domingo, 16 de agosto de 2015

Golpe: a derrubada em marcha

 

Dê-se a isso o nome que se quiser. Estamos em meio a um processo de derrubada do governo da Presidenta da República, Dilma Rousseff.

por: Joaquim Palhares - Diretor de redação

reprodução

Todos sabemos qual é a hora congelada no relógio da história brasileira neste momento.
Certamente não é hora de reiterar platitudes.
Ou de repetir lamentos, ainda que justos, pertinentes. Tampouco de replicar constatações.
Todas as constatações que de forma procedente apontam a cota de equívocos do governo e do PT na crise atual já foram feitas. Não será a sua reiteração que levará o partido assumi-las ou equaciona-las.
Os fatos caminham à frente das ideias: a história apertou o passo.
A dinâmica política assumiu a vertiginosa transparência de um confronto em campo aberto no país.
Trata-se de escolher um dos lados e tomar posição para o combate. Este que já começou e avança de forma acelerada.
É o seu desfecho que decidirá o aluvião das pendências, críticas, autocríticas, repactuações, concessões e escolhas estratégicas que vão modelar o passo seguinte do desenvolvimento brasileiro.
De um modo direto: o desfecho desse confronto vertiginoso reflete uma correlação de forças que se esgarçou e caminha para um novo ponto de coagulação na forma de um outro arranjo de poder.
Qual será esse ponto?
Depende do discernimento histórico, do sentido de urgência e da capacidade de articulação das forças progressistas nessa hora decisiva.
Estamos em meio a um processo de derrubada do governo democraticamente eleito da Presidenta da República, Dilma Rousseff.
Dê-se a isso o nome que se quiser.
Todos aqueles ensaiados pela direita latino-americana nos últimos anos: golpe constitucional; derrubada parlamentar; golpe em câmera lenta. Ou as marcas de fantasia da mesma ofensiva, todas elas embrulhadas no rótulo de uma peculiar luta anticorrupção.
A singularidade dessa maratona ética é ter o PT como único grande alvo; Lula como meta antecipada, a mídia como juiz do domínio do fato e a consagração do financiamento empresarial como a nota de escárnio e desfaçatez a desnudar toda lógica do processo.
Tudo isso já foi dito pelos canais disponíveis, que não são muitos, e dentre os quais Carta Maior se inclui com muito orgulho.
Vive-se um adestramento da resignação brasileira para o desfecho golpista deflagrado no processo de reeleição de Lula, em 2005/2006, quando ficou claro que a direita brasileira não tinha capacidade de voltar ao poder pelas urnas.
Passo a passo vem sendo cumprido desde então o objetivo histórico a que se propôs a elite brasileira e internacional.
Trata-se de um objetivo ancorado em três metas:
a) desqualificar o Partido dos Trabalhadores e tornar suas lideranças sentenciadas e inelegíveis;
b) inviabilizar, levar ao impeachment o governo da Presidenta Dilma; e
c) desmontar e fazer regredir todos os avanços populares obtidos na organização da economia, do mercado de trabalho, das políticas públicas e sociais e da soberania geopolítica.
Em uma palavra: completar o trabalho iniciado no ciclo de governo do PSDB nos anos 90, com o desmonte do Estado, a regressão dos direitos sociais democráticos e a substituição desses direitos por serviços pagos, acessíveis a quem puder compra-los.
A crispação da escalada, agora aguda, valeu-se de um componente da correlação de forças intocado em todos esses anos naquele que talvez tenha sido o erro superlativo dos governos liderados pelo PT: a hegemonia do aparato comunicação nas mãos da direita brasileira.
Esse trunfo sabotou cada iniciativa do projeto progressista e coordenou o cerco que ora se fecha.
Alimentou, ademais, a disseminação do ódio na opinião pública, que se expressa na agressividade inaudita observada nas redes sociais desde a campanha de 2014.
É nessa estufa de preconceito e ódio de classe que brotam os esporos da ofensiva fascista, traduzida na escalada em curso.
Inclui-se nessa espiral as agressões públicas a ministros e ex-ministros de Estado, o ataque à reputação de lideranças progressistas e a de seus familiares, a onda de boatos e acusações infundadas contra o governo, as lideranças petistas e populares; enfim, o adestramento progressivo e diuturno do imaginário social para a aceitação passiva, ou engajada, da derrubada do governo da Presidenta Dilma.

Iludem-se os que confundem esse aluvião tóxico com a expressão da banalidade do mal.

É de luta de classes que estamos falando, não de Hannah Arendt.

É de intolerância fascista a pavimentar a derrubada de um governo escolhido por 54 milhões de brasileiros.
Os que pautaram o grito de ’escravo’ no desembarque dos cubanos engajados no ‘Mais Médicos’, agora conduzem o jogral que grita ‘corruptos e impeachment’.
Não sejamos ingênuos.
É curta a ponte que leva o ódio antipetista a se propagar em ódio anticomunista, em intolerância religiosa e desta para a demonização da livre escolha sexual e daí para a higienização social.
Em nome do combate ao crime e à violência ultimam-se as providências legais para lotar penitenciárias com adolescentes pretos e pobres.
Quando uma sociedade simplesmente interna o seu futuro assim, em jaulas, qual futuro reserva a sua gente?

O futuro urdido no intercurso entre a intolerância fascista e a livre mobilidade dos capitais --cuja persistência impede qualquer projeto de desenvolvimento-- é o que a direita defende para o Brasil pós-PT, pós-Lula e pós-Dilma.

É esse o programa da derrubada em marcha do regime democrático brasileiro.

Não errará quem encontrar pontos de identidade com outras escaladas em curso na política latino-americana, marmorizada de redes sociais, movimentos e lideranças jovens treinados e financiados por fundações de extrema direita dos EUA. Os novos braços privados da CIA e do Departamento de Estado.
O processo que ora avulta na caçada ao PT culminará com a caça a todo e qualquer desvio à norma de conduta que determina a subordinação esférica da sociedade à lógica rentista local e global.
Carta Maior nasceu como um espaço de reflexão da intelectualidade progressista brasileira.
Seu compromisso explícito com a construção da democracia social torna-a um veículo imiscível com os valor que ordenam a derrubada em marcha do governo Dilma –em relação ao qual sustenta um apoio crítico claro e independente.
Elegemos uma prioridade diante das provas cruciais que nos impelem –os progressistas , democratas e nacionalistas sinceros—ao engajamento nesse divisor que se aproxima.
Exortamos os intelectuais a irem além do debate convencional.
Estamos propondo a incômoda operação de concretizar o geral no particular.
Trata-se de uma exortação à Universidade pública, para que ela volte a ser um ator do desenvolvimento. E não apenas um cronista da crise. Ou um coadjuvante do mercado.
Não basta mais produzir manifestos contra os golpistas.
É preciso afrontar o projeto de país embutido no golpe com um outro projeto.
E, sobretudo, com um outro método de escrutiná-lo .
Estamos exortando a universidade brasileira a se declarar uma trincheira em vigília permanente contra a derrubada do governo da Presidenta Dilma Rousseff.
E de fazê-lo transformando essa trincheira na rede da legalidade dos dias que correm.
Uma rede debruçada no debate do projeto de desenvolvimento que rompa os gargalos e as subordinações responsáveis pelo impasse atual.
E que transforme em práxis anti-golpista a costura das linhas de passagem do Brasil que somos, para o país que queremos ser.
O desafio de vida ou morte nesse momento consiste em restaurar a transparência dos dois campos em confronto na sociedade.
Na aparente neutralidade de certas iniciativas pulsa a rigidez feroz dos interesses estruturais que impulsionam a derrubada em marcha do governo.
A universidade pode, deve e precisa assumir a sua cota como um solvente, capaz de devolver à sociedade a clareza sobre as escolhas em confronto agudo nas horas que correm.
É essa urgência que CM quer compartilhar com a comunidade universitária, à qual se oferece como um canal de expressão democrático e progressista.
Mãos à obra.

http://cartamaior.com.br/?%2FEditorial%2FGolpe-a-derrubada-em-marcha%2F33845

Movimentos populares se levantam contra o golpe

 

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Em manifesto, militantes de movimentos populares, sindicais, pastorais e partidos políticos reagem ao golpismo da oposição contra a presidente Dilma Rousseff: “consideramos inaceitável e nos insurgimos contra as reiteradas tentativas de setores da oposição e do oligopólio da mídia, que buscam criar, através de procedimentos ilegais, pretextos artificiais para a interrupção da legalidade democrática”, diz trecho do texto; grupo também denuncia ‘justiceiros’ do Judiciário, em referência à condução da Lava Jato pelo juiz Sérgio Moro e pela força-tarefa do MP; de acordo com o manifesto, eles querem "substituir o papel dos outros poderes, assumir papel de Polícia e desrespeitar a Constituição"

6 de Julho de 2015 às 06:38

247 - Em manifesto, militantes de movimentos populares, sindicais, pastorais e partidos políticos reagem ao golpismo da oposição contra a presidente Dilma Rousseff. O grupo também denuncia ‘justiceiros’ do Judiciário, em referência à condução da Lava Jato pelo juiz Sérgio Moro e pela força-tarefa do MP.

Leia:

Nós, militantes de movimentos populares, sindicais, pastorais e partidos políticos, manifestamos o que segue:

1. Não aceitaremos a quebra da legalidade democrática, sob que pretexto for.

2. O povo brasileiro foi as urnas e escolheu, para um mandato de quatro anos, a presidenta da República, 27 governadores de estado, os deputados e deputadas que compõem a Câmara dos Deputados e as Assembleias Legislativas, assim como elegeu para um mandato de 8 anos 1/3 do Senado Federal. Os inconformados com o resultado das eleições ou com as ações dos mandatos recém-nomeados têm todo o direito de fazer oposição, manifestar-se e lançar mão de todos os recursos previstos em lei. Mas consideramos inaceitável e nos insurgimos contra as reiteradas tentativas de setores da oposição e do oligopólio da mídia, que buscam criar, através de procedimentos ilegais, pretextos artificiais para a interrupção da legalidade democrática.

3. O povo brasileiro escolheu, em 1993, manter o presidencialismo. Desde então, a relação entre o presidente da República e o Congresso Nacional já passou por diversas fases. Mas nunca se viu o que se está vendo agora: a tentativa, por parte do presidente da Câmara dos Deputados, às vezes em conluio com o presidente do Senado, de usurpar os poderes presidenciais e impor, ao país, uma pauta conservadora que não foi a vitoriosa nas eleições de 2014. Contra esta coalizão eventual que no momento prevalece no Congresso Nacional – disposta a aprovar uma reforma política conservadora, a redução da maioridade penal, a violação da CLT

sábado, 15 de agosto de 2015

Líder do PT solidariza-se com almirante Othon e destaca seu papel para desenvolvimento nuclear autônomo do País

 

SIBAAlmiranteOthon

O líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), divulgou nesta quarta-feira (5) nota de solidariedade ao almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, diretor –presidente licenciado da Eletronuclear que foi detido dia 28 de julho na 16º fase da Operação Lava-jato. O líder destacou o papel do almirante no processo de desenvolvimento cientifico e tecnológico do País, especialmente no campo nuclear.

