sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Guerra do papel contra o eletrônico

 

No início, toda transformação traz uma insegurança. Isso já está assimilado por todos. Mas as mudanças são inerentes e inevitáveis ao humano, e até a qualquer existência viva. Na sociedade existem mudanças chocantes, incompreendidas e assustadoras no início. Outras são mais vagarosas e de fácil assimilação. Nenhuma, entretanto, nenhuma se consolida com naturalidade.

Há algum tempo se discute a implantação do processo eletrônico na esfera da administração pública e mais precisamente no Poder Judiciário. Já na administração em geral o processamento eletrônico para comunicados, circulares, avisos, relatórios e controles em geral, como fichas.

A grande vantagem seria acelerar os julgamentos dos processos, com vista a acabar com a morosidade secular.

No longínquo 2006 foi aprovada a Lei 11.419 para normatizar as regras de instalação do processo eletrônico.

Apesar das incontestáveis vantagens, até agora o processo eletrônico ainda patina e, na visão de alguns, traria muitos riscos.

Os saudosistas do papel alegam, principalmente, falta de preparo dos servidores públicos. Argumento insustentável já que hoje as pessoas lidam naturalmente com as tecnologias, ainda mais aquelas que prestam concurso público.

Também haverá a extinção natural de algumas seções ou departamentos. Os protocolos e os arquivos só existirão, enquanto os atuais documentos físicos não forem digitalizados. Não haveria por que manter uma seção física para dar número de identificação que pode – e deve - ser criado automaticamente no sistema que for utilizado para movimentação dos processos e de documentos.

Também deve ser forte o lobbie de fabricantes de papel, de impressoras, de canetas, de porta-bloquinhos e de tudo vinculado ao papel.

A primeira seria a manutenção da qualidade dos documentos no computador, impossível em autos físicos. Não haveria necessidade de numerar páginas e colocar certidões de toda natureza. Os documentos são provas por si e a identificação de quem esteja praticando todos os atos ocorre no momento do acesso aos sistemas.

As vantagens superam em muito alguns problemas iniciais. Não haveria necessidade de imprimir documentos produzidos em computador para redigitalizá-los depois de machucados, rasgados e/ou manchados e a custos altíssimos. E muitos cargos de chefia se tornarão desnecessários, pois todo o gigantismo da administração pública se deve à existência do papel.

Além disso, evita despesas com transportes, armazenamento, pois é incomparável os espaços ocupados com a papelada, mesmo daqueles órgãos que optem por guardar cópias em mídias, como CDs, DVDs e pen drives.

Causa estranheza a lentidão na implantação do processo e de documentos eletrônicos de forma universalizada em todos os órgãos judiciais e de toda a administração pública direta e indireta. O papel pode continuar para outras utilidades, não para processos e documentos que já deveriam ter sido extintos há alguns anos.

Pedro Cardoso da Costa – Interlagos/SP

Bacharel em direito

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Suspeitas sobre contas de Aécio e PSDB precisam ser investigadas, cobra deputado

AdelmoLeao gustB

Mais uma situação que o ex-candidato à Presidência da República e senador Aécio Neves (PSDB-MG) terá que explicar acerca de irregularidades financeiras de sua campanha em 2014. O tucano precisará responder por qual motivo o seu partido tinha dois tesoureiros, um de fato e outro de direito. Muito embora o ex-ministro José Gregori (ex-secretário Nacional de Direitos Humanos e ex-ministro da Justiça de FHC) tenha se apresentado no pleito do ano passado como tesoureiro, quem aparece oficialmente como ocupante da função é Frederico Pacheco de Medeiros, primo de Aécio.

Na prestação de contas apresentada pelo PSDB ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sobre as quais recaem suspeitas de irregularidades em 15 itens, o nome que consta como “administrador financeiro” responsável é Frederico Pacheco, que até janeiro de 2015 ocupava o cargo de diretor de Gestão Empresarial da Cemig, a companhia de eletricidade do governo de Minas Gerais. Segundo informações da Rede Brasil Atual, publicadas nesta segunda-feira (7), o primo de Aécio já participava do governo mineiro desde 2003, quando o ex-presidenciável assumiu seu primeiro mandato como governador. Pacheco foi secretário-adjunto de governo e secretário-geral de Aécio.

Para o deputado Adelmo Leão (PT-MG), o conjunto da obra sobre as finanças da campanha presidencial tucana é grave, não apenas no que se refere à questão dos tesoureiros, mas, sobretudo, acerca das irregularidades já apontadas. “O que a gente tem insistido com as instâncias responsáveis por analisar as contas de campanha é que não se pode tratar com pesos e medidas diferentes situações semelhantes. Ou seja, condenando alguns e protegendo outros, omitindo situações e fatos”, argumentou o parlamentar.

No mês passado, a ministra Maria Thereza de Assis Moura, relatora da prestação de contas da campanha de Aécio no TSE, pediu explicações sobre 15 itens com supostas irregularidades detectadas. Entre elas, está o não registro de transferência de Aécio para o PSDB de uma doação de R$ 2 milhões da Odebrecht – uma das empresas investigadas na Operação Lava Jato. “O comitê financeiro nacional para presidente da República do PSDB registrou em sua prestação de contas o recebimento de doação de R$ 2 milhões, efetuada pelo candidato, no entanto, não há o registro da transferência na prestação de contas", destaca o relatório da Justiça Eleitoral.

Adelmo Leão ressaltou a necessidade de, juntamente com a investigação dos pontos suspeitos de irregularidades, o TSE se debruçar sobre a constatação de haver um titular do cargo de tesoureiro e outra pessoa que efetivamente desempenhava a função. “É mais um fato que cabe aos órgãos de Estado analisar nas contas dos tucanos”, reforçou.

Ao rol de suspeitas que envolvem as finanças tucanas, soma-se a documentação complementar enviada pela Polícia Federal na semana passada ao Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de dar prosseguimento às investigações que têm como foco o senador e ex-governador mineiro e também senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). Segundo os dados da PF, uma nova testemunha – servidora do governo mineiro na Secretaria de Planejamento – trouxe elementos que podem relacionar uma remessa de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, delator da Lava Jato, ao tucano Anastasia.

PT na Câmara com Rede Brasil Atual

Foto: Gustavo Bezerra
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Sonegação bilionária: Augusto Nardes envolvido na Operação Zelotes?

 

zelotesAugusto Nardes, ex-deputado federal (PP-RS), ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) — órgão auxiliar do Congresso Nacional — estaria envolvido no esquema de sonegação de impostos que pode ter causado um prejuízo de R$ 19 bilhões aos cofres públicos? Quem levantou a hipótese foi a revista Carta Capital, em matéria publicada no seu portal, nesta terça-feira (8).

Na semana passada, a força-tarefa da Operação Zelotes, que investiga o esquema bilionário que manipulava decisões e multas do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), fez buscas em Santo Ângelo (RS), cidade de Nardes, e a suspeita é de que uma empresa da qual é sócio o ministro participe da fraude. Santo Ângelo é a terra natal de Paulo Roberto Cortez, um dos principais delatores do esquema.

Nardes disse que está “tranquilo” porque se afastou de todas as empresas desde que se tornou ministro do TCU. A Carta Capital e outros veículos da imprensa informam que parte das investigações da Zelotes será enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), já que há suspeita de participação no esquema de autoridades com foro privilegiado, o que se aplica aos integrantes do Tribunal de Contas.

Para o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), a Zelotes precisa investigar a fundo todas as conexões do esquema. “Devemos permanecer vigilantes para impedir as tentativas de operação abafa sobre a Zelotes. Existem grandes empresas envolvidas e com certeza nada disso ocorreria sem proteção política, por isso precisamos que a investigação se aprofunde e desvende completamente este esquema bilionário de corrupção”, defendeu Pimenta.

Augusto Nardes ganhou recentemente os holofotes da mídia e da oposição conservadora por conta da sua defesa enfática da reprovação das contas de 2014 da presidenta Dilma Rousseff. Quando foi indicado para o TCU, em 2005, pelo então presidente da Câmara, o deputado Severino Cavalcante (PP-PE), que depois renunciou ao mandato para evitar um processo de cassação de mandato, Nardes teve que enfrentar a resistência do presidente do órgão fiscalizador à época, Adylson Motta, que escreveu ao presidente Lula pedindo que não sancionasse a nomeação de Nardes devido “à inobservância do requisito constitucional da reputação ilibada e idoneidade moral”.

A Zelotes apura o esquema fraudulento de perdão de dívidas fiscais que beneficiava grandes empresas. Dentre as citadas até o momento como suspeitas, figuram o grupo midiático RBS, os bancos Santander, Bradesco, Opportunity e Safra, a construtora Camargo Correa e a fábrica Gerdau. A investigação analisa 74 processos suspeitos do Carf, julgados entre 2005 e 2013, que somados podem chegar a R$ 19 bilhões sonegados.

PT na Câmara

http://www.ptnacamara.org.br/index.php/component/k2/item/24328-sonegacao-bilionaria-augusto-nardes-envolvido-na-operacao-zelotes

Nova reforma agrária deve assentar 120 mil famílias

 

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Ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, encaminhou para presidente Dilma Rousseff o novo plano de reforma agrária que até 2018 pretende assentar 120 mil famílias que vivem acampadas no país; “Elaboramos um plano concreto, factível, um plano de ação na perspectiva de assentarmos em condições dignas as 120 mil famílias hoje acampadas no Brasil”, disse Patrus após participar de reunião da comissão geral da Câmara dos Deputados

10 de Setembro de 2015 às 14:47

Yara Aquino, da Agência Brasil - O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, disse hoje (10) que já encaminhou para análise da presidenta Dilma Rousseff o novo plano de reforma agrária e que uma das ações propostas é assentar, até o final de 2018, as 120 mil famílias que vivem acampadas no país. O plano foi elaborado pelo ministério a pedido da presidenta.

“Elaboramos um plano concreto, factível, um plano de ação na perspectiva de assentarmos em condições dignas as 120 mil famílias hoje acampadas no Brasil. Nossa proposta foi encaminhada à Presidência da República, e estamos aguardando uma convocação da presidenta Dilma para apresentarmos o plano à sociedade brasileira”, disse Patrus após participar de reunião da comissão geral da Câmara dos Deputados.

“O prazo que estabelecemos inicialmente nos despachos com a presidenta Dilma foi cumprirmos esses assentamentos até 2018”, disse Patrus. Ele classificou de "ousado" esse objetivo “ousado” e disse que o ministério está trabalhando em conjunto com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no levantamento de recursos. O ministro lembrou que o objetivo depende também da adesão de estados e municípios. "Todos nosso esforço, todo nosso empenho será posto para alcançarmos esse objetivo.”

Na reunião da comissão geral da Câmara dos Deputados. Patrus falou sobre as ações do ministério voltadas a reforma agrária e a agricultura familiar. Ele destacou a importância da agricultura familiar na produção de alimentos no país e na geração de emprego e renda. Segundo o ministro, a agricultura familiar responde por 70% de um total de 16,5 milhões de postos de trabalho rural e gera 33% do valor bruto da produção agropecuária.

