sexta-feira, 26 de junho de 2015

PT e PSDB invertem bandeiras nas aposentadorias

 

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247 - O jornalista Ricardo Kotscho criticou nesta quinta-feira, 25, em seu blog, a inversão de papéis que PT e PSDB protagonizaram na Câmara, na aprovação da correção do salário mínimo para aposentados e pensionistas, que pode gerar mais um aumento de despesas na Previdência. Deste vez, de R$ 9 bilhões somente este ano.

"Está em marcha um movimento na Câmara para fazer exatamente o contrário do que o governo pretendia com o pacote fiscal para reequilibrar as contas públicas: a cada votação, fazem o possível para aumentar os gastos, sem permitir aumentos na arrecadação. O buraco aumenta e as contas simplesmente não fecham. Aonde querem chegar?", questiona.

Kostcho conta que a aprovação da matéria contou com votos de 49 dos 51 deputados do PT. Enquanto o PSDB votou unido a favor da medida, assumindo agora o papel de defensor dos aposentados, depois de ter criado o fator previdenciário no governo FHC.

"Ou seja, os dois grandes adversários na política nacional inverteram os papéis: tucanos defendendo os interesses dos trabalhadores, sem dar bola para o equilíbrio fiscal; petistas obrigados a votar contra, em defesa da política econômica neoliberal adotada pelo governo, que até outro dia era a grande bandeira do seu adversário", afirmou.

"E assim ficamos sem saber se a crise política é consequência da crise econômica ou vice-versa, já que uma vai alimentando a outra. O fato é que a cada dia fica mais difícil enxergar uma luz no fim do túnel. Agora não adianta procurar culpados. Precisamos encontrar saídas", acrescentou.

Leia aqui a íntegra do texto.

https://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/186369/Kotscho-PT-e-PSDB-invertem-bandeiras-nas-aposentadorias.htm

Elmano de Freitas critica gastos de Roberto Claudio em Fortaleza

 

O deputado Elmano de Freitas (PT) teceu duras críticas à gestão do prefeito Roberto Cláudio (Pros), ontem, na Assembleia Legislativa do Ceará. O petista rechaçou os valores pagos no montante R$ 112,9 milhões, gastos com cargos comissionados (R$ 74 milhões), publicidade (R$ 35,8 milhões) e passagens e diárias (R$ 3,1 milhões), entre 2013 e 2014. Elmano disputou, em 2002, a eleição com Roberto Claudio, perdendo a disputa, no segundo turno. O PT promete, no próximo semestre, dialogar com a sociedade, sobre a realidade de Fortaleza, antecipando o debate político.
“O financiamento dessas despesas absurdas foi cobrado de nossa população que, em 2013, assistiu a um injustificável e ilegal aumento de IPTU, que gerou um crescimento de arrecadação em 117 milhões e 600 mil reais, em 2014”, disse o parlamentar, pontuando que todo o esforço de arrecadação com aumento de impostos foi em vão.
Elmano criticou ainda a atuação de RC na saúde, onde afirmou que houve fechamento dos postos de saúde, a noite, desabastecimento na rede de medicamentos, redução das visitas dos médicos do Programa de Saúde da Família (PSF), bem como ingerência dos Centros de Apoio Psicossociais (Caps). “Se era considerado ruim na gestão de Juraci Magalhães e de Luizianne Lins, pior está agora”, afirmou Elmano, salientando que o prefeito prometeu, enquanto era candidato, construir 28 novos postos de saúde, 11 Upas, seis policlínicas, além de colocar os postos e frotinhas funcionar.
O deputado salientou também que, entre 2011 a 2015, os repasses federais só aumentaram na saúde, sendo em 2011: R$ 605,1 milhões; 2012: R$ 712,8 milhões; 2013: R$ 687,1 milhões; 2014: R$ 767,8 milhões; e 2015 o SUS já repassou R$ 331,0 milhões. “Não existe o argumento de Roberto Cláudio, em dizer que não fez, porque pegou de Luizianne Lins, a Prefeitura quebrada”. O pronunciamento do deputado Elmano de Freitas foi motivado pela avaliação que o partido fez nos dias 19 e 20 de junho, no seminário “Mostra Tua Cara Fortaleza”, que avaliou a gestão de Roberto Cláudio.

Postado por pompeumacario

“A redução da maioridade penal consagra o direito do terror”, diz o governador Flavio Dino ao DCM

 

por : Pedro Zambarda de Araujo

maioridade-penal

Seis governadores do nordeste assinaram uma carta pública contra a redução da maioridade penal. Flávio Dino (Maranhão), Paulo Câmara (Pernambuco), Camilo Santana (Ceará), Ricardo Coutinho (Paraíba), Wellington Dias (Piauí), Renan Filho (Alagoas) e Rui Costa (Bahia) acreditam que a mudança da idade mínima para prisões não mudará o quadro geral da criminalidade no país.

“Temos convicção de que isso não irá contribuir para diminuir as taxas de criminalidade. Na verdade, o que ocorrerá é que crianças de 13 ou 14 anos serão convidadas a ingressar no mundo da criminalidade, sobretudo tráfico de drogas, desse modo alimentando-se uma ilimitada espiral de repressão ineficaz”, afirma o documento.

O DCM procurou o governador Flávio Dino para uma entrevista. Confira a conversa.

Como a redução da maioridade penal fere a Convenção Internacional dos Direitos da Criança que o Brasil assinou em 1990?

Nós assistimos a Câmara dos Deputados aprovar parcialmente a proposta de redução da maioridade penal. Esse tema da maior gravidade é da maior importância para a nação porque embute em primeiro lugar o preconceito contra a juventude, em segundo lugar uma visão equivocada sobre segurança pública e em terceiro lugar consagra o chamado direito penal do terror. Porque se pretende que o encarceramento vai salvar a segurança pública. Isso vai contra a convenção internacional e outras leis.

Como assim?

O que se argumenta em defesa da proposta da redução é que, cada vez mais cedo, jovens são recrutados por quadrilhas ou bandos. Isso é verdade, infelizmente. Dessa forma, ficou marcado que o jovem de 16, 17 anos tem sido recrutado por quadrilhas de traficantes e de assassinos profissionais. Por isso a saída seria puni-los.

Quem conhece a dinâmica do crime no mundo e conhece a do Brasil sabe que a consequência imediata se aprovado esse imenso equívoco será que as mesmas organizações criminosas passarão a recrutar jovens de 15, 14, 13 anos. Elas vão se adaptar às mudanças.

A aprovação da redução na Câmara é resultado de um congresso chefiado por Eduardo Cunha? É fruto do conservadorismo político atual?

Há um debate equivocado sobre esse assunto, que não esclarece os verdadeiros pontos de causa e consequência da redução de maioridade penal. Todo esse discurso é fruto de uma composição parlamentar mais conservadora.

Falta uma discussão mais neutra, sem defesa de uma discussão emocional sobre crimes e mais racional sobre a criminalidade e a condição dos presídios?

Acho que esses e outros pontos foram aqueles que nós, governadores do Nordeste, buscamos esclarecer em nossa carta aberta. Ela serve para chamar a atenção da sociedade brasileira. Queremos atentar para a seriedade do tema que precisa passar por melhor reflexão antes de ser tratado como é atualmente.

Leia a carta aberta dos governadores do nordeste contra a redução da maioridade penal.

Os governadores signatários desta Carta, à vista da aprovação em uma Comissão da Câmara dos Deputados da proposta de redução da maioridade penal, vêm convidar os Senhores Parlamentares e a sociedade a uma maior reflexão sobre o tema.

Temos convicção de que a redução da maioridade penal não irá contribuir para diminuir as taxas de criminalidade. Na verdade, o que ocorrerá é que crianças de 13 ou 14 anos serão convidadas a ingressar no mundo da criminalidade, sobretudo tráfico de drogas, desse modo alimentando-se uma ilimitada espiral de repressão ineficaz. Todos que lidamos com os sistemas de segurança pública e penitenciário, sabemos que cada vez há mais encarceramento no país, sem que a violência retroceda, posto que dependente de fatores diversos, sobretudo econômicos, sociais e familiares.

Acreditamos que a proposta vulnera direito fundamental erigido à condição de cláusula pétrea pela Constituição, sujeitando-se à revisão pelo Supremo Tribunal Federal. Além disso, implica descumprimento pelo Brasil de Convenção Internacional alusiva aos Direitos da Criança, a qual nosso país se obrigou a atender por força do Decreto 99.710/90.

Lembramos que o Brasil adota um sistema especializado de julgamentos e medidas para crianças acima de 12 anos, o que está em absoluta sintonia com a maioria e as melhores experiências internacionais. Neste passo, cremos que eventual revisão do Estatuto da Criança e do Adolescente é o caminho mais indicado para que alguns aperfeiçoamentos possam ser efetuados, preservando-se contudo a Constituição e as Convenções Internacionais.

Assim, dirigimo-nos à Nação com esse chamamento ao debate e a um movimento contrário à redução da maioridade penal, passando-se a priorizar medidas que realmente possam enfrentar a criminalidade e a violência.

(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).

Pedro Zambarda de Araujo

Sobre o Autor
Escritor, jornalista e blogueiro. Autor do projeto Geração Gamer, que cobre jogos digitais feitos no Brasil. Teve passagem pelo site da revista EXAME e pelo site TechTudo.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Brasil confirma sua influência do outro lado do Atlântico

Amazônia Azul
leva Brasil à África

Feiras de armamentos, treinamento militar, aéreo e naval: na África, a influência do Brasil vai muito além dos seis países de língua portuguesa

O Conversa Afiada reproduz da Carta Maior:

Feiras de armamentos, treinamento militar, aéreo e naval: na África, a influência do Brasil vai muito além dos seis países de língua portuguesa

