domingo, 6 de setembro de 2015

Infantolatria: as consequências de deixar a criança ser o centro da família

2knji6rgmmo8ypxfqtiv2e1a4

Além das complicações na vida dos filhos, como dificuldade de socialização e insegurança, deixar a criança comandar a dinâmica familiar pode prejudicar – e muito – o casal

Por Raquel Paulino Do IG

As atividades da família são definidas em função dos filhos, assim como o cardápio de qualquer refeição. As músicas ouvidas no carro e os programas assistidos na televisão precisam acompanhar o gosto dos pequenos, nunca dos adultos. Em resumo, são as crianças que comandam o que acontece e o que deixa de acontecer em casa. Quando isso acontece e elas já têm mais de dois anos de idade, é hora de acender uma luz de alerta. Eis aí um caso de infantolatria.

“O processo de mudança nos conceitos de família iniciado no século 18 por Jean-Jacques Rousseau [filósofo suíço, um dos principais nomes do Iluminismo] chegou ao século 20 com a ‘religião da maternidade’, em que o bebê é um deus e a mãe, uma santa. Instituiu-se o que é uma boa mãe sob a crença de que ela é responsável e culpada por tudo que acontece na vida do filho, tudo que ele faz e fará. Muitos afirmam que a mulher venceu, pois emancipou-se e foi para o mercado de trabalho, mas não: é a criança que entra no século 21 como a vitoriosa. Esta é a semente da infantolatria”, explica a psicanalista Marcia Neder, pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de Psicanálise e Educação da Universidade de São Paulo (Nuppe-USP) e autora do livro “Déspotas Mirins – O Poder nas Novas Famílias”, da editora Zagodoni.

Em poucas palavras, Marcia define infantolatria como “a instituição da mãe como súdita do filho e o adulto se colocando absolutamente disponível para a criança”. E exime os pequenos de qualquer responsabilidade sobre o quadro: “Um bebê não tem poder para determinar como será a dinâmica familiar. Se isso acontece, é porque os pais promovem”.

Reinado curto

A verdade é que existe um período em que os filhos podem reinar na família, mas ele é curto. “Quando o bebê nasce e chega em casa, precisa ser colocado no centro das ações, pois precisa ser decifrado, entendido. Ele deve perder o trono no final do primeiro, no máximo ao longo do segundo ano de vida, para entender que existe o outro, com necessidades e vontades diferentes das dele”, esclarece Vera Blondina Zimmermann, psicóloga do Centro de Referência da Infância e Adolescência da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

A infantolatria ganha espaço quando os pais não sabem ou não conseguem fazer essa adequação da criança à realidade que a cerca e a mantêm no centro das atenções por tempo indefinido. “Em uma família com relacionamento saudável, o filho entra e tem que ser adaptado à dinâmica da casa, à rotina dos adultos”, afirma a psicóloga.

Segurança ou insegurança?

Na casa da analista contábil Paula Torres, é ao redor de Luigi, de cinco anos, que tudo acontece. Entre os privilégios do garoto estão definir o canal em que a TV fica ligada e o dia do fim de semana em que será servida pizza no jantar. “Acho importante a criança se sentir amada e saber que suas vontades são relevantes para a família”, opina.

Ela conta que seu marido, o também analista contábil Luiz André Torres, não gosta muito disso e constantemente reclama que o filho é mimado demais. “Mas bato o pé e defendo essa proteção. Quando o Luigi crescer, será mais seguro para lidar com os adultos, já que suas opiniões são levadas em consideração pelos adultos com quem ele convive desde já”, acredita.

Não é o que as especialistas dizem. “Se o filho fica no nível dos pais, acaba criando para si uma falsa sensação de poder e autonomia que, em um momento mais adiante, se traduzirá em uma profunda insegurança. Ele sentirá a falta de uma referência forte de segurança de um adulto em sua formação”, explica Vera.

“Em uma família com relacionamento saudável, o filho entra e tem que ser adaptado à dinâmica da casa, à rotina dos adultos”

Marcia diz ainda que, ao chegar à idade adulta, esse filho cobrará os pais. “Ele olhará ao redor e verá outras pessoas se realizando independentemente dele. A criança que acha que o mundo tem que parar para ela passar não consegue imaginar isso acontecendo e não está preparada para lidar com a mínima das frustrações. Em algum ponto, acusará os pais de terem sido omissos”.

Para Vera, supervalorizar os pequenos e nivelá-los aos adultos “é o resultado de uma projeção narcísica dos pais nos filhos, que se veem nas qualidades que enxergam em suas crianças”. Marcia concorda: “Isso tudo tem a ver com a vaidade da mãe, que considera aquele filho uma parte melhorada dela própria e, por isso, a criatura mais importante do mundo”.

Os alertas do dia a dia

Muitas vezes, os pais não se dão conta de que estão tratando os filhos como reis ou rainhas, então precisam levar uns chacoalhões da realidade fora de suas casas. “Eles geralmente caem em si quando começa a sociabilização. A escola reclama porque o aluno não respeita as regras, a criança tem dificuldade para fazer amiguinhos porque as outras, com autoestima positiva, não querem ficar perto de alguém que ache que manda em todos”, aponta Vera.

“Em um futuro bem imediato, as reações dos colegas podem fazer a criança perceber que precisa mudar. Ela se comportará com eles como faz com a família e receberá a não-aceitação como resposta. Terá de lidar com isso para ter amigos”, afirma Marcia.

Mesmo assim, ela ainda correrá o risco de não conseguir rever seus comportamentos devido a uma superproteção parental, adverte Vera: “Em alguns casos dá para ela se salvar, mas muitos pais preferem culpar o ‘mundo injusto com seu filho perfeito’, o que impede que ela entenda as necessidades dos outros e reforça seus problemas de inadequação para a adaptação social”.

E como fica o casal?

Além de todas as complicações causadas pela infantolatria na vida dos filhos, ela prejudica – e muito – o casal que a promove. “Na relação saudável, o casal continua sendo o mais importante na família mesmo com a chegada da criança. Se os pais mantêm o filho no centro por mais tempo do que o necessário, acabarão se afastando”, alerta Vera.

“Some o casal. O ‘marido’ e a ‘mulher’ passam a ser o ‘pai’ e a ‘mãe’. E se em uma casa a mãe é a santa e o filho é o deus, onde fica o espaço do pai?”, questiona Marcia. “Muitos tentam entrar, reconquistar seu espaço, mas outros simplesmente caem fora”, constata.

O futuro da infantolatria

Sabendo disso tudo, os pais têm condições de se preparar para evitar os estragos na criação dos filhos. Marcia conta que percebe que as pessoas têm encontrado em sua análise uma saída para a tirania infantil.

“Não sou adivinha, mas creio que o novo arranjo familiar, em que os pais também assumem funções na criação dos filhos e as mães seguem carreiras por prazer, vá ajudar a mudar o panorama, assim como os arranjos homoparentais que começam a ser mais comuns”, diz, para complementar: “Creio que todos os comportamentos continuarão existindo, mas temos a obrigação de trabalhar para reverter esse quadro. O filho não é o centro porque quer, mas porque o adulto permite”.

Vera enxerga o futuro da situação de forma um pouco diferente. “Nossa sociedade é muito apressada e, no geral, não dá espaço para a preocupação com o outro. Isso tende a potencializar esse tipo de problema, a naturalizar para a criança o fato de que ela é o que mais importa, como aprendeu em casa com o comportamento dos pais em relação a ela”, finaliza.

http://www.geledes.org.br/infantolatria-consequencias-de-deixar-crianca-ser-o-centro-da-familia/

sábado, 5 de setembro de 2015

Vladimir Putin confirma o envolvimento militar da Rússia na guerra civil na Síria

 

O presidente russo, fala do desejo para "coalizão internacional" para lutar contra o terrorismo e o extremismo e não descarta a possibilidade de intervenção militar direta na Síria

Russian President Vladimir Putin (L) holds a cat as he inspects the progress in the construction of residences for victims of wildfires in the village of KrasnopolyeO presidente russo, Vladimir Putin (L) prende um gato como ele inspeciona o avanço na construção de residências para vítimas de incêndios florestais na aldeia de Krasnopolye Foto: EPA

Por Roland Oliphant, Moscou e Louisa Loveluck
20:19 BST 04 de setembro de 2015

Rússia está fornecendo treinamento "sério" e apoio logístico ao exército sírio, Vladimir Putin, disse, na primeira confirmação pública da profundidade do envolvimento da Rússia na guerra civil na Síria.
Comentando sobre relatos de que tropas de combate russas foram mobilizados para a Síria, o presidente russo disse que a discussão de intervenção militar direta é "medida prematura", mas não descartou que tal medida poderia ser tomada no futuro.
"Dizer que estamos prontos para fazer isso hoje - tão longe que é prematuro falar sobre isso. Mas já estamos dando a Síria ajuda bastante sério com equipamentos e treinamento de soldados, com as nossas armas ", a agência de notícias RIA Novosti estatal citou Putin como dizer quando perguntado sobre a intervenção russa na Síria durante um fórum econômico em Vladivostok.
"Nós realmente queremos criar algum tipo de uma coalizão internacional para lutar contra o terrorismo eo extremismo", disse Putin.
"Para este fim, realizar consultas com nossos parceiros americanos - Eu, pessoalmente, tenho falado sobre o assunto com o presidente americano Obama."

Russian troops are said to be 'fighting alongside Assad's army against Syrian rebels'As tropas russas estão a ser dito "combater ao lado do exército de Assad contra os rebeldes sírios 'Foto:ValkryV
Rússia tem usado repetidamente o seu veto no Conselho de Segurança da ONU para apoiar Bashar al-Assad em toda a quatro anos e meio de guerra que durou um ano, que se acredita ter reivindicado cerca de 250.000 vidas. A Rússia também tem sido um fornecedor de longo prazo de armas para o governo sírio, algo que agora justifica pela necessidade de lutar Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Isil).
A especulação está crescendo que a Rússia tem se expandido significativamente a sua participação nos últimos meses, incluindo com as entregas de armamento avançado, uma série de peças de reposição para máquinas existentes ea implantação de um número crescente de conselheiros e instrutores militares.
Na semana passada, a televisão estatal síria divulgou imagens que mostram um de fabricação russa veículo blindado avançado, o BTR-82A, em combate. Vídeos também têm aparecido em que as tropas envolvidas em combate parecem gritar instruções para o outro em russo.
Na semana passada, o Yedioth Ahronoth diário israelense citou fontes diplomáticas ocidentais dizem que a Rússia estava à beira da implantação de "milhares" de tropas para a Síria para estabelecer uma base aérea a partir do qual a força aérea russa iria voar missões de combate contra a Isis.
Analistas russos chamado o relatório Yedioth rebuscado, apontando para desconfiança russa de repetir a experiência americana no Iraque ea tensão atual sobre os militares russos de uma guerra secreta na Ucrânia.
A maioria dos analistas conectado-governamentais já insistiu que o apoio da Rússia para o Sr. Assad é "estritamente político", e rejeitaram relatos de envolvimento militar como "loucura".
"É uma notícia falsa. A implantação desse porte exigiria a aprovação do Conselho da Federação [câmara alta do Parlamento russo] ", disse Yevgenny Buzhinsky, um general russo aposentado que agora dirige o centro analítico PIR em Moscou. "Tanto quanto eu estou ciente de quaisquer conselheiros de lá não entrar em combate."
Mas os comentários de Putin carrilhão com especialistas que dizem que o governo russo estaria disposto a fornecer apoio logístico substancial e conselhos, mesmo que se esquiva de intervenção em grande escala.
"Essas coisas são mantidos muito segredo, mas há definitivamente um consultor e instrutor missão lá, possivelmente na casa das centenas", disse Pavel Felgenhaeur, um comentarista independente sobre assuntos militares russas.
"Ele definitivamente inclui assessores técnicos e engenheiros para manter o equipamento militar sofisticado e fuzileiros navais para protegê-los. Não há nenhuma maneira jatos de Assad ainda poderia estar voando depois de quatro anos de guerra, sem assistência técnica russa ", disse ele.
Sr. Felgenhauer disse que era "perfeitamente concebível" que os membros da missão de aconselhamento, ocasionalmente, encontraram-se em combate ou vítimas teve mesmo sofreu.

