sábado, 9 de maio de 2015

Ministros do Supremo vão se ajoelhar por mais cinco anos de poder?

Autor: Fernando Brito

bengala

A ânsia golpista da mídia brasileira e o nível abjeto de politicagem que ela permite ao Sr. Eduardo Cunha levaram o Brasil a viver algo que jamais pode ser descrito como o preceito de “independência e harmonia” dos Poderes.

A extensão da permanência dos Ministros do Supremo Tribunal Federal até a idade de 75 anos não é, em si, absurda, embora o ideal é que houvesse um período máximo, em nome da própria renovação de sua composição.

Daí em diante, porém, tudo é absurdo.

Primeiro, que isso se aplique aos ministros que assumiram sob as regras que vigiam até hoje. É tão básico que chega a ser custoso explicar como isso fere o princípio de que não se mudam as regras para influir na composição da Corte Suprema do país.

Basta, para isso, imaginar o contrário, que se achasse conveniente, em nome da renovação da Justiça, em baixar a idade máxima dos magistrados para 65 anos, que é a idade máxima de quem venha a ser indicado, segundo o art. 12, § 3º, IV, da Constituição. Osso significaria, na prática, a “cassação” imediata de cinco ministros: Celso de Mello, Marco Aurélio, Ricardo Lewandowski, Rosa Weber e Teoria Zavascki.

Não é preciso dizer que isso seria o mais desavergonhado golpismo institucional.

Mas o segundo absurdo, agora evidenciado e a “provinha” a que os ministros que pretendam “esticar” seus mandatos até os 75 anos, terão que se submeter perante os Senadores. Como são os ministros do STF que julgam os senadores (e os deputados) por crimes, como seriam independentes para enfrentar o corporativismo senatorial se dele dependerem para continuar no cargo?

Imagine a situação de um ministro, aos 65 anos, para julgar aqueles que, em pouco tempo, vão decidir se ele permanece ou não no cargo?

Claro que, na prática, isso significa a revogação da independência dos ministros do Supremo que se aproximarem da antiga “expulsória” de 70 anos.

Pode, sem qualquer razão objetiva senão o desejo dos senadores, ter permitida ou negada sua permanência na mais alta magistratura. E, por extensão, o mesmo nos Estados, onde os desembargadores farão de tudo para que as assembleias legislativas façam o mesmo.

A ambição, legítima ou ilegítima, de permanecer com o poder, dependerá da vontade dos políticos que, em tese, cabe a eles julgar.

Substitua os militares pelos senadores e teremos, na prática, voltado aos termos do Ato Institucional n° 2, que, um ano após o golpe estabelecia, no Art. 14:

“Ficam suspensas as garantias constitucionais ou legais de vitaliciedade, inamovibilidade e estabilidade, bem como a de exercício em funções por tempo certo.
Parágrafo único – Ouvido o Conselho de Segurança Nacional, os titulares dessas garantias poderão ser demitidos, removidos ou dispensados, ou, ainda, com os vencimentos e as vantagens proporcionais ao tempo de serviço, postos em disponibilidade, aposentados, transferidos para a reserva ou reformados, desde que demonstrem incompatibilidade com os objetivos da Revolução.”

A dupla Renan Calheiros e Eduardo Cunha está operando o milagre de uma “máquina do tempo”, levando o Brasil ao passado.

Bengala que suportam o peso da fragilidade física são boas. Triste é quando se prestam para apoiar a fragilidade moral.

http://tijolaco.com.br/blog/?p=26641

Mujica enterra mentira da Globo: “nunca falei sobre mensalão com Lula”

Autor: Miguel do Rosário

Mujica-Lula

Com diz o ditado: “mentira tem perna curta”…

Saiu no Estadão.

‘Lula jamais falou em mensalão nas conversas comigo’

RODRIGO CAVALHEIRO, CORRESPONDENTE

09/05/2015, 03h00

Buenos Aires – O ex-presidente uruguaio José Pepe Mujica disse nesta sexta-feira, 8, ao Estado nunca ter conversado sobre mensalão com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “ou com qualquer brasileiro”. “Ele me falou das pressões e das chantagens”, relatou Mujica. “Mas nada de dinheiro ou de corrupção.”

Estado – Um capítulo de “Una Oveja Negra al Poder” menciona o mensalão e uma frase que o sr. atribui a Lula: “Essa era a única forma de governar o Brasil”. A que ele se referia?

Lula jamais falou em mensalão nas conversas comigo. Uma vez me disse que, por ter uma minoria parlamentar, o chantageavam. Se os jornalistas escreveram isso, é por conta deles. Aliás, nunca falei com nenhum presidente ou com qualquer brasileiro sobre mensalão. E olha que já falei com muitos brasileiros.

Estado – Na mesma página 211 há outra frase atribuída pelo sr. a Lula: “Neste mundo tive que lidar com coisas imorais, chantagens”.

Isso sim. Ele me falou das pressões e das chantagens, pedidos ou exigências de governos e políticos locais para dar os votos que o governo precisava, em certa medida. Mas nada de dinheiro ou de corrupção.

Estado – Falava de troca de favores?

Sim, isso mesmo. De troca de favores, de empregos nos Estados, de obras públicas.

Estado – Lula lhe disse se cedeu a essas pressões?

Disse que elas lhe custaram muitíssimas dores de cabeças.

Estado – O sr. falou recentemente que a corrupção em países grandes como o Brasil é inevitável. É?

É um problema que tem o mundo inteiro hoje, tem a ver com outras doenças, pressões que fazem empresários.

Estado – O sr. sofreu pressões assim?

Por sorte somos um país pequeno. Mas também tivemos de lidar com isso. No meu país, houve uma campanha para não termos maioria parlamentar, para que o governo não tivesse tanto poder. Sempre brigamos para ter a maioria. Do contrário, os governos ficam trancados.

Estado – Qual a última vez que o sr. esteve com Lula e Dilma?

Fui acompanhar Lula e Dilma para defendê-los quando estavam sendo atacados. Vejo Lula como um capitão político da América. Tenho 80 anos e me atreveria a dizer que é o maior presidente que o Brasil já teve.

Estado – A oposição alega que, dado o grau de corrupção detectado na Petrobrás, Dilma e Lula ou sabiam o que ocorria ou eram incompetentes. O que o sr. acha?

Sei que é difícil responder a isso. Neste mundo se vê cara, mas não se vê coração. É difícil saber em quem se está confiando. A experiência de ter sido presidente me diz que as coisas não são tão simples.

Estado – Como vê o movimento que pede o impeachment de Dilma?

Ela está enfrentando meios muito poderosos. Mas pelo passado de Dilma, a essa altura da vida, ela não tem o perfil de uma pessoa corruptível.

Estado – Esse movimento pode ter êxito?

O Brasil parece ter meios de multiplicar a pressão sobre os governos. Há uma técnica, teorizada inclusive, que está sendo aplicada no País. É uma tática para atingir um governo civil sem usar a violência.

Estado – Há um golpe sem armas em curso no Brasil?

É um golpe sem armas, sem usar a violência. Se aproveitam de falhas do caráter humano para poder derrubar um governo que acaba de ser reeleito.

Estado – O escândalo Petrobrás mudou algo sobre sua visão de Dilma, que o sr. considera uma “ótima técnica”, e de Lula, a quem qualificou de “petiço bárbaro”?

Com toda a força do meu coração, mando minha solidariedade a Dilma. Tomei Lula como modelo, um progressista que nunca procurou a tensão. Agora vemos no País uma tensão que não é benéfica para o Brasil

http://tijolaco.com.br/blog/?p=26679

Joaquim Barbosa deu palestra de R$ 60 mil paga com dinheiro público

 

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247 - Uma nota publicada na coluna Expresso, da revista Época, revela que Joaquim Barbosa recebeu R$ 60 mil por uma palestra paga com recursos públicos. Leia abaixo:

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa recebeu R$ 60 mil por uma palestra de uma hora que proferiu no dia 13 de abril na cidade de Itajaí, Santa Catarina, cujo tema foi Ética e a administração.

Quem arcou com as despesas – incluindo passagens, segurança e hospedagem – foi a Câmara de Vereadores do município, que delegou a contratação de Barbosa a terceiros. Para aceitar o convite, Barbosa impôs condições em contrato.

Entre elas sigilo do valor cobrado pela palestra e a liberdade de deixar de responder a perguntas consideradas “inadequadas”. “O patrimonialismo faz parte do nosso DNA”, discursou Barbosa.

http://www.brasil247.com/pt/247/brasilia247/180258/JB-deu-palestra-de-R$-60-mil-paga-com-dinheiro-público.htm

'Confissão' de Lula a Mujica é mais um crime de imprensa

 

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247 – O jornal O Globo cometeu nesta sexta-feira 8 um crime de imprensa contra o ex-presidente Lula, que já foi alvo, no fim de semana, de uma reportagem de capa comprovadamente mentirosa da revista Época, do mesmo grupo. De acordo com matéria do jornal, intitulada "Mujica, em livro, relata confissão de Lula sobre mensalão", o ex-presidente brasileiro teria dito ao ex-presidente uruguaio, sobre o escândalo, que "essa era a única forma de governar o Brasil".

A associação ao caso do 'mensalão', no entanto, foi negada pelo jornalista Andrés Danza, um dos autores do livro-reportagem "Uma ovelha negra no poder", que relata os cinco anos de governo de Pepe Mujica. Segundo ele, Lula não se referia a esse caso específico quando declarou a Mujica já ter lidado com "muitas coisas morais" e "chantagens" e que "essa era a única forma de governar o Brasil".

"Não, Lula estava falando sobre as 'coisas imorais' e não sobre o mensalão. O que Lula transmitiu ao Mujica foi que é difícil governar o Brasil sem conviver com chantagens e 'coisas imorais'", escreveu Danza, por e-mail, em resposta ao portal G1, curiosamente do mesmo grupo. De acordo com a reportagem, o Instituto Lula informou que não iria se manifestar sobre o livro. No livro, que será lançado no Brasil "em poucos dias", de acordo com Danza, Mujica elogia Lula, dizendo que ele não era corrupto.

Leia abaixo o trecho do qual o jornal O Globo tirou a conversa, o comentário do blog O Cafezinho sobre a interpretação, afirmando que não houve "confissão" nenhuma, e nota do Instituto Lula, que destacou que a matéria do Globo foi desmentida pelo G1, site que também pertence às Organizações Globo:

"Lula teve que enfrentar um dos maiores escândalos da História recente do Brasil: o mensalão, uma mensalidade paga a alguns parlamentares para que aprovassem os projetos mais importantes do Poder Executivo. Compra de votos, um dos mecanismos mais velhos da política. Até José Dirceu, um dos principais assessores de Lula, acabou sendo processado pelo caso.