Depois de anos consolidando acordos de segurança na América Latina e no Caribe, o Brasil começa a olhar para mais longe, confirmando a sua influência do outro lado do Atlântico. Tudo começou silenciosamente, com o país proporcionando assistência técnica em ciência, tecnologia e desenvolvimento professional a diversos países do continente africano.
Ao longo da última década, porém, as iniciativas de soft power somaram-se a um aumento dramático na cooperação militar com a África, com a realização de exercícios navais conjuntos, transferência de treinamento militar e armamentos, e a criação de postos avançados em portos localizados em toda a costa oeste do continente. Hoje, a postura oficial da Defesa brasileira tem um alcance ainda maior, com capacidade de projeção de poder indo da Antártida à África.
As parcerias transatlânticas estabelecidas pelo Brasil são o resultado de uma ambição antiga. Em 1986, junto com Argentina, Uruguai e 21 países africanos, o Brasil propôs a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul. O objetivo não declarado era, assim como agora, minimizar a interferência externa na região, especialmente da OTAN.
O desejo de manter “estrangeiros” longe do Atlântico Sul é motivado, em grande parte, por interesses comerciais. O Brasil, em particular, quer proteger seus recursos naturais na costa e em offshore, que a Marinha do Brasil chama de Amazônia Azul. Esta área abriga extensas reservas de petróleo e gás, bem como concessões de pesca e de mineração dentro e fora de suas atuais fronteiras marítimas.
Para os líderes brasileiros, preservar a influência sobre a Amazônia Azul é uma questão de segurança nacional e de soberania. O programa PROMAR, da Marinha do Brasil, promove campanhas de conscientização pública que exaltam a importância econômica, ambiental e científica do Atlântico Sul.
Para proteger as fronteiras da Amazônia Azul, o Brasil está requerendo na Comissão da ONU sobre os Limites da Plataforma Continental a extensão de sua zona econômica exclusiva, área que se estende a 200 milhas náuticas da costa, em que um país tem direitos especiais de exploração e utilização dos recursos marinhos.
Para embasar a demanda, o Brasil está criando um sofisticado sistema de vigilância e monitoramento da Amazônia Azul. O chamado Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul pretende digitalizar mais de 4.600 milhas de costa para navios militares e comerciais estrangeiros através de uma combinação de satélites, radares, drones, navios de guerra e submarinos.
Em janeiro, o país escolheu três finalistas para desenvolver o projeto de 4 bilhões de dólares: um consórcio liderado pelo conglomerado aeroespacial Embraer, outro liderado pela empresa multinacional de construção Odebrecht, e um terceiro pelo jovem grupo Orbital Engenharia. O exército brasileiro também está construindo um sistema multibilionário para monitoramento e vigilância das fronteiras. Os dois programas podem, eventualmente, ser integrados.
Rumo à África
Na África, a influência do Brasil vai muito além dos seis países de língua portuguesa do continente. As trocas comerciais totais com países africanos pularam de cerca de 4,3 bilhões dólares, em 2000, para 28,5 bilhões de dólares em 2013. Não surpreende que os acordos de segurança entre o Brasil e a África sejam motivados, em grande medida, pelo desejo de expandir oportunidades de negócios para empresas brasileiras de defesa.
Em 1994, por exemplo, o Brasil assinou um acordo de cooperação de defesa com a Namíbia; hoje, o Brasil é o principal fornecedor e parceiro de treinamentos da Marinha da Namíbia. Em 2001, o Brasil garantiu sua presença na África Meridional ao abrir uma missão naval em Walvis Bay, o maior porto comercial e único porto de águas profundas da Namíbia.
A Namíbia foi só a primeira. O Brasil também assinou acordos de cooperação de defesa com Cabo Verde (1994), África do Sul (2003), Guiné-Bissau (2006), Moçambique (2009), Nigéria (2010), Senegal (2010), Angola (2010), e Guiné Equatorial (2010 e 2013). Após exercícios conjuntos com a Marinha de Benin, Cabo Verde, Nigéria e São Tomé e Príncipe, em 2012, e exercícios adicionais com Angola, Mauritânia, Namíbia e Senegal, no ano seguinte o Brasil implantou outra missão naval brasileira, em Cabo Verde.
Enquanto isso, está atualmente em revisão um acordo de cooperação de defesa com o Mali, e o Ministério da Defesa do Brasil anunciou ter planos de criar ainda este ano uma terceira missão naval, em São Tomé e Príncipe.
O Brasil também está fornecendo à África treinamento militar, aéreo, e naval. Entre 2003 e 2013, a Escola Naval e a Escola de Guerra Naval treinaram cerca de dois mil oficiais militares da Namíbia. A Força Aérea Brasileira tem dado suporte a pilotos de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique. E desde 2009, a Agência Brasileira de Cooperação tem uma parceria com o Ministério da Defesa, com orçamento aproximado de 3,2 milhões de dólares entre 2009 e 2013, para programas de formação de militares africanos.
A enxurrada de acordos de cooperação é um forte estímulo para os empresários do setor de defesa brasileiros fazerem negócios na África. Empresas públicas e privadas estão fazendo fila pelas oportunidades, assim como organizações de comércio como a Associação Brasileira de Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança, Comdefesa, e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos.
Os fabricantes brasileiros de armas redobraram esforços para alinhar o desenvolvimento de armas e canais de produção de tecnologia com a demanda africana. A Embraer, por exemplo, intermediou vários acordos para vender suas aeronaves Super Tucano A-29, além de programas de treinamento e assistência técnica. A empresa assinou contratos com Angola, Burkina Faso e Mauritânia no valor de mais de 180 milhões de dólares no total.
Da mesma forma, Gana, Mali e Senegal assinaram acordos de compra ou manifestaram a intenção de comprar Super Tucanos da Embraer. Estes acordos são insignificantes se comparados aos feitos pela empresa com Estados Unidos, Suécia, e Emirados Árabes Unidos, mas eles são significativos uma vez que eles representam um aprofundamento das relações com o Brasil.
O Brasil também está faturando em feiras internacionais de armamentos, e alguns de seus principais clientes estão na África. O país exportou mais de 70 milhões de dólares em armas de pequeno porte e munição para 28 países africanos entre 2000 e 2013, de acordo com os últimos dados disponíveis da ONU. A Argélia encabeça a lista de clientes de armas de pequeno porte e munição made in Brazil, com gastos de mais de 23 milhões de dólares. Depois da Argélia vêm Botswana, África do Sul, Quênia e Angola.
Feiras de armas representam oportunidades importantes para o Brasil aprofundar a cooperação Sul-Sul com a África. Na edição de 2013 da LAAD (Latin America Aerospace and Defense Fair), a maior da região, , ao longo de três dias, o ministro da Defesa do Brasil reuniu-se com 14 ministros ou vice-ministros de países africanos e latino-americanos. Tais fatos confirmam que o Brasil está endurecendo seu soft power no Atlântico Sul. Neste processo, sua movimentação na África sinaliza que o Brasil tem hoje um papel relevante no cenário mundial.

http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2015/06/24/amazonia-azul-leva-brasil-a-africa/

Afiando a faca para o conflito final..

 

EUA, Rússia afiando para uma catástrofe nuclear

OTAN montou uma série de exercícios militares nas suas fronteiras orientais para combater a Rússia

Os Estados Unidos e seus aliados da OTAN estão afiando a faca em direção a um impasse militar de alto risco com a Rússia sobre a crise na Ucrânia, uma situação que pode levar à pior catástrofe da história, um ativista anti-guerra em Chicago, diz.
"A ameaça representada pelo renascimento pós-Guerra Fria e da expansão da OTAN não pode ser subestimada", disse Rick Rozoff, um membro da SOP NATO International.

"Ele tem o potencial para literalmente levar nosso planeta e seus povos para a pior catástrofe da história, o que seria uma guerra nuclear", disse Rozoff Press TV na sexta-feira.
Mais de 2.000 soldados estão tomando parte nas Noble Salt 2 jogos de guerra, o primeiro exercício da nova força de reação rápida da OTAN a intenção de advertir a Rússia de sua disponibilidade e tranquilizar os membros europeus da OTAN a leste, que temem ações de Moscou na Ucrânia.
Rozoff fez os comentários depois que ele foi questionado sobre jogos de guerra de quinta-feira na Polónia envolvendo 2.100 soldados de nove estados da OTAN.
EUA, belga, tcheco, holandês, alemão, húngaro, lituano tropas, norueguesas e polacas têm vindo a preparar desde a semana passada para este exercício em grande escala.
A aliança militar também montou uma série de exercícios militares nas suas fronteiras orientais para contrariar aumento da presença militar da Rússia no Mar Báltico.
Isto vem como o Pentágono está considerando a implantação de armamento pesado, tanques e outros veículos para até 5.000 soldados norte-americanos em países do Leste Europeu que fazem fronteira com a Rússia, Autoridades dos EUA disseram na semana passada.
"Os EUA tem conseguido através do mecanismo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para estabelecer as instalações militares permanentes, em muitos casos sobre bases aéreas para ser usado para ataques estratégicos contra a Rússia", disse Rozoff.
Os laços entre Washington e Moscou chegaram a um ponto mais baixo sobre a crise na Ucrânia, que começou depois que as forças pró-ocidentais deposto presidente do país, Viktor Yanukovych, em fevereiro de 2014.
Rússia acusa os EUA de desestabilizar a Ucrânia, apoiando as forças pró-Rússia nas regiões orientais. O Kremlin, no entanto, nega as alegações.

http://undhorizontenews2.blogspot.com.br/

terça-feira, 23 de junho de 2015

Lula: levei empresários aos quatro cantos do mundo

 

Ricardo Stuckert/Instituto Lula:

Por Tereza Cruvinel

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez hoje para o 247 uma defesa de sua atuação em favor da maior inserção das empresas brasileiras no exterior, destacando os ganhos obtidos com isso pelo país e lembrando que se tal atividade dos presidentes fosse criminalizada em outros países, Bill Clinton não teria se empenhado para que a americana Raytheon vendesse o SIVAM para o Brasil.

– Tenho orgulho de ter sido o presidente que mais trabalhou para abrir mercados para as empresas brasileiras no mundo. Quero ser lembrado como o presidente que mais levou comitivas de empresários, dos mais diversos setores, em suas viagens. Levei centenas de empresários comigo à China, à Índia, à África, aos quatro cantos do mundo.

Depois de desfiar alguns números, Lula acrescenta:

– Cada empresa brasileira que conquistava mercado lá fora para nós era uma bandeira do Brasil fincada num outro país. Eu dizia ao Furlan e ao Miguel Jorge: vocês têm que ser verdadeiros mascates do Brasil. E eles também saíram pelo mundo fazendo isso.

O empresário Luiz Fernando Furlan foi primeiro ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio de Lula, substituído no segundo mandato pelo executivo Miguel Jorge. Em 84 viagens internacionais, Lula recorda ter levado comitivas empresariais, o que dá uma média de dez por ano, ou quase uma por mês. Ele cita de cabeça alguns números, como o salto do fluxo de comércio internacional do Brasil, que em seus dois mandatos passou de US$ 107 bilhões para US$ 383 bilhões. Recorda que em oito anos o saldo na balança comercial passou de US$ 1 bilhão para US$ 35 bilhões. Que embora o comércio com a Europa tenha triplicado de volume, e tenha aumentado também com os Estados Unidos, parceiros tradicionais do Brasil, houve uma diversificação de relacionamentos. Com a China, o comércio bilateral passou de US$ 3 bilhões para US$ 49 bilhões entre 2002 e 2013, e com a África de US$ 2,3 bilhões para US$ 11 bilhões no mesmo período. E ao final arremata, citando o exemplo de Clinton.

– Se os presidentes da República tivessem que ser criminalizados por ajudarem as empresas de seu país, o Bill Clinton não teria ajudado a americana Raytheon a vender on Sivam para o Brasil.

A compra do Sivam – Sistema de Vigilância da Amazônica -resultou no primeiro escândalo de corrupção do governo Fernando Henrique, em 1998.

A atuação internacional de Lula vem sendo questionada desde o início da Operação Lava Jato. Desde então, só a revista Veja já publicou cinco capas especulando que um dos presos vai denunciar Lula, envolvendo-o com os casos investigados pela operação. Em uma, o personagem foi o doleiro Alberto Youssef, depois o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, seguido de Ricardo Pessoa, da UTC, de Leo Pinheiro, da OAS, e agora do presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht.

Brasil 247

Maioria no país agora reprova a reeleição

 

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247 – Uma pesquisa Datafolha aponta, pela primeira vez, que o apoio majoritário ao instituto da reeleição desapareceu.

Atualmente, só 30% são favoráveis – contra 65% em 2005, na véspera do ano eleitoral que teria o então presidente Lula concorrendo a um segundo mandato. Já os contrários pularam de 39% para 67% desde o último estudo.

Na Câmara, os deputados aprovaram um projeto que a extingue reeleição por um placar de 452 votos a 19. Para vigorar, a nova lei precisa passar por nova votação na Casa e, depois, ser aprovada pelo Senado.

Sobre a alteração do tempo de mandato dos políticos, a maioria (53%) disse ser favorável a cinco anos para todos os cargos eletivos, como aprovado pela Câmara.

O Datafolha também aponta que a rejeição à obrigatoriedade do voto bateu o recorde da série de pesquisas a respeito.

"A rejeição a Dilma pesa, mas não só. Há um contexto muito forte de rejeição geral à política, que vem desde junho de 2013", diz o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino (leia mais).