File photo: Fighters from the Islamic State of Iraq and the Levant (ISIL) marching in Raqqa, SyriaFoto de arquivo: Lutadores do Estado Islâmico do Iraque ea marcha Levant (ISIL) em Raqqa, Síria Foto: AP
Um regime oficial militar sírio que desertou em 2012 disse ao Telegraph que ele tinha pessoalmente trabalhou ao lado de oficiais russos, mas que em sua experiência que eles estavam lá ", como especialistas, e não combatentes".
"A maior parte da sala de operações e muitas das linhas de defesa são planejadas por especialistas russos, por isso há pessoal técnico extras agora. Eles são principalmente em Damasco", disse o desertor, citando antigos colegas que ainda estão servindo com o governo Assad.
Os relatos de aumento do apoio siga uma ofensiva diplomática recente em que a Rússia tem tentado convencer os governos ocidentais e árabes, bem como membros da oposição síria, que Assad deve ser parte de um governo de unidade nacional e uma aliança internacional para combater Isil.
Putin, disse nesta sexta-feira que Assad havia concordado em tal acordo ", até o ponto de início da realização de eleições parlamentares e estabelecer contactos com a chamada oposição saudável e envolvê-los no governo".
No entanto, os governos ocidentais e líderes rebeldes sírios, até agora, insistiu que não há lugar para o Sr. Assad no pós-guerra a Síria.
Em uma guerra dilacerada com a barbárie, em grande parte liderada por lutadores de Isil, o regime de Assad continua a ser a maior causa de morte de civis.
Khaled Khoja, o presidente da oposição da Síria Coalizão Nacional, disse depois de uma reunião recente com autoridades russas em Moscou que não havia nenhuma questão de partilhar o poder com o Sr. Assad.
Outra opção debatida nos círculos políticos estrangeiros envolveria Assad deixar o cargo para ser substituído por um sucessor mutuamente aceitável.
Rússia é dito para se opor a esta visão, acreditando que a remoção de Assad levaria ao colapso completo da Síria como um estado.
O Pentágono disse nesta sexta-feira que tinha visto relatos de Rússia implantação de tropas e aviões na Síria, e foi "monitorando a situação de perto".
Quanto à possibilidade de a Rússia aderir à coalizão contra Isil, porta-voz do Pentágono, Peter Cook disse que os EUA "acolher as oportunidades para os outros a juntar-se à luta".
Entretanto, o Sr. Cook disse que "o regime de Assad não pode ser um parceiro contra o terrorismo que ele tem tanto curadoria e, em seguida, não conseguiu enfrentar de forma eficaz"

http://www.telegraph.co.u

http://undhorizontenews2.blogspot.com.br/

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Algo de estranho no ar

 

Por que os Países Estrangeiros estão repatriando ouro a partir do US Federal Reserve?

Sputnik
02 de setembro de 2015

Como se acredita que a política da Reserva Federal dos EUA vá provocar grande turbulência nos mercados financeiros e de commodities globais, os países estrangeiros estão retirando as suas reservas de ouro do maior depósito de ouro do mundo.
Os bancos centrais de países estrangeiros retomaram a retirada das suas reservas de ouro da Reserva Federal dos EUA, de acordo com o último relatório da reserva Federal.
A repatriação maciça de ouro começou de volta no início de 2014.
Durante o período, um total de 250 toneladas de ouro físico foram retirados do Federal Reserve. As reservas de ouro do depósito caíram para 5.950 toneladas, uma baixa recorde nos últimos 20 anos.
Da última vez, que uma situação semelhante ocorreu foi antes da crise financeira de 2008, e os bancos centrais estrangeiros retiraram cerca de 400 toneladas de ouro. Tendo em conta que a retirada atual dura desde 2014 e este ano tem visto uma nova crise surgindo, a história se repete, Vesti.ru reporta. As primeiras grandes tentativas dos países estrangeiros para retornar com as suas reservas de ouro começaram em 2012. Naquele tempo, a Alemanha fez tentativas para retirar seu ouro, mas foi negado a ordem e receberam apenas uma pequena parcela das planejadas 700 toneladas.
Em meio à crise global em curso, a confiança no Federal Reserve dos EUA está diminuindo. O seu papel geopolítico tornou-se evidente ao longo dos últimos anos. Qualquer anúncio da intenção do Fed de elevar os juros provoca desestabilização nos mercados financeiros e de commodities globais, diz o artigo.
Além disso, o Fed pode trazer uma forte pressão sobre os sistemas financeiros da área do euro e outros países europeus, acrescenta.
Provavelmente, mesmo aliados dos EUA secretamente querem se livrar da influência do Fed e estão procurando maneiras de fazer isso. A retirada recente de ouro pode ser um passo para alcançar esse objetivo, o artigo presume.
Em sua carta aberta para a Commodity Futures Trading Commission, Keith Neumeyer, presidente da First Mining Finance ressaltou que as ações dos produtores e compradores do mundo real não são determinadas por operações do mercado financeiro que são realizados apenas no papel.
Como a China aumentou suas reservas de ouro para 600 toneladas, não há motivo razoável para falar sobre a baixa demanda por ouro. Nesta situação os preços do ouro devem ir para cima, mas na verdade eles não fazem, de acordo com o artigo.
Acontece que, enquanto os preços de mercado indicam que o ouro é pouco promissor, os clientes reais continuam a comprá-lo em quantidades recordes, ele explica.

http://undhorizontenews2.blogspot.com.br/

Rússia abrindo caminho para descartar o dólar


Rússia está caminhando para aprovar uma lei que formalmente descartará o dólar americano
 
Michael Snyder
Economic Collapse
03 de setembro de 2015
  
  O presidente russo, Vladimir Putin introduziu legislação que trataria um tremendo golpe para o dólar norte-americano.

Se Putin recebe o seu caminho, e ele quase certamente, o dólar norte-americano será eliminado do comércio entre as nações que pertencem à Comunidade de Estados Independentes. Além da Rússia, que lista de países inclui Armênia, Azerbaijão, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Moldávia, Tadjiquistão e Uzbequistão. Obviamente, isso não significaria "a morte do dólar", mas seria um passo muito significativo em direção ao fim da era do domínio absoluto do dólar norte-americano. A maioria das pessoas não percebem isso, mas mais dólares norte-americanos são realmente utilizados fora dos Estados Unidos que são usados ​​dentro deste país. Se o resto do planeta decide parar de acumular dólares, usando-os para o comércio com o outro, e emprestar-los de volta para nós a taxas de juros ultrabaixas, vamos estar em um mundo de dor. Infelizmente para nós, é apenas uma questão de tempo até que isso aconteça.
 
Quando comecei a ler o seguinte trecho de um recente artigo RT, eu estava absolutamente atordoado ...


O presidente russo, Vladimir Putin elaborou um projeto de lei que visa eliminar o dólar norte-americano e ao euro a partir de comércio entre os países da CEI.

Isso significa a criação de um mercado financeiro único entre a Rússia, Armênia, Belarus, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e outros países da ex-União Soviética.

Isso ajudaria a expandir o uso das moedas nacionais nos pagamentos de comércio exterior e serviços financeiros e, assim, criar condições para uma maior liquidez dos mercados de moeda nacional", disse um comunicado do Kremlin.
 
  Durante muito tempo, as tensões têm vindo a construir entre os Estados Unidos e a Rússia sobre a Síria, Ucrânia, o preço do petróleo e toda uma série de outras questões. Mas eu não antecipar que as coisas chegar a este nível ainda. Espera-se que o novo projeto de lei de Putin vai se tornar lei, e este é apenas um elemento de uma tendência muito maior, que agora está se desenvolvendo.
 

Você vê, a verdade é que a Rússia ea China têm ambos os ativos denominados em dólar de dumping sido por meses. A seguir vem de um artigo recente por Mac Slavo ...
 


  No mês de dezembro 2014 sozinho Putin vendidos cerca de 20% do Tesouro americano do país, um movimento que aumentou ainda mais as tensões que cercam o que só pode ser descrito como uma guerra econômica entre o Oriente eo Ocidente.

Então, como se parte de um esforço coordenado, este Verão, foi revelado que a China implementou uma estratégia semelhante, o dumping meio trilhão de dólares activos denominados.

  Mas isso é apenas o começo do fim para o dólar norte-americano. Em meio a um grande colapso no mercado acionário chinês República Popular vendeu bilhões de dólares em ativos em dólar na semana passada em que foi relatada a ser um esforço para estabilizar suas colapso dos mercados financeiros.

  E agora, como a economia da Rússia entra em colapso sob o peso das sanções americanas e europeias, incluindo o que muitos acreditam ser a manipulação de queda generalizada dos preços do petróleo, Vladimir Putin está a enviar um sinal claro ao banco central de moeda de reserva do mundo.
 
  China tem a segunda maior economia em todo o planeta, ea Rússia tem a décima maior. Nos últimos anos, essas duas potências tornaram-se muito mais apertado. Por exemplo, basta considerar esta manchete do Sputnik News que me deparei com apenas hoje: "Crippling Política Externa dos EUA Empates Rússia, China Closer Together".
 


E eu não sei se vocês notaram, mas as relações dos EUA com a China giraram em vez azedo recentemente.  Lotes de acusações sobre espionagem e violações comerciais foram voando ao redor, e apenas esta semana cinco navios de guerra chineses foram avistados ao largo da costa do Alasca. Nos próximos meses, esperamos que a nossa relação com a China a continuar a desvendar. Se a China ea Rússia foram para tanto fundamentalmente rejeitar o dólar norte-americano, em algum momento, a maior parte do resto do mundo podem optar por seguir o exemplo.

  Então, por que isso é importante?

O fato de que a maioria das nações do mundo usam nossos dólares para o comércio com o outro cria uma enorme quantidade de demanda artificial para a nossa moeda.  Em outras palavras, o dólar dos EUA é valorizado muito maior do que poderia ser apenas porque é a moeda de reserva de facto do planeta.

Como resultado, podemos importar grandes quantidades de produtos a preços super barato.  Quando vamos para a Wal-Mart ou a loja do dólar, podemos encher nossos carros com lotes e lotes do material ridiculamente barato.  Nosso padrão de vida é muito maior do que realmente deveria ser.

