde moro, que enganam esse mecanismo de seleção e ainda me sobram mais de trinta ligações por dia. Isso tira a minha paz e acredito que o mesmo aconteça com outras pessoas também. Parece que a coisa piora quando o juro da celic aumenta e os bancos ficam com menos tomadores de empréstimos para investimento. O 'pobre' é tão perseguido, que as  vezes me lembro de um enunciado que um amigo sempre repetia, que era o seguinte: "Pobre é como cachimbo, nasceu pra levar fumo".

 

sexta-feira, 14 de julho de 2023

Jornal A FOLHA: Por que o grande capital está abandonando a agenda...

Jornal A FOLHA: Por que o grande capital está abandonando a agenda...:   Por  Dr. Mathew Maavak A agenda ambiental, social e de governança (ESG) já teve o firme apoio de bilionários, governos ocidentais e das ...

Jornal A FOLHA: OTAN não conseguirá sobreviver causando distúrbio ...

Jornal A FOLHA: OTAN não conseguirá sobreviver causando distúrbio ...:  No processo de ampliação da OTAN à Ásia-Pacífico, o Japão tem desempenhado o papel de “abrir a porta para o causador de problemas” Otan (F...

Jornal A FOLHA: EUA pretendem repetir Laos na crise ucraniana?

Jornal A FOLHA: EUA pretendem repetir Laos na crise ucraniana?:  Bombas de fragmentação foram lançadas no Laos pelo exército estadunidense durante a Guerra do Vietnã Presidentes Volodymyr Zelensky (da Uc...

"Sempre indicarei pessoas de acordo com os interesses da sociedade brasileira", diz Lula, sobre próxima vaga no STF

 O presidente afirmou ainda: "nunca vou precisar de um favor pessoal do Zanin, porque eu nunca vou fazer nada errado"

Lula no Congresso da UNE Lula no Congresso da UNE (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

SÃO PAULO (Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu na noite desta quinta-feira a discussão de emendas com deputados federais, mas acrescentou que "não pode" haver orçamento secreto.

"Você pode discutir emendas que sejam feitas publicamente, (com) a sociedade sabendo para onde é que vai ser encaminhado aquele recurso, para que projeto vai ser encaminhado aquele recurso. Não tem nenhum problema você fazer isso, o que é grave é quando você passa a ideia de que é secreto. Aí você já cria a tese da suspeição, e nunca é bom você viver sob suspeição", disse Lula em entrevista à Record TV.

O chamado orçamento secreto foi um mecanismo criado durante o governo de Jair Bolsonaro para distribuição de recursos conforme indicação de parlamentares sem que houvesse clareza sobre onde o dinheiro era efetivamente aplicado. Em dezembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou o mecanismo inconstitucional.

No atual governo, a liberação de emendas vem sendo utilizada pelo Planalto como uma das maneiras para obter apoio dos deputados em votações importantes, como a da reforma tributária.

STF – Durante a entrevista Lula também reafirmou que não indica amigos para o STF. Recentemente, o presidente recebeu uma série de críticas por ter indicado o advogado Cristiano Zanin para vaga de ministro do STF, em substituição a Ricardo Lewandowski. As críticas surgiram justamente por conta da proximidade de Zanin e Lula – o advogado defendeu o presidente em processos no âmbito da operação Lava Jato.

"Eu nunca escolho um amigo para ser ministro da Suprema Corte, porque ele não está lá para prestar serviços para mim, ele está lá para prestar serviço para a sociedade brasileira", disse Lula.

Ao ser perguntado especificamente sobre Zanin e sua proximidade com ele, Lula respondeu: "Ele não era amigo, ele era meu advogado. E uma pessoa extremamente capaz."

O presidente afirmou ainda: "nunca vou precisar de um favor pessoal do Zanin, porque eu nunca vou fazer nada errado".

Questionado sobre sua próxima indicação para o tribunal, ele se esquivou.

"Eu sempre indicarei as pessoas de acordo com os interesses da sociedade brasileira", disse.

Em outubro, a atual presidente do Supremo, ministra Rosa Weber terá que se aposentar compulsoriamente, abrindo uma vaga na corte.

Lula foi perguntado ainda sobre um possível asilo ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que está preso no Reino Unido e deverá ser extraditado aos Estados Unidos.

Assange é procurado pelas autoridades norte-americanas por 18 acusações relacionadas à divulgação pelo WikiLeaks de vastos documentos militares confidenciais e mensagens diplomáticas dos Estados Unidos.

"Eu acho que não era nem possível (o asilo), porque ele está preso na Inglaterra, e acho que já foi inclusive julgada a extradição dele para os EUA", respondeu Lula, acrescentando que, como democrata, fica incomodado com o fato de Assange estar preso num momento em que muito se fala sobre liberdade de imprensa.

Fonte: https://www.brasil247.com/poder/sempre-indicarei-pessoas-de-acordo-com-os-interesses-da-sociedade-brasileira-diz-lula-sobre-proxima-vaga-no-stf

Ministério Público conflagrado: denúncias de espionagem levam a sindicância externa para apurar sabotagem a sistemas da PGR

Rede dedicada de informática do MPF teve duas quedas totais e intermitências. Ocorreram apagões em salas da PGR. Tudo se deu a partir do aguçamento da sucessão interna

PGR em Brasília PGR em Brasília (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Por Luís Costa Pinto, da sucursal do 247 em Brasília - A Secretaria de Tecnologia da Informação da Procuradoria Geral de República está promovendo uma ampla varredura nos sistemas telemáticos e nas redes que atendem aos procuradores e subprocuradores,como também ao próprio PGR Augusto Aras e a seus vices-procuradores-gerais. A sindicância se fez necessária porque nos últimos oito dias a rede exclusiva da instituição registrou dois apagões totais e outra meia dúzia de intermitências de funcionamento. Alguns processos somem das telas e demoram a ficar novamente acessíveis para seus respectivos responsáveis. Além disso, um programa que alimenta o teleprompter utilizado por Aras no Supremo Tribunal Federal passou a fazer alterações randômicas em textos e pareceres, alterando-lhes o sentido. Cortes no fornecimento de energia elétrica de salas específicas que foram usadas recentemente em reuniões comandadas pelo PGR também foram registrados. Quando ocorreram, não houve interrupção da carga distribuída para os modernos prédios envidraçados e espelhados da Procuradoria Geral nem curtos-circuitos. Toda a rede elétrica da instituição é monitorada em tempo real por programas de computador. Mesmo em viagem de férias com a família, entre Hong Kong e Coréia do Sul (o Judiciário está em recesso), iniciada na 1ª semana de julho, Augusto Aras determinou a contratação da auditoria e sindicância externas pela Secretaria de TI do MPF. As intermitências e apagões passaram a ser verificados com constância a partir da última semana de junho, quando se afunilou o processo de definição do nome que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva designará para procurador-geral da República para o biênio 2023-2025.

