quinta-feira, 8 de outubro de 2015

O que se passa nos países de onde saem as pessoas que chegam à Europa

 

Os refugiados fogem de países em guerra, regimes autoritários e violações de direitos humanos.

Jaime Sevilla Lorenzo e Raúl Sánchez - eldiario.es

Anna Zehetner/ IFRC %u213 Áustria

Guerra, detenções arbitrárias, torturas, abusos sexuais, repressão informativa... Pelo menos seis em cada dez pessoas das que chegaram à Europa através do Mediterrâneo nos primeiros quase oito meses deste ano vêm de países onde as violações de direitos humanos são constantes. Na Síria, milhares de pessoas estão detidas, sequestradas ou desaparecidas e cerca de 250.000 civis vivem em estado de sítio. O conflito do Afeganistão provocou 4.853 vítimas mortais no primeiro semestre de 2014. Na Eritreia, não são respeitadas as liberdades de expressão, associação e religião.
43% das pessoas que chegaram aos países europeus através do Mediterrâneo no que decorreu deste ano vêm da Síria, a maioria através da Grécia. 12% procedem do Afeganistão, também pela Grécia. 10% vêm da Eritreia, que escapam principalmente pela Itália. As nacionalidades maioritárias seguintes são Nigéria (5%) e Somália (3%), que também chegam sobretudo à costa italiana.
Síria: um conflito com 190.000 mortos
A Síria está há quatro anos atolada num conflito em que morreram pelo menos 190.000 pessoas, segundo dados da Amnistia Internacional (AI). 11,6 milhões tiveram que fugir das suas casas, das quais 4 milhões fugiram para outros países e o resto deslocou-se dentro da Síria. Estes 4 milhões de refugiados foram acolhidos maioritariamente em alguns dos países vizinhos: Turquia, Líbano, Jordânia, Iraque e Egito.
Uma dessas pessoas que fugiram da Síria é Rami, de 27 anos, que conta nesta reportagem que escapou da cidade de Raqqa quando esta foi tomada pelo grupo terrorista Estado Islâmico. "Era igual que viesse de uma das famílias mais poderosas da cidade. Se tivesse ficado, sem dúvida ter-me-iam matado, sem perguntas. O pior era que os meus próprios primos tinham também andado à minha procura. Quase todos tinham-se integrado no Estado Islâmico. Não havia ninguém que me pudesse proteger", relata.
Além disso, milhares de pessoas estão detidas, sequestradas ou desaparecidas e sofrem torturas e maus tratos, e cerca de 250.000 civis vivem em estado de sítio e têm falta de alimentos, medicamentos e combustíveis. Esta situação afeta gravemente a infância: na Síria, 5,6 milhões de crianças sofrem de situações de pobreza extrema, de acordo com dados da Unicef.
Afeganistão: os talibãs controlam parte do país
Ainda que a NATO tenha posto fim à sua missão de combate no Afeganistão no final de 2014, a situação no país está longe de ser estável. Nos primeiros seis meses de 2014, houve 4.853 vítimas civis do conflito bélico, uma cifra que duplicara desde 2009, segundo um relatório da Amnistia Internacional. Os talibãs continuam a controlar boa parte do país e existem detenções arbitrárias em que se nega aos suspeitos o devido processo. A Amnistia também denuncia violações da liberdade de expressão e aplicações da pena de morte em julgamentos sem garantias.
Segundo a ONU, oito em cada dez mulheres afegãs sofreram de assédio psicológica, física ou sexualmente. Esta reportagem conta como a artista Kubra Khademi, ao realizar uma performance reivindicativa nas ruas de Cabul, "teve que acelerar o passo e saltar rapidamente para dentro do carro de um amigo, porque pouco a pouco o seu passeio desafiante foi atraindo os transeuntes, uma autêntica multidão que a insultou, ameaçou e inclusive atingiu, até ao ponto de saltarem para cima do carro para evitar - sem sucesso - que se fosse embora".
Eritreia: um serviço militar obrigatório por tempo indefinido
O Relatório Mundial 2015 da organização Human Rights Watch (HRW) qualifica a situação de direitos humanos da Eritreia de "deplorável". Denuncia que as detenções arbitrárias são "a norma": os prisioneiros nem sempre conhecem as razões da sua detenção, ficam detidos por tempo indefinido e poucos ou nenhum deles são levados a julgamento. Também não são respeitados outros direitos humanos básicos como as liberdades de expressão, associação e religião: "Desde 2001, o Governo controla com firmeza o acesso à informação e não permite o trabalho de meios de comunicação independentes, sindicatos e ONG's", diz o relatório. Também afirma que o Governo "persegue" cidadãos de religiões diferentes às quatro reconhecidas (o islão sunita e os ramos cristãos ortodoxo, católico e luterano).
Outra das razões que empurram muitas pessoas para a fuga do país é o serviço militar obrigatório. Ainda que oficialmente dure 18 meses, na prática tem uma duração indefinida que com frequência se prolonga por uma década. "O serviço militar não tem um final, é para toda a vida", afirma um refugiado eritreu de 14 anos de idade num depoimento recolhido no relatório da HRW. Além disso, o serviço militar obrigatório é usado como fonte de trabalho forçado para o Estado.
Nigéria: o medo de ser sequestrado ou assassinado
A Nigéria também tem problemas graves de direitos humanos. "Mulheres, homens, meninos e meninas vivem num constante temor de serem assassinados e sequestrados por Boko Haram e de serem submetidos a detenção arbitrária, detenção ilegítima, tortura e inclusive execução pelo Exército", diz a Amnistia Internacional no seu site. 7 em cada 10 reclusos não foram acusados de qualquer delito.
A estes problemas juntam-se os ocasionados pela pobreza e a desigualdade. "Um em cada três nigerianos vive em bairros de barracas marginais ou assentamentos informais em condições de pobreza e superlotação, com acesso limitado a água apta para consumo e sob a ameaça constante de desalojamento forçado", diz a Amnistia.
Somália: a guerra dos 24 anos
Na Somália há um conflito armado pouco conhecido que dura há 24 anos e que "continua a deslocar, ferir e matar civis", diz o Relatório Mundial 2015 da Human Rights Watch. As forças de segurança são responsáveis por ataques indiscriminados, violência sexual e detenções arbitrárias.
A justiça é administrada em grande parte pela jurisdição militar, com procedimentos que não se ajustam aos padrões internacionais de julgamento justo. O grupo terrorista Al Shabab recruta crianças e ataca escolas, mas a ONU também documentou casos de recrutamento infantil por parte das forças do Governo.
Artigo de Jaime Sevilla Lorenzo e Raúl Sánchez, publicado em eldiario.es. Tradução de Carlos Santos para esquerda.net

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A estratégia dos Estados Unidos para a América Latina

 

Documentos do Wikileaks revelam um plano detalhado para derrubar os governos eleitos dos países latino-americanos e até mesmo o assassinato de Evo Morales.

Russia Times

Enzo de Luca

No recém terminado verão europeu, o mundo viu como a Grécia tentou se opor às chantagens das instituições internacionais que obrigaram o país a aceitar um pacote de novas medidas de austeridade. O endividado Estado grego não pode se negar a cumprir as ordens da Troica conformada pelos credores. Depois do referendo convocado pelo governo de Alexis Tsipras, o Banco Central Europeu privou a economia grega de liquidez, o que intensificou a recessão e transformou o resultado do voto popular numa farsa.
Uma batalha similar pela independência das nações vem sendo travada na América do Sul, durante os últimos 15 anos. Apesar das tentativas de Washington de destruir a “dissidência estatal” em vários países utilizando as mesmas técnicas empregadas contra Atenas, a fortaleza da América Latina vem suportando a pressão. Essa batalha épica vem promovida longe dos olhos dos cidadãos e foi confirmada por documentos do arquivo do Departamento de Estado norte-americano, filtrados pelo WikiLeaks. Alexander Main e Dan Beeton ofereceram uma interessante reconstrução desses acontecimentos em seu livro “WikiLeaks: o mundo segundo o Império Estadunidense”.
Os autores argumentam que o neoliberalismo se impôs na América Latina antes de Berlim e Bruxelas humilharem a democracia na Grécia. Através da coação exercida pelos Chicago Boys – jovens economistas latino-americanos que regressam aos seus países depois de estudar nos Estados Unidos –, Washington conseguiu difundir a austeridade fiscal na América do Sul, entre outros princípios ideológicos: a desregulação, o livre comércio, o sucateamento do setor público e posterior privatização, em processos realizados entre os Anos 80 e 90. O resultado foi similar ao que se viu na Grécia: o estancamento do crescimento, o aumento da pobreza, a deterioração das condições de vida de milhões de pessoas e uma série de novas oportunidades para os investidores internacionais e corporações multinacionais. Porém, como consequência disso, alguns candidatos contrários ao regime neocolonial começaram a ganhar as eleições e a oferecer resistência à política exterior dos Estados Unidos, colocando em prática suas promessas eleitorais de redistribuição social e redução da pobreza.
Entre 1999 e 2008, esses candidatos ganharam eleições na Venezuela, Brasil, Argentina, Uruguai, Bolívia, Honduras, Equador, Nicarágua e Paraguai. Grande parte dos esforços do governo norte-americano para subverter a ordem democrática desses países e voltar a impor o regime neoliberal são agora de domínio público, graças às filtragens do WikiLeaks, que revelaram a verdade sobre o presidente George W. Bush e o começo do mandato de Obama. Washington deu apoio estratégico e material aos grupos de oposição, alguns deles claramente antidemocráticos e violentos. Os telegramas também revelaram a natureza dos emissários ideológicos estadunidenses da Guerra Fria, que atualmente elaboram estratégias neocoloniais na América do Sul. Os autores do livro afirmam também que os meios de comunicação corporativos são parte da estratégia expansionista.
O caso emblemático de Evo Morales na Bolívia
No final de 2005, Evo Morales ganhou as eleições presidenciais com a promessa de reformar a Constituição, garantir os direitos dos indígenas e lutar contra a pobreza e o neoliberalismo. No dia 3 de janeiro de 2006, dois dias depois do seu juramento como presidente, ele recebeu o embaixador estadunidense, David N. Greenlee, que explicou a visão que a Casa Branca tinha para o futuro da Bolívia. A assistência multilateral à Bolívia, segundo o embaixador, dependia do “bom comportamento” do governo de Morales. “Ele lembrou da importância crucial das contribuições dos Estados Unidos para instituições financeiras internacionais como o Banco de Desenvolvimento Internacional (BID), o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI)”, dos quais a Bolívia dependia. “Quando pensar no BID, você deve lembrar dos Estados Unidos”, disse o embaixador. “Isto não é uma chantagem, é a simples realidade”, comentou.
Contudo, Morales manteve suas promessas eleitorais em matéria de regulação dos mercados de trabalho, nacionalização do gás e do petróleo e a cooperação com Hugo Chávez. Em resposta a essas ações de Morales, Greenlee sugeriu um “menu de opções” para tentar obrigar a Bolívia a se curvar diante da vontade do governo dos Estados Unidos. Algumas dessas medidas eram: vetar todos os empréstimos multilaterais em dólares, postergar o plano de alívio da dívida multilateral, diminuir o financiamento da Corporação do Desafio do Milênio (que pretende acabar com a pobreza extrema) e cortar o “apoio material” às forças de segurança da Bolívia.
Poucas semanas depois de assumir o cargo, Morales anunciou o rompimento de contratos de empréstimo com o FMI. Anos mais tarde, Morales aconselhou a Grécia e outros países europeus endividados a seguir o exemplo da Bolívia e “se livrar economicamente dos caprichos do Fundo Monetário Internacional”. O Departamento de Estado norte-americano reagiu financiando a oposição boliviana. As forças políticas opositoras da região da Meia Lua começaram a receber mais ajuda. Segundo uma mensagem enviada em abril de 2007, a chancelaria dos Estados Unidos considerava que a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) “deveria fortalecer os governos regionais, como forma de combater o governo central”.
O informe de 2007 da USAID menciona 101 remessas de dinheiro, com um total de 4,06 milhões de dólares, “para ajudar os governos das províncias a operar estrategicamente”. O dinheiro da Casa Branca também foi destinado aos grupos indígenas locais que fossem “contra a visão das comunidades indígenas defendida por Evo Morales”. Um ano depois, os departamentos da Meia Lua estavam em aberta rebelião contra o governo de Morales e promoviam um referendo sobre a autonomia, num contexto de protestos violentos que acabaram com a vida de ao menos vinte partidários do governo.
Esta tentativa de golpe de Estado fracassou graças à pressão dos presidentes da América do Sul, que emitiram uma declaração conjunta de apoio ao governo constitucional da Bolívia. Mas os Estados Unidos não se deram por vencidos e continuaram em comunicação constante com os líderes do movimento separatista da oposição. Segundo Alexander Main e Dan Beeton, durante os acontecimentos de agosto e setembro de 2008, diferente do que mostravam em sua postura oficial, o Departamento de Estado norte-americano levou a sério a possibilidade de um golpe de Estado na Bolívia, ou até mesmo de assassinato do presidente Evo Morales. “O Comitê de Ação de Emergência, junto com o Comando Sul dos Estados Unidos, desenvolveu um plano de resposta imediata para o caso de uma emergência repentina, que inclui uma tentativa de golpe de Estado e uma operação para matar o presidente Morales”, diz a mensagem da Embaixada dos Estados Unidos em La Paz.
Promoção da democracia
Posteriormente, alguns dos métodos de ingerência implantados na Bolívia se aplicaram em outros países, com governos de esquerda ou forte participação dos movimentos sociais. Por exemplo, depois da volta dos sandinistas ao poder na Nicarágua, em 2007, a embaixada dos Estados Unidos em Manágua lançou um programa de apoio intensivo à Aliança Liberal Nicaraguense (ALN), principal partido da direita opositora.
Ameaça bolivariana
Durante a Guerra Fria, a suposta ameaça da União Soviética e a expansão do comunismo cubano serviram para justificar um grande número de intervenções políticas dos Estados Unidos com o objetivo de eliminar governos de esquerda e implantar regimes militares de direitas. Da mesma forma, as filtragens do WikiLeaks mostram como “o fantasma do bolivarianismo” venezuelano foi utilizado na década passada para justificar a intromissão em temas internos de governos encabeçados por líderes antineoliberais. Assim, Washington se dedicou a uma batalha oculta contra os governos da Bolívia, “que caiu nos braços da Venezuela” e do Equador, que realizava a função de “porta-voz de Chávez”.
Tradução: Victor Farinelli