‘’Temos convicção de que o almirante provará sua inocência e continuará a contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil, num momento em que as nações que se destacam no mundo são justamente as que dominam tecnologias de ponta, inclusive a nuclear.’’, disse Sibá.

Sibá destacou que o almirante é o autor do projeto de criou ultracentrífugas para enriquecimento de urânio, tecnologia única no planeta, e lidera o projeto para o Brasil ter um submarino nuclear.

‘’O nosso projeto estratégico, construído com a valiosa cooperação do almirante Othon, não pode ser prejudicado e nem atacado por setores antinacionais em razão da Operação Lava-Jato, que tem gerado questionamentos de renomados juristas. Não cabe a nenhum juiz, de nenhuma instância, o direito de prejudicar o interesse de Estado — que por sua natureza é sigiloso — e destruir um patrimônio nacional construído ao longo de décadas’’.

Leia a íntegra da nota:

NOTA DE APOIO E SOLIDARIEDADE AO ALMIRANTE OTHON LUIZ PINHEIRO DA SILVA

Em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara, manifesto apoio e solidariedade ao Vice-Almirante R1 Othon Luiz Pinheiro da Silva, detido dia 28 de julho na 16ª fase da Operação Lava–Jato.

Diretor-presidente licenciado da Eletronuclear (subsidiária da Eletrobras), que hoje gera cerca de 3% da energia elétrica consumida no País, o almirante Othon é um nacionalista, patriota e tem papel que já passou para a história no tocante ao nosso desenvolvimento científico e tecnológico, notadamente no campo nuclear.

Tem atuação comparável à do almirante Álvaro Alberto, outro nacionalista que abriu as portas para o Brasil avançar no campo da pesquisa nuclear, contrariando todas as pressões externas para que o País ficasse à margem das conquistas nessa área.

Othon formou-se pela Escola Naval em 1960 e em engenharia naval pela Escola Politécnica de São Paulo em 1966, e obteve em 1978 sua especialização em engenharia nuclear no Massachussetts Institute of Technology (MIT), nos EUA.

Foi Diretor de Pesquisas de Reatores do IPEN entre 1982 e 1984 e foi fundador e responsável pelo Programa de Desenvolvimento do Ciclo do Combustível Nuclear e da Propulsão Nuclear para Submarinos entre 1979 e 1994. Exerceu o cargo de Diretor da Coordenadoria de Projetos Especiais da Marinha (COPESP), atual Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), de 1986 a 1994.

É o autor do projeto de concepção de ultracentrífugas para enriquecimento de urânio e da instalação de propulsão nuclear para submarinos. O desenvolvimento da tecnologia de ultracentrifugação de urânio é um marco de sucesso na história tecnológica do Brasil.
O projeto concebido pelo almirante inclui o Brasil no seleto grupo de países detentores do ciclo nuclear e é, por isso mesmo, objeto de cobiça internacional. Dada a sua natureza estratégica, de interesse de Estado, é cercado de sigilo.

A Marinha é uma instituição séria que sabe zelar pelos interesses estratégicos do Brasil. A busca de autonomia na área nuclear encaixa-se no projeto de desenvolvimento nacional com autonomia e soberania. A construção de um submarino nuclear eleva o Brasil a um novo patamar na comunidade internacional.
Apoiamos o espírito empreendedor do almirante e repudiamos qualquer tentativa de julgamento prévio dele — assim como de outras pessoas detidas no âmbito da Operação Lava-Jato — com base apenas em delações. Temos convicção de que o almirante provará sua inocência e continuará a contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil, num momento em que as nações que se destacam no mundo são justamente as que dominam tecnologias de ponta, inclusive a nuclear.

O almirante Othon passou a se destacar na história brasileira ao lutar, nos anos 80 e 90, contra o bloqueio do Ocidente ao acesso ao conhecimento na área nuclear. Enfrentou pressões, foi vigiado no Brasil e no exterior por buscar acesso a um conhecimento que garantisse ao País outro lugar no concerto das nações.

A prisão do almirante pode ser comemorada por setores antinacionais, que ignoram a importância da soberania e dos interesses nacionais. Mas os que pensam num Brasil próspero e soberano, com autonomia tecnológica para fins pacíficos, só podem lamentar sua prisão.

O nosso projeto estratégico, construído com a valiosa cooperação do almirante Othon, não pode ser prejudicado e nem atacado por setores antinacionais em razão da Operação Lava-Jato, que tem gerado questionamentos de renomados juristas. Não cabe a nenhum juiz, de nenhuma instância, o direito de prejudicar o interesse de Estado — que por sua natureza é sigiloso — e destruir um patrimônio nacional construído ao longo de décadas.

O Brasil precisa avançar e pessoas como o almirante Othon são imprescindíveis, pois ele, como outros nacionalistas, guia-se pelo lema do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo: “Tecnologia Própria é Independência”.
Brasília, 5 de agosto de 2015

Dep. Sibá Machado - PT/AC
Líder da Bancada na Câmara’’

Equipe PT na Câmara

Em pesquisa, 71% dizem que políticos de oposição agem por interesse próprio

 

Levantamento feito pelo Instituto Data Popular mostra que políticos da oposição ao governo Dilma não atuam não pelo bem do Brasil

Em pesquisa, 71% dizem que políticos de oposição agem por interesse próprio

Política#OposiçãoContraOBrasil

Foto- Marcelo Botelho/ObritoNews

Por: Agência PT, em 14 de agosto de 2015 às 12:08:56

O diretor do Instituto Data Popular, Renato Meirelles, informou, em entrevista ao jornal “O Globo” publicada nesta sexta-feira (14), que levantamento aponta que 71% dos entrevistados creem que os políticos de oposição agem por interesse próprio e não pelo bem do país.

A pesquisa foi feita entre os dias 1 e 4 de agosto e foram ouvidos 3 mil eleitores, em 152 municípios. Além disso, o levantamento mostra que a ideia de golpe contra a democracia tem perdido força no Brasil.

“Na hora em que perguntamos se eles acreditam que o impeachment é a solução para melhorar o país, a adesão cai”, explica Renato Meirelles.

Da Redação da Agência PT de Notícias

A marcha dos coxinhas insensatos, o Brasil real do PT e o País da era FHC

 

O dia 16 de agosto vai ser dedicado à apologia do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, nas principais capitais do Brasil, principalmente em São Paulo, Estado da Federação historicamente de oposição e beligerante a presidentes trabalhistas. Os principais atores dessa velhacaria e hipocrisia são os coxinhas de classe média, além de movimentos de grupos de direita, alguns de essência fascista, que se formam e se comunicam pela internet.

Maltas que saem às ruas iguais a uma boiada desgovernada, em busca de razões plausíveis e reais, no que tange à concretização do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, à criminalização do PT e de suas lideranças, bem como vão vociferar contra a corrupção. Tudo será feito de forma mecanicamente pelo fato dessas pessoas apenas repercutirem o que veem, escutam e leem na grande mídia — a imprensa dos magnatas bilionários, que, evidentemente, faz oposição às esquerdas desde sua fundação em terras brasileiras.

Contudo — e quase todo mundo sabe —, o grande problema da direita brasileira não é a corrupção, até porque quando ela esteve no poder a corrupção campeou pelos quatro cantos e não foi combatida sistematicamente como ocorre agora, no Governo Dilma, bem como ocorreu no Governo Lula, que fortaleceram a Polícia Federal em todos os sentidos, nomearam procuradores-gerais e não se intrometeram com suas ações, além de darem independência total à Controladoria Geral da União (CGU) e à Advocacia Geral da União (AGU).

Entretanto, quanto mais os governos trabalhistas prenderam e prendem os corruptos e os ladrões do dinheiro público, mais a oposição de direita e a imprensa familiar acusam o governo de corrupção, pois, na verdade, a intenção é realmente sangrar de morte tanto a atual mandatária quanto o ex-presidente Lula, que, em 2018, tem condições de ser um forte candidato à Presidência da República. Lula é alvo, e sempre o será, pois, igual a Getúlio Vargas, político histórico, de estatura internacional e portador de milhões de votos.

Todavia, percebe-se que está a acontecer um recuo da direita deste País quanto ao impeachment de Dilma, pelo menos no discurso de megaempresários, a exemplo dos irmãos Marinho, do presidente do Senado, Renan Calheiros, além das palavras moderadas de tucanos de poder, como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o senador José Serra, o governador de Goiás, Marconi Perillo, até mesmo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I —, que vive em um eterno morde e assopra, pois cidadão contraditório em tudo o pensa e fala, mas que na hora de decidir entre um candidato paulista à Presidência e o senador mineiro-carioca, Aécio Neves, evidentemente que o grão-tucano vai optar pelo primeiro, já que FHC é intrinsecamente ligado ao status quo paulista.

O candidato derrotado e inconformado, além de rancoroso e mau perdedor, Aécio Neves, sabe que sua batata está a assar, porque o advento do impeachment contra uma mandatária legitimamente eleita com 54,5 milhões de votos, assim como nunca incorreu em crimes de responsabilidade é uma incomensurável bola fora, porque haveria, sem sombra de dúvida, forte reação interna, movimento este que nunca se sabe como acabaria. Por seu turno, haveria também reação externa, por intermédio dos Brics, do Mercosul e até mesmo nos Estados Unidos, país que atualmente não veria com bons olhos uma crise sem precedentes no maior País da América Latina, com mais de 210 milhões de habitantes e que vivencia uma democracia consolidada. De outro modo, a única coisa que se sabe é que não se apaga incêndio ou labaredas com gasolina...

No Brasil, definitivamente, não há mais espaço para golpes e aventuras que ultrapassem as raias da irresponsabilidade. Sabemos como os golpes o são e o que causam à sociedade em termos de prejuízos em todos os campos de atividade humana. Discutir impeachment é irresponsabilidade. Propagá-lo pelas mídias privadas e públicas é crime, porque se torna uma conspiração contra os eleitores, que votaram em Dilma Rousseff, soberanamente. Impeachment colocado nesses termos é golpe, sim. E golpe é crime constitucional e institucional, e, portanto, passível de punições, conforme os ditames da Lei.

Conspire dessa forma nos países ditos desenvolvidos, que os coxinhas paneleiros tanto admiram para ver no que vai dar. Repressão dos órgãos de segurança e cadeia determinada pela Justiça. A crise política causa danos à economia, sendo que a inflação tão propalada pela imprensa alienígena, o "desmanche" da Petrobras e a corrupção, que se tornou o mote ou o trunfo da direita de oposição estão bem distantes do que acontecia, sobre os mesmos assuntos, nos governos anteriores aos do PT.

A imprensa, a oposição liderada pelo PSDB e a imprensa dos magnatas bilionários donos de monopólios de comunicação sabem muito bem que o governo que deixou o Brasil em situação pré-falimentar foi o do Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I ou o Príncipe da Privataria —, que vendeu 125 empresas públicas, realidade esta que coloca o Brasil como o País que realizou a segunda maior privatização da história do planeta, a perder somente para a União Soviética, atual Rússia.

