quinta-feira, 30 de julho de 2015

A autoridade moral de Fernando Henrique Cardoso

 

FHC_Legado146_Economia

A autoridade moral de Fernando Henrique Cardoso 1
O ex-presidente, que pontifica lições de boa governança para Dilma Rousseff, foi reeleito com dinheiro dos bancos e depois jogou o Brasil na crise.

Maria Inês Nassif, via Carta Maior em18/5/2015

A crise econômica vivida pelo governo Dilma Rousseff, no primeiro ano de seu segundo mandato, nem de longe tem a gravidade da que balançou o país no primeiro ano do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso (1999-2002). A crise política enfrentada por Dilma apenas é mais intensa que a de FHC nesse primeiro ano de segundo mandato porque ele tinha uma base de apoio que, embora mais vulnerável do que a dos primeiros quatro anos, reunia elementos de coesão ideológica inexistentes na atual coalizão governista. FHC apenas tinha uma posição um pouco mais confortável do que tem Dilma agora.

No governo FHC, a aliança parlamentar se fazia do centro à direita ideológica. Assim, mesmo que houvesse discordâncias pessoais na base parlamentar e quedas-de-braço do Congresso com o Palácio do Planalto – e o então senador Antônio Carlos Magalhães (PFL/BA) fazia questão que isso acontecesse com regularidade –, nas questões fundamentais para o projeto econômico os interesses convergiam. Ajudava a constituir maiorias parlamentares o apoio dos meios de comunicação às chamadas “reformas estruturais” – e a pressão de fora para dentro do Congresso tinha o poder de resolver as disputas mais mesquinhas.

Nas gestões do PT, a diluição ideológica do apoio parlamentar – ao centro, à direita e à esquerda – tornaram a vida dos presidentes Lula e Dilma mais difícil. No governo Dilma, a exposição de uma fragilidade econômica deu à mídia oposicionista o elemento que faltava para pressionar os parlamentares, de fora para dentro do Congresso, a assumirem posições contrárias ao governo; e, junto à opinião pública, jogar elementos de insegurança e desqualificar toda a gestão anterior.

Ainda assim, e apesar da propaganda contrária ao governo Dilma, não se pode atribuir ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso qualidades morais para pontificar julgamentos sobre política econômica, ajuste fiscal, relacionamento com a base parlamentar, relações apropriadas com financiadores de campanha ou de fidelidade a promessas eleitorais da atual presidente. Se sua experiência ajudar em alguma coisa a crise de agora, é para dar o exemplo de como não fazer o ajuste fiscal, de como não se relacionar com a base parlamentar e de como não fazer política eleitoral.

No ano de 1999, segundo os jornais, o Brasil pagava a conta do governo anterior tucano, que manteve a estabilidade de preços à custa de uma âncora cambial artificial e de uma política fiscal rigorosa, que resultou numa enorme fragilidade externa, em grande desemprego, pífio crescimento econômico e, ironicamente, aumento da inflação.

A conta foi alta. Em 1998, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,4%, e em 1999, 0,5%; o dólar, que valia R$1,20 em 1998, saltou para R$1,8 no ano seguinte. A inflação foi de 8,9% em 1999; o ajuste fiscal do governo imprimiu uma inflação de 19,2% em 1999 sobre os preços monitorados (petróleo e energia). O consumo das famílias teve crescimento negativo de 0,7% em 1998 e apenas 0,4% positivo no ano seguinte. O investimento público federal caiu de 2,1% do PIB em 1998 para 1,4% em 1999; a taxa de investimento, de 17% para 15,7% do PIB; a formação bruta de capital fixo, que sofreu variação negativa de 0,2% em 1998, chegou ao fundo do poço em 1999, com queda de 8,9% em relação ao ano anterior.

As reservas internacionais, que eram de US$52,1 bilhões em 1997 e haviam caído para US$34,4 bilhões em 1998, chegaram ao perigoso nível de US$23,9 bilhões em 1999. O saldo da balança comercial no final do ano eleitoral de 1998 foi negativo em US$6,6 bilhões, e em 1999 de US$1,3 bilhão. Em 1998, o Brasil perdeu 36 mil postos de trabalho, e 582 mil em 1989.

Eleições caras
Em outubro de 1998, Fernando Henrique Cardoso conquistou o seu segundo mandato no primeiro turno, com a ajuda de financiadores privados de campanha que haviam sido enormemente beneficiados em seu primeiro governo e no governo Itamar Franco, quando o PSDB ocupou o comando econômico que permitiu ao partido e a FHC se credenciarem como os pais do Plano Real nas eleições de 1994.

Segundo a Folha de S.Paulo (“Bancos lideram doações para campanha de FHC”, 26/11/1998, e “Bancos lideraram contribuições a FHC”, 6/6/1999), bancos e instituições financeiras foram os principais doadores de campanha, e contribuíram com 25,7% do total de R$43 milhões arrecadados pelo comitê do presidente reeleito.

É o próprio jornal que lembra a razão do interesse de financiadores de campanha do mercado financeiro pelo candidato: “Em novembro de 95, o governo FHC criou o Proer, o programa de socorro a bancos em dificuldade. Já foram injetados R$21 bilhões para financiar fusões bancárias”, diz na matéria de 1998.

Na matéria publicada em 1999, o jornal afirma: “No primeiro mandato de FHC, as instituições [financeiras] viveram anos de prosperidade, segundo balanços divulgados pelo Banco Central, e escaparam dos impostos, segundo a Receita Federal. A soma do patrimônio líquido do conjunto das 223 instituições financeiras mais do que duplicou no período, passando de R$26,426 bilhões para R$55,653 bilhões”.

Além disso, FHC teve uma generosa contribuição de empresas com interesse direto no processo de privatização levado a termo pelo PSDB desde o governo Itamar. Figuravam entre os dez maiores financiadores da campanha de 1998 de FHC a Inepar (que participou do Consórcio Telemar), a Vale do Rio Doce (privatizada em 1997), a Companha Siderúrgica Nacional (CSN, privatizada em 1993, quando FHC era ministro de Itamar), a Copesul (privatizada em 1992) e a Copene (privatizada em 1993). A Andrade e Gutierrez, que também fez parte do Consórcio Telemar, figurava no 11º lugar entre os financiadores de campanha do tucano.

***

FHC_Legado142A_Desemprego

A autoridade moral de Fernando Henrique Cardoso 2
Sem anestesia, FHC tirou dinheiro da área social e aumentou o desemprego com o pacote fiscal de 1998. E ainda assim quer falar de “estelionato eleitoral”?

Maria Inês Nassif, via Carta Maior em 19/5/2015

Por razões que qualquer pedaço amarelado de jornal da época indica, é difícil entender a lógica do PSDB e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, segundo a qual o pesaíssimo ajuste fiscal feito nos primeiros dias após as eleições de outubro de 1998 foi um ato louvável, e as medidas anunciadas pela presidenta Dilma Rousseff no ano passado, nas mesmas condições, são estelionato eleitoral.

Em 1998, o mundo tinha acabado de enfrentar a crise russa, com grande repercussão sobre o Brasil, que empurrou seus sérios problemas cambiais com a barriga até que FHC vencesse a disputa pela reeleição, apesar das fragilidades externas do país, e jogou o país na recessão.

No ano passado, Dilma, logo após o pleito que a reconduziu ao cargo, anunciou um corte drástico de despesas e investimentos do governo e reduziu gastos com alguns programas sociais – e, ao que tudo indica, paralisou também o país – sob o argumento de que a crise internacional, que o Brasil dribla desde 2008, havia, enfim, atingido a economia brasileira com intensidade.

A semelhança entre ambos é que os dois ajustes foram feitos seguindo o bê-á-bá da ortodoxia e jogaram ainda mais para baixo uma atividade econômica já deprimida.

A diferença entre ambos é que o Brasil de FHC não tinha gordura, estava à beira da bancarrota e sequer teve escolha: seguiu à risca o receituário do FMI porque precisava desesperadamente da ajuda de U$41 bilhões que o FMI, outros organismos internacionais e países desenvolvidos condicionavam à aplicação dos famosos remédios amargos que, segundo o receituário neoliberal tão caro ao então presidente e sua equipe econômica, eram necessários, um preço a ser pago para entrar no clube do mundo globalizado.

Em 1998, sequer houve escolha: ou era isso, ou o Brasil quebrava. O clima beirava ao pânico. Tanto que, em 29 de janeiro de 1999, uma sexta-feira negra, boatos sobre a situação econômica do país provocaram uma corrida aos bancos. O governo teve de decretar feriado bancário na segunda-feira para evitar o pior. (“Agora, sob nova direção: FMI assume política econômica e impõe pesada recessão para conter a inflação e a queda do real”, IstoÉ, 10/2/1999).

No caso de Dilma, embora haja uma justa discussão se o pacote fiscal foi amargo demais para o tamanho da doença, existe o fato inegável de que o Brasil não vai quebrar – e vai precisar de muito ataque especulativo ao país, como os que já ocorreram, para tornar o Brasil próximo ao que era na crise de 1998. Naquele ano, as reservas internacionais brasileiras eram de US$34 bilhões e cairiam para US$23,9 bilhões no ano seguinte. O Brasil fechou o ano passado com US$374,1 bilhões de reservas.

O que não é crível, no caso atual, é que o ex-presidente FHC, que considerou como remédio necessário o arrocho fiscal de 1998, venha dizer do pacote de Dilma que “estão operando sem anestesia” para uma plateia de empresários, em 29 de maio passado. Provavelmente, o mesmo público que, 17 anos atrás, pagava pelos danos do pacote de FHC. No final de agosto de 1998, um grupo de empresários e o então sindicalista Paulinho da Força foram ao vice-presidente Marco Maciel para alertá-lo dos efeitos colaterais do pacote (“Principal temor é o desemprego”, O Estado de S.Paulo, 8/10/1998). Não haviam conseguido chegar em FHC ou no seu ministro da Economia para apresentarem as queixas.

Naquele ano, o Iedi (Instituto de Estudos do Desenvolvimento Industrial), em documento, diagnosticava que “as políticas de juros, cambial e tributária condenam as empresas ao desaparecimento”.

