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A empresa de defesa norte-americana Lockheed Martin está mais do que otimista com o próximo ano, já que diversos países em torno do mundo elevaram seus gastos militares.
O CEO da empresa, James Taiclet, citado pelo portal Flight Global, afirmou acreditar que a empresa está em uma posição forte, assinalando o recente pedido do Pentágono de bilhões de dólares do governo Biden para os gastos militares.
O valor de US$ 886 bilhões (R$ 4,3 bilhões) solicitado pelo Pentágono representa um aumento de 3,3% nos gastos com a defesa anualmente.
Além dos interesses nos caças furtivos F-35, a empresa também celebrou o aumento da demanda dos caças F-16, além de demonstrar otimismo sobre as vendas dos helicópteros Sikorsky UH-60 Black Hawks, mísseis e outros equipamentos.
O otimismo da indústria militar americana pode ser uma evidência de que a administração Biden está alavancando o setor com diversos conflitos em torno do mundo, ameaças imaginárias e alianças com propósito armamentista.
Categorias: Economia
Mauro Cid (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
247 - Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid tinha grupos de WhatsApp, aplicativo em que ele discutia com outros militares caminhos para dar um golpe de Estado no Brasil. A Polícia Federal (PF) citou cinco militares que apareceram no relatório do celular de Cid. Um deles é o Coronel Jean Lawand Junior, que ocupa o cargo de supervisor do Programa Estratégico ASTROS do Escritório de Projetos do Exército. A lista dos militares foi publicada neste sábado (17) no portal G1.
Formado no ano de 1996 em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), Junior é pós-graduado em Ciências Militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO) e Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME). Chefiou o 6º Comando de Mísseis e Foguetes. Antes, foi Oficial de Ligação do Exército na empresa Avibras Aerospacial entre 2017 e 2020.
Outro militar que apareceu nas conversas foi Édson Skora Rosty, então general de Divisão do Exército. De acordo com a PF, em dezembro de 2022, o coronel do Exército escreveu a Mauro Cid que "ele [em referência ao então presidente] tem que dar a ordem", em alusão a tentativas de mantê-lo no poder. Depois, Lawand encaminhou o áudio, que afirma ter recebido de um "amigo do QG [Quartel-General]".
“Meu amigo, na saída do QG [Quartel-General] encontro bom o ROSTY, SCmt COTER. Foi uma conversa longa, mas para resumir, se o EB [Exército Brasileiro] receber a ordem, cumpre prontamente. De moto próprio o EB [Exército Brasileiro] nada vai fazer porque será visto como golpe. Então, está nas mãos do PR [presidente da República]", disse a mensagem.
A PF disse que o "nome ROSTY pode estar relacionado ao General de Divisão, Subcomandante de Operações Terrestres do Comando de Operações Terrestres do Exército Brasileiro, EDSON SKORA ROSTY".
Segundo a PF, o major Fabiano da Silva Carvalho foi o destinatário inicial da mensagem do jurista Ives Gandra sobre a tese de que o artigo 142 da Constituição Federal dá às Forças Armadas o papel de poder moderador. Carvalho é tenente-coronel, patente acima de major, e ocupa o cargo de adjunto da Seção de Doutrina e Estudos do Centro de Comunicação Social do Exército.
O sargento do Exército Luis Marcos dos Reis foi um dos presos pela PF na operação que apura fraude em cartões de vacina de Bolsonaro e ajudantes, em maio. A PF disse que ele também participou dos atos golpistas de 8 de janeiro e chegou a subir na cúpula do Congresso.
Ministro da Defesa, se reunirá nesta sexta-feira com o comandante do Exército para discutir quais medidas administrativas deverão ser adotadas contra o coronel Jean Lawand Junior
Jean Lawand Junior (Foto: Reprodução)
247 - O Exército Brasileiro está avaliando a possibilidade de anular a nomeação do coronel Jean Lawand Junior para a Representação Diplomática do Brasil nos Estados Unidos, em Washington. O general Tomás Paiva, comandante da instituição, está considerando essa medida após a Polícia Federal descobrir uma série de mensagens em que o coronel, então subchefe do Estado Maior do Exército, pedia ao ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, auxílio para um realizar um golpe de estado para impedir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumisse a chefia do Executivo Federal.
Generais ouvidos pela Folha de S.Paulo afirmaram que Lawand enfrentará consequências judiciais devido ao teor das mensagens enviadas a Cid e que as decisões administrativas serão tomadas por Tomás Paiva após uma reunião com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, marcada para esta sexta-feira (16).
>>> Lula manda demitir militar que tramou golpe de estado com Mauro Cid
A revelação dos diálogos que colocam um militar da ativa no centro da trama golpista está sendo encarada pelo Ministério da Defesa como uma situação delicada. Após o caso ser revelado pela revista Veja na quinta-feira (15), o ministro agendou uma reunião com o comandante do Exército para discutir a situação de Lawand para adotar as medidas cabíveis contra o coronel.
Em fevereiro, Tomás Paiva assinou uma portaria designando Lawand para a missão no exterior a partir de 2 de janeiro de 2024. A anulação dessa movimentação seria uma forma de garantir que o militar esteja no Brasil durante as investigações em andamento.
>>> Plano golpista encontrado no celular de Mauro Cid envolveu cúpula das Forças Armadas
O texto da nota ressalta, ainda, que "eventuais condutas individuais julgadas irregulares serão tratadas no âmbito judicial" e que, na esfera administrativa, "as medidas cabíveis já estão sendo adotadas".
Atualmente, o coronel Jean Lawand Junior supervisiona o Programa Estratégico Astros no Escritório de Projetos do Exército, ligado ao Estado-Maior da instituição. Formado na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) em 1996, Lawand se destacou como o cadete com a melhor nota da turma Bicentenário da Inconfidência Mineira. Ainda segundo a Folha de S. Paulo, “durante os quatro anos de formação, ele esteve ao lado do atual governador de São Paulo, Tarcísio Freitas [Republicanos]”.
Ainda conforme a reportagem, generais teriam dito que Lawand era um dos candidatos a ser promovido a general de brigada em 2025, considerando sua atuação em cargos de comando e suas posições nas turmas de formação militar. A promoção estava prevista para acontecer próximo ao retorno de Lawand dos Estados Unidos.
Presidente convocou reunião após revelação de que o ex-subchefe do Estado-Maior do Exército planejou um golpe de estado com o então ajudante de ordens de Bolsonaro
Lula e José Múcio (Foto: Ricardo Stuckert/PR | ABr | Pedro França/Agência Senado)
247 - O presidente Lula (PT) convocou uma reunião com o ministro da Defesa, José Múcio, e o comandante do Exército, general Tomás Paiva, no Palácio da Alvorada nesta sexta-feira (16) para discutir o destino dos militares envolvidos no plano do golpe arquitetado após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.
De acordo com a coluna Radar da revista Veja, Paiva já se encontra na residência oficial da presidência da República. Múcio, por sua vez, já conversou na manhã de hoje com a cúpula do Exército sobre o caso do coronel Jean Lawand Júnior, ex-subchefe do Estado-Maior do Exército, flagrado defendendo um golpe de estado em mensagens trocadas com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A demissão de Lawand é cogitada; uma promoção de cargo que o militar havia recebido em fevereiro já foi anulada.