As privatizações de FHC não foram vendas, mas, sobretudo, liquidações do patrimônio público, que os tucanos não construíram e jamais construiriam, pois essa gente provinciana e colonizada sempre se negou a pensar o Brasil. Depois o cidadão brasileiro que gosta de seu País tem de ouvir sandices e desconsiderações por parte de uma "elite" tacanha e de uma classe média reacionária, que se alia aos interesses dos ricos, porque, equivocadamente, considera-se parte dos valores e dos princípios da burguesia. Coisa de pequeno burguês sem noção, que não se enxerga e não percebe que sempre será um empregado das empresas dos grandes e médios empresários.

Agora a pergunta que não quer se calar: Se o Brasil é tão ruim, incompetente, atrasado e não causa sentimento de respeito e de brasilidade a essa gente, por que, então, somos um País que, dentro das perspectivas de ser uma Nação emergente, tínhamos tantas empresas ao ponto de realizarmos a segunda maior liquidação de estatais do mundo? Respondo: porque temos trabalhadores, técnicos, pesquisadores e cientistas de alto nível, ao tempo que temos uma classe dominante antidemocrática, tacanha e atrasada, que aposta no retrocesso e nunca valorizou o Brasil e seu povo, mas mesmo assim somos capazes de realizar qualquer coisa, como demonstram os números e índices gigantescos de nossas empresas públicas liquidadas para encher os bolsos de países estrangeiros.

Não é qualquer País que tem conhecimento e competência para criar empresas dos portes de Itaipu, Belo Monte, transposição do Rio São Francisco, Petrobras, Vale do Rio Doce, BNDES, Caixa Econômica, Banco do Brasil, Chesf, Embraer, Telebras, Embratel, Nuclebras, Portobras, Embrapa, Ponte Rio-Niterói, CSN, dentre muitas outras, que foram transferidas para mãos privadas e que oferecem péssimos serviços, além de muito caros, a exemplo das telefônicas privatizadas.

Os coxinhas paneleiros deveriam saber disso e parar de dar somente crédito às notícias que eles ouvem na grande mídia corporativa e de negócios privados. Para bom entendedor, meia palavra basta. Em 2010, as empresas privatizadas faturaram R$ 300 bilhões. Ora bolas! Baseando-se no valor do dólar em dezembro de 2009, os lucros foram de US$ 177 bilhões. A receita total por intermédio das privatizações, de 1991 a 2002, foi da ordem de US$ 87,5 bilhões. Resumo da ópera: a liquidação tucana, ou seja, o valor da doação das empresas brasileiras significa a metade do faturamento de somente um ano dessas estatais.

Os áulicos da economia do Governo FHC e da imprensa de mercado anunciavam, em tons altissonantes, que vender as estatais era uma questão imperativa, porque reduzir o endividamento do Estado nacional era obrigação. Pura balela, incompetência e irresponsabilidade na gestão do PSDB. A dívida líquida do setor público no Brasil, em 1991, era de US$ 144 bilhões. No último ano do Governo FHC, em 2002, com tudo que a privatização deveria ter "abatido" deste valor, a dívida do setor público passou a ser de US$ 300 bilhões.

Os tucanos são predadores e se tivessem tempo e não fossem contestados pela oposição partidária da época, além da sociedade civil que se mobilizou, a Petrobras e os bancos estatais federais também seriam vendidos, a preço de banana, talvez com a aquiescência da classe média coxinha que se prepara para realizar uma manifestação sem pé e nem cabeça, porque odeia o Brasil, além de ser preconceituosa com seu povo mais humilde, bem como se recusa a estudar história e, por sua vez, parar de pensar e falar tolices, bobagens e baboseiras.

A Petrobras tinha em 2002 (FHC) um patrimônio líquido de R$ 65 bilhões. Em 2013, e com a efetivação dos trabalhos do Pré-Sal, o patrimônio era da ordem de R$ 345 bilhões, um crescimento de 430,8%. Além disso, o lucro anual da Petrobras no Governo de Fernando Henrique foi de R$ 4,5 bilhões. Já nos governos Lula-Dilma até o ano de 2013 atingiu o gigantesco valor de R$ 25,2 bilhões. Os números são definitivos e retratam a enorme diferença de gerenciamento do governo petista para os dos tucanos, que afundaram a maior plataforma marítima do mundo, a P-36, bem como paralisaram os investimentos da poderosa petroleira, pois a intenção era privatizá-la.

A verdade é que os tucanos e seus aliados nunca se importaram com o desenvolvimento do País. Trata-se da direita sectária e elitista, que governa e sempre governou para poucos, a atender os interesses das classes privilegiadas. Ao contrário do governo entreguista de Fernando Henrique, a administração Lula consolidou o capitalismo e instrumentalizou o Estado nacional. O petista gerou mais de dez milhões de empregos, fomentou e aumentou enormemente o mercado interno e fortaleceu o Estado, que voltou a cumprir seu papel constitucional de investir e, consequentemente, melhorar as condições de vida da população, principalmente a parte mais pobre, que passou a ter acesso ao consumo.

Quem pensa que os números se resumem apenas à Petrobras, também se engana. Quanto à corrupção, quem a combateu de fato foram os governos do PT, que aparelharam e equiparam a Polícia Federal, contrataram milhares de servidores por meio de concursos e permitiram que a PF tivesse autonomia para investigar e realizar suas ações. Nos Governos Lula e Dilma foram realizadas 2.226 operações, sendo que na administração do ex-operário metalúrgico foram efetivadas 1.273 operações com 15.754 prisões. A partir do Governo Lula se começou, de fato, a limpeza da máquina estatal, no que é relativo à corrupção.

De 2003 a 2014, período dos trabalhistas no poder, foram presas 24.881 pessoas, sendo que dessas 2.351 são servidores públicos e 119 policiais federais. Por isto é muito questionável quando a imprensa comercial e privada, o PSDB, os coxinhas de classe média e outros setores conservadores da sociedade ficam a vociferar que nunca houve tanta corrupção no Brasil, quando a verdade incontestável é que nunca se combateu tanto a corrupção neste País, bem como nunca prenderam tantas pessoas, inclusive policiais federais e grandes empresários, em um País em que rico nunca era preso.

Em contrapartida, no Governo FHC foram realizadas exíguas 48 operações. Isto mesmo. Em oito anos, os tucanos não chegaram a 50 operações policiais, quanto mais prender corruptos, até porque o procurador-geral dos tucanos, Geraldo Brindeiro, tinha o sugestivo apelido de engavetador-geral. Além do mais, o Neoliberal I tomou posse no dia 1º de janeiro de 1995 e seu primeiro ato após de 18 dias no poder foi extinguir a Comissão para Investigar a Corrupção, criada no Governo Itamar Franco — o verdadeiro pai do Plano Real. Nada mais emblemático, porque logo depois começaram a liquidação do patrimônio público do Brasil — as criminosas privatizações, que até hoje não foram investigadas para se punir os culpados por tão inconsequente rapinagem e pirataria.

E ainda tem coxinha paneleiro, consumidor do noticiário de uma imprensa corporativa e manipuladora, quando, não, mentirosa, que vai às ruas chamar os governos trabalhistas de corruptos, como parece ser a intenção, no dia 16 de agosto. O analfabetismo político realmente o é uma realidade lamentável. Já dizia o poeta e dramaturgo, Bertolt Brecht: "O pior analfabeto é o analfabeto político". Sem comentários... Ponto.

Como o impeachment não vai realmente acontecer, para o desespero dos reacionários, intolerantes e golpistas de plantão, agora a reação está também de olho no BNDES, um banco de fomento, que alavancou não só a economia brasileira, bem como financiou obras, projetos e programas em outros países. Realizações ocorridas dentro da legalidade, sem, contudo, estar livre de corrupção, porque tal crime é inerente à condição humana, pois sempre tem alguém que ouve o canto da sereia e se corrompe, mesmo a saber que um dia pode ser pego e preso.

A questão fundamental é combater a corrupção. E o combate está a ser feito pelos governos petistas, que, inclusive, cortaram na carne quando alguns de seus membros se deixaram levar por desejos de ter coisas e dinheiro. Só que no Brasil os tucanos são inimputáveis, bem como os magnatas bilionários de imprensa. E santa essa gente não o é... Pode acreditar. As manifestações vão acontecer no dia 16 de agosto. São golpistas manipulados e golpistas mal-intencionados. Todavia, são a mesma face da mesma moeda. Impeachment é golpe, e a eleição vencida por Dilma Rousseff acabou há dez meses. "Os incomodados que se incomodem!" — já dizia Rita Lee. É isso aí.

http://www.brasil247.com/pt/colunistas/davissena/192638/A-marcha-dos-coxinhas-insensatos-o-Brasil-real-do-PT-e-o-País-da-era-FHC.htm

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Cunha está ostensivamente desequilibrado

 

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Por Luís Nassif, do Jornal GGN

São visíveis os sinais de descontrole de Eduardo Cunha, por enquanto presidente da Câmara Federal.

Não se avalie apenas pelo olhar alucinado, que não consegue se fixar em nenhum ponto, pela fala descontrolada, pelos tiros que dispara a esmo, contra qualquer alvo que o descontente. Ele está clara e ostensivamente desequilibrado.

Fosse um piloto de avião, seria interditado. Se policial, tirariam suas armas até se submeter a um teste psicotécnico. Estivesse internado, seria confinado em uma área reservada a pacientes de alto risco.

Esse descontrole não recomenda que seja mantido à frente da Câmara, principalmente depois que for denunciado pelo Procurador Geral da República.

No cargo, ele pode armar barganhas, inclusive atropelando o regimento, como se observou no caso da votação da Lei da Maioridade Penal. Além disso, possui poder de retaliação e já demonstrou pretender utilizar as instituições públicas para livrar-se da denúncia.

Testemunhas apontam-no como um sujeito perigoso – daí a importância de ser apeado do cargo, inclusive para que a Polícia Federal possa monitorá-lo, impedindo ações de retaliação contra testemunhas.

Não se trata de um parlamentar comum, mas de uma ameaça pública – e ameaça individual aos seus adversários.

Brasil 247

'Quanto pior melhor' foi tiro no pé para mídia

 

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Faturamento com anúncios em TVs abertas, jornais, revistas e rádios somados caiu 8,5% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2014; números são da pesquisa de mercado sobre investimentos publicitários do Ibope Media; o meio mais atingido foi o de revistas, com queda de 20,9%; dados são destacados por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual, que avalia que os veículos tradicionais "perderam fatias do mercado publicitário para o meio internet e para mídias mais segmentadas"; ela aponta, porém, um "erro estratégico": "apostar no 'quanto pior, melhor' foi um tiro no pé"; "Os números demonstram que a crise na mídia tradicional é muito maior do que a crise na economia brasileira como um todo. É como se o PIB da velha mídia encolhesse 8,5%", afirma

11 de Agosto de 2015 às 19:48

Por Helena Sthephanowitz, para a Rede Brasil Atual

O faturamento com anúncios nos meios TVs abertas, jornais, revistas e rádios somados caiu 8,5% no primeiro semestre de 2015 em relação ao mesmo período de 2014. Os números são da pesquisa de mercado sobre investimentos publicitários do Ibope Media.

Os valores totais do ano anterior foram corrigidos pela variação do IGP-M (FGV) de junho de 2014 a junho de 2015 para apurar o crescimento real ajustado.