  E porque o dólar norte-americano é usado tão amplamente no comércio global, as principais nações exportadoras acabar com pilhas gigantes de nossa moeda que eles foram dispostos a emprestar de volta para nós a taxas de juro ultra-baixos.  Isso tornou possível financiar nosso governo federal maciçamente inchado e ir de 18 trilhões de dólares em dívida.

Se o resto do mundo pára de usar nossos dólares e pára de tocar o nosso jogo, estaremos em uma enorme quantidade de problemas. O custo dos produtos importados seria absolutamente foguete e nosso padrão de vida seria ir para baixo.

Além disso, o governo federal (junto com os governos estaduais e locais) teria de pagar muito mais para emprestar dinheiro que rapidamente criar uma crise da dívida gigantesca.

Assim, a Rússia sabe onde eles poderiam realmente nos machucar. A maior parte do "poder" que a América projectos actualmente em todo o mundo é baseado em ter a reserva de moeda de facto do planeta. Se você tomar o nosso poder financeiro de distância, que seria muito, muito menos imponente no palco global.  Infelizmente, a verdade é que os militares dos EUA está diminuindo rapidamente e em grande parte foi defasado pela administração Obama.

Um monte de pessoas que irão ler este artigo não vai entender isso, mas é muito, muito importante para manter um olho sobre esta aliança russo / chinês emergente. Eu acredito que ele vai desempenhar um papel fundamental nos acontecimentos mundiais durante os próximos anos.

  Então você concorda comigo ou você discorda? Por favor, sinta-se livre para participar da discussão, postando um comentário abaixo ...
http://undhorizontenews2.blogspot.com.br/

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Reforma política acaba com exigência de domicílio eleitoral

  •  

Proposta, aprovada, é de autoria do senador tucano José Serra.

A proposta de reforma política aprovada na noite dessa quarta-feira (02/09) pelo Senado acabou com a exigência, prevista na Lei 9.504/1997, para que o candidato que quiser concorrer às eleições deve ter domicílio eleitoral na região da disputa pelo menos um ano antes do pleito. Os senadores acataram emenda apresentada pelo senador José Serra (PSDB-SP), que argumentou ser a exigência sem lógica ou utilidade.

‘’O candidato, independentemente de ter ou não domicílio eleitoral, estará sujeito ao escrutínio da população local. Se ele julgar negativa essa circunstância, o candidato será punido com baixa votação’’, defendeu Serra. A proposta, que passará, também, pela Câmara Federal, poderá valer para as eleições de 2016.

A mudança derruba a barreira para lideranças políticas que tem identidade com a população de um município, embora resida em outra cidade. Um exemplo desse cenário é a cidade de Caucaia, que, nesse momento, tem três pré-candidatos a prefeito que estão transferindo o domicílio eleitoral como condição para legitimar a candidatura em 2016.

Entre os três pré-candidatos, dois (deputado federal Danilo Forte, do PMDB, e a médica Lia Gomes, do PROS) já transferiram o domicílio para Caucaia, enquanto o terceiro – deputado federal José Airton Cirilo, do PT, estava em processo de mudança. Com a proposta aprovada no Senado e, após passar pela Câmara Federal até o dia 31 de agosto, a lei poderá entrar em vigência nas eleições de 2016.

http://www.cearaagora.com.br/site/2015/09/reforma-politica-acaba-com-exigencia-de-domicilio-eleitoral/

Senado aprova janela para mudança de partido e cláusula de barreira para debates

 

Agência Brasil

Dando prosseguimento à votação do Projeto de Lei 75/2015, o plenário do Senado aprovou novas emendas que modificam regras para as eleições. Uma delas prevê a criação de uma janela para que os candidatos que já exercem mandatos de deputados ou vereadores possam mudar de partido sem perder mandato.

A emenda aprovada pelos senadores concede prazo de 30 dias para que os interessados formalizem a troca de partido. A janela será aberta um mês antes do fim do período de filiação partidária, ou 13 meses antes das eleições.

Pelas regras atuais, os parlamentares só podem mudar de partido sem correr risco de perder o mandato se forem para uma legenda recém criada – exceto no caso de eleições majoritárias, como senadores e prefeitos. O objetivo da emenda aprovada no PLC 75 é evitar que sejam criados partidos políticos apenas para abrigar parlamentares insatisfeitos com seus atuais partidos.

Também foi aprovada outra emenda que impõe uma cláusula de barreira para participação de candidatos em debates midiáticos promovidos no período eleitoral. O texto prevê que, a partir de 2020, passa a ser obrigatório o convite apenas para candidatos de partidos com pelo menos nove deputados na Câmara.

O projeto também trata do financiamento e do custo de campanhas eleitorais. O texto-base já aprovado estabelece que as futuras campanhas poderão custar até 70% da campanha anterior à aprovação da lei. Uma emenda propôs a redução do limite para 50%, mas foi rejeitada.

http://www.jb.com.br/pais/noticias/2015/09/03/senado-aprova-janela-para-mudanca-de-partido-e-clausula-de-barreira-para-debates/

VAMOS SER UM PRESENTE PARA O MUNDO

11949544_571652882975410_53565409960025820_n[1]

Contamos com você

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Relator mantém em parecer conceito de que família é só união de homem e mulher

 

Iolando Lourenço – Repórter da Agência Brasil

O relator do Projeto de Lei (PL) 6.583/13, que institui o Estatuto da Família, deputado Diego Garcia (PHS-PR), apresentou hoje (2) seu parecer à comissão especial que estuda a matéria. Garcia manteve em seu substitutivo o conceito básico de que “a família é formada por um homem e uma mulher, através do casamento ou da união estável, e a comunidade formada por qualquer dos pais e seus filhos”. O texto dispõe sobre os direitos da família e as diretrizes das políticas públicas voltadas para valorização e apoio à entidade familiar.
Após a leitura do parecer, foi aberto o prazo de cinco sessões da Câmara dos Deputados para apresentação de emendas que visem a modificar o texto apresentado hoje. As emendas podem apresentadas a partir de sexta-feira (4). De acordo com o substitutivo, é dever do Estado, da sociedade e do Poder Público, em todos os níveis, assegurar à entidade familiar a efetivação do direito à vida, desde a concepção, e do direito à saúde, à alimentação, à moradia, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania e à convivência comunitária.
O substitutivo também estabelece que “é assegurada atenção integral à saúde dos membros da entidade familiar, por intermédio do Sistema Único de Saúde [SUS], garantindo-lhes o acesso em conjunto articulado e contínuo das ações e 56 serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial ao atendimento psicossocial da unidade familiar”. Pela proposta,os pais têm direito a que seus filhos recebam educação moral, sexual e religiosa que não esteja em desacordo com as convicções estabelecidas no âmbito familiar.
As discussões em torno da proposta que institui o Estatuto da Família têm sido polêmicas na comissão e na Câmara, uma vez que a matéria divide opiniões entre deputados da Frente Parlamentar Evangélica e os que são contra a definição do conceito básico do que é família, que afirmam que o texto não inclui outros modelos de união, como o de casais do mesmo sexo.
O parecer de Diego Garcia diz que é competência do Congresso Nacional regulamentar “a especial proteção constitucionalmente garantida à família”. Segundo Garcia, o estatuto vem para colocar a família no plano das políticas públicas de modo sistemático e organizado. “Nada impede que os cidadãos, mediante seus representantes políticos, advoguem pela inclusão de novos benefícios a outras categorias de relacionamento, mediante argumentos que possam harmonizar-se à razão pública. Portanto, o Estatuto, uma vez que não proíbe nada ao Congresso, de modo algum pode ser alcunhado de impeditivo para o que seja”, disse o relator em sua justificativa.

Edição: Nádia Franco

Da Agência Brasil

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Grupo de 400 trilionários governa os EUA, afirma militar

 

Por Redação, com agências internacionais – de Washington

Ex-funcionário norte-americano e coronel reformado do Exército dos EUA afirmou, neste sábado, que a política do seu país é determinada por 400 pessoas cujas fortunas são superiores a vários trilhões de dólares. Na entrevista à rádio lituana Baltkom, o coronel Lawrence Wilkerson, ex-chefe de gabinete do secretário de Estado norte-americano Colin Powell, afirmou que a linha política é estabelecida por cerca de 0,001% da população norte-americana.

– São os oligarcas que chefiam todos os processos ‘nos bastidores – disse Lawrence Wilkerson.

O coronel reformado Lawrence Wilkerson critica o sistema político-econômico norte-americano
O coronel reformado Lawrence Wilkerson critica o sistema político-econômico norte-americano

O ex-funcionário do segundo escalão do governo norte-americano também mostrou a sua indignação com este cenário:

– Nos EUA há cerca de 400 pessoas, trilionários cujas fortunas ultrapassam a casa dos 15 zeros. Esta distribuição de riqueza no país é indecente, ofensiva. A desigualdade é enorme.

Assim, enquanto os EUA impõem a democracia ao resto do mundo, parece que, com tal sistema de administração, eles não sabem realmente o que significa o “governo do povo”, afirmou.

Miséria

Enquanto isso, notícia publicada em um site de notícias especializado em destacar as reportagens que não aparecem na grande mídia norte-americana, o Political Blindspot (PB) relata que na maior nação liberal do planeta, a terra das oportunidades, onde qualquer um pode construir sua riqueza, 80% de sua população viveram próximos a pobreza ou abaixo da linha da miséria (só nessa última condição, são 49,7 milhões de pessoas).

A reportagem fala ainda do aumento cada vez maior do abismo que separe ricos e pobres daquela nação e de como o governo estadunidense, em vez de aumentar a rede de proteção social dos 80% da população que sofre com os efeitos da pobreza, está discutindo os cortes dos poucos programas assistenciais que estão ajudando alguns estadunidenses a se manterem pouco acima da linha da pobreza.

“Se você vive nos Estados Unidos, há uma boa chance que você esteja agora vivendo na pobreza ou muito próximo a ela. Aproximadamente 50 milhões de estadunidenses, (49,7 milhões), estão vivendo abaixo da linha da pobreza com 80% de todos os habitantes dos Estados Unidos vivendo próximo a linha da pobreza ou abaixo dela”, afirma o Political Blindspot.

Essa estatística da “quase pobreza” é mais surpreendente do que os 50 milhões de estadunidenses vivendo abaixo da linha da pobreza, pois ela remete a um total de 80% da população lutando contra a falta de emprego, a quase pobreza ou a dependência de programas assistenciais do governo para ajudar a fazer face às despesas.

Número confiável

A miséria atinge a maioria do povo norte-americano, nas classes mais atingidas pela crise
A miséria atinge a maioria do povo norte-americano, nas classes mais atingidas pela crise

Em setembro de 2013, a Associated Press apontou para o levantamento de dados que falavam de uma lacuna cada vez mais crescente entre ricos e pobres, bem como a perda de empregos bem remunerados na área de manufatura que costumavam fornecer as oportunidades para a “classe trabalhadora” para explicar a crescente tendência em direção à pobreza nos EUA.

Mas os números daqueles que vivem abaixo da linha da pobreza não refletem apenas o número de estadunidenses desempregados. Ao contrário, de acordo com os números de um censo revisado lançado na última quarta-feira, o número – 3 milhões acima daquele imaginado pelas estatísticas oficiais do governo – também são devidos a despesas médicas imprevistas e gastos relacionados com o trabalho.

