Em discurso pelo Dia da Independência, ex-presidente faz um
diagnóstico da situação brasileira, denuncia crimes cometidos por
Bolsonaro e se coloca à disposição do povo brasileiro para reconstruir o
País
7 de setembro de 2020, 15:31 h Atualizado em 7 de setembro de 2020, 18:01
Ex-presidente Lula em pronunciamento de 7 de setembro (Foto: Reprodução)
“Minhas amigas e meus amigos.
Nos últimos meses uma tristeza infinita vem apertando meu coração. O Brasil está vivendo um dos piores períodos de sua história.
Com
130 mil mortos e quatro milhões de pessoas contaminadas, estamos
despencando em uma crise sanitária, social, econômica e ambiental nunca
vista.
Mais de duzentos milhões de brasileiras e brasileiros
acordam, todos os dias, sem saber se seus parentes, amigos ou eles
próprios estarão saudáveis e vivos à noite.
A esmagadora maioria dos mortos pelo Coronavírus é de pobres, pretos, pessoas vulneráveis que o Estado abandonou.
Na
maior e mais rica cidade do país, as mortes pelo Covid-19 são 60% mais
altas entre pretos e pardos da periferia, segundo os dados das
autoridades sanitárias.
Cada um desses mortos que o governo
federal trata com desdém tinha nome, sobrenome, endereço. Tinha pai,
mãe, irmão, filho, marido, esposa, amigos. Dói saber que dezenas de
milhares de brasileiras e brasileiros não puderam se despedir de seus
entes queridos. Eu sei o que é essa dor.
Teria sido possível, sim, evitar tantas mortes.
Estamos
entregues a um governo que não dá valor à vida e banaliza a morte. Um
governo insensível, irresponsável e incompetente, que desrespeitou as
normas da Organização Mundial de Saúde e converteu o Coronavírus em uma
arma de destruição em massa.
Os governos que emergiram do golpe
congelaram recursos e sucatearam o Sistema Único de Saúde, o SUS,
respeitado mundialmente como modelo para outras nações em
desenvolvimento. E o colapso só não foi ainda maior graças aos heróis
anônimos, as trabalhadoras e trabalhadores do sistema de saúde.
Os recursos que poderiam estar sendo usados para salvar vidas foram destinados a pagar juros ao sistema financeiro.
O
Conselho Monetário Nacional acaba de anunciar que vai sacar mais de 300
bilhões de reais dos lucros das reservas que nossos governos deixaram.
Seria
compreensível se essa fortuna fosse destinada a socorrer o trabalhador
desempregado ou a manter o auxílio emergencial de 600 reais enquanto
durar a pandemia.
Mas isso não passa pela cabeça dos economistas
do governo. Eles já anunciaram que esse dinheiro vai ser usado para
pagar os juros da dívida pública!
Nas mãos dessa gente, a Saúde pública é maltratada em todos os seus aspectos.
A
substituição da direção do Ministério da Saúde por militares sem
experiência médica ou sanitária é apenas a ponta de um iceberg. Em uma
escalada autoritária, o governo transferiu centenas de militares da
ativa e da reserva para a administração federal, inclusive em muitos
postos-chave, fazendo lembrar os tempos sombrios da ditadura.
O
mais grave de tudo isso é que Bolsonaro aproveita o sofrimento coletivo
para, sorrateiramente, cometer um crime de lesa-pátria.
Um crime
politicamente imprescritível, o maior crime que um governante pode
cometer contra seu país e seu povo: abrir mão da soberania nacional.
Não
foi por acaso que escolhi para falar com vocês neste 7 de Setembro, dia
da Independência do Brasil, quando celebramos o nascimento do nosso
país como nação soberana.
Soberania significa independência, autonomia, liberdade. O contrário disso é dependência, servidão, submissão.
Ao longo de minha vida sempre lutei pela liberdade.
Liberdade
de imprensa, liberdade de opinião, liberdade de manifestação e de
organização, liberdade sindical, liberdade de iniciativa.
