Desde 2019, pesquisadores da Unirio já sistematizaram 2.673 episódios de violência política em todo o país
Redação
Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
O prefeito de Taboão da Serra (SP), José
Aprígio da Silva (Podemos), foi vítima de um atentado a tiros nesta
sexta-feira (18) - Reprodução
Ao menos 338 casos de violência política foram registrados no Brasil,
contra lideranças políticas ou familiares, durante a campanha eleitoral
de 2024. O dado foi apresentado em levantamento do Grupo de
Investigação Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro (Giel/Unirio), analisando o período de julho a setembro deste
ano.
A violência física foi a modalidade mais comum no período de análise,
com 179 episódios. Em casos mais extremos, foram registradas 55
tentativas de homicídio e 33 assassinatos, em 20 estados, segundo os
dados da Unirio.
Nessa modalidade se inclui o que ocorreu nesta sexta-feira (18), com o
prefeito de Taboão da Serra (SP), José Aprígio da Silva (Podemos).
A Polícia Civil de São Paulo investiga o que motivou o ataque. Neste sábado (19), ela diz ter localizado dois veículos usados no atentado.
Um deles foi encontrado incendiado na cidade de Osasco. O outro
veículo, um Fiat Siena, que foi usado na fuga dos criminosos, estava em
uma residência também em Osasco.
Casos de violência superam eleições anteriores
Estado mais populoso, São Paulo lidera o ranking com 58 episódios de
violência entre julho e setembro deste ano, seguido pelo Rio de Janeiro,
com 47 casos.
A pesquisa mostra que 267 vítimas eram lideranças políticas locais
que concorriam no pleito municipal. Destaca ainda que 25 partidos foram
atingidos. O União Brasil lidera com 41 episódios, seguido pelo PT e
pelo MDB, com 39 e 37 casos, respectivamente.
O levantamento da Unirio, registrado no 19° Boletim do Observatório
da Violência Política e Eleitoral, considera episódios de violência
cometidos contra políticos com e sem mandato, o que inclui vereadores,
prefeitos, governadores, secretários, candidatos e ex-ocupantes de
cargos públicos. Não são contabilizados episódios de violência contra
eleitores.
Ao todo, desde 2019, o grupo já sistematizou 2.673 episódios em todo o
país. Segundo os pesquisadores, a violência política durante a campanha
eleitoral deste ano superou os números das eleições presidenciais de 2022, quando foram registrados 263 episódios. No pleito municipal de 2020, foram 235 casos.
A
dívida pública global deve ultrapassar US$ 100 trilhões até o fim do
ano e crescer perto do produto interno bruto (PIB) global até 2030,
disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta terça-feira (15),
pedindo às economias endividadas por um aperto fiscal.
"A dívida pública global é muito alta. Espera-se que exceda US$ 100 trilhões [cerca de R$ 559,6 trilhões] — 93% do PIB global
— em 2024 e continue aumentando até o fim da década — aproximando-se de
100% do PIB até 2030", calculou o FMI em seu novo relatório
Monitoramento Fiscal de outubro.
As projeções de dívida em risco para os próximos três anos em economias avançadas diminuíram ligeiramente desde o pico da pandemia de COVID-19 para 134%, enquanto em economias emergentes e em desenvolvimento aumentaram para 88% do PIB, segundo o relatório.
Embora o principal fator por trás da diferença na previsão entre grupos de países sejam as condições financeiras, ela também émotivada por um nível inicial mais alto de dívida em economias avançadas e grandes déficits primários em "economias sistemicamente importantes", como China e Estados Unidos, disse o FMI.
Em um "cenário extremamente adverso", a dívida global em risco é projetada para ser quase 20 pontos percentuais do PIB, maior do que a previsão de base, atingindo 115% do PIB em 2025, disse a agência financeira da ONU.
O
FMI pediu aos países nos quais a dívida está projetada para continuar
crescendo para apertar as políticas fiscais e diminuir a dívida,
aproveitando as condições atuais, pois a inflação está desacelerando e os bancos centrais devem flexibilizar a política monetária. Isso se aplica particularmente ao Brasil, França, Itália, África do Sul, Reino Unido e Estados Unidos, de acordo com o relatório.
