segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Pânico global atinge em cheio o mercado brasileiro

 

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Na sequência do crash chinês, BM&FBovespa abriu em forte queda nesta segunda-feira, chegando a cair 6,5%; índice amenizou perdas e fechou com queda de 3%, batendo mínima desde 2009; temor de quebradeira na China atingiu em cheio exportadores brasileiros, como a Vale; desaceleração também derrubou os preços do petróleo ainda mais e fez Petrobras cair bruscamente na Bovespa; as duas fecharam em queda de 8% e 6%, respectivamente; dólar subiu 1,62%, a R$ 3,55; crise internacional torna ainda mais delicada a gestão da economia no Brasil; boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira 24, prevê queda de mais de 2% do PIB em 2015

24 de Agosto de 2015 às 10:22

247 - O crash da China causa pânico nas bolsas internacionais e afeta diretamente a Bolsa de Valores de São Paulo, que abriu em forte queda e chegou a cair 6,5% na manhã desta segunda-feira 24. O índice amenizou perdas na parte da tarde, aproximando-se de 2%, e fechou em queda de 3%, batendo mínima desde 2009.

A forte desvalorização do Yuan trouxe indefinição ao cenário global e fez com que a bolsa de Xangai despencasse 8,46%, a maior queda diária desde o auge da crise financeira global em 2007, refletindo a frustração de investidores após Pequim não anunciar novos estímulos no fim de semana. Na semana passada, já houve recuo de 11%.

O cenário atinge diretamente exportadores brasileiros, como a Vale. A desaceleração também derruba os preços do petróleo ainda mais e fez a Petrobras derreter na Bovespa. As quedas nas ações das duas empresas também foram amenizadas até o fim do dia, mas mesmo assim fecharam em queda de 8% e 6%, respectivamente, renovando mínimas de pelo menos nove anos.

O dólar fechou em alta de 1,62%, cotado a R$ 3,55. A crise global torna ainda mais delicada a gestão da economia no Brasil. O boletim Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda, prevê queda de mais de 2% do PIB em 2015 (leia mais).

Abaixo, reportagens do portal Infomoney e da agência Reuters sobre o mercado nesta segunda:

Ibovespa cai por pânico global com situação da China; dólar e DIs sobem forte

O Ibovespa abre em baixa nesta segunda-feira (24), em um dia de pânico profundo nas bolsas internacionais, com a Ásia no olho do furacão negativo que arrasa os mercados hoje. As fortes desvalorizações do yuan trouxeram indefinição ao cenário global e fizeram com que a bolsa de Xangai despencasse 8,46%. Ao mesmo tempo, as cotações de commodities recuam às mínimas em 16 anos. No cenário interno o mercado avalia os desdobramentos da crise política depois que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, pediu a investigação da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT).

Às 10h19 (horário de Brasília), o benchmark da Bolsa brasileira caía 5,79%, a 43.072 pontos, ainda com muitas ações em leilão. O Ibovespa Futuro já afunda 5%. Já o dólar comercial sobe 1,38% a R$ 3,5442, ao passo que o dólar futuro para setembro sobe 1,18% a R$ 3,552. Os futuros dos índices norte-americanos Dow Jones e S&P 500 recuam 4,06% e 3,78% respectivamente.

No fim de semana, o governo chinês disse que vai permitir a fundos de pensão que comprem ações. A especulação sobre corte de compulsórios para estimular a economia não se confirmou.

As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) estavam cotadas para abrir em queda.

Também tinha algum peso por aqui o Relatório Focus, com a mediana das projeções de diversos economistas, casas de análise e instituições financeiras para os principais indicadores macroeconômicos. A previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2015 oscilou de uma retração de 2,01% para uma de 2,06%. Já no caso do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é o medidor oficial de inflação utilizado pelo governo, as projeções caíram de 9,32% para 9,29%.

Cenário externo

A segunda-feira já começou bastante negativa para os mercados globais. As bolsas asiáticas e europeias despencam em meio ao sell off global, agravado pelo tombo dos papéis chineses, que intensificou a fuga de ativos mais arriscados em meio a temores de desaceleração econômica global encabeçada pela China. Xangai teve baixa de 8,46%, a maior queda percentual diária desde 2007.

O índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico exceto Japão caía 5,46%, abaixo da mínima de três anos. Hang Seng teve queda de 5,17%, enquanto Nikkei despencou 4,61%.

Ativos vistos como um porto-seguro, como títulos de governo e o iene, apresentaram ganhos em meio à instabilidade nos mercados financeiros. O gatilho para as turbulências veio sob a forma da forte desvalorização do iuan chinês, que alimentou temores sobre o estado da segunda maior economia do mundo.

"Os mercados estão em pânico. As coisas estão começando a parecer com a crise financeira asiática no fim da década de 1990. Especuladores estão vendendo ativos que parecem ser os mais vulneráveis", disse o chefe de pesquisa do Shinsei Bank, Takako Masai.

Bolsas de valores em todo o mundo, do Japão à Indonésia, foram duramente atingidas pela queda das ações chinesas desde a abertura nesta segunda-feira, após Pequim não anunciar nenhum grande estímulo no fim de semana para sustentar as ações, como era amplamente esperado após a queda de 11 por cento da semana passada.

O sell off se estendeu pela Europa, que vê as principais bolsas do continente caírem cerca de 3%. Por outro lado, a Alemanha vê consequências limitadas da desaceleração econômica da China para sua economia, a maior da Europa, disse uma porta-voz do Ministério da Economia nesta segunda-feira.

"Estamos monitorando os desdobramentos na China com muita atenção. As consequências imediatas para a economia da Alemanha, no entanto, devem ser limitadas", disse a porta-voz.

No cenário do continente, líderes da oposição grega fizeram progresso zero neste domingo nos esforços para tentar formar uma nova coalizão, apesar dos apelos internos e externos por eleições rápidas para que o país possa lidar com crises econômica e humanitária simultâneas.

O sell off se estende no mercado de commodities: o minério de ferro negociado no porto de Qingdao tem baixa de 5,02%, a US$ 53,08, enquanto o brent é negociado com queda de 3,78%, a US$ 43,74.

22 ações do Ibovespa caem mais de 6%: Petrobras, Vale e siderúrgicas afundam

A sessão desta segunda-feira (24) é marcada pela queda de todas as 66 ações do índice, sendo que a menor queda é da Souza Cruz (CRUZ3) que recua 0,45%, lembrando que a companhia se prepara para deixar a Bolsa. Enquanto isso, 65 das 66 ações do benchmark da Bolsa registram perdas de mais de 4%. Para conferir o desempenho de todos os papéis do Ibovespa confira a ferramenta altas e baixas do InfoMoney.

10h55: Bancos
Em mais um dia de "sell-off" global, os papéis dos bancos afundam e ajudam a pressionar ainda mais o benchmark. O Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 25,07, -5,04%), Bradesco (BBDC3, R$ 23,26, -5,45%; BBDC4, R$ 22,05, -5,28%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 17,36, -5,85%) e Santander (SANB11, R$ 13,08, -7,50%) caem todos mais de 5%.

10h37: Vale (VALE3, R$ 15,05, -9,88%; VALE5, R$ 12,10, -10,04%) e siderúrgicas
A mineradora Vale e as siderúrgicas afundam nesta segunda-feira seguindo o desempenho do mercado chinês e do minério de ferro. Enquanto isso, CSN (CSNA3, R$ 2,75, -9,84), Gerdau (GGBR4, R$ 4,73, -8,16%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 2,58, -13,13%) e Usiminas (USIM5, R$ 2,79, -9,12%) despencam.

As fortes desvalorizações do yuan trouxeram indefinição ao cenário global e fizeram com que a bolsa de Xangai despencasse 8,46%. Ao mesmo tempo, as cotações de commodities recuam às mínimas em 16 anos. O minério de ferro spot com 62% de pureza no porto de Qingdao afunda 5,03% a US$ 53,28 a tonelada.

10h37: Petrobras (PETR3, R$ 8,38, -8,91%; PETR4, R$ 7,57, -8,80%)
Como era de se esperar com o "dia negro" no mercado asiático, as ações da Petrobras afundam logo no início da sessão desta segunda-feira, com o petróleo Brent recuando 4,11% a US$ 43,59. No noticiário da estatal, a companhia desativou a unidade de craqueamento catalítico fluido (FCCU, na sigla em inglês) com capacidade de produção de 56 mil barris por dia de gasolina na refinaria de Pasadena, Texas, Estados Unidos, com capacidade para 100 mil barris por dia, após um incêndio durante a noite de domingo, afirmaram fontes familiarizadas com as operações da fábrica.

Ainda no radar da empresa, os ministros de Minas e Energia, Eduardo Braga, e da Fazenda, Joaquim Levy, instituíram grupo de trabalho com o objetivo de avaliar os impactos sobre a concorrência, a regulação e as políticas públicas do processo de desinvestimento da Petrobras "em atividades com características de monopólio natural".

Além disso, o fundo de investimentos alemão HSBC Inka, controlado pelo HSBC, retirou as acusações feitas contra Petrobras em um processo em Nova York, segundo informações do Valor. A ação havia sido arquivada na quarta-feira, acusando a companhia de inflar valores de ações e títulos de dívida vencidos entre 19 de agosto de 2012 e 13 de maio deste ano. Em seguida, a Inka ajuizou uma nova ação judicial contra a estatal em Nova York, mas sem citar o HSBC como seu controlador. Com a mudança, a companhia segue ré de 13 ações individuais, além da ação coletiva - a "class action" - que corre paralelamente nos Estados Unidos.

10h36: Suzano (SUZB5, R$ 15,78, -6,41%)
A companhia segue o desempenho dos mercados globais, e não consegue evitar a queda nem com a disparada do dólar, que chegou a R$ 3,57 na máxima do dia. No noticiário, em resposta à taxação antidumping aplicada pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos, a Suzano informou, no sábado, que não planeja alterar a sua estratégia de exportação para os Estados Unidos, enquanto não for proferida uma decisão final na investigação, prevista para o primeiro trimestre de 2016.

Segundo a companhia, o caso sob investigação não se refere a preços abaixo do custo de produção, mas sim à avaliação dos valores praticados no mercado norte americano comparados à atuação da empresa no mercado doméstico. Esta comparação, segundo a Suzano, sofre forte influência cambial dependendo do período de investigação.