Dentro do PT, entre integrantes da equipe de Governo no Palácio do Planalto e também dentre formadores de opinião política filiados a partidos que se aproximaram do núcleo de poder nos últimos seis meses, consolida-se a possibilidade de o próprio Augusto Aras ser designado para novo biênio no posto. O “diferencial competitivo” do atual PGR ante os demais nomes citados para o cargo é a firmeza demonstrada por ele nos embates internos contra os procuradores da extinta “Operação Lava Jato” e a faxina institucional que promoveu para garrotear os métodos lavajatistas de ação. Os subprocuradores-gerais Antônio Carlos Bigonha, Paulo Gonet Branco, Carlos Frederico Santos e Humberto Jacques têm seus nomes compilados, junto com o de Aras, numa relação de possíveis contemplados pela designação. A relação analítica está sobre a mesa de trabalho do presidente Lula, que deve tomar uma decisão em agosto. O mandato do atual PGR termina em 5 de setembro. A ala mais à esquerda do PT e de siglas ligadas ao Governo Federal prefere a indicação de Bigonha. Os ministros do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes advogam em prol da designação de Gonet Branco. Há uma certeza, já comunicada por Lula àqueles aos quais achou devido comunicar: não será levada em conta a lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) que consagrou os subprocuradores Luiza Frischisen, Mário Bonsaglia e Luiz Adonis Callou como mais votados. 

Desde a redemocratização brasileira, depois da promulgação da Constituição de 1988, apenas os presidentes da Repúblicas eleitos pelo PT - Lula e Dilma Roussef - respeitaram a primazia da lista e indicaram PGRs os mais votados na ANPR. A lealdade a um credo democrático da esquerda levou ao comando do Ministério Público os procuradores-gerais Antônio Fernando de Souza e Roberto Gurgel, que promoveram a denúncia original da Ação Penal 470, consagrada por “mensalão”, algo que nunca existiu nos moldes em que o MP denunciou 40 pessoas (muitas das denúncias sem prova alguma). Rodrigo Janot, o procurador-geral eleito duas vezes na lista da ANPR em 1º lugar, foi o padrinho e fiel depositário dos métodos e dos segredos da “Operação Lava Jato”. Tendo comandado a PGR e o MPF por 12 anos, a trinca Antônio Fernando-Gurgel-Janot foi substituída por Raquel Dodge, 2ª colocada na lista da ANPR em 2017, quando Michel Temer ocupava a presidência da República depois do impeachment sem crime de responsabilidade que depôs a ex-presidente Dilma.

Tutela de Conselho Superior ao PGR em debate

Há um aspecto da disputa pelo cargo de procurador-geral da República que ainda não está totalmente claro em Brasília e o presidente Lula pediu informações sobre ele: a tentativa de subprocuradores-gerais ligados à finada Lava Jato, com o apoio de associações de classe e de alguns ministros de tribunais superiores para que as decisões de arquivamento de ações tomadas pelo PGR sejam deliberadas e chanceladas, ou não, pelo Conselho Superior do Ministério Público. 

A Lei Orgânica que regula o MPF, de 1993, não estabelece isso. Ao contrário, confere poder amplo e total ao procurador-geral, por exemplo, para decidir arquivar ou tocar para a frente ações contra presidentes da República. Com base nesse poder, Augusto Aras evitou que prosperassem ao menos duas centenas de proposições contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Só nos primeiros seis meses deste ano, baseado no mesmo princípio, já foram arquivadas uma centena e meia de proposições ineptas que pediam o impeachment de Lula e de alguns ministros de Estado, como Flávio Dino (Justiça) e Sílvio Almeida (Direitos Humanos).

Uma corrente do Ministério Público, açulada por órfãos da “Operação Lava Jato”, deseja ver criado (sem necessidade, crêem, de aprovação de Lei Complementar no Congresso) um mecanismo por meio do qual a decisão do procurador-geral teria de ser referendada pela maioria do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP). Há 10 votos no plenário do Conselho. No momento, são quatro os subprocuradores considerados “lavajatistas” que integram-no. No último quadriênio, Aras entrou em fortes e intensos conflitos com essa ala do CSMP. Derrotados na tese da designação de um nome egresso da lista tríplice da ANPR, os órfãos da Lava Jato iniciaram um movimento de reacomodação interna no Conselho Superior e em outros órgãos internos do MP para fazer valer essa tese da “tutela” de decisões do procurador-geral sob a curadoria da maioria do CSMP. Caso ela vigorasse desde janeiro, por exemplo, as determinações por arquivar os pedidos de impeachment de Lula e dos seus ministros teria de ser submetida ao foro de 10 votos - 4 dos quais são abertamente “lavajatistas”. Ao revés dessa ampliação de poderes do Conselho Superior, a corrente integrada por Aras considera esdrúxula a tutela do CSMP. Muitos advogam, inclusive, que se estabeleça a determinação para que o procurador-geral nomeie 5 dos 10 conselheiros, concedendo-lhe de pronto o controle do foro por maioria de votos. 