Brasil 247

segunda-feira, 22 de junho de 2015

'Cid e Ciro Gomes são destruidores de partido', declara Luizianne Lins

 

Ex-prefeita condena saída de irmãos do PROS e tentativa de transferência para outra legenda.
jornalismo@cearanews7.com.br

A ex-prefeita de Fortaleza e atual deputada federal, Luizianne Lins, voltou a criticar neste sábado em entrevista ao jornalista Evandro Nogueira (Rádio Verdes Mares), Cid e Ciro Gomes.
Ao ser questionada sobre uma provável mudança de partido dos irmãos, Luizianne fez uma leitura da vida política dos dois e declarou o poder de destruição de legendas do ex-governador e do irmão.
. “Já devassaram tantos partidos, estão bem no sexto ou sétimo partido, que os partidos estão todos escaldados. (…) São os destruidores de partido“, classificou Luizianne Lins. A ex-prefeita lembrou a tentativa dos irmãos de voltar ao PSB, mas " a experiência que eles tiveram foi extremamente traumática".
Apesar de uma atuação apagada na Câmara dos Deputados, Luizianne continua sendo nome forte para disputar as próximas eleições em Fortaleza. Mas, deve enfrentar resistências internas no partido, já que Elmano de Freitas é um dos prováveis indicados para entrar no páreo.

http://www.cearanews7.com.br/ver-noticia.asp?cod=26616

Whatsapp expõe chantagem parlamentar

 

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Grupo "Deputados Federais Novatos", criado pelo deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), que conta com 243 parlamentares de 1º mandato, incluindo nomes do PMDB e até do PT, arquitetou pelo aplicativo esquema para ameaçar o pacote fiscal da presidente Dilma Rousseff caso não fossem liberadas verbas para seus redutos eleitorais

22 de Junho de 2015 às 06:25

247 – Mensagens trocadas entre deputados pelo aplicativo Whastapp revelam como funciona o esquema de chantagem contra o governo Dilma Rousseff. "A hora de pressionar é agora que temos votações importantes pro governo. Depois, já era!", diz uma frase compartilhada no grupo de parlamentares.

A discussão em questão revela o esquema montado para ameaçar o pacote fiscal da presidente Dilma Rousseff caso não fossem liberadas verbas para seus redutos eleitorais, segundo reportagem de Natuza Nery e Ranier Bragon.

O grupo "Deputados Federais Novatos", criado pelo deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), conta com representantes de partidos nanicos, dos aliados PMDB e PC do B, dos oposicionistas DEM e PSDB, e até mesmo do PT: "Somos 243 de 1º mandato", diz ele (leia mais).

http://www.brasil247.com/pt/247/brasilia247/185823/Whatsapp-expõe-chantagem-parlamentar.htm

domingo, 21 de junho de 2015

MST volta a ocupar fazenda do senador Eunício Oliveira

 

Alex Rodrigues - Repórter da Agência BrasilEdição: Aécio Amado

Trabalhadores sem-terra voltaram a ocupar, na madrugada de hoje (21), uma fazenda do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE). Localizada entre as cidades de Corumbá de Goiás e Alexânia (GO), cidades próximas de Brasília, a propriedade de cerca de 20 mil hectares pertence ao grupo Agropecuária Santa Mônica, do senador, e já tinha sido ocupada em agosto de 2014. O 2º Pelotão da Polícia Militar (PM) de Goiás confirmou que foi acionada e que equipes foram enviadas ao local.

Segundo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a ação é uma resposta ao descumprimento, por parte do governo federal, de acordos firmados durante o cumprimento da ordem judicial de reintegração de posse, em março deste ano.

Um dos compromissos acertados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário foi, segundo o MST, o assentamento de cerca de 1,1 mil famílias em até 60 dias após os sem-terra deixarem a fazenda. Outro é a produção de um estudo sobre a legalidade da propriedade pelo senador Eunício Oliveira. O movimento sustenta que a fazenda foi declarada improdutiva e que há “grande volume de informações na região sobre a grilagem da área”.

Em nota, o MST promete manter a ocupação até que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) destine a fazenda para fins de reforma agrária. “São necessários pelo menos 60 mil hectares para beneficiar mais de 2,5 mil famílias de sem terra. Há, desta vez, mais gente que da primeira ocupação, porque conseguimos mobilizar novas famílias e porque, com a crise, esses trabalhadores estão buscando alternativas”, disse à Agência Brasil um dos líderes da ocupação Paulo Santana.

Segundo Santana, não houve resistência à entrada dos sem-terra na fazenda e o clima é tranquilo. O grupo está erguendo barracas no local e organizando o acampamento. “Estamos apreensivos, mas esperançosos de que o governo cumpra o que já havia prometido. Nosso desejo é estabelecer uma mesa de diálogo para encontrarmos uma solução definitiva para o problema dessas milhares de famílias, tendo o diálogo como princípio básico do processo.”

Ainda durante a primeira ocupação, a assessoria do senador garantiu que a propriedade era produtiva e opera há mais de 25 anos “em uma região livre de conflitos agrários”. Assegurou também que a Fazenda Santa Mônica cumpre todas as normas da legislação tributária, trabalhista e ambiental.

Agência Brasil

sábado, 20 de junho de 2015

Atestado de óbito de Bin Laden não existe

 

FILE - In this 1998 file photo, Osama bin Laden speaks to a journalist in Khost, Afghanistan

WikiLeaks: atestado de óbito de Bin Laden não existe

© AP Photo/ Mazhar Ali Khan

O líder grupo terrorista al-Qaeda foi morto no dia 2 de maio de 2011, em Abbottabad, no Paquistão, durante uma operação especial do grupo de SEALs da Marinha americana. Em setembro do mesmo ano, o cônsul da embaixada americana em Riad enviou uma carta ao filho de Bin Laden, Abdullah bin Laden, reconhecendo um pedido pelo atestado de óbito do pai.

Osama bin Laden

© AP Photo/ Arquivo

Casa Branca mente sobre morte de Osama bin Laden

Segundo o site WikiLeaks revelou nesta sexta-feira, a embaixada americana na Arábia Saudita declarou que não havia registro da existência de um atestado de óbito de Bin Laden.
"Fui informado pelo Escritório do Conselheiro Legal do Departamento de Estado dos EUA que nenhum atestado de óbito foi emitido para Osama bin Laden", escreveu Glen Keiser na carta revelada pelo WikiLeaks.
O site WikiLeaks publicou mais de 61 mil documentos sauditas e afirma que vai divulgar mais de meio milhão de documentos semelhantes, inclusive com relatórios confidenciais do Ministério saudita do Interior e da Agência Geral de Inteligência.
No mês de maio deste ano, o renomado jornalista Seymour Hersh contestou o relato oficial da morte de Bin Laden e alegou que as circunstâncias eram diferentes das divulgadas oficialmente. Segundo Hersh, Bin Laden estaria sendo mantido como prisioneiro em Abbottabad pela Agência de Inteligência do Paquistão e teria sido entregue aos americanos por um oficial paquistanês em troca de uma recompensa de US$ 25 milhões.

http://br.sputniknews.com/mundo/20150619/1349452.html

Potencial nuclear da Rússia destrói projeto geopolítico dos EUA

 

RS-24 Yars/SS-27

Analista: potencial nuclear da Rússia destrói projeto geopolítico dos EUA

© Host photo agency

Mundo

13:13 20.06.2015(atualizado 13:16 20.06.2015) URL curta

622100

Movendo-se para as fronteiras da Rússia por meio do fortalecimento das forças da OTAN nos Estados bálticos, Washington encontrou um obstáculo sério - a crescente vontade de Moscou de estabelecer a paridade nuclear, escreve o ex-diplomata indiano e analista político Melkulangara Bhadrakumar.

Ele observa que o Departamento de Defesa dos EUA está estudando a possibilidade de colocar equipamento militar pesado na Polônia, Romênia, Letônia, Lituânia, Bulgária e Estônia — os países que o ex-chefe do Pentágono, Donald Rumsfeld, chamou uma vez sarcasticamente de "Nova Europa". Na verdade, esses Estados fazem parte dos planos do Pentágono de expandir a aliança para leste.

Misil balístico intercontinental Tópol-M durante el ensayo desfile militar en la Plaza Roja (Archivo)

© Sputnik/ Grigory Sisoev

OTAN reprova decisão russa de fortalecer sua capacidade nuclear

Não é surpreendente que Moscou tenha reagido às declarações de Pentágono rápida e bruscamente, escreve o analista. O presidente Vladimir Putin anunciou planos para reforçar as forças nucleares estratégicas da Rússia. Neste ano sua estrutura irá incluir mais de 40 novos mísseis balísticos intercontinentais, estando também prevista a criação de um novo radar de deteção de alvos aéreos na direção leste.

"Os Estados Unidos não conseguem mais manter a compostura ao verem como a Rússia prossegue uma política de desafio estratégico contra a hegemonia americana. A independência de Moscou na arena internacional não só impede a implementação de políticas regionais de Washington, mas também dá um ‘mau exemplo’ para outros países que buscam implementar políticas soberanas", nota Bhadrakumar.

A target selector is seen at the commander's console inside a Titan II silo's control center at the Titan Missile Museum on May 12, 2015 in Green Valley, Arizona. The museum is located in a preserved Titan II ICBM launch complex and is devoted to educating visitors about the Cold War and the Titan II missile's contribution as a nuclear deterrent.

© AFP 2015/ BRENDAN SMIALOWSKI

Moscou acusa Estados Unidos e OTAN de violarem tratado nuclear

A intenção da Rússia de estabelecer a paridade nuclear, acredita o analista, inviabiliza o projeto geopolítico dos EUA do "Novo Século Americano". A velha política americana de contenção (da época da Guerra Fria) está desatualizada. A nova estratégia dos EUA é brinkmanship (manutenção de uma situação perigosa até à iminência de um desastre) que já se manifestou na Ucrânia e nas intenções de Washington de aumentar a presença militar na Europa.

O analista político também observa que a "tempestade iminente" na Europa poderá ter consequências para a segurança no sul da Ásia. Por exemplo, a implantação de sistemas de defesa antimísseis dos EUA nos países vizinhos da Índia já se tornou problemática.

http://br.sputniknews.com/mundo/20150620/1351430.html

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Senadora de Goiás se desfilia do PSDB: “Não acredito em oposição movida a ódio”

 

A senadora Lúcia Vânia (GO) confirmou no plenário, nesta quarta-feira (17) sua desfiliação do PSDB, partido ao qual estava filiada há 20 anos. O destino mais provável da parlamentar é o PSB. Com a saída da senadora, a bancada do PSDB ficará com 11 cadeiras no Senado. PMDB e PT têm 17 e 13 senadores, respectivamente.

Em seu discurso de despedida, Lúcia Vânia criticou o acirramento da polarização entre governistas e a oposição. “Saio em busca de um novo espaço que me traga motivação, uma nova compreensão deste momento ímpar que vivenciamos no país. Não acredito em uma oposição movida a ódio. Na minha visão, esse confronto que se estabeleceu no Congresso Nacional entre situação e oposição para dar resposta a uma sociedade órfã de lideranças é simplesmente irracional. O nosso papel, mais do que nunca, precisa ser de equilíbrio e sensatez sem, contudo, deixar de condenar os desvios, a má gestão, o descompromisso com o dinheiro público. Mas isso deve ser feito com a preocupação de oferecer alternativas e reavivar esperanças. Saio em busca dessa utopia”, disse a senadora.

O conflito entre a senadora e o PSDB ganhou destaque logo após a reeleição de Rena Calheiros (PMDB-AL) como presidente do Senado, em fevereiro. Em discurso feito no plenário no dia 4 de fevereiro, Lúcia Vânia disse ter sido exposta pela liderança do partido, que barrou sua indicação para a Primeira-Secretaria da Mesa, sugerindo que ela havia votado em Renan, e não em Luiz Henrique (PMDB-SC), candidato apoiado pelos tucanos.

Nesta tarde, a senadora traçou um rápido histórico de sua trajetória política, lembrando que assumiu a Secretaria Nacional de Assistência Social a convite do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Na secretaria, a senadora implantou a Lei Orgânica da Assistência Social, a Loas, e criou o benefício continuado para idosos e pessoas com deficiência.

A senadora disse, ainda que apoiou todas as últimas candidaturas presidenciais pelo PSDB: José Serra, Geraldo Alckmin e Aécio Neves. Lúcia Vânia fez um agradecimento especial ao presidente do Senado, Renan Calheiros, pelo seu empenho na valorização do papel da mulher na política brasileira.

Diário do Centro do Mundo

A lição de democracia da loja que desmentiu o boato de que é ‘do filho de Lula’. Por Kiko Nogueira

havan

A loja de departamentos Havan, de Santa Catarina, deu uma lição simples de como lidar com boatos deletérios. Um sujeito chamado Zenildo Costa postou o seguinte no Facebook:

Bomba. Sabe quem é o dono da Havan, exatamente o filho do Lula. Descobri ontem de fonte segura. Eles estão comprando empresas com o dinheiro do BNDES e deixando laranjas no controle, mas só de fachada”.