http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/WikiLeaks-A-estrategia-dos-Estados-Unidos-para-a-America-do-Sul-contempla-golpes-de-Estado-ou-magnicidios-/6/34656

A estratégia dos EUA para manter sua hegemonia sobre o mundo

 

Os acordos propostos possuem cláusulas secretas, atropelam o direito dos cidadãos enquanto as multinacionais lavam as mãos, ou seja: neoliberalismo na veia

Francisco Parra, Buenos Aires

The White House / Flickr

O mundo está mudando. A consolidação da China como segunda maior economia do mundo e o surgimento dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) ameaça o predomínio geopolítico que os Estados Unidos manteve durante décadas. Pela primeira vez, desde os acordos de Bretton Woods, quando o dólar se consolidou como moeda de referência internacional e foram criados o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, um país questiona a liderança do imperialismo estadunidense. Ambas as instituições financeiras ditaram, até agora, as regras de funcionamento comercial dos países, aplicando duras sanções às nações que fujam a essas regras.
Em julho passado, se constituiu formalmente o Banco de Desenvolvimento dos BRICS e o Banco Asiático de Investimentos e Infraestruturas. As duas instituições pretendem ser concorrência direta do FMI e do BM.
Mas os Estados Unidos pretendem manter suas redes de influência sobre o mundo, ou entregá-las às suas empresas multinacionais. Atualmente, o governo estadunidense é o principal articulador dos três tratados comerciais inéditos que afetam os direitos de milhões de pessoas ao redor do mundo, e que passam por cima das democracias e da soberania dos países. O Trans Pacific Partnership (Tratado Trans-Pacífico, ou TPP em sua sigla em inglês) e o Transatlantic Trade and Investment Partnership (TTIP), que representam mais de 60% do PIB mundial. No mesmo pacote está o Trade in Services Agreement (TISA), que envolve 50 países e 68% do comércio mundial de serviços. Uma injeção de neoliberalismo inédita na história.
Os três tratados se caracterizaram pelo absoluto hermetismo nas negociações. Cada um tem cláusulas de confidencialidade que obrigam as partes a negociar em segredo. Só as equipes técnicas das delegações tiveram acesso ao que se discutiu – embora o observatório Corporate Europe, onde ocorreram 560 reuniões do TTIP (92%) tenha se realizado com a presença de representantes das grandes multinacionais – e tudo o que se conhece sobre eles foi graças às revelações do Wikileaks.
As outras características dos três acordos são a regulação de normas supranacionais sobre conflitos, o que permitirá às empresas multinacionais cobrar de igual para igual de estados soberanos e à revelia – por enquanto – dos BRICS e de outras alianças contrárias ao imperialismo estadunidense, como PetroCaribe e Mercosul.
Na segunda-feira passada (5/19), após sete anos de negociações, os doze países que assinaram o TPP anunciaram um acordo que deverá ser aceito ou rejeita em todos os respectivos congressos. “Quando mais de 95% dos nossos clientes potenciais vivem fora das nossas fronteiras, temos que buscar maior iniciativa, pois não podemos permitir que países como China escrevam as regras da economia global”, afirmou o presidente estadunidense Barack Obama.
A assinatura definitiva dos três acordos é esperada para o fim deste ano, ou para 2016, consolidando o legado mais importante da Era Obama.
O Chile tem sido parte ativa na conformação dessa nova ordem, ao ser o membro impulsor do TTP e do TISA. Tudo isso em meio a um absoluto silêncio. As negociações de ambos os acordos se iniciaram durante o governo de Sebastián Piñera e continuaram com Michelle Bachelet, apesar do programa de governo da Nova Maioria prever uma “revisão exaustiva dos seus alcances e implicações” e inclusive advertia sobre possíveis riscos, em setores que poderiam ser afetados e prejudicariam os cidadãos: propriedade intelectual, produtos farmacêuticos, compras públicas, serviços, investimentos e novas normas para o setor financeiro.
Tradução: Victor Farinelli

http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/TPP-TTIP-TISA-A-estrategia-dos-EUA-para-manter-sua-hegemonia-sobre-o-mundo/6/34686

I Conferência Regional das Micro e Pequenas Empresas reúne 600 empreendedores da Região Norte em Sobral

 

07Out

Realizada na segunda-feira (5), a I Conferência Regional das Micro e Pequenas Empresas reuniu cerca de 600 pessoas, no Centro de Convenções de Sobral. Com o objetivo de oferecer estratégias e perspectivas para o desenvolvimento local sustentável, tendo como peça principal os microempreendedores, o encontro contou com a participação do vice-prefeito, Carlos Hilton Soares, empresários, representantes de instituições, autoridades e estudantes.Durante a conferência, Carlos Hilton, que representou o prefeito Veveu Arruda, destacou o trabalho que vem sendo feito no Município para auxiliar micro e pequenos empreendedores. “Em Sobral, nós temos vários projetos de fomento aos pequenos negócios. Além da sansão da lei do microempreendedor, que representa uma vitória para a categoria, a Prefeitura tem promovido ações de incentivo à capacitação dos profissionais”.O evento também contou com lançamentos do movimento 'Compre do Pequeno Negócio' e do Programa ‘Sobral Mais Empreendedor’, iniciativas que foram incentivadas pela palestra sobre linhas de créditos para pequenos negócios e apresentação de cases de sucesso. A realização da Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Tecnologia e Desenvolvimento Econômico (STDE), contou ainda com a parceria do Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Micro Empresas (Sebrae), do Banco do Nordeste, CDL, da Associação do Microempreendedor de Sobral (AMS), da Associação Comercial e Industrial de Sobral (ACIS) e do Mercado Público de Sobral.Estiveram presentes na solenidade; o diretor do Sebrae Sobral, Silvio Moreira; o diretor da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, Jocely Dantas, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Sobral, Guto Pontes; o diretor do Sindicato dos Contadores, Hidelbrando Andrade; do presidente da Associação dos Empreendedores do Mercado, João Humberto, dentre vários membros do secretariado municipal.Ainda durante o encontro, o vice-prefeito Carlos Hilton, juntamente com a secretária da Tecnologia e Desenvolvimento Econômico de Sobral, Daniela Costa, inauguraram a Sala do Empreendedor, espaço voltado ao atendimento personalizado para oferecer aos empreendedores da Região orientações sobre procedimentos necessários à abertura e formalização de empresas, com redução da burocracia e maior agilidade.

http://www.regiaonortenoticias.com/

A Câmara trabalha rápido para tornar crime a crítica a políticos. Por Mauro Donato

 

computer

Está em tramitação na Câmara dos Deputados, e em ritmo mais acelerado que o de costume, um projeto de lei que pretende desfigurar o Marco Civil da Internet.

O projeto de lei (PL) 215/2015, do Deputado Hildo Rocha (PMDB/MA), é uma ameaça a direitos básicos do ambiente digital e fora dele.

O Marco Civil da Internet, assegura “a liberdade da expressão, a inviolabilidade da intimidade e da vida privada, a inviolabilidade e o sigilo do fluxo de suas comunicações pela Internet e de suas comunicações armazenadas, salvo por ordem judicial em estrita observância ao devido processo legal nos termos da Constituição Federal”.