O meio mais atingido foi o de revistas, com queda de 20,9%. Apesar da pesquisa não detalhar cada veículo, é sabido que a situação é dramática para a Editora Abril, que tem na semanal Veja seu carro-chefe. O balanço da Abril Comunicações de 2014 já mostrava um patrimônio líquido negativo e realização de prejuízo. A Veja, transformada num panfleto de campanha sistemática de crise e pelo impeachment de Dilma Rousseff, pode acabar "impichada" pelo mercado publicitário antes das eleições de 2018.

A TV aberta, incluindo merchandising, também sofreu um queda dramática de receitas vindas de anunciantes: -7,2%, comparativamente ao primeiro semestre do ano passado. Jornais amargaram queda de 9,7% e rádios perderam 10,2%.

Pelo Ibope Media não dá para saber se os anunciantes simplesmente reduziram o número de anúncios ou se obtiveram preços menores dos veículos, mas o fato inquestionável é que muitos fizeram cortes drásticos nos gastos com propaganda.

O maior anunciante nos primeiros seis meses de 2014, a Unilever, aplicou este ano menos R$ 528 milhões em anúncios (um corte de 25% corrigindo os valores pelo IGP-M). A Nestlé cortou R$ 194 milhões (menos 37,3%). As duas maiores cervejarias, cortaram juntas R$ 579 milhões (cortes de 30,5% e 41% respectivamente). Três grandes bancos que estão na lista dos 30 maiores anunciantes (Caixa Econômica Federal, Itaú e Bradesco) cortaram R$ 495 milhões. A lista segue, com cortes significativos (e contundentes) de Petrobras, Volkswagen, GM, Fiat, Tim, Pão de Açúcar....

Os números demonstram que a crise na mídia tradicional é muito maior do que a crise na economia brasileira como um todo. É como se o PIB da velha mídia encolhesse 8,5%.

Também mostra que o setor passa por mudança de época e de hábitos. TVs abertas, jornais, revistas e rádios perderam fatias do mercado publicitário para o meio internet e para mídias mais segmentadas, como TV por assinatura, cinema e, sobretudo, a internet e suas possibilidades.

Anúncios na rede mundial de computadores tiveram um crescimento significativo, apesar do Ibope Média estranhamente não ter divulgado nenhuma comparação, alegando mudança de metodologia. Disse que em 2014 só eram computados os portais IG, MSN, Terra, Yahoo, UOL e Globo.com, enquanto em 2015 outros 25 sites de conteúdo passaram a ser monitorados. Se, ainda assim, compararmos os números disponíveis do Ibope Media, ressalvando que tem bases diferentes de comparação, o meio internet registra um crescimento de até 32,9%.

E agora?

Tradicionalmente, os segundos semestres têm investimentos em anúncios maiores do que nos primeiros, devido ao Natal, Dia das Crianças e 13º salário incentivarem o consumo. Mas é questionável se isto ocorrerá na mídia tradicional neste ano. Porque em momentos de crise os departamentos de marketing das empresas são desafiados a abandonar estratégias conservadoras e buscam plataformas mais vantajosas para seus anúncios. A própria pressão imposta em momentos de crise por resultados mais urgentes pode acelerar esta mudança. São obrigados a seguirem o ditado: "Em time que está perdendo tem de mexer".

Diante deste quadro a continuidade do noticiário "terrorista", alarmista e desequilibrado – como se fosse uma campanha eleitoral da oposição radicalizada –, revela-se na prática uma campanha publicitária para "vender" mais e mais... crise. Resultado: espanta consumidores, investidores e anunciantes.

A própria conspiração por impeachment, inviável sem um golpe "paraguaio", e traumático demais para a economia se vier a ser tentado, atrapalha e retarda a recuperação do crescimento econômico. Lideranças empresariais e, portanto, grandes anunciantes, tais como o presidente do Bradesco, já reclamam abertamente da crise política forjada de forma irresponsável, prejudicando mais a economia brasileira do que a própria crise mundial.

E a crise política foi e continua sendo insuflada pelo forte apoio midiático.

Assim, a própria necessidade de sobrevivência da velha mídia, para não ter um prejuízo no segundo semestre muito pior do que foi no primeiro, recomenda abandonar o terrorismo editorial e noticiar a realidade como ela é, honestamente, sem viés de campanha partidária oposicionista do "quanto pior, melhor".

O questionável é se o instinto de escorpião - que ferroa o sapo na travessia do rio, mesmo morrendo afogado, como na parábola - não é maior do que o instinto de sobrevivência empresarial de alguns "barões da mídia" tradicional.

http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/192503/'Quanto-pior-melhor'-foi-tiro-no-pé-para-mídia.htm

Mais uma para refrescar a memória dos honestos desse país

Em mensagens interceptadas pela PF, empreiteiro cita encontro com Aécio Neves

Tucano confirmou reunião com ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, em 2012. Empresário é acusado de cartelizar licitações de obras da Petrobras e pagar propina a diretores da estatal

Em mensagens interceptadas pela PF, empreiteiro cita encontro com Aécio Neves

Política#LavaJato#ListadeFurnas

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Foto: Lula Marques/Agência PT

Por: Agência PT, em 14 de julho de 2015 às 10:25:39

A Polícia Federal interceptou, pela Operação Lava Jato, trocas de mensagens por celular do ex-presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, que fazem menção ao senador tucano e candidato derrotado à Presidência da República, Aécio Neves.

A interceptação mostra um diálogo entre Pinheiro Filho, também conhecido como Léo Pinheiro, e o então diretor da área Internacional da construtora, Augusto Cezar Ferreira Uzeda.

Nas mensagens, o ex-presidente da OAS cita que teria um encontro com Aécio Neves. Ele questionava Uzeda se ele poderia receber, em dezembro de 2012, o embaixador moçambicano Murade Murargy, pois estaria com o tucano.

“Vou confirmar sua ida. Nesse mesmo horário vou estar com Aécio”, diz trecho da mensagem do réu na Lava Jato. Pinheiro Filho é acusado de cartelizar licitações de obras da Petrobras e pagar propina a diretores da estatal.

Menos de duas semanas após a mensagem do ex-presidente da OAS, Aécio Neves foi lançado pré-candidado a presidente da República. Em nota, o tucano confirmou o encontro.

Aécio Neves também é citado em delação premiada do doleiro Alberto Youssef. Segundo ele, o senador dividia propina de uma diretoria de Furnas com o ex-deputado do PP José Janene, morto em 2010.

A exemplo de Yousseff, a procuradora Andréia Baião, da PGR-RJ, em 2010, descreveu a empresa Bauruense como intermediária que repassava os recursos arrecadados pela estatal para financiar a campanha de 2002 de candidatos da oposição (PSDB e DEM), como os eleitos Alckmin (governador SP), Serra (presidência) e Aécio Neves (governador MG).

http://www.pt.org.br/em-mensagens-interceptadas-pela-pf-empreiteiro-cita-encontro-com-aecio-neves/

Notícias como esta, teimam em permanecer na minha memória

Lista de Furnas conecta Aécio, Banestado, Youssef e…Sérgio Moro

4 de março de 2015 | 23:59 Autor: Fernando Brito

aeciofurnas

O Estadão diz que, afinal, Aécio foi citado como recebedor de dinheiro da “Lista de Furnas”, no que o jornal diz ser um depoimento sobre a propinagem para o PP, o PSDB e um empresário, morto em 2011, chamado Aírton Daré, dono de uma empresa chamada Bauruense Serviços Gerais.

Segundo a sentença, Giovani Gionédis, então presidente do Conselho de Administração do Banestado, o banco estatal do Paraná, hoje pertencente ao Itaú, teria dado a Bauruense juros acima dos de mercado, compensando pela doação de verba à campanha de reeleição de Jaime Lerner, do DEM, coligado ao PSDB.

Daré, como mostram documentos do Ministério Público do Rio de Janeiro, estava afundado até a medula na operação do dinheiro da Lista de Furnas.

Quem operou estes recursos? Ele mesmo, Alberto Yousseff.

Gionédis tinha oito cheques administrativos da empresa Bauruense Serviços Gerais em nomes de ‘laranjas’ e ordenou o saque de R$ 1 milhão para a campanha de Lerner.

Gionédis foi condenado por gestão fraudulenta, mas absolvido por lavagem de dinheiro.

Por quem?

Ah, leitor; ah, leitora…

Pelo Dr. Sérgio Moro…O imã da honradez que atrai todos os casos de corrupção no Brasil.

E então, por conta disso, vamos arquivar tudo, porque o Dr. Moro falou, tá falado.

É por isso que Aécio diz que o pedido de arquivamento de inquérito contra ele é uma homenagem que se lhe presta.

Como se sabe, a hipocrisia, dizia François de La Rochefoucauld, é uma homenagem que o vício presta à virtude.

http://tijolaco.com.br/blog/?p=25135

Justiça, ódio e intolerância

 

A justiça tem que ser feita com justiça. Justiça que precisa ignorar as garantias fundamentais constitucionais – provas obtidas licitamente, direito de defesa e presunção de inocência, sem espetaculosidade nas prisões e conduções coercitivas e, principalmente, sem mancomunamento com a mídia absolutamente partidarizada – não é Justiça, mas luta política partidarizada e manipulada.

Do modo como estão procedendo a Justiça Federal, o Ministério Público e a Polícia Federal, o país vive uma agonia à beira da quebra da institucionalidade. Promove-se o ódio à política que leva à antidemocracia, e ameaça levar à lona o sistema político partidário brasileiro.

Sem Política vige a antidemocracia.

Imaginar que com as normas democráticas de direito, sem exceção, não se combate o crime da corrupção é atestar contra a própria Constituição e as demais instituições além do Judiciário.

É na Política que o país precisa encontrar seus caminhos para fortalecer a democracia e as instituições, a inclusão de todos os brasileiros à cidadania, o seu desenvolvimento autônomo e soberano, com base na valorização do trabalho.

Os fenômenos atuais, vistos em escala histórica, representam a encruzilhada com que defronta o Brasil de tempos em tempos, visando a superar os condicionamentos para alcançar novos patamares civilizatórios.
Que fique registrado que, no tempo em que se amplia a democracia brasileira com a inclusão à cidadania de dezenas de milhões de brasileiros abaixo da linha da pobreza, se intensifica a produção de ódio e intolerância nas relações sociais e políticas.

Depois reclamam quando se diz que as elites brasileiras não gostam do seu povo, não se identificam com ele. Herança escravocrata que se perpetua na mídia plutocrática e nas escorchantes desigualdades sociais e regionais, no sentimento antinacional e antipopular que grassa entre camadas sociais que sustentam o velho reacionarismo antinacional e antipopular.

Aliás, nada é mais explícito que, nessa mesma hora, atenta-se contra a Petrobras, a engenharia nacional, o pré-sal, a energia nuclear… A velha luta de classes para fazer do Brasil uma nação que se dê ao respeito de seu povo e do mundo.

http://waltersorrentino.com.br/2015/08/03/justica-odio-e-intolerancia/

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

SOBRAL FABRICARÁ AVIÕES

 

O município de Sobral será sede de uma montadora de aviões. Com o valor global de R$ 60 milhões, a Gorj Aeronaves, pertencente ao Grupo Oscar Rodrigues Júnior, deve iniciar as atividades no próximo ano.