O governo FHC chegou a anunciar um “mutirão anticrise”, a disponibilização de linhas de crédito para empresas em dificuldade, segundo a Folha de S.Paulo para “compensar os efeitos das altas taxas de juros na economia e atenuar a recessão”. Mas, segundo o jornal, sem grandes chances de concretização, pois “falta dinheiro nas principais instituições oficiais de crédito”. “O BNDES deverá reduzir em 1999 seu orçamento de investimentos”, informa o jornal. (“Falta dinheiro para o mutirão anticrise”, Folha de S.Paulo, 27/1/1999).

Da parte de FHC, não teve anestesia nem remédio para dor. Depois dos cortes de outubro de 1998, em fevereiro seguinte o governo anunciou um corte adicional (“Governo decide cortar mais R$1 bilhão só no 1º bimestre”, Folha de S.Paulo, 20/2/1999). Sem novalgina, FHC resolve reduzir “outras despesas de custeio, que incluem os gastos em projetos sociais do governo federal”. O anúncio foi feito no mesmo dia em que era divulgado o resultado do PIB de 1998 pelo IBGE, de 0,15%, perdendo apenas para o posterior ao Plano Collor, em 1992, que provocou um crescimento negativo do PIB de 0,54% (“PIB tem o pior resultado em seis anos”, Folha de S.Paulo, 20/2/1999).

O jornal Folha de S.Paulo, em 21 de fevereiro de 1999, deu na manchete que “País tem 5% do desemprego mundial”. Na página de dentro (a 7 do Caderno Dinheiro) informava que não apenas o ajuste fiscal do governo, mas o próprio modelo econômico do modelo FHC, havia levado o Brasil a um quarto lugar mundial em número de desempregados. “O crescimento recente da participação brasileira no desemprego mundial começou quatro anos atrás, em 1995. Não por acaso, o desemprego acompanha o aumento da abertura do país aos produtos importados”. Era a âncora cambial do governo FHC produzindo os seus efeitos. Sem anestesia.

Também sem nenhum conforto para a dor, os preços dos produtos básicos chegaram à estratosfera. “Cesta básica sobe e bate recorde no real”, anunciou a Folha de S.Paulo, em sua edição de 23/2/1999. Onze dias depois, era a vez de mais más notícias: “Desemprego bate recorde em SP” (Folha de S.Paulo, 3/3/1999). Segundo o IBGE, a Região Metropolitana de São Paulo atingia a maior taxa de desemprego desde 1983, de 9,18% da população economicamente ativa.

Dois dias depois, os jornais anunciavam que o novo presidente do Banco Central, Armínio Fraga, no dia de sua posse, promoveu aumento de juros para 45% ao ano, a unificação das taxas em uma única, a Selic, e o início do regime de metas de inflação – herança imposta aos sucessores de FHC. No mesmo dia, sem anestesia, o governo aumentou os derivados de petróleo em 11,5%. Esperou a campanha eleitoral passar. (“Juros sobem para conter a inflação; combustível terá aumento de 11,5%”, Folha de S.Paulo, 5/3/1999).

Ainda no mês de março, e já como resultado das medidas fiscais restritivas, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) anunciou a redução de 0,71% no nível de emprego industrial do Estado (“Indústrias fecham 11,6 mil vagas em fevereiro em SP”, Folha de S.Paulo, 11/3/1999). Na edição do dia 14, a Folha de S.Paulo informa que “o PIB vai cair de 3,5% a 4% em 1999” segundo o FMI, previsão que “embute o recuo de 8% na produção industrial” (“Indústria tem pior queda com o FMI”, Folha de S.Paulo, 14/3/1999).

Esses são apenas exemplos da autoridade moral de FHC para se tornar o porta-voz das críticas a Dilma. Quem quiser mais, basta ler jornais velhos.

FHC_Legado77_Previdencia

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http://limpinhoecheiroso.com/2015/05/21/maria-ines-nassif-a-autoridade-moral-de-fernando-henrique-cardoso-1-e-2/

Sabe aquela revista inglesa que vive dando aula para o Brasil? Está à venda

 

por : Paulo Nogueira

Em apuros

Em apuros

Sabe aquela revista que vive dando lições para o Brasil? Façam isso, façam aquilo, sempre pontificando, sempre doutoral.

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A inglesa Economist.

Ela está à venda. Não está conseguindo sobreviver à Era Digital. Tão boa para oferecer soluções para o Brasil e para o mundo, a Economist não encontra saída para si própria.

E não está também encontrando comprador.

A Economist é 50% da Pearson, que acaba de vender para um grupo japonês o também professoral diário Financial Times.

Algumas grandes editoras — Bloomberg, Thomson Reuters e Axel Springer — foram procuradas para ver se se interessavam pela Economist.

Nenhuma topou.

Calcula-se que a fatia da Pearson valha 400 milhões de libras, quase 2 bilhões de reais.

A Pearson, aparentemente, quer se encontrar apenas em seus negócios no campo da educação.

Mas quem quer comprar jornal e revista em pleno ano de 2015?

Talvez em países emergentes, por razões específicas. Chineses, no ano passado, arrebataram a Forbes, que foi símbolo de publicação de negócios nos Estados Unidos durante décadas.

No caso do FT, o comprador é também asiático — japonês.

Pode ser importante para países emergentes, em sua escalada internacional, ter a posse de companhias respeitadas de mídia.

E aí chegamos a uma situação anedótica.

Os donos das grandes empresas de jornalismo do Brasil não podem vendê-las para compradores de fora.

Isso por causa da reserva de mercado.

Foi uma forma de protegê-las da competição externa. Quando quase todos os setores da economia brasileira já tinham sido abertos ao mundo, a proteção – algo que vai contra o espírito puro do capitalismo — continuou a vigorar para a mídia, tamanha a força do lobby da mídia.

Era mais uma mamata, até virar uma desvantagem.

Presumivelmente, a China gostaria de comprar alguma empresa relevante de mídia brasileira, dada a importância do Brasil em sua geopolítica.

Digamos a Abril, ou o Estadão, as duas grandes empresas familiares em situação mais dramática.

Mas isso não vai acontecer.

Pela lei, apenas 30% das ações das empresas de mídia podem estar em mãos estrangeiras.

Privilégios, depois de algum tempo, podem virar o oposto: esta é a lição da reserva de mercado para a mídia.

Quanto à Economist, que salva a humanidade toda semana mas não a si própria, convém ler com cuidado cada vez que ela disser o que o governo brasileiro deve fazer ou não fazer.

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Paulo Nogueira

Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Pesquisa:EUA perderam liderança mundial

 

Bandeira dos EUA

Pesquisa:EUA perderam liderança mundial

© AFP 2015/ Luís Acosta

Cientistas norte-americanos analisaram áreas fundamentais da economia dos EUA e descobriram que mesmo na Grécia que fica à beira de falência a situação é melhor.

A professora Sarah Hertz da Universidade do Estado de Nova York e o professor Hershey Friedman de Brooklyn College publicaram uma pesquisa que mostra a dinâmica negativa do desenvolvimento da economia dos EUA. Os cientistas chegaram à conclusão de que cidadãos norte-americanos “se dão bem assim como antes, especialmente em comparação com outros países”.

Em comentário à Sputnik, os cientistas afirmaram que ao analisar tais dados como taxa de pobreza, PIB, desigualdade de rendimentos e felicidade do povo eles puderam chegar a conclusões chocantes.

Vladímir Putin, presidente de Rusia en la conferencia de prensa

© Sputnik/ Host Photo Agency / Alexei Danichev

Putin: dívida dos EUA ameaça a economia mundial

Por exemplo, Hertz e Friendman descobriram que o país fica no fim da lista do rendimento médio de países industrializados, mesmo no Chipre e no Qatar este indicador é melhor do que nos EUA.

Mais do que isso, os EUA ocupam a 34ª (penúltima) posição na lista que indica o número de crianças que vivem na pobreza. Para comparar, a Grécia, que está passando por uma crise econômica grave, está no 29º lugar. A estatística oficial analisada também mostrou que a classe média está diminuindo, uma pessoa comum nos EUA paga impostos altos enquanto empresas grandes aproveitam de redução fiscal.

Prisão de Guantánamo

© East News/ Tech. Sgt. Michael R. Holzworth

Prisão de Guantánamo dificulta ações de fachada dos EUA

O número de cidadãos dos EUA em prisões atingiu 2,2 milhões, lançando o país para o topo da lista de Estados com base na população carcerária.
Segundo os cientistas, muitos políticos não querem admitir o fato de que a situação nos EUA está deteriorando.

Os autores da pesquisa opinam que o caminho para sair da situação atual é a construção de um "capitalismo consciente", um sistema em que os empregadores "aumentam os salários mínimos, se preocupam com as pessoas e querem que eles façam um trabalho significativo".

"O governo deveria preocupar-se mais com educação ao invés de gastar dinheiro para administração", Hertz concluiu. Porque senão, os EUA iriam perder o seu papel hegemônico no mundo que tentam exercer agora.

Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20150724/1663655.html#ixzz3hOpxCI88

Aníbal Ferreira Gomes acusa senador Eunício Oliveira de infidelidade partidária

 

O deputado federal peemedebista Aníbal Ferreira Gomes acusou o presidente estadual do PMDB, Eunício Oliveira, de infidelidade partidária, nas últimas eleições ao Governo do Estado, em 2014. Conforme o parlamentar se existiu traição na última eleição, foi cometida por Eunício, onde denuncia que votou no tucano Aécio Neves para a Presidência da República. O senador, segundo o deputado, era para ter votado em Dilma Rousseff, que tinha como vice da sua chapa Michel Temer, que é o presidente nacional do PMDB. “Quem deve ser expulso do partido é o senador Eunício Oliveira”, decreta. Aníbal teve recentemente a informação de que o senador Eunício Oliveira, entrou com pedido na comissão de ética do partido, para que seja expulso, em razão de ter votado, na eleição de 2014, em Camilo Santana. “Eu não estou criticando o senador Eunício Oliveira, porque ele pode votar em quem quiser fora do partido, mas posso provar que ele votou em Aécio Neves e não em Dilma Rousseff, que tem como vice-presidente o peemedebista Michel Temer”, disse o parlamentar, criticando que quem deveria ser punido pela executiva nacional do PMDB, era o senador. “Isso não vai acontecer, porque Eunício Oliveira é poderoso, é rico e tem livre trânsito na área federal”, pontuou.