Já o PL 215/2015, em nome de um falacioso intuito de coibir e punir os crimes contra a honra na internet, pretende possibilitar a espionagem de dados pessoais sem a necessidade de ordem judicial.

Deseja permitir o acesso a registros de conexão (número IP, data e horário da conexão à rede) e de navegação (quais sites visitados ou aplicativos foram utilizados). Autorizaria ainda o acesso a dados pessoais e conteúdo de comunicações privadas como e-mails e mensagens no WhatsApp.

Repetindo, tudo sem depender de ordem judicial. Um espanto. Dentro ou fora da internet, um princípio fundamental é que para se instaurar um processo de apuração de um crime contra a honra, é preciso que haja a queixa prévia de quem se sentiu ofendido. Básico, não? O PL215 acha isso uma besteira. Quer que o Ministério Público processe o “caluniador” sem a exigência da queixa. Com base em que?

A celeridade com que o projeto vem andando deixa evidente que os políticos estão muito interessados no assunto. Não só por ganharem um serviço advocatício gratuito (se forem criticados terão o MP correndo atrás de seus interesses) como por haver entre os artigos, o chamado “direito ao esquecimento”.

Direito esse que consiste na possibilidade de remoção de conteúdo na internet que associe o nome ou imagem de pessoas a um crime do qual tenham sido absolvidas em processos judiciais.

É o seguinte: Não é para falar mal e é para esquecer o que fizeram no verão passado, captou?

Na pele do cidadão que seja vítima de racismo, de bullying, ou de qualquer outro preconceito, ou ainda que tenha sido inocentado na acusação de algum processo, pode parecer que o PL seja útil. Não é.

Repetindo, é fundamental no estado de direito que haja uma denúncia para que se inicie uma busca, uma averiguação. Do contrário, é totalitarismo. Em segundo lugar, se o cidadão foi vítima de racismo, injúria, difamação e afins, isso é crime dentro ou fora da internet, passível de penalidade (tema inclusive já tratado também no Marco Civil). Não é necessário um projeto de lei a mais para isso.

Quanto a ter direito ao esquecimento em casos de injustiças cometidas, é um tema delicado e que carece mesmo de uma melhor apreciação. Porém quem seriam os maiores beneficiados senão os políticos no caso de vigência de uma lei dessas? Não à toa que estão se dedicando tanto para aprovação. Preocupação zero com o cidadão, não se iluda.

O PMDB (sempre ele…) foi um dos partidos que mais se opôs à aprovação do Marco Civil da Internet. Reverberando crendices folclóricas como “censura”, “bolivarianismo”, quando se referia ao Marco Civil, agora apresenta e se apressa na votação de um clamoroso atentado à liberdade de expressão. Por que?

Este PL215 é um frontal ataque à privacidade dos usuários de internet já que dados e conteúdos poderão ser acessados sem qualquer crivo judicial e baseados em subjetivos interesses.

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BANDIDOS ARMADOS ASSALTAM A DELEGADA DA DELEGACIA DE DEFESA DA MULHER DE SOBRAL

 

Dois bandidos armados com facas assaltaram a Dra. Penélope, Delegada Titular da Delegacia de Defesa da Mulher de Sobral. A delegada estava pegando seus filhos no colégio, quando foi abordada por dois indivíduos armados com facas. Os bandidos roubaram o celular da vítima. O crime aconteceu nas proximidades da "Vila Olímpica". As Polícias foram acionadas e estão realizando diligências para tentar prender os indivíduos. Mais detalhes a qualquer momento.

Via Sobral 24 horas

http://bairrosinhasaboia.blogspot.com.br/2015/10/violencia-bandidos-armados-assaltam.html

Lava-jato: Delegados da PF acreditavam que o golpe iria dar certo

 

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Conceição Lemes, via Viomundo

Na quinta-feira, dia 13, a reportagem de Júlia Duailibi, publicada em O Estado de S.Paulo revelou: no período eleitoral, delegados da Polícia Federal (PF) usaram as redes sociais para elogiar Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência, e para atacar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Rousseff, que disputava a reeleição, bem como a replicar conteúdos críticos aos petistas.

Esses policiais, que mostraram ser antipetistas militantes e radicais, são simplesmente os responsáveis pela Operação Lava-Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras, empreiteiras, doleiros, partidos políticos, funcionários e ex-funcionários da estatal.

Pela primeira vez os rostos desses delegados estão sendo mostrados. Para isso, contamos com a preciosíssima colaboração do NaMariaNews, que também nos ajudou na busca dos vídeos, das imagens e dos links que aparecem nos PS do Viomundo, ao final da matéria. Como os delegados mudam de nome dependendo da situação, a pesquisa foi bastante difícil.

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São eles:

Igor Romário de Paula, da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado
As investigações da Lava-Jato estão sendo conduzidas por delegados vinculados a Igor Romário de Paula, que responde diretamente a Rosalvo Ferreira Franco, superintendente da PF do Paraná.

Igor Romário de Paula, que atuou na prisão do doleiro Alberto Youssef, participa de um grupo do Facebook chamado Organização de Combate à Corrupção (OCC), cujo “símbolo” é uma imagem da Dilma, com dois grandes dentes incisivos para fora da boca e coberta por uma faixa vermelha na qual está escrito “Fora, PT!”

Márcio Adriano Anselmo, coordenador da Operação Lava-Jato
Márcio Adriano Anselmo foi quem, no Facebook, afirmou: “Alguém segura essa anta, por favor”, em uma notícia cujo título era: “Lula compara o PT a Jesus Cristo”

Na reta final do 2º turno, fez comentários em outra notícia, na qual Lula dizia que Aécio não era “homem sério e de respeito”. Escreveu: “O que é ser homem sério e de respeito? Depende da concepção de cada um. Para Lula realmente Aécio não deve ser”. O delegado apagou há poucos dias o seu perfil no Facebook.

Maurício Moscardi Grillo, chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários
Maurício Moscardi Grillo é o responsável por apurar a denúncia de grampos na cela de Youssef.

Segundo a reportagem de Júlia Duailibi, ele aproveita a mensagem de Márcio Anselmo, para se manifestar sobre Lula: “O que é respeito para este cara?”

Grillo também compartilhou uma propaganda eleitoral do PSDB, como a que dizia que Lula e Dilma sabiam do esquema de corrupção na Petrobras. “Acorda!”, escreveu ele ao comentar a reportagem da Veja, que foi às bancas na quinta-feira anterior ao 2º turno: “Lula e Dilma sabiam de tudo”.

Erika Mialik Marena, da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros e Desvios de Recursos Públicos do Paraná
Na delegacia de Erika Mialik Marena, estão os principais inquéritos da operação Lava-Jato.

Em uma notícia sobre o depoimento de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras à Justiça Federal, ela comenta: “Dispara venda de fraldas em Brasília”. No Facebook, usava o codinome “Herycka”. Após a reportagem de Júlia Duailibi, seu perfil foi retirado dessa rede social.

A denúncia envolvendo esses quatro delegados da PF é muito grave. Estranhamente, a mídia deu pouca repercussão a ela. Estranhamente também, até a hora do almoço da quinta-feira, 13 de novembro, a Polícia Federal, o Ministério da Justiça, a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal (STF) não haviam se manifestado sobre a denúncia do Estadão.

O Viomundo contatou então as quatro instituições, via suas respectivas assessorias de imprensa. Primeiro, por telefone. Depois, por e-mail, fazendo vários questionamentos.

Uma pergunta comum a todos:

– Que providências pretende tomar em relação ao caso?

Ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, perguntamos também:

– A partidarização explícita dos delegados da PF envolvidos na Lava-Jato não contamina o resultado da investigação, já que eles demonstraram evidentes objetivos políticos?

– A partir de agora a Lava-Jato não fica sob suspeição?

Ao ministro Teori Zavascki, do STF, indagamos:

– O comportamento dos delegados da PF não contamina a investigação, comprometendo o inquérito?

– A partir de agora a Lava-Jato não fica sob suspeição, inclusive as delações premiadas?

À Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde fica a sua sede, perguntamos:

– O que a PF tem a dizer sobre os evidentes objetivos políticos desses delegados?

Na parte 1 da entrevista abaixo, o delegado Maurício Moscardi Grillo fala aos 2,06 minutos sobre a PF e como deve agir em casos policiais. Imperdível. Ele diz que a Polícia Federal é republicana. Exatamente o oposto do que fizeram os quatro delegados da PF durante as eleições de 2014.

Por isso, perguntamos também à Polícia Federal, via sua assessoria de imprensa:

– Como a sociedade vai confiar numa Polícia Federal que não agiu de forma republicana nessas eleições, mas politicamente em favor do então candidato do PSDB, Aécio Neves, e contra a candidata do PT, Dilma Rousseff, e o ex-presidente Lula?

Do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, quisemos saber, entre outras coisas:

– Quais seriam as medidas punitivas aos envolvidos no caso?

– Como a sociedade vai confiar numa Polícia Federal que não age republicanamente, mas sistemática e politicamente em favor do PSDB e contra o PT?

Nenhum respondeu. Insistimos por telefone.

Questionada de novo, a Polícia Federal disse que não se manifestaria sobre o caso.

O procurador-geral Rodrigo Janot também não respondeu. A assessoria de imprensa da PGR, em Brasília, alegou que ele estava em São Paulo e não tinha sido possível contatá-lo. Desculpa, no mínimo, estranha, já que existe celular hoje em dia e de vários modelos. Não seria mais digno dizer que não iria se manifestar e pronto?

Como o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não respondeu às nossas quatro perguntas, acrescentamos agora uma nova:

– O senhor concorda com a nota dos procuradores do Ministério Público Federal, seção Paraná, em apoio aos delegados da PF?

A íntegra da nota:

Operação Lava-Jato: Membros da força-tarefa do Ministério Público Federal manifestam apoio a delegados, agentes e peritos da PF
Os procuradores da República membros da Força-Tarefa do Ministério Público Federal, diante do teor da reportagem “Delegados da Lava-Jato exaltam Aécio e atacam PT na rede”, publicada pelo jornal “O Estado de São Paulo” nesta data, vem reiterar a confiança e o apoio aos delegados, agentes e peritos da Polícia Federal que trabalham nessa operação.

Em nosso país, expressar opinião privada, mesmo que em forma de gracejos, sobre assuntos políticos é constitucionalmente permitida, em nada afetando o conteúdo e a lisura dos procedimentos processuais em andamento.

A exploração pública desses comentários carece de qualquer sentido, pois o objetivo de todos os envolvidos nessa operação é apenas o interesse público da persecução penal e o interesse em ver reparado o dano causado ao patrimônio nacional, independentemente de qualquer coloração político-partidária.

