segunda-feira, 6 de julho de 2015

A mídia alternativa está incomodando? Mas que ótimo sinal!

 

Daniel Quoist

DANIEL QUOIST 6 de Julho de 2015 às 17:07

A luta não é por meros R$ 0,03 por visitante único. É por uma mídia decente e plural

É no mínimo curiosa a abordagem do jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, sobre a destinação da publicidade do Governo aos meios noticiosos em 2014.

Curiosa porque destaca a mídia por ele chamada alternativa como sorvedouro do dinheiro público direcionado à propaganda, deixando nas entrelinhas ser um mau negócio para o governo aplicar R$ 1.474.438 neste Brasil 247 e R$ 209.629,00 no Diário do Centro do Mundo (DCM) enquanto aplica somente R$ 14.683.519,00 no seu portal, o Uol, e R$ 13.514.359,00 no Portal G1 (Globo.com).

O ex-colunista da Folha de S.Paulo apresenta projeções também para os "alternativos" Brasil de Fato, Luís Nassif, Carta Maior, PHA, Fórum, Kennedy Alencar e Brasil Econômico. Para este artigo trato apenas do Brasil 247 e do DCM versus Uol e G1.

No raciocínio de Rodrigues direcionar propaganda para os alternativos "não seria um bom negócio" para o Governo. É que ele busca respaldo de seu raciocínio – a meu ver, torto – usando a velha matemática para aferir o custo por "visitante único" a cada noticioso digital.

Segundo a empresa de medição de acessos Nielsen, considerando o montante aplicado pelo governo federal (e suas empresas estatais) saltaria aos olhos o seguinte: No Brasil 24/7 custaria R$ 0,15 por visitante único enquanto no UOL esse custo baixaria para R$ 0,03; no DCM o custo seria de R$ 0,02 e no G1 o custo seria igual ao do Uol, R$ 0,03.

O que faltou combinar para dar razoabilidade à alentada matéria "antimídia alternativa" é o tipo de jornalismo praticado pela mídia tradicional bem representado pelo Uol/G1 e aquele realizado pela mídia plural/progressista/alternativa como são considerados o 247/DCM.

Ora, um leitor com olhos calejados de ver quão podre pode ser a mídia tradicional, oligopolizada, propriedade de meia dúzia de abastadas famílias e que não tem outra missão salvo a de desejar pautar, a ferro e a fogo, o debate público em temas tanto da política quanto da economia, logo observa que tem algo de muito podre em tal mídia.

E ao constatar isso não abdicará de seu direito de acessar uma imprensa plural, diversificada, com vários matizes do pensamento próprios de uma sociedade moderna, complexa e cada vez mais conectada digitalmente. É aqui que surge a importância imprescindível da mídia alternativa que tanto parece incomodar Fernando Rodrigues.

Não são poucos os estudiosos da comunicação no Brasil que consideram estar com os dias contados a mídia tradicional tal como temos hoje: partidária de oposição a governos com viés de alta inclusão social, ciosa de manter o status quo de seu perverso monopólio midiático, patrimonialista e simpática a teses que se mostram conservadores embora sejam em sua essência nada mais que obscurantismo e retrocesso civilizacional.

Boa parte de estudiosos do tema são pragmáticos: jornais e revistas impressas irão acabar simplesmente porque não têm como concorrer com o avanço vertiginoso dos meios virtuais, aqueles em que as notícias são atualizadas segundo a segundo, incluem vídeos, infográficos e imagens, trazem entrevistas com personagens centrais envolvidos em algo que é realmente notícia, que desperte o interesse público seja por sua relevância, seja por seu ineditismo/raridade ou mesmo por sua importância factual.

Mas voltemos ao raciocínio de Rodrigues.

De que adianta o governo federal pagar apenas R$ 0,03 ao Uol ou a G1 em anúncios por visitante único que a este tenha acesso se a esmagadora maioria do noticiário desses portais traz consigo aquele fétido defeito de origem que é a parcialidade e o escancarado partidarismo político e ideológico?

Avancemos mais.

Busquemos entender porque a Folha de S.Paulo, outrora um grande jornal, tem se transformado em principal bastião diário a bater no governo Dilma Rousseff tanto quanto bateu no governo Lula da Silva, a esconder as malfeitorias de próceres da oposição, a se fingir de morta no escândalo dos metrôs de São Paulo, a fazer uma pálida e quase inexistente cobertura da CPI do HSBC e menos ainda da Operação Zelotes.

Mesmo um estudante de jornalismo mediano não teria qualquer dificuldade de, ao cotejar edições da FSP de janeiro a junho de 2015, deparar com verdadeiros libelos pela queda da presidente Dilma Rousseff, a torcida cada vez mais escancarada por seu impeachment, claramente encampada por seus novos e obtusos colunistas e também aqueles famosos boxes informando dia, local e hora de participar de atos públicos contra a presidente.

O mesmo se pode dizer da revista Época (Grupo Globo) que, muito rapidamente, tornou-se irmã siamesa da revista Veja (Grupo Abril) ao publicar reiterados factoides para atacar a honra do ex-presidente Lula da Silva, do partido que ele fundou, o PT, e da sucessora que ele ajudou a eleger e a reeleger, Dilma Rousseff.

Pergunta-se: por que cargas d´água deveria o governo injetar publicidade em órgãos como a Folha de S.Paulo (que é dona do portal Uol), em Época (que é dos mesmos donos do portal G1) ou em Veja (do decadente Grupo Abril)?

Em todos os casos acima o governo só tem um retorno: o mal-estar, a irritação e a crítica ácida de boa parte dos 54 milhões de eleitores que em 2014 concederam um novo mandato à presidente Dilma Rousseff.

Todos estes clamam, dia a dia, em milhares de posts em redes sociais, e já estão roucos de suplicar, que o governo simplesmente reduza ao mínimo possível todo o aporte de recursos a título de publicidade institucional direcionada à mídia tradicional.

É que boa parte do eleitorado da base dos partidos que apoiaram a reeleição da presidente já descobriram que a mídia tradicional nada mais é que o braço mais forte da claudicante oposição que temos, essa que reúne maus perdedores como Aécio Neves, Aloysio Nunes, José Serra, José Agripino, Ronaldo Caiado. E são esses maus perdedores que encontram amplo respaldo midiático em suas investidas para inviabilizar o governo federal.

Enquanto isso vemos, com redobrada satisfação, o crescimento do número de visitantes únicos da chamada mídia alternativa em uma dúzia de seus portais na internet. E se a mídia alternativa está incomodando só podemos saudar isso como um ótimo, mais, um excelente sinal.

E mais, com o advento de veículos como o DCM, o 247, a Fórim e a Carta Maior, voltamos a sentir o sabor dos velhos tempos, aqueles em que dava gosto ler um texto bem escrito, bem embasado em fatos, com boas pitadas de bom humor e sempre com pautas plurais.

Ou seja, tudo bem ao contrário do que a mídia publica dia sim e dia não também: "só resta vir o impeachment", "a solução passa pela redução do mandato da presidente", "Temer deve renunciar ao cargo de articulador político", "a taxa de desemprego subiu bastante desde a última lua cheia de ano impar da segunda metade do século 20", "vale a pena ler o que o músico Lobão falou na última Flip", "o governo está mais frágil que Jânio Quadros dois dias antes de anunciar a renúncia", "foi um erro o financiamento ao porto cubano de Mariel", "Lula sabia, Dilma sabia: o PT não presta mesmo".

Qualquer pessoa sã, lúcida e que se debruça sobre a cena política nacional e seus desafios sabe muito bem que o governo tem apenas algumas poucas opções:

1. Partir para cima do monopólio midiático fazendo uma rápida reengenharia de como deverá ser destinada a sua publicidade, privilegiando sempre os veículos que privilegiam a pluralidade de pensamento, a imparcialidade ideológica e o não vínculo partidário;

2. Colocar em debate a regulamentação da mídia no Brasil, convocando novas conferências nacionais para envolver o maior número possível de pessoas e de associações populares em torno do assunto

3. Reforçar o seu apoio, com significativo aumento de publicidade federal (incluindo das estatais) a todos os meios que hoje compõem a mídia alternativa. E assim que surja muitos Brasil 247, muitos DCM, muitos Viomundo, muitas Fórum, muitos GCN, muitas Carta Maior e por aí vai.

Sim, a verdadeira luta, o verdadeiro debate que precisamos travar não é por visitantes únicos a R$ 0,03 em grandes portais e sim, por uma mídia inclusiva e não partidarizada. E não será a diferença de centavos que engendrará tal conquista para a sociedade brasileira

http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/187811/A-mídia-alternativa-está-incomodando-Mas-que-ótimo-sinal!.htm

O midiota

 

Lelê  Teles

LELÊ TELES 4 de Julho de 2015 às 18:42

Cada vez mais trancados em condomínios com cercas elétricas, presos nos carros com vidros fumês sempre fechados ou encurralados em camarotes vips, os midiotas se deram conta de que eles agora é quem vivem num gueto

hermenegildo é um midiota.

a midiotia, explico, é uma patologia social provocada por excesso de desinformação.

penso nisso, enquanto finjo ouvir música no meu celular, com fones no ouvido, aproveitando para ouvir a conversa mole de três garotas e um rapaz no parque da cidade, em Brasília.

ultimamente tenho usado minha condição de invisível social para bisbilhotar a conversa alheia.

voar e ficar invisível são dois sonhos humanos.

sou um pássaro sem asas, mas às vezes desapareço.

conheço Hermenegildo, trabalhamos juntos no banco do brasil antes de entrarmos para a universidade, ele não deu pela minha presença.

eu deitado na grama de papo pra cima, tendo a raiz do guapuruvu como travesseiro; os midiotas sentados sobre uma canga.

um casal de bem-te-vis se bicavam enamorados na copa da frondosa árvore. todo pássaro canta, pensei, mas nenhum deles compõe. e nenhum canta a música alheia, não se faz covers na natureza. anotei.

notei, com o rabo do olho, que Hermenegildo fez clareamento dentário e por isso ria de qualquer coisa.

das meninas, uma tinha clareado os cabelos, notava-se pela raiz escura; outra se autoelogiou por ter feito clareamento de pele para se livrar das manchas no rosto e a outra se chamava clara.

comentavam sobre o ataque racista à Maria Júlia Coutinho, a maju do jornal nacional.

acho que estão fazendo tempestade em copo d'água, afirmou clara, midioticamente. pra mim ela é a cara da globeleza, disse a do cabelo clareado, se o que ela quer é fama é só tirar a roupa e se requebrar.

todos riram, Hermenegildo careteou seus dentes clareados.

a terceira concordou e disse ainda que isso tudo era para promovê-la, um vitimismo calculado e marketeiro.

ah, eu acho que a globo inventou isso para livrar o Zeca Camargo do vexame que deu ao comentar a morte de Cristiano Araújo, pra desviar o foco, sentenciou o bom Hermenegildo.

todos concordaram, como não haviam pensado nisso? parecia mesmo possível na mente dos midiotas que a globo, para livrar um homem branco, jogasse às feras uma mulher negra.

o midiota tem dificuldade de compreender a realidade, ele vive no simulacro midiático.

o grupo falou ainda sobre a defesa da redução da maioridade penal, e da coragem dos dois brasileiros que insultaram Dilma nos esteites e da admiração do grupo pelo pequeno kim.

eles faziam uma enorme confusão conceitual sobre tudo o que falavam.