Do Blog do Macário Batista

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Ministro da Educação pede que pré-sal não seja “queimado à toa”

 

Renato Janine Ribeiro criticou o projeto do senador José Serra (PSDB-SP) que retira a obrigatoriedade da Petrobras de participar dos leilões de exploração do pré-sal.

Da Redação

Crédito: Marcelo Camargo/ABr

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, fez duras críticas ao projeto de José Serra (PSDB) que retira a obrigatoriedade da Petrobras de participar da exploração, em regime de partilha, da produção do pré-sal.

Ribeiro foi convidado a participar de uma audiência pública na Comissão de Educação do Senado em que foi discutido o Projeto de Lei do Senado (PLS) 131/2015. O ministro pediu que o petróleo do pré-sal não seja “queimado a toa”. "A educação é o que há por excelência de sustentável. Daí que seja muito importante garantir os recursos sobretudo desse petróleo melhor de todos que é o do pré-sal, para a educação", lembrou.

A educação seria uma das áreas mais prejudicadas com a aprovação do projeto, juntamente com a saúde e o Fundo Social criado para receber parte dos recursos que cabem ao governo federal como royalties e participações. Durante a fala do ministro, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) apresentou um estudo em que aponta que caso o projeto seja aprovado, deixaria de ser arrecadado R$ 50 bilhões para a educação e para a saúde e R$ 100 bilhões para o Fundo Social.

O ministro também comentou a questão dos planos de educação. Segundo ele, apenas 100 municípios não cumpriram o prazo de elaboração dos planos locais. Ribeiro também manifestou desconforto com a retirada da questão de gênero nos debates de alguns planos. "Não existe uma ideologia. Existe a realidade dos jovens no momento da descoberta da sua sexualidade. Não faz sentido impor uma sexualidade que não é a sua, seja hetero ou seja homo. Ninguém pode ser discriminado", afirmou. Oito Estados retiraram o tema por pressões de bancadas evangélicas

Projeto

A proposta deve entrar em pauta nesta quarta-feira no Senado. A proposta do senador tucano retira a obrigatoriedade de que a Petrobras seja a única operadora e tenha participação mínima de 30% na exploração dos campos do pré-sal. Serra defende que isso agilizaria a exploração dos campos.

Especialistas da área também criticaram o projeto. O professor da da Universidade de São Paulo (USP) Ildo Sauer participou de uma audiência no Senado no último dia 1o e questionou a quais interesses o projeto responde. “O Senado não se deu conta de sua responsabilidade. Parecia que estávamos dentro de um balcão de negócios”, denunciou.

Movimentos populares, entre eles o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), divulgaram uma carta para que os eleitoras enviem aos senadores, pedindo que votem de forma contrária ao projeto .

http://www.brasildefato.com.br/node/32409

Religião. Discriminação como rotina

 

Sacerdotes e praticantes de umbanda e candomblé, religiões de matriz africana, relatam episódios cotidianos de intolerância em Fortaleza. Mas maior problema, para eles, está nas instituições

EDIMAR SOARES

Mãe Edna de Iansã e Pai Wagner, vítimas da intolerância e do racismo religioso

Imagine parar o carro para confirmar um endereço e ver a pessoa que poderia lhe dar a informação correr de medo ao ver você. Suponha que você fosse professor e, por conta da sua orientação religiosa, os estudantes se recusassem a assistir suas aulas e o chamassem de demônio. Coloque-se no lugar de uma criança que frequentou a vida inteira uma mesma escola, tirando boas notas, mas foi convidada a mudar de colégio depois que a diretoria descobriu a religião professada por ela.

Essas situações, distantes do cotidiano de muita gente, são comuns na vida de quem segue religiões de matriz africana em Fortaleza, cerca de 0,21% da população, segundo o último censo do IBGE. Aqui, apesar de os registros de violência física serem pequenos, os relatos de violência simbólica e violação de direitos cometidos por representantes do Estado se repetem.

São comentários maldosos na rua em função das vestimentas brancas ou das guias exibidas em volta do pescoço (quase sempre encaradas como sinais diabólicos), ou ainda o título de macumbeiro atribuído em tom de ofensa, e até mesmo invasões de policiais armados aos terreiros e abordagens desrespeitosas de fiscais de meio ambiente.

As narrativas desta reportagem vêm de representantes de centros de umbanda e candomblé da capital cearense reunidos pelo O POVO na casa de Candomblé Ilê Axé Omo Tifé - Keto, no conjunto Tamandaré. Três sacerdotes dessas religiões, que contam com mais de oito mil templos em todo o Estado, segundo a União Espírita Cearense de Umbanda (Uecum), relataram casos de desrespeito motivados pela intolerância religiosa.

Mãe Valéria de Logun Edé, de 73 anos, dirige há 40 anos a casa que é uma das mais antigas da Cidade e diz que problemas com a vizinhança são novidade. Só recentemente começaram as visitas de agentes da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma). Denúncias de violação da lei do silêncio e de sacrifício de animais são as justificativas mais comuns para as fiscalizações. “Aqui era tudo maravilhoso, mas quando venderam o terreno pra construir aí”, ela aponta para a condomínio erguido vizinho ao seu terreiro, “as coisas mudaram”.

“Perguntaram se a gente bebia sangue, se comia carne crua”, diz, se referindo a algumas das perguntas que ouviu de agentes da Seuma. “Aí eu perguntei: ora, e você não come galinha à cabidela? Não come carpaccio? Que tem de crime nisso?”, completa, sobre como tratou a abordagem dos fiscais. A confusão foi ainda maior porque a visita teria ocorrido antes das 22 horas e, para acabar com o barulho, quiseram levar os atabaques, instrumentos sagrados do culto.

Mãe Edna de Iansã, que há mais de duas décadas comanda a Tenda de Iansã, no Bom Jardim, relata episódios mais graves. “Na minha casa os policiais militares entraram e tentaram levar o atabaque. Eram 21h30min, mais ou menos, eu estava trabalhando com a entidade e quando voltei dei de cara com a arma”, conta. Ela diz que os PMs não tinham autorização judicial, mas diziam apurar denúncia de sacrífico humano. Além de adentrar o terreiro de forma arbitrária, segundo ela, fizeram fotografias do espaço sem autorização. A ação ocorreu em junho passado.

Anos atrás, a casa de mãe Edna sofreu um incêndio, que segundo a perícia foi criminoso. Ainda assim, e ela atribui isso ao fato de ter ocorrido num terreiro, o caso nunca foi esclarecido pela Polícia Civil.

Discurso de ódio

Pai Wagner é o personagem que, ao baixar o vidro do carro para pedir informações, viu a mulher correr de medo dele. Professor de arte-educação, diz que foi perseguido pela diretora, católica, da escola onde trabalhava porque questionava apenas orações cristãs nos acolhimentos dos alunos e passou a dar o conteúdo da cultura africana - e suas religiões - nas aulas do 5º ao 9º ano. “Ganhei a semana quando um aluno chegou perto de mim e disse que a mãe era da umbanda. Graças às minhas aulas ele teve coragem de assumir sua religião”.

Para eles a intolerância religiosa tem relação direta com o racismo que atinge a população negra em todo o País e o discurso religioso vindo de algumas correntes evangélicas, como as pentecostais e neopentecostais, reforçado em programas de TV e até no Congresso Nacional.

“O reforço político de alguns fundamentalistas que são deputados e querem crescer com discurso de ódio é uma forma dessa intolerância se materializar”, acredita o sociólogo e militante do movimento negro Hilário Ferreira. A vice-presidente da Uecum, Tecla de Sá Oliveira, ainda atribui as atitudes de intolerância ao desconhecimento da população sobre as religiões. “Quando meu pai fundou a União, em 1967, ninguém podia nem dizer a palavra ‘umbanda’ que era preso, apanhava da polícia”, diz.

O presidente da Ormece (Ordem dos Ministros Evangélicos do Ceará), pastor Francisco Paixão, reconhece que há um “seguimento mais novo, especialmente neopentecostais, que confronta” seguidores de religiões de matriz africana. No entanto, segundo ele, a orientação pastoral dada aos evangélicos é de seguirem a máxima pregada por Jesus Cristo de amar ao próximo. “Nossa orientação é de que amem as pessoas, independentemente do que elas cultuam,do que elas fazem, do que elas adoram. O próprio criador dá ao homem a liberdade de acreditar no que ele quiser”.

http://www.opovo.com.br/app/opovo/dom/2015/07/25/noticiasjornaldom,3474735/religiao-discriminacao-como-rotina.shtml

Relação completa de prêmios recebidos por Lula após deixar a Presidência

 

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Lula, o doutor “Doutor Honoris Causa”.

Edison Brito, via Jornal GGN

Contra tudo e contra todos, Luiz Inácio Lula da Silva receberá o Nobel da Paz. Tornando-se o primeiro brasileiro laureado com o prêmio.

Não é um exercício de futurismo, de adivinhação ou um chute de charlatão. É a constatação da obviedade. O gran-finale de uma obra que teve início no seu governo: o Bolsa Família.

Programa de transferência de renda que retirou o Brasil da pobreza absoluta. Deu visibilidade e esperança a quase 40 milhões de brasileiros. Os que passavam fome hoje têm o que comer.

É chover no molhado reafirmar que:
– O Bolsa Família tem um custo muito baixo aos cofres públicos
– Aqueceu a economia
– Promoveu melhorias na saúde da população de baixa renda
– Trouxe melhorias na educação da população de baixa renda
– Reduziu o trabalho infantil
– Aumentou o empoderamento das mulheres

Superou velhos preconceitos.
– “O Bolsa Família incentiva os pobres a fazer filhos”.
– “O dinheiro do Bolsa Família é gasto com roupas de ‘marca’”.
– “Efeito-preguiça: o Bolsa Família acomoda e sustenta vagabundos”.
– “Bolsa Família estimula corrupção local e clientelismo”.

O Bolsa Família é considerado internacionalmente como o “principal instrumento de transferência de renda do mundo pela Organização das Nações Unidas (ONU)”.