Na comissão geral, deputados ressaltaram a importância do Ministério do Desenvolvimento Agrário e manifestaram preocupação com a possibilidade de extinção da pasta na reforma administrativa,que inclui o corte de algumas pastas. O governo ainda não divulgou, porém, que pastas serão extintas.

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/196345/Patrus-nova-reforma-agrária-deve-assentar-120-mil-famílias.htm

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

O mundo inteiro quer morar no Brasil, diz pesquisa. Menos a elite brasileira

 

Por Fernando Brito · 11/01/2014

bandeira-manifestante

Reproduzo duas matérias do Estadão.

A primeira, dizendo que o Brasil é ” o único (país)da América Latina, o único Bric e a única nação ocidental em desenvolvimento” que aparece entre os 12 lugares onde moradores de 65 nações – ouvidos pelos principais institutos de pesquisa do mundo – desejariam viver.

Nosso país é citado, simplesmente, como um dos destino dos mais desejados em dois terços dos países do mundo.

Uma segunda matéria, porém, com a mesma pesquisa, mostra um grupo detesta o Brasil: os brasileiros de renda mais alta.

Dos que têm renda maior, 63% admite a ideia de deixar o país. Entre os pobres, um percentual semelhante, 61% não aceitam sair daqui de jeito nenhum, mesmo com todas as dificuldades que vive.

É chocante, até para quem conhece a natureza da elite brasileira.

Morar no Brasil é ‘sonho’ internacional

Lucas de Abreu Maia e Rodrigo Burgarelli, com colaboração de Laura Maia de Castro

O Brasil é um dos 12 países mais cobiçados para se morar, segundo uma série de pesquisas feitas em 65 nações pelo WIN – coletivo dos principais institutos de pesquisa do mundo – e tabulada pelo Estadão Dados. O crescimento econômico na última década, aliado à boa imagem cultural do País no exterior, fizeram com que o Brasil fosse citado como destino dos sonhos por moradores de dois em cada três países onde foi feito o estudo.

Na lista dos destinos mais cobiçados por quem não está feliz na terra natal, o Brasil é o único da América Latina, o único Bric (grupo formado por Brasil, Rússia, China e Índia) e a única nação ocidental em desenvolvimento. As pesquisas foram feitas no fim do ano passado e ouviram mais de 66 mil pessoas ao redor do globo. Elas foram questionadas se gostariam de morar no exterior se, hipoteticamente, não tivessem problemas como mudanças ou vistos e qual local elas escolheriam. Por isso, os resultados dizem mais sobre a imagem dos destinos mencionados do que com imigrantes em potencial.

Se esse desejo virasse realidade, o Brasil receberia em torno de 78 milhões de imigrantes nesse cenário hipotético. Mas, em um mundo sem fronteiras, a população do País diminuiria – 94 milhões de brasileiros se mudariam para outras nações, se pudessem. Ainda assim, 53% dos brasileiros não desejam emigrar, porcentual acima da media mundial.

Quem mais tem vontade de vir para o Brasil são os argentinos: 6% se mudariam para cá se tivessem a chance. O Brasil também está entre os cinco mais cobiçados por peruanos e mexicanos. Mas não são apenas latinos que gostariam de viver aqui. Os portugueses acham o Brasil mais atrativo do que a Alemanha, os italianos o preferem à França, os australianos o consideram o segundo país mais desejável, os libaneses o colocam em posição tão alta quanto a Suíça e até no longínquo Azerbaijão o Brasil aparece entre os quatro destinos mais sonhados, na frente até dos Estados Unidos.

Liderança. Os EUA são, previsivelmente, o destino mais desejado por quem quer imigrar no mundo. O ranking segue com outros países ricos, como Canadá, Austrália e nações da Europa ocidental. Quebram a hegemonia das grandes potências apenas Brasil, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos – os dois últimos, não por acaso, países de renda alta por causa do petróleo e destino desejado principalmente por muçulmanos. De todos esses países, o único que não tem histórico recente de imigração considerável é justamente o Brasil.

Para Alberto Pfeifer, professor de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP), os entrevistados possivelmente deram respostas utópicas. “Em um mundo em que não houver barreiras, lógico que muita gente gostaria de morar na zona sul do Rio.” Ainda assim, ele defende que o crescimento econômico dos anos 2000 foi crucial para “colocar o País no mapa da imigração”.

A diplomata Liliam Chagas de Moura estuda o chamado “soft power” brasileiro – a capacidade de um país de exercer influência por meio de sua cultura e hábitos políticos. “Temos uma cultura diversa e riquíssima, somos uma democracia e somos reconhecidos em nossa política externa por ser um país pacífico”, diz, acrescentando que essas características definem a “marca Brasil” no exterior. “Já morei em diversos países e, ao nos apresentarmos como brasileiros, recebemos uma empatia imediata.”

Foi essa empatia que atraiu a portuguesa Sara Mendonça, de 26 anos. Ela é gerente de marcas e se identificou com o País ao fazer intercâmbio no Rio. Há seis meses, ela se mudou definitivamente para Campinas.

“No momento, aqui tem muito mais oportunidades do que a Europa. Ganha-se melhor”, diz Sara, que antes morava na Espanha. Ela conta que perdeu um pouco da qualidade de vida, mas pensa em ficar alguns anos mais. “Não penso em ficar para sempre. Quero ficar até a situação na Europa melhorar ou a do Brasil piorar.”

Ricos brasileiros são os que mais querem morar fora

O Brasil é um dos países onde há menos pessoas dispostas a morar no exterior. Dos 65 locais pesquisados, o País é o 15º entre os que têm a maior população que não se mudaria. Mas há uma peculiaridade: ao contrário do que acontece na maioria dos países de renda média ou baixa como México ou China, os brasileiros que gostariam de morar fora são justamente os mais ricos. Os dados da pesquisa mostram que, entre quem ganha mais de dez salários mínimos por mês, apenas 37% não sairiam do Brasil de jeito nenhum. Já entre quem ganha menos de um salário, esse porcentual pula para 61%.

O bancário Tiago Peliciari, de 30 anos, faz parte do primeiro grupo. Desde a primeira vez que saiu do País, em 2009, ele decidiu que quer, em algum momento, morar fora por acreditar que, em países como os Estados Unidos, a vida é melhor. “Não apenas a qualidade de vida, mas também a noção de coletivo que as pessoas têm me faz querer morar lá.” O bancário paulista, que há seis meses mora em Brasília, já fez e refez planos e escolheu a cidade alvo: San Diego, na Califórnia. Entretanto, o medo de arriscar tem atrasado o objetivo. “O maior medo hoje seria trocar um emprego certo por um incerto.”

É também nos EUA que o financista Henrique Sígolo, de 24 anos, quer viver. Formado em Relações Internacionais, Sígolo já morou em quatro países e tem muita vontade de morar fora “de vez”. “A questão da segurança conta bastante. Acho que para ter uma família é melhor lá fora.”

O financista trabalha em uma multinacional e vê a oportunidade de viver no exterior pela empresa que trabalha. “Em agosto vou passar seis meses fora do Brasil, mas ainda não sei o meu destino.” / L.M.C., L.A.M. e R.B.

http://tijolaco.com.br/blog/?p=12483

4.000 militantes do Estado Islâmico penetraram na Europa sob a capa de refugiados

 

Simpatizantes realizam passeata em apoio ao Estado Islâmico em Mosul, no Iraque

 

© AP Photo/ STR

 

O jornal britânico Sunday Express, citando um agente do Estado Islâmico, escreveu que mais de 4.000 combatentes da organização terrorista penetraram na Europa sob a capa de refugiados.

Serter Tas, soldado turco sequestrado pelo Estado Islâmico

© SPUTNIK/ HIKMET DURGUN

Pai do soldado turco sequestrado pelo Estado Islâmico agradece Sputnik por informação

Segundo a fonte, os membros do EI infiltram-se no fluxo de migrantes nas cidades turcas, a partir das quais através do mar Mediterrâneo estes chegam à Itália e depois disso à Alemanha e Suécia.   

O agente do Estado Islâmico contatado pela edição afirmou que a infiltração dos militantes é o início de vingança pelos ataques aéreos contra as posições do grupo efetuados pela coalizão internacional liderada pelos EUA. 

“Nós queremos estabelecer o califado não somente na Síria, mas também no mundo inteiro”, sublinhou a fonte.

A Sputnik falou com o diretor do Instituto russo de Estudos Políticos Aplicados, Grigory Dobromelov, disse que a atual crise migratória na Europa é um fenômeno artificial:

“A situação no Oriente Médio não piorou durante os últimos meses tão radicalmente para que na fronteira com a União Europeia se concentrasse tal número de refugiados. É absolutamente óbvio que esta crise é artificial. É absolutamente óbvio que o problema é exagerado e hipertrofiado. É absolutamente óbvio que atrás disso está uma disposição geopolítica séria”.

Segundo o cientista político, a ameaça descrita pelo Sunday Express é bastante real:

“Com certeza, existe uma ameaça séria de que terroristas do Estado Islâmico penetrem no território da UE sob a capa de refugiados. Porque o caos que reina agora na fronteira com a União Europeia contribui para a penetração descontrolada de ilegais e nenhum serviço secreto pode detectar neste mar de migrantes os alvos que eles vigiam”.

O grupo terrorista Estado Islâmico, anteriormente designado por Estado Islâmico do Iraque e do Levante, foi criado e, inicialmente, operava principalmente na Síria, onde seus militantes lutaram contra as forças do governo. Posteriormente, aproveitando o descontentamento dos sunitas iraquianos com as políticas de Bagdá, o Estado Islâmico lançou um ataque maciço em províncias do norte e noroeste do Iraque e ocupou um vasto território. No final de junho de 2014, o grupo anunciou a criação de um "califado islâmico" nos territórios sob seu controle no Iraque e na Síria.

Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20150907/2058100.html#ixzz3lIFHiuZL

Há uma ofensiva da mídia internacional para mudar a situação política dos BRICS

 

Líderes dos BRICS durante a VII Cúpula do bloco, em Ufá, na Rússia

 

© AP Photo/ Ivan Sekretarev

OPINIÃO

Tema:

BRICS: organização do futuro

O “Financial Times” publicou em sua edição de segunda-feira, 7, um artigo com o título de “Emergentes: Chegou a hora de reparar um modelo desgastado”. O Professor Theotonio dos Santos contesta o texto do jornal britânico e apoia a crítica feita pela Presidente Cristina Kirchner.

De autoria dos jornalistas James Kynge e Jonathan Wheatley, a matéria do “FT” atribui aos países BRICS a responsabilidade por uma nova crise econômica mundial.

Contrariada com o teor do artigo, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, utilizou seu site oficial e sua conta no Twitter para rebater os argumentos dos jornalistas e ainda advertir que a questão atual não é econômica, mas, sim, geopolítica.

Em entrevista à Sputnik Brasil, o economista Theotonio dos Santos, professor da UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, afirmou que Cristina Kirchner está correta e que os argumentos dos jornalistas ingleses não procedem.