O novo número é geralmente “considerado mais confiável por cientistas sociais por que ele se baseia no custo de vida, bem como nos efeitos dos auxílios do governo, tais como selos de comida e créditos fiscais,” segundo o relatório da Hope Yen para a Associated Press.

Enquanto isso, o governo dos Estados Unidos parece pensar que a resposta é cortar mais daqueles serviços que estão ajudando a manter 80% da população minimamente acima da linha da pobreza, cortaram os selos de comida desde o começo do mês. Democratas e Republicanos estão negociando apenas quanto mais desses programas devem ser cortados, mas nenhum dos partidos estão discutindo que eles sequer deveriam ser tocados.

crise, EUA, fome, miséria, mundo, trilionários

Grupo de 400 trilionários governa os EUA, afirma militar adicionado por CdB em agosto 29, 2015
Ver todas as publicações de CdB →

http://correiodobrasil.com.br/grupo-de-400-trilionarios-governa-os-eua-afirma-militar/

Economistas propõem nova moeda que poderá derrubar o dólar

 

Dólar norte-americano

© AFP 2015/ Yuri CORTEZ

 

Economistas da Universidade Russa de Economia Plekhanov consideram que a adoção de uma moeda supranacional permitirá aos países afastarem-se do diktat do dólar estadunidense no comércio mundial e aumentar radicalmente a eficácia dos sistemas monetários nacionais e do sistema monetário internacional.

A fundamentação teórica desta ideia, ou seja, da necessidade de introdução de uma moeda supranacional independente, condicionalmente chamada “realis”, foi apresentada por Andrei Bystrov, diretor da cátedra de Economia da Indústria da Universidade de Economia Plekhanov, na conferência internacional realizada esta terça-feira em Moscou e dedicada ao papel da cooperação interbancária na garantia do desenvolvimento econômico estável nos países da OCX (Organização para a Cooperação de Xangai), BRICS e União Econômica Euroasiática.

"Os vícios do sistema monetário mundial tornaram-se um obstáculo ao desenvolvimento econômico da maioria dos países e um fator significativo da sua desigualdade política. Hoje, o país-emitente da moeda mundial recebe preferências injustificadas, a margem de erro na avaliação do poder de compra das moedas na bolsa atinge 300%. Isto priva o sistema de mercado de eficiência e confronta-nos com a questão real da consciência da necessidade de uma moeda supranacional com valor aquisitivo constante", disse Bystrov.

Segundo o especialista da Universidade de Economia Plekhanov, "a possibilidade de estabelecer um padrão nacional tem por base o fato de hoje, em todos os países desenvolvidos, já ter sido criado um sistema de avaliação dos desvios do valor de compra da moeda em relação a um certo valor absoluto indeterminado, mas capaz de ser fixado: os valores da inflação e deflação".

Vladimir Putin e Cristina Fernández de Kirchner durante o encontro de 23 de abril de 2015

© Sputnik/ Aleksei Druzhinin

Argentina e Rússia podem recusar-se ao uso do dólar em comércio mútuo

Questionado sobre a possibilidade de o "realis" poder entrar em circulação em forma de dinheiro vivo, Andrei Bystrov sublinhou que os investigadores não consideram essa possibilidade, devendo o "realis" ser emitido pelos Estados exclusivamente em forma eletrônica.

Segundo Bystrov, agora muitos países estão preocupados com a posição dominante do dólar nos mercados de câmbio internacionais. Uma série de países e associações de Estados estão buscando mecanismos para pagamentos em suas trocas comerciais que não passem pelo dólar.

"Todos os países da OCX e do BRICS estão preocupados com o impacto negativo da utilização generalizada do dólar dos EUA e refletem sobre as possíveis formas de abandoná-lo. Mas é muito difícil abandonar o sistema habitual, que há muito parecia inabalável. Mudar para algo fundamentalmente novo é sempre doloroso. Ao mesmo tempo, o abandono do dólar norte-americano pelos países da OCX e do BRICS criaria uma concorrência entre as várias moedas.

Ora, a existência de concorrência é sempre bom para a economia. De início, a moeda pode ser virtual. Desta forma, a introdução do "realis" permitiria a todos os países utilizá-la, ao mesmo tempo que, por um lado, preservavam os sistemas monetários nacionais e, por outro, tiravam proveito das vantagens de uma moeda supranacional", disse o especialista da Universidade Plekhanov.

Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20150702/1457196.html#ixzz3kVrDnRaQ

http://br.sputniknews.com/mundo/20150702/1457196.html

Presidente russo quer eliminar dólar e euro

 

Presidente da Federação da Rússia Vladimir Putin

 

© Host photo agency

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, preparou um projeto de decreto que visa retirar o dólar e o euro do intercâmbio comercial entre os países que fazem parte da Comunidade de Estados Independentes (CEI).

Com a aprovação desta medida, o mercado financeiro comum pode abranger a Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão, Moldávia, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão.

De acordo com o comunicado oficial do Kremlin, “isso ajudaria a expandir o uso das moedas nacionais em pagamentos no comércio e serviços financeiros internacionais e, desta maneira, criar pré-requisitos para uma maior liquidez dos mercados monetários domésticos”.

Rublo russo

© Fotolia/ Alexey Belikov

Rublo e yuan ganham direitos iguais na China e na Rússia

No futuro, a eliminação do dólar e do euro fomentará “uma política monetária coordenada visando criar novas oportunidades para implementar estratégias de comércio e investimentos de longo prazo e trazer a estabilidade macroeconômica à região”, reza o comunicado.

A CEI é composta por países cujos territórios integravam a União Soviética. No entanto, a Bielorrússia, Cazaquistão e o Quirguistão também fazem parte da União Econômica Eurasiática (UEE). Dentro deste espaço econômico, a estratégia de uso obrigatório de moedas locais pode ser implementada até 2030.

Vale lembrar que em agosto, o Banco Central da China adotou o rublo como segunda moeda legítima na cidade de Suifenhe, na província de Helongjiang, fronteiriça com a Rússia.

Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20150901/2008566.html#ixzz3kVqMXXtz

PT lidera lista dos parlamentares mais influentes do Congresso Nacional em 2015

 

SIBA GUIMARAES

O Partido dos Trabalhadores lidera a lista dos parlamentares mais influentes do Congresso Nacional. São 14 deputados e 10 senadores que conseguem se diferenciar dos demais e comandam o processo decisório no Parlamento, de acordo com pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Os líderes da Bancada do PT e do Governo na Câmara, deputados Sibá Machado (AC) e José Guimarães (PT-CE), integram a lista dos 100 “Cabeças” do Congresso, divulgadas nesta segunda-feira (31), pelo Diap.

Embora tenha apenas 12% das cadeiras no Congresso Nacional - 63 na Câmara e 13 no Senado, de um total de 594 parlamentares - na atual legislatura, o PT se destaca com 24% dos 100 nomes mais influentes do Parlamento brasileiro.

Em segundo lugar na lista dos “Cabeças” está o PSDB, com sete deputados – metade no número de petistas que figuram na lista dos mais influentes. Em terceiro lugar aparece o PMDB, que preside a Câmara e o Senado, com quatro deputados e oito senadores.

Os outros deputados petistas que são considerados pelo Diap como protagonistas do processo legislativo são: Afonso Florence (BA), Alessandro Molon (RJ), Arlindo Chinaglia (SP), Carlos Zarattini (SP), Erika Kokay (DF), Henrique Fontana (RS), Jorge Solla (BA), Marco Maia (RS), Maria do Rosário (RS), Paulo Teixeira (SP), Vicente Cândido (SP) e Vicentinho (SP).

Entre os atributos que caracterizam um protagonista do processo legislativo, o Diap considera a capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações, seja pelo saber, senso de oportunidade, eficiência na leitura da realidade, que é dinâmica, e, principalmente, facilidade para conceber ideias, constituir posições, elaborar propostas e projetá-las para o centro do debate, liderando sua repercussão e tomada de decisão.

Ascensão - Além dos “100 Cabeças”, desde a sétima edição da série, o Diap divulgou um anexo com nome de outros parlamentares que, mesmo não fazendo parte do grupo dos 100 mais influentes, estão em plena ascensão, podendo, mantida a trajetória ascendente, entrar para a elite parlamentar. Estão nesta lista os deputados petistas Paulo Pimenta (RS), Décio Lima (SC), Ságuas Moraes (MT) e Reginaldo Lopes (MG).

Senado – Os líderes da Bancado do PT no Senado, Humberto Costa (PE); do Governo no Senado, Delcídio do Amaral (MS); e do Governo no Congresso, José Pimentel (CE), também estão entre os parlamentares mais influentes do Congresso. Fazem parte da lista ainda as senadoras Fátima Bezerra (RN) e Gleisi Hoffmann (PR) e os senadores Jorge Viana (AC), Lindbergh Farias (RJ), Paulo Paim (RS), Paulo Rocha (PA) e Walter Pinheiro (BA).

Base aliada - Os partidos da base de sustentação do Governo – PT, PMDB, PCdoB, PP, PR, PSD e Pros – reúnem 52% da elite do Congresso. Destes, o PT lidera com 24 nomes, seguido do PMDB, com 12. Logo depois vem o PCdoB, com seis, o PP, com cinco, o PR, com três, o PSD e o Pros com um parlamentar cada.

Embora se declarem independentes, votam majoritariamente com o Governo e aparecem na lista: PSB, com oito; PTB, com quatro; PDT, com três, e o PV com um parlamentar. Já a oposição aponta com 29% da elite e é liderada pelo PSDB, com 14 parlamentares, o DEM, com sete, o PSol e o SD, com três cada, e o PPS, com dois.

Confira a íntegra da publicação do Diap:

Cabeças do Congresso Nacional - 2015 (PDF - 944Kb)

Vânia Rodrigues, com informações do site do Diap

http://ptnacamara.org.br/index.php/inicio/noticias/item/24218-pt-lidera-lista-dos-parlamentares-cabecas-do-congresso-nacional-em-2015

Sibá critica parcialidade de Gilmar Mendes e qualifica Aécio de "moleque"

 

siba entrevista rogerioO líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado (AC), criticou hoje (26) o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, pela “recorrente parcialidade” com que tem agido para prejudicar o Partido dos Trabalhadores. A crítica decorre da reanálise, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), das contas da campanha eleitoral da presidenta Dilma e do vice-presidente Michel Temer. As contas já tinham sido aprovadas pela Corte e tiveram como relator o próprio Gilmar Mendes.

Para o líder petista, Gilmar extrapola seu papel de magistrado e age de forma parcial e partidarizada no processo reaberto por proposta da coligação que nas eleições do ano passado teve como candidato o presidente nacional do PSDB e senador Aécio Neves (MG). “Aécio age como um moleque, inconformado com a derrota a ele imposta pela presidente Dilma nas eleições do ano passado. O voto do povo brasileiro é soberano”, disse o líder ao contestar as ações do PSDB no TSE.

“O que se requer de um ministro do STF é equilíbrio e imparcialidade, a isenção não pode ser jogada na lata de lixo”, registrou Sibá sobre Gilmar Mendes.

O líder lembrou que Aécio, na terça-feira (25), foi acusado pelo doleiro Alberto Youssef de ter recebido propina num esquema para irrigar campanhas políticas em 2002, pelo qual desviaram-se de Furnas mais de 108 milhões de reais.

