Investigadores também acharam com o empresário Maciel Alves de Carvalho um cadastro usando o nome de seu filho
Maciel Carvalho (de chapéu) e Jair Renan (Foto: Instagram)
247 - Um dos alvos da operação que atingiu
Jair Renan Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro (PL), o influenciador e
empresário Maciel Alves de Carvalho chegou a ter 10 registros de CPF
(Cadastro de Pessoa Física). Maciel Carvalho foi preso na manhã desta
quinta-feira (24), em Brasília (DF). Para obter novos registros, Maciel
fazia pequenas alterações no próprio nome, na data de nascimento e no
nome da mãe. Investigadores também acharam um cadastro usando o nome de
seu filho.
De acordo com informações publicadas nesta quinta-feira (24) no portal G1,
alguns documentos de Maciel tinham mudanças em nomes, e outros na data
de nascimento. A informação faz parte de outro inquérito ao qual Maciel
responde, aberto após uma tentativa de fraude na sua carteira de
motorista para esconder antecedentes criminais.
A Polícia Civil do Distrito Federal também identificou que o
investigado tentou emitir um segundo RG (Registro Geral) - carteira de
identidade. Maciel não conseguiu o seu objetivo porque foi localizado no
banco de dados uma identidade já emitida para aquela biometria. Para os
investigadores, o objetivo era passar "falsa credibilidade à
sociedade".
Segundo um trecho do inquérito policial, "desde o ano de 2016, Maciel
Alves de Carvalho vem utilizando documentos falsos (RGs e CPFs) em
diversos órgãos do Distrito Federal e do restante do país, inclusive
junto à Polícia Civil do Distrito Federal, Cartórios, DETRAN, dentre
outros, a fim de ocultar seus extensos antecedentes criminais e passar
falsa credibilidade à sociedade, para possuir, portar e comercializar
arma de fogo via redes sociais e loja física (em nome de pessoa
interposta), bem como promover cursos e treinamentos com armas curtas e
armas longas, de uso permitido e restrito".
O influencer também foi indiciado por posse irregular de arma de fogo
de uso permitido, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e
comércio ilegal de arma de fogo. A defesa de Maciel Alves de Carvalho
afirmou que "a narrativa da autoridade não condiz com a verdade, e será
esclarecido perante a autoridade competente".
Leia a íntegra do discurso do presidente Lula no Diálogo de Amigos do BRICS, na África do Sul
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
247 - O presidente Lula (PT) discursou nesta
quinta-feira (24) no Diálogo de Amigos do BRICS, em Joanesburgo, na
África do Sul, e voltou a criticar "a mentalidade de Guerra Fria que
alguns querem restaurar".
Leia o discurso na íntegra:
Gostaria de cumprimentar o presidente Ramaphosa por dedicar este
debate à parceria dos BRICS com o Sul Global e, em especial, com a
África.
É hora de revitalizar a cooperação entre os países em desenvolvimento.
Vemos, hoje, o surgimento de novos desafios, que se somam a problemas de longa data.
Fomos atingidos por uma pandemia, por novos conflitos e por uma grave
emergência climática, no momento em que trabalhávamos pela
implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Quando adotada, a Agenda 2030 traçava uma rota para um futuro melhor.
Hoje, metade das metas está atrasada e houve estagnação ou retrocesso em quase um terço delas.
A insegurança alimentar regrediu para os patamares de 2005.
A democracia, em vários lugares, se vê ameaçada pelo extremismo ou corroída pela xenofobia.
E estamos, mais uma vez na história, sob o risco de uma guerra nuclear.
O mundo andou para trás.
Muitas das respostas que buscamos para uma construir um mundo mais equitativo estão na África.
A Covid-19 ceifou milhões de vidas, mas – apesar dos obstáculos
injustificáveis ao acesso a vacinas – a África apresentou taxas de
mortalidade baixas.
Enquanto preocupações de segurança limitam cada vez mais o
compartilhamento de tecnologias, a União Africana lança estratégia de
transformação digital e centenas de startups e centros de inovação
surgem na África.
Ao mesmo tempo em que proliferam medidas unilaterais que ameaçam a
integridade do regime comercial, o continente africano se transforma na
maior área de livre comércio do planeta, com 1,3 bilhão de pessoas e PIB
combinado de 3,4 trilhões de dólares.
À medida que órgãos multilaterais falham ao responder a ameaças à
paz, a União Africana assume crescente protagonismo na resolução de
conflitos.
De um lado, alianças excludentes renascem e acirram tensões, e, de
outro, países africanos e latino-americanos se unem para preservar a
Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul.