Wilson Gomes, é filho da cidade do Crato, nasceu
no ano de 1967. Estudou na Escola Virgílio Távora; Colégio Estadual
Wilson Gonçalves, onde concluiu o ensino médio; e Municipal Pedro
Felício Cavalcante.
Foi Escoteiro e Chefe de Grupo. Em 1987, criou o primeiro grupo de
combate a incêndio da Flona Araripe.
Se formou em radialista, em 1992. Com passagem profissional pelas
rádios: Iracema, Progresso, Vale do Cariri, Verde Vale (Juazeiro do
Norte). Cetama (Barbalha) e Araripe (Crato).
Em 1999 se mudou para a cidade de Sobral, atuando como repórter
esportivo e policial na Caiçara – sua primeira emissora, também foi
operador de áudio. Depois atuou nas rádios; Educadora, Universitária,
Sobral FM, Princesa FM, Líder FM, Tupinambá; e atualmente é apresentador
do Programa Redação Plus, da Plus FM de Sobral.
Atuou também como repórter: A Folha, O Noroeste, Correio da Semana e
Sobral News, e correspondente do Diário do Nordeste.
Como repórter fotográfico, atua nas Agências Estado (AE) e Futura Press.
Casado com Gilca, é pai de dois filhos; Saymon Lukas e Brenda Maryanna.
Administra Blog Wilson Gomes. Nas horas vagas é também serigrafista.
Israel continua sua tentativa de fazer do estado judeu uma grande
nação e está fazendo isto invadindo os países vizinhos. Até agora já
tomou terras palestinas, terras sírias e terras libanesas. Mas o projeto
judeu é tomar terras também do Iraque e outros. A sua ferocidade vem
crescendo cada vez mais com o apoio das grandes potências ocidentais.
Israel é um Estado marginal, atua à margem das leis internacionais, não
respeitando a ONU e outros órgãos de governança global. Por enquanto só
quem poderia conter esses ataques criminosos seria os países da OCX-
Organização para a Cooperação de Xangai, que é um grupo de 11 nações
poderosas da Ásia num pacto de defesa mútua como a OTAN. Nesse grupo se
encontram potências nucleares como: Rússia, China, Índia e Paquistão.
Mas por enquanto não estão pensando em embarcar nesses conflitos do
Oriente Médio. Até porquê se entrarem, já seria um confronto direto com a
OTAN e isso já seria também a terceira guerra mundial. Por enquanto
Israel só encontra a resistências de grupos que lutam contra o sionismo e
o imperialismo. Esses grupos, unidos, se denominam como Eixo da
Resistência. Além do
Hamas, fazem parte do eixo o Hezbollah, os Houthis e grupos armados
xiitas . Esses atacam Israel a partir do Iêmen, da Palestina, do Líbano
do Irã e Iraque. O Irã já fez ataques diretos a Israel como vingança
por atentados já cometidos por judeus à instalações e pessoas iranianas e
fez como direito de resposta, como consta em documentos oficias da ONU.
Israel já matou em ataques ao Hamas em Gaza e ao Hezbollah no Líbano,
mais de quarenta mil pessoas, sendo a maioria absoluta de pessoas
inocentes como: mulheres, crianças, médicos, enfermeiras, trabalhadores
comuns, Imprensa e servidores da ONU. No momento as investidas mas
pesadas dos judeus são em território libanês. O Brasil já retirou da
Faixa de Gaza, várias centenas de brasileiros que residiam lá, agora a
mobilização do governo Brasileiro é para retirar brasileiros residentes
no Líbano que queiram sair das zonas de conflitos. Por enquanto as
expectativas para o que vai acontecer a partir de agora. com a entrada
por terra do exercito judeu no Líbano e os ataques com mísseis feitos
pelo Irã em bases militares em território judeu, são totalmente
imprevisíveis. É triste esta situação para a humanidade, ver toda essa
escalada da violência entre povos e nações e não ter a quem pedir ajuda,
já que o Conselho de Segurança da ONU não tem moral, nem força e nem
isenção para resolver, pois quase todos os países que estão nesse
conselho, estão envolvido nos conflitos.