Anteontem, a empresa informou que o Departamento de Comércio dos Estados Unidos proferiu na quarta-feira decisão preliminar, em processo de investigação de dumping nas importações de certos tipos de papel não revestido provenientes da Austrália, Brasil, China, Indonésia e Portugal. O papel não revestido é usado em envelopes e páginas de livro, por exemplo.

10h35: Klabin (KLBN11, R$ 18,75, -6,25%)
A Aneel autorizou o adiamento do cronograma de implantação da Usina Termoelétrica Klabin Celulose, em Ortigueira (PR), segundo resolução publicada no Diário Oficial. A Klabin pediu postergação do cronograma de implantação citando dificuldades relacionadas à definição da composição acionária, estruturação financeira, revisão do escopo técnico da fábrica de celulose e complexidades nos estudos para conexão dessa usina, segundo documento da Aneel. A UTE tem potência instalada total de 330.000 kW.

10h34: Telefônica (VIVT4, R$ 37,62, -5,10%)
A Telefônica Vivo não está mais disposta a participar da consolidação do número de operadoras de telefonia no país, segundo o Valor Econômico. Segundo o joranl, a companhia quer tocar sua vida, do alto de seus R$ 70 bilhões de valor de mercado, e mira a Sky para ganhar força no que é menor em sua carteira de serviços: TV por assinatura. Em outras palavras, comprar a TIM no modelo tripartite - dividindo com Oi e Claro - não está em seus planos, no cenário atual. A compra da Sky seria uma operação do porte da GVT, entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões.

10h34: Brasil Pharma (BPHA3, R$ 0,63, -5,97%)
A Brasil Pharma teve seu rating de longo prazo rebaixado pela Fitch Ratings para ‘B+(bra)’ , de ‘BB(bra)’. A agência colocou o rating em observação negativa. Em comunicado, explicou o motivo do rebaixamento: "reflete a contínua incapacidade de a companhia retornar a uma geração de caixa operacional materialmente positiva e as maiores incertezas em relação à equalização de sua estrutura de capital em bases sustentáveis".

Dólar sobe quase 2% ante real por preocupação com China e política local
Reuters - O dólar avançava cerca de 2 por cento em relação ao real nesta segunda-feira, ultrapassando 3,55 reais e acompanhando a intensa aversão ao risco nos mercados globais após as bolsas da China derreterem diante dos sinais de desaceleração da segunda maior economia do mundo e por preocupações com a crise política que atravessa o Brasil.

Às 9:47, o dólar avançava 1,55 por cento, a 3,5501 reais na venda. Na máxima da sessão, já chegou a 3,5700 reais, com alta de 2,12 por cento, próximo dos 3,5709 reais atingidos no último dia 6, maior pico intradia desde 5 de março de 2003 (3,5800 reais).

A divisa dos Estados Unidos também fortalecia contra as principais moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

"Os agentes internacionais esperavam que o banco central chinês anunciasse novas medidas no final de semana para dar suporte ao sistema financeiro. Como nada foi feito, as principais bolsas chinesas fecharam novamente com fortes quedas hoje, arrastando as demais praças para um pregão de perdas", escreveu o operador da corretora SLW, em nota a clientes, João Paulo de Gracia Correa.

As bolsas de Xangai e Shenzhen desabaram mais de 8 por cento nesta sessão, reforçando o quadro de preocupações com a China, que vem afetando o apetite por ativos de risco, como aqueles denominados em reais, nos mercados globais.

No Brasil, preocupações políticas também atingiam o ânimo dos agentes financeiros, após o vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, determinar que as contas de campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff e o PT sejam investigados por suposta prática de crimes, argumentando que há "vários indicativos" de que ambos foram financiados por propina desviada da Petrobras.

Os mercados financeiros têm sido profundamente afetados pelas incertezas em torno da permanência de Dilma no cargo até o fim de seu mandato. "Está cada vez mais difícil imaginar a luz no fim do túnel", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

Mais tarde, o Banco Central dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em setembro, com oferta de até 11 mil contratos, equivalentes à venda futura de dólares.

(Por Bruno Federowski)

https://www.brasil247.com/pt/247/economia/194086/Pânico-global-atinge-em-cheio-o-mercado-brasileiro.htm

Dilma tinha razão: mundo vive nova crise global

 

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24 de Agosto de 2015 às 16:08

247 – O cenário mundial das bolsas de valores após o crash chinês nesta segunda-feira 24 confirma que a presidente Dilma Rousseff, que tem feito alertas frequentes sobre a gravidade da crise global desde o início de seu segundo mandato, tinha razão. Apesar disso, ela sempre foi contestada por analistas internos sobre esta tese.

A queda de 8,46% em Xangai – a maior queda percentual diária desde 2007 –, no entanto, afetando bolsas de valores em todo o mundo, do Japão à Indonésia, mostra que o quadro é inequívoco: o mundo enfrenta uma crise tão aguda ou ainda mais grave do que a de 2008.

Ainda na Ásia, o índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico exceto Japão, caía 5,46%, abaixo da mínima de três anos. Hang Seng teve queda de 5,17%, enquanto Nikkei despencou 4,61%. Enquanto isso, as principais bolsas da Europa registraram perdas entre 4,6% e 5,96%.

"Os mercados estão em pânico. As coisas estão começando a parecer com a crise financeira asiática no fim da década de 1990. Especuladores estão vendendo ativos que parecem ser os mais vulneráveis", disse o chefe de pesquisa do Shinsei Bank, Takako Masai.

Em menos de um ano, preços do petróleo caíram mais de 60%, derrubando ações de todas as petroleiras globais. Commodities exportadas pelo Brasil, como o minério de ferro, também enfrentam as mínimas históricas. Desta vez, até analistas conservadores, como Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg, tenderão a reconhecer a gravidade do quadro internacional.

Com informações do portal Infomoney

Confira mais detalhes nas reportagens da Reuters, abaixo:

Índice europeu de ações perde 450 bi de euros em valor de mercado após tombo da China
(Reuters) - O principal índice europeu de ações despencou nesta segunda-feira após os mercados chineses desabarem, reduzindo em bilhões de euros seu valor de mercado e atingindo a mínima em sete meses.

O índice FTSEurofirst 300 fechou com queda de 5,44 por cento, a 1.349 pontos e perdeu cerca de 450 bilhões de euros (521,42 bilhões de dólares) em valor de mercado -- pior performance de fechamento desde novembro de 2008.

O índice chegou a cair 7,8 por cento durante a sessão, maior queda intradia desde outubro de 2008, pouco depois da falência do banco de investimentos norte-americano Lehman Brothers. O termômetro fechou acima das mínimas mas permaneceu em vias de marcar a pior queda mensal desde 2002. Seu valor de mercado diminuiu em mais de um trilhão de euros desde o início do mês.

As bolsas chinesas despencaram mais de 8 por cento nesta segunda-feira, em sua maior perda diária desde o início da crise financeira global em 2007, após Pequim não anunciar grandes medidas de estímulo no fim de semana, mesmo após tombo de 11 por cento na semana passada.

Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 4,67 por cento, a 5.898 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 4,70 por cento, a 96.648 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 5,35 por cento, a 4.383 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 5,96 por cento, a 20.450 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 5,01 por cento, a 97.756 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 5,80 por cento, a 4.981 pontos.

Bolsas nos EUA têm pior sessão em 4 anos por preocupações com China

Por Noel Randewich

(Reuters) - Investidores preocupados com a China levaram os principais índices acionários dos Estados Unidos a recuarem quase 4 por cento nesta segunda-feira, em uma sessão volátil que confirmou o S&P 500 formalmente em território de correção, mesmo após uma dramática recuperação das ações da Apple.

O índice Dow Jones fechou em queda de 3,57 por cento, a 15.871 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 3,94 por cento, a 1.893 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 3,82 por cento, a 4.526 pontos.

Com as perdas desta sessão, o S&P 500 e o Nasdaq entraram em território de correção. O Dow Jones já havia entrado em território de correção --isto é, mais do que 10 por cento abaixo de sua máxima em 52 semanas-- na sexta-feira.

O Dow Jones chegou a perder mais de 1 mil pontos nesta sessão, a maior perda em pontos intraday de sua história.

A queda desta sessão veio após as bolsas chinesas despencarem 8,5 por cento, o que foi o gatilho para vendas nos mercados acionários mundiais, assim como no petróleo e em outras commodities.

Wall Street vinha operando em uma margem estreita durante boa parte do ano, mas a volatilidade saltou este mês, com os investidores cada vez mais preocupados com um potencial tropeço da economia chinesa e após Pequim surpreender os mercados ao desvalorizar sua moeda.

Alguns investidores venderam ações pouco antes do fechamento do mercado na tentativa de capitalizar com a volatilidade nos preços vista mais cedo.

"Se as coisas não se acalmarem na China, nós podemos ter outra abertura feia amanhã e você não iria querer ser pego mantendo posições que você comprou esta manhã", disse o diretor de derivativos da Charles Schwab, Randy Frederick.

O presidente-executivo da Apple, Tim Cook, tomou uma atitude pouco usual, em comentários à CNBC, de reafirmar aos acionistas sobre os negócios da empresa na China, antes de uma dramática queda 13 por cento e recuperação das ações da empresa, que fecharam em queda de quase 2,5 por cento, a 103,12 dólares.

O S&P 500 e o Dow Jones tiveram suas maiores baixas percentuais diárias desde 18 de agosto de 2011. Já o Nasdaq teve a maior queda percentual desde 9 de novembro de 2011.

Preços do petróleo desabam para novas mínimas com temores sobre China
NOVA YORK (Reuters) - O movimento de queda do petróleo, que já dura algumas semanas, acelerou-se agudamente nesta segunda-feira, com os preços caindo mais de 5 por cento para novas mínimas de seis anos e meio, devido a preocupações com a economia da China.

As perdas no petróleo seguiram a queda no mercado de ações da China de quase 9 por cento, que por sua vez afetou os mercados financeiro globais.

A maior queda diária do petróleo em quase dois meses sugere que os piores temores em relação às previsões econômicas da China (o segundo maior consumidor de petróleo do mundo) obscureceram sinais imediatos do persistente excesso de oferta como o principal motivador da baixa.