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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso (foto), também nada respondeu. No início da noite, a assessoria de imprensa do Ministério da Justiça nos prometeu enviar o áudio da coletiva de Cardozo, dada um pouco antes em Brasília. Ficou na promessa. Mais uma vez o vazio.

Como bem observou Fernando Brito, do Tijolaço, no post Cardozo, o lento, pede sindicância sobre “delegados do Aécio”, o ministro da Justiça “resolveu agir 12 horas depois que o país tomou conhecimento de que os delegados federais da Operação Lava-Jato participavam, no Facebook, de animadas e desbocadas tertúlias sobre a investigação que conduzem”.

Cardozo determinou à Corregedoria da Polícia Federal que abra investigação sobre o caso.

Na coletiva de imprensa, ele disse:

Cardozo mostrou mais uma vez que é inepto e incompetente, para o dizer o mínimo. Em artigo publicado nesta sexta-feira, dia 14, no GGN, Luis Nassif acrescenta:

O ministro chega às 11 no trabalho, sai às 12h30 para almoçar, volta às 16 e vai embora por volta das 18h. A não ser que se considere como trabalho conversas amistosas com jornalistas em restaurantes da moda de Brasília.

Será que é por isso que esta repórter não recebeu as respostas de Cardozo até agora?

As manifestações dos quatro delegados da PF são cristalinas. Ou será preciso desenhar para Cardozo?

Nassif diz mais:

É blefe a atitude do ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, de pedir uma investigação para a Polícia Federal sobre o ativismo político dos delegados da Operação Lava-Jato. O problema da Lava-Jato não é o ativismo de delegados no Facebook, mas a suspeita de armação com a revista Veja na véspera da eleição. Se Cardozo estivesse falando sério, estaria cobrando a conclusão das investigações sobre o vazamento.

Os quatro delegados têm o direito de ter as suas preferências políticas. A questão é que o comportamento desrespeitoso está longe de ser um caso menor. “É um ato político”, avalia Paulo Moreira Leite, em seu blog.

Na condição de ministro da Justiça, Cardozo, como bem observou Paulo Moreira Leite, deveria saber que o aspecto do caso está resolvido no artigo 364 no regimento disciplinar da Polícia Federal, que define transgressões disciplinares da seguinte maneira:

I – referir-se de modo depreciativo às autoridades e atos da Administração pública, qualquer que seja o meio empregado para esse fim.

II – divulgar, através da imprensa escrita, falada ou televisionada, fatos ocorridos na repartição, propiciar-lhe a divulgação, bem como refere-se desrespeitosa e depreciativamente às autoridades e atos da Administração;

III – promover manifestação contra atos da Administração ou movimentos de apreço ou desapreço a quaisquer autoridades.

A questão, portanto, é política. E parece que Cardoso não quer se dar conta da gravidade do que aconteceu debaixo do seu nariz.

Nos últimos 12 anos, tivemos vários momentos em que a Polícia Federal agiu em benefício dos tucanos e contra os petistas. E sempre ficou por isso mesmo.

Em 2006, tivemos o caso do delegado Bruno, eleitor assumido do PSDB, que vazou para a mídia fotos do dinheiro apreendido no caso dos “aloprados” do PT. A cena foi ao ar na quinta-feira anterior ao 1º turno da eleição presidencial e ajudou a levá-la para o 2º turno. O delegado Bruno não foi punido por vazar fotos do dinheiro; pegou 9 dias de suspensão por mentir aos superiores.

Na campanha eleitoral de 2014, tivemos o caso de Mário Welber, assessor do deputado estadual Bruno Covas, do PSDB paulista. Ele foi detido pela PF em Congonhas com R$102 mil em dinheiro vivo e 16 cheques em branco assinados por Bruno Covas. A Polícia Federal ocultou o quanto pode o caso e continua a fazê-lo.

Em compensação, em 7 de outubro de 2014, a PF de Brasília vazou imediatamente para O Globo a apreensão de avião que transportava dinheiro suspeito. Em seguida, que o detido no jatinho era da campanha do PT em Minas Gerais. São, como sempre, os dois pesos e duas medidas da mídia e da Polícia Federal.

Eis que na eleição presidencial de 2014, setores da PF aparecem, de novo, atuando em favor dos tucanos e contra os petistas. O vazamento seletivo da Operação Lava-Jato já sinalizava o objetivo político e a Polícia Federal do Paraná como uma das possíveis fontes. Agora, as manifestações no Facebook dos delegados PF em postos-chave na Lava-Jato escancararam as suspeitas. Eles agiram de forma organizada para interferir no resultado das eleições presidenciais de 2014. Deixaram a PF nua.

O nome disso é golpe
Aparentemente, tudo foi bem armado com setores da mídia, sobretudo, neste caso, com a revista Veja. Ela antecipou para quinta-feira, 23 de outubro, a ida para as bancas na semana do 2º turno, para que a matéria sobre corrupção na Petrobras e a Operação Lava-Jato tivesse mais tempo de repercussão na televisão, principalmente no Jornal Nacional, e, assim, influenciasse o resultado da disputa presidencial. Veja trazia na capa as fotos de Lula e Dilma, com o título: “Lula e Dilma sabiam de tudo”.

Em 25 de outubro, véspera do 2º turno, o doleiro Alberto Youssef foi hospitalizado. Surgiram então boatos de que ele havia morrido envenenado. A PF sabia que o suposto envenenamento e óbito não eram verdadeiros. Porém, deixou que isso fosse disseminado durante horas nas redes sociais e nos programas televisivos de domingo sobre as eleições, especialmente os da Globo. Só foi desmentir no começo daquela tarde. Tal ação fazia parte do golpe em andamento, que acabou não dando certo.

“Os delegados, flagrados no Facebook, tinham tanta certeza de que o golpe teria êxito que deixaram digitais e provas pelo caminho. Só isso explica o que disseram”, observa um experiente analista da política brasileira. Talvez também porque nesses 12 anos de governos petistas outros delegados da PF ficaram impunes.

Paulo Moreira Leite alerta:

A campanha anti-PT dos delegados da Polícia Federal lembra os desvios do Inquérito Policial-Militar (IPM) da Aeronáutica que emparedou Getúlio Vargas em 1954.

Em 1954, quando o major Rubem Vaz, da Aeronáutica, foi morto num atentado contra Carlos Lacerda, um grupo de militares da Aeronáutica abriu um IPM à margem das normas e regras do Direito, sem respeito pela própria disciplina e hierarquia.

O saldo foi uma apuração cheia de falhas técnicas e dúvidas, como recorda Lira Neto no volume 3 da biografia de Getúlio, mas que possuía um objetivo político declarado – obter a renúncia de Vargas. Menos de 20 dias depois, o presidente da República, fundador da Petrobras, dava o tiro no peito.

Mas atualmente é inconcebível, além de inconstitucional, que isso venha a acontecer novamente. Em hipótese alguma, pode-se encarar com naturalidade o antipetismo militante e radical dos delegados denunciados. Para o bem da democracia, é preciso investigar a fundo a tentativa de golpe do qual esses quatro delegados fizeram parte, assim como é preciso combater seriamente a corrupção.

Do contrário, a democracia corre o risco de ser golpeada de forma mortal mais uma vez.

PS 1 do Viomundo: Na coletiva de imprensa, o ministro José Eduardo Cardozo disse que a Corregedoria da PF deve apurar primeiramente se as manifestações dos quatro delegados são verdadeiras.

Mas como isso vai ser apurado se o site OCC foi quase totalmente esterilizado após a publicação da denúncia do Estadão? As provas só podem estar com Júlia Duailibi. Será que a jornalista fez os print screens das páginas? Ou será que ela só teve acesso às fotos daquelas páginas do Facebook?

PS 2 do Viomundo: É importante que os leitores saibam que os delegados usam seus nomes cada hora de jeito: ou completos, ou em partes. Isso dá uma grande diferença nas buscas.

PS 3 do Viomundo: Maurício Moscardi Grillo foi nomeado para o cargo em 25/08/2014 – Seção 2, página 54, de acordo com o Diário Oficial da União. Portanto, depois que as investigações da Lava-Jato já estavam em andamento.

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Quem quiser ver a segunda parte do vídeo do delegado, ela está abaixo.

PS 4 do Viomundo: O delegado Grillo também atuou na investigação do “mensalão”, em 2009. Veja aqui, aqui e aqui.

PS 5 do Viomundo: A delegada Erika Marena trabalhou com o delegado da PF Carlos Alberto Dias Torres como responsáveis pelo inquérito que investigava Naji Nahas, o ex-prefeito paulistano Celso Pitta e outras 27 pessoas. Tudo derivado da Operação Satiagraha, que envolvia dois outros inquéritos, tendo como alvo o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity.

Pode-se vê-la falando sobre a Lava-Jato neste vídeo e neste outro.

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PS 6 do Viomundo: Já que a Superintendência da PF em Brasília se recusou a responder nossas perguntas, o Viomundo gostaria de recorrer, em última instância, à boa vontade do superintendente da PF do Paraná, Rosalvo Ferreira Franco (foto):

– Doutor, o senhor sabia que os seus quatro subordinados estavam atuando politicamente no Facebook, jogando no lixo o caráter republicano da PF como um todo?

– Que medidas o senhor, como chefe geral, irá tomar?

Leia também:
Luciano Martins Costa: Delegados da PF responsáveis pela Lava-Jato lembram o Comando de Caça aos Comunistas

http://limpinhoecheiroso.com/2014/11/15/lava-jato-delegados-da-pf-acreditavam-que-o-golpe-iria-dar-certo/

Não esqueci o Rádio

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Hoje participei do Programa Cidade Aberta, do companheiro Genaldo Azevedo, que vai ao ar pela rádio Tupinambá de 4 as 6 horas. Amanhã estarei novamente comentando a Política a partir das cinco e meia. Ouça e faça suas observações através do: jacintops@yahoo.com.br

Genaldo

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

MULHER MORTA ACORDA MINUTOS ANTES DE SEUS ÓRGÃOS SEREM DOADOS

 

Um caso inusitado aconteceu na cidade de Nova York no Estados Unidos, uma Mulher de 41 anos foi considerada morta mas na verdade ela estava viva.

Como qualquer outro americano, Colleen Burns tinha fácil acesso a medicamentos que no Brasil é necessário fazer uma consulta antes e ter uma prescrição do médico para poder ter acesso a esse tipo de medicamento que Colleen fez a ingestão de alta dosagem, isso fez com que ela sofresse uma overdose e fosse levada as pressas para o hospital da cidade.

Após alguns exames feitos, foi declarado pelos médicos que ela teria tido morte cerebral. A família de Colleen autorizou a doação de seus órgãos, ao ser levada para fazer a retirada de seus órgãos, uma enfermeira acidentalmente encostou a mão no pé da até então falecida, ao fazer isso percebeu que o dedo do pé de Colleen havia se contraído e as narinas as narinas se alargaram. A enfermeira levou o corpo para a sala de cirurgia e logo em seguida Colleen Burns abriu os olhos e após explicarem a ela o que havia acontecido ela foi em bora sem nenhum sintoma ou sequela.