Além disso, segundo o jornalista do UOL Tales Faria, "Lula está pedindo ao comandante do Exército e ao ministro da Defesa que façam uma limpeza no Exército, afastando todos os militares que tenham qualquer suspeita de participação em golpe [...] Tudo o que sair de informação de militares envolvidos em articulações golpistas será usado para tirá-los." Na visão do presidente, a divulgação da trama golpista teria sido mais uma indicação de que as Forças Armadas precisam de uma 'limpeza', a fim de os golpistas dispostos a romper com a hierarquia estabelecida e a trair o Estado Democrático de Direito.
“Por falta de ética, por faltar com a verdade, por participar do apoio à tentativa de golpe”, justificou o líder do PSD no Senado
(Foto: ABR)
247 — O senador Otto Alencar, líder do PSD no Senado, comentou a operação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra o senador Marcos do Val (Podemos).
“Por falta de ética, por faltar com a verdade, por participar do apoio à tentativa de golpe, por ter me gravado na CPI da COVID sem autorização, Marcos do Val já deveria estar sendo julgado no Conselho de Ética do Senado Federal, até porque a psiquiatria não deu jeito”, escreveu no Twitter.
Por falta de ética, por faltar com a verdade, por participar do apoio à tentativa de golpe, por ter me gravado na CPI da COVID sem autorização, Marcos do Val já deveria está sendo julgado no Conselho de Ética do Senado Federal, até porque a psiquiatria não deu jeito.
— Otto Alencar (@ottoalencar) June 15, 2023
Agentes da Polícia Federal cumprem, na tarde desta quinta-feira (15), mandados de busca e apreensão contra o senador bolsonarista Marcos do Val (Podemos-ES), após autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além das buscas, também foi feita uma ordem para bloqueio das redes sociais do senador, informa a Folha de S. Paulo. Do Val é alvo de investigação a pedido de Moraes desde fevereiro, suspeito dos crimes de falso testemunho, denunciação caluniosa e coação.
Os endereços em que a PF cumpre os mandados hoje são os do apartamento funcional ocupado pelo senador em Brasília, no gabinete dele no Senado e em outro local no Espírito Santo.
Conversas comprometedoras revelam intenção de oficiais em sufocar a democracia, segundo ex-ajudante
Mauro Cid (Foto: Isac Nóbrega/PR)
247 — Os arquivos do celular do ex-ajudante Mauro Cid trazem à tona detalhes de um plano para um possível golpe de Estado. Conversas comprometedoras entre Mauro Cid e oficiais de alto escalão do governo apontam para a intenção de sufocar a democracia e subverter a vontade popular. As informações são da Veja.

Lázaro Rosa
@lazarorosa25
Rapaz... Arquivos do celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, detalham plano do golpe. Mensagens e documentos revelam roteiro para anular as eleições. @VEJA
Leia a conversa completa no Twitter
No auge da crise política enfrentada pelo presidente Jair Bolsonaro em dezembro do ano passado, quando sua derrota nas eleições foi oficializada, o presidente manteve-se recluso no Palácio da Alvorada, evitando entrevistas e afastando-se das redes sociais. Essa atitude levantou especulações sobre seu estado de ânimo, com relatos de amigos próximos indicando que ele estava deprimido e inconformado com o resultado eleitoral. No entanto, os arquivos encontrados no celular de Mauro Cid revelam um cenário muito mais sombrio por trás do isolamento de Bolsonaro. As conversas trocadas entre Mauro Cid e oficiais de alto escalão apontam para um plano orquestrado visando minar as instituições democráticas do país. Detalhes sobre como esse plano seria executado e quais seriam os principais envolvidos estão agora nas mãos das autoridades.
Documentos obtidos pela Veja revelam que o ex-ajudante de ordens do presidente, Mauro Cid, arquitetou um plano para anular as eleições, afastar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e estabelecer uma intervenção militar no país. Os documentos, encontrados no celular de Mauro Cid, detalham o roteiro do golpe. Segundo o relatório de 66 páginas produzido pela Diretoria de Inteligência da Polícia Federal, o plano se sustenta na ideia de que os militares poderiam ser convocados para arbitrar um conflito entre os poderes. A derrota de Bolsonaro nas eleições seria justificada por decisões inconstitucionais dos ministros do STF, que também fazem parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com os documentos, o presidente encaminharia um relato das inconstitucionalidades ao comando das Forças Armadas, que avaliaria os argumentos. Se concordassem, nomeariam um interventor com poderes absolutos. Esse interventor suspenderia decisões consideradas inconstitucionais, afastaria preventivamente os ministros do STF e convocaria substitutos. Além disso, seriam abertos inquéritos para investigar as condutas dos magistrados, e uma nova eleição presidencial seria marcada. O celular de Mauro Cid também revelou a pressão exercida por coronel Jean Lawand Junior, subchefe do Estado-Maior do Exército e um dos mais eloquentes apoiadores do golpe. Em mensagens trocadas, Lawand instava Mauro Cid a convencer Bolsonaro a "dar a ordem" para a ação e argumentava que o presidente não tinha nada a perder, pois acabaria sendo preso. No entanto, o ex-ajudante de ordens afirmou que Bolsonaro não confiava no Alto-Comando do Exército.
Além de Mauro Cid, o relatório da Polícia Federal identificou mensagens de Gabriela Cid, esposa do ex-ajudante de ordens, em que ela convocava apoiadores de Bolsonaro para "invadir" Brasília e atacava o ministro do STF Alexandre de Moraes. Também foram encontradas mensagens golpistas em um grupo de WhatsApp chamado "Dosssss!", composto por "militares da ativa".
A descoberta desses documentos e conversas reforça a existência de uma conspiração golpista por parte de membros próximos ao governo Bolsonaro. Embora não se saiba se as propostas foram levadas ao presidente, o fato de ter pessoas próximas ao chefe de Estado planejando um golpe é motivo de grande preocupação para a democracia brasileira. A descoberta desses arquivos do celular de Mauro Cid tem o potencial de repercutir de forma significativa no cenário político brasileiro. O conteúdo das conversas expõe uma conspiração contra a democracia, com indícios de que haveria apoio de setores militares dispostos a agir fora dos limites legais para manter Bolsonaro no poder.
Enquanto as investigações seguem seu curso, a sociedade civil e as autoridades competentes aguardam ansiosamente para saber a extensão desse suposto plano de golpe. A transparência e a punição dos envolvidos tornam-se vitais para a preservação da democracia e do estado de direito no país. As informações são preliminares e estão sujeitas a confirmação pelas autoridades competentes. A seriedade do assunto requer uma investigação rigorosa e imparcial, visando proteger os princípios fundamentais do sistema democrático brasileiro.