Chororô – O líder ressaltou que não houve irregularidade na campanha de Dilma e que as contas foram aprovadas pelo TSE em dezembro de 2014. “Passou da hora de se dar um basta a este assunto. O chororô do PSDB e do senador Aécio é apenas sintoma de golpismo de quem perde nas urnas e quer ganhar no tapetão”, afirmou.

Sibá lembrou que desde o ano passado o PSDB comporta-se como “mal perdedor” e tenta “macular a democracia” ao não aceitar o resultados das eleições. “A primeira reação golpista foi a de lançar suspeições sobre o nosso sistema eleitoral, com Aécio pedindo a recontagem dos votos, como se nossas urnas eletrônicas – um sistema dos mais modernos do mundo – fossem sujeitas a fraudes”, recordou o petista.

Destrato - Na sessão do TSE de terça-feira, Gilmar Mendes destratou sua colega, a também ministra Maria Thereza de Assis Moura, após ela ter rejeitado, como relatora, o prosseguimento da ação do PSDB contra a presidenta Dilma por suposto abuso de poder econômico durante a campanha. Os tucanos continuam com suas tentativas golpistas e querem impugnar o resultado das eleições. Votaram pela continuidade da ação os ministros Gilmar Mendes, João Otávio de Noronha, Luiz Fux e Henrique Neves.

A ministra Maria Thereza de Assis Moura manteve sua decisão de arquivar a ação proposta pelo PSDB e ainda afirmou que a legenda, ao propor a ação, não anexou provas das irregularidades que apontava, como abuso de poder político e econômico, inclusive com financiamento mediante recursos desviados da Petrobras. A ministra Luciana Lóssio pediu vistas do processo. Quando retomado o caso, faltarão apenas os votos da ministra e do presidente do TSE, ministro Dias Toffoli.

PT na Câmara
Foto: Rogério Tomaz Jr./PT na Câmara

COMO A AUSTRÁLIA, CONSIDERADA O 2º CONTINENTE MAIS SECO, SUPEROU A FALTA DE ÁGUA NO PAÍS?

 

A resposta é simples: “Deu valor econômico à água”, afirma o secretário da Plataforma de Recursos Hídricos, Divisão do Solo e da Água, da FAO, órgão da ONU, Marlos de Souza, um dos palestrantes do seminário “Uso Sustentável da Água na Agricultura: Desafios e Soluções”, que ocorre hoje na sede da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)

Brasília (18/08/2015) – O clima na Austrália para quem gosta de Sol, dias claros, e céu azul, é incomparável com qualquer outro país do mundo. Lá simplesmente quase não chove. É considerado um dos países mais secos. Sua fonte de água é a Bacia Murray-Darling, com 5.890 quilômetros de extensão. Ambos nascem nos Alpes e desembocam na grande baía australiana, após atravessa­rem a mais importante região agrícola do país. Mas como o continente faz para produzir alimentos com pouca água?

Segundo o secretário da Plataforma de Recursos Hídricos, Divisão do Solo e da Água, da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Marlos de Souza, a água tem valor econômico. Essa é a grande resposta para a pergunta. O secretário comentou em sua palestra que a Austrália estabeleceu muito cedo valor econômico para a água. “Então sempre pensamos: onde podemos colocar essa água para ser mais produtiva?”, disse.

Souza observou que o país passou oito anos por uma crise chamada de Seca do Milênio, entre 1997 e 2009, que culminou com a intervenção gerencial do governo federal nos recursos hídricos dos estados. Apesar de ser uma federação igual ao Brasil, na Austrália os recursos hídricos são posse dos estados e o governo central não intervinha na questão. “Com isso a quantidade de água extraída passou a ser determinada por uma legislação federal. “A lei forçou uma situação de compra e venda de água igual ao modelo do mercado de ações. Onde o produtor pode alugar ou ter uma outorga”, explicou o secretário.

Com essa regulação da água, observou Marlos de Souza, o governo passou a arrecadar dois bilhões de dólares australianos por ano somente com impostos, que são revertidos em bens para a população, como escolas, saúde, transporte. “O uso da água é medido de acordo com o valor do seu produto. O agricultor não reclama. Ele sabe do valor da água”, complementou.

O secretário observou que além da intervenção do governo, a Austrália passou a investir muito em planejamento de forma eficiente, utilizando menos água e produzindo mais alimentos. “Hoje, temos programas de melhorias na eficiência de irrigação nas fazendas com investimentos na ordem de 5,8 bilhões de dólares. E assim o país vai aprendendo a ser cada vez mais eficiente”, comentou. E acrescentou: “a água tem valor econômico principalmente para agricultura. O brasileiro tem que entender esse valor e aplicá-lo”.

O seminário “Uso Sustentável da Água na Agricultura: Desafios e Soluções” é realizado nesta terça-feira (18/08) pelo Sistema da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), composto também pelo Instituto CNA e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), na sede da Confederação, em Brasília. O evento busca debater a escassez de água no mundo e discutir experiências de países que enfrentam a falta de recursos hídricos de maneira eficaz, tais como Austrália, Estados Unidos e Israel.

Exemplo brasileiro

No Rio Grande do Sul, no Município de Camaquã, o projeto de Irrigação do Arroio Duro é um exemplo de sucesso da parceria público-privado que vem diminuindo sustentavelmente por meio da irrigação o uso da água. Hoje, são irrigados 15 mil hectares de arroz por ano em uma área de 50 mil hectares, colhendo aproximadamente 2,3 milhões de sacos de 50 Kg de arroz, ou seja R$ 40 bilhões por safra. O Sistema foi executado pelo Governo Federal por meio do Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS). Hoje é administrado pela Associação dos Usuários do Arroio Duro (AUD).

De acordo com o assessor técnico da AUD, João Isidoro Viegas, o objetivo do projeto é o uso racional da água e aumento da área irrigada. O assessor explicou que para atingir essa meta é realizada a irrigação por inundação, que consiste em colocar uma lâmina de água em compartimentos formados no terreno, denominados de tabuleiros ou quadros, que são limitados por pequenos diques ou taipas (construção destinada a represar água). “Dessa forma, economizamos cerca de 15 milhões de metros cúbicos de água anualmente”, disse. O volume é suficiente para atender mais de 1,5 mil hectares. Segundo ele, a cada ano o uso da água diminui.

O seminário “Uso Sustentável da Água na Agricultura: Desafios e Soluções” é realizado nesta terça-feira (18/08) pelo Sistema da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), composto também pelo Instituto CNA e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), na sede da Confederação, em Brasília. O evento busca debater a escassez de água no mundo e discutir experiências de países que enfrentam a falta de recursos hídricos de maneira eficaz, tais como Austrália, Estados Unidos e Israel.

Assessoria de Comunicação CNA
telefone: (61) 2109 1419
www.canaldoprodutor.com.br

https://twitter.com/canaldoprodutor
https://www.facebook.com/canaldoprodutor

Crise na China? Especialista explica porque não é bem assim

 

30 agosto 201531/08/2015 Miguel do Rosário 

Crise-em-Chinês

Publico abaixo um artigo - exclusivo para o Cafezinho - de Elias Jabbour, um dos maiores especialistas em China no Brasil.

Jabbour já esteve inúmeras vezes na China, já escreveu livros sobre a China, integra a Executiva Nacional do Partido Comunista do Brasil, e é professor de economia na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Já teve muitos artigos publicados na grande imprensa (Valor, etc), e agora estreia no blog como um colunista eventual sobre a China.

***

Crise na China? Que crise é essa mesmo?

Elias Jabbour*, exclusivo para o Cafezinho.

Há quase um mês a China virou manchete dos editoriais dos principais periódicos de economia do mundo. Não mais noticiando recordes de crescimento. Ao contrário, as preocupações giram em torno da sustentabilidade do crescimento, para quanto mesmo irá cair seu crescimento e quanto o mundo sentirá esta queda de índice. A presente instabilidade no gigante devolve ao centro do debate a sustentabilidade, de fato, do chamado “modelo chinês”. Não demorou muito para que o debate tomasse contornos ideológicos com os ortodoxos colocando a cabecinha de fora, opinando como se o problema do mundo fosse o excesso de Estado na China e não o contrário (falta de Estado) em outros países, inclusive o Brasil.

Evidente que a questão a ser respondida é se o país continuará a crescer ou não. Ou até onde vai a capacidade do Estado chinês em continuar dando as rédeas do processo e até onde deverá ser encaminhada uma reversão de papéis interna com o mercado tomando posições. Daí a vaticinar uma nova crise financeira tendo como epicentro a China é um exagero razoável. Mais honesto seria colocar os olhos sobre a quantas andam as operações de derivativos no sistema financeiro norte-americano, pois é de lá que os podres do padrão financeirizado de acumulação continuarão a brotar, não na China. É do mercado autorregulado que devemos ter medo. E desde 1929 é isso o que a história tem demonstrado.

A China decide em 1978 implementar uma política de profundas reformas econômicas e de abertura à tecnologia exterior, mantendo o caráter socializando do regime. Esse movimento não se deu isoladamente. Motivos de ordem externa e interna aceleraram esta opção. A decadência do fordismo, levando consigo seus clones socialistas, na década de 1970 acrescido pelo surgimento de um novo paradigma tecnológico no Japão, a ascensão dos Tigres Asiáticos às suas portas e com performance econômica capaz de demonstrar a iniquidade do modelo soviético e a suposta superioridade do socialismo. Afora isso, persistiam pendências históricas não solucionadas (Taiwan, Hong-Kong, Macau), além – internamente – dos dissabores de um modelo de crescimento marcado por desiguais relações entre campo e cidade (modelo soviético) e suas imensas repercussões, entre elas o da sustentação política de uma força que chega ao poder em 1949 como expressão de uma grande revolta camponesa.

Em mais de 35 anos, pode-se dizer que a China enfrentou com sucesso grande parte de todos os desafios elencados acima. Sua produção agrícola continua a crescer, camponeses enriqueceram, o país se transformou numa potência financeira capaz de proscrever os imperativos de dominação intrínsecos às instituições forjadas no âmbito de Bretton Woods. A fusão, em 1978, do Estado Revolucionário fundado por Mao Tsétung em 1949 e o Estado Desenvolvimentista de tipo asiático internalizado por Deng Xiaoping, tem determinado o poder de transformação e desafio aos paradigmas impostos pelo Consenso de Washington.

Porém, o peso da indústria nacional (oficina do mundo) e de seu respectivo efeito demanda sobre economias de todo planeta, um crescimento pautado por altas taxas de investimento e, consequentemente, com variável consumo sobre o PIB muito baixa, além de uma crescente interação financeira com o resto do mundo têm posto o país diante de óbices nada pequenos: o momento é de mudança de modelo. O consumo deverá tomar a dianteira do processo. Não somente isso, o próprio mercado deverá tender a ganhar mais peso e importância na alocação de fatores de produção e determinação de preços. Evidente que uma transição deste nível não ocorrerá sem grandes percalços, afinal o próprio desenvolvimento soluciona e engendra contradições. Ninguém cresce durante 35 anos consecutivos, “impunemente”, ainda mais num modelo onde a prática de tentativa e erro é parte essencial da metodologia.