O
que eu não tolero mesmo é bolsonaristas fazendo campanha prometendo
melhorar a Educação e a Saúde nos municípios. Até parece que eles não
conhecem os cortes de gastos do governo Bolsonaro nessas duas e em
outras áreas. É lamentável o nível da ignorância política dos eleitores,
alimentando seus algozes e se ferrando outra vez.
O
mundo está em guerra pelo domínio da informática e da informação,
principalmente das Big Techs. Por causa do avanço da China em todos da
aspectos da inteligência artificial, ela virou o inimigo numero um dos
EUA e o alvo principal de sua geopolítica e geoeconomia, tentando evitar
que a China volte a ser a maior potência do mundo, o que ela já foi por
mais de 700 anos.
Os do G7 estão perdendo para o BRICS em volume e produção do petróleo,
na quantidade de população e por conseguinte a quantidade de
consumidores.
O BRICS, que já conta com mais de dez países, já tem mais de trinta na
fila para entrar nesse grupo econômico. No encontro do grupo realizado
em 2014 em Fortaleza, foi criado um banco, que hoje é muito conhecido
como o Banco dos BRICS, que foi criado para ampliar o financiamento para projetos de
infraestrutura e de desenvolvimento sustentável no Brics e em outras
economias emergentes. Muitos países que pretendem entrar para o grupo, já negociam com esse banco.
O G7 está super endividado e as maiores reservas financeiras estão no
BRICS, portanto as potências ocidentais estão perdendo para o Brics
liderado pela China na chamada diplomacia financeira. Enquanto o G7
tenta manter o controle da geopolítica fazendo pressão econômica e
ameaça militar, as potências do BRICS oferecem parceria econômica e
financeira, principalmente com grandes investimentos em infraestrutura.
A África está se afastando das potências colonizadoras europeia e
americanas e se aproximando das potências do BRICS. Estão vendo uma boa
oportunidade de avançar em seu desenvolvido, inclusive com o Banco dos
Brics oferecendo empréstimos com menos exigências do que acontece com o
Banco mundial e FMI.
A Europa está sobre forte pressão dos americanos para manter apoio numa
guerra com a Ucrânia. Na verdade esta é uma guerra por procuração da
OTAN contra a Rússia. Os americanos fizeram a Europa se sacrificar,
deixando de usar óleo e gás barato da Rússia e sendo obrigados a comprar
esses produtos mais caros de outras fontes ou contrabandeando petróleo e
gás da própria Rússia por preços maiores. Por isso a Europa vem tendo
muitas pioras econômicas para mandar dinheiro para manter essa guerra,
além de ter que entregar suas armas para alimentar o conflito. Na minha
opinião a Rússia não perderá essa guerra, até porquê já superou os
efeitos das sanções ocidentais e está com sua economia totalmente
normalizada e voltada para Ásia, que de certa forma estão ajudando a
fortalecer a economia russa sem depender do ocidente.
O Oriente Médio está numa situação complicada porque o Ocidente
liberado pelos EUA que tinham aquela região como sua reserva garantida
de petróleo e viu o BRICS, através da China e da Rússia, aumentando sua
influência na região, inclusive trazendo alguns desses países grandes
produtores de óleo e gás para o grupo. Com a entrada desses países que
fazem parte da OPEP no BRICS, faz com que os EUA perda influência nesse
órgão que controla o preço do ouro negro.
Israel, que é uma base militar dos EUA dentro da comunidade muçulmana,
com a função de evitar que eles se juntem e se fortaleçam, resolveu
aumentar seu território eliminando os palestinos, e isso acontece desde
que as potências europeias e americanas resolveram levar o povo judeu
para habitar naquele território palestino. Por ter sido criado pelas
maiores potências da época, eles se acham com poder e direito de não
respeitar qualquer decisão de órgãos de governança global. Por isso
invadem cada vez mais território dos palestinos e matam
discriminadamente aquele povo sem receio de ser punido por esses crimes.
Países da região que se solidarizam com os palestinos não podem
enfrentar esta situação para acabar com essas matanças porque sabem que
não iriam enfrentar só o estado judeu, mas sim os EUA, a Alemanha, a
Inglaterra a França e mais o restante das potências ocidentais submissas
aos americanos.