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/ministerio-publico-conflagrado-denuncias-de-espionagem-levam-a-sindicancia-externa-para-apurar-sabotagem-a-sistemas-da-pgr

 

"O golpismo não acabou e precisamos ter coragem de enfrentar os militares golpistas", diz João Cezar de Castro Rocha

 

Professor afirma que o Brasil punir todos os envolvidos no 8 de janeiro para impedir o retorno da extrema direita

João Cezar de Castro Rocha, Lula e militares João Cezar de Castro Rocha, Lula e militares (Foto: Ricardo Stuckert | Divulgação)

247 – Em entrevista concedida ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o escritor e professor João Cezar de Castro Rocha discutiu os temas abordados em seu novo livro intitulado "Bolsonarismo: Da guerra cultural ao terrorismo doméstico". A obra apresenta uma análise profunda das estratégias discursivas da extrema direita no Brasil, destacando a retórica do ódio como um elemento central na ascensão e consolidação do bolsonarismo.

Rocha ressalta que, no passado, o bolsonarismo tinha como eixo central a guerra cultural, utilizando narrativas polarizadoras para alimentar o ódio e promover a divisão na sociedade. No entanto, o autor destaca que o bolsonarismo evoluiu para se tornar uma seita religiosa, criando um ethos religioso em torno do ex-presidente Jair Bolsonaro. Esse aspecto religioso intensificou o fanatismo e tornou mais difícil a aceitação da política ou da derrota. "O golpe contra o presidente Lula está sendo urdido de forma permanente. Precisamos colocar as barbas de molho e devemos ter a coragem de dizer um basta aos militares", diz ele.

O professor alerta que a extrema direita não desaparecerá facilmente e enfatiza a necessidade de coragem para enfrentar esse fenômeno. Rocha cita diversos episódios preocupantes que ocorreram após a derrota de Bolsonaro nas eleições, incluindo bloqueios nas estradas, tentativas de invasão da Polícia Federal e ações violentas com o objetivo de criar uma situação ingovernável. Ele aponta a participação de setores das Forças Armadas nessas ações golpistas.

Sem anistia – Rocha também destaca a preocupação com uma possível anistia dos militares envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro, alertando que isso poderia levar a um retorno desses setores com ainda mais violência em 2026. Ele menciona o ministro da Defesa, José Múcio, como uma concessão feita pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos militares, ressaltando a necessidade de estar atento a possíveis golpes contra o atual presidente. "No 8 de janeiro de 2023, os três poderes foram atacados no Brasil. O 8 de janeiro envolveu setores relevantes das Forças Armadas. O objetivo era criar uma situação inédita e ingovernável para que se criasse a Garantia da Lei e da Ordem. Tudo esteve por um triz no Brasil", diz ele. "O Bolsonaro não teria sido possível sem a anistia da ditadura militar. Lá atrás houve um pacto para anistiar os militares da ditadura de 1964. Se houver anistia, eles voltam em 2026 – e com mais violência. O sucesso do governo Lula, na cabeça dos golpistas, é mais perigoso do que seu fracasso", acrescenta.

O novo livro – A obra"Bolsonarismo: Da guerra cultural ao terrorismo doméstico" busca compreender os impasses contemporâneos da democracia brasileira e investigar como a extrema direita se enraizou em todas as classes sociais. Com entrevistas, artigos e textos inéditos, a obra faz parte de uma trilogia que busca propor hipóteses para atravessar esse cenário desafiador. Os próximos volumes abordarão a retórica do ódio e a influência da mídia extremista.

João Cezar de Castro Rocha, renomado professor e autor, apresenta uma análise profunda e provocativa sobre o bolsonarismo, levando os leitores a refletir sobre os desafios enfrentados pela democracia brasileira e a importância de resistir à extrema direita.

Fonte: https://www.brasil247.com/entrevistas/o-golpismo-nao-acabou-e-precisamos-ter-coragem-de-enfrentar-os-militares-golpistas-diz-joao-cezar-de-castro-rocha

quinta-feira, 13 de julho de 2023

ICL Notícias - 13/07/2023

Escolas cívico-militares rendem salário extra de até R$ 9.152 a 1,5 mil militares da reserva

 Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) chegará ao fim e militares da reserva perderão salários extras

(Foto: Alesp)

247 — O Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), uma das principais iniciativas da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, será encerrado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O fim do programa também terá impacto financeiro para 1,5 mil militares da reserva que atuavam nas escolas. Esses militares recebiam salários extras que podiam chegar a até R$ 9.152, de acordo com informações do Ministério da Educação (MEC), segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo.

As escolas cívico-militares serão reintegradas à rede regular de ensino. Atualmente, o Pecim conta com 202 escolas em todo o país e aproximadamente 120 mil alunos. No primeiro modelo do programa, presente em 120 unidades, o governo federal remunerava militares da reserva para auxiliarem em atividades de gestão, assessoria ou monitoria, sem a atribuição de ministrar aulas. Esses militares recebiam um adicional pro labore, cujo valor máximo era de R$ 9.152.

No entanto, com o fim do Pecim, esses militares da reserva perderão essa remuneração extra. A decisão conjunta dos Ministérios da Educação e da Defesa também envolve a desmobilização do pessoal das Forças Armadas lotado nas escolas vinculadas ao programa.

Segundo o MEC, quatro motivos principais justificaram o encerramento do programa: desvio de finalidade das Forças Armadas, problemas de execução orçamentária, falta de coesão com o sistema educacional brasileiro e inadequação do modelo didático-pedagógico adotado.

Lista de escolas que funcionam no modelo em cada Estado:

Escolas cívico-militares no Acre:

  • Escola Estadual Cívico-Militar 15 de junho, em Senador Guiomard;
  • Escola Estadual Cívico-Militar Madre Adelgundes Becker, em Cruzeiro do Sul;
  • Escola Estadual Adalci Simões da Costa Avenida Castelo Branco, em Senador Guiomard;
  • Escola Estadual Joana Ribeiro Amed, em Epitaciolândia;
  • Escola Estadual de Ensino Fudamental Plácido de Castro, em Tarauacá.

Escolas cívico-militares no Amapá:

  • Escola Estadual Antônio Ferreira Lima Neto, em Macapá;
  • Escola Estadual Professor Antônio Munhoz Lopes, em Macapá;
  • Escola Estadual Mineko Hayashida, em Laranjal do Jari;
  • Escola Estadual Prof. Nilton Balieiro Machado, em Macapá.