Parêntese: sempre que algum energúmeno escreve “bomba”, pode acreditar que vem lixo ou nada. O maior usuário desse clichê é o jornalista mitômano Claudio Tognolli, biógrafo de Lobão. Fim do parêntese.

A empresa, rapidamente, compartilhou a baboseira em sua própria página, com um recado a Costa:

Como diz o ditado, “mentiras quando ditas várias vezes, acabam se tornando verdades”.Estamos colocando um ponto final no assunto. Estamos respondendo hoje, a todos nossos clientes e amigos, tomarem conhecimento que, o post do Sr Zenildo Costa, de Curitiba, afirmando que a Havan, pertence ao filho do Lula, não é verdadeira.

(…)

Desafiamos o Sr Zenildo Costa a comprovar o que fala, caso contrário, será processado por calúnia e danos morais, e tudo que será arrecadado nessa ação será doado a uma instituição de caridade.

Não possuímos nenhum empréstimos no BNDES, e as insinuações que pertencem ao filho do Lula ou mesmo da filha da Dilma, são invenções caluniosas, sem qualquer fundamento

Zenildo, corajoso, retirou o que disse de pronto e enfiou essa viola no saco. Afirmou que “não é verdade que a empresa teria como proprietário o filho do Lula, bem como que ela não é financiada pelo BNDES”. Ele “apenas” republicou uma mensagem que recebeu “sem conferir sua fonte e veracidade”.

Sem profissão definida, Zenildo é um dos milhares de revoltados on line especializados nesse tipo de expediente. Apoia a intervenção militar, tem fotos de gatinhos e de Geisel, idolatra Ronaldo Caiado, denuncia o comunismo — enfim, o pacote completo do idiota da aldeia cuja voz é amplificada pelas redes sociais, como definiu Umberto Eco.

Agora: por que o governo brasileiro não age com essa mesma agilidade diante da boataria diuturna?

A filha de Dilma é acusada, na internet, de ser dona de vinte companhias, compradas com o dinheiro da mãe. Para continuar na esfera da presidente: Dilma criou uma lei proibindo a divulgação de investigações de acidentes aéreos; desfilou ao som de “Beijinho no Ombro”; liberou 13 milhões de dólares para criação de estátua de Lula. Etc.

A teoria conspiratória em torno do Foro de São Paulo foi parar nos protestos por absoluta falta de quem esclareça do se trata. Por outro lado, o BNDES tem respondido no Twitter sempre que necessário. Joesley Batista, da Friboi, já declarou que não é sócio de Lulinha algumas vezes. O Instituto Lula tem sido rápido ao oferecer um contraponto, eventualmente se antecipando à publicação de matérias.

Expor o autor da calúnia e acionar a Justiça se necessário, isso é o que a Havan fez. O tal republicanismo não pode ser um vale tudo.

(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).

Sobre o Autor
Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

Que deu na cabeça de Aécio para se meter na vida dos venezuelanos? Por Paulo Nogueira

 

Uma das ideias mais idiotas da política recente brasileira

Uma das ideias mais idiotas da política recente brasileira

Que deu na cabeça de Aécio para ir se meter nos negócios alheios na Venezuela?

É uma das ideias mais imbecis dos últimos anos na cena política. Tem a mesma quantidade de tolice da viagem que Kim Kataguiri empreendeu a Brasília para derrubar Dilma.

A diferença é que Kim é mirim, e Aécio já ultrapassou os 50, embora faça força para parecer um garotão.

Cada país que cuide de seus problemas.

A direita brasileira é a segunda pior do mundo, no quesito apego a mamatas e privilégios estatais. Só é batida pela direita venezuelana.

Desde que Chávez chegou ao poder – pelos votos – a direita tenta derrubar a nova ordem que nada mais fez que incluir uma vasta porção de venezuelanos relegados à miséria ao longo dos séculos.

Até um golpe foi dado. Durou pouco, e Chávez acabou reconduzido pela reação do povo e de seus antigos companheiros militares.

Neste trabalho de sabotagem contra a inclusão social e contra a democracia, a elite venezuelana tem o amparo permanente dos Estados Unidos.

Era assim com Bush e continuou assim com Obama, de quem se esperavam, em vão, mudanças.

Numa de suas grandes frases, Chávez disse que a diferença entre Bush e Obama era a mesma que existe entre seis e meia dúzia.

Chávez governou para os pobres, e recebeu deles o reconhecimento na forma de um amor irrestrito.

Ele cansou de ganhar eleições, pelo apoio popular. Mesmo quando a oposição, tradicionalmente fragmentada, se uniu com Capriles Chávez, sozinho, bateu os que queriam o retorno da velha ordem.

Doente, ele pediu que os venezuelanos votassem em Maduro caso morresse. Já não era Chávez que enfrentaria a oposição reunida, mas um semidesconhecido indicado por ele, Maduro.

E Maduro venceu, em eleições cuja lisura foi atestada por Jimmy Carter e diversos outros insuspeitos observadores internacionais.

A oposição começou a tramar contra Maduro imediatamente. O primeiro passo foi a acusação, disparatada e cínica, de fraude eleitoral.

E a sabotagem não parou mais.

Querem tirar Maduro? Que vençam nas urnas.

Mas não. A direita venezuelana, como a brasileira, quer atalhos que prescindam de uma coisa chamada voto.

O 1% venezuelano não tem nada a mostrar. Governou por séculos a Venezuela e construiu uma das sociedades mais iníquas do mundo.

Se você acha que a mídia brasileira é canalha, é porque não viu a venezuelana. Até a mãe de Chávez era constantemente xingada nas redes de tevê da Venezuela.

E é dentro desse quadro tão complicado, de boicote sistemático da plutocracia contra a democracia, que Aécio acha que tem alguma contribuição a dar aos venezuelanos.

É cômico e é trágico ao mesmo tempo.

Aécio, definitivamente, não se enxerga.

Vi, nas redes sociais, reações que contam muito sobre o caso. Várias pessoas perguntaram quanto custaria a viagem aos cofres públicos.

Até o avião da FAB seria utilizado. Pagar passagens com o próprio bolso não faz parte dos hábitos de Aécio.

Terminou em piada, claro.

O jornalista Pedro Alexandre Sanches, no Twitter, pediu a Maduro que aceitasse Aécio na Venezuela.

Para sempre.

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Paulo Nogueira

Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

José Serra só pensa no pior para o Brasil

Lindbergh rebate Serra: entrega do pré-sal, não

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247 – Em artigo exclusivo para o 247, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) critica o projeto de autoria do senador José Serra (PSDB-SP) que muda as regras de participação da Petrobras na exploração do pré-sal, revertendo a obrigação da estatal de participar em ao menos 30% em cada bloco e liberando a estatal de ser operadora única nas atividades de extração do óleo em áreas de grande profundidade no País.

O projeto, que agora tramita em regime de urgência, aprovado ontem pelo plenário do Senado, "pune a Petrobras ao abrir para as grandes petroleiras estrangeiras a possibilidade de exploração exclusiva do pré-sal", afirma Lindbergh Farias. Ele lembra que as empresas estrangeiras "operam pela lógica de mercado, visando maximizar seus lucros". "Após a privatização, os argentinos passaram a exportar petróleo a US$ 4 o barril e, mais tarde, tiveram que importar a mais de US$ 100", exemplifica.

O senador destaca que "retirar da Petrobras o direito de coordenar a exploração dos campos do pré-sal é abrir às multinacionais todo o conhecimento, tecnologia e 'know how' desenvolvidos pelo nosso país". O petista defende: "a Petrobras é um patrimônio do povo brasileiro e a descoberta do pré-sal foi uma grande conquista nacional. É a riqueza mais importante do Estado, extremamente estratégica para a nossa soberania energética, para o desenvolvimento econômico de nosso país e para garantir recursos para educação e para a saúde".

Leia abaixo a íntegra:

Soberania ameaçada

Por Lindbergh Farias

O Plenário do Senado aprovou na noite desta terça-feira (16) o requerimento de urgência para tramitação do Projeto de Lei do Senado 131/2015, que altera as regras de exploração do pré-sal. Esse projeto revoga o artigo que garante à Petrobras participação de pelo menos 30% do consórcio vencedor de cada bloco licitado e libera a estatal da função de operadora única nas atividades de extração do óleo em áreas de grande profundidade no país.

Na prática, o projeto de autoria do senador José Serra (PSDB/SP) pune a Petrobras ao abrir para as grandes petroleiras estrangeiras a possibilidade de exploração exclusiva do pré-sal, com o argumento de que a estatal brasileira não teria condições para cumprir a responsabilidade expressa no marco regulatório.

A Petrobras é um patrimônio do povo brasileiro e a descoberta do pré-sal foi uma grande conquista nacional. É a riqueza mais importante do Estado, extremamente estratégica para a nossa soberania energética, para o desenvolvimento econômico de nosso país e para garantir recursos para educação e para a saúde. Como podemos agora falar em abrir mão da condição da Petrobras como operadora única e da participação em pelo menos 30% da exploração dos campos do pré-sal?

O mercado internacional do petróleo é bastante competitivo. Com isso, as petroleiras multinacionais operam pela lógica de mercado, visando maximizar seus lucros. Os casos da Indonésia e da Argentina são bem ilustrativos. Após a privatização, os argentinos passaram a exportar petróleo a US$ 4 dólares o barril e, mais tarde, tiveram que importar a mais de US$ 100 dólares. Na Indonésia, a Chevron ganhou a licitação e passou a vender o petróleo a US$ 1 dólar o barril. Hoje, pagam US$ 60 dólares pelo mesmo barril de petróleo. É o que não queremos que aconteça em nosso país.

A Petrobras, como operadora única dos campos, garante que o país tenha maior influência sobre a taxa de produção de petróleo, isso acompanhado de um maior controle público. Assim, o Estado tem mais instrumentos para ditar o ritmo da produção e evitar a extração predatória, que prejudica a recuperação do petróleo e compromete os resultados econômicos de médio e longo prazos.

Conteúdo nacional

Quem é que contrata navios e plataformas para serem produzidos pela indústria e por trabalhadores brasileiros? Não é nenhuma operadora estrangeira, que compra no exterior ou aluga, mas sim a Petrobras. Vocês se lembram da situação em que estavam os estaleiros 15 anos atrás? A indústria naval, quando o presidente Lula chegou ao governo, estava completamente abandonada. Seu ressurgimento é fruto de uma decisão política do ex-presidente Lula e da então ministra Dilma Rousseff, que acreditaram na indústria e no trabalhador brasileiro e apostaram na geração de empregos aqui no país.

No processo de exploração de petróleo na camada do pós-sal, a Petrobras desenvolveu a tecnologia que possibilitou a descoberta do pré-sal no litoral brasileiro. Para isso, a empresa investiu recursos, contratou especialistas e engenheiros e correu riscos para encontrar óleo a 7 mil metros abaixo do nível do mar.

A capacidade técnica e operacional da Petrobras foi reconhecida internacionalmente com o prêmio da Offshore Technology Conference (OTC), considerado o Nobel da indústria petroleira, em maio deste ano.

Com a tecnologia desenvolvida no Brasil, a Petrobras tem o menor custo para extração de um barril de petróleo no pré-sal. Enquanto a estatal brasileira gasta 9 dólares por barril, a média do mercado internacional é de 15 dólares. Além disso, a Petrobras alcançou uma produção de 800 mil barris por dia, depois de apenas oito anos da descoberta do pré-sal, o que é um feito inédito na indústria do petróleo.

A função de operadora única garante à Petrobras o controle e desenvolvimento da tecnologia para águas profundas, que confere vantagens competitivas à empresa no mercado internacional. Ou seja, retirar da Petrobras o direito de coordenar a exploração dos campos do pré-sal é abrir às multinacionais todo o conhecimento, tecnologia e "know how" desenvolvidos pelo nosso país. Não é possível imaginar que os Estados Unidos ou a Alemanha, na mesma situação do Brasil, abrissem o seu mercado para empresas estrangeiras sem preservar o conhecimento, a engenharia e os interesses nacionais.