Hermenegildo usava uma camiseta de uma mão com quatro dedos. clara disse ter comprado o adesivo com a presidenta de pernas abertas. a do cabelo clareado já bateu panela na varanda de casa e a da pele maicoudjéquizada estava no maraca na abertura da copa das copas e xingou a presidenta.

enfim, quatro perfeitos midiotas. sorridentes e cheios de ódio.

não ficaria surpreso se Hermenegildo ou uma de suas colegas aparecessem nos comentários da fanpage do jornal nacional insultando maju.

o midiota fez do facebook uma rede antissocial. tudo pelos quinze segundos de infâmia.

é um comportamento de manada, mas tem uma razão. depois de séculos de escravidão e privilégios, a moçada se tocou que os filhos de porteiros não querem mais ser porteiros e que as filhas de domésticas estudam para serem patroas.

onde tudo isso vai parar?

o midiota é também um meritocrata, gaba-se por ter o mérito de ter nascido no lugar certo, com o sobrenome certo e com a cor correta.

havia um mundo todo planejado para ele se dar bem.

de repente vieram as cotas, o enem, o fies... há negros na publicidade, no cinema, na universidade, fazendo compra em shoppings e agora, veja que ousadia, aparecem até como garota do tempo no jornal nacional.

cada vez mais trancados em condomínios com cercas elétricas, presos nos carros com vidros fumês sempre fechados ou encurralados em camarotes vips, os midiotas se deram conta de que eles agora é quem vivem num gueto.

de tanto segregar o outro, acabou por promover a sua própria apartação social.

por isso eles fazem gozação com um atleta negro. para dizerem, olha, você está invadindo o meu espaço, ponha-se no seu lugar.

Por isso agridem a jornalista negra, porque só aceitamos negras nuas e se requebrando e somente durante o carnaval. deixamos vocês excitarem os nossos homens durante uma semana por ano, depois disso voltem à cozinha.

por isso xingam um goleiro negro de macaco. porque embora tenha ficado rico praticando esportes, não passa de uma criatura selvagem.

no meio da conversa, clara chamou a maju de macaca. eu me levantei, tirei os fones e cumprimentei Hermenegildo.

ouvi que falavam sobre a garota do tempo, se não me engano uma de vocês a chamou de macaca, eu disse.

Hermenegildo, meu caro, você estudou antropologia e sabe que essa história de chamar um negro de macaco é um racismo abjeto.

todos nós, Hermenegildo, em todas as culturas urbanas, usamos termos para desumanizar o outro, por isso dizemos porco, galinha, jumento, burro, égua, cachorra, baleia, piranha, viado...

mas cada um destes termos, Hermenegildo, é dirigido a uma única pessoa a qual julgamos emitir um coportamento que nos lembra certo animal.

a maju, Hermenegildo, não está na tv comendo bananas sobre uma árvore, pendurada pelo rabo.

não há absolutamente nada nela que remeta a um macaco.

geralmente, Hermenegildo, a imagem do macaco que se usa para ofender os negros é a de uma chimpanzé.

mas você sabe, Hermenegildo, que o chimpanzé tem os lábios finos, típicos no homem branco. o chimpanzé, cara, tem pelos no corpo, típicos no homem branco. e o chimpanzé, Hermenegildo, você bem o sabe, tem a pele branca.

O chimpanzé é mais um branco que um negro.

por isso, Hermenegildo, porco, galinha e burro são sempre ofensas pessoais, individuais.

mas macaco, não.

quando chamamos um negro de macaco estamos a dizer que eles, e não ele, são todos quase humanos, porém são selvagens por natureza e naturalmente incivilizáveis.

e o que dizer de uma mulher, virei-me para clara, que usa um adesivo no carro que simula o estupro de outra mulher, ou que vai a um estádio mandar uma senhora sexagenária ir tomar no cu? O que dizer de um cabra que tripudia da deficiência física de uma pessoa?

em que escala, em que grau de civilidade vocês acham que estão seus midiotas?

oxe, não tem nada a ver o que você falou, cara, eu nem te conheço. quem você pensa que é? disse-me a clara clareada.

eu sou aquele que come lagartas pela manhã e arrota borboletas à tarde inteira.

e vocês, quem vocês pensam que são?

peidei alto e fui-me embora, dando as costas aos midiotas.

mal educado, gritou a outra.

e eu peidei de novo e continuei andando sem olhar para trás.

palavra da salvação.

http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/187630/O-midiota.htm

Diretor da PF ao Estadão: estamos prontos para o golpe

 

Miguel do Rosário

MIGUEL DO ROSÁRIO 6 de Julho de 2015 às 06:17

O Brasil deve ser o único país do mundo onde a polícia política conspira e trabalha contra o próprio governo. Enquanto isso, todas as grandes investigações da PF, notadamente aquelas ligadas à sonegação, sumiram do noticiário

O Fernando Brito, do Tijolaço, escreveu há pouco sobre a entrevista do diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, ao Estadão.

Eu vou pegar o raciocínio de Brito e radicalizá-lo.

A entrevista de Daiello é típica da conjuntura atual, em que todas forças políticas de oposição, aí incluindo um setor aparentemente já hegemônico dentro da Polícia Federal, trabalham em harmonia para derrubar o governo.

Em resumo, Daiello disse o seguinte: "Estamos prontos para o golpe, e o ministro da Justiça não vai poder fazer nada".

E dá sinal verde para os delegados federais da seção Paraná desempenharem a sua parte no teatro da Lava Jato.

Sintomático que a entrevista se dê imediatamente após ao processo de auto-fritagem que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, protagonizou semana passada.

Cardozo deu entrevista, aos órgãos do golpe, em que fazia acusações a seu próprio campo político.

Ou seja, colaborou para o processo de criminalização do PT. E isso no auge da maior crise de imagem já vivida pelo partido.

Cardozo foi leviano, irresponsável e, sobretudo, traidor.

As críticas à maneira como a Lava Jato vem sendo conduzida não são apenas do PT.

Eu não sou do PT, por exemplo, e a critico.

A OAB não é petista e critica.

A comunidade jurídica não é petista e critica.

Um dos maiores penalistas do mundo, ex-ministro da suprema corte da Argentina, Raul Zaffaroni, não é petista e chamou a Lava Jato de golpe de Estado. Como a entrevista não foi publicada na Veja, nem no Globo, e sim na Carta Maior e no Cafezinho, o ministro da Justiça não deu bola.

Se um zé ruela acusar o ministro no Estadão, ele responde na hora, talvez com uma entrevista à TV Veja. Se o ex-ministro da suprema corte argentina e um dos maiores penalistas do mundo dá entrevista à mídia alternativa, Cardozo finge ignorar.

Até mesmo alguns setores da direita, que prefiro nem citar aqui, estão criticando o fascismo judicial por trás da Lava Jato.

Sergio Moro e os procuradores praticam chantagem e ameaça judicial, envolvendo até mesmo a família dos réus, para forçar delações premiadas, as quais são tratadas como provas e vazadas seletiva e ilegalmente à imprensa.

Réus são presos e depois a PF vai atrás de provas para incriminá-los. Qualquer coisa serve.

O ministro da Justiça lavou as mãos. E fez questão de fazê-lo na frente de todos.

Para cúmulo da cretinice, ainda vaza essa nota para Monica Bergamo, da Folha:

É como se Cardozo não tivesse sequer o pudor de afirmar ao mundo: sou covarde mesmo, e daí?

O ministro da Justiça é mostrado como fraco, sem apoio no próprio partido (e o partido é mostrado como vilão, pelo próprio ministro), e covarde, com medo de apupos de algum zumbi midiático.

Em seguida, o diretor da Polícia Federal é mostrado como forte, o que significa mais um passo na direção de um golpe branco, preparado nos mínimos detalhes, e com várias frentes de ataque.

TCU, TSE, PF, Procuradoria, grande imprensa, houve um recrudescimento brutal dos ataques golpistas nas últimas semanas.

Estão cercando o governo por todos os lados, tentando asfixiá-lo com objetivo de violar a soberania do voto.

Estão tentando fazer rigorosamente o mesmo que Eduardo Cunha: não aceitando a derrota eleitoral e dispostos a dar um golpe parlamentar.

O governo permanece mudo, amedrontado, cumprindo apenas agendas conservadoras, afastando, com isso, as forças que poderiam lhe apoiar, como os movimentos sociais, sindicatos, militância de esquerda e o povão.

Também não cria uma agenda criativa e inteligente voltada à classe média, tratada estupidamente como um capital "já perdido".

O resultado é a erosão do capital político do governo junto às suas próprias bases.

O Brasil deve ser o único país do mundo onde a polícia política conspira e trabalha contra o próprio governo.

Enquanto isso, todas as grandes investigações da PF, notadamente aquelas ligadas à sonegação, sumiram do noticiário.

http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/187711/Diretor-da-PF-ao-Estadão-estamos-prontos-para-o-golpe.htm

O ajuste tático da direita

 

Thiago Pará

THIAGO PARÁ 6 de Julho de 2015 às 09:47

As ações golpistas da direita vêm sendo amplamente divulgadas e patrocinadas pela grande mídia conservadora, e de forma mais explicita agora, com o apoio das ações seletivas do judiciário

A direita, logo após a derrota nas eleições de Outubro de 2014, decidiu por dois caminhos, que na prática se complementavam e convergiam para a derrubada do governo de Dilma Rousseff.

Por um lado, os parlamentares derrotados que permaneceram no parlamento, procuraram inviabilizar qualquer ação do governo, era a tática do "sangramento". Como afirmou Aloysio Nunes/PSDB-SP "não quero ver o impeachment, quero ver a Dilma sangrar". Era claro, procuravam , no parlamento, atacar todas as iniciativas do governo, chegando algumas vezes a "defender os trabalhadores" em discursos cínicos, hipócritas e vazios.

Por outro lado, nas ruas, os setores mais atrasados, conservadores e golpistas procuravam o convencimento da sociedade da necessidade imediata da derrubada do governo. Não havia qualquer mediação, tratava-se de impeachment. Chegaram mesmo a constranger os parlamentares da oposição, levando Roberto Freire/PPS-SP, a assumir publicamente esta posição e Aécio Neves/PSDB-MG ficar encolhido numa sinuca de bico.