'Lula não é um corrupto como Collor de Mello e outros ex-presidentes brasileiros', disse-nos Mujica, ao falar do caso. Ele contou, além disso, que Lula viveu todo esse episódio com angústia e com um pouco de culpa. 'Neste mundo tive que lidar com muitas coisas imorais, chantagens', disse Lula, aflito, a Mujica e Astori, semanas antes de eles assumirem o governo do Uruguai. 'Essa era a única forma de governar o Brasil', se justificou. Os dois tinham ido visitá-lo em Brasília, e Lula sentiu a necessidade de esclarecer a situação."


NOTA À IMPRENSA
Site G1, da Globo, desmente matéria de O Globo sobre Mujica e Lula

São Paulo, 8 de maio de 2015,

O site de notícias G1, das Organizações Globo, ouviu Andrés Danza, um dos autores do livro "Una oveja negra al poder", sobre o ex-presidente do Uruguai, José Mujica. O autor desmentiu qualquer tipo de "confissão" sobre o mensalão e portanto negou a manchete publicada hoje por O Globo.

O autor foi perguntado sobre matéria e respondeu que Lula e Mujica não estavam conversando sobre o mensalão quando Lula se referiu a conviver com chantagens como "a única forma de governar o Brasil".

Reproduzimos abaixo o trecho em que o autor do livro nega expressamente que a frase de Lula fosse uma referência ao mensalão (link aqui) e encaminhamos anexo o print da matéria:

"Questionado se Lula se referia especificamente ao mensalão ou a 'coisas imorais" ao falar sobre 'a única forma de governar o Brasil', um dos autores do livro respondeu por e-mail ao G1: 'Não, Lula estava falando sobre as 'coisas imorais' e não sobre o mensalão. O que Lula transmitiu ao Mujica foi que é dificil governar o Brasil sem conviver com chantagens e 'coisas imorais', escreveu Andrés Danza."

Lamentamos que uma vez mais a imprensa brasileira se utilize de imprecisões para gerar interpretações equivocadas e divulgar mentiras.

http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/180175/'Confissão'-de-Lula-a-Mujica-é-mais-um-crime-de-imprensa.htm

Dilma condecora veteranos brasileiros da 2ª Guerra Mundial

 

Dilma condecora veteranos brasileiros da 2ª Guerra Mundial

Dilma condecora veteranos brasileiros da 2ª Guerra Mundial

© Roberto Stuckert Filho/ PR

Quatro soldados brasileiros que lutaram na 2ª Guerra Mundial foram condecorados nesta sexta-feira, 8 de maio, pela presidenta Dilma Rousseff com as insígnias da Ordem Nacional do Mérito.

Solenidade em Comemoração aos 70 anos da tomada de Monte Castelo, na segunda Guerra Mundial

© Tereza Sobreira/ MD

“Pracinhas” brasileiros sempre reconheceram soviéticos

A cerimônia, no Palácio do Planalto, marcou os 70 anos do Dia da Vitória, comemorados nesta sexta-feira em vários países. Ao discursar, a presidenta falou da honra em homenagear aos “heróis” que ajudaram na luta “contra a discriminação e violência”.

A atual presença de militares brasileiros nas missões de paz patrocinadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), criada após o fim da guerra, foi ressaltada por Dilma. “Queremos um mundo regido por normas e instituições democráticas, onde prevaleça a responsabilidade compartilhada, onde as sementes de liberdade floresçam”, disse. Foram condecorados os ex-combatentes Nestor da Silva, João Rodrigues Filho, Roberto Paulo Timponi e Melchisedech Afonso de Carvalho, informou Agência Brasil.

Em 1942, após o ataque de submarinos alemães a navios brasileiros, o Brasil decidiu entrar na guerra do lado dos aliados (Estados Unidos, França e Inglaterra) e enviou 25.334 soldados para combater em território italiano. Eles ficaram conhecidos como os Pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Nos combates contra os países do Eixo, formado pela Alemanha, Itália e pelo Japão, 443 militares brasileiros morreram

http://br.sputniknews.com/brasil/20150508/972922.html

Putin lidera passeata "Regimento Imortal" na Praça Vermelha

 

A ação Regimento Immortal na Praça Vermelha

 

© Sputnik/ Vladimir Pesnya

O presidente russo, Vladimir Putin, chefiou a ação "Regimento Imortal" na Praça Vermelha em Moscou. Empunhando o retrato de seu pai, que defendeu o país dos nazistas, Putin acompanha os milhares de russos, cujos parentes também lutaram em 1941-1945, desfilando pelas ruas da capital.

A ação "Regimento Imortal" é uma passeata em que os manifestantes carregam fotos de seus parentes que morreram na Segunda Guerra Mundial, ou Grande Guerra Patriótica como é chamada na Rússia.

Parada de Vitória em Moscou

Saiba como foi a Parada da Vitória em Moscou

Esta iniciativa é realizada em 9 de maio, no Dia da Vitória, na capital russa e em outros países.
Marchas semelhantes também estão planejadas na Áustria, Azerbaijão, Bielorrússia, Alemanha, Israel, Irlanda, Cazaquistão, Mongólia, Noruega, Coreia do Sul, na Estónia e na Ucrânia.

No artigo da revista Russky Pioner (Pioneiro Russo), Vladimir Putin contou que seus pais sobreviveram na guerra por milagre, mas não sentiam ódio em relação aos soldados alemães, porque eles também eram reféns de circunstâncias e eram obrigados a combater. Ele disse que seu pai servia em Sevastopol, na Força de Submarinos. Quando a guerra começou, o pai de Putin trabalhava numa fábrica militar e não precisava ir para a linha de frente, mas foi por vontade própria. Ele foi enviado para o regimento de sabotagem e durante um dos ataques foi ferido.

A ação Regimento Immortal na Praça Vermelha

© Sputnik

A ação "Regimento Immortal" na Praça Vermelha

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Francischini não caiu pela violência da tropa, mas por não ter feito as pazes com ela

 

Francischini

A saída do secretário Fernando Francischini (SD) da Segurança Pública ocorreu pouco mais de uma semana após o confronto da Polícia Militar com os manifestantes no Centro Cívico. No entanto, parece correto dizer que Francischini não caiu devido ao excesso de violência empregado contra professores e outros presentes do lado de fora da Assembleia Legislativa.

Os excessos, a essa altura já está claro, foram brutais. No entanto, vale perguntar se Francischini teria caído caso sua reação aos fatos – e especialmente às críticas – tivesse sido outra. Ou, dizendo de outro modo: tudo leva a crer que Francischini não teria precisado sair se, quando se percebeu o tamanho da catástrofe que tinha sido criada, tivesse se mantido ao lado dos coronéis da PM.

O que levou à queda do secretário, de fato, foram os manifestos dos coronéis na última semana. A situação ficou insustentável quando 17 dos 19 coronéis da ativa assinaram uma carta ao governador Beto Richa (PSDB) dizendo que repudiavam as atitudes do secretário. Os outros dois não assinaram, segundo se diz, por estarem de férias ou fora da capital. Não há como comandar uma tropa se não há sequer possibilidade de diálogo com seus chefes.

O repúdio, por sua vez, surgiu da manobra de Francischini – depois renegada por ele – de tentar colocar a culpa pela violência, pelos 213 feridos, pelos abusos, na tropa. Como se ele, na condição de secretário, não precisasse responder por aquilo. Numa estrutura altamente hierarquizada, como a PM, isso é inadmissível. Os chefes são sempre responsáveis pelas atitudes de sua tropa. Por inabilidade ou falta de opção, Francischini não respeitou essa regra básica do jogo.

Tudo isso leva a pensar que foi a política, e não a violência, que derrubou Francischini. O que significa dizer que o governo ainda não admitiu claramente que os fatos daquele 29 de abril foram inaceitáveis do ponto de vista moral, do ponto de vista dos direitos humanos. O próprio governador, aliás, nunca mais se pronunciou depois de suas terríveis primeiras entrevistas sobre o caso, em que ainda insistia em colocar toda a culpa sobre vândalos ou arruaceiros. Versão que, obviamente, hoje não se sustenta mais.

O governo do estado tem perdido uma oportunidade depois da outra de dizer que não será conivente com a violência policial. Deixou que o comandante da PM e o secretário da área caíssem sob outros pretextos ou por outros motivos. Pela versão oficial, aliás, ninguém foi demitido. Quem saiu simplesmente pediu exoneração.

É possível que o inquérito policial militar ainda puna algum. Talvez de baixa patente. Mas os chefes da operação não foram punidos: saíram por questões políticas e sem um carimbo de demissão em seus currículos. Não parece que isso vá ajudar a refrear a truculência policial daqui por diante.

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http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/caixa-zero/francischini-nao-caiu-pela-violencia-da-tropa-mas-por-nao-ter-feito-as-pazes-com-ela/

30 mil funcionários em greve, nenhuma palavra no Jornal Nacional

 

beto
No Paraná, 100% das escolas estaduais estão em greve. Três, das quatro universidades estaduais, também. Policiais e bombeiros, não, porque sua greve é inconstitucional. E a mídia? Nem um piu!