Mas, assim como em outras regiões, na África também ficam evidentes
os grandes constrangimentos impostos a países em desenvolvimento.
As promessas da globalização não se cumpriram.
Muitas nações se veem, hoje, tolhidas por dívidas impagáveis.
Nos últimos anos, o volume de recursos direcionados a países do Sul Global, via comércio e investimentos, vem diminuindo.
A maior parte do mundo em desenvolvimento depende da exportação de
commodities, cuja demanda é volátil, e da importação de bens de primeira
necessidade, cujos preços dispararam.
Ao mesmo tempo, instituições financeiras impõem juros elevados e condicionalidades que estreitam o espaço de atuação do Estado.
É impossível promover o desenvolvimento sustentável se o orçamento público é consumido pelo serviço da dívida.
O combate à mudança do clima nos oferece a oportunidade de repensar modelos de financiamento, comércio e desenvolvimento.
A transição energética não pode reeditar a relação de exploração do passado colonial.
Precisamos de soluções que diversifiquem e agreguem valor à produção de países em desenvolvimento.
O sinal mais evidente de que o planeta está se tornando um lugar mais desigual é o crescimento da fome e da pobreza.
Isso é inaceitável. Apesar da sua magnitude, esses problemas não são tratados com a urgência que merecem.
As emissões do 1% mais rico da população mundial são 100 vezes maiores que as dos 50% mais pobres.
Como disse a ambientalista queniana Wangari Maathai, ganhadora do
Nobel da Paz, “gostamos muito de culpar os pobres pela destruição do
meio ambiente. Mas, frequentemente, são os poderosos, incluindo os
governos, os responsáveis”.
Existem formas sustentáveis de ampliar a produtividade agrícola, gerar renda e oferecer proteção social.
Foi isso que discutimos na Cúpula da Amazônia, em Belém, no começo
deste mês. E que queremos discutir com os países das demais bacias
tropicais, a do Congo e a do Bornéu-Mekong.
O Brasil vai assumir a presidência do G20 em dezembro e quer
recolocar a redução das desigualdades no centro da agenda internacional.
Não podemos fazer isso sem maior representatividade para a África.
Por isso defendemos o ingresso da União Africana como membro do G20.
Com minha vinda à África do Sul – de onde seguirei para Angola e para
São Tomé e Príncipe –, pretendo inaugurar uma nova agenda de cooperação
entre o Brasil e a África.
Vamos retomar nossa vocação universalista e reconstruir nossos vínculos históricos com os países em desenvolvimento.
A prosperidade só é plena quando compartilhada.
A presença, aqui, de dezenas de líderes do Sul Global mostra que o
mundo é mais complexo do que a mentalidade de Guerra Fria que alguns
querem restaurar.
Em vez de aderir à lógica da competição, que impõe alinhamentos
automáticos e fomenta desconfianças, temos de fortalecer nossa
colaboração.
Um mundo com bem-estar para todos só é possível com uma ordem internacional mais inclusiva e solidária.
Quando vejo na Imprensa, matérias sobre a morte da mãe de santo Vera
Lúcia Mendes Teixeira, baleada em seu terreiro em São Leopoldo -RS e
também da mãe de santo Mãe Bernadete, assassinada no Quilombo Pitanga
dos Palmares em Salvador -BA, me vem à memória as palavras de Bolsonaro
dizendo que não daria um palmo de terra para quilombolas e indígenas.
Então eu me ponho a pensar com meus botões: Será que essas afirmações
não detonaram o ódio dos bolsonaristas contras as religiões de origem
africanas e aos povos indígenas, principalmente os que vivem na
Amazônia. As igrejas evangélicas que apoiam Bolsonaro, pregam que essas
religiões de origens africanas adoram demônios e por isso devem ser
banidas do Brasil ou até exterminadas. Mas um fato verdadeiro é que a
cultura desses povos estão entranhadas em nossos usos e costumes desde o
começo do Brasil. Ou ainda melhor, desde que os europeus invadiram esta
terra e ainda era chamada de Pindorama. Não como ter um um Brasil sem a
influência desses povos. Eu vou sempre estar do lado das demandas
desses povos, que foram e são super importantes para a formação cultural
de nossa Grande Nação Brasileira. Com certeza estarei sempre me opondo a
quem defende a discriminação desses povos e suas culturas.