É claro, por mais divergente que parecia ser estas duas vias, ambas convergiam para o golpe.

Recentemente, a ida da trupe de Aécio Neves à Venezuela, parece ter ajudado a reacender às aspirações golpista. Depois de uma aparente calmaria, na verdade um momento para avaliar como e por onde retomar o golpe, a direita brasileira volta à cena com posições golpistas.
Primeiro, os movimentos da direita como Movimento Brasil Livre, Vem Pra Rua e Revoltados OnLine, retomam as manifestações com dois ajustes precisos: a) convocam uma nova manifestação de rua para o dia 16 de agosto, a novidade aqui é a antecedência da convocação, diferente das vezes anteriores, procura-se maior tempo para mobilização; b) melhoram a pauta para atingir mais setores, a convocação para a manifestação passa a ser "contra o ajuste fiscal" e "não vamos pagar a conta do PT", mais popular que impeachment, ainda que este permaneça na pauta de reivindicação. Esperam com isso tornar mais massiva as intenções golpistas.

Segundo, a trupe parlamentar golpista, dá um passo a frente. Para quem antes não "cogitava dar passos antidemocráticos", volta numa feroz ofensiva. Primeiro com Cássio Cunha Lima/PSDB-PB, líder do seu partido no Senado, no dia 1 de junho, pede a "renúncia de Dilma". Na sequência, Ronaldo Caiado/DEM-GO, em estreia como articulista da Folha de São Paulo, prega abertamente "uma nova eleição", para as soluções do país. Por fim, na convenção do PSDB, que reelegeu Aécio Neves como seu presidente, temos uma série de pérolas golpistas, que vão desde a afirmação de FHC de que o "PSDB está pronto para assumir o país", até posições mais radicais como a de Carlos Sampaio/PSDB-SP.

Esse ajuste da direita, bem como suas ações desde o fim das eleições presidenciais passada, vem sendo amplamente divulgadas e patrocinadas pela grande mídia conservadora (leia-se Globo, FdSP, Estadão etc). E, de forma mais explicita agora, com o apoio das ações seletivas do judiciário.

Essas movimentações vão deixando mais claro as intenções golpista que estão em marcha. E ao mesmo tempo, vão deixando mais estreita a margem para romper com o cerco conservador de aniquilamento.

Para a esquerda, é cada vez mais urgente a construção de unidade, num espaço orgânico de debate e consolidação de um programa que mobilize as forças democráticas e populares, na sua grande maioria ainda em estágio de latência.

http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/187737/O-ajuste-tático-da-direita.htm

Autoritarismo e machismo são o pano de fundo das críticas a Dilma

 

Chico Vigilante

CHICO VIGILANTE 5 de Julho de 2015 às 05:53

O maior motivo do ódio das elites contra contra Dilma, Lula e o PT é exatamente por seu maior feito: ter conseguido fazer as senzalas invadirem e compartilharem das benesses da Casa Grande

Para grande parcela da sociedade brasileira a cultura machista ainda predomina e distorce o papel real que a mulher brasileira já alcançou na sociedade.

Muitos creem que ela é boa para ser dona de casa, cozinheira, faxineira, lavadeira mas não para ser engenheira, médica e muito menos para ser uma deputada, senadora ou dirigente política em altos escalões do governo.

A pouca quantidade de mulheres existentes hoje em cargos no Legislativo estadual e federal em relação ao que a própria lei eleitoral exige é prova disso. A lei não é cumprida porque os homens não fazem questão de terem mulheres na política. Apenas engolem a exigência.

E essa visão não é disseminada apenas por homens mas compartilhada também por mulheres. O machismo e o autoritarismo estão tão arraigados na cultura deste país que muitas mulheres ainda não conseguem enxergar que criticar publicamente e gratuitamente uma presidente da república mulher significa contribuir para que as conquistas femininas retroajam na história.

Quando Dilma chegou ao poder, e se manteve nele mais um mandato, fez feliz a muitas mulheres que viram ai reconhecidos os seus valores femininos, mas desagradou a milhares de machistas que se acham no direito de não aceitar que uma mulher chegue ao cargo mais alto da direção de uma Nação.

Aliada ao machismo de fundo, a situação de Dilma fica mais crítica devido à visão autoritária da oposição que não aceita perder, que não aceita que os interesses das classes dominantes deste país sejam contrariados.

Iniciada bem antes das eleições para impedir a reeleição de Dilma, a estratégia de tirar Dilma do poder se encontra hoje totalmente enraizada em setores da imprensa, justiça e parlamento nacionais. Todos estão de acordo em encontrar uma vítima para levar à forca, à guilhotina, para acalmar os ânimos acirrados da turba insatisfeita.

Para a oposição, o que vem depois não importa, desde que não seja o PT, e a continuidade da defesa de crescimento do país com distribuição de renda. Distribuir pra que ? Não querem que seus filhos estudem com negros nas universidades, nem que seu porteiro se sente ao lado deles no mesmo avião.

A campanha da elite brasileira para enfraquecer, humilhar e ou derrubar Dilma levou milhares de despreparados politicamente as ruas pedindo a volta da ditadura e o impeachment da presidente. Como não são organizados o movimento arrefeceu em termos de multidão mas permanece gangrenando a imagem da presidente na internet e na grande mídia.

Cada dia que passa me surpreendo mais com o desrespeito galopante que toma conta das redes sociais contra a figura de Dilma como presidente - o que poderíamos considerar um posicionamento político - mas principalmente me assusta o desrespeito pela figura de Dilma como mulher, que poderia ser a mãe, ou a irmã de cada um de nós. Este é um desrespeito aceito pela cultura autoritária e machista que ainda é forte no Brasil.

Chamar Dilma de gorda é um comportamento machista puro e simples. Vi muitas pessoas repetirem isso, rindo. Depois que a presidente emagreceu e ficou mais bonita, não vi as mesmas pessoas elogiando este fato. Se estava gorda era gorda, se emagreceu está “acabada “.

No meio da crise econômica mundial, que obviamente tem desdobramentos no Brasil, um dos mais conhecidos chargistas deste país desenhou Dilma de joelhos sendo decapitada. Com certeza ele acha bonito os vídeos de algozes do Estado Islâmico cortando cabeças na internet. Ele devia se envergonhar disso.

Adesivos vendidos pela internet mostram Dilma num posto de combustíveis com a mangueira da bomba de gasolina entre as pernas abertas; Mesmo após a ministra da Secretaria de Política para as Mulheres, Eleonora Menicucci, ter pedido "ação urgente" ao Ministério Público e à Polícia Federal para "impedir a produção, veiculação, divulgação, comercialização e utilização do material" criminoso, vários sites na internet continuam anunciando o produto.

Entender como normal ou se calar diante a propagação desse tipo de mensagem é referendar a violência contra as mulheres como algo aceitável dentro dos padrões de nossa cultura.

Até mesmo Joaquim Barboza, ex presidente do STF, surge das cinzas com saudades dos holofotes e decide dizer que Dilma comete crime de responsabilidade ao atentar contra o andamento do judiciário.

Quando Dilma atentou contra o andamento do Judiciário? Por acaso não gostar de delatores é atentar contra o Judiciário? Enlouqueceu de vez.

Ao afirmar que “a Constituição não autoriza o Presidente a ‘investir politicamente’ contra as leis vigentes, minando-lhes as bases”, a intenção de Barboza é clara : enfraquecer a imagem de Dilma perante a opinião pública, ajudar a campanha difamatória da oposição contra Dilma e o PT.

Ainda bem que existem ainda homens e mulheres que percebem e se preocupam com o que está acontecendo no Brasil. Esta semana me identifiquei profundamente com uma carta enviada a Dilma por Julia Dworkin, uma moradora do Rio de Janeiro e que se diz não petista.

Ela diz: “apesar das divergências políticas que tenho com o governo, te admiro profundamente Dilma. Admiro sua história, sua postura, sua coragem. Sofro com você todas as vezes que te atacam de forma pessoal, cruel e criminosa. Dói em mim. Toda vez que me deparo com esses ataques, sempre penso em como você está se sentindo ao ver aquilo. E penso em todas as vezes que isso aconteceu comigo e com mulheres que gosto. Quando vejo a forma que falam de você, lembro-me de quantas vezes homens me olhavam com aquele mesmo olhar de desprezo, e quantas vezes falaram de mim de forma desrespeitosa e cruel. Seu rosto abatido da última semana me representa. Representa todas as mulheres atacadas, agredidas, silenciadas e humilhadas deste país”.

A situação é preocupante mas quando vejo mulheres comuns que que saem do silêncio para defender Dilma em meio de uma campanha de pregação do ódio contra a presidente, percebo que pelo Brasil afora existem muitas júlias, apesar dos Aécios, dos Barbozas, dos Cunhas ...

O virulento e desrespeitoso ataque verbal sofrido por Dilma durante visita a universidade de Stanford, nos EUA, por dois jovens brasileiros que furaram o esquema de segurança, foi criticado por Paulo Blikstein, professor daquela instituição.

Em carta enviada ao Painel do Leitor da Folha, Blikstein afirma que a ação dos dois jovens ( que tem fotos juntamente com Bolsonaro em seus facebboks ) lembra a virulência de grupos políticos fascistas que infelizmente proliferam pelo mundo.

O professor dá um alerta ao Brasil: Entre erros e acertos do governo e da oposição, há um que ambos devem evitar a todo custo: ignorar o perigo do crescimento desse tipo de ideologia violenta e fascista, normalmente acompanhada de homofobia e racismo.

Neste momento é importante e decisivo que os movimentos sociais provoquem e incentivem o debate em torno do fim da pregação do ódio e sobre a democratização da mídia. Assim teremos melhores canais para expor a verdade e os pontos positivos das ações governamentais.

Este deve ser o objetivo da sociedade. Se unir em torno de novas conquistas, e não se dividir em nome do ódio e da humilhação de sua presidente. Chega de autoritarismo. O Brasil tem leis conquistadas ao longo de décadas de lutas e elas devem ser cumpridas.