"Cidão, pelo amor de Deus, cara. Ele dê a ordem, que o povo está com ele", disse o coronel Jean Lawand Junior, então subchefe do Estado Maior do Exército
Polícia Federal e Bolsonaro com Mauro Cid (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Isac Nóbrega/PR)
247 – A revista Veja revelou nesta quinta-feira uma trama golpista contida no celular do tenente-coronel Mauro Cid, que envolveu até mesmo integrantes do alto escalão das Forças Armadas. Diálogos entre o coronel Jean Lawand Junior, então subchefe do Estado Maior do Exército, e Mauro Cid atestam a participação de Lawand no plano. Após a derrota de Bolsonaro nas eleições, Lawand manteve contato frequente com Cid e exigiu repetidamente que o plano fosse colocado em prática. Na noite de 1º de dezembro, Lawand implorou: "Cidão, pelo amor de Deus, cara. Ele dê a ordem, que o povo está com ele". Ele se referia ao então presidente Bolsonaro e alertou que o Exército Brasileiro seria prejudicado se os generais que chefiavam as Forças Armadas não cumprissem a ordem, aponta reportagem publicada no jornal O Globo.
Em sua resposta, Cid foi breve: "Mas o PR (presidente) não pode dar uma ordem se ele não confia no ACE (Alto-Comando do Exército)". No dia seguinte, Lawand retomou o assunto e relatou um encontro entre "um amigo do QG" e o general Edson Skora Rosty, então subcomandante de Operações Terrestres, que teria concordado com a ofensiva. Lawand afirmou: "Foi uma conversa longa, mas, para resumir, se o EB (Exército Brasileiro) receber a ordem, cumpre prontamente". No entanto, ele ponderou: "O Exército não fará nada por conta própria, pois seria visto como um golpe. Portanto, está nas mãos do PR (presidente)".
Nove dias depois, as intenções golpistas continuavam presentes nas interações da dupla. Lawand assegurou: "Se a cúpula do Exército não está com ele, da Divisão para baixo está". Ele prosseguiu suplicando: "Assessore e dê-lhe coragem. Pelo amor de Deus". Cid informou que muitas coisas estavam acontecendo "passo a passo". Lawand comemorou: "Excelente!".
Procurado pela revista, Lawand, que foi designado pelo governo Lula para assumir o cargo de representante militar em Washington, nos Estados Unidos, afirmou ter uma relação de amizade com Cid e que suas conversas tratavam de assuntos triviais. Ele afirmou não se lembrar de nenhum diálogo com teor golpista. O general Rosty também relatou não se recordar de conversas desse tipo. Cid está preso desde o início de maio, após uma operação da Polícia Federal sobre fraudes em cartões de vacina, na qual seu telefone foi apreendido.
Bloqueio foi determinado devido a não quitação de multas aplicadas contra o ex-mandatário por não utilizar máscaras de proteção em São Paulo no auge da pandemia de Covid-19
(Foto: ABr)
247 - O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) emitiu uma nova ordem de bloqueio no valor de R$ 370 mil em contas bancárias vinculadas a Jair Bolsonaro (PL). Na terça-feira (13), o TJSP já havia determinado o bloqueio de R$ 87,4 mil do ex-mandatário.
O motivo de ambos os casos é o não pagamento de multas por não utilizar máscara de proteção quando viajou para diversas cidades do estado de São Paulo durante a pandemia de Covid-19, em 2021. Naquela época, o uso de máscara era obrigatório no estado, então governado por João Dória.
“Elabore-se a minuta de bloqueio tornando conclusos para protocolamento”, diz o documento do Tribunal assinado nesta quarta-feira”, diz o documento assinado nesta quarta-feira (14), segundo a coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo.
Em janeiro deste ano, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) ingressou com três ações para que o ex-mandatário quite as multas, totalizando R$ 431 mil, embora os casos sejam julgados separadamente.
Ex-presidente foi multado por não usar máscaras em São Paulo no auge da disseminação da Covid-19 e não quitou os débitos
Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Carla Carniel)
247 — O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) determinou o congelamento de R$ 87,4 mil das contas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) devido ao seu não pagamento de uma multa por não utilizar máscara durante a pandemia de Covid-19. A medida foi requerida pela Secretaria da Fazenda de São Paulo e concedida na última segunda-feira (12) pela juíza Ana Maria Brugin, da Vara das Execuções Fiscais Estaduais.
Bolsonaro foi multado por violar o protocolo sanitário durante o auge da infecção do novo coronavírus. Em 2021, durante uma visita ao Vale do Ribeira (SP), o ex-presidente, acompanhado de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), dispensou o uso de proteção facial. Naquela época, o uso de máscara era obrigatório no estado, então governado por João Dória.
Em janeiro deste ano, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) ingressou com três ações para que o ex-chefe do Executivo quite as multas, totalizando R$ 431 mil, embora os casos sejam julgados separadamente. A decisão do TJSP estabeleceu a indisponibilidade de fundos em depósito ou investimentos vinculados ao Banco Central do Brasil, bloqueando os valores até o montante da dívida executada.
Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/justica-bloqueia-r-87-mil-de-contas-de-bolsonaro
Exoneração definitiva do auditor Julio César Vieira Gomes, que chefiou o órgão durante o governo Jair Bolsonaro, foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira
Jair Bolsonaro e Julio Cesar Vieira Gomes (Foto: Reuters | Reprodução)
247 - A Receita Federal recuou e decidiu acatar o pedido de exoneração definitiva do auditor Julio César Vieira Gomes, que chefiou o órgão durante o governo Jair Bolsonaro (PL).
O pedido de exoneração havia sido feito por Gomes após a imprensa revelar que ele havia atuado pessoalmente para liberar as joias sauditas introduzidas ilegalmente no Brasil que o ex-mandatário tentou ficar para si, avaliadas em cerca de R$ 5 milhões, mas que deveriam ser incorporadas ao patrimônio do Estado brasileiro.
Segundo a coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, a exoneração do auditor foi assinada pelo atual secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, e publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (14).
Julio César havia tentado pedir demissão da Receita em abril, em meio à publicação de reportagens sobre o escândalo das joias. A exoneração, inclusive, chegou a ser publicada no DOU.
Horas após a demissão ser divulgada pela imprensa, o atual chefe da Receita revogou a medida, alegando que ele só poderia ser exonerado após a conclusão da investigação sobre a atuação dele na tentativa de liberação dos objetos. “Segundo a nova portaria publicada no DOU, a exoneração de Julio César vale a partir de 25 de maio”, ressalta a reportagem.
JÚNIOR RODRIGUES segunda-feira, junho 12, 2023
Um homem foi preso, nesse sábado, 10/06, em Jijoca de Jericoacoara, por uma equipe do Comando de Policiamento de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (CPRAIO) da Polícia Militar do Ceará (PMCE ), em uma ação policial que resultou na apreensão de duas armas de fogo, porções de drogas, relógios, cordões, pulseiras e R$ 142 em espécie.
Após checarem algumas denúncias anônimas acerca de um indivíduo de nome Ronaldo, que estaria traficando drogas na rua Cuiabá, os militares foram ao referido lugar e identificaram um indivíduo com as mesmas características repassadas.