Nosso país já está
normalizado em suas relações politicamente e economicamente com as
demais nações do mundo. Passou o tempo em que o presidente desta grande
nação era tratado como pária, ele e através o Brasil também. Felizmente
o tal presidente desajeitado, apoiador da violência contra os que
pensam diferentes e repudiado por outros chefes de Estado e de Governos,
está sendo investigado e com certeza prestará conta com a Justiça de
tantas coisas ruins que praticou contra os cidadãos brasileiros,
principalmente às camadas mais vulneráveis de nossa Sociedade.
A cúpula da Polícia Militar é acusada de negligenciar a repressão
ao vandalismo contra as sedes dos Três Poderes, devido à afinidade
ideológica com os terroristas bolsonaristas
(Foto: TV Globo/Reprodução)
247 - A Procuradoria-Geral da República
(PGR) e a Polícia Federal cumprem nesta manhã de sexta-feira (18) sete
mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão direcionados a
atuais e ex-membros da alta hierarquia da Polícia Militar do Distrito
Federal, informa o g1.
Esta ação, denominada Operação Incúria, é uma resposta à denúncia
apresentada pelo Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos
da PGR, liderado pelo subprocurador Carlos Frederico Santos, ao Supremo
Tribunal Federal (STF) nesta semana.
Conforme a PGR, a cúpula da Polícia Militar é acusada de negligenciar
a repressão ao vandalismo contra as sedes dos Três Poderes, devido à
afinidade ideológica com os manifestantes que buscaram a subversão do
regime democrático.
Os denunciados pela PGR são:
Coronel Fábio Augusto Vieira - era comandante-geral da PMDF no dia 8 de janeiro;
Coronel Klepter Rosa Gonçalves - era subcomandante da PMDF no dia 8
de janeiro e foi nomeado para o cargo de comandante-geral em 15 de
fevereiro;
Coronel Jorge Eduardo Naime Barreto - era comandante do
Departamento de Operações em 8 de janeiro, mas tirou licença do cargo em
3 de janeiro;
Coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra - estava no comando do Departamento de Operações no lugar de Naime em 8 de janeiro;
Coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues - era chefe do 1º Comando de Policiamento Regional da PMDF em 8 de janeiro;
Major Flávio Silvestre de Alencar - atuou no dia 8 de janeiro;
Tenente Rafael Pereira Martins - atuou no dia 8 de janeiro.
Os alvos enfrentam acusações que incluem abolição violenta do Estado
Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado,
degradação de patrimônio culturalmente relevante e violação da Lei
Orgânica e do Regimento Interno da Polícia Militar.
Durante sete meses de investigação, a Procuradoria-Geral da República
(PGR) revelou que os membros da Polícia Militar (PM) iniciaram
intercâmbios de mensagens de teor golpista e propagação de informações
falsas antes do segundo turno das eleições presidenciais do ano passado.
Além disso, a PGR constatou que a Polícia Militar do Distrito Federal
monitorava as atividades no acampamento associado a movimentos golpistas
nas proximidades do Quartel General do Exército, localizado em
Brasília.
Há evidências que sugerem que a liderança da PM inseriu agentes de
inteligência entre os manifestantes com o propósito de coletar
informações, e estava plenamente ciente da escala e seriedade dos
eventos que estavam sendo planejados para o dia 8 de janeiro. A
documentação e as mensagens obtidas pela PGR contradizem a narrativa
apresentada pelos integrantes da alta hierarquia da Polícia Militar do
Distrito Federal, alegando que o sistema de inteligência local falhou ao
não alertar a corporação sobre o perigo de invasão dos edifícios dos
Três Poderes.
Segundo a PGR, oficiais demonstraram afinidade por teorias
conspiratórias relacionadas a fraudes eleitorais e conspirações
golpistas
Atos Golpistas de 8 de janeiro de 2023 (Foto: Joedson Alves/Agência Brasil)
247- A Procuradoria-Geral da
República (PGR) apresentou evidências que sugerem a inação de membros da
cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) diante dos eventos
de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. Os sete denunciados pela PGR,
incluindo o atual comandante-geral da PMDF, coronel Klepter Rosa
Gonçalves, foram detidos na Operação Incúria, conduzida pela Polícia
Federal (PF) na manhã desta sexta-feira (18).
Ao formalizar a denúncia e solicitar medidas cautelares ao Supremo
Tribunal Federal (STF), a PGR afirmou ter encontrado evidências de uma
"profunda contaminação ideológica" entre parte dos oficiais, que
demonstraram afinidade por teorias conspiratórias relacionadas a fraudes
eleitorais e conspirações golpistas, destaca reportagem do Metrópoles.