O petróleo Brent para outubro caiu 2,77 dólares, ou 6,1 por cento, encerrando a 42,69 dólares por barril, após cair

para a mínima do contrato de 42,51 dólare por barril, o valor mais baixo para o primeiro vencimento desde março de 2009,

Já o petróleo nos EUA teve queda de 2,21 dólares, ou 5,5 por cento, encerrando a 38,24 dólares por barril, a mínima desde fevereiro de 2009.

O petróleo nos EUA, que está se encaminhando para uma perda mensal de 17 por cento, registrou sua oitava semana consecutiva de perdas na sexta-feira, a maior série negativa consecutiva semanal desde 1986.

(Por Robert Gibbons; reportagem por Karolin Schaps e Meeyoung Cho)

http://www.brasil247.com/pt/247/economia/194103/Dilma-tinha-razão-mundo-vive-nova-crise-global.htm

Ministro russo: Mais de 40países querem aderir à União Econômica Eurasiática

Aleksei Ulyukayev em 17 de agosto de 2015

© Sputnik/ Sergei Guneyev

Mais de 40 países e organismos internacionais estão interessados em criar uma zona de livre comércio com a União Econômica Eurasiática (UEE), disse nesta segunda-feira (24) Aleksei Ulyukayev, ministro do Desenvolvimento Econômico russo.

“Mais de 40 países e organizações internacionais fizeram público o seu desejo de criar uma zona de comércio livre com a UEE, inclusive a Indonésia, a China, a Tailândia e o Camboja”, disse Ulyukayev, que está participando de consultas dos ministros da Economia dos países-membros da Cúpula da Ásia Oriental, que começa hoje em Kuala Lumpur.

No mês passado, o ministro da Indústria e Comércio da Rússia, Denis Manturov, dizia que a Tailândia podia enviar seu pedido até o fim do ano em curso.

No momento, a UEE tem uma zona de livre comércio com o Vietnã.

Segundo o ministro, a Rússia está interessada em novas direções de cooperação entre os países, fortalecendo os laços regionais e o acesso a novos mercados para as empresas da Rússia.

A UEE foi fundada pela Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão e Rússia. O Quirguistão passou a integrar oficialmente o organismo em 12 de agosto. Países como o Tajiquistão, Síria, China, Índia, Irã são candidatos ao ingresso.

A Cúpula da Ásia Oriental é, desde 2005, um evento anual que reúne os países da ASEAN e seus parceiros (Austrália, China, Coreia do Sul, EUA, Índia, Japão, Nova Zelândia e Rússia). A União Europeia, Canadá, Mongólia e Paquistão também têm mostrado interesse em aderir a este grupo.

Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20150824/1940667.html#ixzz3jkusrJG8

O‘maior pesadelo’ dos EUA vira realidade

 

O presidente da China, Xi Jinping, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na Parada da Vitória.

 

As relações que a Rússia está mantendo e desenvolvendo atualmente com a China implicam complicações para a política do mundo unipolar, pregada pelos EUA, diz um artigo intitulado “O maior pesadelo da América: Rússia e China se aproximam” da revista National Interest.

Os tempos de Richard Nixon e Henry Kissinger, que punham barreiras na tentativa de separar a Rússia e a China, já passaram. Agora, a China é um parceiro próximo e seguro da Rússia, o que cria um ambiente incômodo para a tradicional conduta dos EUA na região asiática.

“Além da sua simetria eurasiática, elas [a Rússia e a China] compartilham interesses comuns, ambas se opõem à supremacia dos EUA, aos valores da democracia e transparência dos EUA e um desejo comum de uma ordem mundial mais multipolar”, dizem os autores do artigo, Mathew Burrows e Robert A. Manning.

Deixando de lado o assunto da democracia e transparência (por acaso o sigilo em torno dos tratados TiSA, TTP e TTIP, promovidos pelos EUA, será testemunho de transparência?), é possível ver que a “supremacia dos EUA” ocupa o primeiro lugar nesta lista. E quanto ao mundo “mais multipolar”, os próprios autores da matéria reconhecem que os Estados Unidos têm “tendências unipolares”, que eles precisam abandonar para “agir como primeiro entre iguais”.

Logo da cimeira BRICS em Ufá

© Agência-photohost

“Mídia internacional se articula para desacreditar os BRICS”

No entanto, vale lembrar que a China e a Rússia são atores de um projeto internacional que visa precisamente mais multipolaridade, que é o grupo BRICS, com instituições como o Novo Banco de Desenvolvimento, o Arranjo Contingente de Reservas. A China, por sua parte, organizou neste ano o Banco Internacional de Investimentos Infraestruturais (AIIB), ao qual um considerável número de países já aderiu.

Para a revista, a parceria sino-russa significará maior atenção aos Estados latino-americanos, implicando um maior grau de participação e envolvimento internacional destes países. Burrows e Manning destacam que a Rússia e a China “ultrapassam seriamente” os EUA no quesito de política internacional.

Reconhecendo a mestria russa e chinesa em “xadrez político”, os autores do artigo instam Washington a preparar uma resposta igualmente eficiente, o que os EUA parecem ignorar.

Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20150824/1939290.html#ixzz3jksvEp4E

Ação de Gilmar é resposta possível dos tucanos ao fim da “esperança Cunha”

 

Por Fernando Brito

gilcunha

No mínimo inusual e insólito o ato de Gilmar Mendes, na sua função de Ministro do TSE, de enviar as contas da campanha da chapa Dilma-Temer à Procuradoria Geral da República.

Qualquer operador do Direito sabe que o fluxo normal seria o inverso: o juiz ponderar provas trazidas pelo MP ou por autores de reclamação judicial, não o de tomar a iniciativa.

Diriam os advogados, citando Cícero: “da mihi factum, dabo tibi jus” (dê-me o fato, e eu darei o direito), para simbolizar o princípio da inércia do juiz – não a inércia da preguiça, obvio, mas a da iniciativa jurídica.

Mas, então, admitindo que assistam razões morais de defesa da lisura do processo eleitoral – sim, incumbência do juiz – quais são os fatos apontados por Mendes?

As doações de empresas envolvidas na Lava-Jato, certo?

Não seria, portanto, o correto e equilibrado determinar as condições em que operaram-se todas as doações feitas por estas empresas às candidaturas de todos que as receberam?

Aécio Neves (PSDB, DEM PTB e SD, entre outros), Marina Silva (PSB, PPS) e até o Pastor Everaldo e Levy Fidélix?

E não apenas às campanhas presidenciais, mas às de todos os candidatos, em todos os níveis, que as suportam e estimulam e, está nos números, os tucanos chegaram a recolher mais que o próprio PT?

E estas doações, que o Ministro considera suspeitas não se deram ao abrigo de uma legislação – que o ínclito Eduardo Cunha tenta “enfiar” na Constituição – que só não é considerada inválida porque o próprio Mendes aboletou-se há mais de um ano sobre o julgamento que assim a proclamava, vedando doações empresariais?

A desculpa, dada pelo ministro em entrevista ao Estadão de que “os partidos que dispõem de acesso à máquina governamental vão ter acesso a lista de nomes, aos CPFs e vão poder produzir doações”, distribuindo-as por “100 mil nomes” é de uma indigência mental toda prova.

Bastaria que alguns dos “100 mil laranjas” não declarassem ao Fisco, como é obrigatório, a doação para que o “laranjal” ruísse.

A sustentação moral do pedido feito por Gilmar Mendes, reabrindo “ad eternum” a apreciação de contas eleitorais é nenhuma.

É política em seu estado mais impuro: caído o “anjo vingador” do impeachment, Eduardo Cunha, salta Gilmar Mendes ao combate para que o desgaste persista e termine por valer mais o voto das togas que o do povo.

Que é, afinal, nestes tempos, o remake do que o poder econômico fez no século passado com a instituição militar para substituir-se à escolha da população na constituição de governos.

http://tijolaco.com.br/blog/?p=29148

domingo, 23 de agosto de 2015

Daqui a uns dias a polícia vai estar gritando: Chamem a vigilância!!

Segurança: Para cada PM, o Ceará tem dois vigilantes

domingo, agosto 23, 2015 1 comentário

Segundo a Polícia Federal, 33.479 profissionais do ramo da segurança privada atuam no Ceará. Número cresceu 524% desde 2010. Já a PM conta hoje com 17.341 agentes

Acrescente violência no Ceará levou os cidadãos a uma espécie de “corrida” pela segurança particular. Resultado disso, o Estado tem hoje 33.479 vigilantes profissionais em atividade. O número é 93% superior ao efetivo total da Polícia Militar, de 17.341 agentes, que são responsáveis por ações de policiamento ostensivo. A diferença é ainda maior se considerados os seguranças não legalizados, que atuam de maneira clandestina. A Polícia Federal estima que, para cada profissional autorizado trabalhando, existam outros três ilegais.

Em 2010, havia 5.362 vigilantes em atividade no Ceará. De lá para cá, o setor teve um incremento de 524%. No mesmo período, o número de homicídios no Estado cresceu 58%, saltando de 2.803 casos em 2010 para 4.439 em 2014. Roubos e furtos, que implicam diretamente na sensação de segurança, não foram divulgados na íntegra no período, pois os dados são considerados inconsistentes pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Em 2013, porém, 51.414 ocorrências do tipo foram registradas no Estado.

Ilegalidade

A violência urbana que cresceu na ausência do Estado levou não só à busca pela segurança patrimonial, como acarretou a “profissionalização” do setor. Cenas como as flagradas pelo O POVO.dom nas ruas de Fortaleza, com homens sentados em banquinhos e de cassetete na mão, são cada vez mais raras. Hoje, é comum que moradores contratem seguranças que circulam pelas ruas dos bairros em motos, bicicletas e até mesmo carros. Os dois perfis de trabalhadores, porém, exercem atividade ilegal.

“Eles estão usurpando uma competência que é da Polícia Militar, a quem cabe o policiamento ostensivo nas ruas. Aos vigilantes, cabem as ações preventivas de segurança dentro do patrimônio. Dos portões para fora é com a PM”, frisa a delegada Eliza Barbosa, chefe da Delegacia de Controle de Segurança Privada (Delesp) da PF. A delegada afirma que, apesar de ilegal, a ação clandestina não é crime ou contravenção. Cabe à PF somente fiscalizar e encerrar a execução do serviço, num primeiro momento. “Não cabe a prisão em flagrante da pessoa que executa o serviço de segurança irregular. Mas, caso o vigilante irregular insista na prestação do serviço, ele será preso pelo crime de desobediência”. A Delesp atua com base em denúncias e fiscalizações regulares.