A crescente internacionalização da economia do país coloca no centro da agenda a conversibilidade de sua moeda, além disso os efeitos de um pacote de US$ 600 bilhões implementado em 2009 para enfrentar os efeitos domésticos da crise financeira internacional provocaram injeção demasiada de liquidez na economia doméstica, além de forte endividamento interno no nível provincial. Ao adentrar na era do mercado de capitais é preciso saber que é no mercado de capitais onde estas contradições se esgarçam, o que não significa que esteja ocorrendo uma grave crise financeira por lá (o alcance de mercado de capitais ainda é muito pequeno em comparação com as congêneres europeias e norte americana), porém é sugestivo o desafio da nova era à governança chinesa e mesmo aos países dependentes de seu mercado doméstico, incluindo o Brasil.

Não vejo uma crise na China. O país deverá cumprir sua meta de crescimento aos próximos anos de algo entre 6,5% e 7%. Também se foi o tempo do crescimento quantitativo, aquela loucura de dois dígitos. O país está diante do desafio de trânsito de modelo, justamente num país em que o investimento é quase um vício, não somente isso: o próprio investimento é elemento de avaliação política e ascensão de dirigentes municipais e provinciais na hierarquia do PCCh. Num ambiente deste é muito difícil uma transição, mesmo que suave, pois demanda profunda mudança de mentalidade política e empresarial. Além do mais, o sucesso da transição demanda imensa mobilização das maiores taxas de poupança represada do mundo, ao consumo. O que significa, na outra ponta, o desafio de construção de um poderoso Welfare State, cujo sucesso de implementação poderá ser principal objeto de comparação entre o sucesso e, real, superioridade do socialismo ante um capitalismo em estado rápido de putrefação.

Por fim, o desafio do Estado e do mercado. Um processo de liberalização financeira está na ordem do dia das autoridades de Pequim, o que não redunda na adoção de uma noção neoclássica de autorregulação mercantil, longe disso. Na outra ponta está o desafio do Estado Nacional chinês de ampliar o alcance de seu próprio Estado e do papel do planejamento, muito além do planejamento soviético e das novas formas surgidas no âmbito das reformas econômicas. Formas superiores de planejamento como instrumento de relação com as instabilidades anexas aos mercados financeiros. Nunca o exercício da estratégia foi tão necessário quanto na China de nossos dias, sentindo as dores do parto de um complexo e difícil processo de mudança de modelo e paradigma internos.

____________
* Professor Adjunto da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FCE-UERJ) e autor de “China Hoje: Projeto Nacional, Desenvolvimento e Socialismo de Mercado” (Anita Garibaldi/EDUEPB, 2012)

O caso da bomba atômica que era um aspirador de pó

 

:

“Nosso Homem em Havana” é um livro de ficção do genial Graham Greene. Mais que uma novela de espionagem, a obra é uma sátira política coalhada de ironias e sarcasmos.

Nela, Greene conta a história de James Wormold, um vendedor britânico de aspiradores de pó, que reside em Havana. Abandonado pela mulher e com problemas financeiros, ele acaba recrutado pelo serviço secreto do Reino Unido.

Precisando do dinheiro extra, mas sem ter nada de relevante para reportar a Londres, Wormold cria uma rede fictícia de informantes, misturando personagens reais, muito dos quais ele sequer conhece, com nomes inventados. Gera relatórios com base em notícias requentadas de jornais e em muita imaginação para preencher as lacunas de tramas escabrosas.

Ao sentir a necessidade de apimentar suas informações e obter mais dinheiro, Wormold passa a remeter a Londres diagramas de peças de aspiradores de pó, apresentando-os como plantas de uma “base comunista secreta escondida nas montanhas”.

Num dos momentos mais hilariantes do livro, o chefe de Wormold em Londres, ao discutir os desenhos de aspiradores de pó, afirma: “Diabólico, não é? Acredito que podemos estar diante de algo tão grande que fará a Bomba H se tornar uma arma convencional”.

Não sei se os repórteres da revista Época que colocaram o título da obra de Greene em sua mais recente “reportagem” sobre Lula leram o livro. Provavelmente, não. Se tivessem lido, teriam percebido que o sarcasmo de Greene veste como luva de pelica em sua, assim digamos, “obra jornalística”.

A nova “reportagem” insiste em reapresentar as ações internacionais do ex-presidente Lula, que usa do seu enorme prestígio mundial para promover o Brasil, seus produtos e suas empresas no exterior, como algo escabroso e escuso.

Da mesma forma que o personagem de Greene, tentam vender desenhos de aspiradores de pó como se fossem uma nova superbomba, a qual, como de hábito, “implodirá a República”.

Como Wormold, a brava revista de “jornalismo investigativo” mistura verdades, meias verdades e uma alta dose de imaginação para criar uma precária peça de ficção policial, travestida de reportagem objetiva e imparcial.

Emulando Worlmold, a revista aposta na paranoia anticomunista para que suas informações prosaicas e anódinas se convertam numa trama diabólica. Com efeito, essa revista, assim como várias outras no Brasil, navega hoje nas revoltas e obscuras águas do anticomunismo, do “antibolivarianismo” e do antipetismo. Recriaram, em pleno início do século XXI, o mesmo clima da Guerra Fria que vigorava nos anos 50 e 60 do século passado.

Isso tudo no momento em que o próprio governo norte-americano aposta na aproximação à Cuba, no fim do embargo e, é claro, na realização de grandes negócios na ilha, com o providencial auxílio de poderosos lobbies políticos-empresariais.

A revista Época está definitivamente fora de época.

Aparentemente, está também um pouco fora de si. Só isso explica a ignorância abissal sobre o estratégico tema da exportações de serviços.

O setor de serviços representa, hoje, cerca de 80% do PIB dos países mais desenvolvidos e ao redor de 25% do comércio mundial, movimentando US$ 6 trilhões/ano. Somente o mercado mundial de serviços de engenharia movimenta cerca de US$ 400 bilhões anuais e as exportações correspondem a 30% desse mercado. É um segmento gigantesco, que cresce mais que o mercado de bens.

Infelizmente, apesar dos esforços recentes, o Brasil investe pouco nessas exportações.

Assim, enquanto que, no período de 2008 a 2012, o apoio financeiro do Brasil às suas empresas exportadoras de serviços foi, em média, de US$ 2,2 bilhões por ano, o apoio oficial da China às suas empresas exportadoras alcançou, nesse mesmo período, a média anual de US$ 45,2 bilhões; o dos Estados Unidos US$ 18,6 bilhões; o da Alemanha, US$ 15,6 bilhões; o da Índia, US$ 9,9 bilhões.

Na realidade, apenas cerca de 2% da carteira do BNDES vão para obras brasileiras no exterior. E, ao contrário do que dizem Época e outras revistas fora de época, não se trata aqui de “empréstimos camaradas” para Cuba e outros países “comunistas e bolivarianos”, protegidos por sigilo indevido com a finalidade de encobrir atos ilegais.

Em primeiro lugar, o país que mais recebeu empréstimos do BNDES para obras de empresas brasileiras no exterior foram os EUA.

Em segundo, nenhum centavo desses empréstimos foi para países ou governos estrangeiros. Os empréstimos são concedidos, por lei, às empresas brasileiras que fazem as obras, e o dinheiro só pode ser gasto com bens e serviços brasileiros. Como a construção civil possui uma longa cadeia, tais empréstimos têm um impacto muito positivo na economia nacional. Estima-se que, apenas em 2010, as exportações de serviços de engenharia tenham gerado cerca de 150 mil empregos diretos e indiretos no País. Além disso, os gastos com a importação de bens brasileiros em função de algumas dessas exportações financiadas pelo BNDES ascenderam a US$ 1,6 bilhão, no período 1998-2011. Entre tais bens, estão os aços, os cimentos, vidros, material elétrico, material plástico, metais, tintas e vários outros.

Em terceiro, os empréstimos não são “camaradas”. No caso dos empréstimos às empresas brasileiras para a construção do Porto de Mariel, o BNDES usou a Libor e mais um spread de 3,81%, juros superiores ao praticados pela OCDE, que usa, no mesmo caso, a CIRR mais um spread de 3,01%.

Em quarto, o sigilo parcial das operações financeiras visa proteger as informações privadas do tomador do empréstimo, conforme determina uma norma tucana, a Lei Complementar Nº 105, de 2001. Mesmo assim, o BNDES é considerado, pela insuspeita Open Society Foundations, como o banco de investimentos mais transparente do mundo. Ademais, qualquer juiz de primeira instância pode abrir totalmente as operações, se considerar que há algo suspeito nelas.

Em quarto, como o mercado mundial de obras é muito concorrido, os países fazem poderosos lobbies para obter contratos. Presidentes, primeiros-ministros, monarcas e ex-presidentes com prestígio se empenham para que as empresas de seus países consigam obras no exterior. Assim como se empenham também para que comprem os produtos de seus países.

Quanto à participação de Lula, só mesmo o mais completo mentecapto ou o mais irracional dos anticomunistas pode imaginar que o ex-presidente poderia ter feito algo de ilegal ou mesmo antiético em reuniões que contaram com a participação de diplomatas e que foram devidamente registradas em documentos oficiais do Itamaraty. Aliás, mesmo que quisesse, Lula jamais poderia ter influenciado tais empréstimos, os quais têm de passar por uma longa série de instância técnicas para serem aprovados e liberados.

Saliente-se que Época só teve acesso aos documentos sigilosos graças à Lei de Acesso à Informação, promulgada em 2012 por Dilma Rousseff.

Fosse nos áureos tempos do paleoliberalismo, tais empréstimos não teriam despertado a suspeita de Época. Como de fato não despertaram, quando FHC aprovou os primeiros empréstimos para o metrô de Caracas, já com a Venezuela presidida pelo “perigosíssimo” Hugo Chávez.

Na improvável eventualidade de que tivessem despertado suspeitas, Época não teria tido acesso a informações sigilosas. Caso tivesse tido acesso a informações sigilosas, por aquáticas vias de obscuras cachoeiras, duvidamos que Época tivesse publicado uma linha sequer. Caso tivesse publicado alguma coisa, duvidamos ainda mais que alguém tivesse levado a sério. Caso algum paranoico tivesse levado a sério, duvidamos que procuradores tivessem ensejado qualquer ação, para não cair no ridículo. Caso algum procurador tivesse caído na fácil tentação de se expor a holofotes desavergonhados, o providencial engavetador-geral teria feito o que sempre se fazia na época, com o apoio da Época.

Na época, nem mesmo os lobbies em prol de empresas estrangeiras nas alegres privatizações despertavam suspeitas. Mesmo hoje, quem se bate pela Chevron, pela Alstom, pela entrega do pré-sal e pela abertura do mercado brasileiro às construtoras estrangeiras curiosamente está acima de qualquer suspeita. Esses são “estadistas”. Só não se sabe bem de que país.

Mas vivemos em outra época. Na época do vale-tudo contra o “comunismo”, o “bolivarianismo” e o “lulopetismo”. Na época do vale–tudo contra o mandato popular. Na triste época do vale-tudo contra Lula, o melhor presidente da história recente do país. O ex-presidente que hoje é o rosto do Brasil no mundo. Na horrorosa época em que quem defende o Brasil e suas empresas, como Lula, é apresentado como criminoso.