Escolas cívico-militares no Amazonas:

  • Escola Estadual Professor Nelson Alves Ferreira, em Manaus;
  • Escola Estadual Professora Tereza Siqueira Tupinambá, em Manaus;
  • Escola Estadual Professor Reinaldo Thompson Rua Marquesa de Santos, em Manaus;
  • Escola Estadual Fueth Paulo Mourão, em Manaus;
  • Escola Estadual Homero de Miranda Leão, em Manaus;
  • Escola Municipal Gilberto Rodrigues dos Santos, em Manaus;
  • Escola Estadual Conceição Xavier de Alencar, em Tabatinga;
  • Escola Municipal (nome não consta na lista do site do Pecim), em São Gabriel da Cachoeira.

Escolas cívico-militares no Pará:

  • Escola Estadual Maestro Waldemar Henrique da Costa Pereira, em Belém;
  • Escola Estadual Prof. Francisco Paulo do Nascimento Mendes, em Ananindeua;
  • Escola Estadual José de Alencar, em Santarém;
  • Escola Estadual de Ensino Médio Presidente Castelo Branco, em Paragominas;
  • Escola Estadual Dr. Justo Chermont, em Belém;
  • Escola Estadual Dom Alberto Galdêncio Ramos, em Ananindeua
  • Escola Municipal Jorceli Silva Sestari, em Santana do Araguaia;
  • Escola Municipal Eldorado, em Eldorado dos Carajás.
  • 4 Escolas Estaduais (nomes não constam na lista do site do Pecim)

Continua após a publicidadeEscolas cívico-militares em Rondônia:

  • Escola Estadual Ulisses Guimarães, em Porto Velho;
  • Escola Estadual Irmã Maria Celeste, em Guajará-Mirim;
  • Escola Estadual Prof. Daniel Neri da Silva, em Porto Velho;
  • Escola Estadual Getulio Vargas, em Porto Velho.

Escolas cívico-militares em Roraima:

  • Escola Estadual Fagundes Varela, em Boa Vista.

Escolas cívico-militares em Tocantins:

  • Escola Estadual Hercília Carvalho da Silva, em Gurupi;
  • Escola Estadual Maria dos Reis Alves Barros, em Palmas;
  • Escola Estadual José Operário, em Paraíso;
  • Escola Estadual Colégio Estadual Tiradentes, em Formoso do Araguaia;
  • Escola Estadual Dom Alano, em Peixe;
  • Escola Estadual Vila União, em Palmas;
  • Colégio Estadual Professor José Carneiro de Brito, em Tocantinópolis;
  • Escola Estadual Girassol de Tempo Integral João Pires Querido, em Silvanópolis;
  • Escola Estadual Professora Hamedy Cury Queiroz, em Nova Olinda.

Escolas cívico-militares em Alagoas:

  • Escola Municipal Padre Pinho, em Maceió;
  • Escola Municipal Dr. José Jorge de Farias Sales, em Maragogi;
  • Escola Municipal Judith Paiva, em Rio Largo.

Escolas cívico-militares na Bahia:

  • Escola Municipal Quinze de Novembro, em Feira de Santana;
  • Escola Municipalizada Carlos Santana, em Vitória da Conquista.

Escolas cívico-militares no Ceará:

  • Escola Municipal Professor Francisco Uchoa de Albuquerque, em Acopiara;
  • Escola Estadual Edward Teixeira Férrer, em Juazeiro do Norte;
  • Escola Municipal Tancredo Neves Presidente, em Maracanaú;
  • Escola Municipal Professora Laura Alencar, em Mombaça;
  • Escola Municipal Dr. Jose de Borba Vasconcelos, em Maracanaú.

Escolas cívico-militares no Maranhão:

  • Escola Municipal Unidade Integrada Duque de Caxias, em São Luís;
  • Escola Municipal Gonçalves Dias, em São José de Ribamar;
  • Escola Municipal Professor José Queiroz, em Imperatriz.

17h31

Escolas cívico-militares na Paraíba:

  • Escola Municipal Caixa Escolar Chico Xavier, em João Pessoa;
  • Escola Municipal Maria do Carmo da Silveira Lima, em Bayeux;
  • Escola Municipal Cívico-Militar Capitão Tomaz Panta, em Santa Rita;
  • Escola Municipal Mª José de Miranda Burity, em Cabedelo;
  • Escola Municipal Prof. Aníbal Moraes, em João Pessoa
  • Escola Municipal CIEP III - Dr. Firmino Ayres Leite e Ottto de Souza Quinho, em Patos.

Escolas cívico-militares em Pernambuco:

  • Escola Municipal Natividade Saldanha, em Jaboatão dos Guararapes;
  • Escola Municipal João Batista Cruz Barros, em Arcoverde;
  • Escola Municipal Vereador Antônio Januário, em Jaboatão dos Guararapes;
  • Escola Municipal Prof. Bernadete Amorim de Couto Filgueira, em Altinho;
  • Escola Municipal Nelson Castanha, em Bezerros.

Escolas cívico-militares no Piauí:

  • Escola Municipal Roland Jacob, em Parnaíba;
  • Escola Municipal Cívico-Militar Cel. João Ferreira de Almeida, em Picos;
  • Escola Municipal Ginásio Municipal Antônio Inácio de Oliveira, em Altos;
  • Escola Estadual Unidade Escolar Murilo Braga, em União;
  • Escola Municipal Antônio Nivaldo, em Floriano;
  • Escola Municipal Cívico Militar Cel. Octávio Miranda, em Campo Maior.

Escolas cívico-militares no Rio Grande do Norte:

  • Escola Municipal Professor Verissimo de Melo, em Natal;
  • Escola Municipal Profa Maria Alexandrina Sampaio, em Natal;
  • Escola Municipal Senador Carlos Alberto de Souza, em Parnamirim;
  • Escola Municipal Professora Nila Rego, em Pau dos Ferros;
  • Escola Municipal João XXIII, em Natal.