Segundo Kynge e Wheatley, a China está fortemente dependente dos investimentos que realiza no exterior; o Brasil privilegiou o consumo interno e, atualmente, não tem mais como sustentá-lo; a Índia é vítima de sua própria burocracia; e a Rússia vê as cotações do petróleo, sua maior commodity, despencar. Sobre a África do Sul, nenhuma palavra.

Já o Professor Theotonio dos Santos afirma que a líder argentina está correta ao rejeitar as acusações de que os BRICS devem ser responsabilizados pela atual crise econômica mundial: “Os BRICS têm dinheiro e têm recursos. Portanto, em quê eles contribuíram para a crise?”.

A seguir, a entrevista do Professor Theotonio dos Santos.

Sputnik: O que lhe pareceu o artigo do jornal britânico “Financial Times” afirmando que os BRICS estão adotando um modelo econômico errôneo, o que provocou a reação da Presidente Cristina Kirchner, dizendo que na crise de 2008 os BRICS souberam se manter à margem e não se sentiram afetados pela queda mundial?

Theotonio dos Santos: Acho que o artigo está bem apresentado, porque a Presidente Cristina Kirchner demonstrou uma capacidade polêmica extremamente séria. Há uma tendência, pelos que ocupam posição de direção política nacional, de tentarem se colocar acima do debate e da polêmica. Cristina soube muito bem localizar onde estão realmente os problemas. Primeiro ela mostra que este não é um artigo qualquer, isolado, é parte de uma ofensiva que já vem nos últimos dois, três anos, uma ofensiva muito forte para tentar mudar a situação política dos nossos países. Daí essa insistência de que os problemas de funcionamento da economia vividos por esses países nesse momento seriam resultados da situação política e do modelo de política econômica que os países estão seguindo. A verdade é que se trata de tendências da economia mundial que estão em marcha, e não somente de política econômica. Cristina Kirchner mostra muito bem isso, e mostra como a intenção do estrangeiro é de que nossos países se ajustem a certas tendências que eles estão esperando da economia mundial, e que, por sinal, não estão funcionando ainda. Eles esperam a recuperação dos EUA, que até agora não se deu senão de maneira muito modesta, e também esperam uma queda de crescimento generalizada que se deu, sim, em parte.

S: A Presidente Cristina Kirchner, ao reagir aos articulistas do “Financial Times”, começa sua resposta com muito vigor. Ela diz: “Isso não é economia, é geopolítica”.

TS: Com razão. Isso é um fenômeno político. Eles estão armando uma forte tentativa de mudar a política dos países em desenvolvimento e particularmente dos BRICS. Porque a política dos BRICS está fortalecendo muito os seus membros dentro da economia mundial. E criando mecanismos de investimentos próprios, mecanismos financeiros próprios. Os dois grandes bancos – o asiático e o dos BRICS – já vão começar o ano que vem seguramente com efeitos muito importantes. Essas pressões conseguem fazer com que os dirigentes políticos comecem a ficar confusos, até por interesses pessoais, em não se confrontar com grandes potências, como os EUA, e eles vão cedendo e começam a fazer a política deles, e a política deles, sim, é desfavorável à nossa população porque é uma política de concentração de rendas colossal. Dizem que o Brasil tem um problema fiscal grave. Qual o problema fiscal de um país que tem superavit fiscal? Eles todos têm deficit fiscal colossal, dívidas colossais. Só os EUA giraram 5 trilhões de dólares de dívida para proteger o sistema financeiro. E dizer que um país como o nosso tem problema fiscal e que tem que cortar gastos? Tem que cortar gastos porque o setor financeiro está exigindo. Isto não é economia. É um problema de política econômica a serviço dos interesses de um grupo extremamente minoritário, 1% da população do país, e que concentra a renda toda do país. Portanto é um problema político, é uma questão política. Cristina Kirchner tem toda a razão ao chamar a atenção para isso.

Leia mais: http://br.sputniknews.com/opiniao/20150908/2069537.html#ixzz3lIEHNccW

RÉUS GRAÚDOS LEVAM ZELOTES PARA LONGE DOS HOLOFOTES

Foto de Pig Golpista.

Pig Golpista
http://www.vermelho.org.br/noticia/265615-1
A investigação de crimes praticados por grandes empresários, detentores de fatia considerável do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, caminha relegada ao desinteresse por falta de associação a um escândalo que reverta em dividendos ou prejuízos políticos.

Segundo o que foi apurado até agora, foram usadas empresas de fachada para fazer a intermediação com os empresários interessados em pagar propina para se dar bem nos julgamentos. O tratamento dado por parte do Judiciário e da imprensa à Operação Zelotes é uma amostra disso, se comparado à Lava Jato. Essa tem sido a constatação de parlamentares, representantes do Ministério Público, analistas econômicos e profissionais do meio jurídico, que se debruçam sobre a elucidação de um escândalo que pode chegar R$ 19 bilhões desviados do Tesouro Nacional.

A Operação Zelotes foi deflagrada em 28 de março por diversos órgãos de investigação em conjunto com a Polícia Federal. Resultou na descoberta de uma fraude com a Receita Federal, no período de 2005 a 2013 – grandes empresas subornavam integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado à Fazenda, para serem absolvidas do pagamento de impostos ou reduzir de forma significativa o valor a ser pago.

Entre as empresas investigadas estão grandes corporações, como RBS (maior afiliada da Rede Globo), Gerdau, Votorantim, Ford, Mitsubishi, BRF (antiga Brasil Foods), Camargo Corrêa, e os bancos Santander, Bradesco, Safra, BankBoston, Pactual, Brascan e Opportunity.

Enquanto em várias operações de caráter semelhante essa fase já teria resultado em prisões preventivas e medidas mais adiantadas, autoridades, Ministério Público e parlamentares alertam para o risco de a investigação não chegar a um resultado efetivo. Segundo o procurador da República Frederico Paiva, “o caso até agora não entusiasmou nem o Poder Judiciário nem a mídia, ao contrário do que acontece com a Operação Lava Jato”.

Ele criticou o que chamou de “passividade” por parte dos órgãos envolvidos na investigação e afirmou, durante audiência pública no Congresso Nacional, que os escândalos de corrupção no Brasil só despertam interesse quando há políticos no meio. “Quando atingem o poder econômico, não há a mesma sensibilidade. É preciso que a corrupção seja combatida por todos. Os valores são estratosféricos”, afirmou.

Representações

O MP entrou com representação na Corregedoria do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região contra o juiz responsável pela operação, Ricardo Leite, da 10ª Vara de Brasília. Leite só entregou os documentos referentes ao inquérito em curso à CPI em 1º de junho, e teria tomado decisões que não ajudaram as investigações. Ele só se manifestou pelos autos, negou a prisão temporária de 26 pessoas suspeitas de integrar o esquema e rejeitou o pedido de bloqueio de bens de investigados.

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) divulgou que entrará com medida no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o magistrado. Ele acusa Ricardo Leite de ser responsável por processos antigos contra personagens da Zelotes que não foram nem sequer chamados a depor. “A conduta prejudica o combate à corrupção e ao crime do colarinho branco no Brasil”, acusa.

Segundo Frederico Paiva, o MP se prepara para apresentar à Justiça, até julho, denúncias formais por corrupção e lavagem de dinheiro contra investigados na Zelotes. No total, são analisados 74 processos do Carf com suspeita de serem resultado de fraudes. Entre 15 e 20 tratam de valores que chegam a irregularidades da ordem de R$ 5 bilhões. O procurador acha que não será possível reunir provas suficientes para anular a maior parte dos 74 julgamentos suspeitos. “O Ministério Público não vai conseguir, infelizmente, alcançar 10% dos ilícitos que foram praticados no caso”, diz. “É preciso que o Poder Judiciário entenda que provas contra a corrupção só são obtidas com medidas invasivas.”

Delegados envolvidos nas investigações já acenaram que, em mais de 90% dos casos, podem não ser encontrados indícios suficientes para anular as supostas irregularidades, por causa da negativa de várias medidas investigativas que dificultou a obtenção de provas. Eles querem desmembrar as investigações, numa forma de tentar contornar as dificuldades e agilizar os trabalhos. “Muita coisa que foi praticada não terá processo. Alguns vão ficar para trás”, lamenta o procurador.

Problemas estruturais

O escândalo envolvendo o Carf descortina dois problemas estruturais brasileiros. O primeiro é o modo de funcionamento do conselho em si. O segundo, a dificuldade de se apurar e julgar crimes tributários no país. Para o procurador Frederico Paiva, esse atual modelo do órgão, que será reformulado, é propício à corrupção e ao tráfico de influência.

“Para fazer investigações desse tipo dependemos antes, muitas vezes, da atuação da Receita Federal, que precisa atestar a existência do crédito tributário definitivo, decorrente de uma fraude. E isso dificulta nosso trabalho”, afirma o delegado da PF e coordenador-geral de Polícia Fazendária, Hugo de Barros Correia, ao destacar que, por esse motivo, tem diminuído o número de inquéritos na área de direito penal tributário no país – sem falar que a PF só pode investigar casos de sonegação previamente investigados no Carf.

No início de maio, um levantamento feito pelo gabinete do senador Otto Alencar (PSD-BA) constatou que mais de 120 mil processos tramitam no Carf, contestando a cobrança de R$ 565 bilhões em impostos e multas. “Se o governo fizer um Refis, dispensar multas e juros e der um desconto de 30% sobre o valor devido, ainda receberia o suficiente para evitar esse doloroso ajuste fiscal”, avaliou o senador, ao divulgar os dados.

A lista surpreende pelos números: apresenta 780 processos com valores acima de R$ 100 milhões sendo contestados, além de 4.295 ações com valores entre R$ 10 milhões e 100 milhões e 13.190 referentes a valores entre R$ 100 mil e R$ 10 milhões. Outros 93.698 processos de empresas com pendências na Receita pedindo a revisão das dívidas têm valores abaixo de R$ 100 mil.

O menor grupo, composto por 780 ações, corresponde ao maior valor em impostos e multas que a União teria a receber de grandes empresas: soma mais de R$ 357 bilhões. “É nesse grupo que estão os grandes clientes, que pagam propinas aos conselheiros para ter os valores anulados ou reduzidos. O Carf foi criado para poupar os grandes conglomerados de pagar impostos”, critica o senador.

Reformulação

O Carf tem atualmente 27 conselheiros (há sete cargos vagos), indicados entre representantes dos contribuintes e do fisco, em igual proporção. As indicações de representantes da iniciativa privada costumam ser feitas pelas confederações nacionais da Indústria (CNI), do Comércio (CNC) e da Agricultura (CNA). Os conselheiros não são remunerados. Pelo que tem sido descoberto, muitos deles, no entanto, trataram de dar um jeito próprio de compensar esse detalhe. Segundo o que foi apurado até agora, foram usadas, inclusive, empresas de fachada para fazer a intermediação com os empresários interessados em pagar pela propina para se dar bem nos julgamentos.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, chegou a anunciar que uma reformulação do conselho, depois de todos esses escândalos, “trará clareza para os contribuintes e segurança para o governo”. Levy disse que a proposta definitiva de reforma do regimento do órgão seria publicada até o início deste mês de junho. O texto foi submetido a consulta pública e, conforme explicou o ministro, as sugestões apresentadas pela sociedade estão sendo consolidadas. As mudanças passam por redução do número de turmas e reorganização da câmara superior de julgamentos.