Futuro da Educação

Em 2013, foi sancionada a lei que destina 75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde. A previsão é de que os royalties signifiquem um investimento de R$ 112 bilhões na educação em dez anos. Serão R$ 362 bilhões em 30 anos, a depender do preço futuro do petróleo e da taxa de câmbio.

Um dos motivos para a Petrobras ter a condição de operadora única do pré-sal é evitar fraudes no processo de exploração em águas profundas, que prejudicam esses investimentos sociais. A remuneração do Estado brasileiro, que é convertida em recursos para educação e saúde por meio dos royalties, está ligada diretamente à quantidade de petróleo extraído e aos custos das petroleiras no processo de exploração.

Ao administrar o pré-sal, a Petrobras tem a atribuição legal de controlar a vazão do petróleo e os custos de produção, informando as instituições de controle e regulação. Assim, evita que as petroleiras privadas cometam fraudes que comprometam os interesses nacionais e a destinação social da renda petroleira. Daí a importância da Petrobras ser operadora única, para dar maior controle público e garantir que os recursos recolhidos com a exploração do petróleo sirvam aos interesses do povo brasileiro.

A Petrobras sofre uma forte ofensiva dos setores econômicos neoliberais, que querem colocar limites à atuação da estatal por seu papel de instrumento de indução do desenvolvimento nacional.

Apesar de passar por uma conjuntura difícil, o que não podemos ignorar, a empresa está em franca recuperação. Apesar de estar sob duro cerco, a Petrobras terminou o primeiro trimestre de 2015 com lucro líquido de R$ 5,33 bilhões. O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou em R$ 21,5 bilhões de janeiro a março de 2015, crescimento de 50% em relação ao ano anterior.

A estatal tem capacidade financeira para levantar recursos no mercado e fazer investimentos no pré-sal. Em abril, a Petrobras fez um acordo com o Bradesco para obter crédito de R$ 3 bilhões e prazo de até cinco anos. Já com o banco Standard Chartered, a Petrobras aprovou um acordo de cooperação para uma operação de venda com arrendamento e opção de recompra de plataformas de produção, no valor de US$ 3 bilhões e prazo de dez anos. Em maio, a estatal ofereceu títulos com vencimento em 100 anos e captou US$ 2,5 bilhões. A demanda do mercado foi de US$ 13 bilhões. Ou seja, o mercado confia na Petrobras.

O marco regulatório da exploração do pré-sal, um dos principais legados do governo Lula, representa a retomada do controle estatal sobre o petróleo, que foi perdido com o modelo de concessão instituído no governo Fernando Henrique Cardoso. Essa legislação não pode sofrer alterações ao sabor de questões conjunturais. Ainda mais porque não está prevista nenhuma rodada de licitação do pré-sal em 2015.

A pressa para a exploração do petróleo brasileiro interessa às grandes petroleiras, que têm uma visão de curto prazo, baseada apenas no lucro, sem qualquer responsabilidade com o desenvolvimento do nosso país e com o fortalecimento da nossa indústria. O petróleo é uma das principais riquezas naturais e fundamental em todas as cadeias produtivas, com caráter estratégico na geopolítica internacional. A exploração do petróleo deve corresponder ao projeto de desenvolvimento da economia, com a garantia dos interesses nacionais e de justiça social.

Para isso, o Estado precisa de instrumentos para atuar na economia e conduzi-la nesse sentido. A Petrobras, mesmo sendo uma empresa de capital misto, é o principal instrumento do Estado brasileiro para intervir no processo de exploração do pré-sal e articulá-lo com o projeto de desenvolvimento.

Assim, revogar o dispositivo que garante 30% da exploração do pré-sal à Petrobras é perder um instrumento para conduzir o desenvolvimento, deixando o país a reboque das petroleiras estrangeiras. Garantir a exploração e uso adequados do petróleo hoje é garantir que esse recurso não faltará para as próximas gerações de brasileiros e brasileiras. Nós estamos muito atentos a essa discussão e, ao lado dos movimentos sociais, não vamos deixar esse projeto passar sem muita luta e resistência.

Brasil 247

Ipea chama atenção para 'mito' da impunidade de adolescentes

 

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Rede Brasil Atual - Pesquisa apresentada hoje (16) pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) indica que a aplicação de medidas socioeducativas a adolescentes no Brasil é muito mais rigorosa do que a gravidade do ato infracional cometido exigiria. Dos 15 mil jovens cumprindo medida de internação em 2013, os que tinham cometidos atos graves – realmente passíveis de restrição de liberdade – eram 3,2 mil (21,3%). Os delitos graves, como homicídio, correspondiam a 8,75%; latrocínio, 1,9%; lesão corporal, 0,9%, e estupro, 1,1% do total de atos infracionais cometidos.

"Para o Estatuto da Criança e do Adolescente, as medidas de internação devem respeitar os princípios da brevidade e da excepcionalidade. Quando olhamos esses dados, observamos que os princípios não são seguidos, se fossem cumpridos, os adolescentes internos seriam aqueles que cometeram infrações graves como homicídios, estupros e latrocínios, apenas 3,2 mil do total, e não 15 mil, como encontramos", explicou a técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea Enid Rocha.

O objetivo da pesquisa foi expor a falsidade da afirmação de que os jovens que cometem atos infracionais ficam impunes, e com isso contribuir com as discussões que ocorrem em torno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171, de 1993, que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos.

"O Brasil é uma país que encarcera muito, temos a quarta população carcerária do mundo e o número de presos cresceu 77% desde 2005. Esse dado desconstrói os mitos de que o encarceramento vai resolver o problema da violência. Quando internamos o adolescente, misturamos jovens com diferentes níveis de envolvimento com o crime. Vamos resolver a violência com prevenção, expansão de direitos e inclusão dos adolescentes em políticas públicas", defendeu o secretário nacional de Juventude, Gabriel Medina.

Ao contrário do que é defendido pelos que apoiam a redução da idade penal, os atos infracionais mais praticados pelos adolescentes não são contra a vida. Nos últimos três anos, o roubo, o furto e o envolvimento com o tráfico de drogas é que vêm crescendo. Em 2013, cerca de 40% dos jovens respondiam pela infração de roubo, 3,4% por furto e 23,5% por tráfico.

Ainda segundo a pesquisa, 95% dos adolescentes apreendidos eram do sexo masculino e 60% deles tinham idade entre 16 e 18 anos. Pouco mais de 60% desses eram negros e 66% viviam em famílias consideradas extremamente pobres.

Brasil 247

Nassif lembra o dia em que a Globo foi salva pelo BNDES

 

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No jornal GGN, Luís Nassif destaca o projeto de capitalização da Globocabo; ‘O BNDES detinha 4% do seu capital. A proposta era elevar a participação para poder salvar a empresa. A megacapitalização elevou para 22,1% a participação do banco. Tempos depois, ela foi vendida para o bilionário mexicano Carlos Slim, tirando a Globo do sufoco’

17 de Junho de 2015 às 07:14

247 – O colunista Luís Nassif lembra o episódio da capitalização da Globocabo, como o dia em que o BNDES salvou a Globo.

“O fato é que houve uma megacapitalização que elevou para 22,1% a participação do BNDES na Globocabo, salvando a empresa. Tempos depois, ela foi vendida para o bilionário mexicano Carlos Slim, tirando a Globo do sufoco”, destaca.

Leia abaixo o post de Nassif sobre o assunto:

Em 2002 fui procurado por Fernando Gentil, diretor do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).

Gentil me tomou quase uma hora de conversa para expor o projeto de capitalização da Globocabo pelo BNDES. A empresa estava literalmente quebrada, sem conseguir honrar seus compromissos com financiamentos externos. A geração de caixa não cobria sequer o serviço da dívida. Sua dívida era de R$ 1,6 bilhão e precisaria rolar anualmente de R$ 400 milhões a R$ 500 milhões.

O BNDES detinha 4% do seu capital. A proposta era elevar a participação para poder salvar a empresa. A proposta parecia razoável. Sem a capitalização, a Globocabo fecharia e o banco perderia o dinheiro investido.

Na época, ainda havia relativa competição na mídia e alguns colunistas tinham independência inclusive para fiscalizar abusos de outros veículos de mídia. Por isso tinha sido procurado por ele para explicar antecipadamente a operação.

Sem condições de analisar mais profundamente, julguei razoável a ideia de capitalizar a empresa para posterior venda, para evitar a perda total dos ativos. Disse-lhe que, da minha parte, achava razoável a capitalização (http://migre.me/qjUqo)

Deve ter procurado outros colunistas independentes. O fato é que houve uma megacapitalização que elevou para 22,1% a participação do BNDES na empresa, salvando a empresa.

Tempos depois, ela foi vendida para o bilionário mexicano Carlos Slim, tirando a Globo do sufoco.

Não foi a primeira vez que a Globo se aventurou em outros territórios, valendo-se de sua influência política.

No governo Sarney, ganhou a NEC de graça, em uma barganha com Antônio Carlos Magalhães, Ministro das Comunicações, em troca de passar para ela a concessão da emissora na Bahia. E com o valioso auxílio da Veja, ajudando a crucificar Garnero.

No governo Collor, quando as teles caminhavam para a digitalização, foram tentadas duas jogadas para viabilizar a NEC.

No Rio, a Telerj, presidida por Eduardo Cunha, tentou impor os equipamentos da NEC na implantação do serviço celular. O inacreditável Ministro da Infraestrutura João Santana tentou fazer o mesmo junto à Telesp.

Colunista da Folha, Jânio de Freitas ajudou a bloquear a jogada da Telerj. Também colunista do jornal, tive papel no bloqueio da jogada da Telesp.

A jogada de ambos consistia em uma pré-seleção de cinco empresas que tivessem equipamentos compatíveis. Depois, caberia a eles selecionar a vencedora.

Jânio escreveu uma coluna pesada contra a manobra de Cunha, e eu outra coluna denunciando a jogada de João Santana.

Uma semana depois Santana me chamou a Brasília. Entrei na sua sala e ele pediu para o chefe de gabinete entrar e me estendeu uma nova minuta:

- Mudamos o edital. Veja o que acha deste novo.

Disse-lhe que não era consultor de governo. Ele que divulgasse a nova minuta, eu consultaria minhas fontes e apresentaria minha opinião através do jornal.

Essa capacidade de auto-regulação da imprensa acabou com a gradativa aproximação dos grupos de mídia, associando-se e, depois de 2005, montando o grande pacto.

A partir daí, houve ampla liberdade e quase nenhuma transparência para os negócios públicos e privados.

Brasil 247

O que acontece quando um país inteiro torna-se infestada de demônios?


