quarta-feira, 20 de agosto de 2014

China aumenta suas capacidades de reconhecimento espacial

 

China, defesa, espaço, desenvolvimento, inteligência

Screenshot: Youtube.com

Em 19 de agosto, do espaçoporto chinês de Taiyuan foi lançado ao espaço um satélite de sensoriamento remoto da Terra. Pela primeira vez na história da indústria espacial chinesa foi possível atingir uma resolução de um metro para o sistema de vigilância óptico-eletrônico.

Assim, a China entrou no círculo restrito de países capazes de construir seus próprios satélites de reconhecimento ótico-eletrônico com alta resolução.

Obviamente, a China ainda está longe da liderança no campo de reconhecimento espacial. Uma resolução não pior que um metro foi declarada para o satélite civil russo Resurs-DK1 colocado em órbita em 2006. As características dos satélites russos de reconhecimento militar Persona nunca foram oficialmente reveladas. Contudo, segundo estimativas disponíveis, elas são significativamente superiores (30 cm).

Os líderes mundiais, os Estados Unidos, conseguiram uma resolução para satélites de reconhecimento inferior a cinco polegadas (12,7 cm). No entanto, essa resolução nem sequer é necessária para realizar a maioria das tarefas econômicas e militares.

Tendo alcançado um novo nível, a China agora poderá construir um potente sistema de reconhecimento espacial que irá aumentar significativamente a capacidade das suas forças armadas. Um tal sistema pode ser inferior ao norte-americano em suas características. No entanto, suas capacidades podem ser bem suficientes para a maioria das tarefas relacionadas com o apoio informacional das ações do exército chinês. Tendo o exército suficientes equipamentos necessários para o processamento de informações de inteligência por satélite, pode-se tratar da capacidade de reduzir significativamente, a longo prazo, o atraso em relação aos Estados Unidos na área de informação.

Atualmente, a China está se preparando para neutralizar a superioridade do adversário provável em meios de inteligência, comunicação e controle, atacando seus satélites e infraestrutura de rede. Os programas chineses de criação de armas antissatélite são, provavelmente, os maiores e tecnicamente mais avançados do mundo. Se no longo prazo a China conseguir capacidades de reconhecimento espacial comparáveis com as dos Estados Unidos, ainda que menores, combinadas com superioridade em meios de ataque, o equilíbrio de forças se deslocará substancialmente para a China.

Informações de satélites de reconhecimento também pode servir como um instrumento de política externa, permitindo o apoio secreto, mas eficaz, de aliados e parceiros. Por exemplo, a União Soviética ajudou secretamente a Argentina com imagens de satélite durante a guerra pelas ilhas Malvinas em 1982.

No entanto, as novas capacidades chinesas de inteligência podem ter o maior valor combinadas com o já criado potente arsenal de mísseis de médio alcance balísticos e de cruzeiro capazes de atingir alvos com alta precisão em praticamente toda a região Ásia-Pacífico.

Após o início da crise na Ucrânia, a Rússia começou a mostrar um crescente interesse em reforçar a cooperação com a China no espaço. Ao mesmo tempo, podemos constatar um crescente nível de confiança política e militar entre as duas partes.

A cooperação na área de desenvolvimento e operação de sistemas de reconhecimento espacial poderia ser uma das áreas de cooperação mais frutíferas, ampliando substancialmente o potencial das forças armadas dos dois países.
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_08_20/China-aumenta-suas-capacidades-de-reconhecimento-espacial-1918/

Nenhum comentário:

Postar um comentário