“Os projetos arquitetônicos e aeronáuticos estão concluídos. Estamos na fase de formatação dos preços dos componentes. Precisaremos de seis meses para começar”, reforça o empresário Oscar Rodrigues. As peças serão compradas no mercado nacional, mas também do exterior para a montagem das aeronaves. Os aviões produzidos serão monomotores e bimotores com capacidade de transporte para dois, quatro e seis passageiros. 

“Nossa previsão inicial é de oito aeronaves produzidas por mês. Os preços das aeronaves vão depender das cotações que estamos iniciando no momento”, confirma. A comercialização será para o mercado interno. 

Sobre o número de empregos gerados, Oscar Júnior afirma que a empresa analisa a contratação de mão de obra especializada no Ceará, mas deve “importar” profissionais de outros estados. “Temos de definir com o Recursos Humanos o quantitativo de vagas. Haverá a necessidade de contratar gente de fora”. O terreno para abrigar a unidade é de 200 hectares e foi comprado por R$ 3,5 milhões.

Postado por Tadeu Nogueira às 07:20h

Com informações do Jornal O Povo

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

"SEIS FAMÍLIAS CONTROLAM 70% DA IMPRENSA NO BRASIL"

 

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Fundador do Wikileaks, Julian Assange diz que um dos grandes problemas do Brasil e da América Latina é a concentração da mídia; ele defende o presidente equatoriano Rafael Correa, que lhe deu asilo, aprofunde a disputa com a imprensa local. "Deveria atacar mais", diz ele. "Quando falamos em liberdade de expressão, temos de incluir a liberdade de distribuição, uma das coisas mais importantes que a internet nos deu", afirma

4 DE FEVEREIRO DE 2013 ÀS 07:02

247 - Refugiado na embaixada do Equador em Londres, Julian Assange, fundador do Wikileaks, recebeu o jornalista Jamil Chade, correspondente do Estado de S. Paulo, para falar sobre sei livro Cypherpunks, Liberdade e o Futuro da Internet, que está sendo lançado no Brasil pela Boitempo Editorial. Na entrevista, ele disse que um dos principais problemas da América Latina é a concentração da mídia. "No Brasil, seis famílias controlam 70% da informação".

Leia, a seguir, os principais trechos da conversa:

A web como arma

Tecnologia produz poder, a ponto de a história da civilização humana ser a história do desenvolvimento de diferentes armas de diferentes tipos. Por exemplo, quando rifles eram as armas dominantes ou navios de guerra ou bombas atômicas. Desde 1945, a relação entre as superpotências era definida por quem tinha acesso a armas atômicas. Hoje, a internet redefiniu as relações de força antes definidas pelas armas. Todas as sociedades que têm qualquer desenvolvimento tecnológico, que são as sociedades influentes, se fundiram com a internet. Portanto, não há uma separação entre sociedade, indivíduos, Estados e internet. A internet é hoje o alicerce da sociedade e conecta os Estados além das fronteiras. Conhecimento é poder. 

Vigilância global

A comunicação entre indivíduos ocorre pela internet. Sistemas de telefone estão na internet, bancos e transações usam a internet. Colocamos nossos pensamentos mais íntimos na internet, detalhes, como diálogos entre marido e mulher e até nossa posição geográfica. Enfim, tudo é exposto na internet. Isso significa que grupos envolvidos na vigilância em massa realizam uma apropriação enorme de conhecimento. Esse é o maior roubo da história. 

Google e Facebook

O Google sabe o que você estava pensando. E sabe o que você pensou no passado, porque quando você quer saber algum detalhe, busca no Google. Sites que têm Google Adds, ou seja, todos os sites, registram sua visita. O Google sabe todos os sites que você visitou, tudo o que você buscou. Ele te conhece melhor que você. Você sabe o que você buscou há dois dias? Não. Mas o Google sabe. Alguém pode dizer: o Google só quer vender publicidade. Mas, na realidade, todas as agências de inteligência dos EUA têm acesso ao material do Google. Eles acessaram isso em nosso caso.(…) Países como a Islândia têm uma penetração no Facebook de 88%. Mesmo que você não esteja no Facebook, seu irmão está e está relatando sobre você.

Uso pela CIA

Pessoas querem compartilhar algo com meus amigos e amigos de meus amigos, mas não com meus amigos e com a CIA. As pessoas estão sendo enganadas.

Concentração de mídia

[Rafael Correa, presidente do Equador] deveria atacar mais. A primeira responsabilidade da imprensa é a precisão e a verdade. O grande problema na América Latina é a concentração na mídia. Há seis famílias que controlam 70% da imprensa no Brasil, mas o problema é muito pior em vários países. Na Suécia, 60% da imprensa é controlada por uma editora. Na Austrália, 60% da imprensa escrita é controlada por (Rupert) Murdoch. Portanto, quando falamos em liberdade de expressão, temos de incluir a liberdade de distribuição, uma das coisas mais importantes que a internet nos deu.

Revelações sobre o Brasil

Sim. Publicaremos muito sobre o Brasil neste ano.

http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/92535/Seis-fam%C3%ADlias-controlam-70-da-imprensa-no-Brasil.htm

Conheça a nova resolução da Executiva Nacional do PT

 

No documento, a legenda convoca a militância para uma construir uma trincheira de luta pela democracia, em defesa dos direitos dos trabalhadores, em defesa da Petrobras e do povo brasileiro

Conheça a nova resolução da Executiva Nacional do PT

PT EM FOCO#PTdoBrasil

Fotos: Lula Marques/Agencia PT.

Por: Agência PT, em 4 de agosto de 2015 às 17:05:35

A Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores definiu, durante reunião nesta terça-feira (4), em Brasília, a nova resolução política da legenda. No documento, a legenda convoca uma “Jornada em Defesa da Democracia, dos Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras e das Conquistas do Nosso Povo”. Leia a RESOLUCAO CEN – É HORA DE MOBILIZAÇÃO 04-08-15

Para isso, o PT reforça a importância de participação na Marcha das Margaridas, de 11 e 12 de agosto, no Ato Nacional pela Educação, no dia 14 de agosto, e no Ato Nacional dos Movimentos Sociais, do dia 20 de agosto.

“O PT exorta todos os seus militantes a construírem uma trincheira de luta pela democracia, pelos direitos dos trabalhadores/as, pelos direitos humanos, em defesa da Petrobras e do povo brasileiro. Que ninguém se cale! Levantemo-nos juntos!”, diz o texto.

Na resolução, PT volta a criticar a escalada conservadora da oposição, da mídia monopolizada e de agentes públicos. Para a legenda, os atos têm o objetivo de enfraquecer o governo da presidenta Dilma Rousseff, criminalizar o PT e atingir a popularidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“O clima de intolerância e ódio que vem sendo acirrado pelas forças conservadoras derrotadas pelas últimas eleições afronta a tradição do povo brasileiro e agrava os problemas que o país vem superando”, afirma o PT, na resolução.

Além disso, a legenda volta a repudiar o ataque ao Instituto Lula, na última quinta-feira (30).

“Causa indignação a conivência silenciosa de certos meios de comunicação e partidos, que se dizem democráticos, com o atentado de caráter fascista ao Instituto Lula”, diz o documento.

Para o PT, o Plano de Proteção ao Emprego e a redução da meta do superávit primário foram medidas “positivas” do governo Dilma. A legenda também considera como relevante para continuidade da agenda positiva um encontro da presidenta com as principais lideranças dos movimentos sociais.

Da Redação da Agência PT de Notícias

O lulismo, ontem e hoje

 

por Marcos Coimbra — publicado 28/07/2015 04h06

O contingente que vota ou poderia votar em Lula continua majoritário entre os eleitores

Heinrich Aikawa/ Instituto Lula

Lula-pesquisas

As pesquisas mostram, no fundo, a força de Lula, mesmo quando se considera o mau momento que a presidenta Dila Rousseff e o PT atravessam.

A última pesquisa do Instituto Vox Populi, realizada em maio, perguntou aos entrevistados como se sentiam em relação à possibilidade de votar em Lula. Não se especificou se em uma eleição presidencial e menos ainda se na próxima, mas é razoável supor que muitos responderam com a cabeça em 2018.

Havia seis opções de resposta, da simples “certamente votaria nele” à inversa “nunca votei e nunca votaria nele”. A primeira foi escolhida por 29% dos entrevistados e a segunda por 16%.

Três das demais possibilidades de resposta envolviam a ideia de “decepção”. Uma era “já apoiei Lula, mas ele me decepcionou e nunca mais votaria nele” e outra “já apoiei, me decepcionei e é muito difícil que vote nele outra vez”, diferente na ênfase da anterior. Escolheram a mais intensa 14% dos entrevistados, enquanto 12% optaram pela segunda.

A terceira, “já apoiei, me decepcionei, mas é possível que volte a votar nele” foi escolhida por 16% dos entrevistados. Restam 6% que, por qualquer motivo, “nunca haviam votado em Lula, mas que consideravam possível” fazê-lo futuramente e 7% que não souberam responder.

A soma daqueles que, em graus diferentes, podem ser considerados “eleitores potenciais” de Lula chega a 51% e a dos não eleitores a 42%. Alguns dos possíveis eleitores, claro, talvez não confirmassem o voto, assim como alguns não eleitores talvez se decidissem por ele. Fato: o eleitorado potencialmente lulista é majoritário na sociedade.

Mais relevante: essas respostas são quase idênticas àquelas obtidas há dez anos em pesquisa também realizada pelo Vox Populi. Em abril de 2006, seis meses antes da eleição na qual Lula foi reeleito, a mesma pergunta havia sido feita. Seus resultados mostram quão estáveis são os sentimentos profundos do eleitorado.

O agregado daqueles que votariam “com certeza” somados aos que, embora “decepcionados” (naquela altura com o “mensalão”), achavam “possível votar outra vez”, chegava a 47% e agora ficou em 45% (incluídos os “decepcionados” do momento). Quem afirmou nunca ter votado, “mas achava possível votar” formava um contingente de 7% e agora 6%.

Em 2006, baseado no “voto potencial” projetado pela pesquisa, Lula obteria 54% do voto total e 59% do válido. Não custa lembrar que, quando as urnas do segundo turno foram computadas, o petista venceu a eleição com 61%.

Quem quiser se iludir com pesquisas de intenção de voto para 2018 que exibem números para Lula entre 20% e 25% que o faça. Na melhor das hipóteses, os resultados tornam conjunturais fenômenos que nada de conjuntural possuem. Ao se pensar no momento presente avalia-se um governo, mas não é a partir do raciocínio em relação ao que acontece hoje que o eleitor escolhe um candidato a presidente.

As pesquisas mostram, no fundo, a força de Lula, mesmo quando se considera o mau momento que a presidenta Dilma Rousseff e o PT atravessam. E sugerem que qualquer melhora na percepção dos resultados da ação do governo, provável no horizonte de 2018, tende a aumentá-la.