16 de junho de 2015 pela CNA Daily News
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Cidade do Vaticano, 16 jun 2015 / 03:09 (CNA / EWTN Notícias) .- Pode um país com profundas raízes cristãs como o México encontrar-se à mercê de demônios? Alguns na Igreja temer isso.
E, como resultado, eles chamaram para um exorcismo de âmbito nacional do México, realizada no mês passado em silêncio na catedral de San Luis Potosí.
Altos níveis de violência, bem como os cartéis de drogas e do aborto no país, foram a motivação por trás do ritual de exorcismo especial, conhecido como "Exorcismo Magno".
Cardeal Juan Sandoval Íñiguez, o arcebispo emérito de Guadalajara, presidiu a cerimônia de portas fechadas, o primeiro de sempre na história do México.
Também participaram o arcebispo Jesús Carlos Cabrero de San Luis Potosí, demonologist espanhol e Padre exorcista José Antonio Fortea, e um pequeno grupo de sacerdotes e leigos.
O evento não foi dado a conhecer ao público em geral de antemão. Segundo Dom Cabrero, o caráter reservado da cerimônia de 20 de maio foi a intenção de evitar quaisquer interpretações equivocadas do ritual.
Mas como pode um país inteiro se tornar infestado por demônios até o ponto de que é necessário recorrer a um Exorcismo Magno?
"Na medida em pecado aumenta mais e mais em um país, nessa medida, torna-se mais fácil para os demônios para tentar (pessoas)," Fr. Fortea disse CNA.
O exorcista espanhol advertiu que "na medida em que há mais bruxaria e satanismo acontecendo em um país, nessa medida haverá manifestações mais extraordinárias desses poderes das trevas."
Fr. Fortea disse que "o exorcismo realizado em San Luís Potosí é a primeira já realizada no México em que os exorcistas vieram de diferentes partes do país e reuniram-se para exorcizar os poderes das trevas, e não de uma pessoa, mas de todo o país . "
"Este ritual de exorcismo, bonito e litúrgica, nunca antes tinha tido lugar em qualquer parte do mundo. Embora tenha ocorrido de forma privada, quando São Francisco (exorcizado) na cidade italiana de Arezzo ", afirmou.
O exorcista espanhol explicou, porém, que a celebração deste ritual não vai mudar automaticamente a difícil situação do México está a atravessar em um único dia.
"Seria um grande erro pensar que através da realização de um exorcismo escala completa do país tudo iria mudar automaticamente de imediato."
No entanto, ele enfatizou que "se com o poder que recebemos de Cristo, expulsar os demônios de um país, isso certamente terá repercussões positivas, porque nós vamos fazer um grande número dos tentadores fugir, mesmo que isso exorcismo é parcial . "
"Nós não expulsar todos os espíritos malignos de um país com apenas uma cerimônia. Mas, apesar de tudo não vai ser expulso, aqueles que foram removidos não estão mais lá. "
Fr. Fortea enfatizou que "quando os exorcistas de um país expulsar seus demônios, tem que ser feito com fé. Você não vai ver nada, sinto nada, não vai ser qualquer fenômeno extraordinário. Temos que ter fé que Deus conferido aos apóstolos um poder, e que podemos usar esse poder. "
"Em qualquer caso, se este ritual eram para ser realizadas em vários países uma vez por ano, antes ou depois, este poria fim a quaisquer manifestações extraordinárias que nos mostram a raiva do diabo. Porque, sem dúvida, os demônios odeiam a ser expulsos de um lugar ou de ser preso com o poder de Cristo. "
O exorcista espanhol disse que "seria muito desejável que, quando há uma reunião anual dos exorcistas em um país, um ritual como esse magno exorcismo que teve lugar no México ser realizada."
Ele também enfatizou que um bispo "pode ​​autorizar a sua ocorrência uma vez por ano com os seus sacerdotes na catedral."
"O bispo é o pastor e ele pode usar o poder que ele recebeu para afugentar os lobos invisíveis das ovelhas, uma vez que Satanás é como um leão que ruge rondando procurando alguém para devorar, e os pastores pode afastar o predador do vítima ", concluiu.

https://translate.google.com.br/?hl=pt-BR&tab=wT

Veto da Venezuela a voo de Aécio era farsa

 

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Senador Aécio Neves acaba de reconhecer, em seu Facebook, que o avião da FAB com senadores brasileiros poderá pousar em Caracas, na Venezuela, nesta quinta (18); mais cedo, o jornal O Globo denunciara o veto ao pouso do avião com parlamentares; era mentira, como demonstrou o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço; Aécio diz que Venezuela voltou atrás gracas à pressão do Senado; autoridades do país governado por Nicolás Maduro garantem que jamais houve veto

16 de Junho de 2015 às 22:05

247 - O senador Aécio Neves (PSDB) publicou na noite desta terça-feira (16) que o governo venezuelano, autorizou o pouso do avião da FAB que levará a comitiva de parlamentares, na quinta-feira (18), para o país. "Visitaremos o país, em missão oficial, atendendo ao convite da oposição da Venezuela. Temos dois objetivos prioritários: defender a libertação dos presos políticos e clamar pela definição da data das eleições parlamentares no país, sob a fiscalização e o acompanhamento de organismos internacionais". Mais cedo, o jornal O Globo havia noticiado uma suposta recusa do governo de Nicolás Maduro em receber os senadores brasileiros.

No entanto, o governo da Venezuela negou que tenha impedido o pouso. Fontes da diplomacia venezuelana desmentiram que a aterrissagem não teria sido autorizada, conforme foi noticiado pela imprensa. A missão, que viajará na quinta-feira (18/06), está sendo organizada, a convite da oposição venezuelana, pelos senadores Aécio Neves e Aloísio Nunes, ambos do PSDB, para "prestar solidariedade aos presos políticos e às pessoas que são vítimas da repressão", como caracteriza o próprio Nunes.

Procurada, a assessoria do senador Aécio Neves afirmou que interpretou como "uma negativa" a falta de pronunciamento do governo Maduro após o pedido de autorização. Fontes diplomáticas da Venezuela disseram ao portal Opera Mundi, entretanto, que a solicitação só chegou aos meios oficiais às 12h desta terça-feira, período após o qual foi emitida a autorização para o pouso — como trata-se de aeronave militar, é necessário o aval do governo venezuelano para realizar o deslocamento. A assessoria do senador esclareceu ainda que "o Ministério da Justiça também não havia dado resposta oficial à solicitação do Congresso para utilizar a aeronave do Exército" e que, assim, os parlamentares deveriam viajar em um avião comercial.

Abaixo texto do jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, sobre o tema:

O Globo “veta” avião da FAB em Caracas e os picaretas pegam carona

Agora, jornal funciona assim: existe uma possibilidade de que algo ruim para o Governo aconteça?

Então vai acontecer.

Se não acontecer, é porque os “malvados” voltaram atrás e desistiram da “maldade”.

Foi assim no “veto” aos documentos do Itamaraty sobre Lula.

Agora, no caso da negativa de autorização para que um avião da FAB levasse senadores de oposição para fazer provocações políticas na Venezuela.

Não houve nenhuma negativa para o pouso de um avião da FAB, mesmo com esta carga, no aeroporto de Maiquetia, na capital venezuelana.
(aliás, também não havia qualquer razão para um vôo militar, pois há avião todo dia de São Paulo a Caracas e ida e volta saem por R$ 1.500)

Agora, o PSDB e o Dem falam em fretar um jatinho, com o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), dizendo que “é até mais seguro” que um avião da FAB.

Picareta, quando perguntado se não confiava nos militares brasileiros, disse que estava “pensando alto”.

Mais picareta ainda é o jornal, que deu manchete para o tal “veto”, do qual não tinha uma informação concreta, ao ponto de que os próprios senadores dizem não saber a respeito. Aécio Neves deu entrevista ontem sobre a viagem e nem mencionou isso.

Agora só falta a nova manchete: “Venezuela recua e permite que FAB leve senadores a Caracas”.

É como aquela do Itamarati “liberando” os documentos que não haviam sido retidos.

“A volta dos que não foram”.

No meu tempo, a gente dizia que “barriga” jornalística assim dava demissão.

Agora, dá promoção.

Brasil 247

Romário foi pego em blitz sem carteira de motorista

 

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Segundo o colunista Ancelmo Gois, o senador do PSB Romário foi parado na Lei Seca; passou no teste do bafômetro, mas foi multado por dirigir sem carteira; teve que chamar outra pessoa para levar seu carro

16 de Junho de 2015 às 07:05

247 – O senador do PSB Romário foi parado em blitz da Lei Seca no Rio de Janeiro.

Segundo o colunista Ancelmo Gois, ele passou no teste do bafômetro, mas foi multado por dirigir sem carteira. O parlamentar teve que chamar outra pessoa para levar seu carro.

Brasil 247

terça-feira, 16 de junho de 2015

Aécio desce dos tamancos e abandona seu viés golpista

 

Davis Sena Filho

DAVIS SENA FILHO 16 de Junho de 2015 às 17:53

O político mineiro e carioca, enfim, "reconhece" que sua estratégia de derrubar uma mandatária legítima seria, e como é, um tiro pela culatra

Desde outubro de 2014, quando foi anunciada a vitória de Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência da República, o senador tucano Aécio Neves, do conservador PSDB, deu início a um processo de golpismo institucional, no qual o principal mote era o impeachment de sua adversária eleitoral, que, democraticamente e pela vontade das urnas, foi reeleita presidenta do Brasil pelo povo brasileiro, com 54.501.118 votos.

Com o apoio do partido da imprensa familiar e meramente empresarial, o tucano, que por duas vezes foi governador de Minas Gerais, sofreu outra derrota eleitoral em seu próprio Estado, desta vez seu candidato, o ex-deputado Pimenta da Veiga, perdeu para o petista, Fernando Pimentel, que ora está a fazer um pente fino nas contas do Estado mineiro, depois de quase 20 anos de desgovernos do PSDB, partido que continua ainda a mandar e a desmandar em estados importantes como São Paulo, Paraná e Goiás.

Contudo, e apesar de tudo, Aécio Neves "desistiu" do impeachment, mas durante quase oito meses apostou em golpe, a não reconhecer a vontade das urnas e a demonstrar cólera ou ódio de uma forma que não condiz com as tradições da política mineira, a começar pelo seu avô Tancredo Neves, um político moderado, voltado ao diálogo e que esteve na linha de frente de crises políticas radicais.

Crises violentas, que dividiram o País, a exemplo da posse de João Goulart, em 1960, bem como nos episódios da morte de Getúlio Vargas, em 1954, e do complexo acordo político para que ele vencesse o candidato oficial da ditadura, Paulo Maluf, em um colégio eleitoral que referendou e legitimou a candidatura indireta de Tancredo, já que a vontade popular de aprovar as eleições diretas, em 1984, foi derrotada no Congresso.

Aécio Neves era o secretário particular de seu avô, que faleceu antes de assumir a Presidência, e, ao que parece, não aprendeu nada, pois, radical e imprudente, comportou-se politicamente com irresponsabilidade, a apostar no quanto pior, melhor, bem como passou a vociferar contra Dilma Rousseff de forma desrespeitosa, além de distorcer as realidades econômicas, a começar por fazer críticas ao ajuste econômico, que, se fosse com ele, seria muito mais radical, afinal seu ministro da Fazenda seria o economista e banqueiro, Armínio Fraga, o homem do Banco Central do segundo governo de Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I.

Fraga, o homem de confiança do megainvestidor, George Soros, elevou os juros para 45%, a maior taxa selic das últimas décadas, de forma que engessou a economia, além de inviabilizar, de fato, a criação de empregos para o povo brasileiro. Nunca se sofreu tanto. No governo cinzento do Neoliberal I, sujeito a raios e trovoadas, cobras, aranhas e lagartos, nem emprego tinha para o trabalhador. Quem não se lembra da tortura do desemprego são os mais jovens e os coxinhas paneleiros de certas idades, que negam a história e constroem suas "realidades" conforme seus interesses e conveniências.

A resumir: Armínio Fraga é tão somente um agente financeiro da banca internacional. O mundo pode pegar fogo. O Brasil pode falir. O povo pode morrer de fome e não ter emprego. Porém, o único interesse desse senhor, que não tem compromisso algum com o Brasil e levou o Governo FHC a pedir esmolas ao FMI como um subserviente e colonizado maltrapilho, é fazer com que os investidores, ou seja, os agiotas, jogadores do mercado, especuladores e rentistas ganhem a maior renda e lucro possíveis, ao preço, evidentemente, da miséria e da fome do povo brasileiro. Voltemos a Aécio.

O político mineiro e carioca, enfim, "reconhece" que sua estratégia de derrubar uma mandatária legítima seria, e como é, um tiro pela culatra. A verdade é que o impeachment não era apoiado pelos tucanos de São Paulo, adversários poderosos de Aécio, a exemplo do governador Geraldo Alckmin, virtual candidato do PSDB à Presidência da República, e do senador, José Serra, que sempre considerou que a eventualidade de um impedimento de Dilma Rousseff não seria viável.

Quem deu corda para Aécio Neves se enforcar nessa aventura desmedida e imprudente do impeachment foi o ex-presidente FHC, aquele que teve em seu governo acinzentado o Gustavo Franco, o Armínio Fraga e o Pedro Malan como homens de negócios privados para doar à gringada e aos entreguistas predadores brasileiros o patrimônio público, que eles não construíram e jamais teriam competência para construir, pelo simples fato de essa gente apátrida e mentalmente colonizada não pensar o Brasil em hipótese alguma.

