segunda-feira, 18 de abril de 2011

AÉCIO NEVES: UM MAU EXEMPLO NO TRÂNSITO

Foto: José Cruz (ABR)

Senador e ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB-MG) se recusou a fazer o teste do bafômetro e apresentou uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida em uma blitz da Lei Seca, na madrugada de domingo, na Avenida Bartolomeu Mitre, no Leblon, na zona sul do Rio.

De acordo com o Governo do Rio, o político mineiro se recusou soprar no aparelho que determina a concentração de bebida alcoólica no organismo, por meio da análise do ar exalado dos pulmões da pessoa. Em seguida, ele apresentou a CNH vencida e o documento foi apreendido.

O político mineiro foi multado em R$ 957,70 por se recusar a fazer o teste do bafômetro e em R$ 191, 54 pela habilitação vencida.

De acordo com a assessoria do senador, ele pagou um taxista para dirigir sua Land Rover até o prédio onde mora no Rio, localizado a poucos quarteirões da blitz e evitou a apreensão do carro, que, segundo sua assessoria, é seu há anos. Segundo os agentes, o senador foi liberado, pois não apresentava sinais de embriaguez.

O ex-governador terá que se dirigir ao Detran-RJ para pagar a multa e renovar a CNH antes de voltar a dirigir. Em nota, a assessoria de imprensa do senador disse que o bafômetro não foi realizado "uma vez constatado o vencimento do documento de habilitação e providenciado outro motorista para condução do veículo"

domingo, 17 de abril de 2011

Marina faz avaliação positiva de Seminário com Verdes do Ceará

marina transicao ceara Após Seminário na Câmara Municipal de Fortaleza, neste sábado (16), onde debateu sobre democracia no Partido Verde e uma nova forma de fazer política, a ex-senadora do PV e ex-presidenciável Marina Silva se reuniu com a Coordenação do movimento Transição Democrática no Ceará para uma avaliação do encontro e da situação regional.

A avaliação, que ocorreu durante jantar no restaurante do hotel onde Marina se hospedou, foi considerada muito positiva, tanto por conta da boa participação quanto da repercussão do evento.

Marina afirmou que o diálogo com as bases do PV é importante para a consolidação do processo de democratização partidária. "Não se faz política sem democracia efetiva. Aqui no Ceará o movimento está bem encaminhado, recebendo a adesão de muitos que acreditam que esse é o melhor caminho para o crescimento do PV”, falou.

Paulo Sombra, Conselheiro Nacional do PV e membro da Direção Estadual, se disse bastante satisfeito com a Caravana da Democracia no Ceará. “Conseguimos reunir mais de 40 Comissões Municipais, muitos vereadores e dirigentes. Tudo isso sem recursos, com mobilização espontânea. Cada um dos que participou foi corajoso, com destaque para o vereador Eron Moreira, que aderiu ao movimento desde o princípio e foi fundamental para a realização do encontro”.

O ex-candidato ao Senado, Polô, Dirigente Estadual do PV, afirmou que o Movimento só tende a crescer e está confiante que mais adesões vão ocorrer. Polô disse ainda que a vinda da Marina ao Ceará mesmo depois de uma longa jornada de palestras nos Estados Unidos é a sinalização de que todos devem se dedicar intensamente a essa democratização.

Sobre os comentários feitos pela ala do Partido que não concorda com a Transição Democrática, o Conselheiro Nacional Paulo Sombra foi direto: "Estão querendo dizer que o partido está dividido? Então realmente está: nós queremos democracia, inclusão, participação coletiva. E os outros?".

Paulo Sombra

PREFEITO CHAMA VEREADORES DA OPOSIÇÃO DE BURROS

O Prefeito Sávio Pontes esteve dia 14/04 concedendo uma entrevista ao Programa Fatos em Debate da Rádio Regional. Apesar do foco central da entrevista ser as ações na educação do município, sobretudo sobre o rateio do FUNDEB e a expectativa de números positivos nas avaliações qualitativas realizadas pelo governo Estado, o líder do Novo Tempo fez severas críticas aos oposicionistas e principalmente a postura de alguns vereadores que não comungam com sua gestão.
O chefe do Executivo afirmou que os edis da oposição “são burros”, por terem duvidado se ele pagaria o rateio do FUNDEB. Suas duras palavras foram direcionadas ao Vereador Alberto Martins e a Vereadora Arlete Mauricéia. O programa FD chegou a colocar durante a entrevista a voz dos vereadores tecendo críticas ao Prefeito em uma das últimas sessões da Câmara Municipal.

O prefeito chegou a afirmar que tem vereador da oposição que só sabe falar lendo um papel escrito, assim como também tem outro que mal sabe falar em público e só gagueja e que parece uma bonequinha de porcelana,  e que estes não sabem promover o debate ideológico. Indagado pelo radialista Hélio Lopes se ele sentia queixa daqueles que lhe fazem oposição, Sávio Pontes disse que ele como Prefeito não, mas ele sim como cidadão não os aceita por os considerarem baderneiros, pilantras,vagabundos, anarquistas e sacanas. “Tem gente ali que responde por estelionato....cheque sem fundo .... e gente que já perdeu até o emprego por emissão de diplomas falsos”..."Tá cheio de bandido”, assim continuou Sávio atacando os membros da oposição.

Ao final o Prefeito conclui afirmando que existem pessoas sem tempo que só vivem no fórum criando coisas contra a sua  administração, "inventando e plantando notícias."


(Vereadores Alberto Marins e Arlete, foram duramente criticados pelo Prefeito)
Leia matéria relacionada clicando abaixo:
http://ipuemdebate.blogspot.com/2010/03/quem-lidera-oposicao-politica-ao.html

Postado por Kléber Teixeira Santos

UBAM convoca os Prefeitos para um grande Encontro em Recife

Recife sediará o Encontro de Prefeitos do Nordeste, nos dias 28 e 29 de abril. A sétima edição do evento vai contar com a participação de prefeitos, vereadores, secretários, representantes das entidades municipalistas, empresários e administradores. O evento acontecerá no charmoso auditório do Empresarial JCPM do empresário Paes Mendonça, em Boa Viagem.

O evento municipalista é promovido pela União Brasileira de Municípios (UBAM) e coordenado, este ano, pelo prefeito de Flores - PE, Marconi Santana, que também é Secretário Geral da UBAM. Com o evento os prefeitos e prefeitas pretendem debater temas atuais como política cultural, a reforma tributária, o planejamento estratégico, programas habitacionais do governo, plano diretor, responsabilidade social e ambiental e empreendedorismo na gestão pública, entre outros. O objetivo é manter um canal de ligação permanente entre os gestores nordestinos para busca de soluções em favor da administração municipal como um todo.

Segundo Marconi Santana, dentro do conteúdo programático, serão debatidas as constantes quedas do FPM e a situação dos Municípios, a qual precisa ser revista com a máxima urgência, inclusive a reposição de todas as perdas, através de um fundo emergencial, que foi proposto pela UBAM desde Janeiro de 2010, quando as prefeituras já registravam sinais de desorganização financeira e estavam a beira da falência, sem poderem prestar os relevantes serviços as populações.

Já o presidente da UBAM, Leonardo Santana, garantiu que no evento será elaborada uma carta para ser entregue a presidente Dilma Roussef solicitando a liberação imediata dos recursos das emendas de bancada e das emendas parlamentares, além dos recursos do PAC. Além destes temas, ele adiantou que o evento apóia a aprovação da Emenda 29, da Reforma Tributária e o Projeto de implantação da Zona Franca do Semi-Árido Nordestino. Essa Carta será entregue pela Frente Municipalista do Congresso Nacional, apoiada pelas organizações municipalistas de todo país.

“Nossa pauta de reivindicação é muito ampla, considerando o tratamento desigual aos pequenos entes federados e ao sacrifício a que os Prefeitos de todo país estão sujeitos, com imensas responsabilidades e quase nenhum recurso.” Disse Leonardo.

O evento será aberto oficialmente pelo governador de Pernambuco Eduardo Campos e prestigiado por várias autoridades, com o apoio da Associação dos Municípios do Estado de Pernambuco, a AMUPE.

Na foto: Leonardo Santana e o prefeito de Juazeirinho (PB), Bevilacqua Matias, em recente encontro da Amcap.

Para maiores informações sobre o evento, acessar: http://ubampernambuco.blogspot.com/

Edy Mendes - Ascom

www.ubam.com.br

Japão espera resolver crise nuclear em até 9 meses

A companhia elétrica japonesa Tokyo Electric Power Company (Tepco) estabeleceu neste domingo o prazo de nove meses para o fim da crise nuclear do Japão, até que a tragédia no complexo atômico de Fukushima esteja totalmente controlada, com o sistema de resfriamento ativados nos reatores e sem vazamento de materiais radioativos.

Após pressões, críticas e alarme generalizado, a empresa que administra a usina de Fukushima apresentou neste domingo um plano para o fim da crise que prevê três meses como o tempo necessário para fornecer refrigeração estável às unidades danificadas, e entre seis e nove meses o período para apagar o combustível nuclear.

Isso significa que, no verão japonês (inverno no Brasil), a quantidade de radiação emitida pela usina teria se reduzido de forma constante e que, até o final do ano, o vazamento de materiais radioativos já estaria controlado.

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, considerou este plano da gerente da usina de Fukushima como um "pequeno passo para frente", enquanto a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que se encontra de visita em Tóquio, disse que analistas dos Estados Unidos vão analisá-lo.

A Agência para a Segurança Nuclear do Japão fará também um acompanhamento do cronograma da Tepco, que prevê cobrir os edifícios dos três reatores antes dos próximos nove meses.

Nos primeiros três meses, a empresa tentará conter o vazamento radioativo do reator 2 - onde se acredita que houve uma fusão parcial de barras de combustível nuclear -, além de construir novos sistemas de refrigeração perante os edifícios das unidades 1 e 3.

Entre seis e nove meses, o objetivo é deixar esses três reatores danificados em temperaturas refrigeradas, inferiores a 95 graus centígrados, ou seja, sem risco de fusão do núcleo.

Dessa forma, a central de Fukushima deveria parar de emitir substâncias radioativas à atmosfera, razão pela qual este acidente foi equiparado em gravidade com o de Chernobyl em 1986.

O sistema de refrigeração dos reatores 1, 2 e 3 da usina nuclear de Fukushima não funciona desde o devastador terremoto do dia 11 de março, que atingiu o nordeste do Japão, enquanto o reservatório de combustível da unidade 4 também sofre graves danos.

Além do tsunami que afetou a usina com ondas de até 13 metros de altura, a situação dessas quatro unidades se viu agravada por três explosões de hidrogênio nos dias 12, 14 e 15 de março, quando também houve um incêndio na unidade 4.

Desde então, bombas elétricas injetam água para resfriar os reatores a um ritmo de seis a sete metros cúbicos por hora, o fez com que grandes quantidades de água radioativa vazassem em direção a várias áreas dos edifícios de turbinas.

Por isso, a Tepco espera ter pronto até o verão local um novo sistema de refrigeração que permitirá resfriar os reatores, escoar a água contaminada e voltar a jogá-la sobre as unidades danificadas.

A situação de Fukushima, que provocou alerta mundial, foi classificada neste domingo de "crise multidimensional, com um alcance sem precedentes" por Hillary Clinton, que durante uma curta visita a Tóquio prometeu o "firme" apoio dos Estados Unidos à reconstrução do Japão, um dos grandes aliados americanos na Ásia.