Por Gustavo Maganani

A escolha de pauta nos grandes jornais brasileiros é muito interessante, veja bem:
No Paraná, 100% das escolas estaduais estão em greve. Três, das quatro universidades estaduais, também. Policiais e bombeiros, não, porque sua greve é inconstitucional.
Há poucos dias, os ônibus de Curitiba pararam. Pelo governo estadual.
Nesta semana, Beto Richa (PSDB) propôs um “pacote de maldades” para ser aprovado em critério de urgência pelos seus deputados mandados. Entre os desejos, além de aumentar impostos, Richa quer pegar 8 bilhões da Previdência Paraná. Pegar (pra não dizer roubar) porque esse dinheiro tem dono. Esse dinheiro é do contribuinte. [Entenda todo o pacotaço aqui]
Entre tantos feitos, Beto deu calote em professores, bombeiros, policiais e outras classes, não pagando férias, atrasando décimo terceiro, demitindo professores PSS que haviam sido aprovados, além de faxineiros, merendeiros, porteiros etc.
Para o leitor entender, se uma escola abrir hoje, ela abre sem merenda.
Por outro lado, sorte da escola que abre, porque várias foram fechadas.
Qual governo, em pleno 2015, fecha escolas?
Qual jornal, em pleno 2015, com a internet aí, omite o caos que está acontecendo?
Talvez as informações sejam irrelevantes…
Talvez, como sempre acontece quando o bico do pássaro é grande, estejam acobertando. Como o e-mail que vazou, da diretora da globo mandando tirar o nome de FHC dos vt’s sobre a Lava-Jato. Curioso que dois dias depois do e-mail vazar, fizeram uma matéria colocando o nome do FHC, em todos os jornais. Imparcialidade, sempre.
Ontem, além do que já foi escrito e dos outros absurdos que você pode descobrir, caso se interesse pela política paranaense, mais de 20 mil professores e funcionários públicos, de diferentes cidades, ocuparam a Assembléia Legislativa do Estado do Paraná, dando um corre nos deputados de situação, que fugiram pela porta dos fundos.
[Minha mãe, professora há mais de 25 anos, com outros professores de Guaíra, viajou mais de 660 km, para estar no protesto, tamanha a gravidade do assunto.]
Os professores permanecem na ALEP.
Hoje, Beto Richa conseguiu que decretassem a expulsão deles do local.
A PM, em vídeo divulgado lá na nossa página, se recusou a cumprir tal ordem e foi embora.
Em comentário, a docente e leitora do site, Thais Vanessa Schmitz, escreveu: “A PM do PR também está sofrendo com um calote do governador e desvalorização. Para eles é inconstitucional fazer greve, mas estão nos apoiando, um deles mesmo disse: eu sei que vocês estão lutando por nós também.”
Entretanto, nada está garantido. Como se fosse piada, os parlamentares irão votar o projeto amanhã, a portas fechadas, no restaurante da Câmara.
Será que a população não vai invadir? Será que não teremos confrontos?
Tudo isso, absolutamente tudo isso [e muito mais], não parece importar aos grandes jornais, sendo transmitido apenas pela televisão local.
A pergunta que não quer e não pode calar é: e se fosse um governo petista?
Eu respondo:
Se fosse um governo petista, este site atuaria da mesma maneira. Infelizmente, porém, não podemos dizer isso da grande mídia, que não abre o bico sobre tais assuntos, porque o mesmo bico que abre é o bico que é atingido.

http://www.portalmetropole.com/2015/02/30-mil-funcionarios-em-greve-nenhuma.html

Contra traição do PDT, base quer ministro fora

 

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Tereza Cruvinel

O governo venceu a guerra da MP 665 na Câmara por 25 votos. Teria perdido sem os 15 votos que teve na oposição, oito do DEM e sete do PSB. Não seriam 15 a menos mas 15 do outro lado. Estes oposicionistas votaram por espírito público, não por cargos ou favores de um governo que combatem. Disseram ter votado com a convicção de que a rejeição da MP seria muito danosa ao Brasil.

A dissidência do DEM é mais notável face à dura oposição que o partido faz ao governo. O grupo foi articulado pelos deputados José Carlos Aleluia e Rodrigo Maia e pelo prefeito de Salvador, ACM Neto. Do lado governo, agiu vice presidente Michel Temer, que mostrou a que veio, inclusive ao setores do PMDB que lhe tem hostilizado, com mais ou menos sutileza.

Já na base governista, o destaque foi o PDT, que tendo o ministro do Trabalho no governo, votou unido, e sempre contra. Inclusive hoje, quando a base governista conseguiu derrotar todos os destaques e emendas apresentados pela oposição. A revolta do PT e demais partidos da base com o PDT é grande.

Agora eles vão pedir a Dilma e a Michel que haja uma retaliação à altura . Se os pedetistas querem ser oposição, serão, mas ficarão sem o Ministério do Trabalho. Um jogo a conferir.

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/180068/Contra-traição-do-PDT-base-quer-ministro-fora.htm

Dilma defende Jandira da 'política do machismo'

 

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A presidente Dilma Rousseff usou as redes sociais na noite desta quinta-feira (7) para sair em defesa da deputada federal Jandira Feghali (PC do B/RJ), que foi alvo de agressões dos também deputados federais Alberto Fraga (DEM-DF) e Roberto Freire (PPS-SP).

"A política fica menor – com p minúsculo – quando é praticada com base no sexismo e no machismo. Minha solidariedade à deputada Jandira Feghali, ameaçada no plenário da Câmara, na noite de quarta-feira, por expor suas ideias. Jandira Feghali, você só engrandece a luta das mulheres na política brasileira. Avante, com força e fé. #JandiraMeRepresenta", publicou Dilma.

Na quarta, Alberto Fraga disse à deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) que “a mulher que participa da política como homem e fala como homem, também tem que apanhar como homem”. A declaração ocorreu porque Jandira acusou o deputado Roberto Freire (PPS-SP) de ter batido nas costas do comunista Orlando Silva (SP) e de ter empurrado seu braço.

Mais cedo, a própria Jandira expressou seu repúdio ao fato. Leia aqui.

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/180073/Dilma-defende-Jandira-da-'política-do-machismo'.htm

Alckmin fez desconto ilegal do salário de professores em greve

 

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247 - O Tribunal de Justiça de São Paulo acatou a ação preventiva do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e decidiu que é ilegal o corte dos salários do professores em greve na rede estadual. Parados há 54 dias, alguns professores tiveram descontos de até 50% nos salários.

De acordo com a decisão da juíza Celina Kiyomi Toyoshima, da 4ª Vara de Fazenda Pública, a greve é um direito previsto pela Constituição Federal e que, "até que haja solução sobre a legalidade ou não do movimento", o desconto salarial pelos dias de paralisação e corte de ponto é "prematuro". A decisão liminar ainda estipula multa de R$ 5 mil por cada dia de descumprimento.

Nesta quarta-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu o corte de salário. "Governo não faz o que quer, não tem essa liberalidade. Se (o professor) dá aula, tem frequência; se não dá aula, não tem frequência. Como vai dar frequência para quem não dá aula? Isso é prevaricação", afirmou.

http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/180065/Alckmin-fez-desconto-ilegal-do-salário-de-professores-em-greve.htm

quinta-feira, 7 de maio de 2015

A MULHER QUE FEZ OS RICOS PEGAREM EM PANELAS

 

Brazil's President Dilma Rousseff blows a kiss to the public while giving a speech in front of Planalto Palace in Brasilia

Dilma está sendo conhecida internacionalmente como a mulher que está despertando a Ira dos ricos. Depois de 510 anos de Brasil, um país feito e planejado para os ricos, algo de muito intrínseco está ocorrendo. O fato dos negros e pobres terem acesso a universidades, supermercados e avião. O fato da mulher ter autonomia para gerir os recursos dos programas federais e que o Brasil não é mais o quintal do FMI e dos EUA tem feito muitos ricos pegarem em panelas.

Uma coisa que nunca mudou, foi a forma da crítica, sempre a desculpa de corrupção foi o bode expiatório da elite brasileira para atacar governos com traços populares. Como diz o ditado, cada um acha o defeito nos outros, aquilo que é mais alarmante em sí mesmo. A corrupção sempre foi patrimônio da elite que se aproveita do Estado para enriquecer, assim foi em todos os governos antes do Presidente Lula.

No entanto, o que realmente está despertando a ira dos ricos é que agora, quando voltarem a governar o Brasil, já não encontrarão uma terra sem lei. O que os Ricos vão encontrar é a Lei da Transparência, a corrupção como crime hediondo, um ministério público e uma polícia Federal e com autonomia para investigar e punir. Vai dar trabalho destruir essa máquina caçadora de corruptos montadas pelos governos do PT, Partido dos Trabalhadores.

https://jovensdesquerda.wordpress.com/2015/05/06/a-mulher-que-fez-os-ricos-pegarem-em-panelas/

Justiça italiana suspende extradição de Pizzolato

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247 - O Tribunal Administrativo Regional (TAR) do Lacio, na Itália, suspendeu nesta quarta-feira, 6, a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão do PT.

A Corte italiana agendou uma audiência para o dia 3 de junho para analisar o recurso protocolado pela defesa do ex-dirigente do banco público. Os advogados argumentaram ao TAR que a decisão do ministro da Justiça, Andrea Orlando, se baseou em documentos aos quais a defesa não teve acesso, e que contraria a lei recém-aprovada que permite que cidadãos italianos condenados no Brasil cumpram pena na Itália.

Pizzolato, que tem cidadania italiana, foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no julgamento do mensalão do PT pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Em 2013, ele fugiu para a Itália antes de ser expedido seu mandado de prisão.

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/179822/Justiça-italiana-suspende-extradição-de-Pizzolato.htm

Primeira etapa de ajuste de Levy passa na Câmara

 

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O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta (6), por 252 votos a 227, a Medida Provisória 665/14, que muda as regras de concessão do seguro-desemprego; a medida integra o ajuste fiscal do governo, liderado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy; o texto aprovado é o relatório do senador Paulo Rocha (PT-PA), que diminui os períodos exigidos para a concessão do seguro-desemprego na primeira e segunda solicitações em relação ao texto original da MP; a MP também muda regras do abono salarial e do seguro-defeso para o pescador profissional; mais cedo, sindicalistas ocuparam as galerias em protesto à votação e foram retirados; aprovação pode ser considerada vitória do governo Dilma na Câmara

6 de Maio de 2015 às 22:08

247 - O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, por 252 votos a 227, a Medida Provisória 665/14, que muda as regras de concessão do seguro-desemprego. A medida integra o ajuste fiscal do governo, liderado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. O texto aprovado é o relatório do senador Paulo Rocha (PT-PA), que diminui os períodos exigidos para a concessão do seguro-desemprego na primeira e segunda solicitações em relação ao texto original da MP.

A MP também muda regras do abono salarial e do seguro-defeso para o pescador profissional.

Mais cedo, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), propôs e o plenário da Casa aceitou, um acordo para votar hoje (6) o texto principal da Medida Provisória (MP) 665, que muda as regras de acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial e ao seguro-defeso e dois destaques, sem que haja obstrução de nenhum partido.

Pelo acordo, hoje serão feitas três votações nominais: a do texto base da MP e a dos dois destaques. Todos os líderes concordaram com a proposta e prometeram não obstruir as votações.

Ainda pelo acordo, ficou firmado que as outras votações de emendas e destaques que visam a modificar o texto da MP serão feitas amanhã, em sessão marcada para ter inicio ao meio dia no plenário da Câmara. A sessão deverá ser encerrada às 19h. Eduardo Cunha informou que, pelo acordo, cada deputado votará de acordo com sua posição: a favor ou contra a MP, mas sem obstruir os trabalhos da Casa.