Escolas cívico-militares em Sergipe:

  • Escola Municipal Dr. Albano Franco, em Tomar do Geru;

Escolas cívico-militares no Distrito Federal:

  • Escola Estadual Centro Educacional 416 de Santa Maria, em Santa Maria;
  • Escola Estadual Centro de Ensino Fundamental 05 do Gama, em Gama;
  • Escola Estadual Centro de Ensino Fundamental 04 de Planaltina, em Planaltina;
  • Escola Estadual Centro de Ensino Fundamental 507 de Samambaia, em Samambaia;
  • 2 Escolas Estaduais .

Escolas cívico-militares em Goiás:

  • Colégio Estadual de Águas Lindas, em Águas Lindas de Goiás;*
  • Colégio Estadual Céu Azul Valparaíso de Goiás, em Valparaíso;*
  • Colégio Estadual Maria Abadia Meireles Shinohara, em Luziânia;*
  • Escola Estadual CAIC José Elias de Azevedo, em Santo Antônio do Descoberto;*
  • Escola Estadual CIM Lourdete de Fátima Sutir, em Planaltina;*
  • Colégio Estadual Professor José Monteiro Lima, em Padre Bernardo;*
  • Colégio Estadual Ocidental, em Cidade Ocidental;*
  • Colégio Municipal Professor José Nogueira de Moraes, em Aragarças.

*As escolas cívico-militares de Goiás foram transformadas em escolas militares, em parceria com a PM, a pedido da Secretaria da Educação do Estado
Escolas cívico-militares em Mato Grosso:

  • Escola Municipal Professora Maria Dimpina Lobo Duarte, em Cuiabá;
  • Escola Municipal Dejani Ribeiro Campos, em Cuiabá;
  • Escola Estadual Salin Felicio, em Cuiabá;
  • Escola Estadual Stela Maris, em Rondonópolis;
  • Escola Estadual Senador Mario Motta, em Caceres;
  • Colégio Municipal Helena Esteve, em Barra do Garças;
  • Escola Municipal Abdala José de Almeida, em Várzea Grande.

Escolas cívico-militares em Mato Grosso do Sul:

  • Escola Estadual Professor Alberto Elpídio Ferreira Dias (Prof. Tito), em Campo Grande;
  • Escola Estadual Marçal de Souza Tupã Y, em Campo Grande;
  • Escola Municipal José de Souza Damy, em Corumbá;
  • Escola Municipal Professor Adenocre Alexandre de Morais, em Costa Rica;
  • Escola Municipal Cláudio de Oliveira, em Porto Murtinho;
  • Escola Municipal Major Alberto Rodrigues da Costa, em Jardim;
  • Escola Municipal Governador Harry Amorim Costa, em Campo Grande.

Escolas cívico-militares no Espírito Santo:

  • Escola Municipal Ilha da Jussara, em Vila Velha;
  • Escola Municipal Cívico-Militar Prof. Genivaldo Antônio da Silva, em Nova Venécia;
  • Escola Municipal Professor Cerqueira Lima, em Cariacica;
  • Escola Municipal Irmã Adelaide Bertocchi, em São Gabriel da Palha;
  • Escola Municipal João Neves Pereira, em Sooretama;
  • Escola Municipal Maria da Glória Nunes Nemer, em Marataízes;
  • Escola Municipal em Montanha (nome não consta na lista do site do Pecim);
  • Escola Municipal em Cariacica (nome não consta na lista do site do Pecim).

Escolas cívico-militares em Minas Gerais:

  • Escola Estadual Princesa Isabel, em Belo Horizonte;
  • Escola Estadual dos Palmares, em Ibirité;
  • Escola Municipal Embaixador Martim Francisco, em Barbacena;
  • Escola Estadual Olímpia de Brito, em Três Corações;
  • Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa, em São João Del Rei;
  • Escola Estadual Padre José Maria de Man, em Contagem;
  • Escola Estadual Wenceslau, em Itajubá;
  • Escola Municipal Hilda Leão Carneiro, em Uberlândia;
  • Escola Municipal Livio Múcio Conrado Silva, Sr. Tito, em Lagoa Santa;
  • Escola Estadual Assis Chateaubriand, em Belo Horizonte;
  • Escola Estadual Professora Lígia Maria de Magalhães, em Contagem;
  • Escola Municipal Francisco Campos, em Monte Carmelo;
  • Escola Municipal Professora Isabel Coutinho Galvão, em Pouso Alegre;
  • Escola Municipal em Montes Claros (nome não consta na lista do site do Pecim);
  • Colégio Municipal Professor Hermenegildo Marques Veloso, em Araguari;
  • Escola Municipal Professor José Geraldo Guimarães, em Uberaba;
  • Escola Estadual em Santos Dumont (nome não consta na lista do site do Pecim).

Escolas cívico-militares no Rio de Janeiro:

  • Escola Municipal Luiz Gonzaga, em São Gonçalo;
  • Escola Municipal Cívico-Militar Carioca General Abreu (3ª CRE), no Rio de Janeiro;
  • Escola Municipal Professora Maria Nazareth Santos Silva, em Barra do Piraí;
  • Escola Municipal Cívico-Militar Ex-Combatente Remo Baral Filho, em Angra dos Reis;
  • Escola Municipal Professora Mirian Alves de Macedo Guimarães, em São Pedro da Aldeia;
  • Escola Municipal CIEP 147 Cecílio Barros Pessoa, em Arraial do Cabo;
  • Escola Municipal Professora Dulcinda Jotta Mendes, em São Pedro da Aldeia;
  • Escola Municipal Ciléa Maria Barreto, em Búzios;
  • Escola Municipal em Nova Friburgo (nome não consta na lista do site do Pecim);
  • Escola Municipal CIEP 300 Municipalizado Prefeito Vicente Cicarino, em Itaguaí;
  • Colégio Municipal Ana Elisa Lisboa Gregori (CMAELG), em Itatiaia;
  • Escola Municipal Professor Jansem Pereira de Melo, em São João de Meriti;
  • Escola Municipal em São Gonçalo (nome não consta na lista do site do Pecim).