É importante lembrar que não haverá liberdade se o próprio país não for livre.
Renunciar à soberania é subordinar o bem-estar e a segurança do nosso povo aos interesses de outros países.
A
garantia da soberania nacional não se resume à importantíssima missão
de resguardar nossas fronteiras terrestres e marítimas e nosso espaço
aéreo. Supõe também defender nosso povo, nossas riquezas minerais,
cuidar das nossas florestas, nossos rios, nossa água.
Na Amazônia
devemos estar presentes com cientistas, antropólogos e pesquisadores
dedicados a estudar a fauna e a flora e a empregar esse conhecimento na
farmacologia, na nutrição e em todos os campos da ciência – respeitando a
cultura e a organização social dos povos indígenas.
O governo
atual subordina o Brasil aos Estados Unidos de maneira humilhante, e
submete nossos soldados e nossos diplomatas a situações vexatórias. E
ainda ameaça envolver o país em aventuras militares contra nossos
vizinhos, contrariando a própria Constituição, para atender os
interesses econômicos e estratégico-militares norte-americanos.
A
submissão do Brasil aos interesses militares de Washington foi
escancarada pelo próprio presidente ao nomear um oficial general das
Forças Armadas Brasileiras para servir no Comando Militar Sul dos
Estados Unidos, sob as ordens de um oficial americano.
Em outro
atentado à soberania nacional, o atual governo assinou com os Estados
Unidos um acordo que coloca a Base Aeroespacial de Alcântara sob o
controle de funcionários norte-americanos e que priva o Brasil de acesso
à tecnologia, mesmo de terceiros países.
Quem quiser saber os
verdadeiros objetivos do governo não precisa consultar manuais secretos
da Abin ou do serviço de inteligência do Exército.
A resposta está
todos os dias no Diário Oficial, em cada ato, em cada decisão, em cada
iniciativa do presidente e de seus assessores, banqueiros e
especuladores que ele chamou para dirigir nossa economia.
Instituições
centenárias, como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o
BNDES, que se confundem com a história do desenvolvimento do país, estão
sendo esquartejadas e fatiadas – ou simplesmente vendidas a preço vil.
Bancos
públicos não foram criados para enriquecer famílias. Eles são
instrumentos do progresso. Financiam a casa do pobre, a agricultura
familiar, as obras de saneamento, a infraestrutura essencial ao
desenvolvimento.
Se olharmos para o setor energético, veremos uma política de terra arrasada igualmente predadora.
Depois
de colocar à venda por valores ridículos as reservas do Pré-Sal, o
governo desmantela a Petrobrás. Venderam a distribuidora e os gasodutos
foram alienados. As refinarias estão sendo esquartejadas. Quando só
restarem os cacos, chegarão as grandes multinacionais para arrematar o
que tiver sobrado de uma empresa estratégica para a soberania do Brasil.
Meia
dúzia de multinacionais ameaçam a renda de centenas de bilhões de reais
do petróleo do Pré-Sal – recursos que constituiriam um fundo soberano
para financiar uma revolução educacional e científica.
A Embraer,
um dos maiores trunfos do nosso desenvolvimento tecnológico, só escapou
da sanha entreguista em função das dificuldades da empresa que iria
adquiri-la, a Boeing, profundamente ligada ao complexo industrial
militar dos Estados Unidos.
O desmanche não termina aí.
O
furor privatista do governo pretende vender, na bacia das almas, a maior
empresa de geração de energia da América Latina, a Eletrobrás, uma
gigante com 164 usinas – duas delas termonucleares – responsável por
quase 40% da energia consumida no Brasil.
A demolição das
universidades, da educação e o desmonte das instituições de apoio à
ciência e à tecnologia, promovidos pelo governo, são ameaça real e
concreta à nossa soberania.
Um país que não produz conhecimento,
que persegue seus professores e pesquisadores, que corta bolsas de
pesquisas e nega o ensino superior à maioria de sua população está
condenado à pobreza e à eterna submissão.