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/179897/Primeira-etapa-de-ajuste-de-Levy-passa-na-Câmara.htm

quarta-feira, 6 de maio de 2015

A legalidade ou um jogo de truco?

 

O herói substituto de Joaquim Barbosa na narrativa conservadora, tão confiante na cumplicidade da mídia, não hesitava em ver o que as imagens da câmera negavam

por: Saul Leblon

Augusto Dauster/Ajufe

Conta-se que em uma revista semanal de conhecida isenção jornalística, repórteres não raro recebem um título pronto e a recomendação expressa: providenciar um texto ‘investigativo’ que o justifique.
O juiz Sergio Moro e a equilibrada equipe responsável pela operação Lava Jato poderiam ter feito estágio na referida redação, com a qual, aliás, mantém laços de simpatia recíproca e de valores compartilhados.
Mesmo que não o tenham feito há sinais preocupantes de comungarem um singular método Paraná de investigação nessa sua cruzada como paladinos contra a corrupção, assim incensados com direito a pôster épico na primeira página da Folha de São Paulo.
Armados de uma sentença --como os títulos prévios da mencionada revista--, eles se puseram a campo para compor um lego jurídico em que as peças servem na medida em que se encaixam nos espaços reservados.
Tudo recortado pelas lâminas de um primarismo, cujo fio da meada se resume a um juízo de valor: a corrupção no Brasil nasceu --e morrerá, se depender da monarquia de Curitiba— junto com o PT.
A última e mais desconcertante evidencia de que a Nação está ao sabor desse jogo de cartas marcadas (leia a cortante análise de Maria Inês Nassif; nesta pág) em que a investigação cumpre papel acessório à sentença, foi a prisão do tesoureiro do PT , João Vaccari Neto, de sua esposa, Giselda Rousie de Lima, e de sua cunhada, Marice Corrêa de Lima.
Quatro dias após à prisão da cunhada de Vaccari , em 17/04 –antes declarada foragida e assim denegrida pelo jornalismo isento durante as 48 horas em que se encontrava em um Congresso sindical no Panamá, o juiz Sergio Moro pediu a prorrogação de sua detenção.
Justificando-a, em pomposa declaração à mídia, praticamente sentenciou a investigada.
"Embora Marice não tenha sido identificada nominalmente, os vídeos apresentados não deixam qualquer margem para a dúvida de que a pessoa em questão é Marice Correa de Lima", afirmou o juiz Sérgio

A crise vai se agravar, mas a esquerda se uniu e Lula voltou

 

Nasceu a frente de esquerda ordenada na certeza de que o governo Dilma será aquilo que a rua conseguir que ele seja. E uma voz rouca avisou: 'Vou à luta'

por: Saul Leblon

Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Alguma coisa de muito importante aconteceu no histórico Vale do Anhangabaú, em São Paulo, nesta sexta-feira, 1º de Maio.
Quem se limitou ao informativo da emissão conservadora perdeu o bonde.
O tanquinho de areia do conservadorismo, sugestivamente deixou escapar o principal ingrediente desta sexta-feira, que pode alterar as peças do xadrez político brasileiro.
Preferiu o glorioso jornalismo cometer pequenas peraltices.
Tipo contrastar a imagem de Lula com um cartaz contra o arrocho de Levy, como fizeram os petizes da Folha.
Blindagens ideológicas e cognitivas ilustram um traço constitutivo daquilo que os willians –Bonner e Waack—denominam de ética da informação.
Trata-se de não informar, ou camuflar o principal em secundário. E vice versa.
Não houve sorteio de geladeira no 1º de Maio da esquerda brasileira. Mas os assalariados talvez tenham tirado ali a sorte grande – a mais valiosa de todos os últimos maios.
No gigantesco palco de mobilizações épicas, que reuniu um milhão de pessoas há 31 anos para lutar por eleições diretas, a história brasileira deu mais um passo que pode ser decisivo para impulsionar vários outros nos embates que virão.
Porque virão; com certeza virão.
Essa certeza permeava o Dia do Trabalhador na larga manhã da sexta-feira no Anhangabaú.
A engrenagem capitalista opera um conflito independente da vontade de seus protagonistas. A direção que ele toma, porém, reflete o discernimento histórico dos atores sociais de cada época.
A chance de que o embate resulte em uma sociedade melhor depende, portanto, de quem assumir o comando do processo.
As lideranças que estavam no Anhangabaú deram um passo unificado nessa direção.
Que esse movimento tenha escapado às manchetes faceiras ilustra a degeneração de um aparato informativo que já não consegue se proteger de suas próprias mentiras.
Os que enxergam no trabalho apenas um insumo dos mercados, um entre outros, nivelaram a importância do Anhangabaú ao que acontecia no palanque do Campo de Bagatelle quase à mesma hora.
Lá se espojavam aqueles que com a mesma sem cerimônia risonha operam a redução do custo da ‘matéria-prima humana’ no Congresso brasileiro.
Sorteios de carros e maximização da mais-valia compõem a sua visão de harmonia social, que remete ao descanso da chibata na casa grande em dia de matança de porco.
Vísceras, os intestinos, eram franqueados então com alguma generosidade nos campos de Bagatelle pioneiros, em que paulinhos ‘Boca’ vigiavam a fugaz confraternização da casa grande com a tigrada ignara sob sua guarda.
A mais grave omissão do ciclo de governos progressistas iniciado em 2003 foi não ter afrontado essa tradição de forma organizada, a ponto de hoje ser ameaçado por ela.
Porque muito se fez e não pouco se avançou em termos sociais e econômicos, mas esse flanco ficou em aberto.
O vazio era tão grande que se cultivou a ilusão de que avanços materiais seriam suficientes para impulsionar o resto por gravidade.
A primeira universidade brasileira, contou Lula no Anhangabaú, só foi construída em 1920.
Colombo descobriu a América em 1492.
Em 1507, 15 anos depois de chegar à República Dominicana, Santo Domingo já construía sua primeira universidade.
A elite brasileira demorou quatro séculos anos para fazer o mesmo, reverberou Lula.
Tome-se o ritmo de implantação do metrô em duas décadas de poder tucano em São Paulo.
Compare com a extensão em dobro

“Existe uma clara aliança de combate ao PT”

 

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Militante histórico do partido, ex-ministro e atual prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho aponta "uma clara pregação de ódio que une grande mídia, que mais parece panfleto da oposição, setores conservadores da sociedade e o grande capital especulador que deixou de lucrar com os nossos governos"; em artigo para o 247, o petista vê "uma união por oportunismo, ideologia e interesses econômicos"; entre os motivos, diz ele, está não tolerar "o avanço que o povo pobre conquistou" nos últimos anos, com maior distribuição de renda; "Não toleram o cheiro do Avanço do filho do pobre que senta ao lado do seu filho no banco da faculdade. O Avanço do pobre que senta ao seu lado na poltrona do avião", completa

6 de Maio de 2015 às 19:00

247 - Em artigo para o 247, o prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Luiz Marinho, destaca a existência de uma "clara aliança de combate ao PT". Militante histórico do partido e ex-ministro do Trabalho e da Previdência Social, Marinho vê "uma clara pregação de ódio que une grande mídia, que mais parece panfleto da oposição, setores conservadores da sociedade e o grande capital especulador que deixou de lucrar com os nossos governos". "É uma união por oportunismo, ideologia e interesses econômicos", diz ele. O motivo, completa, está a intolerância com "o avanço que o povo pobre conquistou" nos últimos anos, durante o governo do PT. Leia abaixo a íntegra de seu texto:

O cheiro do Avanço

Por Luiz Marinho

Na última terça-feira, quando foi ao ar em rede nacional de rádio e TV o programa do PT, em algumas cidades do país um grupo de pessoas foi às suas varandas e janelas bater panelas e ofender a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula em protesto contra sabe-se lá o que. Particularmente não assisti ao vivo ao programa, nem muito menos ouvi o barulho das panelas porque no momento em que ia ao ar estava reunido com 159 famílias de um bairro da periferia de nossa cidade dando início ao processo de regularização fundiária de suas moradas. Aliás, desde 2009, quando assumimos o governo, já garantimos a propriedade de suas moradias para 3.353 famílias.

Antes de tudo é preciso entender essa pregação do ódio contra o PT. Enxergar a cortina que esconde esse processo de ódio contra o PT. E colocar as coisas no seu devido contexto histórico. É preciso uma reflexão sobre como era o país antes de Lula e Dilma e da chegada do PT ao poder. Foi com o governo do PT que milhões de brasileiros saíram da linha da pobreza, conseguiram comprar a casa própria, conseguiram botar seus filhos para fazer uma faculdade, conseguiram comprar um carro novo, conseguiram andar de avião pela primeira vez. Enfim, conseguiram ser vistos e tiveram suas vidas mudadas.

E nós, como petistas, temos que fazer essa reflexão e esse debate diariamente. É preciso fazer com que as pessoas 'recuperem' a memória de qual era a situação do País e veja como sua vida mudou nesses últimos 13 anos. É preciso fazer com que elas pensem como seria o Brasil sem o Lula, sem a Dilma, sem esses 13 anos de governo do PT. É fato que a economia brasileira hoje passa por um momento de dificuldades, que enfrentamos problemas na área política. Mas não podemos perder de vista o papel do PT nesse novo Brasil.

Precisamos ter tranquilidade e cautela para observar a evolução das coisas. Nos nossos governos não obervamos a fome matando pessoas como acontecia antes, por exemplo. Esse é o impacto dos governos Lula e Dilma. Estamos desenvolvendo o país para outro patamar.

E isso tem incomodado muita gente. Vivemos um período que vários setores da sociedade se colocam contra o partido de maneira odiosa, como se fôssemos ladrões porque algumas pessoas, de vários partidos e até sem partido, podem ter cometido mal feitos. Estamos vivendo uma verdadeira guerra e temos que enfrentar essa guerra

Existe uma clara aliança de combate ao PT. Uma clara pregação de ódio que une grande mídia, que mais parece panfleto da oposição, setores conservadores da sociedade e o grande capital especulador que deixou de lucrar com os nossos governos. É uma união por oportunismo, ideologia e interesses econômicos. Ficou fácil falar mal do PT, mas nós saberemos fazer o enfrentamento e seguir em frente.

A verdade é que fizemos um processo de inclusão nunca visto na história do País, colocamos o Brasil na rota do desenvolvimento. Não temos motivo para ter vergonha das conquistas que trouxemos para o país.