América Latina é uma comunidade de nações que recebem muitas
influências do império americano do norte. A política imperialista é de
tentar controlar as riquezas naturais e usam seu poder de pressão para
atingir seus objetivos. Por exemplo: oferecendo aos países detentores de
riquezas naturais, acordos que são bons para os imperialistas mas que
dão muitos prejuízos para os povos desses países. Se isso não funcionar
eles aplicam sanções econômicas e usam movimentos sociais para derrubar
os governos constituídos, acusando os governantes de corruptos,
desrespeitadores dos direitos humanos e ainda acusam de ditadores ou
comunistas. Branco imperialistas se acham donos das riquezas e não
admitem que trabalhadores ou povos considerados por eles como
inferiores, tenham poder sobre grandes riquezas naturais. Exemplos de
países que são perseguidos por não entregarem suas riquezas: Rússia,
Irã, Líbia, Iraque, Venezuela e Bolívia. Esses brancos não chamam de
ditador o presidente da Ucrânia que governa desde dia 20 de maio sem
cargo e não permite realização de eleição ou o presidente da França que
perdeu as eleições para a esquerda mais não entregou o governo. Ultimamente a extrema
direita vem crescendo muito na América do Sul e já ganhou eleições em
alguns países como Brasil e Argentina. Essa extrema direita defende o
neoliberalismo. Ou seja, defende o estado mínimo, a exclusão social, a
concentração de renda, a privatização da educação e da saúde. São
racistas e descriminam quem não defende as suas atitudes e isso gera
violência determinadas categorias sociais. Atualmente esta região está sendo muito disputada pelos EUA juntamente com
potências europeia e a China.
De acordo com o levantamento, a taxa de
mortes violentas para cada grupo de 100 mil negros até 19 anos é de
18,2, enquanto entre brancos a taxa é de 4,1 - Tomaz Silva/Agência
Brasil
Nos últimos três anos, mais de 15 mil crianças e adolescentes até 19 anos foram mortos no Brasil de forma violenta.
Nesse período, cresceu a proporção de mortes causadas por intervenção
policial. As constatações fazem parte da segunda edição do relatório
Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no
Brasil, divulgado nesta terça-feira (13) pelo Fundo das Nações Unidas
para a Infância (Unicef) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública
(FBSP).
"É um cenário estarrecedor. É realmente um absurdo que a gente perca 15 mil vidas de crianças e adolescentes em três anos", define a oficial de Proteção contra Violências do Unicef, Ana Carolina Fonseca.
No entanto, o total real de mortes no país tende a ser maior, uma vez que o estado da Bahia não forneceu dados relativos a 2021.
O levantamento traz dados de registros criminais como homicídio
doloso (quando há intenção de matar), feminicídio, latrocínio (roubo
seguido de morte), lesão corporal seguida de morte e mortes decorrente
de intervenção policial - esteja ou não o agente em serviço. Também são
coletadas informações referentes à violência sexual.
Para os pesquisadores, esse conjunto de dados é um indicador mais completo para tratar de violência letal
a partir dos parâmetros da segurança pública. O FBSP é uma organização
não governamental formada por profissionais da área de segurança,
acadêmicos e representantes da sociedade civil.
Ana Carolina Fonseca explicou à Agência Brasil que, apesar
de o estudo estar na segunda edição – a primeira inclui dados de 2016 a
2020 –, não há comparação direta entre eles. "A gente não fez essa
comparação por haver muitas diferenças na forma como os dados são
disponibilizados pelos estados", justifica.
Assim como outros tipos de violência que afetam a população
brasileira independentemente de idade, a morte violenta de crianças e
adolescentes atinge principalmente a população negra, composta por
pretos e pardos.
Violência letal contra crianças e adolescentes no Brasil / Agência Brasil
Fator cor
De acordo com o levantamento, a taxa de mortes violentas para cada
grupo de 100 mil negros até 19 anos é de 18,2, enquanto entre brancos a
taxa é de 4,1. Isso equivale dizer que o risco de um adolescente negro,
do sexo masculino, ser assassinado no Brasil é 4,4 vezes superior ao de
um adolescente branco.
A oficial de Proteção contra Violências do Unicef aponta o racismo como "ponto importante" por trás desses dados.