Os presidentes executivo e honorário da Tepco - que fornece energia elétrica a grande parte da região metropolitana de Tóquio - admitiram neste domingo que poderiam renunciar a seus cargos.

Após conhecer o plano de pôr fim à maior crise do Japão desde a Segunda Guerra Mundial, o Governo de Naoto Kan afirmou que, uma vez controlada a usina de Fukushima, será revisado o perímetro de segurança em torno da central.

As autoridades japonesas pretendem ampliar neste mês as zonas de evacuação a meia dezena de cidades situadas além do atual raio de exclusão de 20 quilômetros, após detectarem elevados níveis de radioatividade. EFE

sábado, 16 de abril de 2011

Roberto Mesquita afirma que Fecop está sendo usado para fins eleitoreiros

A má utilização dos recursos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop) foi trazida novamente à Tribuna da Assembléia Legislativa pelo deputado Roberto Mesquita (PV). De acordo com ele, o fundo está sendo utilizado para fins eleitoreiros, tendo a maior parte dos recursos investidos por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agrário para projetos como construção de cisternas e liberação de tratores. Estas ações, assegurou Mesquita, são ineficazes para combater a pobreza, principal objetivo do projeto.

O deputado apresentou índices mostrando que, somente em 2010, mais de R$ 104 milhões do Fecop foram destinados à SDA. “Por coincidência o titular da secretaria foi o deputado estadual mais votado nas últimas eleições”, argumentou Roberto reforçando os indícios de utilização do Fundo para fins eleitoreiros. Roberto lembrou que em 2003, quando o Fecop foi criado através de mensagem enviada à Assembléia pelo então Governador Lúcio Alcântara, o deputado na época Ivo Gomes, hoje chefe de Gabinete do irmão Cid Gomes, foi um dos maiores opositores da proposta, justamente por causa deste risco.

O parlamentar convidou os colegas a rediscutir o Fecop, pois ele está sendo ineficiente para combater os 52% de pobreza e os 12% de extrema indigência ainda registrados no Ceará. “Apesar de já ter arrecado R$ 1,3 bi desde que foi criado todos os estudos mostram que o Fecop em nada melhorou o índice de desenvolvimento dos municípios”, alertou o deputado.

Mesquita encerrou sua fala dizendo que cabe aos deputados que ora representam os cearenses discutir esta e outras questões, de modo a encontrar maneiras de tornar mais justa a distribuição de renda no Ceará.

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Jorge Macedo Costa

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Veja o que acontece quando um país se submete ao FMI

Na Grécia, o FMI deu nisto:
Sector Público
  • Corte do subsídio de férias e natal para todos os empregados públicos que ganhem mais de 3000€/mês brutos. Quem ganhar menos de 3000€ vai receber 250€ pela Páscoa, 250€ no Verão e 500€ no Natal;  
  • Reduzir os subsídios de 8 a 20% no sector público estado e 3% nas empresas públicas  
  • Uniformizar todos os salários pagos pelo estado;  
  • Congelar todos os salários do sector público até 2014.
Sector Privado
  • Chegou-se a um acordo coletivo, assinado em 15 de Julho, pelo qual os empregados do sector privado na Grécia continuam a receber o seu salário anual em 14 pagamentos (chegou a ser sugerido passar para 12 pagamentos). Não houve aumentos em 2010 e prevê-se aumentos de 1.5 a 1.7% para 2011 e 2012 – muito abaixo da inflação atual que ronda os 5.6%.  
  • Imposição de um imposto aplicado uma única vez às empresas que tenham tido mais de 100 000€ de lucro em 2009:
    • 100 000 a 300 000: 4%;
    • 300 001 a 1 000 000: 6%;
    • 1 000 001 a 5 000 000: 8%;
    • Mais de 5 000 000: 10%.

·  Alargar os limites pelos quais os empregadores podem despedir funcionários:

  • Empresas com até 20 empregados: sem limite;
  • Empresas com um número de empregados entre 20 e 150: até 6 despedimentos por mês;
  • Empresas com mais de 150 empregados: até 5% dos efetivos ou 30 despedimentos por mês.

·  Redução das indemnizações por despedimento, que também poderão ser pagas bimensalmente; 
·  Pessoas jovens, com menos de 21 anos podem ser contratadas durante um ano recebendo 80% do salário mínimo (592€). O pagamento da segurança social também será apenas de 80% e findo o ano de contrato têm direito a ingressar nos centros de emprego; 
·  Pessoas com idades entre os 15 e os 18 anos podem ser contratadas por 70% do salário mínimo, o que dá 518€; 
·  Os empregados considerados redundantes não podem contestar o despedimento a menos que o empregador concorde; 
·  Empregados pela primeira vez, com menos de 25 anos, podem ser pagos abaixo do salário mínimo; 
·  Pessoas que auto empregadas com OAEE (sistema de seguro para empresários em nome individual), que por qualquer motivo não tenham trabalho, são cobertos pelo seguro durante até dois anos desde que:

  • Tenham trabalhado um mínimo de 600 dias, mais 120 por cada dia acima dos 30 anos até terem chegado aos 4500 dias ou 15 anos de trabalho;
  • Não estejam segurados por um seguro do sector público.

·  Liberalização das profissões ou sectores fechados (são aquelas profissões ou sectores que necessitam de autorizações do estado ou que estão altamente reguladas, tais como notários, farmácias, cirurgiões, etc). Esta medida não foi implementada dado que há processos a decorrer no Tribunal Europeu; 
·  Cancelar o segundo pagamento de pagamentos de solidariedade (NT: não sei muito bem a que se referem estes pagamentos.); 
·  Aumentar as contribuições para a segurança social em 3%, tanto para empregados como empregadores.

Pensões/Reformas

Notar que a reforma do sistema de pensões já tinha sido discutida muito antes da entrada do FMI, mas nunca tinha sido implementada. A Grécia tem uma percentagem desproporcionada de população idosa, cerca de 2.6 milhões e uma população ativa na ordem dos 4.4 milhões, isto para uma população total de 11.2 milhões. Isto obriga o estado a contrair empréstimos para puder efetuar os pagamentos mensais.
A 8 de Julho aprovou um conjunto de princípios depois de terem sido efetuadas mais de 50 emendas à lei. As medidas mais importantes foram:

  • Cortar os subsídios de férias e natal para todos os pensionistas que recebam mais de 2 500€/mês brutos. Aqueles que ganhem menos de 2500€ vão receber 200€ pela Páscoa, 200€ pelo Verão e 400€ no Natal;  
  • Cortar os subsídios de férias e natal para todos os pensionistas com menos de 60 anos, exceto para aqueles que tenham o número mínimo de anos de contribuição, tenham menos dependentes ou estudantes com menos de 24 anos a viver na mesma casa;  
  • Todas as pensões congeladas até 2013;  
  • Calculo das pensões tendo em conta toda a carreira contributiva. Vai estar em vigor um sistema de transição até 2015;  
  • Passagem da idade de reforma no sector público e privado para os 65 anos;  
  • Ajustes da idade de reforma tendo em conta a esperança média de vida a partir de 2020;  
  • As pessoas podem-se reformar a partir dos 60 anos com penalizações de 6% por cada anos, ou aos 65 anos com pensão completa depois de 40 anos de serviço. A partir de 2015 ninguém abaixo dos 60 se poderá reformar;  
  • Os trabalhadores que tenham trabalhos de desgaste rápido podem reformar-se a partir dos 58 anos (antes era 55) a partir de 2011;  
  • Desconto para um fundo de solidariedade social (LAFKA), a ser feito pelos pensionistas que ganhem mais de 1400€, a partir de 1 de Agosto de 2010:
    • 1401 a 1700: 3%;
    • 1701 a 2300: 5%;
    • 2301 a 2900: 7%;
    • 2901 a 3200: 8%;
    • 3201 a 3500: 9%;
    • Mais de 3500: 10%.

·  Aumento da idade de reforma para mães trabalhadoras:

  • No sector privado: para 55 (era 50) em 2011, 60 em 2012 e 65 em 2013;
  • No sector público: para 53 em 2011, 56 em 2012, 59 em 2013, 62 em 2014 e 65 em 2015;
  • Com três filhos: 50 em 2011, 55 em 2012 e 60 em 2013.

·  Retirada da pensão aos ex-empregados públicos que sejam apanhados a trabalhar e tenham menos de 55 anos; Corte em 70% se tiverem mais de 55 anos e se a pensão for mais de 850€/mês. A partir de 2011; 
·  Limitar a transferência de pensão de pais para filhos segundo critérios de idade e rendimento, o que inclui o pagamento de 26 000 a filhas divorciadas ou solteiras de empregados bancários e empregados públicos. Se os filhos podem receber duas destas transferências, apenas receberão uma delas, a maior, a partir de 2011; 
·  A pensão completa pode ser transferida para viúvas(os) se a data da morte ocorreu após cinco anos de casamento e o cônjuge vivo tem mais de 50 anos e se certos parâmetros de rendimentos são cumpridos. No entanto, durante os primeiros três anos após a morte os pagamentos serão retidos; 
·  Estabelecimento de uma pensão mínima garantida de 360€; 
·  As pensões não devem exceder 65% do rendimento auferido enquanto se trabalhava (anteriormente este número podia chegar aos 96% baseado nos últimos anos de trabalho e nos mais bem pagos); 
·  Os que não pagaram segurança social podem receber a pensão mínima desde que tenham mais de 65 anos, não tenham rendimentos e que vivam há mais de 15 anos na Grécia; 
·  Fusão dos 13 fundos de pensão Gregos até 2018. Os fundos dos trabalhadores por conta de outrem, agricultores, empresários em nome individual e trabalhadores do sector público, serão integrados na segurança social até 2013; 
·  Reduzir o número de fundos que servem os advogados, engenheiros, jornalistas e médicos; 
·  Reforma completa das condições de reforma dos militares e forças de segurança o que inclui aumentar a idade de reforma e a remoção de bônus especiais;

Impostos
  • IVA: todas as taxas de IVA foram aumentadas 10%: 5 para 5.5%, 10% para 11% e 21 pra 23%;  
  • Imposto sobre tabaco, bebidas alcoólicas e combustíveis: imposto adicional de 10%;  
  • Imposto em automóveis de luxo (novos e usados): 10 a 40% baseado no valor em novo e no valor de mercado;  
  • Publicidade na TV: toda a publicidade na TV está sujeita a um imposto de 20% a partir de 2013;  
  • Imposto especial de 1% para aqueles que tenham um rendimento líquido de 100 000€ ou mais.

África do Sul quer um lugar no Bric

por correspondentes da IPS

 

africa do sul 300x224 África do Sul quer um lugar no Bric

Cidade do Cabo, África do Sul, 14/4/2011 – Especialistas têm dúvidas quanto aos benefícios que a África do Sul terá incorporando-se ao grupo de economias emergentes, conhecido como Bric, formado por Brasil, Rússia, Índia e a China, sede da reunião de cúpula do grupo que começa hoje. Pretória exerceu muita pressão para ser convidada ao que considera um clube de elite de mercados emergentes. Os funcionários estão desejosos de entrar de maneira positiva no Bric.