As provas também indicam que os militares, ocupando postos de
liderança na corporação, receberam diversas informações de inteligência
antes de 8 de janeiro de 2023, alertando sobre as intenções golpistas do
movimento e o iminente risco de invasão das sedes dos Três Poderes.
No total, foram executados sete mandados de prisão preventiva, além
de buscas e apreensões, bloqueio de bens e suspensão das funções
públicas. Com base nas provas coletadas, a PGR considerou que os
denunciados tinham conhecimento prévio dos riscos e, de forma
deliberada, aderiram ao resultado criminoso previsível, negligenciando o
cumprimento do dever funcional de agir.
Essas condições legais estabelecem as bases para os denunciados
responderem, por meio de omissão, por crimes que envolvem abolição
violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano
qualificado com violência, ameaça grave com uso de substância inflamável
contra o patrimônio da União e com prejuízos consideráveis para a
vítima, bem como deterioração de patrimônio tombado.
Embaixador russo exige o fim da prática de perseguir nacionais russos e destaca prioridade à repatriação
Anatoly Antonov (Foto: Anton Novoderezhkin/TASS)
TASS - A Rússia exige que os Estados Unidos
interrompam a perseguição de cidadãos russos em países terceiros e
considera a repatriação de todos os compatriotas presos nos EUA como sua
principal prioridade, afirmou o Embaixador Russo nos EUA, Anatoly
Antonov, nesta quarta-feira. "A Rússia sempre se opôs à 'caça' de russos
em países terceiros por parte de Washington. Exige que essa prática
seja interrompida. No entanto, a Administração [dos EUA] continua
vivendo em um mundo próprio, baseado em suas próprias regras, ignorando
os interesses de outros países. Nunca concordaremos com essa abordagem",
disse o diplomata no canal da embaixada no Telegram.
Antonov ressaltou que Moscou defende a repatriação imediata de todos
os cidadãos russos detidos em prisões americanas. "Isso é uma prioridade
absoluta para nós. É por isso que consideramos inaceitáveis as
especulações sobre esse assunto. [...] Lutamos para que essas pessoas
retornem o mais rápido possível para sua terra natal, suas famílias",
observou ele. "Fazemos um apelo aos políticos americanos e à mídia em
massa: deixem as agências correspondentes de ambos os países trabalharem
tranquilamente. Parem de brincar com o destino das pessoas e permitam
que profissionais busquem as 'soluções' necessárias", acrescentou
Antonov. Ele destacou que a "questão da troca de prisioneiros está sendo
resolvida por meio de agências designadas, conforme definido pelos
Presidentes da Rússia e dos EUA em 2021." "O canal especial já provou
sua eficácia, possibilitando o retorno de [Viktor] Bout e [Konstantin]
Yaroshenko", ressaltou o diplomata. Anteriormente, a CNN informou que o
Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, teve uma ligação
telefônica com Paul Whelan, condenado na Rússia por espionagem. Em
particular, o principal diplomata dos EUA pediu para manter a fé,
acrescentando que os EUA estão fazendo tudo o possível para trazer
Whelan o mais rápido possível. Em julho, Blinken afirmou que os EUA e a
Rússia trabalham juntos na troca de prisioneiros, apesar das
discordâncias existentes. Por sua vez, o Vice-Ministro das Relações
Exteriores Russo, Sergey Ryabkov, observou que o canal de troca de
prisioneiros entre Moscou e Washington permanece aberto e os contatos
por meio dessa linha de comunicação continuam."
“O hacker da Vaza Jato que afirma ter sido contratado por Carla
Zambelli diz ainda que participou do relatório produzido pela Defesa
para questionar as urnas eletrônicas”, acrescenta.
As declarações de Delgatti fazem parte do depoimento que ele concedeu nesta quinta-feira (17) à CPMI dos Atos Golpistas.
“O hacker da Vaza Jato que afirma ter sido contratado por Carla
Zambelli diz ainda que participou do relatório produzido pela Defesa
para questionar as urnas eletrônicas”, acrescenta. As declarações de
Delgatti fazem parte do depoimento que ele concedeu nesta quinta-feira
(17) à CPMI dos Atos Golpistas.