E como disse em artigo recente o frade Leonardo Boff, o ódio ao PT no fundo no fundo é o ódio das conquistas que trouxemos ao povo pobre. Muitos deles não toleram o avanço que o povo pobre conquistou nos nossos governos. Não toleram o cheiro do Avanço do filho do pobre que senta ao lado do seu filho no banco da faculdade. O Avanço do pobre que senta ao seu lado na poltrona do avião.

Luiz Marinho, ex-ministro do Trabalho e da Previdência Social, é prefeito de São Bernardo do Campo

http://www.brasil247.com/pt/247/poder/179879/Marinho-“Existe-uma-clara-aliança-de-combate-ao-PT”.htm

Feira de barriga de aluguel causa polêmica na Bélgica

 

Como o recrutamento comercial de mães de aluguel é proibido no país, associações acusaram a feira de estimular o tráfico de seres humanos

Viviane Vaz

Cidadãos belgas e associações de Direitos Humanos protestaram no domingo (03/05) em Bruxelas contra uma feira realizada no mesmo dia por cerca de 20 clínicas americanas visando promover na Europa a paternidade por gestação subrogada (mais conhecida como barriga de aluguel) a homens homossexuais.

saiba mais

 Foto: Jaguar PS / Shutterstock.com

O ex-noivo de Sofia Vergara entrou na Justiça para conseguir a guarda dos embriões que o casal congelou quando ainda estavam juntos

Foto: Jaguar PS / Shutterstock.com

Segundo o jornal belga Standaard, o serviço por gestação de um bebê foi estimado em 100 mil dólares e o dinheiro não iria inteiramente para a "barriga de aluguel", mas incluiria também os serviços de intervenção médica e assistência jurídica. Cerca de 200 pessoas de toda a Europa compareceram ao evento.

http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/barriga-de-aluguel-feira-causa-polemica-na-belgica,f95cf6f46d6cd65688b37b66c08d77c5wiuoRCRD.html

Câmara aprova PEC da Bengala e barra nomeações de Dilma

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Proposta aumenta de 70 para 75 anos a idade da aposentadoria compulsória dos ministros do Supremo Tribunal Federal, dos tribunais superiores e do Tribunal de Contas de União; a liderança do PT era contra a aprovação; acusava os deputados que ficaram a favor do texto de casuísmo por só defenderem a mudança para tirar da presidente Dilma Rousseff o poder de indicar outros ministros para o Supremo; até então, cinco ministros da composição atual do STF se aposentariam até 2018

6 de Maio de 2015 às 05:50

Consultor Jurídico - A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta terça-feira (5/5), a Proposta de Emenda à Constituição que aumenta de 70 para 75 anos a idade da aposentadoria compulsória dos ministros do Supremo Tribunal Federal, dos tribunais superiores e do Tribunal de Contas de União. O texto, apelidado de PEC da Bengala, foi aprovado por 333 votos a 140, com dez abstenções. Agora, segue para promulgação, sem passar pela comissão de redação final.

O PT havia proposto um destaque para acrescentar ao texto da PEC um trecho prevendo a necessidade de lei complementar tratar da compulsória em outros cargos públicos. Se o destaque fosse aprovado, a PEC teria de voltar ao Senado. Como não foi, o texto da PEC é aprovado diretamente.

A liderança do PT era contra a aprovação. Acusava os deputados que ficaram a favor do texto de casuísmo por só defenderem a mudança para tirar da presidente Dilma Rousseff o poder de indicar outros ministros para o Supremo.

Com a compulsória aos 70 anos, cinco ministros da composição atual do STF aposentariam até 2018. Somada à vaga já deixada pela aposentadoria precoce do ministro Joaquim Barbosa, a presidente Dilma, portanto, indicaria seis ministros para o Supremo.

Com a PEC, nenhuma das aposentadorias previstas até 2018 acontece dentro do mandato de Dilma Rousseff. Como ela já indicou o professor Luiz Edson Fachin à vaga de Joaquim Barbosa, o Congresso tirou da presidente o poder de indicar nomes mais diretamente ligados a ele.

Ao mesmo tempo, a PEC dificulta a vida de Fachin no Senado. Ele já enfrenta forte oposição de alguns senadores por conta de alguns de seus posicionamentos acadêmicos. A sabatina, que estava marcada para o último dia 29 de abril, foi até adiada depois de questionamento de alguns senadores. Ficou marcada para o dia 12 de maio.

Do site Brasil 247

terça-feira, 5 de maio de 2015

Vendas em supermercados crescem 7,15% em março

 

As vendas em supermercados cresceram 7,15% em março na comparação com o mês anterior, mostra balanço da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), divulgado nesta quarta-feira (29). Em relação a março do ano passado, houve alta de 0,57%.

agência Brasil

No acumulado de janeiro a março, foi registrado crescimento de 1,46% na comparação com o primeiro trimestre de 2014. Os percentuais levam em consideração a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Na passagem de janeiro para fevereiro, o indicador recuou 7,64%. Apesar da queda, o resultado foi avaliado com positivo pela associação, pois a base de comparação era alta, tendo em vista que janeiro apresentou bom desempenho.
“De maneira geral, o resultado acompanha o desempenho da economia neste ano em que se prevê o resultado negativo do PIB [Produto Interno Bruto] e um aumento da taxa de desemprego. Apesar desse cenário, as vendas do setor continuam positivas”, avaliou, por meio de nota, o presidente da Abras, Fernando Yamada.
A associação divulgou também um levantamento de preços, encomendado à empresa GfK, de 35 produtos mais consumidos pela população, incluindo cerveja, refrigerante, itens de higiene, beleza e limpeza doméstica. A cesta Abrasmercado registrou alta de 0,84% no período, passando de R$ 387,71, em fevereiro, para R$ 390,96, em março.
As maiores altas foram verificados nos itens cebola (10,69%), ovo (6,64%), leite do tipo longa vida (5,54%) e tomate (4,62%). As quedas mais significativas foram registradas nos seguintes itens: batata (-6,97), xampu (-2,14%), extrato de tomate (-1,07%) e leite em pó integral (-1,02%).
A análise por região mostra que todas tiveram alta. O Sul apresentou o maior crescimento (1,99%), com valor de R$ 431,67, seguido pela Região Norte, com alta de 1,01% e valor de R$ 429,70.
As demais regiões tiveram altas similares, em torno de 0,3%. A cesta mais barata é a da Região Nordeste (R$ 336,93). O Sudeste e o Centro-Oeste têm valores de R$ 377,05 e R$ 371,49, respectivamente.
Fonte: Agência Brasil

http://www.vermelho.org.br/noticia/263098-2

Vamos em frente

 

27.Abr.2015

A divulgação das demonstrações contábeis de 2014 representa um ponto de virada para a nossa empresa, diante dos desafios que temos enfrentado nos últimos meses, porque reforça o compromisso com a transparência de nossas atividades e impulsiona iniciativas futuras baseadas neste novo contexto, como uma abertura maior aos mercados internacionais e o aumento da confiança de nossos investidores. Para que a empresa continue operando com excelência, estamos nos empenhando para superar nossos obstáculos com trabalho e resultados.

O presidente Aldemir Bendine explica a importância da divulgação de nossas demonstrações contábeis de 2014:

Em 2014, segundo as demonstrações contábeis, tivemos um prejuízo de R$ 21,6 bilhões, principalmente em decorrência da perda por desvalorização de ativos (impairment) e da baixa decorrente de pagamentos indevidos identificados no âmbito da Operação Lava Jato. Ainda assim, apresentamos uma série de resultados operacionais positivos, que demonstram a nossa sustentabilidade. Destacam-se entre eles:

• O lucro bruto de R$ 80,4 bilhões (15% superior ao de 2013).

• O aumento de 5,1% na produção de petróleo e gás natural, no Brasil e no exterior, com relação a 2013.

• O aumento em 2% da carga processada no refino, no Brasil e no exterior, com relação a 2013.

• O aumento de 2% na produção de derivados no Brasil, com relação a 2013.

• O crescimento de 3% no volume de venda de derivados no mercado interno, com relação a 2013.

• Os investimentos totais de R$ 87,1 bilhões em 2014.

• Terminamos o ano de 2014 com R$ 68,9 bilhões em caixa.

card-destaques-operacionais.jpgEsses dados só aumentam a nossa responsabilidade diante de desafios como a necessidade de reduzir o nível de endividamento e a busca do esclarecimento de fatos, além do ressarcimento pelos prejuízos sofridos.

Frente a esse contexto, estamos acionando mecanismos de controle na gestão e criamos a área de Governança, Risco e Conformidade. Nossos padrões estão sendo aprimorados e temos colaborado com os trabalhos das autoridades públicas. Levando em conta o declínio dos preços do petróleo e a apreciação do dólar, estamos também revisando nossas perspectivas futuras para o planejamento do novo Plano de Negócios e Gestão.

Trabalhamos diariamente para superar todos os desafios que se apresentam e para mostrar que a maior empresa do país continua sólida. No dia 15 de maio, nosso Conselho de Administração (CA) se reunirá para apreciar as demonstrações contábeis do primeiro trimestre de 2015. Esperamos divulgar as demonstrações contábeis ao mercado após a decisão do CA.

Postado em: [Institucional]

http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/vamos-em-frente.htm

segunda-feira, 4 de maio de 2015

PMDB está expulsando quem contrariou Eunício Oliveira na última eleição

 

“A degola vai atingir mais de 200 filiados. Na lista estão vereadores, deputados, prefeitos e até presidentes do partido em vários municípios. Não adianta inventar que está saindo, estão sendo expulsos”, explicou ao Blog do Roberto Moreira, uma fonte do comando do PMDB que cuida da faxina.

A faxina começou por Acaraú. Os deputados Aníbal e Duquinha dominavam o PMDB, agora perderam a sigla que passa para as mãos dos ex-petista Pedro do Cleto que apoiou Eunício na eleição passada.

As mudanças atingem outras grande cidades como Tauá, Fortaleza, Barbalha e Camocim. Em Camocim, o PMDB vai para o comando de Chico Vaulino, adversário da família Aguiar.

A outra grande intervenção será em Santa Quitéria onde o prefeito será expulso, sua família perderá o comando do PMDB e o partido vai reclamar seu mandato.