A sigla Bric foi cunhada em 2003 por Jim O’Neill, economista da Goldman Sachs, para identificar os países com economias com crescimento mais rápido, classe média em rápida expansão e promissores mercados internos, o que lhes dava o potencial de ultrapassar o Grupo dos Sete países com melhores economias até 2040. O termo ganhou vida e se transformou em um fórum de consultas e coordenação entre seus quatro membros iniciais.

A análise de O’Neill não mencionava a África do Sul, mas Pretória finalmente conseguiu um lugar à mesa. O Departamento de Cooperação e Relações Internacionais aposta que sua participação melhorará o status do país entre as principais economias da África. O presidente Jacob Zuma aproveitará a cúpula para “articular a importância estratégica do país, bem como para garantir sinergias na agenda, priorizando o desenvolvimento e a economia da África bem como a ampliação da infra-estrutura, para obter lucro com minerais e valor agregado”, diz um comunicado divulgado por esse departamento.

Entretanto, as opiniões sobre os benefícios para a África do Sul, e por extensão para a África, estão divididas. “O Bric começou como um bloco de compensação e agora até se fala que impulsionará estratégias econômicas e políticas importantes”, disse Chris Landsberg, professor de Relações Internacionais da Universidade de Johannesburgo. Contudo, é muito cedo para analisar os benefícios tangíveis que a África do Sul terá por pertencer ao grupo.

“Somos os novos animadores e temos que ter cuidado para não nos entusiasmarmos muito, nem tão rápido”, disse Lebohang Pheko, economista e especialista em Políticas de Gênero e Redes Comerciais para a África. “Não estou certo sobre como a África do Sul ou a África poderão se beneficiar entrando para o Bric”, acrescentou. O país teve um “enfoque imperial e fechado em relação à África”, e é difícil saber se pertencer ao grupo modificará essa relação, completou.

“O Bric realiza uma grande contribuição em matéria de investimento e comércio, ao aumentar seus vínculos com países de baixa renda”, disse Biswajit Dhar, diretor do Sistema de Pesquisa e Informação para Países em Desenvolvimento, com sede em Nova Délhi. Os investimentos dos membros do Bric são, em grande parte, responsáveis pelo crescimento sustentado dos países africanos de baixa renda nos últimos anos, especialmente com a ampliação gradual das relações comerciais forjadas pela China além de seu interesse inicial por matérias-primas, que deixam um benefício limitado aos países exportadores, afirmou Biswajit.

“Uma proporção considerável dos investimentos foi, primeiro, para a exploração de recursos naturais, com o tempo os capitais fluíram para a agricultura e as fábricas e, também, para alguns setores de serviços, especialmente na área das telecomunicações”, acrescentou Biswajit. Porém, Lebohang afirma não acreditar em benefícios para os mais pobres nem para os sócios de baixa renda, e nem mesmo para a própria África do Sul. “Veja nossa interação com o mercado chinês. Conseguiram penetrar e vender seus produtos baratos e de má qualidade, e não apenas na África do Sul, mas em todo o continente”, disse a economista ao dar como exemplo o impacto da China sobre a indústria têxtil.

A transferência de tecnologia para a agricultura e o setor fabril pode servir para a África do Sul, que tenta caminhar para um crescimento sustentado em matéria de emprego. O Departamento de Comércio e Indústria informou que buscará investimento estrangeiro direto nas indústrias com valor agregado. Uma das principais áreas que pode se fortalecer com a entrada no Bric é a pesquisa. “Uma vantagem do bloco foi a associação de companhias do Bric com pequenas e médias empresas de países em desenvolvimento e o fornecimento de tecnologia”, disse Biswajit.

Nos dias anteriores à cúpula, foram anunciados acordos comerciais alcançados em reuniões bilaterais, como a compra pela China de aviões brasileiros no valor de US$ 1,5 bilhão. O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, declarou, antes de viajar à China, que espera discutir como o grupo pode contribuir para a recuperação da economia global e trocar opiniões sobre como lidar com a volatilidade das moedas e a inflação.

“Teremos certa vantagem se pudermos coordenar posições sobre assuntos primordiais, como desenvolvimento sustentável, crescimento equilibrado, segurança alimentar, reforma das instituições financeiras e equilíbrio comercial”, disse Manmohan aos jornalistas. Outro acordo muito comentado neste país é o que será assinado pelos chefes de Estado do Bric para estender empréstimos ou créditos entre si em sua própria moeda, e não em dólares. (Envolverde/IPS)

Novas potências emergem sobre águas alheias

Mario Osava*, da IPS

1181 Novas potências emergem sobre águas alheias

Agência Brasil

Uma curva do Rio Madeira, onde o Brasil projeta construir um complexo hidrelétrico sob acordo com a Bolívia.

Rio de Janeiro, Brasil, 13/4/2011 – Os países emergentes constroem numerosas centrais hidrelétricas para dar energia à sua expansão econômica, com diferente repercussão em sua vizinhança. Enquanto na América Latina esta estratégia é apresentada como um processo de integração, na Ásia gera tensões pelo uso compartilhado de rios.

O Brasil, defensor desta política na América Latina, tem um acordo para levantar cinco complexos hidrelétricos no Peru, com participação de capitais em empresas concessionárias e nas próprias obras, e está interessado em dois outros projetos que dependem de acordos com a Bolívia, uma binacional, na parte fronteiriça do Rio Madeira, e outro totalmente boliviano.

Boa parte da energia que geram todos estes projetos será destinada ao Brasil, cujo governo prevê aumento da demanda de eletricidade de 5,9% ao ano até 2019, quando será necessária uma capacidade instalada de 167.078 megawatts, dos quais mais de dois terços serão de fonte hidráulica.

Construir represas fora do país é uma maneira de evitar a forte oposição ambiental e dos indígenas a estas obras na Amazônia brasileira, que concentra a quase totalidade do potencial hidrelétrico nacional ainda por aproveitar.

Cachuela Esperanza, no Rio Beni, no Norte da Bolívia e perto da fronteira brasileira, terá potência de 990 megawatts, segundo projeto elaborado pela consultoria canadense Tecsult. Um volume equivalente a quase toda a demanda atual de energia desse país. “Somente será rentável se exportar mais de 90% do que gera”, disse à IPS Walter Justiniano, engenheiro da cidade vizinha de Guayaramerín, especializado na área. É que sua distribuição interna na Bolívia exigirá a construção de extensas linhas de transmissão, já que o primeiro grande centro consumidor fica a mil quilômetros de distância, explicou.

Já para o projeto de Ribeirão, no Rio Madeira, está prevista capacidade de três mil megawatts. Esta potência é igual à de Itaipu, a segunda maior hidrelétrica do mundo, construída há 27 anos pelo Brasil na fronteira com o Paraguai, que nunca pôde consumir mais do que 10% da energia gerada ali, embora tenha direito a metade. Estes dois projetos estão em estudo, segundo Alberto Tejada, gerente de Geração da Empresa Nacional de Eletricidade (Ende), da Bolívia.

Cachuela Esperanza depende da avaliação de “questões técnicas, políticas de soberania, segurança e cuidado com o meio ambiente”, disse Alberto à IPS. “As gestões para seu financiamento não estão muito avançadas”, admitiu, embora o presidente da Bolívia, Evo Morales, tenha manifestado, em janeiro, sua disposição de impulsionar o projeto. Por sua vez, Ribeirão depende de um acordo entre Bolívia e Brasil “que garanta os tratados aplicáveis a rios internacionais de livre navegação”, acrescentou.

Uma equipe técnica boliviana estuda o potencial hidrelétrico de três rios da bacia compartilhada com o Brasil, que servirá de base para as negociações, afirmou Alberto. Os cursos de água a serem represados, tanto na Bolívia quanto no Peru, são formadores dos grandes rios amazônicos brasileiros, como Madeira e Solimões, o que significa que estão na parte alta das bacias.

A situação é muito mais complexa na Ásia, tendo a China como cenário do nascimento dos grandes rios que correm para a Índia e o sudeste asiático. A demanda deste gigante aumenta o consumo de energia muito mais rapidamente do que o Brasil, devido aos seus quase 1,3 bilhão de habitantes e a um crescimento econômico constante superior a 10% ao ano.

A China avança em pelo menos 81 grandes projetos hidrelétricos somente nos rios Mekong, Yangtzé e Salween. A avalanche de represas desse país preocupa naturalmente todos seus vizinhos, que dependem desses cursos de água para seus próprios planos. Camboja, Laos, Tailândia e Vietnã, que recebem águas da China, criaram, em 1995, a Comissão do Rio Mekong (MRC) para promover um manejo sustentável e cooperativo da bacia.

Este grupo se surpreendeu com a dramática baixa do Mekong pela seca do verão de 2009 e não descartou que a razão principal tenha sido que a China acumulou mais água do que devia em 21 represas existentes no trecho do Rio em seu território. Mas a debilidade do MRC em resistir às pressões chinesas é criticada por organizações como a não governamental Rede Internacional de Rios (IRN).

Além disso, o Laos anunciou em março que construirá a hidrelétrica de Xayaburi, com capacidade de geração de 1.260 megawatts, o que provocou protestos no Vietnã, que teme que essa obra cause graves danos à sua agricultura e à criação de peixes no delta do Mekong. Entretanto, Xayaburi é apenas a primeira das 11 centrais que os governos de Camboja, Tailândia e Laos estudam construir no Rio Mekong, sendo nove delas neste último país. A Índia também se preocupa com as represas de China, Nepal e Butão em rios próximos.

Todos buscam energia barata e com menos reclamações ambientais e sociais em países vizinhos. Nesse contexto, os Estados grandes tentam aproveitar-se dos recursos da região. A Birmânia, um dos países que tem todas estas “vantagens”, atrai investidores de Bangladesh, China, Índia e Tailândia. Capitais destes quatro países já constroem na Birmânia 29 complexos hidrelétricos, que somarão 19.413 megawatts de potência, e planejam outros 14. As empresas chinesas são as maiores construtoras de projetos em seu país e nos vizinhos, um exemplo a mais do crescimento dessa nação como “investidor maciço na região”, disse Carl Middleton, da campanha do Mekong na IRN.

O Brasil desempenha, em menor proporção, este papel na América Latina, onde companhias como Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão estão presentes nas grandes obras. Porém, Brasília busca exercer um poder mais brando do que Pequim, cujas empresas costumam levar trabalhadores chineses para as obras no exterior, limitando, assim, a contratação e capacitação de operários locais.

Quase todos os países da América do Sul têm excedentes energéticos e disponibilidade de fontes, como petróleo, hidroeletricidade, gás natural ou carvão, que varia entre eles. Além disso, “alguns possuem recursos naturais, mas não capital nem tecnologia”. Estas condições justificam buscar a “integração energética” que, além de complementar, permite “maior conhecimento entre os vizinhos”, afirmou Daniel Falcón, diplomata da Divisão de Recursos Energéticos Não Renováveis da chancelaria brasileira.

Este é um dos temas abordados com mais ênfase pela União de Nações Sul-Americanas (Unasul) desde 2007. Já conta com diretrizes e com um plano de ação, e falta apenas a concretização do tratado energético em negociação. “Não há iniciativas semelhantes no mundo, nem mesmo na União Européia”, assegurou Daniel à IPS.

Cachuela Esperanza representará para a Bolívia mais divisas, mais energia para incentivar a atividade produtiva e melhor qualidade de vida no Norte amazônico desse país, além de reduzir o uso de hidrocarbonos para gerar eletricidade, evitando, assim, emissões de gases-estufa, disse Alberto.