Sobre os atos criminosos supostamente cometidos pelo militar,
Cezar Bitencourt declarou: "alguém mandou, alguém determinou". Cid era
ajudante de ordens de Bolsonaro
Tenente-coronel Mauro Cid e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS)
247 - Novo advogado do tenente-coronel Mauro
Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Cezar Bitencourt
afirmou na manhã desta quarta-feira (16) que o militar era “só o
assessor” que cumpria ordens, jogando a responsabilidade dos atos
supostamente praticados por ele para Bolsonaro: “militar cumpre ordens”
“Ele é um militar, mas é um assessor. Assessor cumpre ordens do
chefe. Assessor militar muito mais. O militar tem por formação essa
obediência hierárquica. Então alguém mandou, alguém determinou. Ele
[Cid] é só o assessor. Assessor faz o quê? Assessora, cumpre ordens,
cumpre determinação”, afirmou. Mais à frente, o responsável pela defesa
de Cid disse que “a gente vai examinar quem é quem, até onde vai a
responsabilidade de um e até onde vai a responsabilidade do outro”.
"Ele não fez nada por conta. Ele não teve iniciativa. Ele tem uma
função, que cumpre da melhor forma possível, com a formação militar que
ele tem. Aliás, uma grande formação. O Mauro Cid é um gênio, mas ele tem
uma função. Essa obediência hierárquica para um militar é muito séria.
Exatamente essa obediência [inaudível] afastar a culpabilidade dele",
complementou.
Bitencourt ainda classificou Cid como “grande injustiçado”. “É um
absurdo que o Mauro esteja trancafiado dentro de uma cela dentro do
Exército. Essas questões nós vamos começar a discutir”.
O advogado fez questão de registrar que assumiu a defesa de Cid na
noite de terça-feira (16) e que ainda não pôde conversar com o militar.
Ministro da Justiça disse que vai encaminhar à Polícia Federal o pedido de investigação feito pelo Ministério de Minas e Energia
(Foto: ABr)
247- O ministro da Justiça, Flávio
Dino, revelou que irá encaminhar à Polícia Federal um ofício
requisitando uma investigação preliminar acerca do recente apagão que
afetou consumidores de 25 estados e do Distrito Federal na terça-feira
(15). >>> Apagão coloca no centro do debate necessidade de reestatizar a Eletrobrás
De acordo com Dino, peritos serão designados para examinar as
informações apresentadas pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre
Silveira. Este último havia anunciado que solicitaria a colaboração da
Polícia Federal e da Agência Brasileira de Informações (Abin) para
investigar a possibilidade de ação intencional relacionada ao incidente,
revela reportagem do jornalista
Adréia Sadi, do G1. A partir desta análise inicial, a Polícia Federal
decidirá se será necessário instaurar um inquérito policial para
aprofundar a investigação.
Segundo as informações do Ministério de Minas e Energia (MME), o
apagão afetou cerca de 29 milhões de consumidores em todos os estados do
país, com exceção de Roraima, que não está conectado ao Sistema
Interligado Nacional (SIN) onde ocorreu a falha. O episódio resultou na
paralisação de serviços como metrôs, escolas e consultórios, causando
transtornos no trânsito e prejuízos comerciais em diversas regiões.
O militar, que era amigo próximo de Bolsonaro, não se conforma
que seu filho esteja pagando sozinho pelos crimes do ex-presidente
General Mauro Lourena Cid, Jair Bolsonaro e tenente-coronel Mauro Cid (Foto: Reprodução/Alesp | ABr)
247 - O general Mauro Cesar Lourena Cid, pai
do tenente-coronel Mauro Cid, se afastou de Jair Bolsonaro (PL) depois
que o filho foi para a prisão. O clima entre ele e o grupo próximo do
ex-presidente, formado em sua maior parte por militares, é de tensão,
informa a jornalistaMônica Bergamo na Folha de S.Paulo.
Há algumas semanas, o general Cid reclama com interlocutores do fato
de o filho estar preso desde maio, enquanto Bolsonaro e outros
auxiliares do ex-presidente seguem levando uma vida normal.
Segundo o general, o peso dos delitos cometidos por Bolsonaro e
pessoas do seu entorno está sendo descarregado quase que exclusivamente
nos ombros do seu filho, o tenente-coronel Mauro Cid, investigado por
falsificar cartões de vacina e por viabilizar a venda das joias de
Bolsonaro nos EUA.
Em uma conversa, uma amiga de Gabriela Cid confessa: "meu marido
tem um amigo que faz parte de um grupo chamado 'não vacinados'. Todos
têm o ConecteSUS. Vou descobrir o esquema"
Tenente-coronel Mauro Cid (Foto: Pedro França/Agêcia Senado)
247 - A Polícia Federal concluiu que
Gabriela Cid, esposa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair
Bolsonaro (PL), tinha participação na disseminação de notícias falsas
sobre as vacinas contra Covid-19, em uma rede que contava com parentes
de militares. Também foram identificadas conversas em grupos sobre como
fraudar os certificados de imunização. Os dados foram extraídos do
aparelho celular de Gabriela Cid, apreendido durante operação da PF que
prendeu o tenente-coronel Mauro Cid.