“O Bolsa Família foi apontado, em 2013, pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) como uma das principais estratégias adotadas pelo país que resultaram na superação da fome, retirando, assim, o país do mapa da fome mundial. Adicionalmente, a Associação Internacional de Segurança Social (Aiss) concedeu ao Brasil um prestigioso prêmio internacional devido ao caráter inovador de redução da pobreza trazido pelo Bolsa Família, considerado o mais importante do mundo dentro dos grupos de programas de transferência condicional de renda. A instituição espera, ainda, que o Bolsa Família sirva de exemplo para que mais países implementam programas similares em benefício de seus cidadãos “. CartaCapital

Segundo a FAO, atualmente existe no mundo 805 milhões de pessoas em estado de Fome Crônica. (A fome crônica é uma carência constante de alimentos suficientes para manter o organismo em perfeito funcionamento. Os indivíduos ou populações sujeitos à fome crônica pertencem a comunidades pobres, são pessoas desnutridas e que desenvolvem diversas doenças em consequência da falta de nutrientes necessários para a constituição de saúde física e intelectual).

Quem tem fome não pode esperar “o bolo crescer”. Por isso os olhos do mundo se voltam para o Brasil. Por isso Lula é constantemente convidado a explicar o funcionamento do Bolsa Família.

Recentemente na Itália voltou a afirmar que “É preciso que a gente continue fazendo política de transferência de renda para os mais pobres. É preciso que a gente socialize essas informações com os países mais pobres da América Latina e da África. É preciso que a gente leve tecnologia para esses países, que a gente leve financiamento para esses países, para que a gente possa poder, em 2025, acabar com a fome na África, que foi um compromisso que nós assumimos numa reunião da União Africana.

Eu estou convencido, companheiros italianos, eu estou convencido, companheiro Martina, companheiro primeiro-ministro Renzi, que o Brasil provou que é possível acabar com a fome no mundo”.

A preocupação do ex-presidente com o problema da fome é uma constante.

Para Kenneth M. Quinn, presidente da World Food Prize Foundation, Luiz Inácio Lula da Silva é o “maior e mais apaixonado lutador contra a fome no mundo”.

Quinn foi embaixador dos Estados Unidos e trabalhou durante 32 anos no Departamento de Estado americano. A World Food Prize Foundation premia cidadãos que contribuem significativamente para o combate à fome no mundo.

Confira abaixo os principais prêmios e homenagens recebidos por Lula a partir de 1º/1/2011, quando deixou a Presidência da República. Fonte: Instituto Lula.

29/5/2014 – São Paulo (SP)
Medalha “Knowledge Advancing Social Justice” (Conhecimento para o Avanço da Justiça Social), da Universidade Brandeis (EUA)

21/5/2014 – Santa Cruz de la Sierra (Bolívia)
Doutor Honoris Causa da Universidade de Aquino

30/4/2014 – Santo André (SP)
Título de cidadão de Santo André

23/4/2014 – Salamanca (Espanha)
“Tivemos de enfrentar o preconceito das elites, que nunca confiaram na capacidade do povo”, diz Lula, Doutor Honoris Causa de Salamanca

4/12/2013 – São Bernardo do Campo (SP)
Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do ABC

17/10/2013 – Cidade do México
Prêmio Interamérica 2013

15/10/2013 – Buenos Aires (Argentina)
Doutor Honoris Causa da Universidade de Buenos Aires

6/6/2013 – Quito (Equador)
Doutor Honoris Causa pela Universidad Andina Simón Bolívar
Doutor Honoris Causa pela Escuela Politécnica del Litoral
Ordem Nacional de San Lorenzo

5/6/2013 – Lima (Peru)
Doutor Honoris Causa pela Universidad San Marcos
Medalha Cidade de Lima

17/5/2013 – Buenos Aires (Argentina)
Doutor Honoris Causa pela Universidad Nacional de Cuyo
Doutor Honoris Causa pela Universidad Nacional de San Juan
Doutor Honoris Causa pela Universidad Nacional de Córdoba
Doutor Honoris Causa pela Universidad Nacional de La Plata
Doutor Honoris Causa pela Universidad Nacional de Tres de Febrero
Doutor Honoris Causa pela Universidad Nacional de Lanús
Doutor Honoris Causa pela Universidad Nacional de San Martín
Doutor Honoris Causa pela Facultad Latino-americana de Ciencias Sociales (Flacso)
Menção Honrosa Domingo Faustino Sarmiento
Prêmio Josué de Castro

22/4/2013 – Nova Iorque (EUA)
Prêmio “Em Busca da Paz”, do International Crisis Group

17/3/2013 – Cotonou (Benin)
Ordem Nacional do Benin

12/3/2013 – Brasília (DF)
Prêmio Darcy Ribeiro (Educação)

1º/3/2013 – Redenção (CE)
Doutor Honoris Causa da Unilab e título de cidadão de Redenção e de Aracape

27/3/2013 – Rio de Janeiro (RJ)
Prêmio Bacurau (Morhan)

27/11/2012 – Rio de Janeiro (RJ)
1º Prêmio Pirelli

22/11/2012 – Nova Déli (Índia)**
Prêmio Indira Gandhi pela Paz, Desarmamento e Desenvolvimento 2010

24/8/2012 – São Paulo (SP)
Ordem do Mérito Judiciário do Tribunal Regional do Trabalho da 2º Região

22/8/2012 – Toronto (Canadá)*
Prêmio Nelson Mandela de Direitos Humanos

20/7/2012 – Maputo (Moçambique)*
Prêmio José Aparecido de Oliveira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

21/5/2012 – São Paulo (SP)
Lula recebe título de Cidadão Paulistano e Medalha Anchieta

15/5/2012 – Middelburg (Holanda)*
Lula agradece pelo Prêmio das Quatro Liberdades, recebido na Holanda

4/5/2012 – Rio de Janeiro (RJ)
Lula recebe título de Doutor Honoris Causa das cinco universidades públicas do Rio

2/4/2012 – Barcelona (Espanha)*
Ex-presidente Lula recebe Prêmio Internacional da Catalunha 2012 pelo combate à pobreza e à desigualdade

13/12/2011 – São Paulo (SP)*
“Personalidade de destaque” no Prêmio CUT Democracia e Liberdade Sempre

9/11/2012 – Washington (EUA)*
Prêmio Africare

26/10/2011 – Cidade do México (México)
Prêmio Amalia Solórzano

13/10/2011 – Des Moines (EUA)
World Food Prize

29/9/2011 – Gdasnk (Polônia)
Prêmio Lech Walesa

27/9/2011 – Paris (França)
Doutor Honoris Causa pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris – Sciences Po

20/9/2011 – Salvador (BA)
Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia

8/9/2011 – Lisboa (Portugal)
Medalha Leonardo da Vinci

5/8/2011 – Bogotá (Colômbia)
Cidadão de Bogotá

22/7/2011 – Recife (PE)
Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Pernambuco

22/7/2011 – Recife (PE)
Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal Rural de Pernambuco

22/7/2011 – Recife (PE)
Doutor Honoris Causa pela Universidade Estadual de Pernambuco

19/7/2011 – São Paulo (SP)
Fiesp – Exposição “Milhões de Lulas”

21/6/2011 – Washington (EUA)
World Food Prize

6/6/2011 – São Paulo (SP)
Prêmio Top Etanol – Personalidade de destaque

15/4/2011 – Cádiz (Espanha)
Prêmio Libertad Cortes de Cádiz

30/3/2011 – Coimbra (Portugal)
Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra

29/3/2011 – Lisboa (Portugal)
Prêmio Norte-Sul de Direitos Humanos

28/1/2011 – Viçosa (MG)
Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Viçosa

* Prêmios que Lula recebeu à distância, por estar impossibilitado de viajar devido a tratamento médico.
** Prêmio que Lula recebeu em 2010, mas cuja cerimônia aconteceu somente em 2012

É o reconhecimento internacional ao homem que tem como meta extinguir a fome e as injustiças sociais em todo o mundo.

Os conservadores e fascistas dirão que ele só recebeu estas honrarias por que os estrangeiros não sabem o que acontece dentro do país.

A estes eu direi: é justamente o contrário. O brasileiro é que não sabe o que acontece no país. Mal informado que é pela imprensa golpista. Não existe culpa, e sim maldade.

A lista, por exemplo, deve ter causado surpresa em muitas pessoas. Não é para menos, a mídia, capitaneada pela Globo, mantém o cidadão no obscurantismo. Mentindo, manipulando, escondendo a verdade.

Então, sem tirar méritos de ninguém, o Lula ganhará o Nobel.

Primeiro, pelas razões expostas acima.

Segundo, a paz mundial, tão almejada por todos, passa necessariamente pelo fim da pobreza e das injustiças sociais.

O Nobel dará mais força para que Lula leve adiante esta batalha.

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terça-feira, 28 de julho de 2015

A prisão do pai do programa nuclear brasileiro

 

ter, 28/07/2015 - 18:37

Luis Nassif

Na operação Eletrobrás, a Lava Jato prendeu o Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva. Seu nome apareceu na delação premiada de Danton Avancini, diretor da Camargo Correia, que lhe teria feito três pagamentos.

Ainda há que se esperar o processo final. Hoje em dia tem-se um grupo de procuradores e delegados avalizados por um juiz e, por um conjunto de circunstâncias históricas, donos do poder absoluto de levantar provas, julgar e condenar sem a possibilidade do contraditório, valendo-se de forma indiscriminada da parceria com grupos jornalísticos.

Em outros momentos, o uso indiscriminado de denúncias por jornais produziu grandes enganos e manipulações.

É possível que Othon seja culpado, é possível que não seja, pouco importa: desde hoje está na cadeia o pai do programa nuclear brasileiro.

O Brasil deve a Othon o maior feito de inovação da sua história moderna: o processo de enriquecimento de urânio através de ultra centrífugas. Foi um trabalho portentoso, que sobreviveu às crises do governo Sarney, ao desmonte da era Collor, aos problemas históricos de escassez de recursos, enfrentando boicotes externos, valendo-se de gambiarras eletrônicas para contornar a falta de acesso a componentes básicos, cuja exportação era vetada por países que já dominavam a tecnologia.

Aqui, um perfil de Othon trazido pelo nosso blogueiro Athos:

Quem é Othon Luiz Pinheiro da Silva?