No local, houve a abordagem. Então, durante a busca pessoal, Ronaldo Soares da Mota, 25, foi preso em flagrante por estar com parte da droga. Dando continuidade às diligências, os policiais foram até um apartamento na rua Vitória, onde o suspeito confessou que pegou a droga.
Ao chegarem, os dois indivíduos que ali estavam se evadiram. Entretanto, durante uma vistoria, houve a apreensão de um revólver .22 com cinco munições, uma pistola de calibre não identificado, seis celulares, 15 relógios, oito pulseiras, 16 colares, R$ 142, e dois documentos de identificação pessoal. Além de 82 trouxinhas de crack, 30 trouxinhas de cocaína, 700g de maconha, 42 comprimidos de ecstasy, 12 de LSD, 135g de MDMA e uma balança de precisão.
O procedimento cabível foi instaurado na Delegacia Municipal de Bela Cruz, ao passo em que prosseguem as buscas pelos dois suspeitos que se evadiram.
Assessoria de Comunicação da PMCE
Fonte: https://blogjrodrigues.blogspot.com/2023/06/cpraio-prende-suspeito-e-apreende-armas.html
De acordo com o Metrópoles, A Polícia Federal (PF) está se aproximando de intimar Michelle Bolsonaro para comparecer e prestar depoimento. A oitiva ocorrerá como parte das investigações que estão examinando os depósitos em dinheiro feitos por Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, para a ex primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Segundo fontes da PF, todas […]
Imagem: José Cruz/Agência Brasil
De acordo com o Metrópoles, A Polícia Federal (PF) está se aproximando de intimar Michelle Bolsonaro para comparecer e prestar depoimento.
A oitiva ocorrerá como parte das investigações que estão examinando os depósitos em dinheiro feitos por Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, para a ex primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Segundo fontes da PF, todas as peças do quebra-cabeça relacionadas ao caso estão praticamente montadas.
No último mês, forma encontrados mensagens no celular de Mauro Cid com pedidos de saques e transferências em dinheiro vivo para atender demandas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Foram identificados 13 recibos de depósitos em dinheiro realizados por Cid na conta de Michelle Bolsonaro, abrangendo o período de março a agosto de 2021, totalizando um montante de R$ 21.500. Além disso, foram descobertas solicitações de saques em espécie entre março e outubro do mesmo ano, que totalizam aproximadamente R$ 5.600.
Fonte: https://www.ocafezinho.com/2023/06/11/pf-vai-intimar-michelle-bolsonaro-para-prestar-depoimento/
Diálogos mostram que Dallagnol ficou irritado com a possível liberdade de Lula e buscou uma solução imediata para derrubar a decisão do desembargador, que mandou soltá-lo

247 - Trechos obtidos da Operação Spoofing indicam que procuradores e juízes do TRF-4 atuaram para evitar liberdade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando, em 08 de julho de 2018, o desembargador plantonista do final de semana Favreto o libertou.
Como indicam os diálogos abaixo, a decisão de Favreto irritou os postulantes da Lava-Jato, que buscavam contato com os membros do TRF-4 para imediatamente vetar a liberdade de Lula. A decisão de Favreto acabou sendo reformada pelo então presidente do TRF4, que determinou a manutenção da prisão.
Naquela ocasião, o agora ex-juiz considerado suspeito pelo STF Sérgio Moro interrompeu suas férias para também mostrar sua irritação. "O Desembargador Federal plantonista, com todo o respeito, é autoridade absolutamente incompetente para sobrepor-se à decisão do Colegiado da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal”, disse.
Veja os diálogos:
8 Jul 18
10:53:39 Deltan PRECISO FALAR C ALGUÉM DA REFIONAL
10:53:41 Deltan CRIMINAL
10:54:04 Deltan Favretto soltou Lula fora da competência de plantão
10:54:20 Deltan Precisamos falar com o Thompson Flores
10:54:42 Deltan Não coloquem pra fora do grupo mas precisamos de uma atuação urgente
10:54:57 Deltan Vou tentando ligar mas já tentei alguns e não deu certo por isso coloco aqui
10:55:00 Deltan URGENTE
11:10:22 Cazarre PRR4 Tem o nro do processo?
11:13:16 Deltan
11:13:40 Deltan O Paulo Pimenta e o Manoel Caetano estão lá so com a ordem
11:13:46 Deltan Não foi a decisão anexa
11:14:01 Deltan Veja se consegue no sistema Cazarre please
11:14:07 Deltan Quem é o plantonista?
11:20:52 Cazarre PRR4 Falei com o Pumes, nosso plantonista.
11:20:57 Deltan Consegui falar com Januario também que já vai somar esforços
11:21:07 Deltan Me passa o tel dele Cazarre?
11:22:03 Sanzi PRR4 Mas que absurdo!!!
11:22:29 Cazarre PRR4
11:27:56 Deltan Pumes tá no grupo agora tb
11:30:00 Deltan Vcs tem o contato do Thompson para achar ele?
11:30:08 Deltan Seria bom que alguém já fosse tentando
11:30:27 Deltan Nem que acionem Gebran e outros desembargadores
11:30:57 Deltan Isso é uma afronta individual clara contra a autoridade do tribunal e da turma
11:31:03 Cazarre PRR4 Falei com o Lenz.
11:32:20 Cazarre PRR4 Não sei se ele examinaria, mas talvez valha tentar uma petição de reclamação com pedido liminar pra suspender o mandado.
11:32:41 Cazarre PRR4 Pra presidência ou pra 8t...
11:33:48 Deltan Da pra sondar em paralelo Gebran e Thompson
11:38:11 Sanzi PRR4 Como é ato do desembargador. Acho que cabe ao presidente do TRF.
11:38:14 Deltan Ele não tinha competência em Plantao
11:38:21 Deltan
11:38:45 Deltan 1) art 92 par segundo
11:39:00 Deltan 2) autoridade coatora é próprio TRF
11:40:11 Jose Osmar Bom dia, colegas
11:40:27 Deltan Tá nas atribuições do president
11:40:40 Sanzi PRR4 Sim cabe ao presidente despachar.
11:40:50 Deltan
11:41:39 Jose Osmar consegui acessar a decisão. Ainda não terminei a leitura, mas ao que já percebi o argumento principal é baseado na existência de "fato novo" alegado pela defesa, consistente na notória situação de candidato do ex-presidente e no seu alegado alijamento do processo eleitoral
11:41:39 Sanzi PRR4 A matéria já fo decidida. Não poderia o plantonista inovar.
11:41:55 Jose Osmar é absurda, claro
11:42:33 Cazarre PRR4 Pumes Talvez seja caso de uma petição curta ao presidente, pra suspender por não ser caso de plantão e por não haver competência.