Abaixo o machismo secular das fazendas e senzalas. O maior motivo do ódio das elites contra contra Dilma, Lula e o PT é exatamente por seu maior feito: ter conseguido fazer as senzalas invadirem e compartilharem das benesses da Casa Grande. Isso eles não conseguem aceitar.

http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/187642/Autoritarismo-e-machismo-são-o-pano-de-fundo-das-críticas-a-Dilma.htm

Movimentos populares se levantam contra o golpe

 

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Em manifesto, militantes de movimentos populares, sindicais, pastorais e partidos políticos reagem ao golpismo da oposição contra a presidente Dilma Rousseff: “consideramos inaceitável e nos insurgimos contra as reiteradas tentativas de setores da oposição e do oligopólio da mídia, que buscam criar, através de procedimentos ilegais, pretextos artificiais para a interrupção da legalidade democrática”; grupo também denuncia ‘justiceiros’ do Judiciário, em referência à condução da Lava Jato pelo juiz Sérgio Moro e pela força-tarefa do MP: “mais grave, contudo, é a disposição que setores do Judiciário e do Ministério Público vem crescentemente demonstrando, de querer substituir o papel dos outros poderes, assumir papel de Polícia e desrespeitar a Constituição. Convocamos todos os setores democráticos a reafirmar as liberdades constitucionais básicas, entre as quais a de que ninguém será considerado culpado sem devido julgamento: justiça sim, justiceiros não!”

6 de Julho de 2015 às 06:38

247 - Em manifesto, militantes de movimentos populares, sindicais, pastorais e partidos políticos reagem ao golpismo da oposição contra a presidente Dilma Rousseff. O grupo também denuncia ‘justiceiros’ do Judiciário, em referência à condução da Lava Jato pelo juiz Sérgio Moro e pela força-tarefa do MP. 

Leia: 

Nós, militantes de movimentos populares, sindicais, pastorais e partidos políticos, manifestamos o que segue:

1. Não aceitaremos a quebra da legalidade democrática, sob que pretexto for.

2. O povo brasileiro foi as urnas e escolheu, para um mandato de quatro anos, a presidenta da República, 27 governadores de estado, os deputados e deputadas que compõem a Câmara dos Deputados e as Assembleias Legislativas, assim como elegeu para um mandato de 8 anos 1/3 do Senado Federal. Os inconformados com o resultado das eleições ou com as ações dos mandatos recém-nomeados têm todo o direito de fazer oposição, manifestar-se e lançar mão de todos os recursos previstos em lei. Mas consideramos inaceitável e nos insurgimos contra as reiteradas tentativas de setores da oposição e do oligopólio da mídia, que buscam criar, através de procedimentos ilegais, pretextos artificiais para a interrupção da legalidade democrática.

3. O povo brasileiro escolheu, em 1993, manter o presidencialismo. Desde então, a relação entre o presidente da República e o Congresso Nacional já passou por diversas fases. Mas nunca se viu o que se está vendo agora: a tentativa, por parte do presidente da Câmara dos Deputados, às vezes em conluio com o presidente do Senado, de usurpar os poderes presidenciais e impor, ao país, uma pauta conservadora que não foi a vitoriosa nas eleições de 2014. Contra esta coalizão eventual que no momento prevalece no Congresso Nacional – disposta a aprovar uma reforma política conservadora, a redução da maioridade penal, a violação da CLT via aprovação do PL 4330, a alteração na Lei da Partilha, dentre tantas outras medidas – convocamos o povo brasileiro a manifestar-se, a pressionar os legisladores, para que respeitem os direitos das verdadeiras maiorias, a democracia, os direitos sociais, os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, os direitos humanos, os direitos das mulheres, da juventude, dos negros e negras, dos LGBTT, dos povos indígenas, das comunidades quilombolas, o direito ao bem-estar, ao desenvolvimento e à soberania nacional.

4. A Constituição Brasileira de 1988 estabelece a separação e o equilíbrio entre os poderes. Os poderes Executivo e Legislativo são submetidos regularmente ao crivo popular. Mas só recentemente o poder Judiciário começou a experimentar formas ainda muito tímidas de supervisão, e basicamente pelos seus próprios integrantes. E esta supervisão vem demonstrando o que todos sabíamos desde há muito: a corrupção, o nepotismo, a arbitrariedade e os altos salários são pragas que também afetam o Poder Judiciário, assim como o Ministério Público. O mais grave, contudo, é a disposição que setores do Judiciário e do Ministério Público vem crescentemente demonstrando, de querer substituir o papel dos outros poderes, assumir papel de Polícia e desrespeitar a Constituição. Convocamos todos os setores democráticos a reafirmar as liberdades constitucionais básicas, entre as quais a de que ninguém será considerado culpado sem devido julgamento: justiça sim, justiceiros não!

5. A Constituição Brasileira de 1988 proíbe o monopólio na Comunicação. Apesar disto, os meios de comunicação no Brasil são controlados por um oligopólio. Contra este pequeno número de empresas de natureza familiar, que corrompe e distorce cotidianamente a verdade, a serviço dos seus interesses políticos e empresariais, chamamos os setores democráticos e populares a lutar em defesa da Lei da Mídia Democrática, que garanta a verdadeira liberdade de expressão, de comunicação e de imprensa.

6. Um consórcio entre forças políticas conservadoras, o oligopólio da mídia, setores do judiciário e da Polícia trabalham para quebrar a legalidade democrática. Aproveitam-se para isto de erros cometidos por setores democráticos e populares, entre os quais aqueles cometidos pelo governo federal. Os que assinam este Manifesto não confundem as coisas: estamos na linha de frente da luta por mudanças profundas no país, por outra política econômica, contra o ajuste fiscal e contra a corrupção. E por isto mesmo não aceitaremos nenhuma quebra da legalidade.

7. Concluímos manifestando nossa total solidariedade à luta do povo grego por soberania, democracia e bem-estar, contra as imposições do capital financeiro transnacional.

Em defesa dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras!

Em defesa dos direitos sociais do povo brasileiro!

Em defesa da democracia!

Em defesa da soberania nacional!

Em defesa das reformas estruturais e populares!

Em defesa da integração latino-americana!

Brasil, 1 de julho de 2015

Entidades

domingo, 5 de julho de 2015

O Brics constrói uma Nova Ordem Mundial?

 

A represa de Bakun, em Sarawang, na Malásia, foi construída conjuntamente com capitais chineses e malaios. Foto: Malaysia China Hydro Inc.

A represa de Bakun, em Sarawang, na Malásia, foi construída conjuntamente com capitais chineses e malaios. Foto: Malaysia China Hydro Inc.

Por Daya Thussu*

Londres, Grã-Bretanha, 3/7/2015 – Os líderes dos cinco países que integram o grupo Brics terão sua cúpula anual entre os dias 8 e 10 deste mês, na cidade russa de Ufa, e seguramente a crise econômica na União Europeia e a situação da segurança no Oriente Médio dominarão sua agenda.

A sigla e o conceito do Bric foram criados em 2001 por Jim O’Neill, um executivo do banco de investimento Goldman Sachs e atual ministro no governo da Grã-Bretanha. A África do Sul aderiu em 2011, a pedido da China, com a consequente mudança do nome para o atual Brics.

Embora funcione como grupo desde 2006 e realize cúpulas anuais desde 2009, o Brics não recebe tanta atenção dos meios de comunicação internacionais, em parte devido às diferenças políticas e socioculturais e às díspares etapas de desenvolvimento de seus integrantes.

A aparição desse tipo de grupo coincide com o relativo declínio econômico do Norte industrializado. Isso permitiu a participação de potências emergentes, como China e Índia, nas estruturas de governança mundial, até agora dominadas pelos Estados Unidos e seus aliados. O centro de gravidade econômica está se deslocando do Ocidente, como reconhece o governo norte-americano de Barack Obama, para o qual o eixo da política externa se traslada para a Ásia.

No ranking das 500 maiores empresas do mundo, publicado pela revista norte-americana Fortune, Brasil, China, Índia e Rússia passaram de ter 27 transnacionais com sede em seus países, em 2005, para mais de cem em 2015.

A Huawei, uma empresa chinesa de equipamentos de telecomunicações, tem registrada a maior quantidade de patentes internacionais. A brasileira Petrobras é a quarta maior empresa petroleira do mundo, enquanto o grupo Tata se converteu no primeiro conglomerado da Índia a ter renda superior a US$ 100 bilhões ao ano.

Desde 2006, a China é o maior possuidor de reservas de divisas, cujo valor é calculado em US$ 3,8 trilhões em 2015. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o produto interno bruto chinês superou o dos Estados Unidos em 2014, por isso que é a maior economia mundial em função da paridade de poder aquisitivo.

Em termos mais gerais, os principais países do Sul global tiveram impressionante crescimento econômico nas últimas décadas. O informe de 2013 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, intitulado A Ascensão do Sul, prognosticou que em 2020 a produção econômica combinada de Brasil, China e Índia superará a produção acumulada de Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Itália.

Apesar das relações individuais entre os países do BricS e os Estados Unidos diferirem notavelmente, o grupo foi concebido como uma alternativa ao poder de Washington, e é a única agrupação importante que não inclui os Estados Unidos ou outro membro do Grupo dos Sete (G7) países mais ricos. Entretanto, e com a possível exceção da Rússia, nenhum dos cinco membros do Brics está disposto a enfrentar os Estados Unidos, país com o qual têm sua relação mais importante. De fato, a China é um dos maiores investidores nos Estados Unidos enquanto Brasil, Índia e África do Sul demonstram afinidades democráticas com o Norte industrial.

Embora a ideia do Bric tenha nascido na Rússia, a China se converteu na força impulsionadora do grupo atual. O escritor britânico Martin Jacques diz, em seu bestseller When China Rules the World (Quando a China Governar o Mundo), que Pequim opera “tanto dentro quanto fora do sistema internacional existente e, ao mesmo tempo, patrocina um novo sistema internacional centrado na China, que coexistirá com o sistema atual e começará a usurpá-lo”.

Uma manifestação de que esta mudança é a criação do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics, com sede em Xangai, que financiará projetos de desenvolvimento alternativos aos do Banco Mundial e do FMI. A China fez o maior aporte ao banco, o que provavelmente aumenta seu predomínio no grupo.

Mas, além do Brics, Pequim também inaugurou o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura, que já conta com 57 membros, entre eles Alemanha, Austrália e Grã-Bretanha, e no qual a China terá mais de 25% dos direitos de voto. Índia e Rússia são o segundo e terceiro acionistas do banco, respectivamente.

Essas mudanças repercutem nas comunicações. A China investiu milhares de milhões de dólares em suas comunicações externas, incluída a expansão de suas redes de radiodifusão, como a CCTV News e a televisão em inglês de Xinhua, a CNC World. A Rússia também entrou no mundo das notícias em inglês, em 2005, com a rede Russia Today, agora conhecida como RT, que também transmite 24 horas por dia em árabe e espanhol.

Entretanto, como revela o livro Mapping Brics Media (O Mapa da Mídia dos Brics), do qual sou editor juntamente com Kaarle Nordenstreng, da Universidade de Tampere, na Finlândia, há pouquíssimo intercâmbio midiático dentro do Brics, e seus países continuam recebendo notícias internacionais em grande parte dos meios de comunicação anglo-norte-americanos.