No dia 14 de Setembro desse ano(artigo de 2011), o Dr. Othon Luiz Pinheiro da Silva recebeu o título de Pesquisador Emérito do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) durante a comemoração dos 55 anos do instituto (veja o evento nesse link). Chamado até de "lenda viva" na cerimônia, há quem diga que conhecer a carreira de Othon é conhecer a História da energia nuclear no País.
E você leitor, sabe quem é "esse cara"?
CURRICULUM VITAE
Nascido em 1939 em Sumidouro (RJ), Othon formou-se pela Escola Naval em 1960, iniciando sua carreira na Marinha no quadro de Oficiais do Corpo da Armada. Formou-se em Engenharia Naval pela Escola Politécnica de São Paulo em 1966, atuando como engenheiro naval do Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) entre 1967 e 1974. Em 1978, Othon obteve sua especialização em engenharia nuclear no Massachussetts Institute of Technology (MIT).
Foi Diretor de Pesquisas de Reatores do IPEN entre 1982 e 1984 e foi fundador e responsável pelo Programa de Desenvolvimento do Ciclo do Combustível Nuclear e da Propulsão Nuclear para Submarinos entre 1979 e 1994. Exerceu o cargo de Diretor da Coordenadoria de Projetos Especiais da Marinha (COPESP), atual Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), de 1986 a 1994.
É o autor do projeto de concepção de ultracentrífugas para enriquecimento de urânio e da instalação de propulsão nuclear para submarinos.
Atingiu, na Marinha do Brasil, o mais alto posto para os Engenheiros Navais: o de Vice-Almirante.
Desde outubro de 2005, exerce a presidência da Eletronuclear – Eletrobrás Termonuclear, empresa sediada no Rio de Janeiro, responsável pela construção e pelo gerenciamento das usinas nucleares brasileiras.
Já recebeu diversos prêmios, entre os quais a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico por serviços prestados à ciência e à tecnologia, prêmio este oferecido em 1994 pelo então presidente da República Itamar Franco.
OTHON E O PROGRAMA NUCLEAR DA MARINHA
"Othon começou o projeto de separação isotópica do Urânio com muita criatividade, liderança e engenharia reversa", disse o Dr. Spero Penha Morato, ex-superintendente do Ipen, em seu discurso em homenagem ao Dr. Othon, na cerimônia de entrega do título de pesquisador emérito.
O projeto, que começou em 1979, produziu os primeiros resultados em laboratório já em 1982: a conversão do yellowcake (U3O8) em hexafluoreto de urânio (UF6), etapa que antecede o enriquecimento isotópico. O passo seguinte foi a produção de 24 toneladas de hexafluoreto de Urânio através do financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Para o enriquecimento isotópico, Othon desenvolvia, paralelamente à conversão e de forma secreta, centrífugas de última geração, com mancais magnéticos que minimizam o atrito. A única forma de entender rapidamente o funcionamento destes mancais naquela época era serrando uma bomba de vácuo com o mesmo tipo de mancais que havia no IPEN. E Othon fez isso, irritando, claro, muitas pessoas no projeto. Mas, foi com lances ousados como este - acrescentou o Dr. Spero Morato - que Othon pôs o seu projeto para frente.
O jornalista Lourival Sant'anna publicou, em 2004, uma reportagem no jornal O Estado de São Paulo revelando alguns fatos interessantes que marcaram o projeto. Reproduzo, abaixo, boa parte dessa matéria.
Em 1974, Othon Luiz Pinheiro da Silva, então um capitão-de-corveta de 35 anos, foi escalado para acompanhar a construção de submarinos brasileiros da classe Tonelero num estaleiro da Inglaterra. O jovem oficial estava indo a contragosto. Um mês antes de sua sombria partida, no entanto, um almirante sugeriu ao então ministro da Marinha, Geraldo Azevedo Henning, que o enviasse para o Massachusetts Institute of Technology, nos EUA, para uma pós-graduação em engenharia nuclear.
O ministro Henning, que havia feito uma viagem da Bahia para o Rio em um submarino nuclear americano e ficara entusiasmado, acatou a sugestão. Até então, o contato mais estreito de Othon com energia nuclear tinha sido uma visita ao reator do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), em 1967, quando terminava o curso de engenharia naval na Politécnica da USP.
O Brasil já havia comprado em 1972 o reator de Angra 1, da americana Westinghouse, com a promessa de fornecimento de combustível – processado nos EUA – por 30 anos. Mas, em 1974, começou-se a levantar dúvidas sobre as garantias desse fornecimento. No ano seguinte, o general Ernesto Geisel firmava o acordo nuclear com a Alemanha, que incluía não só as centrais, mas também o ciclo de enriquecimento de urânio.
Até a década de 70, o minério era enriquecido por “difusão gasosa”. Um novo método, mais eficiente e econômico, o da ultracentrífuga, vinha sendo desenvolvido, e o primeiro a dominá-lo em escala comercial foi o consórcio Urenco, formado por Inglaterra, Holanda e Alemanha. O Brasil queria essa tecnologia.
Na última hora, no entanto, os alemães informaram que não poderiam incluí-la no pacote, porque a Holanda, por pressão americana, tinha vetado sua venda ao Brasil. Em seu lugar, os alemães ofereceram aos brasileiros o jet nozzle, um método “muito promissor”, segundo eles, de separação do urânio 238 do 235. Enriquecer urânio é aumentar o teor de 235. Na natureza, o urânio 235 representa apenas 0,7% do minério e o 238, os outros 99,3%. “Quem tivesse feito um curso razoável de física no ensino médio já não compraria esse método”, ironiza Othon. O professor Manson Benedict, um papa do MIT em energia nuclear, deu na época uma aula sobre o jet nozzle, concluindo: “Os brasileiros acreditaram e compraram isso”.
Em 1979, quando Othon voltou ao Brasil, a Marinha não sabia o que fazer com ele. Depois de quatro ou cinco dias de hesitações, levaram o recém-promovido capitão-de-fragata até o diretor-geral de Material da Marinha, o almirante Maximiano da Fonseca. “Você, que cursou esse negócio, quais as nossas chances de ter uma produção nuclear aqui no Brasil?”, perguntou-lhe, de chofre, o almirante. Othon pediu três meses para redigir um relatório. O oficial ficou subordinado à Diretoria de Engenharia. Ao se apresentar, ouviu de seu novo chefe: “Evidentemente não pode ficar um oficial por conta só dessas coisas nucleares”. Othon passou a dividir sua carga horária com o cargo de gerente de um projeto de navio de apoio fluvial. Assim começava o programa de pesquisa nuclear brasileiro: com um oficial em meio expediente.
Othon propôs que o Brasil desenvolvesse sua própria tecnologia. Em outubro de 1978, o então contra-almirante Mário César Flores, do Estado-Maior da Marinha, convocou Othon para dar explicações, depois de ouvir especialistas. A caminho de Brasília, Othon se encontrou no aeroporto com o comandante João Maria Didier Barbosa Viana, que também tinha feito engenharia nuclear no MIT. “Segui o seu caminho”, contou-lhe Othon. “Então você deve estar indo a Brasília pelo mesmo motivo que eu”, especulou Didier. “Tem um louco dizendo que é possível desenvolver o ciclo do combustível nuclear no Brasil.”
Othon passou o dia inteiro respondendo às perguntas que um capitão-de-mar-e-guerra pós-graduado em Monterey (Califórnia) formulava, enquanto Flores fingia ler um jornal. O oficial saiu com a sensação de que tinha ido a Brasília à toa. Pouco mais de um mês depois, foi chamado de novo. “Vai ser outra chatice”, pensou. “Este oficial foi escalado para uma das missões mais importantes que um oficial da Marinha já teve no Brasil”, anunciou solenemente o vice-chefe do Estado-Maior da Marinha, Arthur Ricart da Costa, apresentando Othon ao seu chefe, o almirante Carlos Auto de Andrade. “Deus o ilumine.”
Othon veio para São Paulo e começou a “costurar alianças” com instituições como o Ipen, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e o Centro Técnico Aerospacial (CTA), em São José dos Campos, que estava desenvolvendo um método de enriquecimento de urânio com raio laser. Depois de consultar especialistas, Othon constatou que a opção do laser não seria viável nos próximos 20 anos, e se fixou na ultracentrífuga.
O objetivo último da Marinha era desenvolver reatores e todos os demais equipamentos da propulsão para submarinos movidos a energia nuclear. Se um submarino movido a diesel – como os que o Brasil usa – partir da Baía de Guanabara, em sua velocidade máxima, antes de chegar a Cabo Frio terá de se aproximar da superfície para o snorkel tomar ar, para pôr em funcionamento seu motor e assim recarregar as baterias. Navegando próximo à superfície, pode ser captado com facilidade por sensores infravermelhos. Para ficar no máximo dez dias no fundo, um submarino a diesel tem de se manter praticamente parado. O submarino nuclear projetado pela Marinha trocaria de combustível em dez anos. O limite de permanência no fundo seria de 45 dias.
Entretanto, a Marinha concluiu que em primeiro lugar era preciso viabilizar o ciclo do combustível e adquirir capacidade de enriquecer urânio. “Autonomia é muito importante”, diz Othon, que aos 65 anos tem hoje uma empresa de consultoria na área de energia. “Inspirei-me na solução que eu imaginei que os americanos estavam desenvolvendo na época em que eu era aluno do MIT, mas com a qual nunca tive contato”, conta o almirante. “É óbvio que a centrífuga americana é muito mais espetacular que a nossa.” Mas, segundo ele, a brasileira sai muito mais barato e os materiais importados necessários para sua fabricação não entram no rol dos itens nucleares sensíveis, sujeitos a embargos internacionais.
O programa capacitou indústrias brasileiras a fabricar as válvulas, sensores e medidores das centrífugas. Othon recrutou cientistas e técnicos do Brasil todo. “Onde tivesse alguém que pudesse ajudar, a gente ia conversar.” O sigilo era resguardado por um termo de compromisso. “Foram 14 anos da minha vida, cada dia um desafio”, lembra o hoje almirante da reserva, que dirigiu o programa entre 1979 e 94. Inicialmente, o projeto era secreto e ficou abrigado num departamento fictício, criado para isso, chamado de Coordenação para Projetos Especiais (Copesp), dentro da Comissão Naval de São Paulo.
A primeira dificuldade de Othon foi formar equipe. Quando assumiu, em 1979, o general João Baptista Figueiredo baixou portaria proibindo contratações no setor público. Othon recorreu ao Estado de São Paulo – e a uma artimanha. Fez um memorando à Secretaria de Ciência e Tecnologia, solicitando a contratação de 20 engenheiros e 40 técnicos para trabalhar no Ipen, num “projeto de interesse das Forças Armadas”. Se assinasse sozinho, no entanto, ficaria fácil para a secretaria pedir a análise do Estado-Maior da Marinha, onde o memorando provavelmente pararia. Então Othon pediu a um tenente-coronel da FAB que também assinasse. “Assim, não vão saber para que Força perguntar.” Deu certo.
De posse dessa contratação, Othon, na época capitão-de-fragata, atreveu-se a saltar a hierarquia e procurar o então ministro da Marinha, Maximiano da Fonseca: “Almirante, estou numa situação complicada. O Estado de São Paulo colocou 20 cientistas no projeto, liderado pela Marinha, e ela não colocou nenhum”. No fim, conseguiu convencer o ministro a contratar o dobro de cientistas e técnicos. “Fiquei com um exército de 60 engenheiros e 120 técnicos”, exulta Othon. No seu auge, no início dos anos 90, o programa chegaria a ter 680 engenheiros trabalhando internamente e outros 300 do Departamento de Pesquisa de Reatores do Ipen, do qual Othon era chefe.
Mas nem tudo era ciência: habilidade e jeitinho também contaram. Othon lembra que uma centrífuga antiga, importada na década de 50, utilizada para treinar equipes e dissimular o esforço principal do projeto, havia parado porque tinha um eixo flexível que quebrava com freqüência e tinha de ser trazido da Alemanha. “Eu tinha um técnico, Zequinha, muito habilidoso, que fazia um eixinho novo em três dias. Levei para ele o projeto e fizemos o primeiro juntos”, conta Othon. “No Arsenal de Marinha, não precisava importar. Era só ligar para o Zequinha.”
Em 1987, num gesto de distensão, o então presidente José Sarney decidiu trazer seu colega argentino, Raúl Alfonsín, para a entrada em operação de um conjunto de 48 centrífugas em Aramar. A inauguração estava marcada para 15 de março. Algumas semanas antes, o indiano naturalizado brasileiro Kesavan Nair, doutor em física de reatores mas também astrólogo, procurou Othon, com uma expressão preocupada: “Quinze de março ‘não bom’”, disse, mostrando uma listagem de computador, na qual uma nuvem negra cobria a data.
Othon ligou para o então ministro da Marinha, almirante Henrique Saboia. “Você acredita nisso?”, perguntou o ministro. “Não”, respondeu Othon. “Eu também não, mas, por via das dúvidas, pergunte quando está bom para inaugurar.” A partir de 28 de março, informou o indiano. Saboia foi falar com Sarney. Mais tarde, ligou para Othon: “Não se preocupe. O presidente é mais supersticioso que nós dois juntos.” A cerimônia ficou para 8 de abril.
Othon guarda até hoje uma planilha de todos os custos do projeto, ano a ano. No total, foram gastos US$ 663 milhões. Aí estão incluídos: o desenvolvimento do ciclo de combustível (projeto Ciclone), da propulsão do submarino (projeto Remo), do submarino propriamente dito, e a infra-estrutura.
“Desafio a me mostrarem no mundo todo um desenvolvimento do ciclo do combustível e da propulsão nuclear com esse custo”, diz ele. Quando deixou o programa, havia quase 700 centrífugas na “colônia”, em Aramar, pelas quais o urânio vai passando e enriquecendo-se gradualmente. A centrífuga americana enriquece bem mais do que a brasileira. A diferença está no custo, que Othon ilustra assim: digamos que sejam necessárias 20 centrífugas brasileiras para produzir o que uma americana produz. Acontece que o custo de 20 brasileiras é menor que o de uma americana.