Nesses tempos bicudos de Guerra Fria zumbi, vale até mesmo apresentar diagramas de aspiradores de pó como perigosíssimas instalações comunistas secretas.

Greene nunca imaginou que suas ironias e sarcasmos sobre a Guerra Fria seriam revividas na forma de “reportagens” que se levam a sério.

Diabólico, não é?

http://www.brasil247.com/pt/colunistas/marcelozero/195019/O-caso-da-bomba-atômica-que-era-um-aspirador-de-pó.htm

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A coisa tá ficando feia pra economia global

 

Economista-chefe do Citigroup diz que só "Dinheiro por Helicóptero" pode salvar o mundo agora

Zero Hedge
30 de agosto de 2015

Tendo recentemente explicado (em grande detalhe) por QE4 (e 5, 6 e 7) foram inevitáveis ​​(apesar dos protestos de todos os planejadores centrais, com exceção de talvez Kocharlakota - que nunca conheceu uma economia que não queria jogar dinheiro livre at) , descobrimos que é fascinante que nenhum fornecedor locador de vista o estado da quo do mundo - do Citigroup economista-chefe Willem Buiter - que uma recessão global é iminente e nada mais que uma grande explosão do gasto fiscal financiada por "helicóptero" outright dinheiro dos bancos centrais vai evitar o agravamento da crise. Diante da China no 'aperto quantitativo », o economista que proclamou" o ouro é uma velha bolha de 6000 anos "e dinheiro deve ser proibido, conclui ameaçadoramente," todo mundo vai ser adversamente afetado. "

China tem estragado sua tentativa de desacelerar a economia suavemente e está deslizando em "recessão iminente", ameaçando levar o mundo com ela durante os próximos meses, o Citigroup alertou. Como relata ao Telegraph a Ambrose Evans-Pritchard, Willem Buiter, economista-chefe do banco, disse que o país precisa de uma grande explosão do gasto fiscal financiada por dinheiro imediato vindo de "helicóptero" do banco para evitar uma crise se aprofundando.

Falando em um painel no Conselho de Relações Exteriores em Nova York, o Sr. Buiter disse que o dólar vai "atravessar o telhado", se o Federal Reserve elevar as taxas de juros este ano, agravando a crise para os mercados emergentes.

"Então, por que é importante é que a competência das autoridades chinesas como gestores da economia macro é realmente em questão - a mexer com a política monetária, o insinuando em fazer as coisas do lado fiscal através de política dos bancos . Mas eu acho que a única coisa que é susceptível de impedir a China de entrar em, penso eu, a recessão - que é, você sabe, 4 por cento de crescimento sobre os dados oficiais, os dados oficiais mentirosas, por um ano ou mais - é um grande consumo estímulo fiscal -oriented, financiado através do governo central e de preferência monetizado pelo Banco Popular da China.

Bem, eles não estão prontos para isso ainda. Apesar de, penso eu, a economia clamando por isso, a liderança chinesa não está pronta para isso.

Então eu acho que eles vão responder, mas eles vão responder tarde demais para evitar uma recessão, e que é susceptível de arrastar a economia global com ela para baixo para uma taxa de crescimento global abaixo dos 2 por cento, que é a minha definição de uma recessão global. Nem todos as necessidades do país entrará em recessão.Os EUA podem muito bem evitá-la. Mas todo mundo vai ser adversamente afetado.

"

Ou traduzido do "economista" para Inglês - uma queda de helicóptero maciça de dinheiro (bem 1s e 0s) nas mãos de insuflar de chineses soon-to-be-consumidores é al lthat pode o mundo a partir de uma nova recessão ... e A liderança chinesa pode precisar a olhar para o abismo antes que eles realmente puxar o gatilho. Basta pensar nos preços da carne suína?

Sr. Buiter teve um pouco mais a acrescentar sobre a idiotice dos mercados acionários chineses. Ele disse que o crash da bolsa em Xangai e Shenzhen ...

É um espetáculo à parte. Efeitos de consumo, você sabe, os efeitos da riqueza, menor. Quase nenhum capex na China é financiado através de emissão de ações. E assim é um símbolo do fracasso da política em vez de intrinsecamente economicamente importante.

Os problemas da China são de alavancagem excessiva no setor corporativo, no sector do governo local e do sistema bancário muito frágil, e shadow banking system. Como Chen assinalou, não serão autorizados a entrar em colapso, porque é garantida pelo governo, mas ele não vai ser uma fonte de grande força financiamento.

Há excesso de capacidade e uma pateticamente baixa taxa de retorno sobre investimentos de capital, certo? Invista 50 por cento do PIB e obter, mesmo nos dados oficiais, sete por cento de crescimento. O verdadeiro dados é provavelmente algo mais próximo de 4 ½ por cento ou menos. Por isso, é uma economia que, penso eu, está a deslizar para a recessão.

E o que o mercado de ações nos lembra, eu acho que, especialmente nesta seqüência do primeiro governo cheerleading o boom do mercado de ações e da bolha - porque muito poucos dos especialistas locais acreditavam que essa era uma ótima maneira de desalavancagem sem pagar para o setor corporativo , para ter uma bolha do mercado de ações. E então, é claro, a reação em vez de pânico e incompetente em resposta.

Então, mais uma vez, por que é importante é que a competência das autoridades chinesas como gestores da economia macro é realmente em questão.

* * * * * *

Assim, ao que parece, de repente - apesar das permabulls, ativos-coletores, e comissão tomadores dizendo o contrário - China importa! Como observa Bloomberg, da China aprofundamento lutas estão começando a fazer um dente maior no panorama econômico global.

"Estamos vendo evidências de que a desaceleração é mais amplo do que o esperado" na China, saidMarie Diron, vice-presidente sênior com sede em Londres em Moody e um dos autores do relatório. "Tem sido muito claro que há uma desaceleração no setor manufatureiro e de construção, mas o setor de serviços foi mais resiliente. ” Isso ainda é o caso, mas estamos vendo alguns sinais de fraqueza no mercado de trabalho. "

"Continuamos a acreditar que os maiores riscos para nossas previsões de crescimento permanecem para o lado negativo", escreveu Schofield. Crescimento real é "provavelmente ainda menor" por causa de "prováveis ​​mis-medição nos dados oficiais da China", escreveu ele.

* * * * * *
O que, é exatamente o que temos vindo a dizer nos últimos 2 anos como o colapso de rolamento de ponzi da China se torna cada vez mais evidente (e escondido por cada vez mais manipulação) ...

Aqui, para os curiosos, estão os links para as discussões anteriores:

E assim por diante.

Em suma, estabilizar a moeda, na esteira da desvalorização agosto 11 precipitou a liquidação de mais de US $ 100 bilhões em USTs no espaço de apenas duas semanas, duplicando o total vendido durante o primeiro semestre do ano.

No final, o tamanho estimado do comércio RMB carry poderia significar que, antes de tudo acabar, a China vai liquidar até US $ 1 trilhão em papel dos EUA, que, como observamos na quinta-feira à noite, seria efetivamente negar 60% do QE3 e colocá- algures no bairro de 200bps no valor de pressão de alta sobre os rendimentos 10Y.

E não se esqueça, esta é apenas a China.

… ...

O potencial para mais saídas China é enorme: set contra 3.6trio de reservas (gravado como um "ativo" na informação da posição de investimento internacional), a China tem cerca de 2 trilhões de passivos "não-aderentes", incluindo carry trades especulativos, dívida e fluxos de capital , depósitos de e empréstimos de estrangeiros que possam estar na origem de saídas (Quadro 2). A linha inferior é que os mercados podem temer que QT tem muito mais para ir.

O que poderia transformar o sentimento mais positivo?A primeira é a outros bancos centrais vindo para preencher a lacuna que o PBoC está saindo. QT da China teria de ser substituída por uma maior QE em outros lugares, com o BCE e BoJ sendo os candidatos mais notáveis. A alternativa seria a saída de capitais da China para parar ou pelo menos retardar. Talvez uma combinação de flexibilização PBoC agressivo e mais confiança na economia doméstica seria suficiente, na ausência de uma forte desvalorização da moeda para um novo estável. De qualquer maneira, é difícil tornar-se muito otimista sobre o apetite de risco global até que seja encontrada uma solução para da China evoluindo QT.

http://undhorizontenews2.blogspot.com.br/

Guerra econômica é declarada ao Dólar : Até ISIS está rejeitando o Dólar a moeda de seu mestre criador

 

ISIS declara guerra ao dólar dos EUA com a implantação do “gold dinar”

DEBKAfile Special Report August 31, 2015, 2:00 PM (IDT)

Islamic Caliphate currency in gold dinars.

Moeda do califado islâmico em dinares de ouro.

O Estado Islâmico no domingo, 30 de agosto, lançou uma nova campanha para desestabilizar o dólar norte-americano com uma fita de vídeo de 54 minutos, produzido para os padrões profissionais de New York Madison Avenue e para distribuição geral. Este é o primeiro exemplo conhecido de uma organização terrorista que declara guerra financeira total a América. Diagramas e figuras gráficas são exibidas para demonstrar que o poderoso dólar é nada, mas um pedaço de papel, cujo valor diminui de ano para ano, quando este é exterminado.
"Os judeus" são inevitavelmente apresentados como os motores principais atrás do falso status do dólar como moeda mais forte do mundo.
As chamadas de fita ISIS nos mercados mundiais de parar de usar o dólar e reverter para o sistema financeiro dos califados muçulmanos medievais. Ele oferece as seguintes substituições de moeda:
1. Uma moeda dinar pesando 4,25 gramas de 21 quilates de ouro, no valor de $ 139 a preços correntes de ouro;
2. A "dirham" moeda de prata, atualmente em uso em alguns países muçulmanos, como Marrocos, Emirados Árabes Unidos, e partes da Líbia, onde ISIS está arrematando campos e instalações de petróleo.
3. Duas moedas de cobre conhecidas como "fulus", que é moeda acessível para pequenas transações e uso diário.
4. Os jihadis também aceitam berloques de ouro em vez de moedas.
A fita mostra detalhes do processo de produção das moedas em uma fábrica em Mosul, a sede do ISIS no Iraque.
Embora o plano dos islamitas para a guerra no dólar pode recordar uma época passada na história, é importante notar que apenas dois anos atrás, o Irã foi pago pelas suas vendas de petróleo para a Índia em ornamentos de ouro em ouro, para bater o embargo de petróleo ocidental.
A maioria dos círculos financeiros receberam o alcance ISIS para a dominação do mundo pelo dinar de ouro como um golpe. Eles sustentam que o próprio ISIS utiliza dólares americanos para comprar armas no mercado negro e pagar seus combatentes.
Todos os especialistas em contraterrorismo da mesma, do DEBKAfile revelam que os jihadistas estão muito sérios sobre o seu plano para uma guerra de terror sobre a economia ocidental e ao sistema financeiro, com quatro golpes em vista:
a) ISIS não é uma organização terrorista run-of-the-mill, é um movimento sério determinado a forjar um estado radical e uma Nova Ordem Mundial islâmica governada pelos seus valores fundamentalistas.
b) A sua expansão territorial e a conquista de terras tem sido acompanhado pela pirataria de recursos naturais, em seu alcance para riqueza e controle de alavancas econômicas do mundo.
Unidade consistente do ISIS para o terreno rico em petróleo, urânio, ouro, prata e outros recursos naturais, mostra-se em sua garra para dominância em lugares como a Líbia, o Iraque, a Síria e a Península do Sinai. No Afeganistão, os islamitas têm vindo tarde apreendendo e derrubando o Taliban de áreas ricas em metais preciosos.
c) O Estado islâmico está a ganhar uma mão super forte no controle de petróleo e nos mercados negros no Oriente Médio, África e partes da Europa. Ele também está ganhando influência para forçar os comerciantes a aceitar o pagamento em dinares de ouro.
E não há nenhuma razão por que eles deveriam recusar. Alguns deles já fazem comércio de bitcoins, uma moeda virtual sem o fundo nacional, econômica ou bancário.
d) Como Al Qaeda em seu auge dos anos 90, o ISIS tem muitos simpatizantes secretos entre os ricos e poderosos dos emirados do Golfo Pérsico. Se uma centena deles podem ser persuadidos de que a causa jihadista exigida deles para iniciar a negociação em dinares de ouro em suas transações comerciais internacionais, incluindo a halawa (palavra do sistema de boca), islâmico o ouro em breve começará a se infiltrar o sistema financeiro do mundo.
A primeira resposta veio nesta segunda-feira, 31 de agosto, a partir do radical Hizb ut-Tahrir da Grã-Bretanha. É aconselhável examinar os benefícios de retornar ao antigo Gold Standard para resolver a crise da dívida soberana que ameaça a Zona Euro, em vez de "dinheiro falso em impressão nos teclados."
O vídeo ISIS não foi lançado apenas como uma propaganda provocativa empurrada contra os gostos de Wall Street e financistas ocidentais. Os jihadistas acreditam seriamente que o terrorismo financeiro agora pode ser uma arma destrutiva para desestabilizar de vez a economia global dominada pelos EUA, pelo menos, tão devastadora como uma horda furiosa de terroristas suicidas.