Ao dar os trâmites do golpe contra a Dilma por findos, o X da questão para o tucano mineiro é não perder a indicação dentro do PSDB para ser o candidato da legenda na corrida presidencial. Além disso, creio eu, Aécio vai deixar de ser o alter ego jovem de FHC, que o ajudou a colocá-lo em uma furada, inclusive a lembrar o político coxinha e golpista venezuelano, Henrique Capriles, tanto no que diz respeito a aparência pessoal quanto na questão relativa à agressividade, à manipulação dos fatos e das realidades e à ideologia de direita, reacionário e de essência golpista.

A partir de agora, o "reizinho" da burguesia e da pequena burguesia vai ter de se comportar como um garoto malcriado e inconformado porque lhe tiraram seu brinquedo — a Presidência da República. E, para isso, vai ter de se comportar, definitivamente como adulto e não mais como o intempestivo playboy de Ipanema e Leblon. A paulistada do PSDB não está para brincadeira, e não vai mais abrir a guarda para que um "estranho" no ninho ocupe seu espaço político.

São Paulo é umbilicalmente ligado à contrarrevolução de 1932, e Minas Gerais, se Aécio Neves não sabe, mas deve saber, aliou-se a Getúlio Vargas — o líder da Revolução de 1930, a único movimento armado que de fato mudou a história do Brasil e as condições de vida do povo brasileiro. Não é à toa que São Paulo é a única capital do Brasil que não tem uma única ruazinha com o nome do maior presidente e estadista que este País já produziu, a acompanhá-lo em grandeza o ex-presidente Lula, atualmente o maior líder trabalhista e de esquerda da América Latina, que poderá, em 2018, ser o candidato do PT ao Palácio do Planalto.

O jogo vai ser duro entre os tucanos e é por isto que a tese do golpismo foi derrotada e a imprensa burguesa já compreendeu e mudou de assunto. Desprovido de uma máquina estatal (perdeu o governo de Minas) e saindo atrás na corrida presidencial em relação a Alckmin, o senador Aécio recorre a frases como o PSDB não pode "saltar etapas". Ele apostava no impeachment porque perdeu o Governo de Minas, mas agora também notou que sua sobrevivência política, em âmbito nacional, depende, sobretudo, de seu talento para convencer os correligionários que ele é um candidato viável, pois teve 51 milhões de votos.

Por causa desses fatores já citados, Aécio Neves quer adiar o debate sobre sucessão no PSDB. O político das Alterosas está irritado ao tempo que temeroso, pois seu adversário interno, Geraldo Alckmin, além dos apoios dentro do partido, tem a máquina de São Paulo nas mãos, bem como a cumplicidade quase que total da imprensa de negócios privados do Estado bandeirante, que é seu braço político mais forte e agressivo, além de "fazedor" da cabeça de uma grande parcela da classe média de perfil conservador, que está insatisfeita com o PT no poder e principalmente com a ascensão social dos pobres.

Aécio Neves vai ter de se reinventar. Ou voltar o que ele sempre apareceu ser: um político de diálogo e moderado. A verdade é que o mineiro está em uma encruzilhada, pois tem a consciência de que o PSDB paulista antecipou a corrida da sucessão e a imprensa paulista e as Organizações(?) Globo vão fechar com quem historicamente sempre fecharam: com o lacerdismo e a Revolução de 1932. A verdade é dura, mas não tem escapatória: Aécio desce dos tamancos e abandona seu viés golpista. É isso aí, cara pálida.

Brasil 247

Se no PT existir vergonha, tem que expulsar Delcídio Amaral

DNA tucano do petista Delcídio Amaral fala mais alto sobre o pré-sal

publicado em 13 de junho de 2015 às 17:29

delcídio, serra e fhc

O bom filho à casa torna. A volta do tucano pródigo

por Conceição Lemes

O deputado federal Fernando Marroni (PT-RS) denunciou em artigo publicado no Viomundo: “DNA do entreguismo está no sangue dos tucanos”.

É sobre o pré-sal. Marroni trata de dois projetos — um do deputado federal Jutahy Júnior (PSDB/BA) e outro do senador José Serra (PSDB-SP) –, que propõem o fim da obrigação de a Petrobras participar com, no mínimo, 30% na exploração do pré-sal e de atuar como operadora única no setor.

“Dos entreguistas tucanos é o que espera”, observa nos comentários o leitor Francisco de Assis.”E quando essa postura é de um energúmeno do PT, o senador Delcídio Amaral (PT-MS), líder do governo Dilma, quando deixa aflorar o seu passado tucano?”

Assis denuncia:

Foi o que aconteceu em plena sessão do Senado de quarta-feira, 10 de junho, denuncia Assis. Nosso leitor detalha:

Delcídio tomou o microfone para elogiar José Serra e se disse “pessoalmente” de acordo com a proposta do representante paulista dos interesses da Chevron & Cia, no sentido de retirar a participação obrigatória de 30% da Petrobras na exploração do pré-sal.

Numa tremenda canalhice, Delcidio Amaral faz isto enquanto a Chefe do Governo, do qual ele é líder, está no exterior, com o mesmíssimo argumento de Serra de ‘ajudar’ a Petrobras.

Não à toa, recebeu em seguida os elogios fervorosos de Serra.

Lembrando que a situação no Senado foi criada pelo energúmeno Renan Calheiros, que pôs em votação diretamente no PLENÁRIO a proposta de Serra, sem encaminhá-la às comissões.

Será que alguém no V Congresso do PT vai denunciar o senador Delcídio Amaral?

Um tucano enrustido? Um quinta coluna do PSDB dentro da bancada do PT?

No início da carreira como engenheiro, Delcídio foi diretor da Shell na Holanda. De 1999 a 2001, no governo Fernando Henrique Cardoso, por indicação do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), ele ocupou o cargo de diretor de Energia e Gás da Petrobras . Foi bem na época em que os tucanos pretendiam transformar a Petrobras em PetroBrax.

O fato é que:

1) Delcídio Amaral foi filiado ao PSDB. Chegou a gabar-se de sua ficha de inscrição ter sido abonada pelo então todo poderoso Sérgio Mota, ex-ministro das Comunicações do FHC.

2) Ele foi filiado ao PSDB de 1998 a 2000 inteiro, informou-nos a assessoria do senador, e parte de 2001.

3) Em outubro de 2001, ele deixou a diretoria de Energia e Gás da Petrobras para assumir a Secretaria de Infraestrutura e Habitação no governo de Zeca do PT. E filiou-se ao PT.

4) Em 2005, circulou a informação de que Delcídio sairia do PT e iria para o PSDB:

A decisão teria sido tomada após reunião com o prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), no fim de semana. Pela estratégia traçada até o momento, Delcídio deverá ser candidato ao governo do Estado pelo PSDB em uma aliança com o PFL. A notícia sobre a mudança ainda não foi confirmada pelo senador que, segundo sua assessoria, deverá falar sobre a decisão até o fim desta semana.

5) Delcídio, no entanto, ficou no PT, onde está desde o final de 2001.

7) Curiosamente, é só o que consta na sua biografia. Delcídio omite no seu site, assim como na Wikipedia, o seu passado de filiado ao PSDB.

De qualquer forma, esta repórter foi atrás do pronunciamento feito pelo senador Delcídio Amaral em 10 de junho. Ele confirma a denúncia do leitor Francisco de Assis. Reproduzo abaixo alguns trechos da nota taquigráfica (na íntegra, ao final) publicada no portal do Senado:

Com relação ao requerimento do Senador Serra, eu quero aqui dizer o seguinte: existem divergências no que diz respeito à Petrobras atuar como operadora exclusiva e ter 30%. Eu vou ser muito sincero, Presidente. Eu sou Líder do Governo, mas, como Senador da República e como engenheiro, eu vou confessar a V. Exª que esses 30% apareceram faltando uma semana, ou dez dias, para encaminhamento do projeto da partilha. Nem na Petrobras há consenso com relação ao operador exclusivo, e acho – mas esta é uma opinião pessoal como Senador, e não como Líder do Governo – fundamental a gente debater.

Pergunto a V. Exª, Sr. Presidente: quando a Petrobras está revisando o seu plano de negócios, quando o dinheiro está curto, quando a Petrobras está fazendo ajustes internos importantes, se vier um leilão, a Petrobras vai ter que entrar com 30% em todos os leilões? Será que nos blocos que vão ser leiloados, a Petrobras tem um interesse tão importante quanto outras petroleiras?

E, Sr. Presidente, quero aqui registrar: operador exclusivo de campo – eu sei que Senadores e Senadoras aqui conhecem bem isto, mas não custa lembrar – faz a exploração, ele detém a tecnologia, ele contrata a engenharia, ele faz o procurement de equipamentos, ele contrata os equipamentos, ele faz o construction – por isso que é EPC, ele faz a construção – e ele opera, produz, explora.

Eu pergunto a V. Exª: outras grandes petroleiras do mundo, Shell, Chevron, Exxon – e eu acho que o Brasil precisa ter parceiros aqui para fazer frente aos desafios do pré-sal –, V. Exª acha que empresas como essas vão querer entrar atuando como investidores passivos e deixando a operação exclusiva com a Petrobras?

Eu acho muito pouco provável isso, e quem sai prejudicado é o País, porque nós precisamos, mais do que nunca, de empresas que detêm tecnologia para nos ajudar na exploração e na produção do pré-sal.

“É um absurdo, uma afronta, que o senador líder do governo venha a público a defender em público a perda de soberania energética do Brasil”, condena João Antônio de Moraes, diretor de Relações Internacionais da Federação Única dos Petroleiros (FUP). “A retirada da Petrobras como operadora única desfigura o regime de partilha.”

“Mais importante que o mercado e o petróleo que temos é o conhecimento que, através da Petrobras, o Brasil detém”, prossegue Moraes. “Se a Petrobras não for a única operadora, nós estaremos abrindo mão desse conhecimento para petrolíferas estrangeiras e da soberania energética.”

Outra questão crucial em jogo é o conteúdo local, que as petroleiras estrangeiras não têm cumprido. Mesmo assim, os tucanos são contra a obrigatoriedade do conteúdo local.

“Não tem nenhum navio ou plataforma encomendados por empresas estrangeiras no Brasil”, denuncia Moraes. “Só tem da Petrobras. Isso só reforça a importância da Petrobras como exploradora única do pré-sal. Se deixar com as outras petroleiras, elas não vão encomendar aqui. E não cumprindo o conteúdo local, elas não vão desenvolver o Brasil.”

– No seu pronunciamento, o senador diz que ‘nós precisamos, mais do que nunca, de empresas que detêm tecnologia para nos ajudar na exploração e na produção do pré-sal’.

Moraes rebate: “Não tem empresa nenhuma no mundo em condições de produzir no pré-sal como a Petrobras. Isso é consenso mundial. As outras empresas querem entrar justamente para aprender com a Petrobras”.

Aqui, é sempre bom lembrar o caso da Argentina, para não seguirmos o mau exemplo.

A Argentina transferiu os ativos e o conhecimento detido pela sua petrolífera estatal, a YPF, principalmente para a espanhola Repson, que fez exploração predatória das reservas do país. Hoje, o nosso vizinho é obrigado a importar petróleo e tem um problema energético muito grave por conta da abertura paras empresas estrangeiras.

“Essa fala do senador é mais uma afronta, pois não considera o problema que está sendo para o nosso vizinho a transferência do controle da produção para uma estrangeira”, enfatiza Moraes. “Se quisermos o pré-sal como promotor do desenvolvimento nacional, o regime tem de ser o de partilha e a Petrobras como única empresa na exploração do petróleo.”

Ou seja, apesar de no PT, o DNA do senador Delcídio Amaral é tucano. Pior é que de vez em quando ele “aflora”, como observou o nosso leitor Francisco de Assis, e dá bicadas no PT para regozijo da tucanada.

Foi o que fez na última quarta-feira, 10 de junho, no plenário do Senado, quando engrossou o coro de Serra e demais oposicionistas, embora seja líder do governo de Dilma.

“Candidamente”, Delcídio disse: “Esta é uma opinião pessoal como Senador, não como líder do governo”.