Em 1994, o Vice-Almirante Dr. Othon Pinheiro da Silva, com 55 anos, teve de deixar o projeto ao completar seu tempo de serviço militar ativo. Os detalhes desse projeto ainda são mantidos a sete chaves, sob pena de prisão pelo vazamento de segredos científicos.
O fato é que o desenvolvimento da tecnologia de ultracentrifugação de urânio é um marco de sucesso na história tecnológica do Brasil e o Dr. Othon teve um papel fundamental nisso guiado pelo lema do CTMSP: “Tecnologia Própria é Independência”.
Uma salva de palmas!

http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/10/quem-e-othon-luiz-pin...

http://jornalggn.com.br/noticia/a-prisao-do-pai-do-programa-nuclear-brasileiro

Sistemade monitoramento espacial russo está quatro vezes mais potente

Okno-M staion© Foto: topwar.ru

Ciência e tecnologia

10:11 28.07.2015(atualizado 18:54 28.07.2015) URL curta

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A Rússia atualizou a estação de sistemas opticoeletrônicos Okno-M que mantém no Tadjiquistão. O conjunto de equipamentos para detectar objetos espaciais está operando em sua capacidade máxima, o que o tornou quatro vezes mais potente, segundo anunciou o Ministério da Defesa russo em seu site.

Surveillance Satellite

© flickr.com/ US Air Force

Sistema russo bloqueará sinais de satélite e desligará mísseis inimigos

A estação de Okno-M é parte integrante da rede de vigilância do espaço do Comando Espacial das Forças de Defesa Aeroespacial da Rússia. O sistema foi submetido com sucesso a testes no final de 2014. Sua tarefa é recolher informações sobre objetos espaciais e monitorar equipamentos no espaço, incluindo aqueles em órbita geoestacionária, a uma distância de 120 a 40.000 km da Terra.

O sistema recém-desenvolvido, projetado completamente na Rússia, passou por um “aumento das capacidades de detecção, melhor capacidade de canal e uma ampla gama de características para o processamento de dados de objetos espaciais”, conforme destacou o comunicado do Ministério da Defesa. As capacidades do complexo modernizado são quatro vezes maiores que as de seu antecessor.

A estação de opticoeletrônicos rastreia objetos espaciais exclusivamente à noite. A luz solar é refletida dos objetos, que fornece ao sistema as informações necessárias. Sendo totalmente automatizado, Okno-M tem a capacidade de operar mantendo o controle dos objetos previamente gravados e recém-detectados. Quando o sistema está em modo passivo, o seu consumo de energia é relativamente baixo (requer tanta eletricidade quanto um bloco de apartamentos de 150 unidades).

Terra. Vista do espaço

© Sputnik/ German Titov

Vice-premiê russo anuncia sistema de alerta de mísseis da Rússia a partir do espaço

A construção da estação anterior, Okno (que significa “janela”, em russo), um dos elementos-chaves da inteligência espacial russa, começou em 1980 na zona de céu claro das montanhas de Pamir, perto da fronteira com o Afeganistão, a uma altura de 2.200 metros acima do nível do mar. Durante os últimos anos da Guerra Fria, acreditava-se que o complexo era uma arma a laser antissatélite secreta soviética.

Como consequência da guerra civil no Tajiquistão, a construção do local foi interrompida em 1992. A estação só se tornou operacional em 1999 em modo de teste e, em 2004, em modo de combate. Desde 1999, Okno detectou mais de 10 milhões objetos espaciais, encontrando cerca de 5.000 novos objetos espaciais de alta orbitais e monitorando 560 inserções em órbita de naves espaciais, além de registrar mais de 200 manobras de veículos espaciais de outros países. Além disso, os operadores do sistema participaram da avaliação de 25 situações de emergência nacionais e estrangeiras.

Nos próximos quatro anos, uma boa quantidade de novos sistemas laser-ópticos e eletrônicos para a detecção de objetos espaciais será construída pela Rússia (por objetos espaciais, as forças armadas entendem satélites militares estrangeiras, outras espaçonaves, bem como lixo espacial e objetos astronômicos naturais).

Earth explosion

© flickr.com/ Rufus Gefangenen

Rússia alerta contra corrida armamentista no espaço

Em 2014, as Forças de Defesa Aeroespacial da Rússia começaram a operar uma série de unidades laser-ópticas e de engenharia de rádio de superfície especializadas em identificar objetos além da atmosfera terrestre. Estes sistemas facilitaram a expansão da capacidade russa de coleta de informações de vigilância do espaço, incluindo um aumento de duas a três vezes da observação de objetos significativamente menores.

As Forças de Defesa Aeroespacial foram criadas em 1º de Dezembro de 2011, para monitorar o espaço aéreo russo. Espera-se que dez ou mais complexos especializados em monitorização espacial sejam implantados até 2018 no sul da Rússia, na Sibéria e no Extremo Oriente do país.

Leia mais: http://br.sputniknews.com/ciencia_tecnologia/20150728/1688841.html#ixzz3hETGFsSf

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Daniel Rodrigues assume presidência do PRB de Sobral

 

Com a presença do presidente estadual do PRB (Dep. Federal Ronaldo Martins), o jovem Daniel Rodrigues assume a presidência do PRB de Sobral. A posse da nova executiva aconteceu neste Sábado (25),  na Câmara Municipal de Sobral. Marcaram presença no evento os deputados do PPS, Moses Rodrigues(Deputado Federal), e Tomaz Holanda (Deputado Estadual). Os vereadores de Sobral: Fredim, Adauto Arruda, Hermenegildo, Chico Jóia, Gegê Romão (Tesoureiro do PRB). Além da presença de presidentes de partidos, como Oscar Rodrigues, Zé Vital, lideranças políticas e simpatizantes estiveram prestigiando o evento.
Ronaldo Martins (Presidente estadual do PRB), estamos buscando pessoas que queiram o compromisso e não pessoas que não participavam das atividades do PRB, que não viviam no partido, isso não é justo, por isso dissolvemos 134 comissões executiva, e agora estamos refazendo com pessoas que vão lançar candidatos a prefeito, vereadores e que querem ver o crescimento do partido."isso é que estamos buscando, é esse o compromisso que nós vamos levar do município de Sobral, e vou embora tranquilo, porque vou deixar o PRB em boas mãos." -Ressaltou Ronaldo Martins.
Daniel Rodrigues (Presidente Municipal) Assumo a presidência de um partido local, de um partido que nasceu para defender os direito político dos cidadãos, e acima de tudo para defender os direitos humanos e sociais. Fazer parte do PRB é uma honra para mim, pois acreditamos que administração pública deve estar à serviço dos interesses coletivos, e não de uma minoria como vemos por aí. Falou Daniel Rodrigues.