Números

33.479 vigilantes profissionais estão em atividade no Ceará

17.341 policiais militares trabalham no Estado, incluindo oficiais e praças

Fonte: O Povo

A incrível resposta da Globo no caso do apartamento no Guarujá atribuído a Lula. Por Paulo Nogueira

 

As provas são "a vizinhança": o alegado apartamento de Lula

As provas são “a vizinhança”: o alegado apartamento de Lula

Lula é o alvo da plutocracia.

Isso está claro. Dilma, com as unhas aparadas, fica até 2018.

O problema é Lula.

Quem poderia enfrentá-lo na direita? São todos mirins. Ao mesmo tempo, também o PT, sem Lula, vira um adversário muito mais fácil de bater.

Tirar Lula é a prioridade, portanto.

A mídia comanda, como sempre, a perseguição.

Vale tudo, como você pode observar. A prova não está na Veja, que há dez anos, semana sim, semana não, anuncia o fim de Lula.

Esqueça, portanto, a Veja, que figura já no manicômio da imprensa.

Mas repare no Globo.

Numa coisa, em particular. Dias atrás, Lula desmentiu ser dono de um apartamento no Guarujá que ele poderia comprar com o dinheiro de uma palestra.

O Globo respondeu oficialmente. É o tipo de resposta que quem milita ou militou na imprensa sabe que foi lida e aprovada pelos patrões.

Isso dá a ela mais importância ainda.

A contraargumentação da Globo é centrada, toda ela, na vizinhança.

Não há um único documento, não há uma única prova.

A vizinhança disse.

Quem é essa enigmática vizinhança, o leitor não fica sabendo. Batata.

Mas que cultura editorial é esta que baseia uma denúncia – porque era este o tom do Globo – na vizinhança?

Parece piada, parece coisa do Sensacionalista. Mas é o Globo nesta fase mata-Lula.

A vizinhança disse que Lula foi visto “três vezes” no prédio.

Ainda que fosse verdade – onde uma foto neste tempo de orgia de selfies? – o que significa Lula ter ido ao prédio além disso mesmo, que ele foi ao prédio?

Isso é evidência de propriedade? Só para quem deseja atacar a qualquer preço.

A resposta do Globo evoca a vizinhança, mais uma vez, para dizer que Lulinha foi o responsável por uma reforma no apartamento alegadamente de Lula.

Sempre ela, a vizinhança.

Mais uma vez, nem uma só foto de Lulinha? Se foi mesmo o responsável, deve ter ido ao apartamento várias vezes.

Poderiam ter fotografado à distância, se quisessem. Ou de perto, se alguém da vizinhança se apresentasse a Lulinha amigavelmente.

Não é todo dia que você encontra o filho de um presidente, e ainda mais um no centro de tantas acusações como Lulinha.

Nada.

E finalmente a mulher de Lula, Mariza, também é invocada na resposta do Globo.

Mariza cuidou da decoração, segundo – adivinhe – a vizinhança.

O assunto todo é de extrema irrelevância. Qualquer palestrante – Merval, Jabor, Míriam Leitão etc – compra um apartamento daqueles com um pé nas costas. Que dirá Lula, com cachês de astro do circuito internacional de palestra?

O que é desimportante vira assunto sério por um único motivo: mostrar que o Globo não vai ter limites na perseguição a Lula.

O que se deve esperar não é jornalismo. É caça mesmo.

(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).

Paulo Nogueira

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-reveladora-resposta-da-globo-no-caso-do-apartamento-no-guaruja-atribuido-a-lula-por-paulo-nogueira/

Por que o PSDB está em silêncio diante das denúncias contra Eduardo Cunha?

 

"A moral e a coerência tucanas são mesmo um primor", diz Jean Wyllys, em crítica ao "silêncio constrangedor" dos parlamentares do PSDB.

reprodução

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) criticou, nas redes sociais, o comportamento de parlamentares tucanos em relação à denúncia contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por corrupção e lavagem de dinheiro ao STF nesta quinta-feira 20. A PGR pede restituição de mais de U$ 80 milhões, além de prisão de 184 anos para o atual presidente da Câmara.
Nesta quinta, Wyllys postou em sua página no Facebook: “A bancada do PSDB na Câmara Federal – também conhecida como o ninho dos tucanos – não só mergulhou em silêncio constrangedor em relação à denúncia da PGR contra Eduardo Cunha (acusado de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro), como o deputado Carlos Sampaio, líder da bancada do PSDB, participou de reunião a portas fechadas com Eduardo Cunha (da qual participaram também o líder do DEM, Mendonça Filho, e do PSC, André Moura) para ver meios de blindar o denunciado e o manter na presidência da Câmara”.
“Ah, a moral e a coerência tucanas são mesmo um primor, né? FHC também ainda não abriu o bico. Por quê? Quanto ao DEM e ao PSC, nós já sabemos a que valores servem esses partidos”, continuou o deputado do PSOL. Seu partido, sob liderança do deputado Ivan Valente (SP), pede a saída de Cunha da presidência da Casa e ainda a abertura de um processo de investigação na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, o que abre caminho para a cassação de seu mandato.
Em uma nota pluripartidária assinada ontem, deputados pediram o afastamento de Cunha do comando da Casa. Confira abaixo o manifesto de deputados de dez partidos contra Cunha:
A denúncia contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, por corrupção e lavagem de dinheiro, apresentada pela Procuradoria Geral da República, é gravíssima. Com robusto conjunto probatório, ela não apenas reforça as informações sobre o envolvimento de Cunha no esquema criminoso investigado pela Operação Lava Jato, como expõe o Parlamento brasileiro e torna insustentável a sua permanência na Presidência da Casa.
O Ministério Público acusa Eduardo Cunha de corrupção e lavagem de dinheiro – referente ao recebimento de US$ 5 milhões de um lobista e outras milionárias transações. Apurou-se também que Cunha se utilizou de requerimentos de informação para chantagear empresários que estariam com parcelas de propina em atraso – requerimentos esses originados em seu gabinete e assinados pela então deputada Solange Almeida.
A diferença da condição de um investigado em inquérito para a de um denunciado é notória. Neste caso, Cunha é formalmente acusado de ter praticado crimes. Com a denúncia do Ministério Público, a situação torna-se insustentável para o deputado, que já demonstrou utilizar o poder derivado do cargo em sua própria defesa.
Exercer a Presidência da Câmara dos Deputados exige equilíbrio, postura ética e credibilidade. A responsabilidade de dirigente maior de uma das casas do Poder Legislativo é incompatível com a condição de denunciado. Em defesa do Parlamento, clamamos pelo afastamento imediato de Eduardo Cunha da Presidência da Câmara dos Deputados. Parlamentares do PSOL, PSB, PT, PPS, PDT, PMDB, PR, PSC, PROS, PTB.
Informações de Congresso em Foco e 247

http://cartamaior.com.br/?%2FEditoria%2FPolitica%2FPor-que-o-PSDB-esta-em-silencio-diante-das-denuncias-contra-Eduardo-Cunha-%2F4%2F34306

Após denúncia por lavagem, Cunha quer mudar a maioridade penal para 60 anos

 

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, anunciou hoje que vai pedir uma modificação no projeto de lei que altera a maioridade penal para 16 anos. Agora, Cunha quer que ela passe para 60. O deputado teria dito a amigos que isso não tem qualquer relação com o fato de ter 56 anos. A mudança foi pedida no mesmo dia em que Cunha foi denunciado por lavagem de dinheiro, crime que teria sido praticado por ele mais de 60 vezes, segundo a Procuradoria.

Cunha estaria disposto a promover votações durante o tempo que for necessário até que a mudança seja aprovada pelos colegas. A Polícia Federal vasculhou as contas do presidente da Câmara mas não encontrou nada. “Acho que lavaram tanto o dinheiro que ele até sumiu”, disse um policial.
Cunha teria prometido que, se escapasse da acusação, participaria da lavagem do Bonfim.

http://sensacionalista.uol.com.br/2015/08/20/apos-denuncia-por-lavagem-cunha-quer-mudar-a-maioridade-penal-para-60-anos/

Nossa Sobral conta com pesquisadores ufológicos sempre atuantes


Nossa Reunião Plenária de Ufologia do mês de julho foi assim, com companheiros apresentando os registros de seus avistamentos em nosso município.
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Nessa foto Francisco Cavalcante comenta os quadros apresentados pelo seu colega Rafael.
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Nesta foto o próprio Rafael expões as suas pesquisas com a ajuda técnica do companheiro Lindelano.
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Rafael, que é graduado e professor de artes marciais, explicando que sua família sempre esteve, de certa forma, premiada por esses avistamentos de Óvnis, não só a família dele, mas também a família de sua esposa.
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Toda vez que alguém fala de suas experiências, outras pessoas presentes, veem algo parecido com suas próprias experiências e acabam enriquecendo a apresentação do expositor. Até porquê, quase todos que participam das reuniões do CSPU, já estiveram frente a frente com objetos voadores não identificados.
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Nossa próxima reunião será dia 28 deste, ou seja, na próxima sexta feira e você está convidado.Se você, de alguma forma já teve encontro com algo estranho, algo fora de sua compreensão, venha partilhar conosco sua experiência, vai se surpreender em saber que não foi só você que passou por isso.
O local: VCilimitado.com do Dennis Pereira, na Rua Coronel Diogo Gomes 998 (quase no cruzamento com a rua Maria Tomázia), Centro, Sobral - CE. Acontecerá a partir das 19 horas e a entrada é franca. Maiores informações pelo 88 999210172.

Instituto divulga lista de empresas para as quais Lula fez palestra

 

O Instituto Lula divulgou nesta terça-feira (18) uma lista com todas as empresas para as quais Lula prestou serviços após deixar a Presidência da República, entre 2011 e 2015, “a exemplo de outros ex-presidentes do Brasil e de outros países”. Desta forma, diz a nota, “o ex-presidente Lula e o Instituto Lula estão certos de contribuir para o esclarecimento da verdade, a defesa do estado de direito democrático e a garantia dos direitos constitucionais de todos os cidadãos brasileiros”.