Em mensagens trocadas com seus contatos, a esposa do oficial diz em
tom de ironia: "tomei minhas doses kkkkk". Ela, no entanto, nunca foi
imunizada. Gabriela Cid tinha um certificado falso. A partir das
informações extraídas do celular de Gabriela Cid, segundo Aguirre
Talento, do UOL,
a PF avalia que ganham ainda mais peso as suspeitas da participação de
Mauro Cid e sua família em um esquema de fraudes em certificados de
vacina.
Também foi encontrada no celular de Gabriela Cid uma lista de tarefas
necessárias para sua viagem aos Estados Unido. Um dos itens era
exatamente o "cartão de vacinação". Ao lado, ela colocou um símbolo
indicando que a tarefa havia sido resolvida, o que aponta para o uso do
certificado falso para entrar em território estadunidense.
Em um outro diálogo consultado pela PF, Gabriela Cid criticou a
necessidade de utilizar máscara de proteção contra o coronavírus. Ela
ainda diz em novembro, após a eleição do presidente Lula (PT), que o
novo governo iria impor novamente as restrições da Covid-19. A esposa do
militar ainda diz que a companhia de balé de sua filha havia solicitado
o uso de máscaras. "Falei que ela não irá de máscara", escreveu
Em mensagem datada de 30 de novembro de 2022, Gabriela Cid faz um
pedido a uma amiga, buscando obter um vídeo contendo informações falsas
sobre a Covid-19, com a intenção de compartilhá-lo com outras pessoas:
"vc tem aquele documentário sobre a vacina? Mostrando os coágulos sendo
retirados nas autópsias?".
As autoridades da Polícia Federal identificaram imagens provenientes
de um grupo no WhatsApp denominado "Mulheres 2.0", do qual Gabriela Cid
era uma participante ativa. Nesse grupo, os membros, ainda não
identificados pela PF, debateram métodos para adulterar o ConecteSUS, o
sistema do Ministério da Saúde responsável por rastrear as doses de
vacinação administradas aos cidadãos brasileiros. O diálogo teve início
após o compartilhamento de uma notícia datada de dezembro do ano
anterior, a qual alegava que o Ministério da Saúde havia encomendado 50
milhões de doses da vacina Pfizer. Logo após, uma das participantes
afirmou que o governo do presidente Lula pretendia impor uma vacinação
compulsória à população brasileira, o que não se concretizou. As
integrantes do grupo então discutiram maneiras de combater a vacinação,
com uma delas mencionando ter adquirido nos Estados Unidos um cartão
falso de vacinação da Pfizer. Outra deu a ideia de fraudar o ConecteSUS,
sugerindo: "contrate um hacker para colocar no ConecteSUS. Ou fala que o
celular foi roubado e não tem como mostrar". Finalmente, uma das
participantes admitiu possuir conhecimento sobre um esquema de
falsificação de certificados: "meu marido tem um amigo que faz parte de
um grupo chamado 'não vacinados'. Eles todos têm o ConecteSUS. Rs. Vou
descobrir o esquema". A Polícia Federal considerou esse diálogo
relevante, especialmente porque Gabriela Cid também havia produzido um
certificado falso de vacinação.
Em janeiro de 2023, Gabriela enviou a seu irmão um artigo sobre a
imunização compulsória dos indivíduos presos pela tentativa de golpe no
dia 8 de janeiro, expressando críticas a essa ação. Ela escreveu:
"criminoso vc ser obrigado [a se vacinar]". O irmão questionou como ela
reagiria caso estivesse na mesma situação. Gabriela respondeu
ironicamente: "já tomei minhas doses kkkkk". Sobre esta conversa, a
Polícia Federal salienta que "Gabriela e Gilberto, em tom aparentemente
sarcástico, conversam sobre as exigências da comprovação de vacinação em
alguns casos. Cabe ressaltar que Gabriela Cid e Gilberto, apesar de
aparentarem não terem sido vacinados, afirmam possuir o cartão de
vacinação".
Em outro contexto, Ticiana Villas Bôas, filha do general do Exército
Villas Bôas, demonstrou concordância com as visões de Gabriela Cid
contrárias às vacinas. Em novembro de 2022, Gabriela compartilhou com
sua amiga um trecho de um documentário contendo informações falsas sobre
a vacina e comentou: "e ainda querem vacinar bebês". Ticiana respondeu:
"aqui ninguém rela nos meus filhos. Nem em mim".