(Daniel Rodrigues toma posse na Presidência do PRB) -

Chico Joia, Fredim, Hermenegildo e  Adauto Arruda

http://www.andarilhodanoticia.com/2015/07/daniel-rodrigues-assume-presidencia-do.html

É hora de denunciar ao mundo o golpe político no Brasil

 

Veja 1

A matéria de capa da última edição da revista Veja ultrapassou qualquer limite aceitável pelas forças políticas progressistas deste país. E quando cito forças políticas progressistas não me refiro, tão-somente, a partidos de esquerda da base aliada, como PT e PC do B, mas a todos os partidos de esquerda – inclusive os de oposição – e a movimentos sociais.

Apesar de ter sido desmentida publicamente pela defesa do ex-vice-presidente da OAS, Léo Pinheiro, afirmação de Veja de que ele teria autorizado seus advogados a conversar com o Ministério Público Federal para fazer um acordo de delação premiada e, no âmbito desse acordo, apresentar “provas” contra o ex-presidente Lula, a publicação da matéria revela que não há mais o que esperar para as forças democráticas deste país reagirem por meios mais drásticos.

A matéria de Veja foi recebida com frieza pelo resto da grande imprensa devido ao fato de que não passa de matéria requentada. Em sua edição de 27 de abril deste ano, a revista já tinha feito essa afirmação de que Pinheiro iria denunciar Lula. A afirmação não se confirmou assim como a de agora, desmentida prontamente pela defesa do acusado.

Mas as matérias tendenciosas de Veja e do resto da mídia feitas diuturnamente e exclusivamente contra o PT, suas lideranças e seus aliados não são o que dá forma ao golpismo; em várias partes do mundo setores da imprensa comportam-se como partidos políticos. Porém, não encontram ressonância das instituições como acontece no Brasil.

O que configura o golpe político em curso é que, como em qualquer ditadura, a lei passa a ser usada de formas diferentes em situações praticamente iguais, mas com variações de resultados derivadas da orientação política dos envolvidos.

Chegou a hora, portanto, de dizer ao mundo que a democracia brasileira está sendo jogada no lixo e que as instituições estão sendo usadas como armas políticas para derrubar um governo democraticamente eleito.

E não é difícil provar ao mundo o que está acontecendo. Basta mostrar como a Justiça, o Ministério Público e a Polícia Federal estão agindo partidariamente, acobertando escândalos envolvendo políticos tucanos e expondo os petistas.

Tomemos o caso das ligações de empreiteiras com políticos petistas e, sobretudo, com o ex-presidente Lula, alvo preferencial de Veja, e do envolvimento delas com políticos tucanos em situações absolutamente idênticas.

Do que se trata a acusação a essas empreiteiras no âmbito da Operação Lava Jato? Havia um cartel que fazia negociatas na Petrobrás pagando propinas a políticos por meio de doações oficiais, entre outras formas de corromper autoridades e ocupantes de altos cargos na empresa.

O que espanta é que as mesmíssimas empreiteiras envolvidas em outros escândalos muito parecidos com o da Petrobrás fizeram altas doações a políticos tucanos e de outros partidos que não o PT, mas, nesses casos, não há uma única ação da grande mídia, do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e muito menos da Justiça no sentido de tratar essas doações como são tratadas as feitas ao PT.

Há alguns meses, surgiu a denúncia de que mais da metade da campanha do governador Geraldo Alckmin (PSDB), ano passado, foi bancada por empresas investigadas por fraudes e formação de cartel em licitações do metrô de São Paulo.

No total, as quatro empresas suspeitas doaram R$ 8,3 milhões, 56% do total arrecadado (R$ 14,7 milhões) pelo tucano.

Três das empresas doadoras já são rés em processos na Justiça: a construtora Queiroz Galvão, a CR Almeida S/A Engenharia de Obras e a construtora OAS S/A.

Executivos de consórcios integrados pela CR Almeida S/A Engenharia de Obras, pela OAS S/A e pela Queiroz Galvão foram denunciados em 2012 por suspeita de fraude e formação de cartel na licitação para ampliar a linha 5-lilás do Metrô de São Paulo. No total, 14 funcionários de 12 construtoras foram denunciados no caso.

Mas não é só. Existe também a denúncia de que sete das nove empresas investigadas na Operação Lava Jato repassaram ao menos R$ 38,9 milhões às campanhas de 19 governadores eleitos e reeleitos. As doações foram feitas pelas UTC, Odebrecht, Queiroz Galvão, Engevix, OAS, Galvão Engenharia e Camargo Corrêa.

Vários executivos dessas empresas estão presos e até hoje não há notícia de que tenha sido levantada uma mínima suspeita contra os governadores que receberam doações dessas empresas em troca de obras em seus Estados.

Confira, abaixo, quem são os governadores que receberam doações das empreiteiras envolvidas no Cartel dos Trens de São Paulo e no Cartel da Petrobrás.

Veja 2

A tese que sustenta essa situação é absolutamente louca: essas empreiteiras fizeram negócios esquisitos com a Petrobrás e, como fizeram doações eleitorais ao PT, a Dilma e contrataram palestras de Lula, todos os petistas e aliados são suspeitos. Porém, essas empresas fizeram negócios com administrações tucanas e desses negócios surgiram escândalos como o dos trens de São Paulo, mas as doações que elas fizeram a Alckmin, por exemplo, não foram postas sob suspeitas.

Isso se dá porque a Operação Lava Jato se auto circunscreveu à Petrobras. É como se corrupção só fosse crime se praticada por petistas e aliados na Petrobrás, mas não fosse crime quando praticada por tucanos e aliados em empresas como o Metrô ou a CPTM.

É óbvio que isso não é possível. É óbvio que a lei está sendo usada de forma diferente de acordo com a posição política das pessoas. E a lei ser usada de uma forma para alguns e de outra forma para outros é a principal característica das ditaduras.

O que há hoje, no Brasil, é uma ditadura da minoria (eleitoral), protagonizada pela grande mídia, pela oposição, por setores mais ousados da Justiça, do Ministério Público e da Polícia Federal. Essa ditadura já declara abertamente seus planos para destruir moral e politicamente a maior liderança política do país, o ex-presidente Lula.

Além disso, a economia está sendo destroçada pelo espalhafato das investigações, que deveriam ocorrer em sigilo, mas que têm cada detalhe, cada frase, cada vírgula vazados para a mídia de forma absolutamente seletiva, de modo a incriminar apenas petistas e aliados, poupando opositores do governo federal onde eles são governo, nos Estados e municípios.

Quem acompanha atentamente a política já sabe que é questão de tempo para inventarem algum pretexto para derrubar o governo e, acima de tudo, desmoralizar e, se possível, aprisionar o único grande líder político de esquerda que o Brasil produziu das últimas décadas do século XX para cá.

Não será fácil impedir esse golpe político-institucional. O poder da mídia aliado ao do capital, ao do Judiciário, ao do Ministério Público, ao da Polícia Federal e ao da maioria do Legislativo, é uma força avassaladora. Do lado dos golpeados, só há uma militância combalida, desanimada e alguns movimentos sociais e partidos de esquerda hesitantes.

Isso tudo, porém, não muda o fato de que a democracia brasileira está sendo posta no lixo. Com a destruição política das lideranças de centro-esquerda, os conservadores irão pisotear programas sociais, “precarizar” as relações trabalhistas, dar caráter fascista à legislação penal etc., etc.

Na visão deste Blog, só resta denunciar ao mundo o que está acontecendo no país. Os golpistas podem até tomar o poder por meio dessa vergonhosa manipulação das leis, mas assumirão esse poder sem legitimidade diante da comunidade internacional.

Bastará apresentar ao mundo os fatos supra elencados, com todas as provas pertinentes, para provar que, neste país, as leis e os órgãos de controle do Estado estão sendo usados seletivamente de modo a acobertar alguns e fustigar a outros. Há que exigir observadores internacionais para fiscalizarem o comportamento da Justiça, do Ministério Público e da Polícia Federal.

Se a hesitação das vítimas desse golpismo ditatorial persistir, o retrocesso político, institucional e social que o Brasil sofrerá terminará em tragédia, em um levante das massas que serão pisoteadas pelas políticas antipopulares dos futuros novos donos do poder. Guarde estas palavras, leitor.

http://www.blogdacidadania.com.br/2015/07/e-hora-de-denunciar-ao-mundo-o-golpe-politico-no-brasil/

Veja faz armação contra Lula com delação falsa

 

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Revista Veja deste fim de semana fez mais uma armação contra o ex-presidente Lula, para inclui-la na coleção de dezenas de capas já produzidas contra o presidente que deixou o cargo com a maior popularidade da história do País; desta vez, Veja afirma que chegou "a vez dele", a respeito de uma suposta delação premiada de José Adelmário Pinheiro, executivo da OAS, que foi preso na Lava Jato; com a palavra, a defesa da OAS: “Sobre a reportagem da Veja deste final de semana, José Adelmário Pinheiro e seus defensores têm a dizer, respeitosamente, que ela não corresponde à verdade. Não há nenhuma conversa com o MPF sobre delação premiada, tampouco intenção nesse sentido”

25 de Julho de 2015 às 09:28

247 – A revista Veja deste fim de semana fez mais uma armação contra o ex-presidente Lula, para inclui-la na coleção de dezenas de capas já produzidas contra o presidente que deixou o cargo com a maior popularidade da história do País.

Desta vez, Veja afirma que chegou "a vez dele", a respeito de uma suposta delação premiada de José Adelmário Pinheiro, executivo da OAS, que foi preso na Lava Jato.

No entanto, antes mesmo de chegar às bancas e à casa dos assinantes, a reportagem foi desmentida pela OAS. “Sobre a reportagem da Veja deste final de semana, José Adelmário Pinheiro e seus defensores têm a dizer, respeitosamente, que ela não corresponde à verdade. Não há nenhuma conversa com o MPF sobre delação premiada, tampouco intenção nesse sentido”, disse, em nota, a empresa.