Foto: Fernanda Calgaro/ UOLEx-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala sobre economia em palestra em Londres Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala sobre economia em palestra em Londres

Segue a íntegra da publicação:

Em sinal de respeito à sociedade brasileira, que merece receber informações corretas e verdadeiras, divulgamos a relação das empresas e instituições que, desde 2011, contrataram palestras do ex-presidente Lula no Brasil e no exterior por meio da empresa LILS Palestras e Eventos Ltda.
Trata-se de uma atividade legítima, que Lula exerce legalmente desde que deixou a Presidência da República, a exemplo de outros ex-presidentes do Brasil e de outros países, e personalidades de destaque como esportistas, artistas, jornalistas, cientistas.
De 2011 até hoje, Lula fez 70 palestras contratadas por 41 empresas e instituições, e foi remunerado de acordo com sua projeção internacional e recolhendo os devidos impostos.
No mesmo período, o ex-presidente participou gratuitamente de mais de 200 conferências, palestras e encontros promovidos por sindicatos, movimentos sociais, partidos, governos e instituições multilaterais, no Brasil e no exterior, sempre em defesa dos interesses nacionais, da paz mundial, estimulando o combate à fome e à pobreza.
Mesmo se tratando de contratos que preservam a privacidade das partes, julgamos necessária sua divulgação neste momento, para esclarecer distorções, manipulações e prejulgamentos em torno dessa atividade e das empresas contratantes, como vem ocorrendo por meio de reportagens, artigos e até editoriais na imprensa.
As palestras de Lula foram contratadas por algumas das maiores e mais respeitadas empresas de vários setores econômicos, do Brasil e do mundo. Por exemplo: Microsoft, Itaú, Infoglobo, Santander, Ambev, Telefónica, Iberdrola e Telmex.
O ex-presidente Lula e a empresa LILS solicitaram ao Ministério da Justiça, ao Ministério da Fazenda e à Procuradoria-Geral da República que apurem, na competência de cada instituição, as responsabilidades pela violação criminosa do sigilo bancário da LILS, violação que atinge não só um ex-presidente da República mas toda a sociedade brasileira.
Desta forma, o ex-presidente Lula e o Instituto Lula estão certos de contribuir para o esclarecimento da verdade, a defesa do estado de direito democrático e a garantia dos direitos constitucionais de todos os cidadãos brasileiros.
Lista de empresas que contrataram palestras de Lula entre 2011 e 2015:

• ABAD - Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industriais
• Associação de Bancos do México
• Abras - Associação Brasileira de Supermercados
• ALL América Latina Logística
• Ambev
• Andrade Gutierrez
• Banco Santander
• Bank of America
• BBVA Bancomer
• BTG Pactual
• Camargo Corrêa
• Centro de Estudos Estratégicos de Angola
• CFELG - Centro de Formacion y Estudios en Liderazgo y Gestion (Colômbia)
• Cumbre de Negócios (México)
• Dufry do Brasil
• Elektra
• Endesa
• Gás Natural Fenosa
• Grupo Petrópolis
• Helibrás
• Iberdrola
• IDEA (Argentina)
• Infoglobo
• Itaú BBA
• LG
• Lojas Americanas
• Microsoft
• Nestlé
• OAS
• GDF Suez Energy Latin America
• Odebrecht
• Pirelli
• Queiroz Galvão
• Quip
• Revista Voto
• Sinaval
• Telmex
• Telos Empreendimentos Culturais
• Terra Networks
• Tetra Pak
• UTC

Do Portal Vermelho, com informações do Instituto Lula

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

A ditadura militar iniciou a devastação da escola pública

 

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“Você saía de casa para dar aula e não sabia se ia voltar, se ia ser preso, se ia ser morto. Não sabia.” Foto de Mariana Fontoura.

Paulo Donizetti de Souza, Rede Brasil Atual

Violência repressiva, privatização e a reforma universitária que fez uma educação voltada à fabricação de mão de obra, são, na opinião da filósofa Marilena Chauí, professora aposentada da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, as cicatrizes da ditadura no ensino universitário do país. Chauí relembrou as duras passagens do período e afirma não mais acreditar na escola como espaço de formação de pensamento crítico dos cidadãos, mas sim em outras formas de agrupamento, como nos movimentos sociais, movimentos populares, ONGs e em grupos que se formam com a rede de internet e nos partidos políticos.

Chauí, que “fechou as portas para a mídia” e diz não conceder entrevistas desde 2003, falou à Rede Brasil Atual após palestra feita no lançamento da Escola 28 de Agosto, iniciativa do Sindicato dos Bancários de São Paulo que elogiou por projetar cursos de administração que resgatem conteúdos críticos e humanistas dos quais o meio universitário contemporâneo hoje se ressente.

Quais foram os efeitos do regime autoritário e seus interesses ideológicos e econômicos sobre o processo educacional do Brasil?

Vou dividir minha resposta sobre o peso da ditadura na educação em três aspectos. Primeiro: a violência repressiva que se abateu sobre os educadores nos três níveis, fundamental, médio e superior. As perseguições, cassações, as expulsões, as prisões, as torturas, mortes, desaparecimentos e exílios. Enfim, a devastação feita no campo dos educadores. Todos os que tinham ideias de esquerda ou progressistas foram sacrificados de uma maneira extremamente violenta. Em segundo lugar, a privatização do ensino, que culmina agora no ensino superior, começou no ensino fundamental e médio. As verbas não vinham mais para a escola pública, ela foi definhando e no seu lugar surgiram ou se desenvolveram as escolas privadas. Eu pertenço a uma geração que olhava com superioridade e desprezo para a escola particular, porque ela era para quem ia pagar e não aguentava o tranco da verdadeira escola. Durante a ditadura, houve um processo de privatização, que inverte isso e faz com que se considere que a escola particular é que tem um ensino melhor. A escola pública foi devastada, física e pedagogicamente, desconsiderada e desvalorizada.

E o terceiro aspecto?

A reforma universitária. A ditadura introduziu um programa conhecido como MEC-Usaid, pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, para a América Latina toda. Ele foi bloqueado durante o início dos anos de 1960 por todos os movimentos de esquerda no continente, e depois a ditadura o implantou. Essa implantação consistiu em destruir a figura do curso com multiplicidade de disciplinas, que o estudante decidia fazer no ritmo dele, do modo que ele pudesse, segundo o critério estabelecido pela sua faculdade. Os cursos se tornaram sequenciais. Foi estabelecido o prazo mínimo para completar o curso. Houve a departamentalização, mas com a criação da figura do conselho de departamento, o que significava que um pequeno grupo de professores tinha o controle sobre a totalidade do departamento e sobre as decisões. Então você tem centralização. Foi dado ao curso superior uma característica de curso secundário, que hoje chamamos de ensino médio, que é a sequência das disciplinas e essa ideia violenta dos créditos. Além disso, eles inventaram a divisão entre matérias obrigatórias e matérias optativas. E, como não havia verba para contratação de novos professores, os professores tiveram de se multiplicar e dar vários cursos.

Houve um comprometimento da inteligência?

Exatamente. E os professores, como eram forçados a dar essas disciplinas, e os alunos, a cursá-las, para terem o número de créditos, elas eram chamadas de “optatórias e obrigativas”, porque não havia diferença entre elas. Depois houve a falta de verbas para laboratórios e bibliotecas, a devastação do patrimônio público, por uma política que visava exclusivamente a formação rápida de mão de obra dócil para o mercado. Aí, criaram a chamada licenciatura curta, ou seja, você fazia um curso de graduação de dois anos e meio e tinha uma licenciatura para lecionar. Além disso, criaram a disciplina de educação moral e cívica, para todos os graus do ensino. Na universidade, havia professores que eram escalados para dar essa matéria, em todos os cursos, nas ciências duras, biológicas e humanas. A universidade que nós conhecemos hoje ainda é a universidade que a ditadura produziu.

Essa transformação conceitual e curricular das universidades acabou sendo, nos anos de 1960, em vários países, um dos combustíveis dos acontecimentos de 1968 em todo mundo.

Foi, no mundo inteiro. Esse é o momento também em que há uma ampliação muito grande da rede privada de universidades, porque o apoio ideológico para a ditadura era dado pela classe média. Ela, do ponto de vista econômico, não produz capital, e do ponto de vista política, não tem poder. Seu poder é ideológico. Então, a sustentação que ela deu fez com que o governo considerasse que precisava recompensá-la e mantê-la como apoiadora, e a recompensa foi garantir o diploma universitário para a classe média. Há esse barateamento do curso superior, para garantir o aumento do número de alunos da classe média para a obtenção do diploma. É a hora em que são introduzidas as empresas do vestibular, o vestibular unificado, que é um escândalo, e no qual surge a diferenciação entre a licenciatura e o bacharelato. Foi uma coisa dramática, lutamos o que pudemos, fizemos a resistência máxima que era possível fazer, sob a censura e sob o terror do Estado, com o risco que se corria, porque nós éramos vigiados o tempo inteiro. Os jovens hoje não têm ideia do que era o terror que se abatia sobre nós. Você saía de casa para dar aula e não sabia se ia voltar, não sabia se ia ser preso, se ia ser morto, não sabia o que ia acontecer, nem você, nem os alunos, nem os outros colegas. Havia policiais dentro das salas de aula.

Houve uma corrente muito forte na década de 1960, composta por professores como Aziz Ab’Saber, Florestan Fernandes, Antônio Cândido, Maria Vitória Benevides, a senhora, dentre outros, que queria uma universidade mais integrada às demandas da comunidade. A senhora tem esperança de que isso volte a acontecer um dia?

Foi simbólica a mudança da faculdade para o “pastus”, não é campus universitário, porque, naquela época, era longe de tudo: você ficava em um isolamento completo. A ideia era colocar a universidade fora da cidade e sem contato com ela. Fizeram isso em muitos lugares. Mas essa sua pergunta é muito complicada, porque tem de levar em consideração o que o neoliberalismo fez: a ideia de que a escola é uma formação rápida para a competição no mercado de trabalho. Então fazer uma universidade comprometida com o que se passa na realidade social e política se tornou uma tarefa muito árdua e difícil.

Não há tempo para um conceito humanista de formação?

É uma luta isolada de alguns, de estudantes e professores, mas não a tendência da universidade.

Hoje, a esperança da formação do cidadão crítico está mais para as possibilidades de ajustes curriculares no ensino fundamental e médio? Ou até nesses níveis a educação forma estará comprometida com a produção de cabeças e mãos para o mercado?