Após do enorme erro cometido pelos médicos, o hospital teve que pagar uma multa para o governo do estado de aproximadamente US$ 22.000,00 .

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http://fatosaonews.com/?p=79

Transpetro coloca em operação o 12º navio do Promef

 

O navio Marcílio Dias foi entregue à Transpetro nesta quinta-feira (24/09), após cerimônia no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Ipojuca (PE). Esta é a 12ª embarcação do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) a entrar em operação. A viagem inaugural do petroleiro será para a Bacia de Campos, onde fará sua primeira operação de carregamento.

O Marcílio Dias é o sexto da série de 10 navios do tipo suezmax encomendados ao EAS. Atualmente, há quatro embarcações do Promef em construção no estaleiro, das quais uma se encontra no estágio de acabamentos.

Os navios suezmax são destinados ao transporte de óleo cru na exportação e cabotagem, com capacidade de transporte de carga de cerca de 1 milhão de barris de petróleo, o equivalente a quase metade da produção brasileira diária.

Além do Marcílio Dias, os outros navios do Promef que já estão operando são os seguintes: o gaseiro Oscar Niemeyer; os suezmax André Rebouças, Henrique Dias, Dragão do Mar, Zumbi dos Palmares e João Cândido; o panamax Anita Garibaldi e os navios de produtos José Alencar, Rômulo Almeida, Sérgio Buarque de Holanda e Celso Furtado.

Sobre o homenageado

Marinheiro de origem humilde, natural do município gaúcho de Rio Grande, Marcílio Dias é um herói histórico da Marinha de Guerra brasileira. Morreu em 12 de junho de 1865, após ser ferido durante a Batalha do Riachuelo, na Guerra do Paraguai, quando se destacou por atos de bravura, embarcado na corveta Parnaíba.

Ficha técnica dos navios suezmax

Porte Bruto (TPB): 157.700 toneladas
Comprimento total: 274,20 metros
Boca: 48,00 metros
Calado: 17,00 metros
Velocidade de projeto: 14,8 nós
Autonomia: 20.000 milhas
Motor Principal – MCP: 1 unidade, Doosan-MAN B&W modelo 6S70ME-C
Motor Auxiliar – MCA: 3 unidades, Doosan-MAN B&W modelo 7L23/30H
O consumo total de óleo combustível do tipo RMK-45, considerando a operação do MCP e de um MCA, é de 69,0 toneladas por dia.

Conheça nossos principais tipos de navios

Confira as etapas de construção de um navio

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Entrevista com o Presidente da Síria Bashar al-Assad

 

A entrevista com o Presidente da Síria Bashar al-Assad : "Nova Coligação Anti-terrorismo deve ser um sucesso, Caso contrário, toda a região será destruída"

By Bashar al Assad

Khabar TV and Information Clearing House em 4 de Outubro de 2015

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Presidente Bashar entrevista com TV Khabar iraniano al-Assaddesloque-se para o vídeo (em árabe)