Além disso, também em novembro, Gabriela enviou uma mensagem de áudio
para a esposa de um militar, disseminando informações falsas sobre
supostas mortes ocorridas após o uso de vacinas: "você vê até com
relação à vacina... é... eles querem porque querem impor a vacinação.
Inclusive agora, até em criança. E a gente tá vendo... a quantidade de
gente que tá morrendo... é... a gente tá vendo tudo, né? (...) Eu vou
confiar, sei lá, numa Anvisa, por exemplo, entendeu? Eu não confio em
ninguém. Eu não confio, já há muito tempo eu falo, o meu medo é que
comecem a administrar vacina pra tal coisa dizendo que, vamos supor, uma
poliomielite, sei lá, qualquer coisa, eu não tô falando da pólio, né?
Eu só citei essa doença assim porque eu lembrei dessa doença. Mas assim,
o meu medo é administrarem, né? Uma vacina de covid dizendo que é
outra, a gente tá sendo enganado, sabe? Há muito tempo eu penso nisso.
Porque não dá pra confiar em ninguém, não dá, não dá há muito tempo".
O UOL tentou ouvir Gabriela Cid e Ticiana Villas Bôas, que não responderam.
Uma
ofensiva da Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) culminou na prisão
em flagrante de dois homens, na última sexta-feira (11), em posse de
papelotes de droga, cerca de seis mil em espécie, celulares, relógios de
luxo e uma motocicleta. Toda ação policial aconteceu no município de
Acaraú, na Área Integrada de Segurança 17 (AIS 17) do Ceará. Ainda com
base nas informações, no momento da abordagem, um dos indivíduos chegou a
oferecer dinheiro para os investigadores, com a tentativa de não ficar
preso.
Na tarde dessa sexta-feira (11), os policiais civis da
Delegacia Regional de Acaraú, saíram em campo para dar cumprimento a um
mandado de busca e apreensão em um imóvel situado no bairro Buriti, em
Acaraú. Ao se deslocar para o endereço alvo da operação policial, os
investigadores se depararam, em primeiro momento, com João Semião
Rodrigues, de 47 anos. O homem estava acampado em um matagal, próximo ao
local onde os policiais civis iam cumprir a decisão judicial. Com ele,
que também é conhecido por “Leorne”, foram encontrados alguns papelotes
de maconha já embalados para venda, além de uma quantia em dinheiro.
Já
no imóvel, os policiais civis abordaram Raimundo Nonato Martins Filho,
de 23 anos. O homem estava em posse de mais entorpecentes, uma quantia
de dinheiro em espécie, 11 relógios (alguns de luxo), acessórios, três
celulares e uma motocicleta que, com base nas investigações, era usada
por eles para praticarem as ações criminosas. Todo o material e os alvos
foram levados à Delegacia Regional de Acaraú. Na unidade policial, a
dupla foi autuada em flagrante por tráfico de drogas, associação para o
tráfico e corrupção ativa. Agora, os alvos encontram-se à disposição da
Justiça.
Imagens foram requisitadas com o intuito de investigar as
denúncias de mortes de inocentes, ameaças a moradores e possíveis casos
de tortura durante a operação
PM de São Paulo e Tarcísio de Freitas (Foto: Polícia Civil de SP/Twitter | ABR)
247 – A Secretaria de Segurança Pública
(SSP) do governo Tarcísio foi acusada de ignorar um pedido da Ouvidoria
das Polícias para ter acesso às imagens das câmeras corporais utilizadas
por policiais militares em casos com mortes na Operação Escudo, no
litoral paulista. Segundo o ouvidor Cláudio Aparecido da Silva, a
solicitação foi feita há mais de uma semana, porém, até o momento, não
houve qualquer resposta por parte da SSP, segundo informa o jornalista Tulio Kruse, da Folha de S. Paulo.
O ouvidor relatou que as imagens das ações policiais ocorridas em
Santos e Guarujá foram requisitadas com o intuito de investigar as
denúncias de mortes de inocentes, ameaças a moradores e possíveis casos
de tortura durante a operação. Em uma reunião realizada na tarde da
última quinta-feira (9), Cláudio Aparecido da Silva, juntamente com
representantes de entidades de defesa dos direitos humanos, se encontrou
com o chefe do Ministério Público de São Paulo, Mário Sarrubbo, para
discutir essas alegações alarmantes.