Na escola, isso, a formação do cidadão crítico, não vai acontecer. Você pode ter essa expectativa em outras formas de agrupamento, nos movimentos sociais, nos movimentos populares, nas ONGs, nos grupos que se formam com a rede de internet e nos partidos políticos. Na escola, em cima e em baixo, não. Você tem bolsões, mas não como uma tendência da escola.

http://limpinhoecheiroso.com/2013/05/18/marilena-chaui-a-ditadura-militar-iniciou-a-devastacao-da-escola-publica/

Exclusivo: Por que Lula não aceitou ser ministro, por Ricardo Amaral

 

Por Ricardo Amaral

Ao recusar um posto no ministério da presidenta Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula produziu um raro momento de grandeza na cena política brasileira. Lula considera indigno de sua história buscar, no foro privilegiado, o salvo-conduto contra as arbitrariedades da hora. Virar ministro seria criar um constrangimento para o governo e para a presidenta. E isso Lula não fará jamais. É assim que se comporta um líder, que não precisa de cargos para exercer a política e dispensa refúgio para a dignidade afrontada.

Na plena vigência do estado de direito, Lula não teria nada a temer. Não cometeu nenhum crime, antes, durante ou depois de governar o País. Sua atividade como palestrante é o resultado da projeção internacional que conquistou. Recolhe impostos pelo que ganha licitamente. Não faz lobby, consultoria nem intermediação de negócios. O Instituto Lula não recebe dinheiro público, nem direta nem indiretamente. Mas, e daí?

No ambiente de terror policial insuflado pela oposição e pela mídia, Lula tornou-se alvo de toda sorte de violência. Agentes do terror lançaram uma bomba na sede do Instituto Lula. Agentes do Estado, que deveriam estar submetidos à Lei e à hierarquia, quebraram ilegalmente o sigilo bancário do ex-presidente e de um de seus filhos. As pegadas sujas do crime estão nas páginas de uma revista sórdida esta semana. Quebraram o sigilo de suas comunicações e, ao invés de denunciá-la, parte da imprensa associou-se à meganha bandida.

Há fortes motivos para crer que o próximo passo seja submeter Lula aos métodos parajudiciais da República de Curitiba: o mandado cego de busca; a condução coercitiva para mero depoimento; a prisão “preventiva” pela simples razão de que o sujeito está solto. Os vazamentos seletivos dos últimos dias desmoralizaram as negativas formais do juiz e dos promotores da Lava Jato: Lula é, sim, o alvo cobiçado da operação. Não para ser processado, pois não há acusação contra ele, mas para ser humilhado diante das câmeras.

No estado de exceção a que se encontra sujeita uma parte do País, ninguém poderia negar razão a Lula caso aceitasse a oferta solidária e leal da presidenta Dilma. Ministro, ele estaria a salvo das arbitrariedades da primeira instância e do terror policial-midiático. Mas Lula não é um ex-presidente qualquer – e nisso é preciso concordar, por razões opostas, com o autor original da frase: Merval Pereira.

O imortal do Globo sustenta que Lula não pode ser tratado como um cidadão de pleno direito, porque continua sendo um líder muito influente cinco anos depois de ter deixado o Planalto. Trapaça da história: o promotor que denunciou Lula na LSN por um discurso contra a ditadura, em 1980, também sustentou que a ameaça à segurança nacional não estava exatamente nas palavras do metalúrgico, mas na influência que ele exercia sobre as plateias.

De volta ao imortal: Lula não pode fazer palestras para empresas contratadas pelo governo (Merval talvez ignore que seu patrão, o Infoglobo, que tem contratos milionários com o governo, já contratou palestra de Lula). O Instituto Lula não pode receber doações empresariais (só o Instituto FHC pode, e pode até receber doação da estatal tucana Sabesp). Lula não pode encontrar governantes estrangeiros (embora seja o brasileiro mais respeitado ao redor do mundo). E, se isso fosse possível, Lula não poderia fazer política.

Este raciocínio autoritário, parcial e preconceituoso sustenta as torpezas cometidas contra Lula (e contra a verdade) pelos veículos e colunistas amestrados sob influência do sublacerdismo tosco e tardio que emana da rua Irineu Marinho. É o que explica as manchetes mentirosas atribuindo a Lula a propriedade de um apartamento que ele não tem, os “voos sigilosos” (em aviões invisíveis?), as “reuniões secretas” (em auditórios públicos, com cobertura da imprensa), os telegramas oficiais grosseiramente manipulados para virar notícia.

Lula é atacado justamente por ser o mais influente líder popular que o Brasil já conheceu. E por ser o maior obstáculo ao projeto regressista e conservador que, frustrada a aventura golpista, por suas contradições políticas e econômicas, precisa eliminar a liderança de Lula antes das eleições de 2018. A Pax Marinho, que ninguém se engane, é um movimento das elites econômicas para garantir a estabilidade necessária ao ambiente de negócios. Não é um pacto para preservar Dilma. E muito menos, para preservar Lula.

O que preserva Lula é sua liderança, sua coerência e seu caráter. Ao recusar o ministério, Lula promoveu um magnífico contraste com personagens políticos, institucionais e midiáticos nesta que é a mais rebaixada quadra da disputa política desde a redemocratização. Enquanto alguns ousam sequestrar instituições, para salvar a pele ou perseguir adversários, e outros se omitem de suas responsabilidades republicanas, por covardia ou conveniência, Lula decidiu simplesmente portar-se com dignidade.

A recusa de Lula é um gesto fundamentalmente moral. É corajoso, porque arrosta a arbitrariedade, e desprendido, porque preserva a presidenta. É mais uma lição do ex-retirante, ex-engraxate, ex-metalúrgico, ex-sindicalista para a educação política desta e de outras gerações. Isso é incompreensível para os abutres que tentam medi-lo pela régua de seu próprio e mesquinho caráter. Lula não é mesmo um ex-presidente qualquer. Lula é um líder.

http://jornalggn.com.br/noticia/exclusivo-por-que-lula-nao-aceitou-ser-ministro-por-ricardo-amaral

Merkel quer mais acesso da Alemanha ao mercado brasileiro

 

REUTERS/Ueslei Marcelino: <p>Chanceler alemã Angela Merkel (esquerda) cumprimenta a presidente Dilma Rousseff durante encontro no Palácio do Planalto, em Brasília. 20/08/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino</p>

 

Por Andreas Rinke, Reuters - A chanceler alemã, Angela Merkel, pressionou o governo brasileiro nesta quinta-feira para abrir seus mercados para companhias estrangeiras, e disse que vê uma oportunidade para alcançar um acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul.

Merkel está em uma visita de dois dias ao Brasil com uma grande delegação de autoridades e representantes de empresas alemãs, que injetaram mais de 19 bilhões de euros na economia brasileira.

"Podemos ampliar nosso comércio. Precisamos de condições confiáveis de investimento", disse ela em Brasília, fazendo pressão para conseguir acesso melhor para produtos farmacêuticos e tecnologias médicas da Alemanha, por exemplo, ao mercado brasileiro.

Autoridades do governo alemão querem usar a viagem para fazer o lobby para que empresas da Alemanha estejam envolvidas no programa de investimentos de 57 bilhões de dólares em ferrovias, portos e aeroportos anunciado pela presidente Dilma Rousseff.

As companhias interessadas no programa incluem a Siemens SIEGn.DE, a Fraport FRAG.DE e a Deutsche Bahn [DBN.UL]. Elas enfrentam concorrência de empresas chinesas.

O Brasil atravessa um período de impasse no Legislativo, uma falta de alternativas viáveis aos partidos políticos estabelecidos e uma guinada econômica que levou o real ao patamar mais baixo em 12 anos.

A economia está sentindo os efeitos da desaceleração mais forte em três décadas. O vasto escândalo de corrupção revelado pela operação Lava Jato envolveu chefes políticos e corporativos, e o Tribunal de Contas da União (TCU) deve analisar as contas do governo Dilma de 2014 e, em caso de parecer pela rejeição, pode dar força aos partidários de um impeachment.

No entanto, Merkel frisou a "relação muito especial" da Alemanha com o Brasil, onde mais de 1.300 companhias alemãs atuam. Ela também vê uma nova oportunidade de fechar um acordo de comércio com o Mercosul.

As conversas sobre um acordo se arrastam desde 1999. As negociações já fracassaram no passado devido a subsídios a agricultura da União Europeia e à abertura das indústrias do Mercosul à concorrência europeia.

"Saí com a impressão que a presidente está muito interessada", disse Merkel sobre a negociação sobre comércio após reunir-se com Dilma.

O Paraguai e o Uruguai também estão interessados em um acordo rápido com a UE, mas a Venezuela se mostra relutante.

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/193711/Merkel-quer-mais-acesso-da-Alemanha-ao-mercado-brasileiro.htm

Procuradoria pede 184 anos de prisão para Cunha

 

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21 de Agosto de 2015 às 05:45

247 - Na denúncia feita ao Supremo Tribunal Federal contra o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pede 184 anos de prisão ao parlamentar.

Para chegar ao cálculo, ele cita casos de corrupção em ao menos dois episódios e mais de 60 casos diferentes de lavagem de dinheiro. Levando em conta a soma mínima de cada um dos crimes, a conta chegaria a 184 anos. No entanto, na prática, ele ficaria 30 anos em regime fechado, o máximo permitido pela legislação

Rodrigo Janot aponta que o peemedebista recebeu vantagens indevidas para viabilizar a contratação do estaleiro Samsung pela Petrobras e pede 'restituição do produto e proveito dos crimes no valor de US$ 40 milhões e a reparação dos danos causados à Petrobras e à Administração Pública também no valor de US$ 40 milhões'.

De acordo com a lei brasileira, porém, na prática ele ficaria 30 anos em regime fechado, o máximo permitido por nossa legislação. De qualquer modo, informa o Valor Econômico, a tendência do Supremo Tribunal Federal é de reconhecer cada crime em uma única vez para, depois, aumentar a pena em até dois terços e não somar todas as penas mínimas.

Leia aqui reportagem de Maira Magro sobre o assunto.