11:42:46 Deltan Art 23, II e XI, b/c, do Regimento interno acima
11:42:57 Sanzi PRR4 Esse argumento não é novo. Desde o início ele alegam isso. Portanto é matéria que já foi apreciada pela corte e não poderia ser revisada em plantão
11:43:07 Jose Osmar e tem um erro de premissa, porque ele invoca a decisão do tribunal que determina a prisão para cumprimento da pena, já que devidamente fundamentada no voto do relator, mas diz que o Moro não fundamentou
11:43:16 Jose Osmar quando ele apenas deu cumprimento à decisão
11:43:19 Cazarre PRR4 Li a decisão É uma reunião de frases feitas e passa por coma da decisão do trf4.
11:44:14 Jose Osmar Sim. Minha única dúvida é como fazer a distribuição para que o nosso pedido caia direto com o presidente, porque em princípio ele iria justamente para o plantonista
11:44:54 Cazarre PRR4 Faz por escrito e apresentamos pra ele...
11:45:08 Cazarre PRR4 Imprime
11:45:58 Sanzi PRR4 Direciona direto para ele. Não será distribuído no mesmo processo. Deverá ser outro procedimento. Com outro número.
11:46:54 Sanzi PRR4 Não é um pedido de reconsideração. É um procedimento próprio.
11:49:55 Sanzi PRR4 Ou vai no e proc. Lá tem um link petição. Escolhe a classe.
11:50:15 Sanzi PRR4 Será gerado um novo número
11:50:33 Jose Osmar em seguida já vou começar a trabalhar em um pedido. A princípio será reclamação
11:50:45 Sanzi PRR4 Sim
11:50:51 Jose Osmar depois vamos ver como fazemos a distribuição
11:51:10 Jose Osmar se forem surgido em ideias, me abasteçam, por favor
11:51:39 Jose Osmar como eu disse, o argumento principal parece ser a participação no processo eleitoral, que estaria sendo obstada
11:51:47 Jose Osmar ainda não terminei a leitura
11:52:26 Cazarre PRR4 Não cabe debater isso em hc...
11:52:49 Jose Osmar sim, ainda mais em plantão
11:53:01 Sanzi PRR4 Além disso, é consequência lógica da condenação.
11:53:22 Sanzi PRR4 Não é matéria nova
11:53:28 Cazarre PRR4 Toca ficha.
11:54:40 Deltan Vejam regulamento do PLANTAO
11:54:42 Deltan https://www2.trf4.jus.br/trf4/diario/visualiza_documento_adm.php?orgao=1&id_materia=2874582&reload=false
11:54:48 Deltan
11:54:57 Deltan Viola o 2, a
11:57:22 Deltan Art 2, par primeiro tb
11:57:44 Deltan Ao violar a resolução está infringindo a competência do Tribunal que cabe ao president tutelar
Segundo ele, a descoberta da minuta do golpe no celular de Mauro Cid o coloca como principal responsável pela tentativa de golpe
Rogério Correia, Bolsonaro e golpistas invadindo Brasília em 8 de janeiro (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | REUTERS/Carla Carniel | Joédson Alves/Agencia Brasil)
247 – No programa Boa Noite 247, do último dia 7, o deputado Rogério Correia (PT-MG) afirmou que descoberta de uma minuta do golpe no celular do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, coronel Mauro Cid, coloca o ex-presidente como o "investigado número 1" na CPI dos atos golpistas. "Ele é o principal suspeito de planejar o golpe de estado", diz o parlamentar.
A Polícia Federal encontrou no celular de Mauro Cid uma minuta de decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e alguns "estudos" que, segundo os investigadores, indicavam um possível planejamento para um golpe de estado. A GLO é uma medida que permite ao presidente convocar as Forças Armadas em situações de perturbação da ordem pública.
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que autorizou o depoimento de Cid, afirmou que o ex-ajudante de ordens "reuniu documentos com o objetivo de obter suporte jurídico e legal para a execução de um golpe de estado". Segundo o despacho do ministro, o material encontrado tratava "da possibilidade de emprego das Forças Armadas em caráter excepcional, destinados a garantir o funcionamento independente e harmônico dos poderes da União".
Durante seu depoimento, Cid optou por permanecer em silêncio, se recusando a falar. Os documentos encontrados estavam em mensagens trocadas com o sargento Luis Marcos dos Reis, também preso na mesma operação que investiga fraudes nos cartões de vacinação, incluindo o de Bolsonaro e sua filha Laura. Reis será ouvido pela PF nesta quarta-feira (7).
Numa das mensagens, o procurador Roberson Pozzobon afirma que seria necessário aguardar a orientação estadunidense
Roberson Pozzobon e Sergio Moro (Foto: Ascom/MPF | Senado)
247 – Com a divulgação dos diálogos obtidos na Operação Spoofing, os mesmos usados na Vaza Jato, fica claro que os procuradores de Curitiba cumpriram ordens dos Estados Unidos para atacar as maiores empresas brasileiras de engenharia – em especial a Odebrecht, que, no seu auge, chegou a empregar mais de 200 mil trabalhadores brasileiros, muitos deles altamente qualificados, como engenheiros e técnicos em diversas áreas de ponta.
Quando os procuradores falam em quebrar a Odebrecht e ferrar o advogado Rodrigo Tacla Duran, o também procurador Roberson Pozzobon afirma categoricamente que a "lava jato" aguardaria a "posição dos americanos" antes de tomar os próximos passos contra o advogado. De acordo com um estudo do Dieese, a Lava Jato, comandada pelo ex-juiz suspeito Sérgio Moro e pelo ex-deputado cassado Deltan Dallagnol, destruiu mais de 4,4 milhões de empregos. Saiba mais:
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Do Conjur – Conversas entre procuradores da extinta "lava jato" mostram que a operação desejava "ferrar" com o advogado Tacla Duran, pivô de acusações contra Deltan Dallagnol e o ex-juiz Sergio Moro. Os integrantes do MPF de Curitiba também falam em fechar a construtora Odebrecht.
O diálogo é de 17 de junho de 2016 e faz parte do acervo apreendido pela Polícia Federal durante a operação "spoofing". Nele, o procurador Orlando Martello sugere a leitura de um depoimento para quem quiser "ferrar Tacla Duran", conseguir a prisão perpétua de Marcelo Odebrecht ou fechar a construtora.
"Pessoal, depoimento longo, mas sugiro a sua leitura para quem estiver negociando no caso da ODE, bem como para quem quiser ferrar TACLA DURAN, para quem quiser fechar a ODE, para quem quiser prisão perpétua para MO [Marcelo Odebrecht]", disse.
O ex-procurador Diogo Castor, demitido em outubro de 2021 por encomendar um outdoor lavajatista instalado em Curitiba, comentou que queria "prender" o advogado. "Eu quero prender o tacla. recomendado tb [também]?", afirmou.
Roberson Pozzobon disse para o colega se acalmar, porque o pedido de prisão de Tacla estava pronto, mas que a "lava jato" aguardaria a "posição dos americanos" antes de tomar os próximos passos contra o advogado. Durante a operação, procuradores atuaram de forma clandestina junto aos Estados Unidos.
"Te acalme Castor. Pedido tá pronto, mas vamos aguardar a posição dos americanos pos reunião da próxima segunda pra protocolar. Eu sei que a vontade, sua, minha, de todos nós é GRANDE", disse Pozzobon.