A Opinião do Blogueiro

Esse é o estilo Eunício Oliveira de fazer política. E não adianta segmentos da imprensa, beneficiados pelo dinheiro do Senador, espalhar uma história de que a iniciativa não partiu de Eunício, e que ele está em Brasília preocupado com a situação do país, e que o vice Gaudêncio é quem está fazendo o ‘rapa’. Balela. Gaudêncio não apita nada sem a ordem do chefe dele. Eunício quer pintar sempre de bom moço, mas mostra as unhas ferinas sempre que alguém ousa contraria-lo. Conversa para boi dormir.

http://sobralemrevista.blogspot.com.br/

Temer diz que haverá corte 'radical' se Congresso não aprovar ajuste fiscal

 

Governo deve anunciar nas próximas semanas bloqueio no Orçamento.
Executivo propôs ao parlamento medidas para reequilibrar as contas.

Filipe Matoso*Do G1, em Brasília

 

Vice-presidente, Michel Temer, concede entrevista antes de reunião com líderes da base aliada do governo (Foto: Filipe Matoso/G1)O vice-presidente da República, Michel Temer.
(Foto: Filipe Matoso/G1)

O vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta segunda-feira (4) que, se o Congresso Nacional não aprovar as medidas de ajuste fiscal propostas pelo governo, o corte no Orçamento de 2015 será “muito radical”. Temer convocou líderes da base aliada ao Palácio do Planalto para discutir as duas medidas provisórias enviadas ao parlamento que propõem alterações em direitos trabalhistas e previdenciários para reforçar o caixa da União.

A MP 665, que sugere mudanças nas regras de acesso ao seguro-desemprego, já foi aprovada em comissão especial e pode ser apreciada pelo plenário da Câmara ainda nesta semana. Já a MP 664, que trata de pensão por morte, deverá ser analisada na comissão especial nesta terça (5).

Desde o início do ano, o governo iniciou o processo de ajuste fiscal para reduzir gastos e reequilibrar as contas públicas. O bloqueio no Orçamento, tecnicamente denominado "contingenciamento", consiste em retardar ou "inexecutar" parte da programação de despesas prevista na lei orçamentária em função da insuficiência de receitas.

“Se não houver ajuste, o contingenciamento será muito radical. Se houver ajuste, o contingenciamento será muito menor”, declarou Temer.

Em março deste ano, ao participar de evento no Rio Grande do Sul, a presidente Dilma Rousseff já havia falado em cortes no Orçamento e dito que o contingenciamento neste ano será “significativo”.

Além das duas medidas provisórias do ajuste fiscal, o governo enviou ao Congresso projeto de lei que modifica a desoneração da folha de pagamento das empresas. Embora o Planalto tenha enviado projetos ao Legislativo, ministros como Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Joaquim Levy (Fazenda) têm dito que “80% do ajuste” cabem ao próprio governo e é preciso “cortar na própria carne”.

'Ameaça'
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou não “encarar como ameaça” a declaração de Michel Temer de que será necessário um corte maior no Orçamento se as medidas provisórias do ajuste fiscal não forem aprovadas. Para Cunha, a declaração está de acordo com a “realidade”.

“Não acho que seja uma ameaça. Acho que eles têm uma meta e as formas de atingir essa meta são várias. Se não atingir de um jeito, vai atingir de outro. Eu não encaro isso como ameaça, encaro como realidade. Ele [Temer] quer atingir uma meta de superávit. Se não atingir de um jeito, vai atingir de outro”, disse o peemedebista ao chegar à Câmara nesta segunda-feira (4).

Acho que essa ameaça, pelo menos para a oposição, não funciona. Espero que não se sensibilizem as bases do governo mais independentes."

Mendonça Filho (PE), líder da bancada do DEM na Câmara

No entanto, o líder do DEM, deputado Mendonça Filho, interpretou a fala do vice-presidente da República como uma “ameaça” que “não terá efeito”. O parlamentar oposicionista disse que seu partido deverá votar contra as medidas provisórias e poderá recorrer a dispositivos previstos no regimento interno da Casa para tentar atrasar, ao máximo, a votação das MPs.

“Acho que essa ameaça, pelo menos para a oposição, não funciona. Espero que não se sensibilizem as bases do governo mais independentes. O que o governo tem que fazer é cortar na carne, cortar gordura, e fazer com que a máquina pública funcione a favor da sociedade, e não em favor do governo”, ponderou.

Na visão de Mendonça Filho, o governo quer colocar a crise econômica "na conta" dos trabalhadores e do setor produtivo. "O que a gente vê é a sociedade carregando o governo, e o governo, ineficiente, não entrega nada, nem educação, nem saúde, nem segurança. E temos 38 ministérios e milhares de cargos públicos que poderiam ser reduzidos", criticou o líder do DEM.

Estou até sugerindo ao PT, que tem entrosamento com trabalhadores e centrais, que se dedique por inteiro a esta aprovação, assim como os demais partidos da base"

Michel Temer, vice-presidente da República

Apoio do PT
Eduardo Cunha criticou a postura do PT em relação às medidas provisórias do ajuste fiscal. Parte da bancada petista se opõe às restrições impostas pelas MPs ao acesso a direitos trabalhistas e previdenciários. Para o presidente da Câmara, será difícil a base aliada aprovar os textos se não houver acordo com o PT.

“Se o PT não tiver acordo, vai ser difícil convencer os partidos da base a acompanhar [a posição do governo]. É óbvio. Essa é minha opinião. Acho que dificulta muito a posição”, enfatizou.

Na entrevista que concedeu nesta segunda-feira no Palácio do Planalto, Michel Temer relatou ter sugerido ao PT que, em função do “entrosamento” que o partido tem com os trabalhadores e as centrais sindicais, se dedique “por inteiro” à aprovação das medidas provisórias do ajuste fiscal.

saiba mais

O vice-presidente disse ter “ouvido” que poderia haver divergências entre as legendas da base governista na hora das votações e pediu é “unidade” às siglas.

“Eu tenho a sensação, aliás, mais que sensação, eu tenho a convicção de que a partir de amanhã [terça], quando o Congresso irá votar as MPs 664 e 665, a votação será coberta de êxito, não tenho dúvidas. Porque isso é fundamental para o país. Estou até sugerindo ao PT, que tem entrosamento com trabalhadores e centrais, que se dedique por inteiro a esta aprovação, assim como os demais partidos da base”, declarou.

‘Dissidências’ do PMDB
Após participar de reunião com Michel Temer, o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, um dos seis nomes do PMDB no primeiro escalão, admitiu que podem haver “dissidências” dentro de seu partido na votação do ajuste fiscal.

Um dos principais conselheiros políticos do vice-presidente, Padilha disse ter “convicção” de que o PT “fechará a bancada” em favor do ajuste, ou seja, garantirá os votos dos 70 deputados.

“Nós temos essa convicção de que o PT vai acabar dando a bancada fechada para o ajuste. E o PMDB trabalha com a possibilidade de estar muito próximo da totalidade. Teremos defecções, até porque o PMDB é um partido que sempre tem defecções, e teremos dissidências, mas trabalhamos com a probabilidade de termos dos [votos dos] 67 [deputados], algo entre 50 e 55 [votos favoráveis ao ajuste]”, comentou o titular da Aviação Civil.

* Colaborou Nathalia Passarinho

http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/05/temer-diz-que-havera-corte-radical-se-congresso-nao-aprovar-ajuste-fiscal.html

EUA responderam com traição às tentativas de aproximação da Rússia

 

Bandeiras dos EUA e da Rússia

16:25 04.05.2015(atualizado 18:13 04.05.2015) URL curta

60780

Os arquitetos da política norte-americana para a Rússia e a Ucrânia estão destruindo a segurança dos EUA, e qualquer pessoa que não sofre de "russofobia" é capaz de enxergá-lo, diz o historiador e docente da Universidade de Princeton, Stephen Cohen.

"A crise ucraniana representa um fortíssimo golpe para a segurança nacional dos EUA, mais forte mesmo do que a guerra no Iraque e suas consequências duradouras. O motivo disso é simples: novamente o caminho para a segurança nacional dos EUA passa por Moscou. Não existe uma questão sequer de segurança regional ou internacional que os EUA poderiam resolver sem uma plena cooperação com qualquer líder no Kremlin – isso é um fato e não há nada mais a acrescentar nesse sentido".

Bandeiras dos EUA e da Rússia

© VIPERAGP

EUA serão incapazes de conter qualquer ameaça sem a Rússia

Na opinião do historiador, o curso político escolhido pela elite norte-americana para a Rússia, em parte por causa do conflito na Ucrânia, não trará nada além de prejuízos. Se Washington perder o contato com a Rússia, Moscou poderá se decepcionar para sempre com as elites norte-americanas e abrir mão da cooperação no âmbito da segurança internacional.

A Rússia e o seu líder, Presidente Vladimir Putin, indicaram claramente seu interesse por uma parceria igualitária com os EUA ainda durante a conferência em Munique, em 2007, acredita Cohen.

"Putin diz: escutem, nós queremos ser seu parceiro; nós desejamos isso desde o momento da chegada de Gorbachev ao poder. Nós acreditamos na ideia de uma Europa unificada. Mas a cada vez que nós procuramos vocês [os EUA], ou acreditamos termos chegamos a algum acordo, vocês  começam a se portar com hegemonia e todos precisam fazer o que vocês falam para continuar do seu lado" — escreve o historiador norte-americano.

Ártico

© SPUTNIK/ RAMIL SITDIKOV

EUA e Rússia têm boas oportunidades para cooperação no Ártico

Na opinião de Stephen Cohen, no início dos anos 2000 existia um potencial para uma real parceria estratégica entre a Rússia e os EUA. No entanto, escreve ele, em repostas às iniciativas do presidente russo para uma aproximação, George W. Bush "expandiu a OTAN" e retirou os EUA do Tratado de Mísseis Antibalísticos – minando as bases da segurança nuclear da Rússia.

Stephen Cohen considera esses passos do presidente norte-americano como uma traição, e destaca que exatamente naquela época pode ter havido um ponto de virada na arquitetura das futuras relações russo-americanas.

Leia mais: http://br.sputniknews.com/opiniao/20150504/929162.html#ixzz3ZCu1waO8

China saúda laços com a Rússia para manter equilíbrio mundial de poder

 

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e presidente da China, Xi Jinping, em maio de 2014

 

© AP Photo/ Carlos Barria

A cooperação entre a Rússia e a China é necessária para manter o equilíbrio de poder no mundo, segundo disse o vice-ministro chinês das Relações Exteriores Cheng Guoping nesta segunda-feira, em entrevista coletiva.

Xi Jinping, presidente da China.