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/193784/Procuradoria-pede-184-anos-de-prisão-para-Cunha.htm

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Tijolaço: denúncia de Janot contra Cunha é 'devastadora'

 

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O jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, afirma que a denúncia contra o presidente da Câmara é "acachapante"; "Descreve as reuniões entre o lobista Júlio Camargo, Fernando Baiano, Nestor Cerveró e, pelo menos uma vez, na presença de Eduardo Cunha, com descrição em detalhes (e registros) do automóvel em que foi conduzido ao encontro, onde colocou a faca no pescoço do pagador de comissões. A denúncia prova, com fartura de dados, que os tais requerimentos assinados por Solange Almeida para pressionar Camargo foram escritos por Cunha, em seu computador na Câmara, com o uso de sua senha privativa. Mostra, uma a uma, as transferências que Camargo fez a Baiano, para que fossem repassadas a Cunha. E, como a cereja do bolo fétido, o depósito direto na conta da igreja evangélica a que Cunha se filiou, recentemente", afirma

20 de Agosto de 2015 às 21:17

Fernando Brito, do Tijolaço -

Acabo de ler as mais de 80 páginas do texto (aqui e aqui) com que o Procurador Geral da República pede que seja aceita a denúncia contra Eduardo Cunha – e também contra sua cúmplice Solange Almeida – por corrupção e lavagem de dinheiro, e que paguem nada menos que R$ 277 milhões de reais como devolução de dinheiro desviado e multa pelo crime.

É acachapante.

Descreve as reuniões entre o lobista Júlio Camargo, o operado de Cunha, Fernando Baiano, o ex-diretor internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró e, pelo menos uma vez, na presença de Eduardo Cunha, com descrição em detalhes (e registros) do automóvel em que foi conduzido ao encontro, onde colocou a faca no pescoço do pagador de comissões.

A denúncia prova, com fartura de dados, que os tais requerimentos assinados por Solange Almeida para pressionar Júlio Camargo foram escritos por Eduardo Cunha, em seu computador na Câmara, com o uso de sua senha privativa.

Mostra, uma a uma, as transferências que Julio Camargo fez a Fernando Baiano, para que fossem repassadas a Cunha.

E, como a cereja do bolo fétido, o depósito direto na conta da igreja evangélica a que Cunha se filiou, recentemente.

Embora a defesa de Cunha diga que a acusação é “facilmente derrubável” – interessante que não falou por ela o ex-procurador Antonio Fernando de Souza – por se basear apenas na palavra do delator, não é assim.

Além da materialidade do fato, há provas de autoria (os requerimentos achacadores), tipicidade da conduta criminosa, agravantes, dolo, percepção de vantagem e conexões evidentes.

Cunha, cuja carreira começou como operador do mercado financeiro (e, ironicamente, na firma de auditoria Arthur Andersen) sabe como fazer o despistamento dos vestígios do dinheiro.

Mas não sabe como fazer todos os crimes perfeitos.

Logo ele, que herdou dos tempos de cabo eleitoral de Fernando Collor o espírito do “bateu, levou”, está tomando fôlego para responder.

Resta saber se o tem, e que não se o subestime, porque sua carreira – leia o perfil que dele traça o repórter Chico Otávio – é pródiga em transformar desastres em bons negócios.

Agora, porém, parece ter ido além das próprias pernas.

http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/193778/Tijolaço-denúncia-de-Janot-contra-Cunha-é-'devastadora'.htm

Venezuela organiza tuitaço em apoio a Dilma

 

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Simultaneamente às manifestações realizadas em diversas cidades brasileiras, nesta quinta (20), o Grande Polo Patriótico, coalizão de partidos de esquerda venezuelano, organizou um tuitaço mundial em apoio à presidente Dilma Rousseff e ao ex-presidente Lula; o tuitaço, que foi convocado por diversos meios venezuelanos colocou a hastag #AmericaLatinaConBrasil entre os assuntos mais comentados do mundo no Twitter nesta tarde; o presidente Nicolás Maduro se somou à convocatória do ato e escreveu, em português, em sua rede social: "Junto-me à jornada mundial de solidariedade e amor ao Brasil #LulaDilmaSomosTodos #AmericaLatinaConBrasil Venceremos"

20 de Agosto de 2015 às 21:08

Opera Mundi - Simultaneamente às manifestações realizadas por movimentos e partidos de esquerda em diversas cidades brasileiras, nesta quinta-feira (20/08), o Grande Polo Patriótico, coalizão de partidos de esquerda venezuelano, organizou um tuitaço mundial em apoio à mandatária e também ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O tuitaço, que foi convocado por diversos meios venezuelanos, inclusive a multiestatal TeleSUR, colocou a hastag #AmericaLatinaConBrasil entre os assuntos mais comentados do mundo no Twitter na tarde de hoje. Os latino-americanos também usaram a chamada #LulaDilmaSomosTodos.

O presidente Nicolás Maduro se somou à convocatória do ato virtual “Jornada Mundial de Solidariedade e Amor com Brasil” e escreveu, em português, em sua rede social:

http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/193777/Venezuela-organiza-tuitaço-em-apoio-a-Dilma.htm

Cunha é 'tirano que parece invencível, mas cai'

 

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20 de Agosto de 2015 às 19:54

247 - A epígrafe da denúncia do procurador-geral de Justiça, Rodrigo Janot, contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cita uma clássica frase do líder da independência indiana, Mahatma Gandhi, segundo a qual "tiranos e assassinos" parecem "invencíveis", mas "sempre caem".

"Quando me desespero, eu me lembro de que, durante toda a história, o caminho da verdade e do amor sempre ganharam. Têm existido tiranos e assassinos, e por um tempo eles parecem invencíveis, mas no final sempre caem. Pense nisto: sempre", diz o texto.

A Procuradoria-Geral da República protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF), no início da tarde desta quinta-feira 20, denúncia contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Na denúncia, o deputado é acusado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de receber propina de ao menos US$ 5 milhões e vantagens indevidas para viabilizar a contratação do estaleiro Samsung, responsável pela construção de navios-sonda para a Petrobras.

"O denunciado Eduardo Cunha ocultou e dissimulou a natureza, origem, localização, disposição, movimentação e propriedade de valores provenientes, direta e indiretamente, do crime contra a administração, mediante o recebimento fracionado de valores no exterior, em contas de empresas offshore e por meio de empresas de fachada, mediante simulação de contratos de prestação de serviços e, ainda, pagamento de propina sob a falsa alegação de doações para Igreja", diz a denúncia, que complementa que a Igreja Evangélica Assembleia de Deus intermediou o recebimento de pelo menos R$ 500 mil a Cunha (PMDB-RJ) em 2012.

Janot pede 'restituição do produto e proveito dos crimes no valor de US$ 40 milhões e a reparação dos danos causados à Petrobras e à Administração Pública também no valor de US$ 40 milhões'.

Neste link a primeira parte da denúncia. Aqui o restante do texto.

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/193770/Cunha-é-'tirano-que-parece-invencível-mas-cai'.htm

Janot formaliza denúncia contra Cunha no STF

 

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20 de Agosto de 2015 às 16:53

247 – A Procuradoria-Geral da República protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF), no início da tarde desta quinta-feira 20, denúncia contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Na denúncia, o deputado é acusado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de receber propina de ao menos US$ 5 milhões e vantagens indevidas para viabilizar a contratação do estaleiro Samsung, responsável pela construção de navios-sonda para a Petrobras.

Janot pede 'restituição do produto e proveito dos crimes no valor de US$ 40 milhões e a reparação dos danos causados à Petrobras e à Administração Pública também no valor de US$ 40 milhões'.

A denúncia tem como base o depoimento do empresário Júlio Camargo, delator da investigação. Nesta quarta-feira, Cunha disse que não cogita se afastar da presidência da Câmara, independente da denúncia.

O documento entregue ao STF também denuncia a ex-deputada federal Solange Almeida (PMDB-RJ) "por ter participado de pressão pelo pagamento de valores retidos, incorrendo em corrupção passiva".

Collor também é denunciado

O procurador Rodrigo Janot também denunciou o senador Fernando Collor (PTB-AL) pro corrupção e lavagem de dinheiro. No caso de Collor, as investigações indicam que o parlamentar teria recebido cerca de R$ 26 milhões de propina em contratos da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.

Collor também foi alvo da Operação Politeia, fase da Lava Jato que apreendeu três carros de luxo na Casa da Dinda, residência particular do ex-presidente. Na ocasião, a PF encontrou uma Lamborghini, uma Ferrari e um Porsche.
Segundo o MPF, a denúncia feita contra o senador Collor está sob sigilo, já que as informações são fruto de delação que ainda são sigilosas.

Confira abaixo a íntegra do texto publicado pela Secretaria de Comunicação Social da PGR:

Fato criminoso envolve o recebimento de propina para construção de dois navios-sondas da Petrobras

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou denúncia ao Supremo Tribunal Federal em que acusa o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, de ter recebido propina no valor de ao menos US$ 5 milhões para viabilizar a construção de dois navios-sondas da Petrobras, no período entre junho de 2006 e outubro de 2012. Janot pede a condenação de Cunha pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e da ex-deputada Federal Solange Almeida por ter participado de pressão pelo pagamento de valores retidos, incorrendo em corrupção passiva.

Segundo a denúncia, dentro do esquema ilícito investigado na Operação Lava Jato, Eduardo Cunha recebeu vantagens indevidas para facilitar e viabilizar a contratação do estaleiro Samsung, responsável pela construção dos navios-sondas Petrobras 10000 e Vitoria 10000, sem licitação, por meio de contratos firmados em 2006 e 2007. A intermediação foi feita por Fernando Soares, operador ligado à Diretoria Internacional da Petrobras, de indicação do partido PMDB. A propina foi oferecida, prometida e paga por Júlio Camargo.

O procurador-geral explica que, para dar aparência lícita à movimentação das propinas acertadas, foram celebrados dois contratos de comissionamento entre a Samsung e a empresa Piemonte, de Júlio Camargo. Dessas comissões saíram as propinas prometidas a Fernando Soares, Eduardo Cunha e ao então diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, que levou a questão à Diretoria Executiva e obteve a aprovação dos contratos relativos aos navios-sondas, nos termos propostos pela Samsung.

Por causa dos contratos, a Samsung transferiu, em cinco parcelas pagas no exterior, a quantia total de US$ 40,355 milhões para Júlio Camargo, que em seguida transferiu, a partir da conta mantida em nome da offshore Piemonte, no Uruguai, parte destes valores para contas bancárias, também no exterior, indicadas por Fernando Soares. Cunha é acusado de lavagem de dinheiro por ocultar e dissimular o recebimento dos valores no exterior em contas de empresas offshore e por meio de empresas de fachada.