Os procuradores Athayde Ribeiro Costa e Laura Tessler também se juntaram ao grupo. "Aquele BAFO DE ONÇA vai gerar rebeliao na carceragem. Ninguem aguenta", disse Athayde sobre Tacla Duran. "Bom prender logo", complementa Tessler.
Ministro da Secom cobra punição dos responsáveis pela Lava Jato, que deixou um rastro de destruição econômica e institucional
Paulo Pimenta, Sérgio Moro e Deltan Dallagnol (Foto: Gustavo Bezerra | ABr | Reuters)
247 – O ministro Paulo Pimenta, da Secom, cobrou a punição do ex-juiz suspeito Sergio Moro, hoje senador, e do ex-procurador e ex-deputado Deltan Dallagnol, pelos crimes cometidos por ambos durante a Lava Jato. "Cada vez que mais conversas da Vaza Jato são divulgadas aumenta minha perplexidade e minha indignação de como o Brasil foi capturado por essa quadrilha de bandidos de togas. Moro e Deltan comandaram uma sofisticada organização criminosa com ramificações em vários setores do aparato do Estado brasileiro. Uma perigosa organização que nunca mediu limites e jamais teve escrúpulos para alcançar seu projeto de poder", postou Pimenta, em suas redes.
"Que todos sejam identificados e respondam exemplarmente pelos crimes cometidos contra a democracia. Nenhum tipo de impunidade pode ser tolerada contra esse bando e seus cúmplices", cobrou o ministro. Saiba mais sobre o caso:
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Do Conjur – Conversas entre procuradores da extinta "lava jato" mostram que a operação desejava "ferrar" com o advogado Tacla Duran, pivô de acusações contra Deltan Dallagno e o ex-juiz Sergio Moro. Os integrantes do MPF de Curitiba também falam em fechar a construtora Odebrecht.
O diálogo é de 17 de junho de 2016 e faz parte do acervo apreendido pela Polícia Federal durante a operação "spoofing". Nele, o procurador Orlando Martello sugere a leitura de um depoimento para quem quiser "ferrar Tacla Duran", conseguir a prisão perpétua de Marcelo Odebrecht ou fechar a construtora.
"Pessoal, depoimento longo, mas sugiro a sua leitura para quem estiver negociando no caso da ODE, bem como para quem quiser ferrar TACLA DURAN, para quem quiser fechar a ODE, para quem quiser prisão perpétua para MO [Marcelo Odebrecht]", disse.
O ex-procurador Diogo Castor, demitido em outubro de 2021 por encomendar um outdoor lavajatista instalado em Curitiba, comentou que queria "prender" o advogado. "Eu quero prender o tacla. recomendado tb [também]?", afirmou.
Roberson Pozzobon disse para o colega se acalmar, porque o pedido de prisão de Tacla estava pronto, mas que a "lava jato" aguardaria a "posição dos americanos" antes de tomar os próximos passos contra o advogado. Durante a operação, procuradores atuaram de forma clandestina junto aos Estados Unidos.
"Te acalme Castor. Pedido tá pronto, mas vamos aguardar a posição dos americanos pos reunião da próxima segunda pra protocolar. Eu sei que a vontade, sua, minha, de todos nós é GRANDE", disse Pozzobon.
Os procuradores Athayde Ribeiro Costa e Laura Tessler também se juntaram ao grupo. "Aquele BAFO DE ONÇA vai gerar rebeliao na carceragem. Ninguem aguenta", disse Athayde sobre Tacla Duran. "Bom prender logo", complementa Tessler.
Para o jornalista Luis Nassif, TRF-4 agiu como se tivesse poderes absolutos e achou que esconderia as irregularidades para sempre
(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | ABr)
247 - O jornalista Luís Nassif, editor do Jornal GGN, avaliou nesta quinta-feira (8) que as novas mensagens da Operação Spoofing, divulgadas pelo GGN e pelo Conjur, demonstram que o conluio na Lava Jato não ficou limitado à relação entre Sergio Moro e os procuradores de Curitiba. Desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, como Thompson Flores e Marcelo Malucelli, também estavam alinhados com os objetivos da operação que se prestou a tirar Lula da eleição de 2018 e mudar o destino político do País.
Para Nassif, as novas mensagens da Spoofing provam que o sentimento de estar acima da lei extrapolou a Vara de Moro e a força-tarefa liderada por Dallagnol, e contaminou o TRF-4, que agora age para evitar que os esqueletos da Lava Jato saiam do armário.
“O endosso que ganharam da mídia foi tão grande que se julgaram acima da lei. Pensaram que o poder seria eterno. O TRF-4 demonstrou total falta de senso, pensando que todas as irregularidades [que avalizaram] ficariam para sempre varridas para deixado do tapete. Tenho certeza que o Supremo vai analisar os dados da Spoofing e ter o maior processo de limpeza da história jurídica brasileira”, afirmou o jornalista.
>>> Exclusivo: o depoimento em que Tony Garcia apontou os crimes de Moro e Gabriela Hardt engavetou
Leia também matéria do Conjur sobre o assunto:
Conversas inéditas entre procuradores da finada "lava jato" mostram que o ex-juiz Sergio Moro tentou obter informações para emparedar ministros do Superior Tribunal de Justiça e que o Ministério Público editou súmulas do Tribunal Regional Federal da 4ª Região em matéria penal e de improbidade administrativa. Os diálogos foram revelados nesta quarta-feira (7/6) por Luis Nassif, do Jornal GGN, e obtidos também pela revista eletrônica Consultor Jurídico.
Além disso, as conversas, que fazem parte do acervo apreendido pela Polícia Federal na operação "spoofing", voltam a mostrar a proximidade entre a "lava jato" e o desembargador Marcelo Malucelli, do TRF-4, e que os procuradores podem ter deixado de utilizar documentos sobre políticos a pedido de Moro, possivelmente para que o caso não subisse ao Supremo Tribunal Federal.
"O Russo (Sergio Moro) pediu para autuar os materiais sensíveis, como aquelas três folhas que você me mostrou hoje, em apartado. E ele quis saber onde estão as anotações do MO (Marcelo Odebrecht) sobre o Falcão e ministros do STJ", disse uma pessoa identificada nas mensagens apenas como "Érika", possivelmente a delegada Érika Marena. Já "Falcão", citado no diálogo, é o ministro Francisco Falcão, do STJ.
Uma segunda pessoa, dessa vez não identificada no diálogo, falou que só há "ilação" entre as anotações de Marcelo Odebrecht sobre Falcão.
Em outro trecho, o procurador Januário Paludo afirmou que o desembargador Thompson Flores Lenz, do TRF-4, pediu que os integrantes da "lava jato" fizessem súmulas para a corte em matéria penal e de improbidade administrativa: "O trf4 vai editar uma série de súmulas. Quem está coordenando e o vice presidente, nosso ex-colega Lenz, que nos procurou. Ele nos pediu, 'diante da nossa experiência' a redação de súmulas em matéria criminal e AIA, especialmente".