Durante a reunião, o ouvidor expressou sua preocupação com a falta de
cooperação por parte do governo: "Poderíamos estar fazendo um grande
trabalho juntos, só estou ouvidor porque respeito muito o trabalho da
polícia". Ele também ressaltou a importância das imagens das câmeras
corporais como ferramentas cruciais para esclarecer as circunstâncias
das mortes.
O Ministério Público já está envolvido na investigação das mortes e
confirmou que promotores estão analisando algumas imagens de casos
específicos. No entanto, a Ouvidoria das Polícias também buscou o apoio
do Ministério Público para obter acesso às imagens de forma mais
abrangente, uma vez que a entrega das imagens deveria ser conduzida pelo
Executivo.
O Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana)
também está empenhado em buscar a verdade sobre essas alegações. Além
das imagens das câmeras corporais, o órgão solicitou à Polícia
Científica a entrega dos laudos que determinam as causas das mortes e
analisam os ferimentos nos corpos das vítimas. Isso se deve às
preocupações das famílias das vítimas, que alegam ter encontrado marcas
nos corpos indicativas de agressões, o que poderia contradizer as
versões oficiais dos boletins de ocorrência.
A prisão ocorreu em Florianópolis e foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei
Vasques, foi detido preventivamente na manhã desta quarta-feira, 9 de
agosto, como parte de uma operação que investiga sua suposta
interferência no segundo turno das eleições de 2022, para impedir que
eleitores do Nordeste votassem. A prisão ocorreu em Florianópolis e foi
autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de
Moraes.
Investigações em Andamento:
Prevaricação: acusações de não cumprimento de deveres como servidor público.
Violência Política: suspeitas de uso de violência física, sexual ou psicológica para impedir o exercício de direitos políticos.
Obstrução de Votação: investigações sobre possível crime de
obstrução ou perturbação do processo de votação, conforme previsto no
Código Eleitoral.
A detenção de Vasques ocorre em decorrência das operações de
fiscalização realizadas pela PRF no dia do segundo turno das eleições de
2022.
Essas operações, que alegadamente interferiram na movimentação dos
eleitores, principalmente no Nordeste, levantaram suspeitas de
influência política. Na véspera do segundo turno, Vasques havia
declarado publicamente seu voto em favor de Jair Bolsonaro (PL).
No entanto, Alexandre de Moraes havia ordenado a suspensão imediata
dessas operações, sob ameaça de prisão de Vasques caso a ordem não fosse
cumprida. Segundo informações, a PRF teria desrespeitado essa ordem do
STF.
A operação, batizada de “Constituição Cidadã”, também envolve a
execução de 10 mandados de busca e apreensão em diversos estados,
visando diretores da PRF que atuaram sob a gestão de Silvinei Vasques. A
investigação visa esclarecer os eventos relacionados à suposta
interferência nas eleições.
Até o momento, tanto a defesa de Silvinei Vasques quanto a PRF não se
pronunciaram sobre as acusações. A operação também prevê o depoimento
de 47 membros da PRF para fornecer esclarecimentos adicionais sobre os
acontecimentos investigados.
PF localizou conversas tratando de uma reunião da cúpula da PRF
na qual Silvinei Vasques teria determinado um 'policiamento direcionado'
no dia do segundo turno no Nordeste
"Os investigadores apreenderam imagens em celulares de policiais
rodoviários com o mapeamento das cidades onde o então candidato à
Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, teve mais de 75% dos votos no
primeiro turno no Nordeste. Em suas investigações, a PF também localizou
conversas tratando de uma reunião da cúpula da PRF, na qual Silvinei
Vasques teria determinado um 'policiamento direcionado' no dia do
segundo turno nas cidades do Nordeste onde Lula teve mais de 75% dos
votos no primeiro turno", conta o jornalista. >>> Prisão de Silvinei Vasques é "um claro recado" à PRF, diz Gleisi: "sem politização"
Durante seu testemunho perante a CPMI dos Atos Golpistas, Silvinei
Vasques refutou a ideia de ter emitido qualquer instrução nesse sentido.
Neste momento, a CPMI está considerando convocar Vasques para um novo
depoimento.
Os investigadores também afirmam que a PF avançou nas investigações
envolvendo o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que testemunhou na
CPI dos Atos Golpistas na terça-feira (8). Em seu depoimento aos
legisladores, Torres negou ter participado de qualquer encontro
relacionado ao direcionamento das operações de fiscalização no Nordeste
em áreas onde Lula era o candidato favorito nas eleições.