Escolas cívico-militares em São Paulo:

  • Escola Estadual Professor Paulo de Barros Ferraz, em Pirassununga;
  • Escola Estadual Marechal do Ar Eduardo Gomes, em Guarujá;
  • Escola Municipal CAIC, em Lorena;
  • Escola Municipal Modesto Bohrer Professor EM, em Taquaritinga;
  • Escola Municipal Prof. Darvy Mascaro, em Barrinha;
  • Escola Municipal Prof. Lafayette Rodrigues Pereira, em Taubaté;
  • Escola Municipal em Dracena (nome não consta na lista do site do Pecim);
  • Escola Municipal Jorge Bierrenbach Senra, em São Vicente;
  • Escola Estadual Claudio Abrahão, em Mogi das cruzes;
  • Escola Estadual Professora Noêmia Bueno do Valle, em São José do Rio Preto;
  • Escola Municipal Profª Maria Julia Antunes do Amaral Moreira, em Guaratinguetá;
  • Escola Municipal em Americana (nome não consta na lista do site do Pecim);
  • Escola Municipal Prof Luis Tácito Virginio dos Santos, em Botucatu;
  • Escola Municipal em Bauru (nome não consta na lista do site do Pecim);
  • Escola Municipal Jose Pereira Soares, em Pedro de Toledo;
  • Escola Municipal em São José do Rio Pardo (nome não consta na lista do site do Pecim).

Escolas cívico-militares no Paraná:

  • Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay, em Curitiba;
  • Colégio Estadual Vinicius de Moraes, em Colombo;
  • Colégio Estadual Tancredo de Almeida Neves, em Foz do Iguaçú;
  • Colégio Estadual Profª Adelia Barbosa, em Londrina;
  • Colégio Estadual Professor Colares, em Ponta Grossa;
  • Colégio Estadual Arlindo Amorim, em Curitiba;
  • Escola Estadual Heitor C A Furtado C E EF Profis, em Apucarana;
  • Escola Estadual Cataratas CEEFM, em Cascavel;
  • Escola Estadual Julia Wanderley C E Prof EEM, em Cascavel;
  • Escola Estadual Heitor Rocha Kramer C E VER EF M, em Guarapuava;
  • Escola Estadual Carneiro C E Gal EF Normal, em Lapa.

Escolas cívico-militares em Santa Catarina:

  • Escola Municipal Básica Melvin Jones, em Itajaí;
  • Escola Estadual Básica Emérita Duarte Silva e Souza, em Biguaçu;
  • Escola Estadual Básica Prof. Ângelo Cascaes Tancredo, em Palhoça;
  • Escola Estadual Básica Professora Irene Stonoga, em Chapecó;
  • Escola Estadual Básica Cel. Pedro Christiano Feddersen, em Blumenau;
  • Escola Estadual Básica Prof. Jaldyr Bhering Faustino da Silva, em São Miguel do Oeste;
  • Escola Estadual Básica Joaquim Ramos, em Criciúma;
  • Escola Estadual Básica Henrique Fontes, em Tubarão;
  • Escola Municipal Presidente Castello Branco, em Joinville;
  • Escola de Educação Básica Ildefonso Linhares, em Florianópolis;
  • Escola Estadual Básica Cora Batalha da Silveira, em Lages;
  • Escola Municipal Núcleo de Educacional João Fernando Sobral, em Porto União;
  • Escola Municipal Vereador Raymundo Veit, em Maravilha;
  • Escola Municipal CEM Professor Antônio Lúcio, em Balneário Camboriú;
  • Escola Municipal Antônio Joaquim Henriques, em Lages;
  • Escola Municipal de Ensino Fundamental Paquetá, em Brusque;
  • Escola Municipal Prefeito Francisco Victo Alves, em Itapema;
  • Escola Municipal Maria Linhares de Souza, em Itapema;
  • Escola Municipal Centro Educacional Roberto Machado, em Rio do Sul;
  • Escola Municipal Jurema Hugen Palma, em São Joaquim;
  • Escola Municipal CAIC Irmã Joaquina Busarello, em São Francisco do Sul.

Escolas cívico-militares no Rio Grande do Sul:

  • Escola Municipal do Complexo Escolar Elvira Ceratti - CAIC, em Uruguaiana;
  • Escola Estadual Carlos Drummond de Andrade, em Alvorada;
  • Escola Estadual Alexandre Zattera, em Caxias do Sul;
  • Escola Estadual Instituto Estadual Osvaldo Aranha, em Alegrete;
  • Escola Municipal São Pedro, em Bagé;
  • Escola Estadual Santa Cruz, em Santa Cruz do Sul;
  • Escola Estadual Nossa Senhora Aparecida, em Tramandaí;
  • Escola Estadual Osvaldo Aranha, em Novo Hamburgo;
  • Instituto Municipal de Ensino Assis Brasil - IMEAB, em Ijuí;
  • Escola Municipal Pref. João Souto Duarte, em Santana do Livramento;
  • Escola Municipal Alberto Santos Dumont, em Sapucaia do Sul;
  • Escola Municipal Dinah Néri Pereira, em Cachoeira do Sul;
  • Escola Estadual a definir em Porto Alegre;
  • Escola Estadual a definir em Rosário do Sul;
  • Escola Estadual a definir em Canela;
  • Escola Estadual a definir em São Leopoldo;
  • Escola Estadual a definir em São Gabriel;
  • Instituto Estadual Dr. Luiz Pacheco Prates, em Quaraí;
  • Escola Estadual Aparicio Silva Rillo, em São Borja;
  • Escola Municipal Dr. Antenor Gonçalves Pereirera, em Bagé;
  • Escola Municipal Cívico-Militar (ECIM) de Taquara, em Taquara;
  • Escola Municipal Cívico-militar Cipriano Porto Alegre, em Rio Grande

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/escolas-civico-militares-rendem-salario-extra-de-ate-r-9-152-a-1-5-mil-militares-da-reserva

Gleisi diz que Bolsonaro responde a mais de 400 processos na Justiça: "é muita tramoia, não vai ter como escapar"

Jair Bolsonaro presta depoimento no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado que teria sido articulada pelo senador Marcos do Val

(Foto: ABr | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

247 - A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, utilizou sua conta no Twitter nesta quarta-feira (12) para comentar o depoimento de Jair Bolsonaro à Polícia Federal. Em seu tuíte, Hoffmann acusou Bolsonaro de responder a mais de 400 processos na Justiça e afirmou que "é muita tramoia, não vai ter como escapar".