Por outro lado, exigirá uma represa “quase tão grande quanto a de Itaipu”, que inundará florestas bolivianas, alertou o engenheiro Walter, coincidindo com outros críticos da construção de represas hidrelétricas “brasileiras” no Peru, que as consideram desnecessárias e destruidoras de uma rica biodiversidade. Envolverde/IPS

O Jornalista Elenilton Roratto Faz teste para a televisão

O jornalista e historiador Elenilton Roratto gravou um Projeto Piloto para uma emissora de televisão da capital. O jornalista, que possui uma vasta bagagem com reportagem de jornal, onde era correspondente do extinto Jornal A Folha, Diretor Presidente do Jornal O Correio do Norte, possui centenas de matérias de denúncia apresentadas ao povo da região, sempre indagando e cobrando melhores condições aos munícipes da Zona Norte. No rádio, Elenilton Roratto desenvolveu um papel importante no Programa

 

Rádio Debate do comunicador Jacinto Pereira. Apenas alguns meses na Rádio Pioneira, onde o jornalista apresentava as notícias que marcavam as últimas 24hs na Zona Norte no Brasil e no mundo. O apresentador, sempre buscou trabalhar em uma linha informativa e de denúncia. Em sua passagem pelo Sistema Jangadeiro de Comunicação, sempre trabalhou com jornalismo investigativo e de denúncia. O apresentador, é assessor de comunicação de uma das principais Faculdades do interior do nordeste brasileiro, as Faculdades INTA. Há poucos dias recebeu um convite de uma emissora de televisão da capital, para gravar um Projeto piloto de apresentação. O projeto, teve como diretor o design gráfico Pedro Janiel Vasconcelos, um dos mais conceituados produtor de tv da região.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

José Airton faz pronunciamento sobre os 285 anos de Fortaleza.

"Cidade de um povo guerreiro que muito trabalhou na construção de uma cidade turística e rica economicamente". O Deputado relembra a Fortaleza histórica desde a época que os holandeses conquistarem o Ceará com a construção do forte no litoral cearense, na margem esquerda do rio Pajeú, no local onde hoje se ergue o centro da cidade de Fortaleza. Feita vila em 1699, a primeira que se criou no Ceará, tornou-se sede da capitania em 1799, quando esta se separou de Pernambuco, e foi finalmente elevada a cidade, já na qualidade de capital provincial, em 1823.

"Temos uma rica história, cheia de lutas e vitórias para lembrar e nos orgulhar. Hoje Fortaleza é a 5ª capital do país, um dos pontos turísticos mais visitados do mundo, um povo hospitaleiro e gentil, uma das cidades mais receptivas do mundo. Parabéns fortalezenses por mais esse ano de vitórias, finalizo deixando um forte abraço para companheira, uma guerreira, a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, que vem aguerridamente administrando nossa cidade com competência, fazendo uma administração participativa e popular".

Claudia Vidal -

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Nós e o Planeta Terra

O que nos diferencia dos outros seres da natureza não é a inteligência ou a capacidade de ter emoções, de sentir prazer, dor, medo, de nos comunicar ou criar ferramentas, pois isso várias espécies também fazem em diferentes graus de eficiência. O que nos torna únicos é a consciência de nossa individualidade e, entre as conseqüências disso, está o sentimento de separação do mundo, dos outros, da natureza, pois se somos nós não podemos ser o outro.

Ter consciência nos fez também ter subjetividade, um mundo interior, onde construímos e reconstruímos nossa visão de mundo, do outro, de nós próprios. Assim, embora a realidade seja igual para todos, a maneira de perceber, de encarar e interpretar a realidade muda de pessoa para pessoa.

Isso nos obrigou a estabelecer parâmetros do que é aceitável ou não pela sociedade, pois apesar de separados dos outros e das coisas, enquanto seres sociais estamos ligados uns aos outros e tão dependentes quanto todos da natureza. E natureza, aqui, não significa uma visão idealizada de um ser com propósito e intencionalidade, mas o resultado de milhares de anos de evolução sob determinadas condições de clima e calor, distanciamento do sol, inclinação do eixo da Terra, etc. Revela-se então uma outra característica humana que é a tendência de encontrar significado para as questões que não consegue compreender, como se fôssemos incapazes de viver num mundo que não faca sentido. Os gregos antigos, por exemplo, deram à natureza o status de deusa, à qual atribuíram o nome Gaia.

A consciência também nos tornou livres para escolher o que achamos ser melhor para nós, para o mundo, e o livre arbítrio trouxe consigo culpas e responsabilidades, angústias existenciais sobre qual o melhor caminho a tomar. Ao nos vermos livres da natureza, não mais tendo de obedecer aos instintos e compreendendo cientificamente os seus fenômenos, criamos a ilusão de sermos superiores às demais espécies e à própria natureza. Na tarefa de nos tornar humanos, tivemos e ainda temos de enfrentar a natureza, que age e influencia em nossas escolhas através dos instintos - tão ativos em nós quanto em todas as demais espécies, determinando quando temos de lutar ou fugir, comer e parar de comer, por exemplo, e ainda assim, podemos escolher nos manter em situação de estresse sem tentar fugir e comer sem fome. Este enfrentamento resultou no afastamento maior ainda da natureza. Seguir aos instintos passou a ser um atributo dos animais, algo pouco refinado, embrutecido, motivo de vergonha para os humanos.

Criamos a ilusão de sermos os donos da natureza e dividimos o planeta em territórios, e loteamos cada espaço útil, explorando sem culpas, a ponto de já termos passado do ponto de regeneração natural de diversos ecossistemas. As demais espécies foram destituídas de seus direitos, condicionadas à sua utilidade para nós. Se não for útil, então não tem razão de existir.

Em nossa idealização do mundo, nos demos o papel transcendental atribuído aos deuses, pois se somos superiores à natureza, tínhamos de encontrar um significado para nós fora da natureza.

Quando confrontados com as evidências de nossos atos, alguns de nós preferem buscar desculpas para continuar agindo da mesma forma. Para alguns, a idéia de que a natureza possa sofrer um colapso parece um exagero, pois nada do que façamos irá destruir a natureza, embora possamos nos destruir facilmente. Para outros, a Ciência irá nos salvar descobrindo coisas, inventando novas tecnologias que serão capazes de reciclar nossos restos e descobrir novas fontes de recursos. Outros acham inútil lutar, pois o fim está próximo, conforme revelado em algum texto sagrado e, naturalmente, apenas os que acreditarem nisso serão salvos.

Nossa separação da natureza não aconteceu apenas do ponto de vista psicológico, ético, moral ou espiritual, mas também do ponto de vista físico. Reconstruímos o meio ambiente para adaptá-lo às nossas necessidades onde antes existiam ecossistemas. Construímos cidades às vezes confortáveis, bonitas, às vezes não, de concreto, aço e asfalto e com muita rapidez esquecemos que apesar de muito importantes não são as cidades que produzem a água, o oxigênio, a biodiversidade da qual dependemos para produzir alimentos, medicamentos e obter recursos.

O meio ambiente deixou de ser tudo o que existe, para ser o que existe em torno de nos, como se fosse uma espécie de armazém de recursos inesgotáveis para atender às nossas necessidades. Necessidades que deixaram de ser apenas físicas, como comer, morar, vestir, mas também espirituais, como a de demonstrar afeto através da troca de presentes materiais, de obter reconhecimento social e se sentir pertencendo a uma sociedade através da exibição de objetos de consumo. O resultado foi uma sociedade que não só superexplora a natureza, mas que também superexplora seus próprios semelhantes, pois para que uns possam acumular demais outros precisam acumular de menos.

E por que tudo isso? Enquanto as demais espécies submetem-se aos seus destinos, nos angustiamos na busca de respostas, e quando estas não existem, criamos nós próprios utopias e visões de mundo que dê sentido a este mundo reinventado. Qual é o propósito de nossa espécie? Para que estamos aqui? De onde viemos? Para onde vamos? Por que sofremos com terremotos, vulcões, tsunamis, secas, enchentes, furacões, fome, AIDS, epidemias, etc.? Cometemos algum pecado pelo qual estamos sendo punidos agora? Teremos tempo de evitar um colapso ambiental global? Continuaremos existindo enquanto espécie ou já estamos em declínio rumo à extinção? Alguns se satisfazem com a idéia de deuses e diabos voluntariosos nos manipulando, outros se amparam na idéia de que somos filhos e filhas de seres de outros planetas que nos visitaram no passado e que alguns acreditam que ainda estão entre nós. Outros acreditam que surgimos do caos e do acaso, não importa, ninguém saberá a verdade final mesmo e, neste particular, qualquer idéia serve, desde que tenha significado e nos permita viver em paz conosco mesmo e com os outros, que nos anime a querer serem pessoas melhores e lutar para termos um mundo melhor.

O fato concreto é que nenhum de nós escapará vivo do Planeta que, ao contrário de nos pertencer, nós é que pertencemos a ele e o compartilhamos com todas as outras espécies. Ou nos reinventamos, imaginando outro jeito de estar no Planeta, ou corremos risco de desaparecer antes do tempo. Uma coisa é certa, o Planeta começou sem nós, e acabará sem nós. A questão que importa não é quando acontecerá o fim, mas o que posso fazer, aqui e agora, enquanto tenho vida e saúde para abreviar este fim e aproveitar este presente que todos os dias o Planeta nos proporciona, o de viver. E a vida é bem curta.

* Vilmar Sidnei Demamam Berna é escritor e jornalista, fundou a REBIA - Rede Brasileira de Informação Ambiental (www.rebia.org.br ) e edita deste janeiro de 1996 a Revista do Meio Ambiente (que substituiu o Jornal do Meio Ambiente) e o Portal do Meio Ambiente ( www.portaldomeioambiente.org.br ). Em 1999, recebeu no Japão o Prêmio Global 500 da ONU Para o Meio Ambiente e, em 2003, o Prêmio Verde das Américas - www.escritorvilmarberna.com.br

Equipe diocesana da Campanha da Fraternidade visita 6ª CREDE/SOBRAL

Na última segunda-feira, dia 11 de abril, Pe. Raimundo Ribeiro(capelão da santa casa) e Pe. João Diniz (vigário paróquia da Sé), dois dos representantes diocesano da equipe de animação da Campanha da fraternidade 2011- Fraternidade e a vida no planeta; lema: “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22), estiveram na 6ª COORDENADORIA REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – e foram recebidos pela sua coordenadora Francisca Valdízia Bezerra Ribeiro, pelo supervisor Gerardo Gaspar Neto(NRDES10) e pela supervisora Conceição Lino(NRCOM). O encontro objetivou firmar parcerias com aquela respeitada instituição estadual de ensino para uma melhor divulgação e conscientização dos nossos educadores para com a vida no planeta e suas implicações. Do encontro ficou firmado que a equipe da campanha ira apresentar o tema: dia 26 de abril - superintendentes municipais da educação; dia 27 –comitê geração pela paz. Em breve, a m esma equipe terá a chance de apresentar o tema e mobilizar os diretores municipais dos 20 municípios que fazem parte da 6ª CREDE. Para a coordenadora da 6ª CREDE, Francisca Valdízia, “as visitas nas escolas e a conscientização dos jovens para o cuidado do meio ambiente é parte essencial  da campanha”.