Pergunta 1: Em nome de Allah, o mais compassivo, o mais misericordioso. Sr. Presidente, muito obrigado por aceitar o convite da Televisão da República Islâmica do Irão a dar esta entrevista. Muito obrigado.
Há muitas questões que precisam ser levantadas; e nesta entrevista, eu vou levantar uma série de-los. Espero que eu vou obter respostas espontâneas e transparentes de Vossa Excelência. Por cerca de cinco anos, a Síria tem sido vítima de uma guerra travada por grupos terroristas armados que infligiu enormes danos nas povo sírio. Segundo as estatísticas disponíveis, esses danos são estimados em mais de US $ 200 bilhões para a infra-estrutura, cerca de 250.000 mortes e cerca de 6-7000000 deslocados indivíduos sírios. Tudo isso foi o resultado da insistência dos países ocidentais em derrubar o regime sírio. Eles não conseguiram fazê-lo. Agora podemos ver uma mudança de posições sobre a situação na Síria. Os estados que costumavam chamar para derrubar o regime começaram a declarar que aceitar a participação do presidente Assad em um governo interino. Qual é a sua leitura dessa mudança de posições, e por que isso aconteceu?
Não há funcionários estrangeiros pode decidir o futuro da Síria, sistema político ou os indivíduos para governar
Presidente Assad: No início, eu gostaria de recebê-lo em Damasco; e eu estou feliz por estar conversando com nossos irmãos iranianos através de sua estação de TV. Em relação às mudanças que você vê acontecendo no mundo ocidental, parte deste é baseado em suas declarações à imprensa. Para nós, na Síria, não podemos levar a sério estas declarações, independentemente de se eles são positivos ou negativos, por muitas razões. Eu acredito que nossos irmãos iranianos, incluindo autoridades iranianas, partilhar a nossa visão sobre isso. Em outras palavras, nós dois não confiam autoridades ocidentais. Quanto a suas declarações recentes sobre um período de transição e outras questões, eu gostaria de ser muito claro: não há funcionários estrangeiros pode decidir o futuro da Síria, o futuro do sistema político da Síria ou os indivíduos que devem reger a Síria. Esta é a decisão do povo sírio. É por isso que estas afirmações nada para nos dizer.
Mas o que é absolutamente certo é que autoridades ocidentais estão em um estado de confusão e falta de clareza sua visão. Ao mesmo tempo, eles estão sobrecarregados por uma sensação de fracasso sobre os planos que desenharam e não atingiram os seus objectivos. O único objetivo, claro, é o que você mencionou na sua pergunta, ou seja, a destruição da infra-estrutura da Síria e causando uma grande quantidade de derramamento de sangue. Nós pagamos um preço pesado, mas os seus objectivos foram completamente subjugar a Síria e substituição de um estado a outro. Eles que visa substituir este estado com um estado cliente que implementa as lógicas ditadas por governos estrangeiros.
Não podemos confiar em posições ocidentais, independentemente de eles eram positivos ou negativos
Ao mesmo tempo, as mentiras que eles propagada no início dos acontecimentos na Síria, a fim de promover as suas posições para as suas audiências, começaram a desvendar. Você não pode continuar a mentir ao seu povo durante anos. Você pode fazer isso por um período limitado de tempo. Hoje, como resultado dos avanços tecnológicos no campo da informação, a todos os cidadãos em todas as partes do mundo poderia conhecer parte da verdade. Estas peças começaram a se reunir nas mentes de seus povos, e eles descobriram que os seus governos têm vindo a mentir para eles sobre o que aconteceu na Síria. Eles também pagou o preço, quer através de operações terroristas, o terrorismo que começou a afetar os países ou através das ondas de migrantes que vêm para seus países, não apenas da Síria, mas a partir de diferentes países do Oriente Médio. Todos esses fatores começaram a efetuar uma mudança, mas eu gostaria de sublinhar uma vez mais que não podemos confiar em posições ocidentais, independentemente de eles eram positivos ou negativos.
Pergunta 2: O Sr. Presidente, alguns países, como a França, costumava ter boas relações com você, entre 2008 e 2010. Você teve boas relações com o Presidente Sarkozy. Por que essas pessoas se mudaram para o lado dos inimigos e começou a chamar para derrubar o regime sírio?
Presidente Assad: Porque Sarkozy foi acusado pela administração de George W. Bush para construir contatos com a Síria. Esses contatos tinha uma série de objectivos que visa, em geral, a mudança da linha política da Síria. Mas havia um objectivo essencial que os americanos queriam Sarkozy para conseguir. Naquela época havia uma conversa sobre como o grupo 5 + 1 deve lidar com o arquivo nuclear do Irã, especificamente como lidar com materiais nucleares ou materiais radioactivos que foram enriquecidos em seus reatores no Irã. Eu era obrigado a persuadir as autoridades iranianas para enviar estes materiais aos países ocidentais para ser enriquecido e devolvido ao Irã, sem quaisquer garantias de curso. Isso era impossível. Ele não nos convencer, e as autoridades iranianas não estavam convencidos.
Quando o Ocidente não foi capaz de mudar as políticas sírias, eles encontraram uma oportunidade no início dos acontecimentos de o que é chamado de "Primavera Árabe", uma oportunidade para atacar os Estados cuja linha política que não gostavam. É por isso que o período que você está falando estava preocupado com as aparências. Em outras palavras, o Ocidente abriu para a Síria, mas na verdade esse período foi repleto de pressão e chantagem. Eles não ofereceram uma única coisa para a Síria, nem politicamente, ou economicamente, ou em qualquer outro campo.
Pergunta 3: O que você disse foi sobre a França. Como você lê as posições de outros países, como o Reino Unido e os EUA?
Presidente Assad: As suas posições hoje?
Intervenção: Eu quero dizer que a França queria intervir através do relacionamento que você se conecta com o Irã. Como em outros países, como o Reino Unido e os EUA se envolverem em diálogo com você nesse momento?
Os países ocidentais têm um mestre, que são os Estados Unidos
Presidente Assad: Sim. Quando falamos sobre estes estados, estamos a tomar sobre um sistema integrado. Nós usamos o termo "países ocidentais", mas esses países ocidentais têm um mestre, que é os Estados Unidos. Todos estes países se comportam de acordo com os ditames do maestro americano. Agora, as declarações de todos estes países são semelhantes. Eles dizem a mesma coisa, e quando atacar a Síria, eles usam a mesma língua. É por isso que quando os Estados Unidos dá o sinal, esses países se movem em uma certa direção, mas há geralmente uma distribuição de papéis. Naquele tempo, a França foi convidada a desempenhar esse papel, considerando as relativamente boas relações históricas entre França e Síria desde a independência. Há uma grande comunidade de origem síria na França, e há cursos relações políticas econômicas, mesmo militares, e de. Por isso, a melhor opção para eles era pedir França, e não qualquer outro país. Mas, afinal, autoridades ocidentais seguir as ordens do governo norte-americano. Isso é um fato.
Pergunta 4: Isso significa que você sabe especificamente o que o Ocidente quer da Síria?
Presidente Assad: Eles querem mudar o estado. Eles querem enfraquecer a Síria e criar um número de pequenos Estados fracos que podem agitado resolver os seus problemas diários e disputas internas, sem tempo para o desenvolvimento ou alargando o apoio a causas nacionais, em particular a causa da Palestina, e ao mesmo tempo garantir a segurança de Israel. Estes objectivos não são novos. Eles sempre estiveram lá, mas os instrumentos de lidar com eles diferem ao longo do tempo.
Pergunta 5: Parece que alguns desses países, trabalhando em nome dos Estados Unidos, têm laços muito estreitos com os terroristas, e as suas políticas são idênticos aos dos grupos terroristas. Qual é o dano que esses países, como a Turquia ea Arábia Saudita, pode infligir a segurança ea estabilidade regional?
Presidente Assad: Há, naturalmente, diferentes tipos de terrorismo em nossa região, mas todos eles são ofuscados pelo que é chamado terrorismo islâmico, porque esses grupos ou organizações terroristas adotaram o Islã sem ter nada a ver com o Islã na realidade. Mas este é o termo que está sendo usado agora. Estes grupos estão a promover a sedição entre os diferentes componentes da região em geral. Isto significa que a maior dano é a desintegração das sociedades em tempo. Agora, felizmente, há uma grande consciência em nossa sociedade sobre o perigo de sedição sectária, e da necessidade de unir fileiras, especialmente na medida em que os muçulmanos estão em causa. Mas com o tempo e com a continuação da incitação sectária, criando lacunas entre as diferentes componentes da sociedade e produzindo uma nova geração criada nas idéias erradas, que vai ser um perigo muito grave. Essa desintegração vai se tornar um dia uma situação de facto, e vai levar a confrontos, conflitos e guerras civis. Isso é muito perigoso, e não é exagerado. É um fato.
Pergunta 6: Agora, tornou-se comum em fóruns internacionais para os estados de anunciar que a crise síria não pode ser resolvida a não ser através de uma solução política. Mas a Arábia Saudita eo clã Saud insistem que você deve demitir-se da sua posição. Qual é a sua resposta para isso?
Nem a Arábia Saudita nem a Turquia tem o direito de falar sobre democracia
Presidente Assad: O que eu disse há pouco: qualquer conversa sobre o sistema político ou os funcionários neste concelho é um assunto interno sírio. Mas se eles estão falando sobre a democracia, a questão levanta-se: são os estados que você mencionou, especialmente na Arábia Saudita, modelos de democracia, direitos humanos ou a participação do público? Na verdade, eles são o pior eo mais atrasado no mundo inteiro; e, consequentemente, eles não têm o direito de falar sobre isso. Quanto à Erdogan, ele é responsável por criar abismos dentro de sua própria sociedade, dentro da própria Turquia. Turquia foi estável por muitos anos, mas com sua linguagem divisionista, e sua conversa sobre a sedição ea discriminação entre as suas diferentes componentes, nem ele nem Davutoglu têm o direito de dar conselhos a qualquer país ou quaisquer pessoas no mundo. Esta é a verdade, simples e clara.
Pergunta 7: Sr. presidente, você disse mais de uma vez que alguns estados causou a atual situação na Síria, e que a intervenção estrangeira desempenhou um papel significativo na criação da crise. No entanto, esta crise aconteceu em seu relógio. Até que ponto você tem desempenhado um papel na criação desta situação?
Presidente Assad: Quando houver intervenção estrangeira, não pode ter um impacto negativo significativo a menos que houvesse lacunas neste país ou em que a sociedade. É por isso que disse desde o início que há muitas coisas que precisam ser reformadas na Síria. Existem lacunas; e todos nós somos responsáveis ​​para estas lacunas, como sírios. Claro, o estado tem sua parcela de responsabilidade nesta matéria, e quanto maior o funcionário, maior a responsabilidade.
Este é, em termos gerais, mas quando chegamos aos fatos sobre o que aconteceu na Síria, não podemos negar a importância do fator externo. O dinheiro foi pago para fazer as pessoas demonstram sob slogans relacionados com a Constituição, as leis ou reformas. Desde o início que respondeu positivamente a todas essas propostas, apesar do fato de que nós sabíamos que uma grande parte do que era irreal e não verdadeira. Mas foi apenas um slogan. No entanto, e desde o início, chamado para um diálogo político entre as forças políticas sírias. O resultado desse diálogo foi que a Constituição foi alterada, e as disposições que reivindicados, ou como alguns alegaram ser a causa da crise, também foram alterados. Novas leis, que prevê mais liberdades, foram aprovadas, novos partidos estabelecidos e a lei de imprensa foi alterada. Todas as coisas que foram exigidos, ou que foram utilizados como slogans nas manifestações, foram implementadas.
Então, eles começaram no Ocidente e nos países regionais que estão sujeitos às agendas ocidentais, em particular a Turquia, Qatar e Arábia Saudita, começou a falar sobre a questão do presidente especificamente. Por quê? Porque eles queriam para personalizar a questão, a fim de dizer que todo o problema na Síria é causada por um indivíduo e, conseqüentemente, ele, e não os terroristas ou os estados regionais e ocidentais que procuram desestabilizar a Síria, é responsável. É por isso que eu digo novamente que a questão da presidência ou outras questões são a preocupação do povo sírio. Eu, pessoalmente, ter dito, em mais de uma ocasião que quando o povo sírio decidir que um determinado indivíduo deve ficar, ele vai ficar; e quando o povo sírio decidir que ele deve ir, ele vai imediatamente. Esta questão não pode ser objecto de qualquer discussão, mas se a opinião do Ocidente é contrária a este do povo sírio, não tem valor algum. É por isso que dizemos que o retorno ao diálogo e continuar o diálogo que é realizado ao longo do tempo é a solução para a crise síria. Se há demandas para reforma, que não deve ser da responsabilidade do presidente, mas a responsabilidade de instituições do Estado, porque eles definem a forma da reforma. Quando há uma questão nacional, deve ser suportado pelas instituições e deve ser levada a cabo por estas instituições, especialmente os eleitos, os primeiros dos quais é a Assembleia Popular.
Pergunta 8: Então, você acredita que o que aconteceu na Síria tem a ver com as instituições e não a pessoa do presidente da República?
Presidente Assad: Claro, porque o presidente chega ao poder por meio de instituições e deixa o poder por meio de instituições. O presidente assume o poder através da constituição e desce através da constituição, as leis e as eleições. Esses são os mecanismos. Um presidente não pode assumir o poder através do terrorismo ou demitir-se como resultado do terrorismo. Ele não assumir o poder através do caos e não demitir-se por causa do caos. Ele não assume o poder através de uma intervenção estrangeira ou a coberto estrangeira, como é o caso na maioria dos países da nossa região. Como você sabe, isso é um fato. Quando ele chega ao poder através de um país estrangeiro, ele continua no poder através de uma decisão deste país estrangeiro e deixa o poder após uma decisão desse país. Isto, no entanto, não é o caso, nem na Síria nem no Irão, e não será o caso, no futuro.
Pergunta 9: Se voltarmos ao começo da crise, em março de 2011, você iria gerir a crise da mesma forma que você fez?
Desde o início, decidimos lutar contra o terrorismo, e hoje estamos mais comprometidos com este princípio
Presidente Assad: Em todas as coisas em nossas vidas, sempre há títulos principais e pequenos detalhes que constituem estes títulos. O que muda, muitas vezes são os detalhes e não os principais títulos, exceto em casos especiais. Esta crise tem sido uma lição rico. Toda crise nacional é uma lição muito rico para os funcionários, à população e à sociedade em geral. Todos os dias, você aprende uma coisa nova e ver as coisas de uma perspectiva diferente. Às vezes você vê coisas que você não sabe mesmo sobre você ou a sociedade em que vive. É por isso que não faz sentido dizer que a crise está passando e não vamos aprender coisas novas a partir dele e não vai mudar em conformidade. É natural ter diferenças relativas aos detalhes, mas não os principais títulos. A razão é que estes são princípios básicos. Por exemplo, no início, decidimos fazer com o diálogo, para responder ao diálogo e que a solução deve ser através do diálogo. Continuamos a acreditar nesse princípio.
No que diz respeito luta contra o terrorismo, desde o início, ficou claro para nós que havia mãos estrangeiras por trás dele, e que visa a criação de um ambiente de caos e terrorista para desestabilizar a Síria. Desde o início, decidimos lutar contra o terrorismo, e hoje estamos mais comprometidos com este princípio. Desde o início, decidimos ser independente em resolver os nossos problemas. Queremos ajuda de nossos amigos; e é isso que o Irã está oferecendo, e que a Rússia está oferecendo, juntamente com outros países do mundo. Mas nenhum outro país pode substituir-nos em resolver os nossos problemas. Eu acredito que estamos mais determinados hoje para estar comprometidos com estes princípios; e os eventos têm mostrado que o que costumamos dizer no início da crise estava certo. Quando chegamos aos detalhes e mecanismos, não há dúvida de que a maneira como nós os vemos agora é diferente da forma como nós os vimos então.
Pergunta 10: Você disse que a crise síria deve ser resolvida através do diálogo sírio-Síria. Você está preparado, Sr. Presidente, a sentar-se à mesma mesa com os grupos armados que lutam no terreno?
Presidente Assad: É evidente que nenhum Estado do mundo conduz o diálogo com os terroristas, porque os terroristas, tal como outros cidadãos, devem estar sujeitos às leis e devem ser levados à conta. No entanto, o estado pode conduzir o diálogo com os terroristas em um caso, quando o objetivo do diálogo é para os indivíduos que realizaram atos terroristas para que deponham as armas e abraçar o Estado e a lei. Isso realmente aconteceu na Síria; e realizamos um diálogo com muitos grupos no âmbito do que chamamos de reconciliações através do qual o Estado concede anistia para aqueles indivíduos, desde que eles vão voltar para suas vidas normais.
Este mecanismo ou abordagem alcançou sucesso razoável em muitas regiões, especialmente quando você sabe que muitos daqueles que realizou atos terroristas fizeram provavelmente por causa de certas condições que lhes empurraram nessa direção e não necessariamente porque eles têm uma verdadeira convicção ou o desejo de faça isso. Há aqueles que foram enganados e os que foram enganados.
Por outro lado, há grupos terroristas ideológicos que não acreditam no diálogo. Eles rejeitam o diálogo ea reconciliação rejeitar. Eles acreditam que estas mortes e esses atos de terrorismo são parte da religião e da parte do Islã. Eles acreditam que quando cometem esses atos e ser morto, eles têm feito um serviço para a religião e, em seguida, ir para o céu. É impossível manter um diálogo com esses grupos; eles não aceitá-lo e nós não aceitamos isso.
Pergunta 11: Quais são os danos causados ​​a segurança ea estabilidade na região, o que aconteceu na Síria através dos actos desses movimentos islâmicos extremistas que querem declarar um Estado islâmico ou um Emirado Islâmico? E como devem ser tratadas?