"A gente está falando de uma população que é não é protegida como a
branca. Existe uma ideia de que essa vida vale menos que outras",
critica Ana Carolina.
"O desafio que se coloca é realmente de enfrentar o racismo, que está
presente também na ação das forças policiais, na forma como serviços se
estruturam para responder a essas mortes, tanto do ponto de vista da
prevenção, quanto de investimento de apuração, responsabilizar por essas
mortes", complementa a representante do Unicef.
Violência policial
Ao longo dos três anos abrangidos pelo relatório, fica constatado
aumento na parcela de mortes de jovens causada por intervenção policial.
As intervenções respondiam por 14% dos casos em 2021, proporção que
subiu para 17,1% em 2022 e 18,6% em 2023. Isso representa quase uma em
cada cinco mortes violentas.
Enquanto a taxa de letalidade provocada pelas polícias entre
habitantes com idade superior a 19 anos é de 2,8 mortes por 100 mil, no
grupo etário de 15 a 19 anos chega a 6 mortes por 100 mil habitantes,
mais que o dobro (113,9%) da taxa verificada entre adultos.
"Infelizmente, as vidas jovens negras estão ainda na mira da ação policial", lamenta Ana Carolina.
Para os pesquisadores, uma política de redução de homicídios com foco
em crianças e adolescentes precisa, em vários estados, necessariamente
considerar "o controle do uso da força das polícias", de acordo com o
relatório.
A oficial do Unicef ressalta que 18 unidades da Federação têm taxa de
mortes de pessoas até 19 anos por ação da polícia inferior à média
nacional (1,7 por 100 mil). Os maiores índices estão com Amapá (10,9),
Bahia (7,4), Sergipe (3,7), Rio de Janeiro (3,1), Mato Grosso (2,9),
Pará (2,5), Rio Grande do Norte (2,3) e Espírito Santo (1,9). Goiás não
forneceu dados de mortes causadas por intervenção da polícia.
"A gente precisa olhar para o Brasil, entendendo as diferenças e
buscar, justamente, esses locais onde esse uso da força está sendo feito
de forma excessivamente letal, que destoa do restante do país", sugere
Ana Carolina.
Violência urbana
O relatório indica que, entre os jovens com mais de 15 anos, as
mortes totais no país são atreladas a características que sugerem
envolvimento com violência armada urbana: mais da metade (62,3%) dos
casos acontecem em via pública e por pessoas que a vítima não conhecia
(81,5%).
Ao se comparar dados de vítimas dos sexos masculino e feminino, no
universo de pessoas entre 10 e 19 anos, percebe-se que as meninas são
mais vítimas de armas brancas e agressões do que meninos. Nos últimos
três anos, em torno de 20% das vítimas do sexo feminino morreram por
arma branca e 5%, em média, por agressão. Em relação aos indivíduos do
sexo masculino, as armas brancas ficaram no patamar de 8% dos casos, e
as agressões não chegam a 2%.
Já em relação ao autor do crime, entre as meninas, 69,8% eram
conhecidos das vítimas. Quando se observam os dados das vítimas do sexo
masculino, apenas 13,2% foram cometidos por conhecidos.
Violência infantil
Em outro recorte, de crianças até 9 anos, o perfil da violência letal
é mais associado a contexto de maus-tratos e de violência doméstica,
praticada contra essas crianças pelas pessoas mais próximas a elas,
segundo a análise do Unicef. Em 2023, quase metade (44,6%) acontece em
casa e 82,1% são cometidos por pessoas conhecidas da criança.
Os analistas do Unicef e do FNSP fazem recomendações de políticas de
segurança que podem ajudar o país a combater a violência contra a
criança e o adolescente. Entre as orientações estão o controle do uso da
força pelas polícias, controle do uso de armamento bélico por civis,
enfrentamento do racismo estrutural e melhoria nos sistemas de
monitoramento e registros de casos de violência.
"A importância de estudos como esse é conseguir entender a dinâmica
da violência contra cada grupo e entender que cada vida importa. A gente
precisa ser capaz de construir uma resposta efetiva que enxergue cada
menino e cada menina", avalia a representante do Unicef.