Pressão pelo pagamento - As investigações demonstraram que, a partir de determinado momento – mais especificamente após os recebimentos das sondas, a Samsung deixou de pagar as comissões para Júlio Camargo, acabando por inviabilizar o repasse da propina aos destinatários finais. Com isso, Eduardo Cunha passa a pressionar o retorno do pagamento das propinas, valendo-se de dois requerimentos perante a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, formulados pela então deputada Solange Almeida, em julho de 2011.

Os requerimentos solicitavam informações sobre Júlio Camargo, Samsung e o Grupo Mitsui, envolvido nas negociações do primeiro contrato. Um foi dirigido ao Tribunal de Contas da União e outro ao Ministério de Minas e Energia. Segundo Janot, a ex-deputada tinha ciência de que os requerimentos seriam formulados com desvio de finalidade e abuso da prerrogativa de fiscalização inerente ao mandato popular, para obtenção de vantagem indevida. Para ele, não há dúvidas de que o verdadeiro autor dos requerimentos, material e intelectual, foi Eduardo Cunha.

De acordo com as investigações, Eduardo Cunha elaborou os dois requerimentos, logado no sistema da Câmara como o usuário "Dep. Eduardo Cunha", utilizando sua senha pessoal e intransferível, e os arquivos receberam os metadados do usuário logado no momento de sua criação. Depois, os requerimentos foram autenticados pelo gabinete da então deputada Solange Almeida, sendo que ela não era integrante ou suplente da Comissão de Fiscalização e não havia apresentado nenhum outro requerimento à comissão naquele ano.

Na denúncia, Janot informa que, em razão da pressão exercida, os pagamentos foram retomados, por volta de setembro de 2011, após reunião pessoal entre Fernando Soares, Júlio Camargo e Eduardo Cunha. O valor restante foi pago por meio de pagamentos no exterior, entregas em dinheiro em espécie, simulação de contratos de consultoria, com emissão de notas frias, e transferências para igreja vinculada a Eduardo Cunha, sob a falsa alegação de que se tratava de doações religiosas.

Além da condenação criminal, o procurador-geral pede a restituição do produto e proveito dos crimes no valor de US$ 40 milhões e a reparação dos danos causados à Petrobras e à Administração Pública também no valor de US$ 40 milhões.

http://www.brasil247.com/pt/247/brasilia247/193757/Janot-formaliza-denúncia-contra-Cunha-no-STF.htm

Força Sindical se afasta de Paulinho e não participará de atos contra o governo

 

Paulinho da Força, um dos fundadores da entidade, no entanto, defende o golpe e estimula a manifestação de domingo

Força Sindical se afasta de Paulinho e não participará de atos contra o governo

Movimentos#ContraoGolpe

Por: Agência PT, em 13 de agosto de 2015 às 12:32:11

A Força Sindical se desvinculou do deputado Paulinho da Força (SD-SP), um dos fundadores do movimento, e não irá apoiar e/ou de manifestações contra o governo, marcadas para acontecer neste fim de semana.

Em declaração ao jornal ‘Folha de S. Paulo’, nesta quarta-feira (12), o secretário-geral da entidade, João Carlos Gonçalves, o Juruna, informou que a Força Sindical não compactua com os sindicalistas filiados ao Solidariedade que eventualmente apoiem as manifestações.

“A gente não vai para esse protesto”, declarou o dirigente.

De acordo ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e deputado Vicentinho (PT-SP), esta não é a primeira vez que Paulinho não acompanha a Força Sindical. Durante o processo de votação do projeto de lei 4.330/04, a Lei da Terceirização, a entidade orientou o deputado Paulinho a votar contra, mas ele atendeu ao chamado.

“A Força já tinha tomado uma decisão, desautorizando o próprio Paulo Pereira, e ele votou a favor daquele maldito projeto que afrouxa a terceirização no País inteiro”, lembrou Vicentinho.

Vicentinho apoia a decisão da entidade e vê as manifestações como ato próprio possível dentro de um regime democrático. Para ele, as expressões contra o governo não representam a grande parte da sociedade, têm postura reacionária e golpista.

“Se eles decidiram não participar, isso é um bom sinal de que eles estão no caminho certo com as outras centrais sindicais. Cada um manifesta da maneira que quer e isso faz parte da democracia. Vamos assistir com respeito, apenas. Ali vai ter gente golpista, de extrema direita, mas são posturas minoritárias”, ressalta Vicentinho.

Por Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias

Merkel quer mais acesso da Alemanha ao mercado brasileiro

 

REUTERS/Ueslei Marcelino: <p>Chanceler alemã Angela Merkel (esquerda) cumprimenta a presidente Dilma Rousseff durante encontro no Palácio do Planalto, em Brasília. 20/08/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino</p>

A chanceler alemã, Ângela Merkel, pressionou o governo brasileiro nesta quinta-feira para abrir seus mercados para companhias estrangeiras, e disse que vê uma oportunidade para alcançar um acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul; "Podemos ampliar nosso comércio. Precisamos de condições confiáveis de investimento", disse ao encontrar-se coma presidente Dilma Rousseff; Merkel está em uma visita de dois dias ao Brasil com uma grande delegação de autoridades e representantes de empresas alemãs, que injetaram mais de 19 bilhões de euros na economia brasileira

20 de Agosto de 2015 às 13:40

Por Andreas Rinke, Reuters - A chanceler alemã, Ângela Merkel, pressionou o governo brasileiro nesta quinta-feira para abrir seus mercados para companhias estrangeiras, e disse que vê uma oportunidade para alcançar um acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul.

Merkel está em uma visita de dois dias ao Brasil com uma grande delegação de autoridades e representantes de empresas alemãs, que injetaram mais de 19 bilhões de euros na economia brasileira.

"Podemos ampliar nosso comércio. Precisamos de condições confiáveis de investimento", disse ela em Brasília, fazendo pressão para conseguir acesso melhor para produtos farmacêuticos e tecnologias médicas da Alemanha, por exemplo, ao mercado brasileiro.

Autoridades do governo alemão querem usar a viagem para fazer o lobby para que empresas da Alemanha estejam envolvidas no programa de investimentos de 57 bilhões de dólares em ferrovias, portos e aeroportos anunciado pela presidente Dilma Rousseff.

As companhias interessadas no programa incluem a Siemens SIEGn.DE, a Fraport FRAG.DE e a Deutsche Bahn [DBN.UL]. Elas enfrentam concorrência de empresas chinesas.

O Brasil atravessa um período de impasse no Legislativo, uma falta de alternativas viáveis aos partidos políticos estabelecidos e uma guinada econômica que levou o real ao patamar mais baixo em 12 anos.

A economia está sentindo os efeitos da desaceleração mais forte em três décadas. O vasto escândalo de corrupção revelado pela operação Lava Jato envolveu chefes políticos e corporativos, e o Tribunal de Contas da União (TCU) deve analisar as contas do governo Dilma de 2014 e, em caso de parecer pela rejeição, pode dar força aos partidários de um impeachment.

No entanto, Merkel frisou a "relação muito especial" da Alemanha com o Brasil, onde mais de 1.300 companhias alemãs atuam. Ela também vê uma nova oportunidade de fechar um acordo de comércio com o Mercosul.

As conversas sobre um acordo se arrastam desde 1999. As negociações já fracassaram no passado devido a subsídios a agricultura da União Europeia e à abertura das indústrias do Mercosul à concorrência europeia.

"Saí com a impressão que a presidente está muito interessada", disse Merkel sobre a negociação sobre comércio após reunir-se com Dilma.

O Paraguai e o Uruguai também estão interessados em um acordo rápido com a UE, mas a Venezuela se mostra relutante.

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/193711/Merkel-quer-mais-acesso-da-Alemanha-ao-mercado-brasileiro.htm

Cinco armas chinesas que intimidamos EUA

 

Praça da Paz Celestial, Pequim, China.

 

Os EUA devem temer não só os ritmos de produção de armamentos na China mas também a sua indústria e recursos humanos, considera a revista norte-americana The National Interest.

A China está desenvolvendo novos tipos de armamentos que preocupam os Estados Unidos. Mas, segundo o jornalista Kyle Mizokami, o país e os seus aliados devem temer muito mais coisas do que caças de quinta geração J-2- e os mísseis DF-21:

“Há outras armas que provocam a mesma – senão a maior — preocupação”.

O autor destaca cinco tipos de armamentos mortais chineses que os EUA não prestam a devida atenção. Com o desenvolvimento destas armas, os EUA terão que ceder a sua posição de líder global.

O primeiro são os sistemas espaciais de combate. Graças aos satélites, os EUA podem identificar a localização dos seus inimigos por todo o planeta. Mas o desenvolvimento das tecnologias espaciais em outros países, especialmente das armas antissatélite, pode privar os EUA de todas essas vantagens.

O segundo é a indústria chinesa. A China não deixa de ser a “fábrica mundial” que produz praticamente todos os artigos. É terrível imaginar o que pode acontecer se o país dirigir as suas capacidades para produzir equipamentos militares.

Pessoas observam estrelas. Foto do arquivo

© AFP 2015/ PHILIPPE HUGUEN

Militarização do espaço é inevitável?

A terceira “arma” chinesa são os recursos humanos, representados pelos graduados do ensino superior. Se espera que, até 2020, na China haverá 195 milhões de graduados, enquanto em 1999 só quatro por cento dos jovens estudavam no ensino superior. Os conhecimentos têm alta demanda e vão aumentar o nível tecnológico do exército do país.

Um outro tipo de armamentos que assusta os EUA são as minas navais, que podem permitir à China realizar operações de isolamento das zonas marítimas de acesso da Marinha norte-americana.

Finalmente, o autor chama as forças especiais chinesas de “quinto armamento contra os EUA”. Agora, neste tipo de forças a China possui 200-300 milhares de homens, enquanto nas forças armadas chinesas em geral servem 3,2 milhões de militares.

Assim, não há dúvidas de que se torna cada vez mais difícil para os EUA concorrer com a China e conter as forças que têm por objetivo estabelecer um mundo multipolar.

Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20150815/1871855.html#ixzz3jNPOgnHX