© AFP 2015/ WANG ZHAO

Presidente da China divulga roteiro da viagem a Moscou para a Parada da Vitória

De acordo com o diplomata chinês, as relações russo-chinesas chegaram a um novo nível de desenvolvimento e a próxima visita do presidente Xi Jinping a Moscou vai facilitar ainda mais a cooperação entre Pequim e Moscou. O líder chinês fará uma visita de três dias à capital russa, entre os dias 8 e 10 de maio, durante a qual participará do Desfile do Dia da Vitória em 9 de maio a convite do presidente russo, Vladimir Putin.

"A cooperação e a coordenação entre a China e a Rússia são necessárias para manter o equilíbrio de poder internacional e preservar a ordem mundial do pós-guerra. A participação dos líderes dos dois países em eventos mútuos dedicados ao 70º aniversário da vitória na Segunda Guerra Mundial indica que a Rússia e a China, como os maiores países do mundo e como membros das Nações Unidas, têm a intenção de manter a ordem internacional".

De acordo com o vice-ministro chinês, Xi Jinping planeja se reunir com Putin e com o primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, bem como com veteranos da Segunda Guerra Mundial, com especialistas russos que trabalham na China e com jornalistas. Ele também irá colocar uma coroa de flores no Túmulo do Soldado Desconhecido em Moscou.

Cerimônia de assinatura do Banco Asiático de Investimento de Infraestrutura (AIIB)

© AFP 2015/ TAKAKI YAJIMA /POOL

Rússia pode ter mais direitos no Banco Asiático de Investimento

Espera-se que durante a visita de Xi Jinping, uma série de acordos bilaterais sejam assinados nos setores de energia, aviação, pesquisa espacial e finanças. Além disso, Moscou e Pequim deverão discutir as possibilidades de uma maior cooperação, e particularmente o projeto de recriação de uma Rota da Seda.

Cheng Guoping acrescentou que uma "boa relação de trabalho" e uma "amizade pessoal" entre o presidente Xi Jinping e o presidente Vladimir Putin compõem "uma base política importante para as relações bilaterais".

Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20150504/928394.html#ixzz3ZCso83Il

Richa é o modelo tucano em estado bruto

 

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Por Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho

Aos que não se conformam até hoje com a reeleição de Dilma Rousseff nas eleições presidenciais, o modelo adotado pelo governador tucano Beto Richa para enfrentar uma greve de professores no Paraná, na última quarta-feira, dá uma boa ideia do que poderia estar acontecendo no Brasil se Aécio Neves tivesse vencido as eleições de 2014.

Os mais de 200 feridos ao final do ataque desfechado pela Polícia Militar de Richa são o retrato em estado bruto de uma forma de governar tornada padrão pelo PSDB, que já vimos também aqui em São Paulo, durante os protestos de junho de 2013, contra o aumento das passagens de ônibus.

As imagens de balas de borracha, sprays de pimenta e jatos d´água usados contra cerca de 15 mil manifestantes durante mais de duas horas, enquanto o governador permanecia em seu gabinete e alguns colaboradores comemoravam os ataques dos policiais, poderiam refrescar a memória dos que querem voltar ao tempo em que protestar contra o governo era correr risco de vida.

Até agora, os caciques tucanos e seus porta vozes acadêmicos e midiáticos, sempre tão falantes e inquisidores quando se trata de criticar o governo da presidente Dilma Rousseff, não se manifestaram para condenar a selvageria de Curitiba, que a grande imprensa chamou de confronto, mas na verdade terminou num massacre da PM contra os professores em greve. Cadê Aécio? Cadê FHC? Cadê Serra? Cadê os seus juristas de plantão? Cadê a indignação cívica?

Candidamente, no melhor estilo tucano, o governador Beto Richa alegou que a PM apenas reagiu aos ataques de black-blocs que tentavam invadir a Assembléia Legislativa. Para prender sete baderneiros – bem menos do que os 17 policiais presos por se recusarem a atacar os professores – colocaram em risco a segurança de milhares de pessoas e assim, democraticamente, conseguiram aprovar um projeto do governador que tira direitos dos trabalhadores, às vésperas deste triste 1º de Maio, o mais melancólico destes últimos anos.

Está ruim, mas poderia estar muito pior.

http://www.brasil247.com/pt/247/parana247/179250/Kotscho-Richa-%C3%A9-o-modelo-tucano-em-estado-bruto.htm

Nassif: denúncia de Época contra Lula mancha o MP

 

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"Não há mais limites para a politização do Ministério Público Federal", escreve o jornalista Luís Nassif; "A denúncia da Procuradoria da República do Distrito Federal contra a Odebrecht e Lula, por suas ações para conquistar mercados em países emergentes, é um dos capítulos mais graves da atuação política do órgão"; Nassif cobra providências do procurador-geral Rodrigo Janot; "o Procurador Geral Rodrigo Janot precisa sair de sua zona de conforto, esquecer o show midiático, e garantir um mínimo de seriedade e responsabilidade institucional no órgão que comanda"

1 de Maio de 2015 às 13:59

Por Luís Nassif, no jornal GGN

Não há mais limites para a politização do Ministério Público Federal.

A denúncia da Procuradoria da República do Distrito Federal contra a Odebrecht e Lula, por suas ações para conquistar mercados em países emergentes, é um dos capítulos mais graves da atuação política do órgão (http://migre.me/pGGtG). (saiba mais aqui)

Desde o início dos anos 90, obras de construtoras brasileiras no exterior foram enquadradas na categoria “exportação de serviços”, tendo acesso a linhas de financiamento do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).

Já em 2003, o banco contava com um departamento especializado em América do Sul, com US$ 2,6 bilhões de projetos em carteira.

Junto com as obras vão equipamentos brasileiros, insumos brasileiros e, frequentemente, trabalhadores brasileiros.

Reconhecendo que as características da venda de serviços são similares a de exportação de produtos, houve enquadramento no PROEX (Programa de Financiamento às Exportações).

Em 15 de outubro de 2014, a Época Negócios exaltava a estratégia de internacionalização das empresas brasileiras (http://migre.me/pGFJi) a partir de estudos da Fundação Dom Cabral.

A conclusão do estudo foi a de que o melhor mercado para as multi brasileiras são países em desenvolvimento: "Como as empresas brasileiras inovam mais em processos, acabam se dando melhor em países não desenvolvidos, porque sabem lidar melhor com instituições desestruturadas".

E qual a razão da melhor competitividade das empresas brasileiras?

“Nesse sentido, o estudo mostra que os brasileiros têm conseguido muita "aceitabilidade" e lidam melhor que os norte-americanos, por exemplo, com a diversidade cultural de outros países. "Ao invés de chegar e sobrepor a sua cultura àquele país, a maioria das empresas brasileiras adaptam processos, produtos e culturas aos do anfitrião".

A primeira colocada no ranking da Dom Cabral foi a Construtora Norberto Odebrecht (http://migre.me/pGFQN), com um índice de internacionalização de 54,9%.

A ascensão das multinacionais brasileiras foi um feito celebrado por todas as escolas de administração. Em 2005 a revista Forbes passou a incluir empresas de países emergentes entre as 500 maiores do mundo. Esse mesmo mapeamento passou a ser feito pela Boston Consulting, que incluiu 14 empresas brasileiras na lista dos “100 maiores desafiantes globais” (http://migre.me/pGG0i).

No ranking da Dom Cabral. A Odebrecht aparecia em 28 países do mundo.

As suspeitas do MPF

Saindo do governo, através do Instituto Lula, o ex-presidente focou sua atividade internacional na África. Da mesma maneira que a Fundação Clinton, do qual FHC é membro. E a o soft powerbrasileiro – cuja maior expressão é a imagem pública de Lula no mundo – foi utilizada para enfrentar a invasão chinesa na África e em outros países do terceiro mundo.

De repente, o que era uma estratégia brasileira vitoriosa, nos olhos da inacreditável Procuradoria da República do Distrito Federal – e da inacreditável revista Época – torna-se objeto de inquérito.

Trechos da reportagem da revista Época sobre as investigações do Ministério Público Federal de Brasília a respeito das viagens de Lula e dos negócios da Odebrecht em outros países.

As suspeitas são de superfaturamento de obras... em outros países.

Um resumo das denúncias:

1. A Odebrecht venceu uma licitação para obras na República Dominicana, usinas termelétricas em Pinta Catalina no valor de US$ 2 bilhões. “Suspeita do Ministério Público”, segundo a revista: superfaturamento da obra (na República Dominicana) porque o valor proposto pela Odebrecht seria o dobro da segunda colocada. O MPF acolhe denúncia do grupo chinês que perdeu a disputa.

2. Obra da Odebrechet em Gana, logo após a visita de Lula: construção de corredor rodoviário no valor de US$ 290 milhões. A “suspeita” do MPF é que, quatro meses após a visita de Lula, a Odebrecht fechou o contrato.

A maior empreiteira brasileira, a mais internacionalizada, a maior cliente do BNDES no setor, com obras em 28 países, é colocada sob suspeita devido a duas obras em pequenos países de terceiro mundo.

Entre 2009 e 2014, a construtora fechou 35 contratos com o BNDES, para financiar obras de infraestrutura em outros países, , Angola, Argentina, Cuba, Equador, Venezuela e República Dominicana, construindo aeroportos, rodovias, linhas de transmissão, hidrelétricas, gasodutos, metrôs, portos (http://migre.me/pGGeH). E 32 desses contratos firmados com governos nacionais, que são os entes responsáveis pelas obras de infraestrutura.

Nesse oceano de contratos, o Ministério Público Federal do Distrito Federal levantou um caso – o fato da construtora ter obtido uma obra em Gana após a visita de Lula – e transforma-o em algo suspeito.

Há uma disputa insana entre as construtoras brasileiras e as chinesas pelo mercado da África. As chinesas são acusadas até de levar empregados chineses, abrigados em containers de navios, quase como mão de obra escrava. Têm a facilidade de estruturar financiamentos de forma rápida, em condições mais vantajosas.

Para tentar competir, o BNDES estruturou carteiras de financiamento (http://migre.me/pGGjE) e as empresas brasileiras passaram a oferecer treinamento e utilização da mão de obra local como contrapartida.

Estudos da Ernest & Young situaram a África como o mercado mais promissor para as multinacionais brasileiras, segundo matéria do Estadão (http://migre.me/pGGmv):

“A África é, ao lado da América Latina, o principal vetor da expansão internacional de grupos brasileiros. Segundo um estudo da Ernst & Young, embora o Brasil só participe com 0,6% do total dos investimentos estrangeiros nos 54 países africanos, a expansão nos últimos cinco anos tem acompanhado de perto o ritmo chinês. Desde 2007, a atividade brasileira cresceu 10,7% ao ano na África, enquanto a chinesa subiu 11,7%.