Levy recebeu do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Furtado Coêlho, um documento com propostas de reforma. A principal medida, aprovada no último dia 18 de maio pela entidade, é a proibição para que advogados com papel de conselheiros no Carf exerçam a advocacia privada. “A OAB poderia vetar a atuação no Carf apenas a advogados que atuassem em causas contra a Fazenda Nacional. Entendemos que o impedimento cabe em qualquer situação”, explica o presidente da OAB.

Como forma de equilibrar a situação dos conselheiros que são advogados, a sugestão da Ordem é que esses profissionais, quando passarem a integrar o Carf, recebam salários entre R$ 11 mil e R$ 22 mil. O projeto já foi enviado ao Congresso Nacional.

No Senado, onde foi instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o caso, a relatora, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), destacou que a comissão quer ter acesso ao máximo de informações. “O resultado que queremos obter não é só punir e prender empresas e culpados, mas trazer para os cofres públicos os recursos que nunca poderiam ter saído”, ressalta. Os senadores querem mais.

“O principal objetivo da CPI é investigar as razões da existência do esquema criminoso e, ao mesmo tempo, obter informações para orientar a adoção de medidas que evitem a repetição de tão lamentáveis fatos”, completa o presidente da comissão, senador Ataídes Oliveira (­PSDB-TO).

Na Câmara, por sua vez, o deputado Paulo Pimenta, relator de subcomissão da Casa que acompanha as apurações do escândalo, afirmou que já pediu ao juiz Ricardo Leite para ter acesso ao processo, que está sob sigilo de Justiça. Jornalista por formação, Pimenta terminou envolvido em uma polêmica com a mídia após ter sido acusado pelo jornal Folha de S.Paulo de “inflar” a Operação Zelotes com interesses de abafar a Lava Jato.

“A imprensa brasileira trabalha os casos de corrupção não a partir do ato em si, mas a partir de quem praticou a corrupção e quem está envolvido nesses escândalos. Só depois desse filtro, dessa censura prévia, e só depois de verificar se não irá atingir interesses dos grupos econômicos influentes, é que a imprensa decide qual o tamanho da cobertura jornalística que dedicará, ou, então, se irá varrer os acontecimentos para debaixo do tapete, sumindo com esses fatos do noticiário”, rebateu. Para Pimenta, com todos os empecilhos observados até agora, o caminho para o desfecho do caso está apenas começando.

Por Hylda Cavalcanti, da RBA Réus graúdos levam Zelotes para longe dos holofotes

A investigação de crimes praticados por grandes empresários, detentores de fatia considerável do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, caminha relegada ao desinteresse por falta de associação a um escândalo que reverta em dividendos ou prejuízos políticos.

Segundo o que foi apurado até agora, foram usadas empresas de fachada para fazer a intermediação com os empresários interessados em pagar propina para se dar bem nos julgamentos. O tratamento dado por parte do Judiciário e da imprensa à Operação Zelotes é uma amostra disso, se comparado à Lava Jato. Essa tem sido a constatação de parlamentares, representantes do Ministério Público, analistas econômicos e profissionais do meio jurídico, que se debruçam sobre a elucidação de um escândalo que pode chegar R$ 19 bilhões desviados do Tesouro Nacional.

A Operação Zelotes foi deflagrada em 28 de março por diversos órgãos de investigação em conjunto com a Polícia Federal. Resultou na descoberta de uma fraude com a Receita Federal, no período de 2005 a 2013 – grandes empresas subornavam integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado à Fazenda, para serem absolvidas do pagamento de impostos ou reduzir de forma significativa o valor a ser pago.

Entre as empresas investigadas estão grandes corporações, como RBS (maior afiliada da Rede Globo), Gerdau, Votorantim, Ford, Mitsubishi, BRF (antiga Brasil Foods), Camargo Corrêa, e os bancos Santander, Bradesco, Safra, BankBoston, Pactual, Brascan e Opportunity.

Enquanto em várias operações de caráter semelhante essa fase já teria resultado em prisões preventivas e medidas mais adiantadas, autoridades, Ministério Público e parlamentares alertam para o risco de a investigação não chegar a um resultado efetivo. Segundo o procurador da República Frederico Paiva, “o caso até agora não entusiasmou nem o Poder Judiciário nem a mídia, ao contrário do que acontece com a Operação Lava Jato”.

Ele criticou o que chamou de “passividade” por parte dos órgãos envolvidos na investigação e afirmou, durante audiência pública no Congresso Nacional, que os escândalos de corrupção no Brasil só despertam interesse quando há políticos no meio. “Quando atingem o poder econômico, não há a mesma sensibilidade. É preciso que a corrupção seja combatida por todos. Os valores são estratosféricos”, afirmou.

Representações

O MP entrou com representação na Corregedoria do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região contra o juiz responsável pela operação, Ricardo Leite, da 10ª Vara de Brasília. Leite só entregou os documentos referentes ao inquérito em curso à CPI em 1º de junho, e teria tomado decisões que não ajudaram as investigações. Ele só se manifestou pelos autos, negou a prisão temporária de 26 pessoas suspeitas de integrar o esquema e rejeitou o pedido de bloqueio de bens de investigados.

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) divulgou que entrará com medida no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o magistrado. Ele acusa Ricardo Leite de ser responsável por processos antigos contra personagens da Zelotes que não foram nem sequer chamados a depor. “A conduta prejudica o combate à corrupção e ao crime do colarinho branco no Brasil”, acusa.

Segundo Frederico Paiva, o MP se prepara para apresentar à Justiça, até julho, denúncias formais por corrupção e lavagem de dinheiro contra investigados na Zelotes. No total, são analisados 74 processos do Carf com suspeita de serem resultado de fraudes. Entre 15 e 20 tratam de valores que chegam a irregularidades da ordem de R$ 5 bilhões. O procurador acha que não será possível reunir provas suficientes para anular a maior parte dos 74 julgamentos suspeitos. “O Ministério Público não vai conseguir, infelizmente, alcançar 10% dos ilícitos que foram praticados no caso”, diz. “É preciso que o Poder Judiciário entenda que provas contra a corrupção só são obtidas com medidas invasivas.”

Delegados envolvidos nas investigações já acenaram que, em mais de 90% dos casos, podem não ser encontrados indícios suficientes para anular as supostas irregularidades, por causa da negativa de várias medidas investigativas que dificultou a obtenção de provas. Eles querem desmembrar as investigações, numa forma de tentar contornar as dificuldades e agilizar os trabalhos. “Muita coisa que foi praticada não terá processo. Alguns vão ficar para trás”, lamenta o procurador.

Problemas estruturais

O escândalo envolvendo o Carf descortina dois problemas estruturais brasileiros. O primeiro é o modo de funcionamento do conselho em si. O segundo, a dificuldade de se apurar e julgar crimes tributários no país. Para o procurador Frederico Paiva, esse atual modelo do órgão, que será reformulado, é propício à corrupção e ao tráfico de influência.

“Para fazer investigações desse tipo dependemos antes, muitas vezes, da atuação da Receita Federal, que precisa atestar a existência do crédito tributário definitivo, decorrente de uma fraude. E isso dificulta nosso trabalho”, afirma o delegado da PF e coordenador-geral de Polícia Fazendária, Hugo de Barros Correia, ao destacar que, por esse motivo, tem diminuído o número de inquéritos na área de direito penal tributário no país – sem falar que a PF só pode investigar casos de sonegação previamente investigados no Carf.

No início de maio, um levantamento feito pelo gabinete do senador Otto Alencar (PSD-BA) constatou que mais de 120 mil processos tramitam no Carf, contestando a cobrança de R$ 565 bilhões em impostos e multas. “Se o governo fizer um Refis, dispensar multas e juros e der um desconto de 30% sobre o valor devido, ainda receberia o suficiente para evitar esse doloroso ajuste fiscal”, avaliou o senador, ao divulgar os dados.

A lista surpreende pelos números: apresenta 780 processos com valores acima de R$ 100 milhões sendo contestados, além de 4.295 ações com valores entre R$ 10 milhões e 100 milhões e 13.190 referentes a valores entre R$ 100 mil e R$ 10 milhões. Outros 93.698 processos de empresas com pendências na Receita pedindo a revisão das dívidas têm valores abaixo de R$ 100 mil.

O menor grupo, composto por 780 ações, corresponde ao maior valor em impostos e multas que a União teria a receber de grandes empresas: soma mais de R$ 357 bilhões. “É nesse grupo que estão os grandes clientes, que pagam propinas aos conselheiros para ter os valores anulados ou reduzidos. O Carf foi criado para poupar os grandes conglomerados de pagar impostos”, critica o senador.

Reformulação

O Carf tem atualmente 27 conselheiros (há sete cargos vagos), indicados entre representantes dos contribuintes e do fisco, em igual proporção. As indicações de representantes da iniciativa privada costumam ser feitas pelas confederações nacionais da Indústria (CNI), do Comércio (CNC) e da Agricultura (CNA). Os conselheiros não são remunerados. Pelo que tem sido descoberto, muitos deles, no entanto, trataram de dar um jeito próprio de compensar esse detalhe. Segundo o que foi apurado até agora, foram usadas, inclusive, empresas de fachada para fazer a intermediação com os empresários interessados em pagar pela propina para se dar bem nos julgamentos.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, chegou a anunciar que uma reformulação do conselho, depois de todos esses escândalos, “trará clareza para os contribuintes e segurança para o governo”. Levy disse que a proposta definitiva de reforma do regimento do órgão seria publicada até o início deste mês de junho. O texto foi submetido a consulta pública e, conforme explicou o ministro, as sugestões apresentadas pela sociedade estão sendo consolidadas. As mudanças passam por redução do número de turmas e reorganização da câmara superior de julgamentos.

Levy recebeu do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Furtado Coêlho, um documento com propostas de reforma. A principal medida, aprovada no último dia 18 de maio pela entidade, é a proibição para que advogados com papel de conselheiros no Carf exerçam a advocacia privada. “A OAB poderia vetar a atuação no Carf apenas a advogados que atuassem em causas contra a Fazenda Nacional. Entendemos que o impedimento cabe em qualquer situação”, explica o presidente da OAB.

Como forma de equilibrar a situação dos conselheiros que são advogados, a sugestão da Ordem é que esses profissionais, quando passarem a integrar o Carf, recebam salários entre R$ 11 mil e R$ 22 mil. O projeto já foi enviado ao Congresso Nacional.

No Senado, onde foi instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o caso, a relatora, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), destacou que a comissão quer ter acesso ao máximo de informações. “O resultado que queremos obter não é só punir e prender empresas e culpados, mas trazer para os cofres públicos os recursos que nunca poderiam ter saído”, ressalta. Os senadores querem mais.