A obsessão destrutiva
desse governo deixou a cultura nacional entregue a uma sucessão de
aventureiros. Artistas e intelectuais clamam pela salvação da Casa de
Ruy Barbosa, da Funarte, da Ancine. A Cinemateca Brasileira, onde está
depositado um século da memória do cinema nacional, corre o sério risco
de ter o mesmo destino trágico do Museu Nacional
Minhas amigas e meus amigos.
No
isolamento da quarentena tenho refletido muito sobre o Brasil e sobre
mim mesmo, sobre meus erros e acertos e sobre o papel que ainda pode me
caber na luta do nosso povo por melhores condições de vida.
Decidi
me concentrar, ao lado de vocês, na reconstrução do Brasil como Nação
independente, com instituições democráticas, sem privilégios
oligárquicos e autoritários. Um verdadeiro Estado Democrático e de
Direito, com fundamento na soberania popular. Uma Nação voltada para a
igualdade e o pluralismo. Uma Nação inserida numa nova ordem
internacional baseada no multilateralismo, na cooperação e na
democracia, integrada na América do Sul e solidária com outras nações em
desenvolvimento.
O Brasil que quero reconstruir com vocês é uma
Nação comprometida com a libertação do nosso povo, dos trabalhadores e
dos excluídos.
Dentro de um mês vou fazer 75 anos.
Olhando
para trás, só posso agradecer a Deus, que foi muito generoso comigo.
Tenho que agradecer à minha mãe, dona Lindu, por ter feito de um
pau-de-arara sem diploma um trabalhador orgulhoso, que um dia viraria
presidente da República. Por ter feito de mim um homem sem rancor, sem
ódios.
Eu sou o menino que desmentiu a lógica, que saiu do porão
social e chegou ao andar de cima sem pedir permissão a ninguém, só ao
povo.
Não entrei pela porta dos fundos, entrei pela rampa principal. E isso os poderosos jamais perdoaram.
Reservaram para mim o papel de figurante, mas virei protagonista pelas mãos dos trabalhadores brasileiros.
Assumi
o governo disposto a mostrar que o povo cabia, sim, no orçamento. Mais
do que isso, provei que o povo é um extraordinário patrimônio, uma
enorme riqueza. Com o povo o Brasil progride, se enriquece, se
fortalece, se torna um país soberano e justo.
Um país em que a
riqueza produzida por todos seja distribuída para todos – mas em
primeiro lugar para os explorados, os oprimidos, os excluídos.
Todos os avanços que fizemos sofreram encarniçada oposição das forças conservadoras, aliadas a interesses de outras potências.
Eles
nunca se conformaram em ver o Brasil como um país independente e
solidário com seus vizinhos latino-americanos e caribenhos, com os
países africanos, com as nações em desenvolvimento.
É aí, nessas
conquistas dos trabalhadores, nesse progresso dos pobres, no fim da
subserviência, é aí que está a raiz do golpe de 2016.
Aí está a
raiz dos processos armados contra mim, da minha prisão ilegal e da
proibição da minha candidatura em 2018. Processos que – agora todo mundo
sabe – contaram com a criminosa colaboração secreta de organismos de
inteligência norte-americanos.
Ao tirar 40 milhões de brasileiros
da miséria, nós fizemos uma revolução neste país. Uma revolução
pacífica, sem tiros nem prisões.
Ao ver que esse processo de
ascensão social dos pobres iria continuar, que a afirmação de nossa
soberania não iria ter volta, os que se julgam donos do Brasil, aqui
dentro e lá fora, resolveram dar um basta.
Nasce aí o apoio dado pelas elites conservadoras a Bolsonaro.
Aceitaram
como natural sua fuga dos debates. Derramaram rios de dinheiro na
indústria das fake news. Fecharam os olhos para seu passado aterrador.
Fingiram ignorar seu discurso em defesa da tortura e a apologia pública
que ele fez do estupro.