A crescente cooperação econômica entre Pequim e Moscou indica que existe uma nova equação econômica entre ambos, fora do controle ocidental. Dois acordos comerciais que estão sendo negociados e liderados por Estados Unidos, Associação Transatlântica de Comércio e Investimentos (TTIP) e Aliança Transpacífica (TPP) excluem os países do Brics, em parte como reação à competição da China. Por sua vez, Pequim parece ter utilizado o Brics para assinalar que está ascendendo “com o resto” de seus integrantes e, portanto, é menos ameaçadora para a hegemonia ocidental.

A cúpula do Brics acontecerá em conjunto com a reunião do Conselho de Chefes de Estado da Organização de Cooperação de Xangai (OCS). A única vez que as duas cúpulas aconteceram de maneira conjunta foi também na Rússia, em 2009, na cidade de Ekaterinburgo. Além de China e Rússia, membros do Brics, a OCS inclui Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão e Uzbequistão.

A organização não ampliou sua quantidade de integrantes desde que foi criada em 2001. A Índia tem status de “observadora” dentro da OCS, embora se fale que na cúpula de Ufa poderia obter a adesão plena. Se isso ocorrer, o “eixo” teria se trasladado mais um pouco para a Ásia. Envolverde/IPS

* Daya Thussu é professor de Comunicação Internacional na Universidade de Westminster, na Grã-Bretanha.

http://www.envolverde.com.br/rede/ips-rede/o-brics-constroi-uma-nova-ordem-mundial/

sábado, 4 de julho de 2015

Lista mostra que EUA grampearam 29 telefones do governo brasileiro

 

Documentos revelam que espionagens começaram em dezembro de 2010, antes do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff

O site WikiLeaks divulgou novas informações sobre a espionagem americana de integrantes do governo e de diplomatas brasileiros. A repórter Sônia Bridi conseguiu os nomes de quem foi grampeado e descobriu que as espionagens começaram em 2010, antes da posse da presidenteDilma Rousseff.

A espionagem americana montou um cerco à presidente Dilma. Grampeou quatro números de telefone do Palácio do Planalto, do gabinete da presidente, do assistente particular dela e da secretária. Nem no ar Dilma estava longe dos ouvidos eletrônicos da NSA.

O telefone por satélite do avião presidencial também estava sendo espionado, assim como o embaixador-chefe do cerimonial da Presidência e o ministro-chefe da Casa Civil no início do primeiro mandato, o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci.

A revelação foi feita pelo site WikiLeaks e publicada ao mesmo tempo pelo canalGloboNews. E veio na semana em que terminou a visita oficial da presidente Dilma aos Estados Unidos. A visita marcou a reaproximação dos dois países, que estava estremecida desde que Dilma cancelou a visita, dois anos atrás, quando o Fantástico revelou que ela era espionada pelos americanos.

Na época, o documento mostrava que eram espionados a presidente Dilma, seus principais assessores e os interlocutores deles. Só que os nomes dessas pessoas foram apagados. O número daquela operação: S2C42, o mesmo número que agora aparece na lista ao lado de vários nomes. Essa lista tem 18 nomes, além o da presidente, e 29 números de telefone.
O S2C42 é a operação para espionagem de questões políticas relacionadas ao Brasil. Entre os grampeados estão diplomatas de diferentes áreas do Itamaraty: André Amado, da Subsecretaria de Ambiente e Tecnologia; Valdemar Leão, assessor financeiro; Paulo Cordeiro, da Secretaria de Assuntos Políticos; Roberto Doring, então assessor do ministro das Relações Exteriores; o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, então subsecretário-geral de Meio Ambiente, era o negociador do Brasil nas questões do clima, depois foi ministro das Relações Exteriores e hoje é embaixador do Brasil em Washington.

Outros nomes do alto escalão da diplomacia brasileira: o embaixador Luiz Filipe de Macêdo Soares tinha grampeado o telefone da residência oficial dele em Genebra, onde era o representante permanente do Brasil junto à Conferência de Desarmamento; o embaixador do Brasil na França, José Maurício Bustani, que antes foi diretor da Organização Internacional para Proibição de Armas Químicas – ele foi afastado do cargo por pressão do governo americano; o embaixador Bustani tentava uma negociação com o Iraque como alternativa à invasão americana em 2002; e o embaixador Everton Vargas, que, na época, estava em Berlim.
A lista revela o grande interesse dos americanos na economia brasileira. Sob outro código, S2C51, o da operação que acompanha a evolução financeira mundial. É o mesmo que foi usado para espionar os três últimos presidentes da França, como o WikiLeaks revelou na semana passada.
No Brasil, a espionagem econômica teve como alvo o atual ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que então ocupava o cargo de secretário-executivo do Ministério da Fazenda; Luiz Balduíno, atual secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda e o sub dele, Fernando Meirelles de Azevedo Pimentel; a procuradora da Fazenda Nacional, Adriana Queiroz de Carvalho. Do Banco Central, foi espionado Luiz Awazu Pereira da Silva, ex-diretor da área internacional.
A lista de espionagem tem as datas em que cada uma começou. A primeira foi ainda no período de transição, no dia 14 de dezembro de 2010, 17 dias antes da posse da presidente Dilma. O último grampo foi ativado no dia 31 de março de 2011.
A lista mostra que a operação começou a ser montada no final de 2010 e foi crescendo no primeiro trimestre de 2011. Não há registros que indiquem quando ela foi encerrada, e se foi encerrada, nem do conteúdo das conversas espionadas. Mas a escolha dos alvos e do momento dá uma boa pista sobre o que os americanos estavam tentando saber em primeira mão: era a transição do Brasil de Lula para o Brasil de Dilma e de formulações de novas políticas externas e econômicas.

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/07/lista-mostra-que-eua-grampearam-29-telefones-do-governo-brasileiro.html

sexta-feira, 3 de julho de 2015

O SANGUE ANCESTRAL DA MÃE DA MÃE DA MÃE...

 

ADN MITOCONDRIAL MATERNO E A SUA IMPORTÂNCIA COMO PROVA CIENTÍFICA DA ORIGEM DE UMA SOCIEDADE MATRIARCAL.

Maria De Lourdes de Oliveira Pinto:

*Em tempos, conversava com uma amiga, Rosa Leonor Pedro, sobre a bestialidade do homem e de todo o sistema patriarcal na tentativa de anulação do Princípio Feminino, responsável pela Criação de todo o Universo. Explicava-lhe que havia uma prova científica, que está a ser estudada e que indicia a existência de uma sociedade matriarcal original e que é o ADN mitocondrial, transmitido exclusivamente pela mulher de geração em geração, isto é, trata-se de um gene que é transmitido apenas através da linhagem materna, ao contrário do ADN dos cromossomas, que é herdado do pai e da mãe. Assim, as mitocôndrias são transmitidas unicamente pela mãe e a partir de uma mãe original, desde o início dos tempos, sendo todas nós mulheres suas decendentes.
Hoje, após uma visita à Feira do Livro no Parque Eduardo VII, um livro chamou a minha atenção. Estou com ele entre mãos, e convosco partilho algo que liga as minhas postagens anteriores e a conversa acima citada:


"Estudos antropológicos e sociológicos mostram que a maior parte das culturas são patriarcais desde há muito tempo. Uma das razões dadas para a dominação patriarcal seria a sobrevivência da espécie na qual todo o sistema educativo e normativo teria sido organizado para garantir aos homens fortes a sua paternidade.

A descoberta relacionada como ADN mitocondrial poderia ser o início de uma prova científica de um índice da cultura matriarcal que, por razões em parte ainda desconhecidas, teria sido subestituída por uma cultura patriarcal.

(...)

É bastante inquietante imaginar a possibilidade de que gerações de dominação masculina e de consentimento da mulher possam ter deixado vestígios tão profundos e indeléveis sobre o genoma humano.

No entanto, tudo indica que foi assim que as coisas aconteceram.

O fenótipo que age, geração após geração, sobre o património genotípico da população feminina teria conduzido as mulheres a adoptarem um comportamento "conveniente", ao falar ou vestir-se. o objectivo era fazer delas excelentes mães ( reprodutoras ) para ficar assegurada a paternidade do "macho dominante". Os meios empregados para chegar a este fim eram a força e o terror. Um pai ou um marido desrespeitado não hesitaria em usar de violência, repudiar ou matar.

Outro meio, também muito comum, relaciona-se com o facto de as mulheres não terem acesso aos estudos, por conseguinte não teriam acesso ao mercado de trabalho e à sua independência.

O objectivo era o de "produzir" descendentes sempre melhores, sempre mais eficiente e fiéis ao clã, que seriam provenientes de uma paternidade indiscutível, pouco importava o "preço a pagar" pelas mulheres."*

In O FEMININO REENCONTRADO - A Mulher na Jornada Interior

de Nathalie Durel Lima

*Cópia e Texto de Maria De Lourdes de Oliveira Pinto
IN; ROSA MATER (MULHERES E DEUSAS) - ROSA LEONOR PEDRO
http://sagrado-feminino.blogspot.com.br/

Abandonada e roubada pelo ex, britânica vira 'mendiga mais gata de todas'

 

Por Redação Yahoo! Brasil | Super Incrível

ReproduçãoReprodução
Imagina que seu filho nasce, você briga com seu namorado — e pai da criança — e ele resolve sumir. Mais do que isso, resolve também limpar sua conta bancária. E, para finalizar, você e seu filho vão para a rua, viram mendigos. Parece mentira, mas é a história de Joelle, a “mendiga gata”.
“Eu entreguei meu cartão e confiei tudo a ele, inclusive o número do pin, a senha, os procedimentos. Obviamente, hoje, vendo a minha situação eu sei que foi uma estupidez que me prejudicou, mas eu realmente acreditei nele. E o que ele fez foi me roubar e deixar eu e meu bebê como mendigos”, afirmou Joelle ao programa Jeremy Kyle.
No total, Joelle perdeu um pouco mais de R$ 5 mil para o ex-namorado — que, segundo ela, era viciado em apostar. Sem o dinheiro, ela não conseguiu pagar o aluguel, já que parou de trabalhar para poder cuidar do filho, que ela não tinha com quem deixar. A solução, diz ela, foi morar na rua.
A história de Joelle — que não teve o sobrenome revelado — chocou e emocionou internautas do mundo inteiro. O principal fator de comoção, porém, estava longe do roubo ou da situação de vida. Mas sim com o fato de ela ser “muito bonita para ser mendiga”, como definiram — de maneira preconceituosa? — diversos usuários.
A reação dos usuários — predominantemente homens — em relação à beleza de Joelle e sua condição irritou bastante as usuárias e telespectadoras do programa. Além disso, abriu a discussão: só nos preocupamos com moradores de rua quando sua aparência os aproxima de nós ou de nossos conhecidos? Fica a ótima questão para o debate.

https://br.noticias.yahoo.com/blogs/super-incr%C3%ADvel/abandonada-e-roubada-pelo-ex--brit%C3%A2nica-vira--mendiga-mais-gata-de-todas-211716713.html

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Proposta mais branda de redução da maioridade penal é aprovada na Câmara

 

A proposta de redução da maioridade penal foi aprovada na madrugada desta quinta-feira pelo plenário da Câmara dos Deputados por 323 votos a favor e 155 votos contra, com duas abstenções.