“O principal objetivo da CPI é investigar as razões da existência do esquema criminoso e, ao mesmo tempo, obter informações para orientar a adoção de medidas que evitem a repetição de tão lamentáveis fatos”, completa o presidente da comissão, senador Ataídes Oliveira (­PSDB-TO).

Na Câmara, por sua vez, o deputado Paulo Pimenta, relator de subcomissão da Casa que acompanha as apurações do escândalo, afirmou que já pediu ao juiz Ricardo Leite para ter acesso ao processo, que está sob sigilo de Justiça. Jornalista por formação, Pimenta terminou envolvido em uma polêmica com a mídia após ter sido acusado pelo jornal Folha de S.Paulo de “inflar” a Operação Zelotes com interesses de abafar a Lava Jato.

“A imprensa brasileira trabalha os casos de corrupção não a partir do ato em si, mas a partir de quem praticou a corrupção e quem está envolvido nesses escândalos. Só depois desse filtro, dessa censura prévia, e só depois de verificar se não irá atingir interesses dos grupos econômicos influentes, é que a imprensa decide qual o tamanho da cobertura jornalística que dedicará, ou, então, se irá varrer os acontecimentos para debaixo do tapete, sumindo com esses fatos do noticiário”, rebateu. Para Pimenta, com todos os empecilhos observados até agora, o caminho para o desfecho do caso está apenas começando.

Por Hylda Cavalcanti, da RBA

ZELOTES: LUCIANA GENRO DISPARA CONTRA RBS
http://www.brasil247.com/…/Zelotes-Luciana-Genro-dispara-co…

ECONOMIST: ZELOTES PODE SER MAIOR QUE LAVA JATO
http://www.brasil247.com/…/Economist-Zelotes-pode-ser-maior…

CAFEZINHO: 'O CHORO DE VILLA É O SORRISO DE DILMA'
http://www.brasil247.com/…/Cafezinho-'O-choro-de-Villa-é-o-…

‪#‎GloboGolpista

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Uma pausa no programa Rádio Debate

Dupla dinâmica do Rádio Debate

Danúsio Melo e Jacinto Pereira

Dia cinco último, o Rádio Debate completou um ano nesta segunda etapa na Rádio Regional. Eu havia informado à direção da emissora que ficaria só um ano e iria tirar um tempo para ficar um tempo cuidando de minha propriedade no município de Cruz. Hoje agradeci ao meu amigo Zeca Aquino, diretor da Regional, pelo nosso bom relacionamento de sempre e avisei que ia dar um tempo com programa radiofônico. Quero ficar sem o compromisso diário com um programa de rádio. É lógico que eu venha a participar de programas de alguns companheiros, mas sem compromisso diário. Hoje por exemplo, estarei com o amigo Moises  Arruda, na Rádio Ressurreição. Quem é apaixonado por rádio como eu, nunca se afasta de vez dos microfones. Vai ser mais umas férias sem tempo indeterminado. De já agradeço ao meu amigo Danúsio Melo pela ótima parceria que fizemos por mais de seis anos. Agradeço aos apoiadores, que ajudaram com contribuições mensais que ajudaram a pagar o horário. Agradeço a todos os que de uma forma ou de outra, ajudaram a fazer o Rádio Debate. Vou continuar alimentando o site;

www.rádiodebate.com.br/

   http://blogdafolha.blogspot.com.br/ 

http://cspu.blogspot.com.br/

http://www.jacintopereira.com/

http://cavalobravo.blogspot.com.br/

Aos nossos ouvintes e nossos leitores, desejo muitas felicidades e bênçãos divinas em suas vidas.

Jacinto Pereira de Souza

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

COISAS QUE VOCÊ NÃO PODE SABER:

 

Fiendshape

12 de agosto

COISAS QUE VOCÊ NÃO PODE SABER:

Você não pode saber que o Bradesco pertence ao Vaticano. Também não pode saber que o mesmo papa que presidiu anteriormente o Vaticano fez parte do partido nazista na Alemanha. E por falar nisso, você também não pode saber que foi a Bayer que elaborou o composto químico responsável pela morte de milhares de judeus nas câmaras de gás.

Você não pode saber que na Lua, além da bandeira dos Estados Unidos, há toneladas de lixo químico e espacial. Você também não pode saber que George W. Bush faz parte da sociedade secreta Skull And Bones. E também não pode saber que o que chamam de El Nino e Tsunami não são fenômenos naturais, que ambos não passam de conseqüências devastadoras dos poluentes radioativos jogados nos oceanos. Por falar em água, você também não pode saber que adicionam fluoreto na água potável que bebemos, e que o fluoreto é uma substância química que deixa você mais passivo e receptivo a ordens. Aliás, se questionados a respeito, as patentes dirão que o fluoreto é adicionado na água para auxiliar na prevenção de cáries...

Você também não pode saber que a depressão não existe, a não ser como uma teoria elaborada pelas indústrias farmacêuticas, para vender largamente antidepressivos que aumentam o fluxo das sinapses, exatamente como a cocaína age no cérebro. Não pode saber que a superexcitação do fluxo nas sinapses as deixam fatigadas, tendo como efeito colateral um baixo fluxo após o efeito da droga, o que faz você ficar triste e abatido, buscando mais doses. Por falar nisso, você também não pode saber que o HIV foi criado em laboratório, em meados da década de setenta, para conter o crescente movimento hippie de paz e amor (e pra lucrar uma alta grana). Aliás, você não pode saber que os Rockfeller faturam bilhões de dólares com a venda do AZT, e que o mesmo AZT era, a princípio, um medicamento quimioterápico contra o câncer, descartado devido aos altos danos que ele causa no metabolismo humano.

Além disso, você também não pode saber que as urnas eletrônicas registram seus votos, na hora em que o mesário digita o número do seu título eleitoral antes de você votar. Também não pode saber que nunca vai ganhar na loteria, pois ela serve pra lavagem de dinheiro. Por falar nisso, não pode saber também que diversos bancos realizam concursos públicos sem possuírem vagas, para lucrar facilmente com as taxas de inscrições, deixando os aprovados esperando eternamente por serem chamados. Por falar em aparelhos, você também não deve saber que todo esse inexplicável boom de microondas, celulares, Internet e laptops é fruto de tecnologia alienígena.

Você não pode saber que a “Rede do Plim Plim” lucra muito com o projeto Criança Esperança, pois as doações, oficialmente, são para a “Rede do Plim Plim”, que então “doa” a quantia à Unicef como se o dinheiro fosse dela, deixando de pagar legalmente vários impostos com esse estratagema. Aliás, não pode saber também que esse mesmo dinheiro já esteve depositado todinho na conta bancária particular do senhor Renato Aragão. E por falar nisso, você também não pode saber que TODOS os nomes dos artistas e cantores da Globo e de Hollyhood são fictícios.

Você também não pode saber que foi a Coca Cola que criou o Papai Noel, que a mesma insere várias substâncias viciantes na sua composição e que utiliza mensagens subliminares em diversos meios de comunicação para vender sua bebida. Aliás, por falar em bebida, você também não pode saber que a cerveja é fabricada com milhares de repolhos podres.

Você também provavelmente rirá de tudo isso, achando que são meros devaneios de um babaca sensacionalista. É o de praxe, é o que eles querem que você faça. Quanto a isso, só tenho uma coisa a dizer:

Seja feliz, cidadão!

Poemas, crônicas e derivados do escritor Fiendshape. Poesia nua, crua e escaldada em imagens, tudo preto no branco. Zines, citações, dissidências.

Extraído de: https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=459323750906998&a...

http://portaldosanjos.ning.com/group/muraldosanjos/forum/topic/show?id=3406316%3ATopic%3A1601576&xgs=1&xg_source=msg_share_topic

domingo, 6 de setembro de 2015

Preço da cesta básica cai em 15 capitais

 

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Marli Moreira, Repórter da Agência Brasil - O preço dos alimentos considerados essenciais no dia a dia caíram em agosto, na comparação com julho, em 15 das 18 capitais onde é feita a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Porém, no acumulado dos últimos 12 meses, período entre setembro de 2014 e agosto de 2015, e também desde janeiro deste ano, a cesta ficou mais cara nas 18 capitais pesquisadas.

Na comparação com o mês anterior, entre as 15 localidades com valor em baixa, as que tiveram maior recuo foram: Fortaleza (-4,60%); Salvador (-4,02%); Brasília (-3,46%) e Rio de Janeiro (-2,77%). Os preços subiram mais em Porto Alegre (1,2%) e João Pessoa (0,28%). Na capital pernambucana, Recife, o valor permaneceu estável em 0,01%.

No mês passado, a cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 387,83), seguida pela de São Paulo (R$ 386,04, valor que ficou 2,47% abaixo do de julho e 14,28% acima do de igual mês do ano passado. Os valores mais baixos foram encontrados em Aracaju (R$ 283,02), Natal (R$ 286.36) e Salvador (R$ 305,11).

Pelos cálculos do Dieese, o salário mínimo necessário para garantir o sustento das famílias deveria ser de R$ 3.258,16 ou 4,13 vezes mais o valor atual vigente, R$ 788. No mês passado,, o mínimo foi estimado em R$ 3.325,37, equivalente a 4,22 vezes o piso em vigor.Em igual mês do ano passado, o valor tinha sido calculado em R$ 2.861,55 ou 3,95 vezes o mínimo naquele período que era de R$ 724,00.

Em comparação com julho, caiu ligeiramente o número de horas de trabalho que o Dieese considera necessárias para obter o valor necessário para aquisição da cesta, passando de 95 horas e 29 minutos para 93 horas e 46 minutos. Ainda assim, o trabalhador está tendo de trabalhar mais em relação a um ano atrás, quando a jornada acumulada para a compra da cesta era de 90 horas e 7 minutos.

O trabalhador também está comprometendo menos a renda, passando de 47,18% em julho para 46,32%. Em agosto do ano passado, a compra da cesta comprometia 44,53% dos ganhos dele.