As eleições de 2018 jogaram o Brasil em um pesadelo que parece não ter fim.
Com
ascensão de Bolsonaro, milicianos, atravessadores de negócios e
matadores de aluguel saíram das páginas policiais e apareceram nas
colunas políticas.
Como nos filmes de terror, as oligarquias
brasileiras pariram um monstrengo que agora não conseguem controlar, mas
que continuarão a sustentar enquanto seus interesses estiverem sendo
atendidos.
Um dado escandaloso ilustra essa conivência: nos quatro
primeiros meses da pandemia, quarenta bilionários brasileiros
aumentaram suas fortunas em 170 bilhões de reais.
Enquanto isso, a
massa salarial dos empregados caiu 15% em um ano, o maior tombo já
registrado pelo IBGE. Para impedir que os trabalhadores possam se
defender dessa pilhagem, o governo asfixia os sindicatos, enfraquece as
centrais sindicais e ameaça fechar as portas da Justiça do Trabalho.
Querem quebrar a coluna vertebral do movimento sindical, o que nem a
ditadura conseguiu.
Violentaram a Constituição de 1988.
Repudiaram as práticas democráticas. Implantaram um autoritarismo
obscurantista, que destruiu as conquistas sociais alcançadas em décadas
de lutas. Abandonaram uma política externa altiva e ativa, em favor de
uma submissão vergonhosa e humilhante.
Este é o verdadeiro e ameaçador retrato do Brasil de hoje.
Tamanha calamidade terá que ser enfrentada com um novo contrato social que defenda os direitos e a renda do povo trabalhador.
Minhas queridas e meus queridos.
Minha longa vida, aí incluídos os quase dois anos que passei em uma prisão injusta e ilegal, me ensinou muito.
Mas tudo o que fui, tudo o que aprendi cabe num grão de milho se essa experiência não for colocada a serviço dos trabalhadores.
É inaceitável que 10% da população vivam à custa da miséria de 90% do povo.
Jamais
haverá crescimento e paz social em nosso país enquanto a riqueza
produzida por todos for parar nas contas bancárias de meia dúzia de
privilegiados.
Jamais haverá crescimento e paz social se as políticas públicas e as instituições não tratarem com equidade a todos brasileiros.
É
inaceitável que os trabalhadores brasileiros continuem sofrendo os
impactos perversos da desigualdade social. Não podemos admitir que nossa
juventude negra tenha suas vidas marcadas por uma violência que beira
genocídio.
Desde que vi, naquele terrível vídeo, os 8 minutos e 43
segundos de agonia de George Floyd, não paro de me perguntar: quantos
George Floyd nós tivemos no Brasil? Quantos brasileiros perderam a vida
por não serem brancos? Vidas negras importam, sim. Mas isso vale para o
mundo, para os Estados Unidos e vale para o Brasil.
É intolerável
que nações indígenas tenham suas terras invadidas e saqueadas e suas
culturas destruídas. O Brasil que queremos é o do marechal Rondon e dos
irmãos Villas-Boas, não o dos grileiros e dos devastadores de florestas.
Temos um governo que quer matar as mais belas virtudes do nosso povo, como a generosidade, o amor à paz e a tolerância.
O povo não quer comprar revólveres nem cartuchos de carabina. O povo quer comprar comida.
Temos
que combater com firmeza a violência impune contra as mulheres. Não
podemos aceitar que um ser humano seja estigmatizado por seu gênero.
Repudiamos o escárnio público com os quilombolas. Condenamos o
preconceito que trata como seres inferiores pobres que vivem nas
periferias das grandes cidades.
Até quando conviveremos com tanta discriminação, tanta intolerância, tanto ódio?
Meus amigos e minhas amigas,
Para reconstruirmos o Brasil pós pandemia, precisamos de um novo contrato social entre todos os brasileiros.