Presidente Assad: Estas organizações terroristas, se ISIS, Jabhat al-Nusra ou a Al-Qaeda são meras manifestações de uma perversão longa e profunda em nossa região e da nossa sociedade. Esta perversão é, pelo menos, cinco décadas de idade; mas praticamente começou há dois séculos atrás, com interpretação perversa do Islã. A principal manifestação desta perversão é o movimento Wahhabi que interpretou o Islã em um pervertido e, na maioria dos casos, forma contraditória com a importação do próprio Islã. Então, essas são meras manifestações.
Lidar com esse dano a curto prazo, o que está relacionado com os atos terroristas, a destruição e matando eles estão realizando, não é fácil, mas certamente possível. Lidar com isso constituirá uma vitória para a sociedade, uma vitória importante porque protege-o contra uma doença e uma epidemia real.
O grande perigo é para este tratamento para levar um longo tempo e por essas organizações para se tornar entrincheirados dentro da sociedade. Nesse caso, você estará lidando com uma situação muito perigosa, cultural e intelectual. Você será antes de uma nova geração de terroristas ideológicos que acreditam na morte, takfir e discriminação como um método básico para a construção de um Estado islâmico, como eles acreditam. Então, toda a região vai enfrentar um grande dilema. Esse tipo de pensamento não tem limites. Ele não reconhece fronteiras políticas. Ele se espalha, por contágio, muito rapidamente em nossa região, e até mesmo na Europa, como vemos hoje. É por isso que essas organizações são extremamente perigosos, mas não é o suficiente para combatê-los como organizações. Mais importante, nós devemos lutar contra o pensamento que levou à criação dessas organizações, os estados que promoveu este tipo de pensamento e as instituições que fornecem fundos para este pensamento através de escolas e fundações que promovem o extremismo no mundo islâmico religiosas.
Pergunta 12: O Sr. Presidente, os países ocidentais tentou, em um movimento simbólico, para criar uma coalizão internacional contra o terrorismo. Mas essa coalizão não parece ter funcionado. Por quê?
Coalizão internacional falhou porque o ladrão não pode ser ele mesmo o policial
Presidente Assad: Isso é verdade, em primeiro lugar porque o ladrão não pode ser ele mesmo o policial que protege a cidade de ladrões. Da mesma forma, o Estado que apoia o terrorismo não pode lutar contra isso. Esta é a verdade sobre essa coalizão que vemos. É por isso, e depois de mais de um ano, não vemos nenhum resultado. Pelo contrário, vemos que é tem sido contraproducente. Terrorismo expandiu geograficamente, e o número de voluntários ou recrutas a estas organizações terroristas aumentou. Em segundo lugar, porque esses Estados que apóiam o terrorismo desde o início e que proporcionam cobertura para ele, não pode ser sério. Tomemos, por exemplo, o número de ataques aéreos realizados pelos países sessenta juntos na Síria e no Iraque. Eles constituem apenas uma fração do que a força aérea síria está fazendo, apesar de os factos de que somos um país pequeno, no final, ea força aérea síria não é grande. No entanto, estamos realizando muitas dobras do número de ataques aéreos realizados por esses países.
Se os EUA realmente queriam lutar contra o terrorismo, que teria colocar pressão sobre defensores dos terroristas
Há um indicador mais importante da sua falta de seriedade. Como podem os Estados Unidos e seus aliados combater o terrorismo ou ISIS, na Síria e no Iraque, enquanto seus aliados mais próximos no governo de Erdogan e Davutoglu estão apoiando terroristas e permitindo-lhes atravessar as fronteiras e trazer armas, dinheiro e voluntários através da Turquia? Tinha os Estados Unidos realmente queria lutar contra o terrorismo, que teria colocar pressão sobre esses países. É por isso que eu não acredito que esta coligação vai fazer nada além de encontrar um equilíbrio entre as forças existentes, a fim de manter o fogo vivo e perpetuar o processo de erosão na Síria e no Iraque e mais tarde em outros países da região, de modo que nós todos permanecer fraco durante décadas e talvez gerações.
Pergunta 13: Os estados que se opõem a seu regime de considerar a sua presença no poder um pretexto para continuar a guerra. Como você reage a eles, Sr. Presidente?
Presidente Assad: Se eu fosse um pretexto para o terrorismo na Síria, o que é o pretexto para o terrorismo no Iêmen. Eu não estou no Iêmen. Quem é o pretexto para o terrorismo na Líbia? Quem é o pretexto para o terrorismo no Iraque? De fato, se tomarmos o exemplo do ISIS, você vai descobrir que ele não emergiu na Síria. Ele surgiu no Iraque em 2006, quando os americanos correram a maioria das coisas, se não tudo, particularmente os problemas de segurança no Iraque. Ele surgiu lá em seu relógio; e todos os líderes ISIS graduou-se as prisões que costumavam ser executado pelos Estados Unidos, e não o governo iraquiano. Isto não faz qualquer sentido. Autoridades ocidentais na América e em outros lugares reconhecem que criou este extremismo através de al-Qaeda no Afeganistão no início para lutar contra a União Soviética. ISIS é um subproduto da al-Qaeda que veio de uma forma diferente e em uma região diferente. O que eles dizem não tem qualquer valor. O Ocidente sempre olha para algum outro partido ou pessoa para responsabilizá-los porque eles não vão dizer que foram eles que apoiava o terrorismo e se levantou contra o povo sírio e procuraram destruí-los, juntamente com a sua cultura, herança e todos os elementos básicos de suas vidas .
Pergunta 14: A coalizão ocidental fracassou em sua luta contra o terrorismo. Agora, uma nova coalizão começou a formar na região que reúne o Irã, Rússia, Iraque e Síria. Considerando que os terroristas recebem muito apoio a partir do exterior, pode essa coalizão ter sucesso?
Nova coalizão anti-terrorismo deve ter sucesso, caso contrário, toda a região será destruída
Presidente Assad: Deve ter sucesso; caso contrário toda a região, não apenas um ou dois países, serão destruídos. Temos plena confiança nisso. Claro, o que você disse sobre o apoio prestado a estas organizações terroristas por parte de outros países vão fazer o preço da vitória para estes países que estão lutando contra o terrorismo realmente muito alto. Se esses países se juntaram à luta contra o terrorismo de uma forma séria e genuína, pelo menos, interrompendo seu apoio a terroristas, que irá acelerar o processo de alcançar os resultados que todos nós esperamos para ver. Mas mesmo que eles não fizeram isso e continuou a apoiar o terrorismo, nós, como os estados têm uma visão e ter experiência. Todos nós sofremos por causa do terrorismo. Irã e Rússia sofreram diferentes tipos de terrorismo. Quando esses países se unem contra o terrorismo ea combatê-la militarmente e nas áreas de segurança e de informação, além de outros aspectos, esta coalizão vai, sem dúvida, alcançar resultados reais no terreno, em especial que conta com o apoio internacional de países que não fazem tem um papel directo na estas crises e nesta região. Este é, com excepção do Ocidente, que procurou sempre apoiar o terrorismo, a colonização e se levantou contra as causas dos povos, a maioria dos países do mundo se sintam o perigo real de terrorismo. Houve recentemente declarações sucessivas de países que apoiam essa coalizão. É por isso que eu acredito que essa coalizão tem grandes chances de sucesso.
Pergunta 15: O Sr. Presidente, o seu país tem sofrido muito como resultado do terrorismo. Qual é sua mensagem aos Estados que apóiam o terrorismo?
Os líderes terroristas mais importantes na Síria e no Iraque são europeus
Presidente Assad: Queríamos dizer-lhes que o terrorismo vai chegar até você, no final, mas tem realmente chegou até eles recentemente. Quando dizíamos isso há alguns anos atrás, eles disseram que os sírios estão ameaçando. Hoje já não é uma ameaça. O terrorismo tem chegaram em diferentes países europeus, para além dos países da região que apóiam o terrorismo e já começaram a sofrer as consequências. Há ondas de imigrantes de diferentes países e para causas relacionadas com o terrorismo e outras causas que poderiam pressionar os outros a deixar a região. Sabe-se que um grande número de terroristas se infiltraram os imigrantes, e agora eles estão nos países europeus. Mais importante, esta região sempre foi acusado de exportar o terrorismo eo extremismo para a Europa.
O fato é que hoje os líderes terroristas mais importantes na Síria e no Iraque são europeus. Provavelmente, o maior número de terroristas vem de países muçulmanos, e particularmente os países árabes, mas a maioria dos líderes vêm da Europa e, especificamente, do norte da Europa, que é relativamente longe da nossa região e tem uma sociedade rica e sofisticada. No entanto, o terrorismo vem desses países para a nossa região. Isto significa que o terrorismo não conhece fronteiras, e que o terrorismo não pode ser usado como um cartão de política sempre que nós queremos. Eu sempre comparo o terrorismo a um escorpião. Você não pode colocar um escorpião em seu bolso, porque ele vai picar na primeira oportunidade. Nós estamos repetindo isso agora. Eles começaram a perceber esse fato, mas eles não ousam reconhecer isso, porque se o fizerem, eles vão ter que reconhecer que eles estavam enganados desde o início. Isso é difícil para eles a nível nacional e constituirá um suicídio político. É por isso que esperamos que eles vão ser corajoso o suficiente um dia para reconhecer este erro e dizer que eles agiram contra os interesses dos seus povos a serviço de seus interesses eleitorais.
Pergunta 16: O Sr. Presidente, para além das fontes oficiais que você usa, a fim de se informar sobre a condição nas frentes ea condição do povo sírio, que você confiar em outras fontes não oficiais?
Presidente Assad: Claro que, em todos os aspectos do trabalho oficial, é errado para o funcionário se basear apenas em relatórios e sobre o trabalho das instituições. Há sempre erros no trabalho das instituições. Há sempre opiniões pessoais e visões pessoais que possam estar em desacordo com a realidade por causa de um certo interesse, ou por causa da falta de clareza. Por isso, a mais ampla rede de relações e as fontes de informação, o mais próximo da realidade a visão é. É por isso que as reuniões com pessoas relevantes que nada a ver com relatórios, com os cidadãos comuns têm, com qualquer outra pessoa poderia acrescentar outro aspecto da verdade. Creio que isto é essencial, mesmo em tempos de paz, muito menos em um estado de guerra como a que vivemos. Você precisa este tipo de comunicação em tais situações mais do que você precisa em tempos normais. O papel não pode dar-lhe uma visão completa da realidade. Esta é uma regra geral para mim.
Pergunta 17: Você segue estações de televisão estrangeiras, não é?
Presidente Assad: Claro, eu faço isso o tempo todo. Devemos entender como nossos adversários pensam.
Intervenção: Os meios de comunicação noticiário negativo sobre a Síria. Como você se sente quando você ouve uma notícia tão negativa?
Meios de comunicação ocidentais e funcionários perderam sua credibilidade ... o que eles dizem não tem valor ou impacto
Presidente Assad: Desde os primeiros dias da crise, esta guerra tem sido uma mídia e de guerra psicológica em primeiro lugar. Esta guerra midiática, nomeadamente através de estações de TV árabes, já que apenas algumas pessoas aqui assistir canais de TV estrangeiros, tem feito um grande impacto e tem sido capaz de distorcer a realidade para um grande número de sírios. Mas se dissermos que este era o caso no primeiro ano, as coisas começaram a ficar mais claro gradualmente. Então, esses meios de comunicação continuam a fazer um impacto em seus países, mas eles já não têm um impacto nos nossos países, especialmente quando se trata de meios de comunicação estrangeiros. Eu acho que eles estão enganando seus povos, não nós. Em segundo lugar, quando você tem uma causa nacional e defender o seu país, você não prestar atenção ao que os outros dizem. Você está interessado em primeiro lugar com a proteção de seu país, com a realização do interesse popular, o interesse nacional. Tudo o resto tem que tomar um segundo lugar. Uma vez que estes media outlets perderam sua credibilidade, e uma vez que autoridades ocidentais não têm credibilidade para começar, o que eles dizem não tem valor ou impacto ainda do ponto de vista psicológico. Eu li e ouvir essas coisas só para entender como eles pensam, mas realmente já não tem qualquer impacto, tanto quanto eu estou preocupado.
Pergunta 18: O seu ouvido as notícias sobre os imigrantes e refugiados que foram para outros países. Quando você ver imagens e vídeos desses refugiados, como você se sente?
Exploração ocidental da crise de refugiados é mais doloroso do que ser um refugiado
Presidente Assad: Isso é doloroso, é claro. A Síria tem sido sempre um refúgio seguro para os refugiados throughput sua história, desde antes do Império Otomano, e até mesmo ao longo da história antiga, devido à sua localização geográfica, a natureza de sua sociedade e cultura, e por causa de muitos outros fatores.