Ontem, um projeto que previa a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos no caso de crimes hediondos e outros delitos considerados graves foi rejeitado pelos deputados.

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Hoje, Cunha colocou em votação uma alternativa um pouco mais branda, que incluía um número menor de delitos e essencialmente casos de crimes contra a vida, excluindo por exemplo o tráfico de drogas, fonte de polêmica na proposta votada anteriormente.

O episódio foi semelhante ao que ocorreu em maio na votação sobre o doações de empresas a campanhas políticas – após o plenário rejeitar repasses para candidatos, foi aprovado o financiamento apenas para partidos.

A nova votação da redução da maioridade penal foi alvo de protestos na Casa. Deputados apontaram que a nova proposta, uma medida aglutinativa – ou seja, um texto que reunia o teor de outras emendas -, não podia ser apreciada pelo plenário.

Segundo eles, isso iria contra o regulamento da Câmara, porque a proposta não foi apresentada na terça-feira quando o tema começou a ser apreciado pelos deputados.

Para a mudança valer, porém, será preciso que ela seja votada novamente na Câmara e outras duas vezes pelo Senado.

Diário do Centro do mundo

SENADO ELEVA A 75 ANOS APOSENTADORIA PARA SERVIDORES PÚBLICOS

 

Waldemir Barreto/Agência Senado:

Agência Senado - O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (1º) proposta que estabelece a aposentadoria compulsória dos servidores públicos aos 75 anos. Pela regra atual, essa aposentadoria se dá aos 70 anos. A mudança atinge todos os servidores públicos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. A matéria tramitava em regime de urgência – o que permite superar prazos e etapas – e recebeu 59 votos favoráveis e 5 contrários. Agora, o texto segue para análise da Câmara dos Deputados.

O Projeto de Lei do Senado (PLS) 274/2015 Complementar, de iniciativa do senador José Serra (PSDB-SP), foi apresentado para regulamentar a Emenda Constitucional 88/2015, conhecida como PEC da Bengala, promulgada no início de maio. A emenda determina que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), dos tribunais superiores e do Tribunal de Contas da União (TCU) se aposentarão compulsoriamente aos 75 anos de idade. Com o projeto aprovado pelo Senado, o novo limite para aposentadoria compulsória fica automaticamente estendido aos demais servidores públicos.

Para o senador José Serra, a extensão da aposentadoria compulsória para os 75 anos de idade é vantajosa tanto para os servidores como para a administração pública.

— Este é um projeto que representa um jogo de soma positiva. É uma medida vantajosa seja para quem se aposenta, seja para o governo, do ponto de vista financeiro. O governo vai economizar mais de R$ 1 bilhão por ano, com o aumento do tempo de serviço. Por outro lado, permite que muitos funcionários públicos que ainda não cumpriram o tempo de serviço possam se aposentar plenamente — explicou.

Junto ao projeto foi aprovada emenda incluindo os integrantes da Defensoria Pública, uma vez que hoje são carreira independente do corpo de servidores público. O relator da matéria, Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou que, com a proposta, “ganham, os servidores públicos, a opção de se aposentar mais tarde, ganha a Previdência, ganha a administração pública”.

Inconstitucional

Os votos contrários vieram de senadores que argumentaram que o projeto é inconstitucional. Segundo alertou o senador José Pimentel (PT-CE), há pouco tempo o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional Lei Complementar 144/2014, que trata da aposentadoria especial para policiais, por considerar que este tema é de iniciativa privativa da Presidência da República. A tese também foi defendida pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

Já a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) criticou a proposta por dar o mesmo tratamento a autoridades que assumem cargos por indicação política – como ministros de tribunais – a servidores que conquistaram os cargos por concurso público.

Legalidade

Em defesa da constitucionalidade do projeto, o autor da proposta esclareceu que a lei apenas regulamenta uma emenda constitucional, como previa a legislação, igualando a regra aos demais servidores públicos do país.

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) também elogiou a aprovação da matéria, ressaltando que é uma medida que já deveria ter sido tomada há muito tempo.

— Os velhos que se mantêm experientes devem ter o direito de continuar trabalhando. Só espero que isso não atrapalhe o ingresso dos jovens no serviço público, já que, é preciso que os servidores se aposentem para que novos cheguem — acrescentou.

Do Brasil 247

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Os EUA estão lamentavelmente despreparados para uma guerra com a Rússia

 

Os EUA estão lamentavelmente despreparados para uma guerra com a Rússia

Joshua Krause
The Daily Sheeple

Neste ponto, parece que uma guerra entre a OTAN e a Rússia é praticamente uma conclusão precipitada. Há certamente um monte de bravatas e ameaças indo e voltando entre os dois lados, e eles estão ambos executados por, regimes tirânicos sedentos de poder que querem o mundo para si mesmos. Esses tipos de governos sempre virão com golpes em algum ponto.
No entanto, o governo dos Estados Unidos pode querer considerar a realização de sua língua para o futuro previsível. Ao contrário da Rússia, que tem vindo a desenvolver a sua capacidade militar desde o fim da Guerra Fria, os nossos militares passaram os últimos 15 anos atolados em atoleiros envolvendo insurgências. E, pela sua natureza, as insurgências têm completamente diferentes táticas, equipamentos, estruturas organizacionais e metas, que muitas vezes são diametralmente opostas às de um Estado-nação.
Isso significa que nossos militares passaram mais de uma década de treinamento e equipar o seu pessoal para o combate descentralizados, inimigos de baixo orçamento. É preciso saber se eles ainda estão preparados para ir de igual para igual com um efetivo militar convencional. Para responder a essa pergunta, você só tem que dar uma olhada o estado do nosso poder aéreo para ver que os nossos políticos estão em forma sobre suas cabeças quando se trata de combater os russos.
Poder militar dos EUA muitas vezes é medido pelo número de aviões de combate e navios no inventário. Enquanto os Estados Unidos tem de longe a maior força aérea e marinha, que vantagem o tamanho poderia eventualmente ser negada pelas defesas aéreas inimigas e tecnologias de guerra eletrônica que estão agora disponíveis no mercado aberto.
A solução não é para comprar mais caças, bombardeiros ou aviões, mas para armar a Força Aérea, Marinha e aviões de combate Marine Corps com bombas de alta tecnologia e mísseis que podem ser descartados em grandes quantidades a partir de centenas de milhas de distância existente, sugerem analistas militares em um novo estudo.
Os militares durante décadas tem investido em um arsenal de armas de curto alcance "ataque direto" no pressuposto de que eles serão capazes de chegar perto de alvos. Ele também adquiriu um grande estoque de mísseis de cruzeiro autónomas altamente sofisticados que podem viajar mais de mil milhas para um alvo. Armas standoff de hoje manter aeronaves fora do caminho do mal, mas, em um milhão de dólares cada um, são caros demais para ser capaz de disparar em grande número em um conflito prolongado.
Existe claramente uma lacuna entre o curto alcance de hoje e armas de longo alcance que precisa ser preenchido, diz Mark Gunzinger, do Centro de Avaliação Estratégica e Orçamentária. "Nossas forças aéreas de combate são de curto alcance e não é capaz de penetrar áreas contestadas. Se usarmos munições impasse, essas armas são muito grandes e caros. O tamanho restringe o número que você pode carregar. Não temos aeronaves suficiente. "
Em outras palavras, o nosso poder aéreo só é equipado para lidar com países do terceiro mundo como o Iraque, assim como os insurgentes, os quais não têm defesas aéreas avançadas. Nós temos um estoque maciço de mísseis de curto alcance, mas esses são obviamente inútil se você não pode chegar perto de alvos inimigos. Isso significa que qualquer guerra com a Rússia nos deixaria sem superioridade aérea.
E isso é um problema muito grave, porque a superioridade aérea é, supostamente, o nosso maior patrimônio. Tem sido assim desde que, pelo menos, a Guerra do Golfo, onde demonstrou as capacidades assustadoras do nosso poder aéreo contra o Iraque e de sua construídaantiquada máquina Soviética c de guerra.
Mas a Rússia é um animal totalmente diferente. Desde que provavelmente não terá qualquer superioridade aérea contra seus militares, então qualquer conflito futuro com a Rússia irá forçar-nos para uma guerra terrestre prolongada com eles. E, como Hitler e Napoleão pode atestar, os russos absolutamente dominam quando se trata de guerra em terra. Poderíamos reequipar nossas forças armadas para uma guerra convencional com a Rússia, mas pode demorar muitos anos, e muitos dólares que nós não temos. Talvez os cabeças de titica em Washington deveroam pensar sobre isso antes de se comprometer nosso sangue e tesouro para a Terceira Guerra Mundial.

http://undhorizontenews2.blogspot.com.br/

Coluna da Gleisi Hoffmann: HSBC tem muito a explicar antes de deixar o país

gleisi_HSBCGleisi Hoffmann*

O Brasil é a sexta economia do mundo. Um banco que se estabeleceu aqui há 18 anos, incentivado com recursos de um Programa de Reestruturação Financeira disponibilizado pelo país, fez mais de U$ 15 bilhões de lucros, não pode deixar o Brasil com a desculpa de reestruturação administrativa, coincidentemente quando se torna público um escândalo internacional de que patrocinava fuga de capitais com finalidade de sonegação tributária, inclusive deste país que o acolheu.

O banco chegou ao Brasil em 1997. O Bamerindus, um banco paranaense que, com dificuldades, foi socorrido pelo PROER, programa do Banco Central na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso, foi saneado e entregue ao HSBC.

A transferência dos ativos que agora o banco quer fazer precisa ser acompanhada de perto pelo governo federal. É por isso que durante a semana, junto com várias lideranças paranaenses ligadas ao comércio e serviços de nosso Estado, representantes sindicais dos bancários, bancada federal do Paraná e de nossa vice-prefeita de Curitiba, Mirian Gonçalves, nos reuniremos com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, o presidente do CADE, Vinicius de Carvalho, o presidente do Senado, senador Renan Calheiros e o presidente da CPI do HSBC, senador Paulo Rocha. Queremos deixar todos esclarecidos do impacto dessa decisão na vida dos paranaenses e solicitar o empenho das autoridades brasileiras para impedir que essa situação se concretize sem nenhuma compensação por parte do banco.