 

Mundo longo, vida breve

Caixa emprestou R$ 29,3 bi em crédito comercial no primeiro semestre de 2011

Caixa Econômica Federal divulgou nesta segunda-feira, 11, que emprestou R$ 29,3 bilhões em crédito comercial no primeiro trimestre de 2011 para empresas e pessoas físicas. O valor representa um crescimento de 32,6% comparado ao mesmo período do ano passado. A expectativa da Caixa para este ano é registrar um crescimento entre 20% e 30% da carteira comercial.
Dentro do segmento de crédito comercial, os empréstimos para pessoas jurídicas cresceram 47,5%, com volume de R$ 16,2 bilhões contratados, com destaque para o financiamento de longo prazo a investimento, que apresentou expansão de 35% no período, segundo nota do banco.
Já o crédito para pessoas físicas teve crescimento de 17,7% no período, com financiamento de R$ 13,1 bilhões. Segundo a Caixa, "há uma desaceleração nas linhas de crédito para consumo, principalmente a partir das medidas macroprudenciais implementadas" pelo governo federal desde dezembro.

Fonte: Agência Estado

29 açudes sangram no Ceará

Dos 134 açudes cearenses monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) e pelo Departamento Nacional de Obras Conta Secas (Dnocs), 29 já sangraram em 2011. O último foi o Açude Frios, no município de Umirim, pertencente à Bacia do Curu, que ultrapassou a sua capacidade máxima nesta segunda-feira, 11. Nesta terça-feira, 23 açudes continuam sangrando.

Segundo números divulgados pela Cogerh, 17 reservatórios estão acima de 90%, e sete acima de 80%. A situação das 11 bacias que compõem o Estado do Ceará encontra-se com os seguintes percentuais de acúmulo:

Bacia do Alto Jaguaribe – 18 Açudes – 83,73%
Bacia do Salgado – 14 Açudes – 7 5,56%
Bacia do Banabuiú – 18 Açudes – 62,08%
Bacia do Médio Jaguaribe – 13 Açudes – 70,18%
Bacia do Baixo Jaguaribe – 01 Açude – 100,00%
Bacia do Acaraú – 13 Açudes – 65,86%
Bacia do Coreaú – 09 Açudes – 93,59%
Bacia do Curu – 13 Açudes – 62,22%
Bacia do Parnaíba – 10 Açudes – 68,35%
Bacias Metropolitanas – 18 Açudes – 65,29%
Bacia do Litoral – 07 Açudes – 90,83%

O acúmulo total encontra-se com 12.721.927.834 metros cúbicos, dos 18.073.965.477 metros cúbicos da capacidade total do Estado, o que representa 70,39%.

(POVO Online com Cogerh)

terça-feira, 12 de abril de 2011

Yuri Gagarin há 50 anos: 'A Terra é azul'

crédito: info.olycom.it

Yuri Gagarin, 12 de abril de 1961

108 minutos há exatos 50 anos marcaram um novo horizonte para a humanidade e, da noite para o dia, o feito transformou um ex-trabalhador de campo e piloto militar chamado Yuri Alekseyevich Gagarin num dos heróis da história. Contudo, meio século depois de sua aventura ter incentivado a corrida espacial entre a então União Soviética e os Estados Unidos, a Rússia libera agora documentos secretos contrários aos rumores de que o cosmonauta foi assassinado por ordem do governo soviético.
As mais de 700 páginas de documentos confidenciais mostram, inicialmente, a breve conversa que entrou para os anais da história, com o pai do programa espacial soviético, Sergei Korolev, que tentava acalmar os nervos do cosmonauta."O importante é que temos salsichão para acompanhar aguardente", brincou Gagarin pouco antes da nave Vostok ser lançada ao espaço em 12 de abril de 1961. "Aí você têm café da manhã, almoço e jantar. Embutidos, balas e chá. Ao todo, 63 peças. Vai voltar a engordar", falou à época Korolev, obsessivo para que o cosmonauta tivesse alimentos suficientes antes de retornar à Terra.
A integridade de Gagarin foi tal que até teve tempo de rir dos nervosos técnicos que o acompanharam até o interior da Vostok quando, devido a uma falha hermética, tiveram de retirar e colocar cada um dos 32 parafusos que selavam a escotilha. Logo em seguida, ele pronunciou o famoso "Poyekhali!", ou "Vamos lá!", após o qual deu início a volta no planeta em 108 minutos. "Os primeiros sempre são pessoas de sorte. É preciso reconhecer que o bem-sucedido vôo de Gagarin foi em grande parte uma questão de sorte", garantiu Anatoli Davydov, subchefe da agência espacial russa, Roscosmos.
Ao comentar os documentos soviéticos recém desclassificados sobre a odisséia, Davydov garantiu que "podem ter ocorrido inúmeras situações desagradáveis, mas não ocorreram", matizou o funcionário, quem garantiu que a idéia inicial era que Gagarin desse uma só volta ao redor da Terra, mas Korolev decidiu fornecer mais alimentos para o caso de complicações.
A missão
Todos os 19 candidatos selecionados para o vôo da Vostok-1 eram pilotos de teste, sem medo de velocidade e magros o suficiente para caber na pequena cápsula de dois metros de largura. O charme da origem humilde da Gagarin pode ter ajudado a favorecer sua escolha e a de seu substituto, Gherman Titov. Nascido na vila de Klushino, a 150 km de Moscou, seu pai era carpinteiro e sua mãe ama de leite. A família foi forçada a viver em uma pequena cabana quando a vila foi queimada durante a ocupação alemã na Segunda Guerra Mundial.
Os vôos experimentais realizados com animais, como a famosa cadela Laika em 1957, demonstraram que o estado vital piora dramaticamente a partir da terceira volta. Nem todos acreditavam que o vôo tivesse sucesso, que Gagarin retornasse vivo e que não perderia a razão, portanto as autoridades soviéticas prepararam de antemão três versões oficiais sobre o fato. Assista vídeo comemorativo narrado em português: Outra preocupação das autoridades dizia respeito à hipótese de Gagarin aterrissar fora do território soviético, por isso a agência oficial de notícias Tass preparou um documento informando todas as nações sobre a viagem do cosmonauta e que poderia aterrissar em seu solo. O próprio Gagarin, muito consciente do risco da gravidade zero, escreveu uma carta a sua esposa, na qual dava permissão para casar-se novamente e pedia que educasse suas duas filhas "não como pequenas princesas, mas como pessoas normais".
Finalmente, a Tass emitiu um documento com o título de Sobre o bem-sucedido retorno do homem do primeiro vôo espacial no qual dizia que "às 10h55 no horário de Moscou a nave espacial Vostok aterrissou na região prevista da União Soviética. O piloto-cosmonauta major Gagarin comunicou: ‘Peço que informe ao Governo que a aterrissagem transcorreu com normalidade, que estou bem e não sofri qualquer lesão'", acrescentou.
A morte
Outro aspecto que ainda tira o sono de muitos é a morte de Gagarin em 27 de março de 1968 durante um vôo de treinamento a bordo de um caça Mig na região de Vladimir, que levou alguns analistas a falar de uma conspiração. "A causa mais provável da catástrofe foi uma brusca manobra para evitar uma sonda", assinalou nesta semana Aleksandr Stepanov, chefe dos arquivos do Kremlin. "Gagarin uma vez disse: ‘para mim a minha vida inteira parece ser um momento perfeito’", lembrou o jornalista veterano Vladimir Gubarev. Star City, o centro de treinamento espacial mais antigo do país, agora lembra de muitas maneiras um santuário para o primeiro homem que chegou no espaço, cuja morte prematura em um acidente de avião sete anos após o vôo que o tornou famoso imortalizou seu status de garoto-propaganda da União Soviética.
Teorias da conspiração afirmam que Gagarin não morreu no acidente, mas foi assassinado por ordem do líder soviético Leonid Brezhnev devido a uma acusação de deslealdade ao partido. Em uma tentativa aparente de parar de uma vez por todas os boatos que ressurgiriam com o aniversário, o governo russo decidiu liberar arquivos secretos que esclarecem a circunstância da morte de Gagarin. Os documentos mostram que uma investigação concluiu que o cosmonauta muito provavelmente perdeu controle de seu jato após desviar bruscamente para evitar um balão de previsão meteorológica.
O relatório secreto de novembro de 1968 aponta que "a brusca manobra levou à entrada do avião em um estado crítico de vôo e a sua queda em condições climatológicas adversas". Os desclassificados relatórios da comissão que investigou a tragédia também indicam "a improvável causa" que o acidente ocorresse quando Gagarin tentava evitar a entrada em uma camada de nuvens. Roscosmos aproveitou o aniversário para negar que Gagarin e outros cosmonautas soviéticos tivessem visto ou mantido contato com objetos voadores não identificados procedentes de outros planetas.
[Nota: 20 anos depois, em 12 de abril de 1981, era lançado o ônibus espacial Columbia, que nesta data completa 30 anos]

A nova Ufo

 

Prefeito de Aracati (CE) é denunciado pelo MPF

 

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o prefeito de Aracati (CE), Expedito Ferreira da Costa (PP-foto), e mais nove pessoas, pela prática de crimes contra o sistema financeiro nacional, quadrilha, sonegação fiscal e lavagem de bens.

Sócio majoritário da empresa Comercial de Pescados Aracatiense (Compescal), Costa estaria realizando exportação subfaturada de lagosta e camarão. O MPF aponta que a empresa emitia duas faturas com a mesma numeração e quantidade de produtos, sendo uma entregue ao importador, com o valor real da venda, e outra utilizada oficialmente na contabilidade, com valor menor.

O montante oficial era transferido para uma conta corrente da Compescal no Brasil. O importador era orientado a depositar a diferença em contas de terceiros abertas no exterior.

Fonte: Brasília Confidencial

    Visita de Dilma à China amplia importância do Brasil no mundo

    A presidenta Dilma Rousseff iniciou ontem sua agenda oficial na China, onde deverá assinar cerca de 20 acordos comerciais nas áreas de tecnologia, agricultura, esporte, educação e comércio. Terceira agenda internacional da presidenta, a passagem de Dilma pelas cidades de Pequim, Sanya, Boao e Xian demonstram o interesse brasileiro em aumentar as relações comerciais e política com os chineses.

    A viagem, na avaliação do deputado Dr. Rosinha (PT-PR), da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, é importante, especialmente no sentido de ampliar as exportações brasileiras para a China. “A China é hoje o principal parceiro comercial do Brasil. Qualquer país do mundo tem que ter acordo com a China. Não só no sentido de desenvolvimento, mas também de disciplina comercial”, disse Rosinha, ressaltando os baixos preços praticados pelo país asiático no mercado internacional, o que tem causado prejuízo aos mercados comerciais de vários países.

    Outro fator importante da visita, explicou Rosinha, se deve à necessidade de fortalecimento dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). “Os países do Bric devem ter um relacionamento não só comercial, mas de cooperação mútua. São países com potencial de juntos desenvolverem um bom parque industrial”, afirmou. Na cidade chinesa de Sanya, Dilma participa da 3ª Cúpula do Brics, onde estarão presentes o presidente da China, Hu Jintao, da Rússia, Dmitri Medvedev, o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, e o presidente da África do Sul, Jacob Zuma.