A força de Lula vem de ao menos três fontes. A primeira é sua base eleitoral muito grande, maior e mais sólida do que a de qualquer político em nossa história. Ela foi construída ao longo de uma sucessão de candidaturas nacionais, próprias ou não, que fizeram dele um personagem cuja presença no centro da vida política brasileira dura quase o dobro do que durou toda a República de 1946, a única experiência de democracia que conhecemos até o fim do século XX.

As identidades políticas (como outras, associativas, clubistas etc.), formam-se no tempo e na repetição, à medida que o indivíduo se define e se confirma nela. Os lulistas tornaram-se, cada vez que votavam de novo em Lula, mais lulistas, mais comprometidos com suas escolhas passadas e mais predispostos a, mesmo na adversidade, permanecer lulistas.

A segunda fonte é a satisfação da vasta maioria da opinião pública com o desempenho de Lula no governo. Sua vantagem em relação ao melhor nome que as oposições tiveram para contrapor-se a ele, o de Fernando Henrique Cardoso, chega a ser acachapante em algumas áreas. No quesito “O presidente que teve mais preocupação com os pobres” bate o tucano por 77% a 6%.

A terceira é a mais óbvia: a identificação do cidadão comum com sua figura. Diante de adversários com rosto e biografia típicos das elites tradicionais, é fácil ter mais confiança em alguém como ele.

A próxima eleição está distante e ninguém sabe como será disputada. Mas de uma coisa podemos estar certos: se for candidato, Lula é favorito.

http://www.cartacapital.com.br/revista/860/o-lulismo-ontem-e-hoje-6736.html

Geração de lixo supera taxa de crescimento populacional

 

A média brasileira de produção de lixo por pessoa é 1,062 quilo (kg) por dia. Foto: Shutterstock

A média brasileira de produção de lixo por pessoa é 1,062 quilo (kg) por dia. Foto: Shutterstock

Por Camila Maciel, da Agência Brasil –

Produção de lixo no país cresce 29% em 11 anos, mostra pesquisa –

A geração de lixo no Brasil aumentou 29% de 2003 a 2014, o equivalente a cinco vezes a taxa de crescimento populacional no período, que foi 6%, de acordo com levantamento divulgado hoje (27) pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). A quantidade de resíduos com destinação adequada, no entanto, não acompanhou o crescimento da geração de lixo. No ano passado, só 58,4% do total foram direcionados a aterros sanitários.

Mais de 41% das 78,6 milhões de toneladas de resíduos sólidos gerados no país em 2014 tiveram como destino lixões e aterros controlados. Segundo a Abrelpe, esses locais são inadequados e oferecem riscos ao meio ambiente e à saúde. No ano anterior, o percentual foi 41,7%. A metodologia da pesquisa envolveu 400 municípios, o equivalente a 91,7 milhões de pessoas. Por dia, o brasileiro gera, em média, 1,062 quilo de lixo.

Esse dados mostram que mais de 78 milhões de brasileiros, ou 38,5% da população, não têm acesso a serviços de tratamento e destinação adequada de resíduos sólidos. Além disso, mais de 20 milhões de pessoas não dispõem de coleta regular de lixo, pois cerca de 10% dos materiais gerado não são recolhidos. O volume de lixo produzido aumentou 2,9%, entre 2013 e 2014. A coleta de resíduos, por sua vez, melhorou 3,2%.

Esta é a primeira pesquisa que retrata a situação da gestão dos resíduos, depois da vigência da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em 2010. Em relação à reciclagem, a pesquisa revela uma evolução de 7,2 ponto percentual. Em 2010, apenas 57,6% dos municípios tinham alguma iniciativa de coleta seletiva. No ano passado, o percentual aumentou para 64,8%.

Entraves da PNRS

“Nem mesmo com a edição da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que traz entre os princípios, como primeira ação na hierarquia dos resíduos, a minimização da geração, a gente percebe que isso ainda não está em curso. Nós ainda estamos em linha de crescimento de geração [de lixo], tanto no total quanto per capita”, destacou o presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho.

A média brasileira de produção de lixo por pessoa é 1,062 quilo (kg) por dia. Na avaliação por estado, Brasília lidera com mais de 1,5 kg/dia per capita, seguida por São Paulo e Rio de Janeiro, empatados em cerca de 1,2 kg/dia.

Entre os entraves para o funcionamento da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Carlos Filho aponta falta de vontade política dos gestores municipais, pouca capacidade técnica para viabilização da solução adequada e falta de recursos. “Não adianta dar mais prazo, não adianta estender a lei. O que precisa é conjugar esses três fatores e colocar isso em prática. Do contrário, vamos continuar sofrendo com uma gestão inadequada”, declarou. Para ele, dar mais tempo para cumprimento da lei pode agravar problemas ambientais já registrados hoje, como contaminação do solo e das águas. (Agência Brasil/ #Envolverde)

* Edição: Stênio Ribeiro.

** Publicado originalmente no site Agência Brasil.

http://www.envolverde.com.br/1-1-canais/producao-de-lixo-no-pais-cresce-29-em-11-anos/

Propostas do Brasil na Conferência do Clima serão ambiciosas, diz secretário

 

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De acordo com o secretário, outra meta “ambiciosa” no acordo feito entre Brasil e Estados Unidos é o compromisso de, até 2030, ter 20% da matriz elétrica desses países oriunda de fontes renováveis, sem considerar a fonte hidrelétrica. Foto: Júlio César Mulatinho

Por Andreia Verdélio, da Agência Brasil –

As propostas que o Brasil apresentará na 21ª Conferência das Partes (COP 21) da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima deverão seguir o mesmo caminho, com metas ambiciosas, dos acordos climáticos firmados entre Brasil e Estados Unidos no último mês de junho. A informação foi dada dia 15 pelo secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Klink.

Segundo ele, o Brasil é uma liderança internacional nas negociações sobre o clima e está trabalhando em alto nível político, com contribuições da sociedade acadêmica, civil, em todos os setores, para apresentar uma proposta robusta e inovadora na conferência, olhando pós-2020. “Nós demos, como disseram os americanos, um flash [uma mostra do que será apresentado na COP 21]. A questão de restaurar 12 milhões de hectares [de florestas] até 2030 é uma meta muito ambiciosa, é metade da área do estado de São Paulo de reflorestamento.”

De acordo com o secretário, outra meta “ambiciosa” no acordo feito entre Brasil e Estados Unidos é o compromisso de, até 2030, ter 20% da matriz elétrica desses países oriunda de fontes renováveis, sem considerar a fonte hidrelétrica. “Nós hoje somos [utilizamos] 9% [de outras fontes renováveis], nos Estados Unidos, são cerca de 7%, vão ter que alcançar 20% até 2030. É por esse caminho que estamos indo”, disse Klink sobre as propostas para a COP 21.

Ele lembrou que o Brasil já tem a Política Nacional sobre Mudança do Clima, com metas de reduzir em 38% as emissões de gases causadores do efeito estufa até 2020. “Já passamos desse limite, já reduzimos mais de 41%. Então, estamos usando esse aprendizado para apresentar uma boa contribuição [na COP 21].”

A COP 21, que será realizada em Paris, de 30 de novembro a 11 de dezembro deste ano, reunirá 196 países na construção de um novo acordo climático com metas globais de redução de gases causadores do efeito estufa e novos caminhos para o desenvolvimento sustentável.

Para Klink, o tema das mudanças climáticas envolve também questões de crescimento e desenvolvimento econômico e igualdade social e que o acordo entre Brasil e Estados Unidos, “países que mais reduziram emissões de gases”, ajuda a pensar conjuntamente o tema e colocar as necessidades reais em pauta, “como inovar nas questões de florestas, energia, de financiamento, continuar o combate ao desmatamento.”

O secretário informou que as primeiras reuniões entre representantes dos dois países estão marcadas para outubro, para a troca de aprendizagens e tecnologias. (Agência Brasil/ #Envolverde)

* Edição: Valéria Aguiar.

** Publicado originalmente no site Agência Brasil.

http://www.envolverde.com.br/1-1-canais/propostas-do-brasil-na-conferencia-do-clima-serao-ambiciosas-diz-secretario/

Novo superporta-aviões russo impressiona imprensa chinesa

 

Aircraft carrier project 23000E

O projeto do novo superporta-aviões 23000E “Storm” demonstra a habilidade dos desenhistas russos de combinar herança e inovação, segundo o jornal chinês People’s Daily.

Modelo del buque de desembarco del proyecto Priboi

© Sputnik/ Alexander Vilf

Rússia projeta navio anfíbio que substituirá os Mistral

O artigo, publicado na edição russa do jornal oficial do Partido Comunista Chinês, que fornece informação direta sobre as políticas e pontos de vista do governo chinês, lembra que o novo superporta-aviões foi exibido no fórum militar Army 2015 em Kubinka no mês passado.

O People’s Daily ressalta que o departamento técnico-científico da Marinha russa, os institutos de pesquisa e a indústria de Defesa do país atuaram em conjunto para criar o projeto do superporta-aviões.

O jornal aponta que os projetistas levaram em conta a experiência soviética no projeto do Almirante Kuznetsov ao mesmo tempo em que aproveitaram o progresso técnico e científico alcançado desde então. Além disso, houve uma análise da  próxima geração de porta-aviões Ocidentais. Tudo isso resultou em um projeto que “possui continuidade no desenho, originalidade e traços que são tipicamente russos.”

Instituto de Pesquisa e Construção de Navios Aleksei Krylov

© Sputnik/ Sergey Berezin

Novo super porta-aviões vai reformar Marinha russa

O jornal também ressalta as peculiaridades do desenho do “Storm”. Para começar, aponta a característica multifuncional da embarcação, que classifica como um “aeroporto no mar.” Com 330 metros de comprimento e 40 de largura, o “Storm” é projetado para conseguir transportar de 80 a 90 aeronaves, incluindo o novo caca Sukhoi T-50.  

O artigo da publicação chinesa conclui sua avaliação com otimismo cauteloso, afirmando que ainda há muitas questões a serem esclarecidas sobre o futuro do “Storm”, inclusive nos aspectos técnico e de design — como, por exemplo, se a embarcação receberá motores nucleares ou turbinas a gás.  O People’s Daily também levanta questões financeiras. Citando a imprensa russa e levando em conta o tempo de construção, o autor do texto acredita que o superporta-aviões não ficará pronto antes de 2030.

Leia mais: http://br.sputniknews.com/defesa/20150711/1540968.html#ixzz3hxlikkeP

Osama Bin Laden deixa testamento em que pede desculpa aos filhos

 

por Lusa03 maio 2011Comentar

Osama Bin Laden deixa testamento em que pede desculpa aos filhos

Fotografia © REUTERS/Mohsin Raza

O líder da Al-Qaida Osama Bin Laden, que morreu no domingo, deixou escrito num testamento feito em 2001 que não queria que os filhos trabalhassem na rede terrorista, noticiou hoje o jornal do Kuwait Al Anbaa.

No testamento de quatro páginas, escrito pouco depois dos atentados de 11 de Setembro, e cuja veracidade não foi confirmada, Bin Laden pede perdão aos filhos por lhes ter dedicado "pouco tempo" a partir do momento que respondeu "à chamada da 'jihad' (guerra santa)".