A saída do HSBC do Brasil representará risco de demissão de 21.479 funcionários. 11 mil só no Paraná, com grande concentração em Curitiba, cerca de 7 mil. Estamos falando apenas dos empregos diretos. E os indiretos? Centenas de estabelecimentos comerciais, de serviços, que foram construídos e organizados em razão do banco e de seus escritórios. Isso, para a economia do Paraná e de Curitiba, é um baque. Depois de U$ 15 bilhões de lucros, o HSBC não pode deixar o país como se estivesse deixando uma colônia de férias.

Temos de nos unir para impedir que isso aconteça, cobrar explicações, chamar à responsabilidade a direção internacional do banco. Ainda que seja uma relação de mercado, como muitos dizem, foi uma relação de mercado amparada por um auxílio estatal, que também significou custos ao nosso país. Não queríamos e não queremos o sistema financeiro desestruturado, mas também não podemos permitir que ele desestruture economias locais ou a vida das pessoas.

Defender nossa economia, nossos empregos, é o mínimo que os paranaenses esperam de quem os representa.

*Gleisi Hoffmann é senadora da República pelo Paraná. Foi ministra-chefe da Casa Civil e diretora financeira da Itaipu Binacional. Escreve no Blog do Esmael às segundas-feiras.

http://www.esmaelmorais.com.br/2015/06/coluna-da-gleisi-hoffmann-hsbc-tem-muito-a-explicar-antes-de-deixar-o-pais/

Não foi deleção e sim o MPF que disse: Aécio e Anastasia desviaram R$14 bi da Saúde em MG

 

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#LoveWine: Anastasia e Aécio.

Miguel do Rosário, via Tijolaço em 28/6/2015

Tucano é mesmo um bicho inimputável. Inimputável e cínico. O Ministério Público Federal acusa o ex-governador Aécio Neves de ter desviado R$14 bilhões, que deveriam ter ido para a saúde pública do estado, para outros fins.

Enquanto isso, o mesmo Aécio quer pedir o “impeachment” da presidenta Dilma por conta de “pedaladas fiscais” que nada mais são que operações que todos os governos faziam, com objetivo oposto do que Aécio fez em Minas: para não interromper programas sociais.

Ou seja, Aécio pode desviar dinheiro da saúde e continuar impune.

Dilma faz uma operação legal, para não interromper pagamento de assistência social a milhões de brasileiros, e a oposição usa o fato para tentar derrubá-la.

A fiadora desse processo esquizofrênico em que os valores são invertidos, claro, é a mídia. Ela é que mantém e alimenta um exército crescente de lobotomizados e fascistas, que ameaçam apresentadores de tevê, blogueiros e políticos que não comem no prato do golpismo midiático-judicial.

Leia a seguir notícia do Estadão online, que não deu destaque, claro!

Ação diz que Aécio e Anastasia não repassaram R$14 bilhões à Saúde em Minas
Procuradoria da República em Minas afirma que montante deixou de ser investido entre 2003 e 2012 nas gestões tucanas.
Leonardo Augusto, via Estadão online em 25/6/2015

O Ministério Público Federal entrou com ação civil pública na Justiça cobrando do governo do Estado o repasse de R$14,2 bilhões para a área de saúde. Segundo a Procuradoria da República em Minas, esse é o montante que deixou de ser investido entre 2003 e 2012 nos governos dos tucanos Aécio Neves e Antônio Anastasia – atualmente senadores – em descumprimento à Emenda Constitucional 29, que obriga aplicação mínima de 12% do orçamento na área.

Os procuradores afirmam na ação que no período de 10 anos ocorreram também manobras contábeis para aparentar o cumprimento da emenda “em total e absurda indiferença ao Estado de Direito”. Segundo os autores, “R$9,5 bilhões deixaram de ser aplicados no Sistema Único de Saúde (SUS) pelo governo mineiro, quantia que, em valores atualizados, corresponde a um desfalque de R$14,2 bilhões.

A ação diz que os governos tucanos, com o objetivo de inflar dados, incluíram gastos estranhos à saúde para simular o cumprimento da obrigação de investir o mínimo constitucional. Os procuradores afirmam que foram computados como gastos para cumprir a Emenda 29 “despesas com animais e vegetais”, pois o Estado incluiu na rubrica verbas direcionadas ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e à Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam).

“Serviços veterinários”
Conforme a ação, o governo mineiro “chegou ao absurdo de incluir” como se fossem aplicações em saúde serviços veterinários prestados a um canil da Polícia Militar, além de ter colocado na rubrica gastos com aquisição de medicamentos para uso veterinário.

Os governos também lançaram como gastos em saúde investimentos da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). Conforme os procuradores, isso não poderia ocorrer, já que a própria empresa informou que os gastos eram feitos com recursos das tarifas pagas pelos consumidores. “Além disso, a Copasa sequer integra o orçamento fiscal do Estado, pois se trata de uma pessoa jurídica de direito privado”, diz a ação.

O Ministério Público Estadual chegou a ajuizar, em 16 de dezembro de 2010, ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o ex-governador Aécio e Maria da Conceição Barros de Rezende, então contadora-geral do Estado, por causa das inclusões de despesas da Copasa no cálculo do mínimo constitucional.

Em grau de recurso, porém, o Tribunal de Justiça de Minas determinou a intimação pessoal do então procurador-geral de Justiça, Alceu Torres Marques, para endossar a ação inicial – proposta por promotores, que, na avaliação dos desembargadores não poderiam investigar o governador. Segundo eles, a apuração, no caso, caberia exclusivamente ao procurador-geral, que tem prerrogativa para atuar no caso. Torres, no entanto, se negou a assinar o texto sob a alegação de que não vislumbrava lesão ao patrimônio público.

Os promotores recorreram alegando que Aécio não era mais governador – ele havia deixado o cargo para se candidatar nas eleições de 2010. Mesmo assim, o processo foi extinto. Em 2014, Torres assumiu a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do governo de Alberto Pinto Coelho (PP), vice de Anastasia que assumiu o governo quando o tucano deixou o cargo.

Tribunal de Contas
Procurados, Aécio e Anastasia não se posicionaram sobre a ação. Em nota, o PSDB de Minas afirmou que os cálculos feitos pelos governos tucanos sãos os mesmos adotados pelo governo federal. O texto diz ainda que os números foram aprovados pelo Tribunal de Contas do Estado. Para o partido, a ação “tem o mesmo fundamento de iniciativas anteriores, já amplamente divulgadas e nitidamente renova iguais questionamentos já esclarecidos pelo governo de Minas e pelo PSDB ao longo dos últimos dez anos”.

O governo de Fernando Pimentel (PT) não se posicionou sobre o assunto.

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Fonte: http://limpinhoecheiroso.com/2015/06/29/nao-foi-delecao-e-sim-o-mpf-que-disse-aecio-e-anastasia-desviaram-r14-bi-da-saude-em-mg/

Repasse federal a municípios é 29% maior em 2015

 

Municípios vão ter reforço de R$ 742 milhões no mês de junho em relação aos R$ 6,24 bilhões do Fundo de Participação (FPM) do mesmo mês de 2014

Repasse federal a municípios é 29% maior em 2015

Economia#RepasseaosMunicípios

Por: Agência PT, em 29 de junho de 2015 às 17:41:20

O repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) no terceiro decênio de junho, a ser depositado nesta terça-feira (30), virá 36,57% maior que o valor depositado no mesmo período de 2014 pelo Tesouro. O dinheiro é repassado às 5.568 prefeituras do País e representa, para muitas, a única fonte de receita para manutenção e sobrevivência das cidades e suas populações.

Descontada a inflação acumulada, o repasse constitucional significa, em termos reais, 28,35% a mais para as prefeituras, se comparado ao repasse do mesmo decênio do mês de junho anterior. A informação foi passada à Agência PT de Notícias pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). O valor bruto da operação é de R$ 1,936 bilhão.

Com a retenção do dinheiro da educação pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o valor líquido do FPM ficará em R$ 1,548 bilhão no mês.

Considerado apenas junho, os decêndios somaram um total de R$ 6,982 bilhões, ou R$ 742 milhões acima dos R$ 6,240 bilhões do mesmo mês de 2014. O aumento é de 11,88%.

O crescimento das transferências constitucionais do Fundo representa uma reversão na situação registrada nos repasses deste ano de 2015, que até agora era só de queda em relação a 2014.

No acumulado até junho de 2015, o FPM soma R$ 44,685 bilhões em repasses, contra os R$ 44,811 bilhões do semestre anterior – uma redução de 0,28% no semestre.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias

Dilma e Obama retomam relação bilateral e anunciam acordos na Casa Branca

 

Presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama no Salão Oval da Casa Branca em 30 de junho de 2015.

Presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama no Salão Oval da Casa Branca em 30 de junho de 2015.

Reuters

Em um clima de simpatia e solidariedade, na sala superlotada de jornalistas americanos e brasileiros, os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama fizeram na terça-feira (30) uma declaração conjunta no final de sua reunião de trabalho no Salão Oval da Casa Branca, anunciando medidas importantes e ressaltando a relevância de sua relação bilateral.