Entre os itens em queda na maioria das capitais estão a batata, o tomate, o feijão e o óleo de soja. Entre os que subiram mais aparecem o pão francês, o leite, a carne bovina e o café.

http://www.brasil247.com/pt/247/seudinheiro/195696/Pre%C3%A7o-da-cesta-b%C3%A1sica-cai-em-15-capitais.htm

Reflexão sobre os emigrantes do Oriente Médio

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Foto do face de Marcelo Guedes

Lendo sobre a quantidade de pessoas que morreram e continuam morrendo na tentativa de chegar à Europa, para fugir das áreas de conflitos nos  países do Oriente Médio em que sofreram intervenção dos EUA em suas políticas internas. Lembro que todos eram países que tocavam suas políticas administrativas com suas problemáticas próprias, como qualquer país do mundo, atendendo na medida do possível, os seus cidadãos. Antes dessas intervenções dos EUA e seus aliados, os povos dessas nações tinham suas sociedades organizadas e com assistências sociais razoáveis por partes dos seus governos. Exemplo: Na Líbia, sob o governo de Kadafi, os cidadãos tinham desde o nascimento até a morte, educação e saúde gratuita garantidas pelo governo. Quem precisasse de empréstimos bancários, não havia cobrança de juros. Os jovens ao se casarem, recebiam do governo, uma bolada de 50 mil dólares a título de bonificação para começarem a vida conjugal. Todos tinham moradia e não existia cobrança de aluguéis. Essas eram ações governamentais que não existe na grande dos países que invadiram a Líbia com a desculpa de derrubar um ditador tirano. Agora a Líbia está sem governo, sem política pública de assistência, sem emprego, sem segurança, sem saúde e sem educação. O povo líbio está fugindo da fome e de todas as mazelas proporcionadas pelas invasões de americanos e europeus. Agora estão morrendo afogado na tentativa de chegar aos países europeus. Acho que eles pensam que esses países que derrubaram o Kadafi, são muuito melhores do que a Líbia de Kadafi, por isso se arriscam a morrer na tentativa  de chegarem a esses paraísos europeus. Falei da Líbia. A situação da Síria também não era tão ruim como era apregoada nas desculpas para derrubarem Bashar al-Assad, um governante democraticamente eleito. Ser eleito várias vezes, não torna um dirigente em ditador.A Ângela Merckel da Alemanha, já  está no terceiro mandato, é candidata a um quarto mandato e ninguém considera ela uma ditadora. ( Ou esse negócio de ditador só vale para governantes de países em desenvolvimento?)  A situação nessas nações era bem melhor do que na maioria dos países em desenvolvimento. Até às interferências externa, através de organizações criminosas pagas pelo Ocidente, a Síria era estável. Hoje o povo da Síria não pode mais circular em seu país (que está todo loteado por forças externas). Não tem mais assistência por políticas sociais, pois o governo está lutando para se manter de pé e todos os seus esforços são no sentido de se defender dos parasitas financiados pelos americanos e seus aliados. O Governo Sírio não caiu ainda, graças ao apoio recebido da Rússia. Esta sorte não chegou para o Iraque, que foi tomado por soldados americanos. Iraque, berço da cultura humana, teve seus museus saqueados e seus monumentos destruídos. Os governos invasores saquearam suas riquezas e destruíram os valores sociais daquele povo. Nesses três países citados, a maior riqueza eram gás e petróleo, que está sendo fatiado em sua prospecção e comercialização, para as empresas pertencentes aos países invasores e seus países amigos. Outros povos também estão sofrendo destruição em função das disputas pelo poder das potências mundiais, que fazem de forma velada, uma guerra por posições na geopolítica e na geoeconomia. Povos Curdos, Palestinos, Iemenitas e outros, que lutam por um lugar no mundo, estão em perigo de extinção, pois as terras (cheias de riquezas minerais), são valorosas demais para as nações saqueadoras, para serem divididas com etnias pobres. Para cada pessoa desses pobres que morreram tentando fugir desses países citados, deveria ser aberto um processo criminal contra os dirigentes dos países invasores das nações atingidas por essas guerras informais( guerras por procuração). O Tribunal Internacional devia entrar em ação imediatamente e qualificar e condenar os verdadeiros responsáveis por essas carnificinas humanas.

Infantolatria: as consequências de deixar a criança ser o centro da família

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Além das complicações na vida dos filhos, como dificuldade de socialização e insegurança, deixar a criança comandar a dinâmica familiar pode prejudicar – e muito – o casal

Por Raquel Paulino Do IG

As atividades da família são definidas em função dos filhos, assim como o cardápio de qualquer refeição. As músicas ouvidas no carro e os programas assistidos na televisão precisam acompanhar o gosto dos pequenos, nunca dos adultos. Em resumo, são as crianças que comandam o que acontece e o que deixa de acontecer em casa. Quando isso acontece e elas já têm mais de dois anos de idade, é hora de acender uma luz de alerta. Eis aí um caso de infantolatria.

“O processo de mudança nos conceitos de família iniciado no século 18 por Jean-Jacques Rousseau [filósofo suíço, um dos principais nomes do Iluminismo] chegou ao século 20 com a ‘religião da maternidade’, em que o bebê é um deus e a mãe, uma santa. Instituiu-se o que é uma boa mãe sob a crença de que ela é responsável e culpada por tudo que acontece na vida do filho, tudo que ele faz e fará. Muitos afirmam que a mulher venceu, pois emancipou-se e foi para o mercado de trabalho, mas não: é a criança que entra no século 21 como a vitoriosa. Esta é a semente da infantolatria”, explica a psicanalista Marcia Neder, pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de Psicanálise e Educação da Universidade de São Paulo (Nuppe-USP) e autora do livro “Déspotas Mirins – O Poder nas Novas Famílias”, da editora Zagodoni.

Em poucas palavras, Marcia define infantolatria como “a instituição da mãe como súdita do filho e o adulto se colocando absolutamente disponível para a criança”. E exime os pequenos de qualquer responsabilidade sobre o quadro: “Um bebê não tem poder para determinar como será a dinâmica familiar. Se isso acontece, é porque os pais promovem”.

Reinado curto

A verdade é que existe um período em que os filhos podem reinar na família, mas ele é curto. “Quando o bebê nasce e chega em casa, precisa ser colocado no centro das ações, pois precisa ser decifrado, entendido. Ele deve perder o trono no final do primeiro, no máximo ao longo do segundo ano de vida, para entender que existe o outro, com necessidades e vontades diferentes das dele”, esclarece Vera Blondina Zimmermann, psicóloga do Centro de Referência da Infância e Adolescência da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

A infantolatria ganha espaço quando os pais não sabem ou não conseguem fazer essa adequação da criança à realidade que a cerca e a mantêm no centro das atenções por tempo indefinido. “Em uma família com relacionamento saudável, o filho entra e tem que ser adaptado à dinâmica da casa, à rotina dos adultos”, afirma a psicóloga.

Segurança ou insegurança?

Na casa da analista contábil Paula Torres, é ao redor de Luigi, de cinco anos, que tudo acontece. Entre os privilégios do garoto estão definir o canal em que a TV fica ligada e o dia do fim de semana em que será servida pizza no jantar. “Acho importante a criança se sentir amada e saber que suas vontades são relevantes para a família”, opina.

Ela conta que seu marido, o também analista contábil Luiz André Torres, não gosta muito disso e constantemente reclama que o filho é mimado demais. “Mas bato o pé e defendo essa proteção. Quando o Luigi crescer, será mais seguro para lidar com os adultos, já que suas opiniões são levadas em consideração pelos adultos com quem ele convive desde já”, acredita.

Não é o que as especialistas dizem. “Se o filho fica no nível dos pais, acaba criando para si uma falsa sensação de poder e autonomia que, em um momento mais adiante, se traduzirá em uma profunda insegurança. Ele sentirá a falta de uma referência forte de segurança de um adulto em sua formação”, explica Vera.

“Em uma família com relacionamento saudável, o filho entra e tem que ser adaptado à dinâmica da casa, à rotina dos adultos”

Marcia diz ainda que, ao chegar à idade adulta, esse filho cobrará os pais. “Ele olhará ao redor e verá outras pessoas se realizando independentemente dele. A criança que acha que o mundo tem que parar para ela passar não consegue imaginar isso acontecendo e não está preparada para lidar com a mínima das frustrações. Em algum ponto, acusará os pais de terem sido omissos”.

Para Vera, supervalorizar os pequenos e nivelá-los aos adultos “é o resultado de uma projeção narcísica dos pais nos filhos, que se veem nas qualidades que enxergam em suas crianças”. Marcia concorda: “Isso tudo tem a ver com a vaidade da mãe, que considera aquele filho uma parte melhorada dela própria e, por isso, a criatura mais importante do mundo”.

Os alertas do dia a dia

Muitas vezes, os pais não se dão conta de que estão tratando os filhos como reis ou rainhas, então precisam levar uns chacoalhões da realidade fora de suas casas. “Eles geralmente caem em si quando começa a sociabilização. A escola reclama porque o aluno não respeita as regras, a criança tem dificuldade para fazer amiguinhos porque as outras, com autoestima positiva, não querem ficar perto de alguém que ache que manda em todos”, aponta Vera.

“Em um futuro bem imediato, as reações dos colegas podem fazer a criança perceber que precisa mudar. Ela se comportará com eles como faz com a família e receberá a não-aceitação como resposta. Terá de lidar com isso para ter amigos”, afirma Marcia.

Mesmo assim, ela ainda correrá o risco de não conseguir rever seus comportamentos devido a uma superproteção parental, adverte Vera: “Em alguns casos dá para ela se salvar, mas muitos pais preferem culpar o ‘mundo injusto com seu filho perfeito’, o que impede que ela entenda as necessidades dos outros e reforça seus problemas de inadequação para a adaptação social”.

E como fica o casal?

Além de todas as complicações causadas pela infantolatria na vida dos filhos, ela prejudica – e muito – o casal que a promove. “Na relação saudável, o casal continua sendo o mais importante na família mesmo com a chegada da criança. Se os pais mantêm o filho no centro por mais tempo do que o necessário, acabarão se afastando”, alerta Vera.

“Some o casal. O ‘marido’ e a ‘mulher’ passam a ser o ‘pai’ e a ‘mãe’. E se em uma casa a mãe é a santa e o filho é o deus, onde fica o espaço do pai?”, questiona Marcia. “Muitos tentam entrar, reconquistar seu espaço, mas outros simplesmente caem fora”, constata.

O futuro da infantolatria

Sabendo disso tudo, os pais têm condições de se preparar para evitar os estragos na criação dos filhos. Marcia conta que percebe que as pessoas têm encontrado em sua análise uma saída para a tirania infantil.

“Não sou adivinha, mas creio que o novo arranjo familiar, em que os pais também assumem funções na criação dos filhos e as mães seguem carreiras por prazer, vá ajudar a mudar o panorama, assim como os arranjos homoparentais que começam a ser mais comuns”, diz, para complementar: “Creio que todos os comportamentos continuarão existindo, mas temos a obrigação de trabalhar para reverter esse quadro. O filho não é o centro porque quer, mas porque o adulto permite”.