No tuíte, a líder do PT se referiu ao depoimento de Bolsonaro como o dia em que o "inelegível" teria que explicar sua participação em uma conspiração golpista para prender o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e anular as eleições. Hoffmann mencionou um relatório final da Polícia Federal que afirma que o senador Marcos do Val teria se encontrado com Bolsonaro para planejar a trama, em parceria com o deputado Daniel Silveira.

“Chegou o dia do inelegível explicar sua participação na conspiração golpista pra prender o ministro Alexandre de Moraes e anular as eleições. Relatório final da Polícia Federal diz que Marcos do Val se encontrou com o genocida pra maquinar essa trama imbecil em parceria com Daniel Silveira. É o quarto depoimento de Bolsonaro e ainda vai ter mais, são 400 processos. É muita tramoia, não vai ter como escapar”, escreveu.

Bolsonaro chegou à sede da PF em Brasília no início da tarde. Bolsonaro já se presta depoimento no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado que teria sido articulada pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES). Os investigadores apuram supostas tratativas visando a um golpe de Estado durante reunião do ex-presidente com o senador e o ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). A reunião foi citada por Marcos do Val durante encontro com Moraes.

Fonte: https://www.brasil247.com/poder/gleisi-diz-que-bolsonaro-responde-a-mais-de-400-processos-na-justica-e-muita-tramoia-nao-vai-ter-como-escapar

quarta-feira, 12 de julho de 2023

PF prende 8 suspeitos de participação em quadrilha que lavou R$ 2 bilhões do tráfico de drogas

Suspeitos usavam mais de 20 empresas de fachada para a abertura de contas usadas na movimentação dos valores ilícitos e também fizeram lavagem de recursos através de criptomoedas

(Foto: Cristina Índio do Brasil/Agência Brasil)

Reuters - A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira oito pessoas acusadas de integrarem uma quadrilha suspeita de lavar 2 bilhões de reais oriundos do tráfico de drogas e de outros crimes relacionados, informou a PF.

Os suspeitos, de acordo com a PF, usavam mais de 20 empresas de fachada para a abertura de contas usadas na movimentação dos valores ilícitos, e também fizeram lavagem de recursos através de criptomoedas.

A investigação apontou a realização de transações financeiras e negociações envolvendo o Brasil e países da Europa, América do Norte e América do Sul.

“Alguns alvos da operação ostentavam vida de luxo e residiam em imóveis de alto padrão, além de possuírem veículos importados de elevado valor, bem como realizavam viagens internacionais de maneira constante”, disse a PF em comunicado.

A operação desta quarta-feira foi realizada nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul para cumprir 11 mandados de prisão preventiva e 29 mandados de busca e apreensão no total.

O grupo investigado movimentou desde 2017 mais de 2 bilhões de reais, segundo a polícia.

A 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro determinou ainda o sequestro de bens e valores em nome dos investigados, parentes, pessoas próximas e empresas de fachada no valor de 250 milhões de reais.

Mais de 2 milhões de reais em espécie e veículos de luxo foram apreendidos no curso da operação. Segundo a PF, a ação é desdobramento de operações deflagradas no Rio de Janeiro nos anos de 2021 e 2022 contra o envio de drogas por navios para a Europa.

“As apurações constataram que dois núcleos distintos, com formas de atuação semelhantes e comandados por estrangeiros, prestavam aos investigados por tráfico de drogas suporte financeiro por meio do branqueamento de capitais”, disse a PF em comunicado.

"Uma casa de câmbio no Rio de Janeiro foi identificada como responsável pela internalização de valores provenientes de outros países para o pagamento de traficantes no Brasil”, acrescentou.

Os alvos da operação são acusados de crimes de organização criminosa, gestão fraudulenta de instituição financeira e lavagem de capitais, cujas penas podem alcançar 30 anos de prisão.

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/pf-prende-8-suspeitos-de-participacao-em-quadrilha-que-lavou-r-2-bilhoes-do-trafico-de-drogas

Advertências severas devem ser feitas à arrogante Otan, diz o editorial do Global Times

 

José Reinaldo

Se a Otan não for contida, consequências mais graves se seguirão, diz o editorial

Sede da Otan em Bruxelas Sede da Otan em Bruxelas (Foto: REUTERS/Yves Herman/)

Global Times - A cúpula da Otan está sendo realizada em Vilnius, na Lituânia, de terça (11) a quinta-feira. A reunião foca nos planos para "combater a ameaça" da Rússia, incluindo discussões sobre a expansão da Otan e a futura adesão da Ucrânia à organização. Enquanto isso, o impulso estratégico da Otan para se intrometer na região da Ásia-Pacífico também é iminente nesta cúpula. A expansão da cooperação com os quatro "parceiros da Ásia-Pacífico" - Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia - é outro tópico importante da cúpula. A esse respeito, a mídia dos EUA afirmou que a Otan está tentando "dissuadir as ambições estratégicas da China".

Este é o segundo ano em que Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia são convidados para a cúpula da Otan. A fim de amarrar firmemente esses quatro países, a organização imitou o mecanismo "Quad" dos EUA, Japão, Índia e Austrália na cúpula do ano passado e criou especialmente um novo nome para esses quatro países chamado "Asia-Pacific Four (AP4)." Isso visa a institucionalizar a cooperação entre esses quatro países e a Otan e torná-los novos aliados de fato da " Otan+" na região da Ásia-Pacífico. Segundo fontes, a declaração conjunta a ser emitida em Vilnius mudará o nome do AP4 para "Indo-Pacific Four (IP4)", o que sem dúvida está mais de acordo com o tom de Washington.

Existem 31 membros da Otan, mas eles nunca foram monolíticos e têm visões diferentes sobre muitas questões internacionais. No entanto, eles são geralmente dominados pela vontade dos EUA. Agora eles foram sequestrados pelo pânico e tensão instigados pelos EUA, tornando-se "machados, lanças e pás de Washington". Onde quer que a Otan vá, é provável que as guerras eclodam. Estas não são apenas as impressões subjetivas deixadas pela Otan, mas também fatos objetivos em grande medida. Esta situação é, na verdade, mais digna da alta vigilância daqueles estados-membros da Otan que não têm intenção de se envolver passivamente na guerra.