"Carreguei o peso dos muçulmanos e dos assuntos destes. Escolhi um caminho cheio de perigos", afirma Bin Laden numa parte do testamento dirigido aos filhos.

Noutra parte, na qual fala às mulheres, o líder da Al-Qaida reconhece que foram "um grande apoio" no caminho que escolheu e pede-lhes para não pensarem em casar depois de morrer para poderem dedicar o tempo a tomar conta dos filhos.

No final do testamento, com data de 14 de Dezembro de 2001, três meses depois dos atentados de 11 de Setembro nos Estados Unidos, Bin Laden também envia uma mensagem aos mujaidines (guerreiros santos).

"Esqueçam-se de momento de combater contra os judeus e os cruzados e dediquem-se a purificar as vossas filas dos agentes, os vergonhosos e os ulemas do mal que não participam na 'jihad' (...), afirma.

http://www.dn.pt/especiais/interior.aspx?content_id=1842934&especial=11%20de%20Mar%E7o&seccao=MUNDO&page=-1

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Dilma sancionará projeto sobre uso de recursos de depósitos judiciais

 

Wilson Dias/Agência Brasil:

3 de Agosto de 2015 às 19:19

Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse hoje (3) que a presidenta Dilma Rousseff sancionará o projeto de lei que autoriza estados e municípios a sacar até 70% dos recursos depositados em juízo em processos envolvendo entes públicos. De acordo com o ministro, os trechos que serão vetados tratam de "detalhes" referentes a questões técnicas, como alguns parágrafos em conflito com a legislação.

O projeto permite que estados e municípios saquem, de imediato, cerca de R$ 21 bilhões para pagamento de precatórios judiciais, dívida pública e investimentos. A partir de 2016, eles teriam direito a retirar R$ 1,6 bilhão por ano. Joaquim Levy afirmou que a hierarquia de retirada desses recursos prevista no projeto será mantida, ou seja, eles precisam utilizar os recursos para o pagamento que terá que ser feito na seguinte ordem: precatórios judiciais, dívida pública, despesas de capital e recomposição dos fluxos de pagamento.

O projeto aprovado prevê que até 10% da parcela destinada ao fundo de reserva, que será criado após a lei entrar em vigor, poderão ser usados pelos estados, municípios e pelo Distrito Federal para constituírem o Fundo Garantidor de Parcerias Público-Privadas, destinados "exclusivamente a investimentos de infraestrutura". Essa parte do projeto, segundo o ministro, não será vetada. Segundo ele, foi possível em uma reunião ocorrida esta tarde no Palácio do Planalto chegar a um "bom entendimento" sobre os "pontos essenciais", e haverá "eventualmente alguns vetos técnicos".

Levy e os ministros da Casa Civil, Aloizo Mercadante, e da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, se reuniram com os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do Distrito Federal (DF), Rodrigo Rollemberg, além de representantes dos estados do Ceará, da Bahia e de Goiás. A lei entrará em vigor assim que for sancionada pela presidenta. O prazo para sanção é até quarta-feira (5).

Ao dizer que os governadores se posicionaram favoravelmente à sanção do projeto de lei, Alckmin lembrou que 30% dos depósitos judiciais serão preservados e ficarão depositados. "Nunca pode reduzir abaixo disso [dos 30%]. Se isso ocorrer, os estados terão 48 horas para recompor os valores". Segundo o governador de São Paulo, só será possível saber com certeza o valor que caberá ao estado depois de sancionado o projeto.

Para Rollemberg, a lei é "extremamente importante" e dá "segurança jurídica" a todos os governadores. "Sem dúvida vai melhorar o ambiente econômico nos diversos estados da Federação", declarou, após a reunião.

http://www.brasil247.com/pt/247/economia/191489/Dilma-sancionará-projeto-sobre-uso-de-recursos-de-depósitos-judiciais.htm

Especialistas dizem que intolerância é principal causa de linchamentos no Brasil

 

Cristina Índio do Brasil - Repórter da Agência Brasil

A intolerância é a principal causa dos linchamentos que ocorrem em vários estados do Brasil, dizem especialistas em comportamento humano, segurança pública e direito. Para a pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da Universidade de São Paulo, Ariadne Natal, os espancamentos são fruto da combinação da percepção de Estado ineficiente, por parte da população, com uma tradição de desrespeito aos direitos humanos.

“De um lado, a percepção de que o Estado não é capaz de prover segurança e justiça. Há uma percepção difusa de uma parte da população de que a impunidade dá a sensação de medo, aumento da criminalidade e a população se vê vulnerável. Então, há a percepção de que o Estado é ausente e ineficiente. Além disso, há uma cultura de desrespeito aos direitos humanos. A gente vive em um país em que há uma cultura de resolução de conflito por meio do emprego da violência”, disse.

Conforme a pesquisadora, as motivações variam, mas partem da ideia de que algumas regras foram quebradas e, com isso, os suspeitos são alvo de ameaças ou de agressões físicas, que podem ter um desfecho fatal. “O linchamento é uma espécie de controle social, é uma espécie de punição ou pena dada à pessoa acusada de cometer um crime, não necessariamente culpada, porque ali não tem uma investigação real, é com base em indícios momentâneos”, disse.

Ariadne Natal destacou que, em geral, quando ocorre um linchamento não há qualquer base de investigação e a imputação da responsabilidade se dá no calor dos acontecimentos. “Geralmente, as falas são até desconexas. As pessoas que participam podem apontar razões diferentes para o linchamento. É meio a história de telefone sem fio”, comparou.

Na sua avaliação, independentemente de a vítima ser inocente ou culpada, o espancamento é que é injusto, ainda que a pessoa tenha culpa. “Porque se trata de uma ação que não é para fazer justiça, mas para vingança. A forma como o linchamento se dá, usando a violência física e, muitas vezes, aplicando uma espécie de pena que é mais dura do que seria a prevista por nossa legislação” completou.

Uma pesquisa do NEV, da qual Ariadne participou, mostrou que as motivações que levam à intolerância e aos linchamentos variam, mas a principal é um crime contra a vida, como casos de homicídio ou latrocínio. A segunda motivação pode ser um crime contra o patrimônio e a terceira, crime contra os costumes, que são os casos de estupro.

Na última quinta-feira (30), no Grajaú, zona norte do Rio, um homem suspeito de assalto teve as mãos e os pés amarrados por um grupo de pessoas e precisou ser encaminhado a um hospital. Lá, ele negou ter praticado o crime. Ainda no Rio, na segunda-feira (27) outro homem foi acusado de estupro e teve o rosto ferido. Também foi levado para receber socorro médico. No mesmo dia, em Belo Horizonte, acusado de roubar um celular, um homem foi detido, agredido e amarrado. No domingo (26), por ser suspeito de tentativa de roubo, outro foi espancado e as consequências foram trágicas. Ele morreu em Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre.

Na semana passada, também se transformou em tragédia o espancamento de um homem na Vila de Samuel, a 50 quilômetros de Porto Velho. Ele tentou estuprar uma jovem, matou o irmão dela que tentava protegê-la e foi linchado até a morte. Na comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio, um homem foi espancado até a morte por 30 pessoas. Ele foi acusado de agressão com uma barra de ferro a três pessoas de uma família, entre elas duas crianças.

Comportamento

Para o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antônio Geraldo da Silva, o alto grau de intolerância leva algumas pessoas a querer fazer justiça com as próprias mãos. “Como as pessoas estão com o estopim extremamente curto e a tolerância está realmente muito baixa, elas não estão conseguindo lidar com mais perdas e com tanta situação de incapacidade do Estado de atuar. E as pessoas estão atuando de maneira errada e agressiva”, disse.

O médico destacou que essas reações representam um retrocesso no comportamento humano. “As pessoas estão voltando a que época? Estamos voltando à Idade Média? Que violência é essa?”, questionou.

Na avaliação do presidente da ABP, a sensação de ineficiência do Estado, que leva à intolerância, acaba por criar na população a necessidade de ter figuras de destaque que se tornam celebridades, como o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, e o ex-presidente do STF Joaquim Barbosa, que são festejados e aplaudidos,até em atos comuns do dia a dia, como a ida a um restaurante ou a entrada em um avião. “São vistos como superstar. E o que eles fizeram? Nada, apenas atuaram, como deveria fazer um magistrado”, acrescentou.

Crimes

Quem participa de um ato de linchamento pode ser julgado e receber penas que chegam a até 30 anos, dependendo do tipo de crime e a consequência dele. O professor da Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas Thiago Bottino informou que se a vítima morrer, o agressor será enquadrado em crime de homicídio doloso intencional. E a punição se agrava se a vítima for aprisionada ou amarrada a um poste, por exemplo, porque haverá ainda a qualificação por impedimento de defesa da pessoa. Caso não haja morte, o crime é de tentativa de homicídio. Os acusados podem ainda responder por lesão corporal com penas até 12 anos. Mesmo se o crime for praticado por um grupo de pessoas, a polícia deverá prender e identificar todas para que sejam processadas.

“O que a polícia tem que fazer é prender a pessoa na hora em que estiver praticando o fato, para que vá a julgamento”, esclareceu.

Legislação

O professor informou que não existe um crime específico de linchamento, mas qualquer caso pode ser enquadrado na legislação existente e nunca é sem intenção. “Ninguém lincha sem querer, então, é sempre doloso e qualificado. A ideia de qualificação é porque há algumas características que qualificam o crime". Se alguém é morto sem que possa se defender, o crime é qualificado, quando várias pessoas se reúnem para matar, é qualificado, se usa fogo é qualificado, explicou.

Na avaliação do advogado, a legislação atual é suficiente. “O problema não é a legislação. O problema é que, muitas vezes, a polícia não interfere, aceita e tolera. Na verdade, esse é um comportamento completamente intolerável. É uma barbárie. O Estado não pode deixar que as pessoas resolvam fazer justiça com as próprias mãos”, contou.

O professor destacou que os suspeitos podem ser processados e só quem pode punir é o Estado. “Imagine se a partir de hoje todo mundo que se sentir vítima de um crime puder sair fazendo justiça pelas próprias mãos? Vai virar um caos. Não é a legislação que tem que mudar, o problema é a cultura das pessoas e o funcionamento da polícia”, avaliou.

Edição: Graça Adjuto

Médicos fantasmas' do SUS

Médicos chegam, batem ponto na entrada e vão embora. Atendem em clínicas particulares quando deveriam estar em hospitais públicos. Registram mais horas trabalhadas do que as horas que existem em uma semana ou são vistos no exterior no dia em que "bateram ponto". Em ao menos nove Estados e no Distrito Federal, órgãos como Tribunais de Contas, Polícia Federal e Ministérios Públicos identificaram e investigam casos de médicos "fantasmas", que pouco ou nem aparecem no trabalho. Em muitos casos, com a conivência do poder público. A maioria cita fraudes no registro de ponto, agravando as filas de pacientes que buscam atendimento no SUS. Médicos Fantasmas - Só em junho de 2014, auditoria do Tribunal de Contas do Distrito Federal identificou 25.735 faltas indevidas de funcionários da saúde, uma média de 15 por servidor -desde jornadas divergentes da escala prevista até médicos que trabalham em um local e batem ponto em outro. O controle da frequência é falho: em quase metade das unidades, não é eletrônico.