Vera enxerga o futuro da situação de forma um pouco diferente. “Nossa sociedade é muito apressada e, no geral, não dá espaço para a preocupação com o outro. Isso tende a potencializar esse tipo de problema, a naturalizar para a criança o fato de que ela é o que mais importa, como aprendeu em casa com o comportamento dos pais em relação a ela”, finaliza.

http://www.geledes.org.br/infantolatria-consequencias-de-deixar-crianca-ser-o-centro-da-familia/

sábado, 5 de setembro de 2015

Vladimir Putin confirma o envolvimento militar da Rússia na guerra civil na Síria

 

O presidente russo, fala do desejo para "coalizão internacional" para lutar contra o terrorismo e o extremismo e não descarta a possibilidade de intervenção militar direta na Síria

Russian President Vladimir Putin (L) holds a cat as he inspects the progress in the construction of residences for victims of wildfires in the village of KrasnopolyeO presidente russo, Vladimir Putin (L) prende um gato como ele inspeciona o avanço na construção de residências para vítimas de incêndios florestais na aldeia de Krasnopolye Foto: EPA

Por Roland Oliphant, Moscou e Louisa Loveluck
20:19 BST 04 de setembro de 2015

Rússia está fornecendo treinamento "sério" e apoio logístico ao exército sírio, Vladimir Putin, disse, na primeira confirmação pública da profundidade do envolvimento da Rússia na guerra civil na Síria.
Comentando sobre relatos de que tropas de combate russas foram mobilizados para a Síria, o presidente russo disse que a discussão de intervenção militar direta é "medida prematura", mas não descartou que tal medida poderia ser tomada no futuro.
"Dizer que estamos prontos para fazer isso hoje - tão longe que é prematuro falar sobre isso. Mas já estamos dando a Síria ajuda bastante sério com equipamentos e treinamento de soldados, com as nossas armas ", a agência de notícias RIA Novosti estatal citou Putin como dizer quando perguntado sobre a intervenção russa na Síria durante um fórum econômico em Vladivostok.
"Nós realmente queremos criar algum tipo de uma coalizão internacional para lutar contra o terrorismo eo extremismo", disse Putin.
"Para este fim, realizar consultas com nossos parceiros americanos - Eu, pessoalmente, tenho falado sobre o assunto com o presidente americano Obama."

Russian troops are said to be 'fighting alongside Assad's army against Syrian rebels'As tropas russas estão a ser dito "combater ao lado do exército de Assad contra os rebeldes sírios 'Foto:ValkryV
Rússia tem usado repetidamente o seu veto no Conselho de Segurança da ONU para apoiar Bashar al-Assad em toda a quatro anos e meio de guerra que durou um ano, que se acredita ter reivindicado cerca de 250.000 vidas. A Rússia também tem sido um fornecedor de longo prazo de armas para o governo sírio, algo que agora justifica pela necessidade de lutar Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Isil).
A especulação está crescendo que a Rússia tem se expandido significativamente a sua participação nos últimos meses, incluindo com as entregas de armamento avançado, uma série de peças de reposição para máquinas existentes ea implantação de um número crescente de conselheiros e instrutores militares.
Na semana passada, a televisão estatal síria divulgou imagens que mostram um de fabricação russa veículo blindado avançado, o BTR-82A, em combate. Vídeos também têm aparecido em que as tropas envolvidas em combate parecem gritar instruções para o outro em russo.
Na semana passada, o Yedioth Ahronoth diário israelense citou fontes diplomáticas ocidentais dizem que a Rússia estava à beira da implantação de "milhares" de tropas para a Síria para estabelecer uma base aérea a partir do qual a força aérea russa iria voar missões de combate contra a Isis.
Analistas russos chamado o relatório Yedioth rebuscado, apontando para desconfiança russa de repetir a experiência americana no Iraque ea tensão atual sobre os militares russos de uma guerra secreta na Ucrânia.
A maioria dos analistas conectado-governamentais já insistiu que o apoio da Rússia para o Sr. Assad é "estritamente político", e rejeitaram relatos de envolvimento militar como "loucura".
"É uma notícia falsa. A implantação desse porte exigiria a aprovação do Conselho da Federação [câmara alta do Parlamento russo] ", disse Yevgenny Buzhinsky, um general russo aposentado que agora dirige o centro analítico PIR em Moscou. "Tanto quanto eu estou ciente de quaisquer conselheiros de lá não entrar em combate."
Mas os comentários de Putin carrilhão com especialistas que dizem que o governo russo estaria disposto a fornecer apoio logístico substancial e conselhos, mesmo que se esquiva de intervenção em grande escala.
"Essas coisas são mantidos muito segredo, mas há definitivamente um consultor e instrutor missão lá, possivelmente na casa das centenas", disse Pavel Felgenhaeur, um comentarista independente sobre assuntos militares russas.
"Ele definitivamente inclui assessores técnicos e engenheiros para manter o equipamento militar sofisticado e fuzileiros navais para protegê-los. Não há nenhuma maneira jatos de Assad ainda poderia estar voando depois de quatro anos de guerra, sem assistência técnica russa ", disse ele.
Sr. Felgenhauer disse que era "perfeitamente concebível" que os membros da missão de aconselhamento, ocasionalmente, encontraram-se em combate ou vítimas teve mesmo sofreu.

File photo: Fighters from the Islamic State of Iraq and the Levant (ISIL) marching in Raqqa, SyriaFoto de arquivo: Lutadores do Estado Islâmico do Iraque ea marcha Levant (ISIL) em Raqqa, Síria Foto: AP
Um regime oficial militar sírio que desertou em 2012 disse ao Telegraph que ele tinha pessoalmente trabalhou ao lado de oficiais russos, mas que em sua experiência que eles estavam lá ", como especialistas, e não combatentes".
"A maior parte da sala de operações e muitas das linhas de defesa são planejadas por especialistas russos, por isso há pessoal técnico extras agora. Eles são principalmente em Damasco", disse o desertor, citando antigos colegas que ainda estão servindo com o governo Assad.
Os relatos de aumento do apoio siga uma ofensiva diplomática recente em que a Rússia tem tentado convencer os governos ocidentais e árabes, bem como membros da oposição síria, que Assad deve ser parte de um governo de unidade nacional e uma aliança internacional para combater Isil.
Putin, disse nesta sexta-feira que Assad havia concordado em tal acordo ", até o ponto de início da realização de eleições parlamentares e estabelecer contactos com a chamada oposição saudável e envolvê-los no governo".
No entanto, os governos ocidentais e líderes rebeldes sírios, até agora, insistiu que não há lugar para o Sr. Assad no pós-guerra a Síria.
Em uma guerra dilacerada com a barbárie, em grande parte liderada por lutadores de Isil, o regime de Assad continua a ser a maior causa de morte de civis.
Khaled Khoja, o presidente da oposição da Síria Coalizão Nacional, disse depois de uma reunião recente com autoridades russas em Moscou que não havia nenhuma questão de partilhar o poder com o Sr. Assad.
Outra opção debatida nos círculos políticos estrangeiros envolveria Assad deixar o cargo para ser substituído por um sucessor mutuamente aceitável.
Rússia é dito para se opor a esta visão, acreditando que a remoção de Assad levaria ao colapso completo da Síria como um estado.
O Pentágono disse nesta sexta-feira que tinha visto relatos de Rússia implantação de tropas e aviões na Síria, e foi "monitorando a situação de perto".
Quanto à possibilidade de a Rússia aderir à coalizão contra Isil, porta-voz do Pentágono, Peter Cook disse que os EUA "acolher as oportunidades para os outros a juntar-se à luta".
Entretanto, o Sr. Cook disse que "o regime de Assad não pode ser um parceiro contra o terrorismo que ele tem tanto curadoria e, em seguida, não conseguiu enfrentar de forma eficaz"

http://www.telegraph.co.u

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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Algo de estranho no ar

 

Por que os Países Estrangeiros estão repatriando ouro a partir do US Federal Reserve?

Sputnik
02 de setembro de 2015

Como se acredita que a política da Reserva Federal dos EUA vá provocar grande turbulência nos mercados financeiros e de commodities globais, os países estrangeiros estão retirando as suas reservas de ouro do maior depósito de ouro do mundo.
Os bancos centrais de países estrangeiros retomaram a retirada das suas reservas de ouro da Reserva Federal dos EUA, de acordo com o último relatório da reserva Federal.
A repatriação maciça de ouro começou de volta no início de 2014.
Durante o período, um total de 250 toneladas de ouro físico foram retirados do Federal Reserve. As reservas de ouro do depósito caíram para 5.950 toneladas, uma baixa recorde nos últimos 20 anos.
Da última vez, que uma situação semelhante ocorreu foi antes da crise financeira de 2008, e os bancos centrais estrangeiros retiraram cerca de 400 toneladas de ouro. Tendo em conta que a retirada atual dura desde 2014 e este ano tem visto uma nova crise surgindo, a história se repete, Vesti.ru reporta. As primeiras grandes tentativas dos países estrangeiros para retornar com as suas reservas de ouro começaram em 2012. Naquele tempo, a Alemanha fez tentativas para retirar seu ouro, mas foi negado a ordem e receberam apenas uma pequena parcela das planejadas 700 toneladas.
Em meio à crise global em curso, a confiança no Federal Reserve dos EUA está diminuindo. O seu papel geopolítico tornou-se evidente ao longo dos últimos anos. Qualquer anúncio da intenção do Fed de elevar os juros provoca desestabilização nos mercados financeiros e de commodities globais, diz o artigo.
Além disso, o Fed pode trazer uma forte pressão sobre os sistemas financeiros da área do euro e outros países europeus, acrescenta.
Provavelmente, mesmo aliados dos EUA secretamente querem se livrar da influência do Fed e estão procurando maneiras de fazer isso. A retirada recente de ouro pode ser um passo para alcançar esse objetivo, o artigo presume.
Em sua carta aberta para a Commodity Futures Trading Commission, Keith Neumeyer, presidente da First Mining Finance ressaltou que as ações dos produtores e compradores do mundo real não são determinadas por operações do mercado financeiro que são realizados apenas no papel.
Como a China aumentou suas reservas de ouro para 600 toneladas, não há motivo razoável para falar sobre a baixa demanda por ouro. Nesta situação os preços do ouro devem ir para cima, mas na verdade eles não fazem, de acordo com o artigo.
Acontece que, enquanto os preços de mercado indicam que o ouro é pouco promissor, os clientes reais continuam a comprá-lo em quantidades recordes, ele explica.

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Rússia abrindo caminho para descartar o dólar


Rússia está caminhando para aprovar uma lei que formalmente descartará o dólar americano
 
Michael Snyder
Economic Collapse
03 de setembro de 2015
  
  O presidente russo, Vladimir Putin introduziu legislação que trataria um tremendo golpe para o dólar norte-americano.

Se Putin recebe o seu caminho, e ele quase certamente, o dólar norte-americano será eliminado do comércio entre as nações que pertencem à Comunidade de Estados Independentes. Além da Rússia, que lista de países inclui Armênia, Azerbaijão, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Moldávia, Tadjiquistão e Uzbequistão. Obviamente, isso não significaria "a morte do dólar", mas seria um passo muito significativo em direção ao fim da era do domínio absoluto do dólar norte-americano. A maioria das pessoas não percebem isso, mas mais dólares norte-americanos são realmente utilizados fora dos Estados Unidos que são usados ​​dentro deste país. Se o resto do planeta decide parar de acumular dólares, usando-os para o comércio com o outro, e emprestar-los de volta para nós a taxas de juros ultrabaixas, vamos estar em um mundo de dor. Infelizmente para nós, é apenas uma questão de tempo até que isso aconteça.
 
Quando comecei a ler o seguinte trecho de um recente artigo RT, eu estava absolutamente atordoado ...