Depois dessa mensagem, o então coordenador da "lava jato", Deltan Dallagnol, brincou, usando o seu já conhecido punitivismo, sobre qual deveria ser a redação de uma das súmulas: "No mínimo, a pena máxima".
Outra conversa indica que Moro orientou a "lava jato" a esconder documentos envolvendo supostos pagamentos a políticos, possivelmente para que o caso não fosse imediatamente ao Supremo Tribunal Federal, corte responsável por analisar ações envolvendo autoridades com foro especial.
"Prezados, sabem dizer onde localizo a planilha/agenda apreendida com BARRA que descreve pgtos a diversos politicos. Lembro que o russo tinha pedido protocolo separado. Vamos precisar pra manter a prisao dele la em cima", disse "Athayde", provavelmente o procurador Athayde Ribeiro Costa.
Uma pessoa não identificada falou que Moro orientou que não houvesse pressa para que os documentos fossem enviados ao sistema da Justiça Federal. "O russo tinha dito pra não ter pressa pra eprocar isso, dai coloquei na contracapa dos autos e acabei esquecendo de eprocar."
As conversas também voltam a mostrar que o desembargador Marcelo Malucelli tinha bastante proximidade com os procuradores da "lava jato". O magistrado, que integra a 8ª Turma do TRF-4, é pai do advogado João Eduardo Malucelli, sócio de Moro em um escritório de advocacia.
Por fim, Moro teria chamado um delegado da Polícia Federal que atuou na operação "zelotes" para saber o que havia na investigação contra um dos filhos do hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Delegado da zelotes teria sido chamado ontem pelo russo em Cwb p saber o q tem sobre o filho do 9. Teria viajado só p isso", diz na conversa uma pessoa identificada como "Paulo", possivelmente Paulo Roberto Galvão.
Leia os diálogos na íntegra (a grafia foi mantida da forma original):
Moro orientou que a "lava jato" não tivesse "pressa" para protocolar documentos sobre supostos pagamentos a políticos:
09:36:46 Athayde Prezados, sabem dizer onde localizo a planilha/agenda apreendida com BARRA que descreve pgtos a diversos politicos. Lembro que o russo tinha pedido protocolo separado. Vamos precisar pra manter a prisao dele la em cima
09:37:24 Athayde É URGENTE
10:04:20 Oi Athayde, o russo tinha dito pra não ter pressa pra eprocar isso, dai coloquei na contracapa dos autos e acabei esquecendo de eprocar
10:04:38 Vou fazer isso logo
10:16:28 Athayde Erika, aguarde q vou te ligar. Abs
10:17:44 Ok
Moro pediu informação sobre um dos filhos de Lula a delegado da "zelotes":
19:06:00 Paulo Pessoal, história esquisitissima em off
19:06:55 Paulo Delegado da zelotes teria sido chamado ontem pelo russo em Cwb p saber o q tem sobre o filho do 9
19:07:07 Paulo Teria viajado só p isso
19:07:58 Athayde Russo do filho do 9 hj. Mas disse que veio do Marcio
19:08:03 Paulo Meu primeiro palpite é q seja coisa dos dpfs de Cwb
19:08:57 Paulo Isso q imaginei. Como estão por fora da nossa investigação, podem estar querendo capitalizar com outra coisa
19:13:30 Deltan panificadora? estou indo aí deixar o computador e convidar quem topar...
19:14:05 Julio Noronha Muito esquisito... Marcio perguntou nesta semana se tínhamos as quebras do Luleco (investigado na Zelotes) e das empresas dele
19:15:00 Deltan Olhando pelo lado bom, precisamos de novas frentes, nossas ou de outros
19:15:58 Julio Noronha Verdade tb
Moro solicitou informações sobre divisão de valores com os EUA e Suíça em acordos de leniência:
PG. Veja essas demandas do Russo: [17/5 16:14] Moro: No acordo ODB, 502017534, faltou informar, salvo engano, como ficou a divisao dos valores entre EUA, suíça e Brasil. Preciso disso para homologar. [17/5 16:55] Moro: Sergio Moro: E os advogados que representarão a ODB no processo do acordo
19:14:24 Athayde Vaccareza
19:14:53 Athayde estavamos trabalhando juntos. mas dps ele quis fazer voo rasteiro
19:15:00 Athayde nem conversou nem nada
19:15:16 Athayde mas fez um bom trablaho
19:16:49 Deltan Top Isabel parabéns
19:22:12 Deltan Russo é bem contra o acordo e quer ser mantido informado rs
19:23:41 Deltan Diogo faz nota sobre isso. Vamos pressionar o presidente e a comissão que prepara o indulto
19:23:42 Deltan Coloca isso tb
19:24:03 Deltan Temos que trazer à tona os movimentos da classe política para assegurar sua impunidade
18:00:21 Julio Noronha Ok!
18:08:58 Russo quer saber condições das colaborações da Galvão.
18:09:22 Athayde Os que foram condenados voltarao para a prisao
18:09:26 Athayde por um periodo
18:09:34 Jerusa não foi assinado ainda
18:14:02 Já há condições acertadas?
18:15:04 Jerusa sim
18:15:06 Jerusa ja te passo
Conversas mostraram proximidade entre desembargador Marcelo Malucelli e integrantes da "lava jato":
18:03:01 Deltan [15:28, 3/4/2019] Juiz Marcelo Malucelli JFPR: Boa tarde Deltan
[15:29, 3/4/2019] Juiz Marcelo Malucelli JFPR: Bem, tivemos a conversão para a nova vara criminal. Já instalada e funcionando.
[15:29, 3/4/2019] Juiz Marcelo Malucelli JFPR: Em breve, creio, a corregedoria deve definir a forma de auxílio que irá fazer à 13.a
18:06:49 Deltan do que se trata PG?
18:06:57 Deltan Excelente.
18:08:09 Isabel Grobba são os candidatos à lista, né? Estavam na ANPR?
18:10:06 Paulo isso
Moro solicitou anotações de Marcelo Odebrecht sobre ministros do STJ:
12:14:40 Érika. O Russo pediu para autuar os materiais sensíveis, como aquelas três folhas que você me mostrou hoje, em apartado.
12:16:16 E ele quis saber onde estão as anotações do MO sobre o Falcão e ministros do STJ.
12:16:16 Hummmm
12:16:44 Ele está preocupado com o vazamento dessas informações.
12:17:04 Esse negócio do falcão eh ilacao ... Ta naquelas anotações mesmo do celular dele...
12:18:12 Paulo essas anotações sobre ministros do stj, são do MO ou são aquelas do flácio lucio magalhães, operador da Andrade?
12:19:12 Está em algum relatório?
