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11:57 26.03.2018(atualizado 12:23 26.03.2018) URL curta
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Chefe do Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes do Congresso norte-americano, Devin Nunes, declarou que o comitê planeja realizar uma investigação quanto ao reforço do potencial econômico e militar da China na África.
Nunes, citado pelo canal FoxBusiness, opinou que a China pretende investir nos portos e infraestruturas em todo o mundo não apenas para aumentar seu potencial militar, mas também para poder controlar e manipular os governos de países em que investe.
CC BY 2.0 / Phil Whitehouse / Australia Day
Austrália está no meio de disputa comercial entre China e EUA
A China anunciou o início da construção de uma base militar em Djibuti em fevereiro de 2016. A cerimônia de inauguração decorreu em 1º de agosto do ano passado. As autoridades chinesas não revelam a quantidade dos efetivos que tencionam lá instalar, mas segundo algumas informações se trataria de cerca de 10.000 militares. Wu Qian, representante do Ministério da Defesa chinês, declarou que a base será usada principalmente para missões de patrulhamento, operações humanitárias, descanso e reabastecimento dos efetivos que participam das operações no golfo de Áden e perto da Somália.
Vladimir Terekhov, especialista em assuntos da região Ásia-Pacífico, destacou para o serviço russo da Rádio Sputnik que Pequim ajuda os países africanos a resolver seus problemas, enquanto os norte-americanos não tem pressa em fazer isso.
Analista frisou que faz tempo que China está "desbravando" o continente africano e que para o gigante asiático a África é um território muito importante e prospectivo.
"Já cinco anos atrás ficou bem claro que a China é o principal parceiro comercial dos países africanos e investidor nos seus projetos. A China ajuda os africanos a resolverem seus graves problemas econômicos que fazem fugir suas populações para outros países, inclusive para a Europa", explicou.
© AP Photo/ Greg Baker
Como China e Estados Unidos disputam influência na África
A China é o líder evidente no comércio com os países africanos e planeja duplicar o volume do comércio durante os próximos dez anos e investir em aproximadamente 3.000 projetos de infraestrutura, destacou Terekhov.
"Mas o componente comercial é reforçado pelo militar. A China está aumentando sua presença no oceano Índico e criando bases de apoio para a sua Marinha. Assim, a China está desbravando metodicamente o continente africano. Claro que para o gendarme mundial, para os EUA, isto representa um desafio", disse o analista.
No entanto, segundo continuou, os americanos não parecem ter pressa em oferecer algo em troca aos países africanos. Como lembrou Terekhov, o AFRICOM, Comando das Forças Armadas dos EUA na África, existe já há dez anos e esta organização não tem dado nenhuns frutos.
"É a China quem ajuda os africanos a resolver os problemas, não dá para entender o que os EUA podem contrapor. Os EUA são como o gendarme que passeia perto do mercado, que tem uma vida própria, a qual não está ligada àquele que tem a arma", resumiu Vladimir Terekhov.
Fonte: https://br.sputniknews.com/opiniao/2018032610830563-eua-investigacao-china-africa/
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