A eclosão e o prolongamento do conflito Rússia-Ucrânia, juntamente com o caos e as mudanças no mundo, deram à Otan, que já esteve à beira da morte cerebral, uma oportunidade de respirar e prolongar sua existência. No entanto, também levou a Otan a fazer conclusões e julgamentos altamente errôneos, resultando em uma expansão sem precedentes de suas ambições geopolíticas após a Guerra Fria, como evidenciado pela Cúpula de Vilnius.

Na Cúpula de Vilnius, vimos a Otan tornar-se mais ambiciosa e agressiva. Quando a Otan está sendo arrogante, devemos alertá-la severamente sobre dois pontos: primeiro, a Otan deve conter ao invés de satisfazer o seu próprio impulso de expansão, posicionar-se corretamente e nunca cruzar a linha; em segundo lugar, a Otan deve respeitar as legítimas preocupações de segurança e exigências de interesse dos principais países da região, ao invés de ofendê-los e provocá-los. Caso contrário, levará a consequências desastrosas. O conflito entre a Rússia e a Ucrânia é uma lição. Se a Otan não se contiver, mas até mesmo agravar suas ações, consequências mais graves se seguirão.

Para ser mais direto, a Otan deve retirar prontamente a mão que estendeu para a região da Ásia-Pacífico, e não deve nem pensar em apertar metade de seu corpo no futuro. Além de alguns países como o Japão, que agem por motivos obscuros e egoístas, em vez de considerar os interesses gerais da Ásia, a maioria dos países da Ásia não apenas não acolhe bem a Otan, mas também a vê como um monstro terrível que deve ser evitado a todo o custo. Isso ocorre porque a Otan só traz riscos de segurança, ameaças de guerra e problemas de desenvolvimento para a Ásia.

O ex-primeiro-ministro australiano Paul Keating emitiu recentemente uma declaração, criticando a Otan e seu secretário-geral, Jens Stoltenberg, sem reservas. Ele acertou em cheio, dizendo: "Os europeus têm lutado entre si por quase 300 anos, inclusive dando ao resto de nós duas guerras mundiais nos últimos 100 anos. Exportar esse veneno malicioso para a Ásia seria semelhante à Ásia acolher a praga sobre si mesma." Ele também chamou Stoltenberg, que exagera a ameaça da China, de "tolo supremo" que "se comporta mais como agente americano do que como líder e porta-voz da segurança europeia".

Keating é um político visionário e perspicaz. Concordamos plenamente com sua afirmação. Ninguém criticou a Otan com mais precisão e vivacidade do que Keating. Suas palavras refletem um consenso entre os países asiáticos. A aliança militar transatlântica, que vem expandindo e perturbando a situação de segurança na Europa desde a Guerra Fria, agora está estendendo seu alcance para a região da Ásia-Pacífico. Seus motivos ocultos são bem conhecidos na comunidade internacional. Incitando a divisão e o ódio, criando confrontos entre grupos e causando o caos na Europa, eles agora buscam perturbar a paz na região da Ásia-Pacífico. Resistimos firmemente a isso, juntamente com a maioria dos países da região da Ásia-Pacífico.

O Japão, ignorando a forte oposição de seus vizinhos, está obstinadamente pressionando seu plano de despejar no oceano águas residuais contaminadas por energia nuclear. Agora está persistentemente introduzindo os problemas militares e políticos da Otan na Ásia, o que pode ser visto como a segunda traição e crime do Japão contra a Ásia após sua agressão fascista. Se houver consequências, o Japão tem uma responsabilidade histórica inegável. Diante disso, não é excessivo, não importa o quanto condenemos o Japão.

Fonte: https://www.brasil247.com/mundo/advertencias-severas-devem-ser-feitas-a-arrogante-otan-diz-o-editorial-do-global-times

Gastos de Bolsonaro após deixar a Presidência chegam a R$ 6,3 mil por dia, os maiores entre todos os ex-presidentes

 Custos relacionados ao ex-mandatário em um período pouco superior a seis meses alcançaram o valor total de R$ 1.1 milhão

Jair Bolsonaro Jair Bolsonaro (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)

247 - Jair Bolsonaro (PL) já custou mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos desde que deixou a Presidência da República em 1º de janeiro. Os custos relacionados ao ex-mandatário em um período pouco superior a seis meses alcançaram o valor total de R$ 1.159.255,73, uma média diária de R$ 6,3 mil. Os dados estão disponíveis no portal da Secretaria-Geral da Presidência da República e foram divulgados nesta quarta-feira (12) pelo jornal O Globo.

De acordo com a Lei n. 7.747/86, ex-presidentes têm direito a uma estrutura composta por até seis servidores para segurança pessoal, além de dois veículos oficiais com motoristas. No caso de Bolsonaro, os gastos entre 1º de janeiro e 4 de julho (última data consolidada) superaram todos os ex-presidentes do período democrático.

Os salários dos assessores do ex-mandatário totalizaram R$ 361.447,24 durante esses seis meses, correspondendo a uma média mensal de R$ 60,2 mil para os quatro servidores a que tem direito. “De 1º de janeiro a 4 de julho, o custo com todos os ex-presidentes foi de R$ 4.103.219,78 (uns R$ 683,8 mil por mês). Só as despesas na conta de Bolsonaro equivalem a 28% desse total, estando bem a frente dos demais que ocuparam o cargo”, destaca a reportagem. Os principais gastos relacionados à estrutura fornecida a Bolsonaro ocorreram durante o período em que ele esteve nos Estados Unidos.

Comparando com os outros ex-presidentes, Bolsonaro supera Dilma Rousseff (R$ 862.428,31), Fernando Collor (R$737.167,90), Michel Temer (R$561.054,04), José Sarney (R$ 414.501,86) e Fernando Henrique Cardoso (R$ 368.801,94) nos seis primeiros meses após terem deixado a Chefia do Executivo Federal.

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/gastos-de-bolsonaro-apos-deixar-a-presidencia-chegam-r-6-3-mil-por-dia-os-maiores-entre-todos-os-ex-presidentes