Primeiro: Com um líder de governo como ele, para que a presidenta Dilma precisa de oposição?

Segundo: “Como senador”, sim. Tucano e não petista.

Em abril deste ano, a revista de Joyce Pascowitch publicou uma nota dizendo que o senador Delcídio está “insatisfeito no PT” e que “teria tido conversas políticas recentes em São Paulo com Fernando Henrique Cardoso”.

Será que o pronunciamento no Senado sobre o pré-sal seria um sinal de que ele estaria regressando ao velho ninho?

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A íntegra do pronunciamento

O SR. DELCÍDIO DO AMARAL (Bloco Apoio Governo/PT – MS. Sem revisão do orador.) – Eu queria só fazer um registro, Sr. Presidente [Renan Calheiros].

Em relação ao requerimento de minha autoria, que diz respeito ao sistema de contratação simplificado da Petrobras, eu entendo – e há um consenso com relação a essa questão – que nós precisamos aprimorá-lo.

Agora, é importante registrar, Presidente, que essa proposta surgiu ainda na época em que foi quebrado o monopólio do petróleo. Por quê? Porque a Petrobras, trabalhando num sistema competitivo com outras companhias de petróleo, teria que ter agilidade para contratar, até porque o mercado é competitivo e aberto.

Portanto, esse processo não nasceu agora. Esse processo vem lá de trás, inclusive na época em que fui diretor da Petrobras. Agora, se há distorções, problemas – e eu concordo com as ponderações que foram apresentadas –, é fundamental que a gente qualifique esse debate, porque, sendo uma questão de tamanha relevância para uma empresa do tamanho da Petrobras, nós não podemos ser simplistas nessas discussões.

Sr. Presidente, eu quero fazer aqui um registro muito tranquilo com relação a isso. Eu tenho uma preocupação com relação aos debates nas comissões permanentes e no plenário. Para mim, as comissões permanentes, Presidente, são de extrema relevância, porque elas trabalham os textos. Quando a matéria vem para o plenário, o texto tem começo, meio e fim. Não estou dizendo que isso está acontecendo no Senado, mas nós temos verificado alguns projetos que têm sido votados, inclusive na outra Casa, que, quando se vota em plenário, acaba-se votando um Frankenstein! As coisas não se juntam. Portanto, o papel das comissões permanentes é muito importante.

Por isso, respeitando até a iniciativa do Senador Ferraço e as críticas que ele fez – e não tenho dúvida de que nós podemos aperfeiçoar esse sistema –, nós precisamos usar as comissões do Senado para qualificar ainda mais os textos que vêm para o plenário da nossa Casa. É essa a intenção, Sr. Presidente. Eu não estou questionando a iniciativa do Senador Ferraço. Portanto, entendo e compreendo a importância desse tema, mas nós precisamos ter mais tempo para trabalhar, e não procrastinar uma decisão, que é mais do que relevante, em função dos acontecimentos que nós temos vivenciado.

Com relação ao requerimento do Senador Serra, eu quero aqui dizer o seguinte: existem divergências no que diz respeito à Petrobras atuar como operadora exclusiva e ter 30%. Eu vou ser muito sincero, Presidente. Eu sou Líder do Governo, mas, como Senador da República e como engenheiro, eu vou confessar a V. Exª que esses 30% apareceram faltando uma semana, ou dez dias, para encaminhamento do projeto da partilha. Nem na Petrobras há consenso com relação ao operador exclusivo, e acho – mas esta é uma opinião pessoal como Senador, e não como Líder do Governo – fundamental a gente debater.

Pergunto a V. Exª, Sr. Presidente: quando a Petrobras está revisando o seu plano de negócios, quando o dinheiro está curto, quando a Petrobras está fazendo ajustes internos importantes, se vier um leilão, a Petrobras vai ter que entrar com 30% em todos os leilões? Será que nos blocos que vão ser leiloados, a Petrobras tem um interesse tão importante quanto outras petroleiras?

E, Sr. Presidente, quero aqui registrar: operador exclusivo de campo – eu sei que Senadores e Senadoras aqui conhecem bem isto, mas não custa lembrar – faz a exploração, ele detém a tecnologia, ele contrata a engenharia, ele faz o procurement de equipamentos, ele contrata os equipamentos, ele faz o construction – por isso que é EPC, ele faz a construção – e ele opera, produz, explora.

Eu pergunto a V. Exª: outras grandes petroleiras do mundo, Shell, Chevron, Exxon – e eu acho que o Brasil precisa ter parceiros aqui para fazer frente aos desafios do pré-sal –, V. Exª acha que empresas como essas vão querer entrar atuando como investidores passivos e deixando a operação exclusiva com a Petrobras?

Eu acho muito pouco provável isso, e quem sai prejudicado é o País, porque nós precisamos, mais do que nunca, de empresas que detêm tecnologia para nos ajudar na exploração e na produção do pré-sal.

Sr. Presidente, acho que são temas relevantes, mas, como tentamos encaminhar o acordo, e não houve essa possibilidade, eu acho que nós temos que sobrestar essa votação, até pelas iniciativas das Senadoras e dos Senadores aqui, para que a gente busque, dos dois requerimentos, uma solução até a próxima semana.

Viomundo

Anti-nacional, devia ser expulso do Brasil

Movimentos sociais contra projeto entreguista de Serra: Petróleo só é nosso com a partilha e a Petrobras como operadora única do pré-sal

publicado em 15 de junho de 2015 às 19:54

serra é pré-sal

Seis motivos que justificam a importância de manter a Petrobrás como operadora única na área do pré-sal. (rejeitando o entreguismo do projeto de lei PLS 131-2015 do Senador José Serra PSDB-SP)

1- Para avançar com soberania energética e ambiental: controlando a produção, garantido o abastecimento nacional, evitando a extração predatória, os riscos de acidentes e maiores custos econômicos no futuro.

A operação única pela Petrobrás no pré-sal brasileiro garante ao Estado nacional, que detém a maioria do capital votante da empresa, o planejamento da produção, escapando da armadilha da produção rápida e predatória, que compromete os reservatórios e trás inúmeros riscos ambientais como o ocorrido no acidente no campo de frade no litoral do Rio de Janeiro em novembro 2011 operado pela estadunidense Chevron.

O Petróleo por muitos anos será estratégico como energético (responsável por mais de 50% da matriz mundial) e como matéria prima (presente em mais de 3.000 produtos). Garantir, sua exploração e uso adequado na atualidade, e que não faltará este recurso para as futuras gerações de brasileiros é obrigação de todos.

São inúmeros os exemplos de nações que submeteram a produção a multinacionais que operam sobre a lógica meramente econômica e hoje se encontram em maus lençóis. As situações vividas por nossos vizinhos argentinos onde após a privatização exportaram petróleo a 04 dólares o barril e mais tarde tiveram que importar a mais de 100 dólares, ou da Indonésia, que exportou petróleo a 01 dólar o barril e hoje drena seus recursos pagando pelo mesmo barril de petróleo 60 dólares, são procedimentos que não devemos repetir em nosso país.

2- Para preservar e ampliar o conhecimento, bem que vale mais do que o dinheiro.

Ter a Petrobras como operadora única é essencial para garantir o domínio e a continuação do desenvolvimento tecnológico. O nível tecnológico atingido pelos trabalhadores da Petrobrás é fruto de muito trabalho e desenvolvimento científico. Ceder a condição de operadora única dificulta esta vantagem estratégica, expõe nossa capacidade de vanguarda a potenciais competidores e desperdiça oportunidades de aprendizado.

A Petrobras recebeu em maio de 2015 o prêmio da OTC (Offshore Technology Conference) considerado o Nobel da indústria petroleira. Este prêmio foi graças a nossa produção no pré-sal. Chegar a essa condição custou sangue, suor e lágrimas a gerações de brasileiros. As três coisas mais importantes para uma empresa de energia são: mercado, reservas e conhecimento tecnológico. O Brasil através da Petrobras detém os três sendo o conhecimento o mais difícil de ser alcançado.

Não temos nenhuma dúvida que a história vitoriosa da Petrobrás, e seu extraordinário potencial indica plena capacidade de ser a operadora única no pré-sal. Mesmo vivenciando dificuldades momentâneas em relação a sua capacidade financeira, fato que já esta sendo superado com uma política adequada de preços, a Petrobrás conseguiu em apenas 8 anos após a descoberta do pré-sal, uma produção de cerca de 800 mil barris por dia, fato inédito na indústria do petróleo.

3- Para garantir que o petróleo produzido e os royalties recolhidos sirvam aos interesses do povo brasileiro.

A operadora é responsável por medir o petróleo produzido e submeter a informação às instituições de controle e regulação.

A produção sobre as condições do pré-sal, a quilômetros de distancia da costa dificulta e muito a fiscalização. Seguramente a melhor forma de acompanhamento pelo povo, e por nossas instituições nacionais dessa importante questão é estar sob controle da Petrobrás. Ter a Petrobrás como operadora única, com o adequado controle público, é maior garantia na destinação dos Royalties para educação e para a saúde.

Além do mais, a propriedade do petróleo da às nações vantagens geopolíticas, na medida em que, o Estado pode administrar uma base natural rara, não renovável, desigualmente distribuído no planeta e sobretudo essencial para a sobrevivência a segurança e o bem estar de todos os Estados.

4- Para alavancar o desenvolvimento, com o conteúdo local, gerando mais e melhores empregos.

A Petrobrás como operadora única tem plenas condições de dirigir os empreendimentos. Incentivando de forma organizada o desenvolvimento da indústria de bens e serviços. Essa condição é essencial para a política industrial brasileira, maximizando o conteúdo local, em bases competitivas, e garantindo o desenvolvimento integrado a nível nacional.

Segundo dados do SINAVAL (Sindicato da Construção Naval) apesar da existência de inúmeras operadoras privadas e estrangeiras no Brasil apenas a Petrobras tem encomendas de navios e plataformas aos nossos estaleiros, portanto, a prática nos conduz a convicção, que sem a Petrobras, a política do conteúdo local tão importante para impulsionar o desenvolvimento nacional ficará só no papel.

A operação e a condução dos empreendimentos pela Petrobrás possibilitam que mais e melhores empregos sejam criados no Brasil. Este fator estimula o estudo, a pesquisa e o conhecimento, potencializando a inteligência local, garantindo as condições para o intercambio de experiência com o conhecimento produzido a nível mundial.

5- Para manter a integralidade da lei da Partilha.

A lei da Partilha 12.351/2010 aprovada pelo Congresso Nacional representou um salto de qualidade para a produção de Petróleo no Brasil. Esta lei possibilita a estruturação de uma grande nação alavancando o desenvolvimento nacional, garantindo soberania energética e dando destino social ao retorno econômico, resolvendo assim nossos ainda graves problemas sociais.

A Petrobras, como operadora única do Pré-Sal, é parte fundamental do modelo formulado na partilha para garantir esse tripé: soberania energética, desenvolvimento econômico e destinação social. Mudar esse ponto irá “desfigurar a Lei da Partilha” comprometendo a utilização adequada de um recurso que a natureza levou 150 milhões de anos para produzir.

6- Porque acreditamos no Brasil, na nossa potencialidade e na nossa capacidade.

A História da indústria do petróleo em nossa Pátria é cheia de desafios, que foram sendo superados um a um com perseverança, determinação e muito trabalho.

Superamos o desafio de encontrar o sonhado petróleo no Brasil. Superamos o desafio de desenvolver uma empresa e uma indústria potente e exemplar.

Superamos o desafio de sermos autossuficientes em petróleo. Superamos o desafio histórico, ao descobrir o pré-sal, que para o consumo nacional, temos petróleo para mais de 100 anos.

Confiamos plenamente no povo brasileiro, na capacidade de superarmos problemas que possam surgir.

A Petrobrás operadora única no pré-sal é mais uma conquista histórica. Manter esta conquista é um desafio de todos que lutam por um país justo, democrático e fraterno.

Rio de Janeiro, 15 de junho de 2015.

FUP Federação Única dos Petroleiros

CUT

MAB Movimento dos Atingidos por Barragens

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Do Viomundo