Junto com o direito de explorar os recursos naturais do continente vem a obrigação de realizar obras de infraestrutura para os governos - o que abre um mercado cativo para as empreiteiras. Não é por acaso que Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Odebrecht estão entre os grupos brasileiros mais bem conectados no continente”.

É hora de clarear esse jogo. É extremamente alto o custo da politização do Ministério Público e a falta de responsabilidade da mídia.

O Procurador Geral Rodrigo Janot precisa sair de sua zona de conforto, esquecer o show midiático, e garantir um mínimo de seriedade e responsabilidade institucional no órgão que comanda.

http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/179248/Nassif-den%C3%BAncia-de-%C3%89poca-contra-Lula-mancha-o-MP.htm

Mais um governador tucano se opõe ao impeachment

 

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Simão Jatene (PSDB), governador do Pará, defende cautela de seu partido sobre o pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff: ‘O Brasil vive um momento crítico, fruto de muita bobagem feita nos últimos tempos, mas não será num estalar de dedos que se vai conseguir superar tudo isso. Num cenário com o atual, acho importante não imaginar que existe um remédio único, uma panaceia, isso pode terminar levando a uma frustração posterior e a mais complicações’; segundo ele, "um partido de oposição não poderia deflagrar este processo, chamariam de golpe"

4 de Maio de 2015 às 05:15

247 – O governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), reforçou a tese da cautela contra a afobação de parlamentares do seu partido pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Em entrevista ao Broadcast Político, ele diz que o impeachment não é uma panaceia:

"O Brasil vive um momento crítico, fruto de muita bobagem feita nos últimos tempos (pela gestão petista), mas não será num estalar de dedos que se vai conseguir superar tudo isso. E eu entendo a preocupação de FHC, que é a minha também. Num cenário com o atual, acho importante não imaginar que existe um remédio único, uma panaceia, isso pode terminar levando a uma frustração posterior e a mais complicações."

Segundo ele, "um partido de oposição não poderia deflagrar este processo, chamariam de golpe."

Jatene afirma que um dos problemas mais graves que o País enfrenta hoje é a perda de representatividade geral dos partidos. E ressalta ainda que a aliança nacional entre o PT e PMDB é insuficiente para garantir a governabilidade do País. "Ela (aliança) não é insuficiente no quesito numérico no Congresso, mas insuficiente no sentido de representar a sociedade, no sentido de ter a confiança da Nação, essa é a coisa mais séria" (leia mais).

http://www.brasil247.com/pt/247/poder/179430/Mais-um-governador-tucano-se-opõe-ao-impeachment.htm

'Não se pode bater em quem ensina nossos filhos', diz ministro do MEC

 

Renato Janine Ribeiro disse ao G1 que reação da PM do PR foi 'chocante'.
Ministro diz que MEC não pode interferir mas pode mediar negociação.

Ana Carolina Moreno e Paulo Guilherme Do G1, em São Paulo

 

O ministro da Educação Renato Janine Ribeiro (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)

O ministro da Educação Renato Janine Ribeiro
(Foto: Ana Carolina Moreno/G1)

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou nesta quinta-feira (30) que considera "muito chocante" a reação da Polícia Militar do Paraná ao protesto de professores da rede estadual em greve.

"Há muito tempo não via fotos de professores feridos, e de tantos professores feridos", afirmou o ministro em entrevista exclusiva ao G1, em São Paulo. "Não se pode bater em ninguém, muito menos nos professores que ensinam os nossos filhos."

Janine Ribeiro explicou que o Ministério da Educação não tem autoridade para dar ordens nas redes municipais e estaduais, a não ser em caso "muito gritante" de descumprimento das normas. Mas, segundo ele, o MEC está à disposição para atuar como mediador da negociação entre o governo estadual e o sindicato de professores, se houver interesse.

O ministro disse ainda que, no âmbito federal, há metas de curto e médio prazo previstas no Plano Nacional de Educação (PNE) para obrigar as redes a aplicaram o piso salarial nacional da categoria, e a criar planos de carreiras para incentivar a permanência dos professores nas escolas públicas.

Veja a seguir trecho da entrevista concedida pelo ministro:

PR protesto confronto PM professores (Foto: Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Folhapress)

Confronto entre PM e professores em Curitiba
(Foto: Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Folhapress)

O que o senhor acha sobre a reação da Polícia Militar do Paraná ao protesto dos professores em greve na quarta-feira?
Muito chocante. É muito chocante, há muito tempo não via fotos de professores feridos, e de tantos professores feridos. Veja, o MEC tem uma política de colaboração com estados e municípios, para a definição dos pontos comuns. O MEC não dá ordem para estados e municípios. Então quando você tem uma campanha salarial, discussões, o MEC não tem como intervir, não tem como opinar a não ser que seja um caso muito gritante, descumprimento de normas muito fortes.

Que exemplo é dado quando você tem pessoas que têm um papel praticamente de extensão da família, de substituição em relação à família, que têm que então, ser respeitadas, antes de mais nada, quando a polícia os espanca?"

Renato Janine Ribeiro,
ministro da Educação

Agora, na hora em que a violência entra em cena isso muda de figura. Não se pode bater em ninguém, muito menos nos professores que ensinam os nossos filhos. Que exemplo é dado quando você tem pessoas que têm um papel praticamente de extensão da família, de substituição em relação à família, que têm que então, ser respeitadas, antes de mais nada, quando a polícia os espanca? E machuca nessa quantidade

Então isso foi muito chocante.
Já manifestamos essa opinião várias vezes. Ao mesmo tempo, nós nos colocamos à disposição do governo do estado [do Paraná], se ele quiser reabrir as negociações, porque tem que parar a violência, tem que voltar a conversa.

SP protesto professores greve Paulista (Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo)

Professores greve em SP (Foto: Gabriela Biló/
Estadão Conteúdo)

Tem sido uma constante as greves de professores, e isso acaba afetando a ponta final, que é o aluno. Como isso pode ser revertido futuramente?
Tem dois grandes pontos que estão previstos no Plano Nacional da Educação [PNE], e que devem equacionar isso muito melhor.

Um é realmente implementar o piso salarial de docentes, fixado em lei federal, mas que nem todos os estados até agora implantaram.

Dois, criar o plano de carreira dos servidores, professores municipais e estaduais, porque a maior parte dos casos não tem planos de carreira, alguns tem plano de carreira inconsistente, que cria problemas. Então tem várias discussões.

Concentração, tranquilidade e preparação são ideais para bom resultado (Foto: Cláudio Nascimento/ TV TEM)

Professor em sala de aula (Foto: Cláudio
Nascimento/ TV TEM)

Quais seriam?
Por exemplo: se deve entrar com um piso muito baixo, depois vai progredindo até ter um salário alto na hora da aposentaria, o que desincentiva o ingresso, mas incentiva a permanência, por paradoxal que seja. Você tem um salário baixo pra entrar, mas depois tem todo o incentivo a ficar fidelizado à rede. Versus a ideia de você ter um piso inicial mais alto, competitivo no mercado, e um salário de aposentadoria que será um progresso em relação ao inicial, mas não será o dobro, o triplo, digamos.

Você tem duas filosofias aí, e nós temos que discutir muito isso, porque pela lei do PNE, daqui a um ano e dois meses, todos os municípios e estados teriam que ter implantado isso.

saiba mais

E um terceiro ponto do plano nacional: eu falei do piso e do plano de carreiras, mas o terceiro ponto é a meta 17 do PNE, que fala em até 2020 fazer que o salário dos professores da rede básica pública iguale o salário das pessoas que tiveram a mesma escolaridade, quatro anos de ensino superior, e que hoje ganham 38% mais que os professores. É outro gigantesco incentivo negativo pra você ser professor.
Então nós temos três metas, são ambiciosas, mas são justas. Você tem que ter uma valorização do professor. Essa valorização passa por essas medidas de salário, de reposição salarial, e passa também pelo respeito pelo professor, o que não aconteceu nos atos de violência que aconteceram no Paraná.
A posição que o MEC tem então é se colocar à disposição para mediar o diálogo entre as duas partes?
Se quiserem, se quiserem faremos o possível para baixar a temperatura e voltar com o clima de negociação.

Fies
Janine Ribeiro, afirmou ainda que, a partir do segundo semestre, o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) "deixa de ser disputa pela ordem, quem chega primeiro leva, quem chega no fim não consegue". O ministro afirmou que o novo modelo do programa será semelhante a outros, como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que usam critérios de avaliação acadêmica, de localização e condições socioeconômicas para selecionar estudantes (leia aqui a entrevista completa sobre o Fies).

http://g1.globo.com/educacao/noticia/2015/04/nao-se-pode-bater-em-quem-ensina-nossos-filhos-diz-ministro-do-mec.html

domingo, 3 de maio de 2015

Que a cova seja bem funda

Requião: "Violência boçal" de Richa "enterra" PSDB

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O senador Roberto Requião (PMDB-PR) utilizou sua conta pessoal no Twitter para criticar o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), que na semana passada defendeu o massacre promovido pela Polícia Militar contra professores em greve e que resultou em mais de 200 feridos pelas ruas da capital; para ele, o massacre dos professores e a reação indignada da população, da sociedade civil organizada e até mesmo de aliados, aponta que 'teve "início o enterro do PSDB no Brasil"; "A violência boçal do Governo do Paraná inicia o enterro do PSDB no Brasil. Ou reagem ou morrem abraçados?", postou

3 de Maio de 2015 às 20:00

247 - O senador Roberto Requião (PMDB-PR) utilizou sua conta pessoal no Twitter para criticar o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), que na semana passada defendeu o massacre promovido pela Polícia Militar e que resultou em mais de 200 professores feridos pelas ruas da capital. Para Requião, o massacre dos professores e a reação indignada da população, da sociedade civil organizada e até mesmo de aliados, aponta que 'teve "início o enterro do PSDB no Brasil".

"A violência boçal do Governo do Paraná inicia o enterro do PSDB no Brasil. Ou reagem ou morrem abraçados?", postou o peemedebista. A postagem de Requião soma-se ao coro de mais de 25 mil torcedores que foram ao Estádio Couto Pereira na tarde deste sábado para assistir a final do campeonato estadual. Ali, torcedores do Operário e do Coritiba gritaram em uníssono "Fora Beto Richa". No sábado, também em Curitiba, a torcida do Atlético já havia repudiado o massacre dos professores.

http://www.brasil247.com/pt/247/parana247/179425/Requião-Violência-boçal-de-Richa-enterra-PSDB.htm