A frase: “A recuperação da Vale é uma prova concreta do gigantesco potencial que o Brasil tem, queiram ou não queiram os que torcem contra”. Tem gente feliz com a recuperação da Vale do Rio doce; lucro do trimestre R$5,1 bilhões.

Mailson no atacado(Nota da foto)

O ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega é mais um conferencista da 35ª Convenção Nacional da Associação Brasileira dos Atacadistas e Distribuidores, que será aberta às 14 horas desta segunda-feira, no Centro de Eventos. Da Nóbrega vai falar sobre Cenário Econômicos do Brasil, segundo o presidente da ABAD, José do Egito.

Falta a ANAC

O Governo do Ceará que, como foi dito aqui, devia R$ 8 mil contos pra ANAC resolver a liberação de aeroportos no Estado, pagou. Está esperando a ANAC fazer a parte dela,isto é, mandar o técnico fazer a bendita vistoria.

O retorno

Quando voltarem ao trabalho amanhã, os deputados estaduais do Ceará terão uma pauta leve. Não há muito o que discutir. Já os deputados em campanha pra prefeituras...

Simpatia

Na festa de 30 anos de criação do Batalhão de Choque, Camilo Santana ficou na berlinda como um carinha querido pela corporação.

Amor e ódio

O observador da cena, conhecedor da caserna foi claro ao dizer: Os últimos governadores que a tropa gostava foram Adauto e Cesar. Odiava Tasso, adicionou.

Fura chapa

Esse namoro com Camilo, acaba pondo um fim na linha de produção de votos, na corporação, criada pelas escaramuças de eleitos.

Falar nisso

Corre a boca miúda que daqui pro fim do ano acaba o Projeto Ronda. Todo o pessoal sairia da farda azul e se juntaria ao policiamento do Ceará sob um único comando.

Franca

A conversa é franca e, dizem, todo mundo gosta da ideia. Haveriam ajustes na Academia Edgar Facó e novos treinamentos pra turma melhor de intelecto que de vocação.

Cena cearense

Palco: Praça Luiza Távora. Hora: 7 da manhã. Dia: domingo. Personagens: Uma senhora de responsabilidade caminhando no entorno da praça e um senhor, roubando placas de grama para a carroceria de uma perua. Diálogo: - Senhor, esta grama é da praça, do povo. É um local público. – A senhora por acaso é fiscal de alguma coisa? Vá cuidar da sua vida!!!

Do blog do Macário Batista

sábado, 1 de agosto de 2015

77% dos brasileiros dizem que excesso de burocracia prejudica o crescimento econômico

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Pesquisa da CNI mostra que, na avaliação da maioria da população, a burocracia aumenta os

preços dos produtos e dos serviços e afeta mais as empresas do que os cidadãos

Os brasileiros acreditam que o excesso de burocracia aumenta os gastos públicos, estimula a corrupção e a informalidade e é um dos principais entraves ao crescimento econômico. Por isso, a redução da burocracia deve ser uma das prioridades do governo. As conclusões são da pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira - Burocracia, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Ibope, com 2.002 pessoas em 142 municípios.
De acordo com a pesquisa, 77% dos entrevistados consideram o Brasil um país muito burocrático ou burocrático, e 62% dizem que a redução da burocracia deve ser uma das prioridades do governo. Entre os entrevistados, 74% concordam total ou parcialmente que o excesso de burocracia desestimula os negócios, incentiva a corrupção e a informalidade e faz o governo a gastar mais do que o necessário. A pesquisa indica que 77% acreditam que o excesso de burocracia é uma das principais dificuldades para o crescimento da economia brasileira. Entre as pessoas com renda familiar acima de cinco salários mínimos, esse número sobe para 82%.
A pesquisa mostra ainda que 60% das pessoas concordam totalmente ou em parte que a burocracia afeta mais as empresas do que os cidadãos. Além disso, 75% afirmam que o excesso de burocracia eleva os preços dos produtos e serviços. Na região Sul, esse número aumenta para 84% e, no Sudeste, alcança 80%.
Baseados na própria experiência ou no que já ouviram falar, os brasileiros acreditam que os serviços ou procedimentos mais complicados são: em primeiro lugar, encerrar uma empresa, em segundo, abrir ou constituir uma empresa, em terceiro, comprar um imóvel, em quarto, fazer um inventário e, em quinto lugar, requerer aposentadoria ou pensão. Na sequência, vem tirar passaporte, conseguir licenças para construção ou reforma da casa e alugar um imóvel. Os procedimentos considerados menos difíceis são: tirar o CPF, tirar a carteira de identidade, tirar carteira de trabalho, fazer o registro de nascimento e o de casamento.

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AJUDA DE ESPECIALISTAS - Na opinião da população, fazer a declaração do Imposto de Renda é o procedimento que mais requer ajuda especializada: 29% das pessoas contrataram um profissional ou empresa especializada para prestar contas à Receita Federal, e 12% pediram ajuda de parentes ou amigos. Em seguida, aparece o encerramento de empresa, procedimento para o qual 27% contrataram empresa especializada. O mesmo ocorreu com as pessoas que abriram uma empresa.
Entre os procedimentos em que os entrevistados menos precisaram de ajuda estão limpar o nome na Serasa ou no Serviço de Proteção ao Crédito, pedir o desligamento de serviços de água e luz, e receber direitos trabalhistas, como FGTS e seguro desemprego. Nesses três casos, mais de 90% das pessoas afirmaram terem feito o trabalho sozinhas.
Na avaliação de 77% dos brasileiros, os documentos de identificação, como carteira de identidade, CPF, carteira de motorista, título de eleitor e cartão do PIS-Pasep deveriam ser unificados. "A medida reduziria o excesso de documentos exigidos para que os cidadãos possam exercer seus direitos e deveres", diz a pesquisa da CNI. Entre as pessoas com renda familiar superior a cinco salários mínimos, 81% defendem a unificação dos documentos de identificação. O número cai para 70% entre os que têm renda familiar de até um salário mínimo, informa a pesquisa feita entre 5 e 8 de dezembro de 2014.

ATENDIMENTO À IMPRENSA
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(61) 3317-9578 / 9825

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EUA não conseguem mais viver sem guerra

 

Fuzileiros navais dos EUA chegaram à Ucrânia para participar do treinamento das forças armadas

 

Os norte-americanos estão viciados em guerra e o medo da paz é constantemente alimentado por um "patriotismo paranoico", escreve o coronel do exército e professor de história da Academia Militar dos EUA Gregory A. Daddis, em artigo publicado pela revista norte-americana The Nacional Interest.

Desde o fim da Segunda Guerra Mundial os EUA vivem um ciclo vicioso de guerras, alimentado por um constante medo de uma ameaça externa. Durate a Guerra Fria as autoridades norte-americanas retratavam de forma "apocalíptica" os perigos representados pela União Soviética e pelo comunismo. No entanto, desde a dissolução do bloco soviético nada mudou. A nova estratégia de segurança dos EUA em 2015 continua falando numa suposta "constate ameaça de ataques", ignorando os atuais poderio e influência dos EUA, destaca Daddis.

Embaixada italiana em Sanaa, no Iêmen

© REUTERS/ Khaled Abdullah

EUA mataram mais de 2 milhões de pessoas no Iraque, no Afeganistão e no Paquistão

Segundo ele, uma série de intervenções militares em outros países, em particular no Iraque e no Afeganistão, não apenas sustentou, mas reforçou as posições dos partidários das "constantes" operações militares. O coronel destaca que a "tentação da guerra" está ofuscando o pensamento racional. Na sua opinião, aqueles que justificam as intervenções norte-americanas no exterior com "liberdade" e "democracia" não passam de hipócritas.

"Esta aceitação voluntária do conceito de "guerra perpétua" oferece um mercado propício (e lucrativo) para visionários em segurança nacional, que vislumbram o futuro e oferecem conselhos sobre temas relacionados à defesa, e que vão desde a guerra cibernética até o uso de drones" – escreve Gregory A. Daddis.

Soyuz TMA-16M

© AFP 2015/ KIRILL KUDRYAVTSEV

Especialistas: EUA se preparam para operações militares no espaço

Além disso, os EUA caíram na armadilha da necessidade de sustentar o papel criado por eles mesmos. Segundo o artigo, ânimos semelhantes podem ser caracterizados como "patriotismo paranoico", cunhado pela filosofa Kelly Oliver. Tentativas dos EUA de manter a sua supremacia a qualquer custo criaram na população a sensação de desconfiança frente a países capazes de minar o papel dos EUA na arena internacional. Daddis destaca que é esse medo que justamente alimenta o "vício em guerra".

"Na verdade, nós não queremos a paz. Nós estamos simplesmente encantados pela guerra. Nós chegamos ao ponto em que tememos não conseguir mais viver sem ela. A guerra se tornou uma forma de lutarmos contra os nossos medos, enquanto que os medos viraram justificativa para darmos continuidade às guerras" – escreve Gregory A. Daddis.

O autor do artigo reconhece a necessidade de abandonar esse estado de "paranoia" constante, que não deve ser confundido com a prontidão de repelir ameaças.

Leia mais: http://br.sputniknews.com/opiniao/20150612/1287479.html#ixzz3hbu5I9jJ

quinta-feira, 30 de julho de 2015

PIB do Brasil dos últimos 15 anos cresceu mais que EUA, Japão, Alemanha, França e Inglaterra

 

Brasil/MundoEconomiaPIBPolitica

Informação divulgada hoje sobre a evolução do PIB dos últimos 15 anos mostra que o PIB brasileiro cresceu mais que o dos EUA, Inglaterra, França, Alemanha e Japão, ficando em quarto lugar perdendo apenas para China, Índia e Indonésia

Por Redação - em São Paulo

Informação publicada hoje sobre a evolução do PIB de 2000 até 2014. O Brasil (103%) cresceu mais que EUA (71%), Inglaterra (67%), França (55%), Alemanha (57%) e Japão (50%). O Brasil ficou com o quarto maior crescimento do PIB perdendo apenas para China, Índia e Indonésia.A economia do Brasil é baseada em várias frentes, intensivamente na agricultura (o maior produtor mundial de café), mineração (pedras preciosas), manufatura (equipamentos militares, eletrônicos, automóveis, aviões) e serviços (energia turismo).
O Brasil tem experimentando um crescimento dramático nos últimos anos. É um dos principais países emergentes (BRIC) e o único membro deste grupo da América Latina . Seu PIB aumentou em 284% no período que abrange os anos de 2000 a 2011. Após a crise de 2008, o Brasil se recuperou rapidamente do processo de estagnação, devido às exportações e à excelente saúde do mercado doméstico. Outro ponto a considerar é a sua renda per capita oferecida pelo Banco Mundial , que, no mesmo período (2000-2015) aumentou em 225%, para $ 12.500 em 2015.

O Brasil teve o maior PIB da sua história em 2013, sob o governo de Dilma Rousseff (PT) com R$ 4,844 trilhões (PIB nominal)

Confira o artigo original no Portal Metrópole: http://www.portalmetropole.com/2015/03/pib-do-brasil-dos-ultimos-15-anos.html#ixzz3hQjDKTpe