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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

O protesto no velório e a tolerância ilimitada que leva ao fim da tolerância

 

por : Kiko Nogueira

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Ninguém jamais terá a desculpa de dizer que não viu o monstro crescer.

A pregação do ódio no Brasil atingiu um novo pico na escala de barbárie com os panfletos atirados no velório do ex-senador do PT José Eduardo Dutra, em Belo Horizonte.

Ocupantes de uma Saveiro preta jogaram os papeis. Havia policiais de plantão. Antes do ataque, o carro passou três vezes pelo local, afirmam testemunhas. Ainda assim, a PM afirma que não viu nada. Ok.

Um protesto também aconteceu ali. Um sujeito chamado Cipriano de Oliveira, aposentado de 60 anos, resumiu o espírito de porco ao Estadão: “Qualquer momento é momento de mandar um bandido embora. Até no enterro da minha mãe eu faria isso”.

Submetida a uma dieta de ressentimento, desinformação e indignação seletiva, essa escumalha passou a considerar aceitável socialmente conspurcar um enterro e humilhar os familiares e amigos do morto.

Eles são “gente do bem”, segundo a definição imortal do líder dos Revoltados On Line, Marcello Reis, um mussolini para os nossos tempos.

Isso não os choca porque eles estão acima do bem e do mal. Não é força de expressão: Uma pesquisa da empresa britânica YouGov com 1.646 homens e mulheres constatou que direitistas se acham moralmente superiores.

De acordo com o estudo, 47% daqueles que se descrevem como sendo de direita se declaram seres humanos melhores do que o cidadão médio (contra 39% de sedizentes esquerdistas). O levantamento também revelou que são mais propensos a acreditar que certas pessoas “nascem más”.

Os depravados que atacaram uma cerimônia fúnebre têm um nome: fascistas. Como lidar com eles?

Para começar, não é com “republicanismo”. Aquilo não faz parte do “debate político”. O filósofo Karl Popper escreveu o seguinte:

“A tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância. Se estendermos a tolerância ilimitada mesmo para aqueles que são intolerantes, e se não estivermos preparados para defender uma sociedade tolerante contra o ataque dos intolerantes, então os tolerantes serão destruídos e a tolerância com eles.

Esta formulação não implica que devamos sempre suprimir as filosofias intolerantes, contanto que possamos combatê-las com argumentos racionais e mantê-las sob controle da opinião pública.

Mas devemos reivindicar o direito de suprimi-las, se necessário até mesmo pela força, e isso pode facilmente acontecer se elas não estiverem preparadas para debater no nível de argumentação racional, ao começar por criticar todos os argumentos e proibindo seus seguidores de ouvir argumentos racionais, pois ela é uma filosofia enganosa, ensinando-os a responder a argumentos com uso de punhos ou pistolas.

Devemos, portanto, reivindicar, em nome da tolerância, o direito de não tolerar os intolerantes. Devemos enfatizar que qualquer movimento que pregue a intolerância deva ser colocado fora da lei, e devemos considerar a incitação à intolerância como criminosa, da mesma forma como devemos considerar a incitação ao assassinato, ou seqüestro, ou a revitalização do comércio de escravos como criminosa”.

Gente de bem

Gente de bem

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Sobre o Autor
Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

domingo, 4 de outubro de 2015

MP da Suíça diz estar impressionada com coragem - da Dilma - na luta contra corrupção no Brasil

 

O Ministério Público da Suíça elogia o trabalho da Procuradoria-Geral da República do Brasil e diz estar "impressionado com a coragem" da luta contra a corrupção no MP brasileiro. Em discurso realizado na manhã desta segunda-feira, 14, em Zurique, Michael Lauber, procurador-geral da Suíça, fez questão de citar o caso de corrupção da Petrobras na abertura da reunião anual da Associação Internacional de Procuradores. Rodrigo Janot, procurador-geral da República, estava programado para fazer um discurso, mas acabou cancelando a viagem diante de sua posse.
"Estamos impressionados pela coragem deles (brasileiros )", afirmou Lauber. "Eles lutam com convicção e com a certeza de estar fazendo a coisa certa, com o respeito ao estado de direito", completou. Brasil e Omã foram os únicos países mencionados no discurso a um plenário para procuradores de todo o mundo.
A colaboração entre o Brasil e a Suíça permitiu o congelamento de mais de US$ 400 milhões em contas relacionadas com os ex-funcionários da Petrobras. " Queremos lutar contra a corrupção de forma séria ", disse Lauber. " Contribuímos, portanto, com diversos países e sabemos que isso é crucial para levar casos adiante ", comentou.
Entretanto, o governo suíço também afirma que outras praças financeiras receberam valores potencialmente superiores aos que foram depositados nos bancos do país alpino em propinas relacionadas ao esquema na Petrobras. "Sabemos que há mais dinheiro fora daqui", disse o responsável pelo Departamento de Direitos Internacional da chancelaria suíça, Valentin Zellweger.
Segundo ele, outras praças financeiras têm ainda mais dinheiro que a Suíça cuja origem seria o esquema na estatal brasileira. "Mas elas não comunicam", declarou.
Questionado sobre como os bancos acabaram aceitando esses milhões de dólares de ex-executivos da Petrobras sem questionamentos, o embaixador insistiu que a estrutura montada foi "sofisticada". Segundo ele, o dinheiro depositado passou por várias sociedades antes de chegar até as contas na Suíça. Zellweger insistiu que era difícil ver em muitas ocasiões que o dinheiro se referia a pessoas politicamente expostas.
Mas ele mesmo admitiu que o sistema financeiro suíço precisa "fazer mais" para evitar tais situações. "Não temos um sistema 100% limpo. Mas nosso objetivo é o de minimizar os riscos", comentou.
Para o embaixador, a Suíça fez prova de transparência ao anunciar a existência de US$ 400 milhões bloqueados nas contas do país. Uma investigação foi aberta em abril de 2014 e, em março de 2015, o Ministério Público do país revelou 300 contas em 30 bancos diferentes com dinheiro fruto da corrupção. Em julho, a Suíça ainda anunciou que estava ampliando a investigação para também tratar da Odebrecht. Do total bloqueado, US$ 120 milhões foram devolvidos aos cofres brasileiros. Estadão Conteúdo
Leia também: Alckmin dá R$ 1,5 milhão de dinheiro público para aliado promover 'estilo de vida caviar'

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A disputa está começando esquentar

Foto de Francisco Antonio Magalhães.

Francisco Antônio Magalhães

23 de setembro às 07:57 · Editado ·

E a farra da compra de lideranças e políticos de Sobral chegou aos distritos. Em Aracatiaçu um grupo politico,que se diz oposição acabou de comprar uma rádio FM comunitária que pertence ao povo daquela comunidade.O que me chamou mais atenção foi a forma com que este grupo quer chegar a qualquer preço a prefeitura de Sobral. Comprou uma rádio do povo de uma liderança local por um valor de 350 mil reais.Tomei conhecimento que a certa liderança recebeu deste grupo o pagamento parcelado da seguinte forma:3 cheques de 50 mil,3 terrenos no valor de 50 mil, e um carro usado no valor de 50 mil. E o povo daquele distrito que foi usado para que conseguisse a liberação do sinal da rádio também ganhou sua parte...Sabe o que?FUMOOOOOOOOOO.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

PSDB é a favor da corrupção eleitoral. É só conferir

Foto de Fernando Pereira.

Fernando Pereira

Os paladinos da moral e bons costumes. Tucanalhas querendo manter as doações empresarias de campanha, foram derrotados no senado, eles e a TV lava jato.

Papiro que afirma que Jesus tinha uma esposa é autêntico, dizem cientistas

 

 
Um estudo conduzido por três equipes de cientistas de Harvard, Columbia e MIT (Massachussetts Institute of Technology) chegou à conclusão de que Jesus Cristo era casado. A pesquisa levou em conta um antigo papiro, estudado nos últimos anos por especialistas.
Escrito na língua copta, idioma que deixou de existir no século 17, o papiro se chama “Evangelho da Esposa de Jesus” e, quando descoberto em 2012, foi negado pelo jornal do Vatican, que à época afirmou que o papiro “era falso, tinha gramática pobre e origem incerta”.
O papiro traz à tona a frase “Jesus disse-lhes: ‘Minha esposa…’” e faz referência também a uma discípula mulher. Por conta dessa referência ao fato de Jesus ser casado, as escritas achadas em um documento de 4cm por 8cm causaram tanta polêmica.
Com 8x4 cm, papiro encontrado em 2012 é alvo de muita polêmica (Reprodução)Com 8x4 cm, papiro encontrado em 2012 é alvo de muita polêmica (Reprodução)
“A composição química do papiro e os padrões de oxidação são consistentes com outros papiros antigos, ao comparar o fragmento do Evangelho da Esposa de Jesus com o Evangelho de João”, escreveram os pesquisadores no artigo publicado na revista Harvard Theological Review.
A pesquisa, porém, não acabou de vez com a polêmica. O egiptologista Leo Depudydt, um dos mais renomados do mundo e da Brown University, afirma que existem erros gramaticais do copta e o uso de negrito nas palavras “minha esposa” mostram que se trata de um documento falso.

https://br.noticias.yahoo.com/blogs/super-incr%C3%ADvel/papiro-que-afirma-que-jesus-tinha-uma-esposa-%C3%A9-aut%C3%AAntico--dizem-cientistas-183159155.html