O presidente russo, Vladimir Putin elaborou um projeto de lei que visa eliminar o dólar norte-americano e ao euro a partir de comércio entre os países da CEI.

Isso significa a criação de um mercado financeiro único entre a Rússia, Armênia, Belarus, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e outros países da ex-União Soviética.

Isso ajudaria a expandir o uso das moedas nacionais nos pagamentos de comércio exterior e serviços financeiros e, assim, criar condições para uma maior liquidez dos mercados de moeda nacional", disse um comunicado do Kremlin.
 
  Durante muito tempo, as tensões têm vindo a construir entre os Estados Unidos e a Rússia sobre a Síria, Ucrânia, o preço do petróleo e toda uma série de outras questões. Mas eu não antecipar que as coisas chegar a este nível ainda. Espera-se que o novo projeto de lei de Putin vai se tornar lei, e este é apenas um elemento de uma tendência muito maior, que agora está se desenvolvendo.
 

Você vê, a verdade é que a Rússia ea China têm ambos os ativos denominados em dólar de dumping sido por meses. A seguir vem de um artigo recente por Mac Slavo ...
 


  No mês de dezembro 2014 sozinho Putin vendidos cerca de 20% do Tesouro americano do país, um movimento que aumentou ainda mais as tensões que cercam o que só pode ser descrito como uma guerra econômica entre o Oriente eo Ocidente.

Então, como se parte de um esforço coordenado, este Verão, foi revelado que a China implementou uma estratégia semelhante, o dumping meio trilhão de dólares activos denominados.

  Mas isso é apenas o começo do fim para o dólar norte-americano. Em meio a um grande colapso no mercado acionário chinês República Popular vendeu bilhões de dólares em ativos em dólar na semana passada em que foi relatada a ser um esforço para estabilizar suas colapso dos mercados financeiros.

  E agora, como a economia da Rússia entra em colapso sob o peso das sanções americanas e europeias, incluindo o que muitos acreditam ser a manipulação de queda generalizada dos preços do petróleo, Vladimir Putin está a enviar um sinal claro ao banco central de moeda de reserva do mundo.
 
  China tem a segunda maior economia em todo o planeta, ea Rússia tem a décima maior. Nos últimos anos, essas duas potências tornaram-se muito mais apertado. Por exemplo, basta considerar esta manchete do Sputnik News que me deparei com apenas hoje: "Crippling Política Externa dos EUA Empates Rússia, China Closer Together".
 


E eu não sei se vocês notaram, mas as relações dos EUA com a China giraram em vez azedo recentemente.  Lotes de acusações sobre espionagem e violações comerciais foram voando ao redor, e apenas esta semana cinco navios de guerra chineses foram avistados ao largo da costa do Alasca. Nos próximos meses, esperamos que a nossa relação com a China a continuar a desvendar. Se a China ea Rússia foram para tanto fundamentalmente rejeitar o dólar norte-americano, em algum momento, a maior parte do resto do mundo podem optar por seguir o exemplo.

  Então, por que isso é importante?

O fato de que a maioria das nações do mundo usam nossos dólares para o comércio com o outro cria uma enorme quantidade de demanda artificial para a nossa moeda.  Em outras palavras, o dólar dos EUA é valorizado muito maior do que poderia ser apenas porque é a moeda de reserva de facto do planeta.

Como resultado, podemos importar grandes quantidades de produtos a preços super barato.  Quando vamos para a Wal-Mart ou a loja do dólar, podemos encher nossos carros com lotes e lotes do material ridiculamente barato.  Nosso padrão de vida é muito maior do que realmente deveria ser.

  E porque o dólar norte-americano é usado tão amplamente no comércio global, as principais nações exportadoras acabar com pilhas gigantes de nossa moeda que eles foram dispostos a emprestar de volta para nós a taxas de juro ultra-baixos.  Isso tornou possível financiar nosso governo federal maciçamente inchado e ir de 18 trilhões de dólares em dívida.

Se o resto do mundo pára de usar nossos dólares e pára de tocar o nosso jogo, estaremos em uma enorme quantidade de problemas. O custo dos produtos importados seria absolutamente foguete e nosso padrão de vida seria ir para baixo.

Além disso, o governo federal (junto com os governos estaduais e locais) teria de pagar muito mais para emprestar dinheiro que rapidamente criar uma crise da dívida gigantesca.

Assim, a Rússia sabe onde eles poderiam realmente nos machucar. A maior parte do "poder" que a América projectos actualmente em todo o mundo é baseado em ter a reserva de moeda de facto do planeta. Se você tomar o nosso poder financeiro de distância, que seria muito, muito menos imponente no palco global.  Infelizmente, a verdade é que os militares dos EUA está diminuindo rapidamente e em grande parte foi defasado pela administração Obama.

Um monte de pessoas que irão ler este artigo não vai entender isso, mas é muito, muito importante para manter um olho sobre esta aliança russo / chinês emergente. Eu acredito que ele vai desempenhar um papel fundamental nos acontecimentos mundiais durante os próximos anos.

  Então você concorda comigo ou você discorda? Por favor, sinta-se livre para participar da discussão, postando um comentário abaixo ...
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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Reforma política acaba com exigência de domicílio eleitoral

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Proposta, aprovada, é de autoria do senador tucano José Serra.

A proposta de reforma política aprovada na noite dessa quarta-feira (02/09) pelo Senado acabou com a exigência, prevista na Lei 9.504/1997, para que o candidato que quiser concorrer às eleições deve ter domicílio eleitoral na região da disputa pelo menos um ano antes do pleito. Os senadores acataram emenda apresentada pelo senador José Serra (PSDB-SP), que argumentou ser a exigência sem lógica ou utilidade.

‘’O candidato, independentemente de ter ou não domicílio eleitoral, estará sujeito ao escrutínio da população local. Se ele julgar negativa essa circunstância, o candidato será punido com baixa votação’’, defendeu Serra. A proposta, que passará, também, pela Câmara Federal, poderá valer para as eleições de 2016.

A mudança derruba a barreira para lideranças políticas que tem identidade com a população de um município, embora resida em outra cidade. Um exemplo desse cenário é a cidade de Caucaia, que, nesse momento, tem três pré-candidatos a prefeito que estão transferindo o domicílio eleitoral como condição para legitimar a candidatura em 2016.

Entre os três pré-candidatos, dois (deputado federal Danilo Forte, do PMDB, e a médica Lia Gomes, do PROS) já transferiram o domicílio para Caucaia, enquanto o terceiro – deputado federal José Airton Cirilo, do PT, estava em processo de mudança. Com a proposta aprovada no Senado e, após passar pela Câmara Federal até o dia 31 de agosto, a lei poderá entrar em vigência nas eleições de 2016.

http://www.cearaagora.com.br/site/2015/09/reforma-politica-acaba-com-exigencia-de-domicilio-eleitoral/

Senado aprova janela para mudança de partido e cláusula de barreira para debates

 

Agência Brasil

Dando prosseguimento à votação do Projeto de Lei 75/2015, o plenário do Senado aprovou novas emendas que modificam regras para as eleições. Uma delas prevê a criação de uma janela para que os candidatos que já exercem mandatos de deputados ou vereadores possam mudar de partido sem perder mandato.

A emenda aprovada pelos senadores concede prazo de 30 dias para que os interessados formalizem a troca de partido. A janela será aberta um mês antes do fim do período de filiação partidária, ou 13 meses antes das eleições.

Pelas regras atuais, os parlamentares só podem mudar de partido sem correr risco de perder o mandato se forem para uma legenda recém criada – exceto no caso de eleições majoritárias, como senadores e prefeitos. O objetivo da emenda aprovada no PLC 75 é evitar que sejam criados partidos políticos apenas para abrigar parlamentares insatisfeitos com seus atuais partidos.

Também foi aprovada outra emenda que impõe uma cláusula de barreira para participação de candidatos em debates midiáticos promovidos no período eleitoral. O texto prevê que, a partir de 2020, passa a ser obrigatório o convite apenas para candidatos de partidos com pelo menos nove deputados na Câmara.

O projeto também trata do financiamento e do custo de campanhas eleitorais. O texto-base já aprovado estabelece que as futuras campanhas poderão custar até 70% da campanha anterior à aprovação da lei. Uma emenda propôs a redução do limite para 50%, mas foi rejeitada.

http://www.jb.com.br/pais/noticias/2015/09/03/senado-aprova-janela-para-mudanca-de-partido-e-clausula-de-barreira-para-debates/

VAMOS SER UM PRESENTE PARA O MUNDO

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Contamos com você

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Relator mantém em parecer conceito de que família é só união de homem e mulher

 

Iolando Lourenço – Repórter da Agência Brasil

O relator do Projeto de Lei (PL) 6.583/13, que institui o Estatuto da Família, deputado Diego Garcia (PHS-PR), apresentou hoje (2) seu parecer à comissão especial que estuda a matéria. Garcia manteve em seu substitutivo o conceito básico de que “a família é formada por um homem e uma mulher, através do casamento ou da união estável, e a comunidade formada por qualquer dos pais e seus filhos”. O texto dispõe sobre os direitos da família e as diretrizes das políticas públicas voltadas para valorização e apoio à entidade familiar.
Após a leitura do parecer, foi aberto o prazo de cinco sessões da Câmara dos Deputados para apresentação de emendas que visem a modificar o texto apresentado hoje. As emendas podem apresentadas a partir de sexta-feira (4). De acordo com o substitutivo, é dever do Estado, da sociedade e do Poder Público, em todos os níveis, assegurar à entidade familiar a efetivação do direito à vida, desde a concepção, e do direito à saúde, à alimentação, à moradia, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania e à convivência comunitária.
O substitutivo também estabelece que “é assegurada atenção integral à saúde dos membros da entidade familiar, por intermédio do Sistema Único de Saúde [SUS], garantindo-lhes o acesso em conjunto articulado e contínuo das ações e 56 serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial ao atendimento psicossocial da unidade familiar”. Pela proposta,os pais têm direito a que seus filhos recebam educação moral, sexual e religiosa que não esteja em desacordo com as convicções estabelecidas no âmbito familiar.
As discussões em torno da proposta que institui o Estatuto da Família têm sido polêmicas na comissão e na Câmara, uma vez que a matéria divide opiniões entre deputados da Frente Parlamentar Evangélica e os que são contra a definição do conceito básico do que é família, que afirmam que o texto não inclui outros modelos de união, como o de casais do mesmo sexo.
O parecer de Diego Garcia diz que é competência do Congresso Nacional regulamentar “a especial proteção constitucionalmente garantida à família”. Segundo Garcia, o estatuto vem para colocar a família no plano das políticas públicas de modo sistemático e organizado. “Nada impede que os cidadãos, mediante seus representantes políticos, advoguem pela inclusão de novos benefícios a outras categorias de relacionamento, mediante argumentos que possam harmonizar-se à razão pública. Portanto, o Estatuto, uma vez que não proíbe nada ao Congresso, de modo algum pode ser alcunhado de impeditivo para o que seja”, disse o relator em sua justificativa.

Edição: Nádia Franco

Da Agência Brasil