12:20:24 Vou procurar, o agente q analisou esse material está na operação hoje e o Mauat ta internado nas oitivas do Goes
13:55:36 Deltan Erika e Marcio, olhem por favor um email que enviei
13:56:00 Se puder manda no meu gmail
13:56:16 maanselmo@gmail.com
13:56:56 Deltan enviado
Desembargador do TRF-4 pediu que "lava jato" escrevesse súmulas da corte em matéria penal e de improbidade:
09:15:03 Januario Paludo Prezados. O trf4 vai editar uma série de súmulas. Quem está coordenando e o vice presidente, nosso ex-colega Lenz, que nos procurou. Ele nos pediu, "diante da nossa experiência" a redação de súmulas em matéria criminal e AIA, especialmente. Abs
14:29:24 Deltan Simula n. 1: no mínimo, a pena máxima
O empresário citou os senadores Randolfe Rodrigues e Renan Calheiros para a defender uma CPI com o objetivo de apurar crimes de Sergio Moro
Montagem (da esq. para a dir.): Tony Garcia, Luiz Inácio Lula da Silva e Sergio Moro (Foto: Divulgação / Ricardo Stuckert)
247 - O empresário Tony Garcia, que tem revelado mais irregularidades do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) quando o parlamentar era juiz, voltou a sugerir pelo Twitter a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito da Operação Lava Jato. De acordo com o delator, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisa saber mais detalhes das armações para levar o petista à prisão em 2018.
"Após esse escândalo das conversas entre procuradores da Lava Jato e Moro, sugiro aos senadores Renan e Randolfe que colham assinaturas para abertura de uma CPI no senado da república. O país precisa passar essa história nefasta a limpo. O Presidente Lula merece ter conhecimento de toda essa armação para levá-lo à prisão", disse Garcia no Twitter.
O empresário fez referência a conversas entre Moro e promotores. Na condição de juiz, o atual senador procurou o delegado da Polícia Federal Luciano Flores para buscar informações que pudessem comprometer Luís Cláudio Lula da Silva, um dos filhos de Lula. Foi o que apontaram novos diálogos de procuradores do Ministério Público Federal (MPF-PR) que constam no acervo da operação Spoofing.
Na última segunda (5), o empresário havia sugerido a parlamentares a criação da CPI da Lava Jato. Nesta quarta (7), a TV 247 transmitiu com exclusividade o depoimento de Garcia à juíza Gabriela Hardt sobre os crimes cometidos por Moro. Na última sexta (2), o empresário informou ao 247 que, a mando do ex-juiz, gravou de forma ilegal o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) em 2018. Também afirmou que foi instruído a dar uma entrevista à revista Veja que pudesse comprometer o ex-ministro José Dirceu (PT). Garcia disse que Moro transformou "Curitiba na Guantánamo brasileira".
Em 2021, o Supremo Tribunal Federal declarou a suspeição de Moro nos processos contra Lula, que teve os direitos políticos devolvidos. Em 2022, o atual senador foi derrotado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) por fraude em domicílio eleitoral e, por consequência, decidiu ser candidato pelo estado do Paraná.

TonyGarcia
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Após esse escândalo das conversas entre procuradores da Lava Jato e Moro, sugiro aos senadores Renan @renancalheiros e Randolfe @randolfeap, que colham assinaturas para abertura de uma CPI no senado da república. O país precisa passar essa história nefasta a limpo.
TonyGarcia
@TonyGar92293780
O Presidente Lula merece ter conhecimento de toda essa armação para levá-lo à prisão. @Pimenta13Br @FlavioDino
Fonte:
https://www.brasil247.com/poder/tony-garcia-volta-sugerir-cpi-da-lava-jato-e-diz-que-lula-merece-ter-conhecimento-da-armacao-para-leva-lo-a-prisao
Parentes de Luciano Cavalcante têm cargos com salários que ultrapassam R$ 10 mil em órgão milionário de Maceió comandado por aliados do presidente da Câmara
Carlos Jorge Ferreira Cavalcante (à esq.) em evento com Arthur Lira (Foto: Reprodução/Instagram)
247 - Parentes de Luciano Cavalcante, ex-assessor nº 1 de Arthur Lira (PP-AL) em Brasília, foram empregados na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), cujos cargos de direção estão sob domínio político do presidente da Câmara dos Deputados, informa reportagem do Estadão, que também aponta que aliados de Lira estão no comando da companhia em questão.
A superintendência da CBTU em Maceió é comandada por Carlos Jorge Ferreira Cavalcante, irmão de Luciano. Seu salário é de R$ 19.487,36, tendo chegado ao cargo com as "bênçãos" de Lira e do pai do presidente da Câmara, Benedito de Lira, prefeito de Barra de São Miguel.
Glaucia Maria de Vasconcelos Cavalcante, esposa de Luciano, por sua vez, ocupa a função de gerente regional de Planejamento e Engenharia do órgão, com salário de R$ 13.313,10. A CBTU de Maceió movimentou R$ 23 milhões em recursos federais somente em 2023.
A reportagem do Estadão destaca que "nas redes sociais, Carlito trata Lira e Biu como ídolos. Ele fez campanha para os dois ao menos nas últimas três eleições. O superintendente aparece ao lado do presidente da Câmara em comícios e outros eventos partidários. O apadrinhado de Lira esteve com o parlamentar em Brasília para comemorar as duas vitórias do chefe para a presidência da Câmara, em 2021 e neste ano".
Antes de propor o pacote, Moro já havia usado desse expediente contra Tony Garcia, delator da Lava Jato, forçando-o a gravar ilegalmente investigados selecionados por ele
Tony Garcia e Sergio Moro (Foto: Reprodução | Pedro França/Agência Senado | Divulgação)
247 - O empresário e ex-deputado estadual Tony Garcia, que revelou recentemente à TV 247 ter sido utilizado ilegalmente como “agente infiltrado” pelo ex-juiz parcial - e hoje senador - Sergio Moro (União Brasil-PR), resgatou uma postagem de 2019 para corroborar sua versão.
No dia 7 de abril daquele ano, quando Moro já era ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), o ex-juiz destacou que seu pacote de lei “anticrime” previa a criação de “agentes infiltrados”. “Projeto de lei anticrime. Medidas simples e eficazes contra o crime. Já assistiu aqueles filmes norte-americanos com agentes policiais disfarçados infiltrando-se em gangues de criminosos, traficantes ou corruptos? Como Donnie Brasco ou The Infiltrator e que retratam casos reais”, publicou Moro.
“Qualquer semelhança não é ‘pura coincidência’”, afirmou Tony Garcia, também pelo Twitter. “Olhem o que diz Moro em 2019. Em 2004, ou seja, 15 anos antes, já havia usado desse expediente me usando para seu tão sonhado projeto. O projeto dele deveria ter sido batizado como ‘Guantánamo de Curitiba’”.
O juiz Eduardo Appio enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia contra Moro alegando que o ex-juiz da Operação Lava Jato inventou uma "esdrúxula figura investigatória" ao utilizar Tony Garcia como agente infiltrado. As informações foram divulgadas pelo GGN.
Em seu despacho, Appio não poupou críticas a Moro, destacando que o ex-magistrado criou uma figura investigatória inusitada ao utilizar Garcia como agente infiltrado para gravar ilegalmente os investigados selecionados por ele. Entre os alvos estavam um governador e ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), todos com foro privilegiado. Appio destacou que Moro utilizou um "colaborador infiltrado sem qualquer formalidade ou observância das leis vigentes no país" para investigar figuras que estavam fora de sua alçada.