Internamente, a reportagem falava em "segredos devastadores" contra o ex-presidente Lula: (1) a lista dos políticos que receberam propina, (2) os negócios milionários do filho de Lula, (3) despesas pessoais do ex-presidente foram pagas pelas empreiteiras e (4) Lula sabia do esquema de corrupção na Petrobras.

A reportagem de Robson Bonin também aponta Lula como o político "operado" pelo "operador" Léo Pinheiro, como José Adelmário Pinheiro é chamado. Sem a delação, negada na noite de sexta-feira pela OAS, no entanto, a reportagem não se sustenta.

http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/190330/Veja-faz-arma%C3%A7%C3%A3o-contra-Lula-com-dela%C3%A7%C3%A3o-falsa.htm

Tudo está melhorando, “Apesar da Crise”

 

Não é minha,mas é como se fosse...

Se banissem a expressão “apesar da crise” do jornalismo brasileiro, a mídia não teria mais o que publicar. Faça uma rápida pesquisa no Google pela expressão “apesar da crise”:quase 400 mil resultados. “Apesar da crise, cenário de investimentos no Brasil é promissor para 2015.” Apesar da crise a Expocrato quase dobra o valor dos negócios do ano passado pra 2015” “Cinemas do país têm maior crescimento em 4 anos apesar da crise”“Apesar da crise, organização da Flip soube driblar os contratempos: mesas estiveram sempre lotadas”“Apesar da crise, produção de batatas atrai investimentos em Minas”“Apesar da crise, vendas da Toyota crescem 3% no primeiro semestre”“Apesar da crise, Riachuelo vai inaugurar mais 40 lojas em 2015″“Apesar da crise, fabricantes de máquinas agrícolas estão otimistas para 2015″“Apesar da crise, Rock in Rio conseguiu licenciar 643 produtos – o recorde histórico do festival.”“Honda tem fila de espera por carros e paga hora extra para produzir mais apesar da crise,”“16º Exposerra: Apesar da crise, hotéis estão lotados;”“Apesar da crise, brasileiros pretendem fazer mais viagens internacionais”“Apesar da crise, Piauí registra crescimento na abertura de empresas”Apesar da crise. Apesar da crise. Apesar da crise.A crise que nós vivemos no país é a de falta de caráter do jornalismo brasileiro. A opinião e as lembranças são do jornalista Pablo Villaça, no Facebook.

A frase: “Amigos de Lula o defendem com a desculpa de que ele procede como ex-presidentes dos Estados Unidos que ganham a vida na condição de lobistas e palestrantes. É fato que ganham. Com algumas diferenças. Ex-presidentes americanos não escondem o lobby que fazem. Lula, sim”. Do pessoal do contra Lula.

Inteligentzia (Nota da foto)

O Forricó, festa de quase 30 anos no Largo do Theberg, na querida tricentenária Icó, sempre foi realizado entre a segunda e a terceira semana de julho. Era pra turma aproveitar as férias etc. e tal. Sempre casa cheia. Agora o Prefeito Jaime Junior resolveu empurrar a festa pro fim do mês. Disseram lá que era pra ele não perder o Fortal, em Fortaleza, onde mora. Valha-me!!!

Observações

Para competir com Collor e Lula em matéria de desfaçatez, somente Eduardo Cunha. Acusado de ter recebido 5 milhões de dólares de propina, Cunha rompeu com o governo que nada teve a ver com isso.

Observações 2

E bateu no Procurador Geral da República por lhe faltar coragem para bater no STF, que o investiga. Ameaça usar o cargo de presidente da Câmara para azucrinar Dilma. Com medo, blefa.

Observações 3

É outro, como Collor, cujo destino é rolar ladeira abaixo. (Ainda não estou certo do destino de Lula).Cunha é um político provinciano, que só chegou aonde está porque ruiu a qualidade de nossos representantes no Congresso.

Finalmente...
Eduardo Cunha serviu a interessados em derrubar o governo enquanto extraía vantagens do mesmo governo. Em breve, quando virar réu em processo no STF, não servirá para mais nada.

Fogo pelas ventas

“Se o Cid saiu por falar a verdade, então como pode alguém envolvido no escândalo da Lava Jato presidir a Câmara dos Deputados do Brasil ?” Ciro Gomes. Sabe quem é?

Eita!

É revelador notar como os cinemas brasileiros estão tendo seu melhor ano desde 2011. Público recorde. “Apesar da crise”. A venda de livros aumentou 7% no primeiro semestre.“Apesar da crise”.

Li pela aí...

O ex-deputado federal petista Eudes Xavier virou consultor de prefeituras. Em Brasília, acompanha pleitos em ministérios. E é?

Aí é Ferrim!!!

O Internacional perdeu no México e o Brasil ficou sem representante na Taça Libertadores da América. Importantíssimo!!!

Morreu Maria Preá

Acabaram-se as maravilhosas e sempre generosas notícias sobre Raimundo Macedo, o Raimundão Gente Fina, afastado da Prefeitura de Juazeiro do Norte. Quando a fonte seca, o silêncio é inexorável.

Do Blog do Macário Batista

Deputados do PP são os mais infiéis ao governo, revela Planalto

 

Eliomar de Lima Política

O governo concluiu levantamento de todas as votações que ocorreram na Câmara dos Deputados e no Senado Federal no primeiro semestre deste ano. Com isso, analisou como vêm se comportando os nove partidos que integraram a chapa de reeleição da presidente Dilma Rousseff: PT, PMDB, PCdoB, PDT, PP, PSD, PR, PRB e PROS. O resultado revelou um alto índice de infidelidade dos aliados. As informações são do jornal O Globo.

Os deputados do PP são os que menos votaram a favor do governo, se opondo aos interesses de Dilma em 56,5% dos casos. No pacote do ajuste fiscal e depois de negociações de cargos entre executivos e aliados, o índice ficou menos pior, com 55,6%. Contudo, segundo a reportagem, o percentual ainda é considerado um desastre por integrantes do governo.

No Senado, o PRB se mostrou o mais contrariado. O único senador do PRB, Crivella (RJ) votou contra o governo em 78,1% dos projetos. Nas medidas de ajuste, traiu em 66,67%, levando o PRB a ter o maior índice de traição entre os partidos aliados.

De acordo com a publicação, o ex-ministro e candidato ao governo do Rio no ano passado, Crivella teve o apoio de Dilma na eleição. Mas a posição do senador fluminense não deverá levar ao rompimento com Dilma ou eventual saída do governo. Um senador próximo a ele disse que Crivella mudou de postura por orientação de seu eleitorado, considerado “conservador”. “O eleitor do Crivella é contra o governo, mas ele não deverá romper porque tem uma ótima relação com a presidente”, disse a fonte.

O comprometimento do PMDB com o governo não apresentou os laços mais fortes. Os deputados peemedebistas são os terceiros mais infiéis, atrás do PP e do PDT. Partido do vice, Michel Temer, e com sete ministros, os senadores peemedebistas traíram o Planalto em mais da metade das votações: 52,33%. Os deputados foram levemente mais fiéis. Opuseram-se em 43,88% das votações.

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domingo, 26 de julho de 2015

Novidades para a próxima reunião ufológica

DSCF2932CENTRO SOBRALENSE DE PESQUISA UFOLOGICA

 

Ontem à noite, eu e minha esposa, fomos até o bairro do Sumaré em Sobral, para nos encontrarmos com o Francisco Cavalcante (o da foto acima), pois ele conhece algumas pessoas que estiveram frente à frente com Óvnis. Visitamos alguns em sua companhia, ouvimos alguns relatos desses eventos e os convidamos para comparecerem na próxima reunião do CSPU e expor para os presentes, as suas experiências. Nosso convite foi aceito e eles virão (um grupo deles), para relatar com detalhes as suas experiências. Vai ter relatos de pessoas contando que essas coisas aconteceram com seus avós, com seus pais e com eles (e elas). Acho que vai ser interessante. A nossa reunião acontecerá na próxima sexta-feira (31/07). O local será no  VCilimitado.com , onde funciona  também o Espaço de Vida Saudável do Dennis Pereira, na Rua Coronel Diogo Gomes 998 Centro, Sobral – CE. O local é em frente à Lanchonete Canguru. A reunião começara as 19 horas e a entrada é franca e você está convidado. Maiores informações pelo 88 999210172.

Talvez você encontre lá a maioria desses que estão na foto abaixo e com certeza outros mais.

DSCF2949

130 dos 184 municípios não cumprem LRF

 

Pernambuco 247 - Uma semana após o Tribunal de Contas do Estado (TCE) criticar duramente a dependência das administrações municipais em relação aos repasses federais e falta de empenho dos gestores em melhorar as arrecadações sob o risco de incorrer na lei de Responsabilidade Fiscal, o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota (PSB), admitiu que 130 dos 184 municípios pernambucanos estão em dificuldades em função da queda nos repasses federais. "A maioria de nós tem 94% das receitas atreladas à União. No Governo Federal, por sua vez, o IPI caiu. Então se não tem arrecadação, o FPM [Fundo de Participação dos Municípios] cai", justificou.

"Aí o TCE, todos auditores treinados, concursados, muito preparados toma o relatório e diz: Olha aqui, o prefeito parou. Aí fica sujo. O ministério Público, outra equipe muito preparada, meninos estudiosos, pegoua letra fria da lei e tome aqui: vamos denunciar este ficha suja. Aí vamos para a lista de ficha suja", disse Patriota em entrevista à Rádio Folha FM. "Hoje tem 130 prefeitos que estão infringindo a LRF e poderão ser acusados de ficha suja", admitiu.

Patriota, porém, reconhece que muitos gestores permaneceram acomodados esperando unicamente pelos repasses federai, sem promover qualquer tipo de melhoria na arrecadação municipal. "A atividade econômica dos municípios de pequeno porte é baixa. Esse é o primeiro fator. Outro fator que não é verdade é que todos os prefeitos se acomodaram. Na verdade uma grande maioria deles se acomodou. Poderiam ter uma atividade, uma arrecadação maior. Mas muitos fizeram, tentam fazer. É fácil? É não, porque já tem um sobrecarga grande de impostos. Aumentar impostos é antipático e cobrar é anda mais", destacou.

http://www.brasil247.com/pt/247/pernambuco247/190033/Amupe-130-dos-184-municípios-não-cumprem--LRF.htm