Um
contrato social que garanta a todos o direito de viver em paz e
harmonia. Em que todos tenhamos as mesmas possiblidades de crescer, onde
nossa economia esteja a serviço de todos e não de uma pequena minoria. E
no qual sejam respeitados nossos tesouros naturais, como o Cerrado, o
Pantanal, a Amazônia Azul e a Mata Atlântica.
O alicerce desse
contrato social tem que ser o símbolo e a base do regime democrático: o
voto. É através do exercício do voto, livre de manipulações e fake news,
que devem ser formados os governos e ser feitas as grandes escolhas e
as opções fundamentais da sociedade.
Através dessa reconstrução,
lastreada no voto, teremos um Brasil um democrático, soberano,
respeitador dos direitos humanos e das diferenças de opinião, protetor
do meio ambiente e das minorias e defensor de sua própria soberania.
Um Brasil de todos e para todos.
Se estivermos unidos em torno disso poderemos superar esse momento dramático.
O
essencial hoje é vencer a pandemia, defender a vida e a saúde do povo. É
pôr fim a esse desgoverno e acabar com o teto de gastos que deixa o
Estado brasileiro de joelhos diante do capital financeiro nacional e
internacional.
Nessa empreitada árdua, mas essencial, eu me coloco
à disposição do povo brasileiro, especialmente dos trabalhadores e dos
excluídos.
Minhas amigas e meus amigos.
Queremos um Brasil em que haja trabalho para todos.
Estamos
falando de construir um Estado de bem-estar social que promova a
igualdade de direitos, em que a riqueza produzida pelo trabalho coletivo
seja devolvida à população segundo as necessidades de cada um.
Um Estado justo, igualitário e independente, que dê oportunidades para os trabalhadores, os mais pobres e os excluídos.
Esse Brasil dos nossos sonhos pode estar mais próximo do que aparenta.
Até
os profetas de Wall Street e da City de Londres já decretaram que o
capitalismo, tal como o mundo o conhece, está com os dias contados.
Levaram séculos para descobrir uma verdade inquestionável que os pobres
conhecem desde que nasceram: o que sustenta o capitalismo não é o
capital. Somos nós, os trabalhadores.
É nessas horas que me vem à
cabeça esta frase que li num livro de Victor Hugo, escrito há um século e
meio, e que todo trabalhador deveria levar no bolso, escrita em um
pedacinho de papel, para jamais esquecer:
“É do inferno dos pobres que é feito o paraíso dos ricos…”
Nenhuma
solução, porém, terá sentido sem o povo trabalhador como protagonista.
Assim como a maioria dos brasileiros, não acredito e não aceito os
chamados pactos “pelo alto”, com as elites. Quem vive do próprio
trabalho não quer pagar a conta dos acertos políticos feitos no andar de
cima.
Por isso quero reafirmar algumas certezas pessoais:
Não apoio, não aceito e não subscrevo qualquer solução que não tenha a participação efetiva dos trabalhadores.
Não contem comigo para qualquer acordo em que o povo seja mero coadjuvante.
Mais
do que nunca, estou convencido de que a luta pela igualdade social
passa, sim, por um processo que obrigue os ricos a pagar impostos
proporcionais às suas rendas e suas fortunas.
E esse Brasil, minhas amigas e meus amigos, está ao alcance das nossas mãos.
Posso
afirmar isso olhando nos olhos de cada um e de cada uma de vocês. Nós
provamos ao mundo que o sonho de um país justo e soberano pode sim, se
tornar realidade.
Eu sei – vocês sabem – que podemos, de novo, fazer do Brasil o país dos nossos sonhos.
E dizer, do fundo do meu coração: estou aqui. Vamos juntos reconstruir o Brasil.
Ainda temos um longo caminho a percorrer juntos.
Fiquem firmes, porque juntos nós somos fortes.
Viveremos e venceremos.”
Luiz Inácio Lula da Silva
Fonte: https://www.brasil247.com/poder/leia-a-integra-do-pronunciamento-de-lula-neste-7-de-setembro