Como era esperado, o comunicado sobre as questões climáticas do Brasil e dos Estados estabeleceu metas fundamentais para a redução de gases de efeito estufa e a preservação da Floresta Amazônica. O compromisso vai ser apresentado na Conferência do Clima da ONU em Paris, a COP 21, no final de 2015.
O Brasil quer zerar o desmatamento ilegal até 2030 e reflorestar 12 mil hectares. Os dois países se comprometeram a atingir , individualmente, 20% de fontes renováveis até o mesmo ano. Estados Unidos também se comprometeram a reduzir, até 2025, entre 26% e 28% as emissões de carbono em relação a 2005.
Para brasileiros, Global Entry e Previdência
Dois acordos beneficiam diretamente os brasileiros.
O primeiro é a adoção do Global Entry até a primeira metade de 2016. Trata-se de um programa que facilita a entrada nos Estados Unidos de viajantes frequentes como, por exemplo, empresários, que assim não precisam passar pelas filas de imigração. Os governos continuam trabalhando no intuito de suspender vistos entre os dois países.
Outro anúncio relevante foi o acordo de Previdência Social, que permite a soma do tempo de contribuição dos profissionais que trabalham no Brasil e nos Estados Unidos. A iniciativa vai gerar uma economia de mais de US$ 900 milhões para as empresas brasileiras e americanas, que deixarão de pagar a dupla tributação. Atualmente, mais de 1 milhão de brasileiros trabalham nos Estados Unidos.
Facilitar o comércio para atrair investidores
Diversos acordos também foram anunciados e o Brasil tenta atender à demanda principal dos investidores estrangeiros:desemperrar a burocracia. Estes são os principais avanços:
- Acordo de cooperação regulatória: faz com que um país reconheça as regras do outro, desentravando o fluxo para comércio e investimentos.
- Registro de patentes: permite que uma nação utilize os estudos da outra no registro de patentes, o que evitaria a duplicidade de trabalho dos escritórios dos dois lados.
- Facilitação do comércio: abre caminho para a reforma das práticas aduaneiras globais e o aumento da transparência e da previsibilidade no comércio e na realização de negócios.
No setor da Defesa foram assinados acordos para enriquecer a parceria tecnológica e a troca de informações.
“Não contratei nem demiti ministro pela imprensa”
Durante a coletiva, Dilma respondeu à pergunta de um jornalista brasileiro se iria demitir os ministros Aloisio Mercadante, da Casa Civil, e Edinho Silva, da Comunicação Social, acusados de terem recebido da construtora UTC, de Ricardo Pessoa, dinheiro ilegal para a campanha presidencial de 2014. Os nomes dos ministros fazem parte de uma lista de 18 pessoas citadas pelo empreiteiro, que assinou um acordo de delação premiada com o Ministério Público.
Firme, mas serena, Dilma disse que “ a minha prática é dizer que eu não contratei ministro nem demiti ministro pela imprensa” e argumentou ter o maior respeito pelo direito de de defesa: “Quem prova que a pessoa é culpada é quem acusa”, ela disse.
Laços reatados
Durante a coletiva de imprensa na Casa Branca, a atitude amistosa e de respeito mútuo, assim como os elogios recíprocos, deixaram clara a determinação dos dois presidentes de retomar um caminho de cooperação econômica e política.
Obama apoiou claramente a ofensiva econômica de Dilma nos Estados Unidos, elogiando o Brasil como líder global, e não regional, além de exaltar as possibilidades que o país oferece e sua multiplicidade de recursos.
Obama nos Jogos Olímpicos no Rio
Dilma convidou Obama para ir aos Jogos Olímpicos de 2016, depois de lhe oferecer um moleton verde e amarelo. Obama brincou e disse que não vai usar o casaco em público e, sorrindo, afirmou que vai aceitar o convite.
Depois da Casa Branca, Dilma foi a convidada do vice-presidente Joe Biden para um almoço para 200 pessoas no Departamento de Estado.Em seguida, ela encerrou a 3ª Cúpula de Negócios Brasil-Estados Unidos na Câmara Americana de Comércio, com um discurso em que apresentou as vantagens de se investir hoje no Brasil.
Dilma partiu na mesma noite para São Francisco, última etapa do seu giro americano.

Postado por Macário Batista em seu Blog

PEC da Maioridade Penal é derrotada; Veja a votação dos nordestinos

 

Deputados ainda podem votar o texto original da PEC 171/93

Luís Macedo / Câmara dos Deputados

Deputado contrários a PEC da Maioridade comemoram a votação

(Brasília-DF, 30/06/2015) O plenário da Câmara Federal tomou uma posição sobre a polêmica redução da Maioridade Penal. A PEC da Maioridade Penal precisava de 308 votos para ser aprovada, porém só 303 deputados votaram a favor do substitutivo do deputado Laerte Bessa(PR-DF), que relatou o texto na Comissão Especial. Na votação deste início da madrugada do dia 1º de julho,184 deputados votaram “não” e houve 3 abstenções. Votaram, ao todo, 490 deputados. Com isso a Câmara Federal ainda poderá votar o texto original da PEC da Maioridade. Na tarde desta quarta-feira,1º, o Plenário da Câmara poderá votar o texto original da PEC.

Viveu-se um dia polêmico no Congresso Nacional. No Senado, houve uma movimentação intensa das lideranças sindicais do Judiciário para votar seu Plano de Carreira que tramita faz cinco ano no Congresso. Na Câmara, a discussão sobre a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos em crimes graves evidenciou em um Plenário dividido. Segundo a proposta (PEC 171/93), a redução valerá para os jovens culpados de crimes violentos – assassinatos, sequestros, agressões graves, entre outros.

Confira a votação no endereço abaixo:

http://politicareal.com.br/noticias/tempo-real/569460/pec-da-maioridade-penal-e-derrotada-veja-a-votacao-dos-nordestinos

terça-feira, 30 de junho de 2015

“Hipocrisia. Nos últimos 60 anos todos os presidentes tiveram relações com empreiteiras”

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Jânio de Freitas, na Folha:

Como inquérito “sob segredo de Justiça”, a Operação Lava Jato lembra melhor uma agência de propaganda. Ou, em tempos da pedante expressão “crise hídrica”, traz a memória saudosa de uma adutora sem seca.

Em princípio, os vazamentos seriam uma transgressão favorável à opinião pública ansiosa por um sistema policial/judicial sem as impunidades tradicionais. Mas, com o jorro contínuo dos tais vazamentos, nos desvãos do sensacionalismo não cessam os indícios que fazem a “nova Justiça” –a dos juízes e procuradores/promotores da nova geração– um perigo equivalente à velha Justiça acusada de discriminação social e inoperância judicial.

É preciso estar muito entregue ao sentimento de vingança para não perceber um certo sadismo na Lava Jato. O exemplo mais perceptível e menos importante: as prisões nas sextas-feiras, para um fim de semana apenas de expectativa penosa do preso ainda sem culpa comprovada. Depois, a distribuição de insinuações e informações a partir de mera menção por um dos inescrupulosos delatores, do tipo “Fulano recebeu dinheiro da Odebrecht”. Era dinheiro lícito ou provou-se ser ilícito? É certo que o recebedor sabia da origem, no caso de ilícita?

A hipocrisia domina. São milhares os políticos que receberam doações de empreiteiras e bancos desde que, por conveniência dos candidatos e artimanha dos doadores, esse dinheiro pôde se mover, nas eleições, sob o nome de empresas. Nos últimos 60 anos, todos os presidentes tiveram relações próximas com empreiteiros. Alguns destes foram comensais da residência presidencial em diferentes mandatos. Os mesmos e outros viajaram para participar, convidados, de homenagens arranjadas no exterior para presidente brasileiro. Banqueiros e empreiteiros doaram para os institutos de ex-presidentes. Houve mesmo jantares de arrecadação no Alvorada e pagos pelos cofres públicos. Ninguém na Lava Jato sabe disso?

Mas a imprensa é que faz o sensacionalismo. É. Com o vazamento deformado e o incentivo deformante vindos da Lava Jato.

A partir de Juscelino, e incluídos todos os generais-presidentes, só de Itamar Franco e Jânio Quadros nunca se soube que tivessem relações próximas com empreiteiros e banqueiros. A íntima amizade de José Sarney foi mal e muito comentada, sem que ficasse evidenciada, porém, mais do que a relação pessoal. Benefícios recebidos, sob a forma de trabalhos feitos pela Andrade Gutierrez, foram para outros.

Ocorre mesmo, com os vazamentos deformantes, o deslocamento da suspeita. Não importa, no caso, o sentido com que o presidente da Odebrecht usou a palavra “destruir”, referindo-se a um e-mail, em anotação lida e divulgada pela Lava Jato. O episódio foi descrito como um bilhete que Marcelo Odebrecht escreveu com instruções para o seu advogado, e cuja entrega “pediu a um policial” que, no entanto, ao ver a palavra “destruir”, levou o bilhete ao grupo da Lava Jato.

Muito inteligível. Até que alguém, talvez meio distraído, ao contar o episódio acrescentasse que Marcelo, quando entregou o bilhete e fez o pedido ao policial, já estava fora da cela e a caminho de encontrar seu defensor.

Então por que pediria ao policial que entregasse o bilhete a quem ele mesmo ia encontrar logo?

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/janio-de-freitas-hipocrisia-nos-ultimos-60-anos-todos-os-presidentes-tiveram-relacoes-com-empreiteiras/

Se o PSDB ganhou mais de empreiteiras da Lava Jato, só doações ao PT são crime?

 

Blogueiro Fernando Brito apresenta fatos que contradizem a tentativa de criminalização do PT feita pela oposição e pela grande mídia

Tijolaço: Se o PSDB ganhou mais de empreiteiras da Lava Jato, só doações ao PT são crime?

Mídia#LavaJato#MídiaTendenciosa

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Por: Agência PT

asclaras

O site As Claras, mantido pela Transparência Brasil – organização que tem muita gente até simpática à oposição – consolidou todas as doações, por empresas e partidos.

E eles próprios separaram as doações das cinco maiores empreiteiras – as protagonistas da Lava-Jato – e os quatro maiores partidos políticos em 2014.

O que fiz, no gráfico acima, foi apenas apurar o percentual doado a cada partido por elas. O original está no link.

É difícil crer, olhando os valores, que contratos com a Petrobras fossem o determinante para saber a quem doariam.

E impossível imaginar que as acusações que se faz ao PT não pudessem, da mesma forma, ser feitas ao PSDB, que recebeu até mais dinheiro das maiores empreiteiras acusadas pela investigação da Vara do Dr. Moro.

Porque é impossível suspeitar de quem recebe R$ 58 milhões e não tratar da mesma forma quem recebe R$ 65 milhões, mesmo sem ser, até a beirinha das eleições, favorito, não é?

São valores, é certo, imensos e que, declarados ou não, doados legalmente, ou de qualquer outra forma conspurcam a política.

É dinheiro demais e, sobretudo, como ocorre com os bancos, que ganham com os juros do BC, são empresas que têm boa parte de seu faturamento derivado de obras públicas.

O dinheiro privado, nas eleições, vem do dinheiro público.

Mas é essa a regra da política real, para todos os partidos e que acaba, inclusive, de se encaminhar para colocar na própria Constituição, sem que haja protestos daqueles que se apresentam como arautos da pureza.

A qualquer momento, qualquer dirigente de qualquer destas empresas, preso por seis meses e ameaçado de muito mais pode alegar que foram dadas por coação.

Aí está porque além de todas as violações jurídicas, os procedimentos coercitivos, a partir de um certo ponto, comprometem a verdade que a investigação deve buscar.

Porque o arbítrio, na administração da Justiça, é como a corrupção na administração pública: você viola as regras do poder que lhe foi confiado para satisfazer seus apetites, ambições e razões.

E, no caso da imprensa, o dever de raciocinar, em lugar de funcionar como simples amplificador de versões sabidamente discricionárias.

Do contrário, vira simples instrumento de propaganda, como ocorre nas ditaduras.

Infelizmente, estamos trocando a possibilidade de moralizar o processo eleitoral – e em grande parte, sua sombra sobre as administrações – pela implantação da imoralidade praticada em nome da justiça.

http://www.pt.org.br/tijolaco-se-o-psdb-ganhou-mais-de-empreiteiras-da-lava-jato-so-doacoes-ao-pt-sao-crime/