http://undhorizontenews2.blogspot.com.br/

China não pode arriscar o caos global de desvalorização da moeda

 


China não tem nada a ganhar com ir provocando um choque de deflação. Sua economia está se recuperando como estímulo constrói, criando 1,2 milhões de postos de trabalho por mês

London Telegraph

"A economia mundial está a navegar através do oceano, sem quaisquer botes salva-vidas para usar em caso de emergência" Foto: Bloomberg

Ambrose Evans-Pritchard

By Ambrose Evans-Pritchard

14 de Agosto de 2015

Se a China realmente está tentando reduzir sua moeda de forma significativa para ganhar vantagem em comércio, o mundo enfrenta um momento extremamente perigosíssimo.
Tal comportamento desesperado enviará um choque deflacionário através de uma economia global que já sofre à beira da recessão no início deste ano, e corre o risco de uma repetição da crise monetária da Ásia Oriental, em 1998, em escala planetária maior.
Investimento fixo da China atingiu 50 bilhões dólares no ano passado, combinando toda a Europa e América do Norte combinado. Esta é a causa do excesso de capacidade crônica em todo o mundo, de transporte, de aço, produtos químicos e painéis solares.
Uma desvalorização chinês irá exportar ainda mais este excesso de oferta para o resto de nós. É uma coisa a fazer isso quando o comércio global está se expandindo: isso equivale a empobrecer-nos a uma guerra de moeda a fazê-lo em um mundo de soma zero com nenhum crescimento em volumes de envio deste ano.

Não é de admirar que o primeiro sopro desta ameaça mercantilista desencadeou uma tempestade de agosto, rasgando as bolsas globais. O índice de commodities Bloomberg caiu para uma baixa de 13 anos.
Europa e América não conseguiram construir bases de segurança apropriadas para prevenir uma nova onda de deflação importada. O núcleo dos preços estão a aumentar a um ritmo de quase 1pc em ambos os lados do Atlântico, um total de seis anos em um ciclo econômico maduro.
Um teme a pensar o que aconteceria se nós entrarmos em uma recessão global, nestas circunstâncias, com taxas de juros ainda em zero, flexibilização quantitativa jogado fora, e os níveis agregados de dívida de 30 pontos percentuais do PIB mais elevados do que em 2008.
"A economia mundial está a navegar através do oceano perigoso, sem quaisquer botes salva-vidas para usar em caso de emergência", disse Stephen King do HSBC em um relatório do assombro em maio.

Seja ou não Beijing vê questões a esta luz, ele sabe que o Congresso dos Estados Unidos reagiriam muito mal a qualquer sinal de guerra moeda por um país que acumulou um superávit comercial recorde de US $ 137bn em segundo trimestre, um ritmo anual acima 5pc do PIB . Só os Estados deficitários podem plausivelmente justificar recorrer a este jogo.

Os senadores Schumer, Casey, Grassley, e Graham tem todos alinhados para acusar Pequim de manipulação da moeda, um termo que implica sanções retaliatórias sob a lei de comércio dos EUA.

Qualquer restrição política que o Congresso pode uma vez ter sentido está sendo corroída rápidamente por provas de pistas de pouso chineses e artilharia em recifes disputados no Mar da China do Sul, ao largo das Filipinas.
É muito cedo para saber ao certo se a China tem, de fato, tomado uma decisão consciente de desvalorizar. Bo Zhuang vem com fontes confiáveis ​​disse que há uma "guerra de forças" dentro do Partido Comunista.
Tudo que o banco central (PBOC) tem feito até agora é mudar a partir de um Peg do dólar a uma flutuação controlada. Este é mais um passo no sentido de um intercâmbio livre mercado, e tem sido bem acolhida pelo Tesouro dos EUA e do Fundo Monetário Internacional.
O efeito imediato foi uma queda 1.84pc do yuan em relação ao dólar na terça-feira, sem fôlego descrito como o maior movimento em um dia desde 1994. O PBOC disse que era um "one-off" ajustamento meramente técnico.

Se assim for, também se pode supor que o PBOC iria defender a nova linha em 6,32 para levar a questão. O que é ligeiramente alarmante é que o banco central não o fez, deixando a moeda deslizar mais um 1.6pc na quarta-feira antes de reagir.
O PBOC divulgou um comunicado calmante, insistindo que "atualmente não há nenhuma base para a depreciação persistente" do yuan e que a economia é, em qualquer caso pegando. Então faça a sua escolha: conspiração ou galo-up.
A prova agora será no pudim. O PBOC tem 3,65 trilhões de dólares de reservas para evitar qualquer desvalorização adicional para o momento. Se não o fizer, podemos legitimamente suspeitar que o Conselho de Estado é o responsável e optou pela guerra moeda secreta.

Pessoalmente, duvido que este é o começo de um longo escorregador. Os riscos são demasiado elevados. As empresas chinesas têm emprestado enormes somas em dólares norte-americanos nos mercados off-shore para contornar restrições de crédito em casa, e estes são tipicamente as empresas mais fracas desligadas do sistema bancário da China.
Hans Redeker do Morgan Stanley diz que passivos em dólar de curto prazo atingiu 1,3 trilhões de dólares no início deste ano. "Este é 9.5pc do PIB chinês. Quando a dívida externa de curto prazo atinge esse nível nos mercados emergentes é um indicador perfeito de vir stress. É exatamente o que vimos na crise asiática nos anos 1990", disse ele.
Desvalorização arriscará desencadear grave fuga de capitais, muito além do tipo de saídas visto até agora - com estimativas variando de US $ 400 bilhões para US $ 800 bilhões ao longo dos últimos cinco trimestres.

Isso poderá sair do controle facilmente se os mercados suspeitar que Pequim ela própria atiça o fogo. Enquanto o PBOC poderia contrariar saídas, através da diminuição de reservas - como já está fazendo a um grau, a um ritmo de US $ 15 bilhões por mês - uma tal política implica aperto monetário automática e pode piorar a situação.
A desaceleração na China ainda não é grave o suficiente para justificar tal risco. É verdade que a taxa de câmbio ponderada pelo comércio aumentou 22pc desde meados de 2012, o resultado de ser amarrado a um dólar subindo rapidamente no momento errado. O yuan é até 60pc em relação ao iene japonês.
Esta perda de competitividade tem sido doloroso - e está piorando como o fornecimento cada vez menor de trabalhadores migrantes da zona rural empurra para cima os salários -, mas não foi a causa principal da crise no primeiro semestre do ano.

A economia atingiu uma parede de tijolos, porque a política monetária e fiscal estavam muito apertadas. As autoridades não agiram como a inflação caindo empurrando os custos dos empréstimos de um ano, em termos reais de zero em 2011 para 5pc até o final de 2014.
Eles também não previram um "penhasco fiscal" no início deste ano como receita oficial da venda de imóveis entrou em colapso, e os governos locais foram proibidos de empréstimos bancários - talvez compreensivelmente, dada as dívidas de 50 Bi em dólares, segundo algumas estimativas.
A desalavancagem calibrada pelo premier Li Keqiang simplesmente foi longe demais. Desde então, ele mudou de curso.
O mercado de títulos do governo local está finalmente fora da terra, a emissão de $ 205bn de novas dívidas, entre maio e julho. Este é o estímulo fiscal séria.
Nomura diz que a política monetária é agora tão solto como nas profundezas da crise pós-Lehman. O seu "crescimento índice surpresa 'para a China tocou o fundo em maio e agora está sinalizando uma" forte recuperação ".
Capital Economics disse que os empréstimos bancários saltaram para 15.5pc em junho, o ritmo mais rápido desde 2012. "Já há sinais de que a flexibilização da política está ganhando força", disse.
Vale a pena lembrar que as autoridades não estão alvejando crescimento em manchete. Sua estrela filão nos dias de hoje é o emprego, um calibre muito mais relevante para a sobrevivência do regime comunista.
Nesta contagem, não há grande drama. A economia gerou 7.2m de empregos adicionais no primeiro semestre semestre de 2015, bem à frente da meta anual de 10m.
Poucos questionam que a China está em apuros. Crédito foi esticado até ao limite e além. O salto na dívida de 120PC para 260pc do PIB em sete anos é sem precedentes em qualquer grande economia nos tempos modernos.
Por pura intensidade do excesso de crédito, é o dobro do nível de bolha Nikkei do Japão no final de 1980, e eu duvido que isso vai acabar bem.
Pelo menos o Japão já era rico quando se deixar rasgar. China enfrenta a mesma coisa com crise demográfica antes que ela ultrapasse o limiar de desenvolvimento.
É em qualquer caso, lutando com uma contradição impossível: aspirantes ao crescimento oi-tech na vanguarda econômica, ainda sob top-down controle do partido comunista e espalhando repressão.
Dessa forma, encontra-se a armadilha da renda média, a maldição de todos os regimes autoritários que não conseguem reformar a tempo.
No entanto, esta é uma história para os próximos 15 anos. O Partido Comunista ainda não se esgotou de estímulo e está claramente a implantação do sistema bancário estatal para projetar mais uma mini-ciclo agora.
Um dia China vai puxar a alavanca e nada vai acontecer. Nós não estamos lá ainda.

UND: É o que dizem certos analistas de que a China,pode sair bem de suas crises atuais, mas sobre a real situação econômica da China, o país vive uma bolha econômica e que uma hora vai enviar ondas de choques em todo mundo.

http://undhorizontenews2.blogspot.com.br/2015/08/economia-chinesa.html