    Para o deputado Décio Lima (PT-SC), também da Comissão de Relações Exteriores, a visita da presidenta brasileira à China caminha no sentido do aprofundamento da “revolução” da política externa iniciada no governo do ex- presidente Lula. Assim como o Brasil, explicou o parlamentar, a China vem rompendo barreiras e se consolidando como umas das principais economias mundiais.

    “Essa viagem é um processo de consolidação do papel que o Brasil assumiu nos últimos anos. Até pouco tempo atrás, nossas relações comerciais se concentravam apenas no âmbito da América Latina. Graças à política externa do presidente Lula, o Brasil vive uma verdadeira revolução em suas relações comerciais e, neste sentido, a China é sem dúvida um dos seus mais importantes parceiros”, ressaltou.

    Embraer - Entre os acordos que serão assinados com a China está um que prevê a venda de aeronaves da empresa brasileira Embraer para companhias aéreas chinesas. Os aviões farão vôos regionais no país asiático. Outros acordos que serão assinados estabelecem a instalação de um centro de pesquisa conjunta em nanotecnologia. Há também parcerias em pesquisa e inovação em agricultura, defesa, biocombustíveis, eletricidade e prospecção de petróleo.

    Serão oficializadas também parcerias entre a Petrobras e as empresas chinesas Sinochem e Sinopec para o desenvolvimento de tecnologias de prospecção e troca de experiências em pesquisas geológicas. Outro acordo prevê parcerias no desenvolvimento de energia através de biocombustíveis. Uma das possibilidades estudadas na China é produzir biocombustível a partir de algas

    5 Ufos em Makua Military Reservation (Hawaii)

    Recebi e repasso, você tira suas próprias conclusões

    http://www.youtube.com/watch?v=wotPvacFr1U

                                     Não se pode afirmar que é verdadeiro. Pode haver tecnologia falsificante, aí. “Se  não é verdade, foi bem contada.”

    Julio Barone Neto

    Bangcoc termina com consenso sobre agenda para 2011

    por Fabiano Ávila, do Carbono Brasil

    Apesar dos países terem concordado com o que será discutido nos próximos meses, a União Européia alerta que o ritmo das negociações está muito lento para que seja possível chegar a um acordo climático global ainda neste ano.

    24 Bangcoc termina com consenso sobre agenda para 2011

    Ninguém duvida que seja realmente muito difícil fazer com que representantes de mais de 190 países, todos obrigados a defender os interesses de suas nações, cheguem a um consenso sobre qualquer assunto. Talvez isso justifique as comemorações ao final da reunião climática em Bangcoc,  por ter ao menos conseguido determinar o que será discutido na Alemanha em junho e na África do Sul em novembro.

    Bangcoc começou com grandes expectativas, pois a Conferência do Clima de Cancún (COP 16) em dezembro do ano passado, que foi considerada um sucesso pela ONU, gerou um movimento na direção de compromissos concretos. Porém, mal começaram as negociações na Tailândia e a velha divergência entre países ricos e pobres voltou a aparecer.

    A grande discussão ficou em torno do que deveria ser debatido, com o grupo formado pelo G77 mais a China querendo focar em elementos deixados de fora dos Acordos de Cancún e as nações ricas querendo detalhar os assuntos abordados na COP16.

    Essa divisão só veio a ser solucionada no último dia do encontro, com todos os países concordando com uma agenda que define o calendário de discussões de 2011.

    “Os representantes concordaram em uma agenda para trabalhar em direção a um acordo amplo e balanceado na próxima Conferência do Clima em Durban, na África do Sul”, afirmou Christiana Figueres, presidente da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).

    O líder do grupo africano, Tosi Mpanu Mpanu, resumiu o sentimento geral em Bangcoc. “Graças a Deus alcançamos uma agenda. Mas é uma pena que tenhamos levado tanto tempo. O que isso significará para o resto do ano?”

    Lentidão

    Para a União Européia, os países devem se dar conta que é preciso se esforçar mais para evitar as piores consequências das mudanças climáticas. Opinião que é reforçada por organizações não governamentais.

    “Nosso sentimento é de que as coisas estão avançando muito devagar, muito mais lentas do que a Europa gostaria. Com essa velocidade não conseguiremos alcançar o que precisamos ainda em 2011. Muito tempo é perdido discutindo procedimentos, quando deveríamos estar debatendo o que é realmente urgente”, criticou Connie Hedegaard, comissária climática da União Européia.

    “Novamente os delegados não conseguiram evoluir nos temas chave, incluindo o futuro do Protocolo de Quioto, porque as conversas passam muito tempo estagnadas”, reforçou Tasneem Essop, do WWF.

    Já Figueres aponta que houve avanços com relação à Quioto e que, apesar da lentidão das negociações, os países se mostram interessados em resolver ainda neste ano o futuro do Protocolo.

    “As discussões em Bangcoc não ficaram restritas apenas sobre o que deveria ser feito com o Protocolo de Quioto, mas também como deveria ser feito. É perceptível o desejo de que seja encontrada uma solução para o futuro do tratado ainda em 2011”, disse a presidente da UNFCCC.

    Posicionamentos

    Uma das utilidades da rodada de Bangcoc foi deixar claro o posicionamento de diversos países fundamentais para as negociações.

    A delegação dos Estados Unidos afirmou que só aceita um acordo global para emissões se todos os países participarem, sem distinção entre ricos e em desenvolvimento. Além disso, os norte-americanos preferem que cada nação formalize suas metas domésticas para que só depois um tratado climático seja discutido.

    A União Européia, apesar de ser a favor da extensão do Protocolo de Quioto, de certa forma está alinhada com os EUA, dizendo que todos devem participar.

    “Nós estamos considerando uma extensão de Quioto, mas queremos também sua expansão. Todos os países com emissões significativas deveriam ser sujeitos a ele ou a algum novo acordo climático”, afirmou o delegado europeu Artur Rungemetzger.

    O Japão, que chegou a Bangcoc como a grande incógnita por causa dos desastres naturais seguidos da crise nuclear que assolam o país, manifestou sua intenção de ainda cumprir as metas estabelecidas por Quioto.

    Porém, os japoneses não confirmaram se vão abandonar seu papel como um dos grandes financiadores do “Fundo Verde do Clima”, criado em Cancún com a promessa de liberar US$ 100 bilhões anuais para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Como o Japão precisará contrair empréstimos estrangeiros para a reconstrução de suas cidades, parece provável que o governo se veja forçado a não participar do Fundo.

    Essa e muitas outras respostas devem começar a ser dadas no dia cinco de junho quando começa a próxima rodada de negociações climáticas em Bonn, na Alemanha. Será a última oportunidade para os países resolverem suas divergências antes da grande Conferência do Clima (COP 17) no final de novembro.

    Japão irá elevar acidente de Fukushima ao nível máximo de alerta

    O Governo japonês pretende elevar para o nível 7 a gravidade do acidente nuclear da usina de Fukushima provocado pelo terremoto seguido de tsunami de um mês atrás, grau máximo da escala internacional, registrado até hoje somente pela tragédia de Chernobyl de 1986.

    Tal como informa nesta segunda-feira o site da televisão pública "NHK", a Comissão de Segurança Nuclear do Japão tomou essa decisão após levar em conta os amplos efeitos do vazamento radioativo da central Daiichi à saúde dos habitantes e ao meio ambiente do nordeste do Japão.

    Até então, as autoridades japonesas tinham classificado a gravidade do acidente nuclear de Fukushima como grau 5, dentro da escala internacional Nies, que vai até 7. A nova classificação deve ser anunciada em entrevista coletiva nesta terça-feira.

    Segundo a agência de notícias "Kyodo", a Comissão de Segurança Nuclear do país calculou que, em zonas afastadas 60 quilômetros ao noroeste da central e 40 quilômetros ao sul-sudoeste, houve exposições à radiação que ultrapassaram o limite anual de 1 milisievert. EFE

    Acordo com a China será um dos maiores de todos os tempos

     

    A presidente Dilma Rousseff chega hoje a Pequim para concretizar um dos maiores acordos dos últimos 18 anos entre as duas nações. A iniciativa de fortalecer as relações com a China, em diversos níveis, teve início em 1993, pela diplomacia do Governo Itamar Franco, quando a recém criada Comunidade Européia ainda era a principal parceira comercial do Brasil.

    De lá para cá, o crescimento gradativo da economia chinesa, tornou-a não só a principal parceira comercial, como também a responsável pela maior parte dos investimentos estrangeiros em território brasileiro. Somente na última década (2000-2010), as trocas comerciais entre Brasil e China aumentaram 24,5 vezes e continuam crescendo. Entre 2009 e 2010, por exemplo, houve crescimento de 52% no fluxo de exportações e importações, chegando a US$ 56 bilhões. E a balança foi favorável ao mercado brasileiro, que saiu lucrando US$ 5 bilhões.

    Os negociadores da comitiva brasileira, formada por ministros e por 250 empresários, afirmam que uma das expectativas é aumentar a exportação de carne para os chineses. Na semana passada, o porta-voz da Presidência da República, Rodrigo Baena Soares, disse que o objetivo da viagem é que as conversas levem à abertura de oportunidades em vários setores. Baena Soares citou áreas que envolvem carne de porco, frutas e outros. Leia abaixo alguns dos acordos que serão firmados nos próximos dias.

    Educação

    - A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o China Scholarship Council vão realizar intercâmbio de professores, pesquisadores e estudantes em programas de treinamento profissional.
    - Instalação no Brasil do Instituto Confúcio, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

    Energia

    - Eletrobrás e State Grid desenvolverão linhas de transmissão de longa distância.
    - Parceria da indústria eletroeletrônica ZTE e da prefeitura de Hortolândia (SP) na construção de um pólo de produção de telecomunicações, com investimento de US$ 200 milhões.
    - Petrobrás e Sinochem pesquisarão tecnologias de prospecção de energia.

    Indústria

    - Governo da Bahia e chineses vão invest ir em empresas de processamento de soja em Barreiras (BA).
    - O Brasil quer autorização para ampliar a fábrica da Embraer na China (foto) e produzir o jato executivo Embraer Legacy 600. Também está sendo negociada a venda de 50 aviões do jato de médio porte EMB-190, da Embraer, além de mais 25 do modelo ERJ-145.

    Meio Ambiente

    - Desenvolvimento de biocombustíveis, de segunda geração.
    - Cooperação científica no gerenciamento sustentável e proteção dos recursos hídricos.

    Padrão de qualidade

    - Inmetro e laboratório chinês trocarão experiências sobre produtos, pesos, medidas, garantias e certificados de qualidade. A intenção é chegar a uma padronização da qualidade que será obrigatoriamente seguida pelos dois países nos produtos exportados.

    Pesquisa e Desenvolvimento

    - Criação de um centro de pesquisa Brasil- China para pesquisa em nanotecnologia.
    - Instalação de uma unidade do Laboratório Virtual da Embrapa no Exterior(Labex),a exemplo das unidades criadas nos EUA, França,Inglaterra e Coréia do Sul.

    Fonte: Brasília Confidencial

    segunda-feira, 11 de abril de 2011

    Inscrições abertas para o vestibular 2011.2 da Uece

     

    O período de inscrições para o segundo vestibular de 2011 da Universidade Estadual do Ceará (Uece) começa nesta segunda-feira, 11, até o dia 26, somente pela internet, segundo informa a Comissão Executiva do Vestibular (CEV).
    A inscrição via internet será para todos os candidatos, pagantes ou isentos. Veja na página eletrônica da Uece o Edital, na íntegra.
    A primeira fase do vestibular de 2011.2 se realizará no dia 12 de junho, domingo, das 9h às 13 horas. A segunda fase acontecerá nos dias 3 e 4 de julho.
    Mais informações no Manual do Candidato, no site da Uece, ou pelos telefones 3101.9710 / 3101.9711.

    Postado por Elenilton Roratto

    O ROUBO DO FUNDEB DE IPU É DESTAQUE NO JORNAL O GLOBO DO RIO DE JANEIRO

     
    Local do auditório, cantina e depósito da secretaria de educação, totalmente construído e pago com recursos do FUNDEB, no valor de R$ 116.252,00 (foto feita em 30/03/2011)
    No mesmo dia que o prefeito Sávio Pontes, faz um circo para entregar pela primeira vez, o abono do FUNDEB, depois de desviá-lo por dois anos consecutivos, coincidentemente, o Jornal de maior circulação no País, o jornal “O Globo” da cidade do Rio de Janeiro, divulga os maiores desvios do FUNDEB do Nordeste, em sua edição de ontem, dia 10 de abril, e infelizmente, contatamos que a nossa querida cidade do Ipu, está em destaque na matéria junto com outras cidades do Piauí, o que nos envergonha por demais. Infelizmente, temos que tornar público através deste blog, pois somos um dos poucos meios de comunicação que a população tem para saber a verdade sobre o descalabro e os desmandos que o irresponsável Pontes tem feito em sua administração. Infelizmente, isto é apenas a ponta de um iceberg, tendo em vista que muitas irregularidades foram e estão sendo praticadas, mas também temos informações que não podem ser divulgadas no momento, que muitas denuncias foram feitas e que estão sendo investigadas pela POLÍCIA FEDERAL, TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO E TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS.
    Veja a matéria completa publicada no Jornal “O GLOBO” de 10 de abril de 2011.
    “O atual secretário de Educação de Ipu, Flávio Alves não soube responder a finalidade de confecções de R$ 58 mil reais em camisas para projetos educacionais, pagos com os recursos do FUNDEB.”
    TERESINA e FORTALEZA - As inspeções aleatórias dos órgãos de fiscalização encontraram, no Piauí e no Ceará, situações que variam da contratação irregular de obras até condições insalubres para distribuição da merenda. No Piauí, de março a outubro de 2010, auditorias da Controladoria Geral da União (CGU) apontaram irregularidades em pelo menos quatro cidades. No Ceará, a última fiscalização, divulgada no início deste mês, apurou indícios de fraude numa obra de R$ 700 mil. No Ceará, que deve somar, em 2011, R$ 3,7 bilhões vindos do Fundeb, a CGU tem flagrado ilegalidades. Na última fiscalização, divulgada no início deste mês, foi constatado que a construção de uma escola pública estava totalmente abandonada em Pacujá, interior cearense. A obra recebeu R$ 700 mil do governo federal. Em fevereiro deste ano, a prefeitura de Ipu, a 257 quilômetros de Fortaleza, pagou com verba do Fundeb a construção de um auditório, uma cantina e um depósito na Secretaria de Educação. O aparente verniz de legalidade, por ser uma obra ligada ao órgão da área, esconde duas irregularidades: apesar de algumas obras estarem contempladas em gastos com manutenção e desenvolvimento do ensino, o que pode consumir até 40% do Fundeb, elas precisam estar diretamente ligadas à aprendizagem. Mas o que também chamou a atenção foi a pressa: 93,1% do total da obra foram pagos antes de ela ter sido iniciada. Em outra operação, feita ano passado também em Ipu, viu-se que a prefeitura gastou R$ 58,6 mil com a "confecção de camisas para projetos educacionais" da Secretaria de Educação. Recursos do Fundeb não podem pagar roupas, nem mesmo farda escolar. - Isso é improbidade, não tenha dúvidas. O gestor deverá ser citado por improbidade - disse o presidente do Conselho Estadual do Fundeb, Geraldo Magela de Maria, afirmando já ter sabido de fiscalizações no país que encontraram até obra de arte e mobília da sala de diretoras compradas com verbas do fundo. O secretário de Educação do município, Flávio Alves, o terceiro a ocupar o cargo desde o início desta gestão, não soube responder qual a finalidade de tantas camisetas. Sobre o auditório, disse que a secretaria precisa do equipamento. Mesmo alegando não ter tido tempo de se informar sobre como foi aplicado o dinheiro do Fundeb, o secretário crê não haver desvios. Em Lagoa do São Francisco, no Piauí, uma inspeção da CGU em 2010 na prefeitura constatou a contratação, sem licitação, de empresa para reforma de escolas e bibliotecas, no valor de R$ 292.420. Além disso, a empresa permaneceu fechada na semana da fiscalização; o local funcionaria como estúdio para ensaio de banda musical e para guarda de equipamentos de som. Em Flores do Piauí, os auditores apuraram que a prefeitura fez pagamentos inferiores aos contratados e contabilizados na locação de transporte escolar em 2008, resultando em despesas sem comprovação no montante de R$ 22.632. Já em Paes Landim, a prefeitura deixou de comprovar gastos de R$ 53,7 mil em merenda escolar. "QUANDO TEM SARDINHA, NÃO TEM GÁS" - A merenda também foi alvo de irregularidades em Campinas do Piauí. De cinco escolas da amostra, quatro não tinham condições de armazenamento ou preparo do alimento. Na escola Santos Dumont, por exemplo, não havia espaço para cozinha; por isso, os alimentos eram guardados e preparados na casa de uma merendeira - onde não havia, porém, água encanada. A escola Adão Ferreira tinha não só a merenda preparada na casa de uma professora, como as próprias atividades do colégio estariam funcionando lá. Em Pau D'Arco do Piauí, ônibus escolares da escola Alméssegas, a 68 quilômetros de Teresina, estão parados por falta de freios. Também falta merenda. - Quando não tem merenda, a gente entra às 8h e sai às 9h para merendar em casa, e não é preciso voltar mais. Tem semana em que isso acontece três, quatro dias. Não se aprende nada - diz o aluno Ernani Costa, de 10 anos. - Quando tem sardinha, salsicha, arroz, não tem gás; quando chega o gás, os alimentos já estão com prazo de validade vencido - afirma a professora Francisca Veras da Rocha, há nove anos no colégio. A merenda que falta está em uma pequena sala da tesouraria da sede da prefeitura de Pau D'Arco, misturada a material de limpeza, e num depósito alugado no centro da cidade, onde os alimentos ficam no chão. Na manhã da última sexta-feira, em outra escola, a Virgulino Sérgio, havia merenda, mas não aulas. As crianças comiam nas mesas dos professores, e o vigilante comia da mesma merenda, que deveria ser destinada exclusivamente aos estudantes. No depósito de merenda escolar, os alimentos dividiam o espaço com material de limpeza e computadores que estão sendo destruídos por cupim. A notícia foi publicada no Jornal O Globo.
    Clik aqui e veja:
    http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/04/10/auditorias-da-cgu-constatam-irregularidades-em-varios-servicos-educacionais-em-cidades-do-piaui-do-ceara-924201472.asp

    Eleitores faltosos têm até o dia 14 de abril para regularizar o título

    título

    Os eleitores que não votaram nos últimos três pleitos eleitorais têm só até o dia 14 de abril para comparecer ao cartório eleitoral de sua cidade para regularizar o título. Depois deste prazo, o título será automaticamente cancelado.
    No Ceará, de acordo com levantamento feito pelo TSE, após as eleições de 2010, existiam 53.386 eleitores com os títulos passíveis de serem cancelados. Deste total, apenas 1.079 (2,02%) compareceram aos cartórios para regularizar o título até a última sexta-feira (01/04). Em todo o estado, estão aptos a votar 5.881.584 eleitores.
    A Justiça Eleitoral considera como falta cada turno de votação. Neste caso, quem não votou nos três últimos turnos eleitorais e não justificou poderá ter o seu título cancelado. Para regularizar a situação, o eleitor deve levar ao cartório documento de identidade oficial com foto e comprovante de residência, originais e cópias.
    Consequências para quem não justificar
    Além do pagamento da multa e da possibilidade de ter a inscrição eleitoral cancelada, a não apresentação da justificativa dentro do prazo acarretará uma série de impedimentos ao eleitor, inclusive para obter passaporte ou carteira de identidade, receber salários de função ou emprego público, obter certos tipos de empréstimos e inscrição, investidura e nomeação em concurso público.
    A falta de justificativa também pode gerar dificuldades para renovação de matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo e obtenção de certidão de quitação eleitoral ou qualquer documento perante repartições diplomáticas a que estiver subordinado.
    Os eleitores que detêm a prerrogativa constitucional do voto facultativo não precisam se submeter às regras. São eles: os analfabetos, os que à época da eleição tinham entre 16 e 18 anos e os maiores de 70 anos. Também não estão sujeitos ao cancelamento os títulos dos eleitores portadores de deficiência “que torne impossível ou extremamente oneroso o cumprimento das obrigações eleitorais”, desde que estejam identificados como tal no cadastro eleitoral.

    Enviado por Elenilton Roratto

    Khadafi aceitou plano de paz proposto pela União Africana

    O contestado líder líbio Muammar Khadafi aceitou o plano de paz proposto pelos mediadores da União Africana (UA) para pôr fim ao violento conflito com a rebelião, que se arrasta no país há já quase dois meses, incluindo um cessar-fogo imediato.

    Khadafi está no poder há mais de 41 anos Khadafi está no poder há mais de 41 anos (Zohra Bensemra/Reuters)

    O anúncio foi feito esta manhã pelo Presidente sul-africano, Jacob Zuma, que se reuniu ontem à noite com Khadafi, à cabeça de uma delegação integrada por quatro outros líderes africanos – os seus homólogos do Mali, Amadou Toumani Touré, da Mauritânia, Mohamed Ould Abdel Aziz, e do Congo, Denis Sassou Nguesso, assim como o ministro dos Negócios Estrangeiros do Uganda, Henry Oryem Okello. Zuma instou a NATO a não continuar com os raides aéreos feitos contra as posições militares do regime líbio de forma a “dar uma hipótese ao cessar-fogo”.
    “A delegação do nosso irmão líder aceitou o plano de paz que lhes apresentámos. Temos agora que dar uma hipótese ao cessar-fogo”, insistiu, em conferência de imprensa em Trípoli, pouco antes de o grupo que encabeça partir para Bengasi, bastião da rebelião na Líbia Oriental, onde os mediadores da UA deverão encontrar-se também com os líderes rebeldes.
    Além do cessar-fogo por parte das forças leais a Khadafi e da suspensão dos ataques aéreos da NATO, a proposta da União Africana contempla ainda, nos pontos principais, a prestação sem obstáculos da ajuda humanitária em todo o país, a protecção dos cidadãos estrangeiros e a abertura de diálogo entre o Governo líbio e os rebeldes visando um acordo político para acabar com o conflito.
    Anteriores ofertas de cessação das hostilidades incluindo três declarações unilaterais de cessar-fogo feitas pelo regime líbio nas últimas três semanas, desde o início dos raides dos aliados, a 19 de Março, mandatados pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas para “proteger as vidas de civis”, jamais se concretizaram no terreno.
    Questionado se o plano proposto pela União Africana contempla o cenário de afastamento de Khadafi do poder (que exerce há mais de 41 anos), o alto comissário da UA para a Paz e Segurança, Ramtane Lamamra, referiu apenas que “houve alguma discussão [nesse sentido]”. “Mas não posso dar informações sobre conversações confidenciais, primeiro porque não participei nelas e, depois, porque creio que devem manter-se confidenciais entre as partes envolvidas”, sublinhou aquela mesma fonte, em declarações à agência noticiosa britânica Reuters.
    Do lado da rebelião a posição permanece intransigente em que nenhum acordo é possível sem o fim do regime de Khadafi. Ouvido pela BBC, o representante da liderança da rebelião líbia no Reino Unido, Guma al-Gamaty, asseverou que nenhum plano será aceite se permitir a permanência de Khadafi no poder ou a passagem do mesmo para os seus filhos.
    Al-Gamaty notou ainda que a rebelião vai “analisar cuidadosamente” esta proposta da UA, expressando aqui também a desconfiança com que os rebeldes olham para a delegação liderada por Zuma, que consideram demasiado solidária com o regime líbio.
    Já em Bengasi, o porta-voz dos rebeldes, Mustafa Gheriani, insistiu que a queda do regime de Khadafi é uma questão inegociável e que, antes de qualquer cessar-fogo ser aceite, as tropas do líder líbio têm que se retirar das ruas e a liberdade de expressão respeitada no país. “O povo líbio já deixou muito claro que Khadafi tem que se demitir. Mas vamos avaliar a proposta assim que tivermos mais pormenores sobre a mesma”, avançou à Reuters, antes da chegada da delegação da UA à cidade.
    Gheriani sublinhou ainda estar “surpreendido” com as declarações de Zuma nas quais o líder da delegação da UA sugeria não acompanhar os restantes membros a Bengasi. “Perguntamo-nos porque que é que Zuma não vem cá”, afirmou.

    Novo tremor atinge região de usina um mês após tragédia no Japão

     

    Monge budista reza em área destruída pelo tsunami em Natori, na província de Myagi, no nordeste do Japão, em 11 de abril 2011, um mês após o terromoto e tsunami que atingiram o país. (AP)

    Efeitos das tragédias naturais ainda são visíveis em várias partes

    Um tremor de 7,1 de magnitude atingiu a província de Fukushima nesta segunda-feira, um mês após um terremoto seguido de tsunami ter causado dezenas de milhares de mortos no país.

    A Agência Meteorológica do Japão emitiu um alerta de tsunami de até um metro.

    A província de Fukushima, no nordeste do país, abriga a usina de mesmo nome que sofreu grande destruição e luta para evitar o vazamento de material radioativo.

    A empresa que controla a usina comunicou que não há relatos de danos de estrutura causados pelo tremor desta segunda-feira.

    O novo terremoto ocorreu às 17h16m (hora local), poucas horas depois de o Japão marcar um mês da tragédia de 11 de março com um minuto de silêncio.

    Sobreviventes da tragédia que estão alojados em abrigos improvisados marcaram o momento que o terremoto abalou o Japão, às 14h46 do horário local (2h46 de Brasília), com as cabeças baixas e mantendo um silêncio de um minuto.

    A tragédia deixou mais de 13 mil mortos e 14,3 desaparecidos e outras 150 mil pessoas desabrigadas. O tremor também danificou sistemas de resfriamento da usina nuclear de Fukushima e obrigou funcionários da usina a tentar restaurar esses sistemas.

    O primeiro-ministro Naoto Kan agradeceu a pessoas em todo o mundo por seu apoio.

    Em uma carta aberta enviada a sete jornais internacionais, o premiê japonês afirmou que o apoio ofereceu esperança e despertou coragem em um momento de desespero.

    ''Através de nossos esforços e com a ajuda da comunidade global, o Japão irá se recuperar e regressará ainda mais forte. Nós iremos retribuir a sua generosa ajuda'', escreveu Kan.

    ''Com isso nos nossos corações, agora estamos juntos, dedicados à reconstrução da nação.''

    Indústria pesqueira

    Ao percorrer regiões atingidas pelos desastres no domingo, Kan prometeu fazer todo o possível para ajudar comunidades.

    Um mês depois, vidas e paisagens ainda estão em caos no nordeste do Japão.

    ''O governo depositará todo o seu esforço para trabalhar com vocês. Nós nunca o abandonaremos'', disse o premiê a sobreviventes na cidade de Ishinomaki.

    O primeiro-ministro também procurou assegurar os sobreviventes de que a indústria pesqueira - da qual dependem muitos no severamente atingido litoral japonês - será retomada assim que possível.

    O tsunami destruiu barcos e cais, interrompendo operações de pesca de grande porte.

    Os estragos sofridos pela usina nuclear de Fukushima Daiichi também atingiu a indústria pesqueira, já que consumidores internacionais estão evitando produtos japoneses temendo contaminação.

    Funcionários vêm injetando água sobre os três reatores a fim de resfriar seus tubos de combustíveis porque os sistemas de resfriamento foram prejudicados durante o terremoto.

    Eles seguem injetando nitrogênio no reator de número 1 da usina, a fim de impedir uma nova explosão causada pelo acúmulo de hidrogênio.

    Eles também estão lançando água com baixos níveis de contaminação no mar, para que a água altamente radioativa extraída da área da usina possa ser transferida para uma área vedada próxima ao local em que ela se encontra.

    O secretário-chefe do gabinete japonês, Yukio Edano, disse que avanços têm sido feitos no sentido de manter a usina sob controle.

    ''A possibilidade de que a situação da usina nuclear se deteriore e possa provocar um grande vazamento de materiais radiativos está diminuindo cada vez mais'', disse Edano em uma entrevista.

    ''Naturalmente, a usina não está operando de forma normal. Nós seguimos pedindo àqueles que moram nas imediações que sigam nos locais para onde foram evacuados, na eventualidade de a situação piorar. ''

    Mas nesta segunda-feira, Edano pediu que moradores de outras cinco comunidades em uma área situada a 30 quilômetros da usina nuclear deixem a área em no máximo um mês.

    O secretário-chefe do gabinete disse não se tratar de uma emergência, mas acrescentou que altos níveis de radiação foram detectados em algumas áreas e acrescentou que há riscos de longo prazo caso para a saúde, caso a crise com a usina se prolongue.

    Relação Brasil-China

    A partir de hoje (11/04), 309 executivos - acompanharão a comitiva da presidente Dilma Rousseff em sua viagem à China. A missão empresarial, que é coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), discutirá com ministros brasileiros e dirigentes chineses a ampliação do comércio bilateral e as oportunidades de investimentos nos dois países.
    Para a CNI, o aumento significativo do comércio bilateral, que saltou de US$ 2,3 bilhões em 2000 para US$ 56, 3 bilhões no ano passado, o que corresponde a um crescimento de quase 2.500% em dez anos, implica necessariamente a diversificação da pauta de exportações brasileiras. Na opinião da entidade, o Brasil, que tem uma indústria diversificada e produz itens de alta tecnologia, não pode se concentrar apenas nas vendas à China de commodities como soja e minério de ferro.
    Parte da missão empresarial, que é coordenada pela confederação e que integra a visita da presidente ao território chinês, participará também do Fórum Empresarial do BRIC (bloco que reúne Brasil, Índia, China e Rússia), nos dias 13 e 14 de abril, na cidade chinesa de Sanya. O fórum discute, entre outros temas, o crescimento da importância dos quatro países na economia mundial e o uso de energias alternativas. Segundo dados reunidos pela CNI, desde abril de 2009 a China tornou-se o maior parceiro comercial do Brasil, superando os Estados Unidos. Em 2011, a balança bilateral repetiu praticamente o superávit de 2009, pendendo para o Brasil e registrando US$ 5,1 bilhões. Em 2010, o Brasil vendeu à China US$ 30,7 bilhões, 46,5% a mais do que no ano anterior, e importou 60,8% a mais, no valor de US$ 25,5 bilhões. O mercado chinês responde por 15,2% das exportações totais do Brasil.
    Para o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), no entanto, a ampliação das relações comerciais, financeiras e produtivas entre Brasil e China trazem oportunidades no curto e médio prazo, mas podem representar ameaças para o País no longo prazo.
    Segundo a entidade, entre os riscos estão a perda de participação das exportações brasileiras em terceiros mercados para a China, "desadensamento" da estrutura produtiva nacional, perda do controle estratégico sobre fontes de energia e aumento da vulnerabilidade externa estrutural. Esta é a conclusão do documento "As relações bilaterais Brasil-China - A ascensão da China no sistema mundial e os desafios para o Brasil", divulgado na última sexta-feira.

    domingo, 10 de abril de 2011

    Fortaleza é derrotado pelo Guarany de Sobral na reestréia de Ferdinando Teixeira

    Por Thiago Sampaio - Da Redação

    Na reestréia do técnico Ferdinando Teixeira no comando do Fortaleza, o Leão novamente não conseguiu uma apresentação convincente e foi derrotado por um motivado Guarany de Sobral por 3 a 1, no estádio do Junco, em Sobral. Foi a terceira derrota consecutiva do Tricolor do Pici (todas tomando três gols) e o time despencou para a sétima posição da tabela do segundo turno do Estadual, com 12 pontos. Já o Cacique do Vale chegou ao G4, com 15 pontos, ocupando a terceira posição.

    O Guarany começou jogando melhor, pressionando o Leão que, por sua vez, se mostrou perdido em campo. Aos 22 minutos, o lateral Jhony chegou pelo canto e acertou um chute certeiro de “três dedos”, no canto do goleiro Fabiano, abrindo o placar para o time sobralense. A defesa do Fortaleza apenas viu a boa passar, sem intervenção. Guarany de Sobral 1 x 0 Fortaleza

    Durante a maior parte do primeiro tempo o jogo ficou truncado, com o zagueiro Gilmak fazendo uma marcação forte no atacante Wanderley. Mas aos 42 minutos, a defesa do Tricolor do Pici voltou a falhar feio, permitindo o Guarany ampliar o placar. Jean passou por três jogadores e cruzou para Fabinho Recife, bem posicionado na área, chutar para o gol de Fabiano. Guarany de Sobral 2 x 0 Fortaleza.

    O segundo tempo começou com mais um “tapa” no Fortaleza. Logo aos 2 minutos, Wanderley avançou com velocidade, passou pela defesa e chutou, assinalando o terceiro do Guarany na partida, e o seu gol de número 13 no Estadual, se isolando na artilharia. Guarany de Sobral 3 x 0 Fortaleza.

    A chance de reação do time de Ferdinando Teixeira veio aos nove minutos. O lateral Henrique foi derrubado pelo goleiro do time de Sobral e o árbitro marcou pênalti. Adriano Pimenta foi para a cobrança, a bola bateu duas vezes no travessão, mas acabou entrando, para o alívio da torcida do Leão. Guarany de Sobral 3 x 1 Fortaleza.

    Mesmo após o gol, o Fortaleza não apresentou poder de reação e se mostrou um time nervoso em campo. Time tinha dificuldade em passar pela defesa do Guarany e passou a apelar muito para faltas e chutes de fora da área.

    O Fortaleza volta a campo no próximo domingo (17) contra o Quixadá. O Guarany joga no mesmo dia contra o Guarani de Juazeiro.