quarta-feira, 5 de agosto de 2015

O lulismo, ontem e hoje

 

por Marcos Coimbra — publicado 28/07/2015 04h06

O contingente que vota ou poderia votar em Lula continua majoritário entre os eleitores

Heinrich Aikawa/ Instituto Lula

Lula-pesquisas

As pesquisas mostram, no fundo, a força de Lula, mesmo quando se considera o mau momento que a presidenta Dila Rousseff e o PT atravessam.

A última pesquisa do Instituto Vox Populi, realizada em maio, perguntou aos entrevistados como se sentiam em relação à possibilidade de votar em Lula. Não se especificou se em uma eleição presidencial e menos ainda se na próxima, mas é razoável supor que muitos responderam com a cabeça em 2018.

Havia seis opções de resposta, da simples “certamente votaria nele” à inversa “nunca votei e nunca votaria nele”. A primeira foi escolhida por 29% dos entrevistados e a segunda por 16%.

Três das demais possibilidades de resposta envolviam a ideia de “decepção”. Uma era “já apoiei Lula, mas ele me decepcionou e nunca mais votaria nele” e outra “já apoiei, me decepcionei e é muito difícil que vote nele outra vez”, diferente na ênfase da anterior. Escolheram a mais intensa 14% dos entrevistados, enquanto 12% optaram pela segunda.

A terceira, “já apoiei, me decepcionei, mas é possível que volte a votar nele” foi escolhida por 16% dos entrevistados. Restam 6% que, por qualquer motivo, “nunca haviam votado em Lula, mas que consideravam possível” fazê-lo futuramente e 7% que não souberam responder.

A soma daqueles que, em graus diferentes, podem ser considerados “eleitores potenciais” de Lula chega a 51% e a dos não eleitores a 42%. Alguns dos possíveis eleitores, claro, talvez não confirmassem o voto, assim como alguns não eleitores talvez se decidissem por ele. Fato: o eleitorado potencialmente lulista é majoritário na sociedade.

Mais relevante: essas respostas são quase idênticas àquelas obtidas há dez anos em pesquisa também realizada pelo Vox Populi. Em abril de 2006, seis meses antes da eleição na qual Lula foi reeleito, a mesma pergunta havia sido feita. Seus resultados mostram quão estáveis são os sentimentos profundos do eleitorado.

O agregado daqueles que votariam “com certeza” somados aos que, embora “decepcionados” (naquela altura com o “mensalão”), achavam “possível votar outra vez”, chegava a 47% e agora ficou em 45% (incluídos os “decepcionados” do momento). Quem afirmou nunca ter votado, “mas achava possível votar” formava um contingente de 7% e agora 6%.

Em 2006, baseado no “voto potencial” projetado pela pesquisa, Lula obteria 54% do voto total e 59% do válido. Não custa lembrar que, quando as urnas do segundo turno foram computadas, o petista venceu a eleição com 61%.

Quem quiser se iludir com pesquisas de intenção de voto para 2018 que exibem números para Lula entre 20% e 25% que o faça. Na melhor das hipóteses, os resultados tornam conjunturais fenômenos que nada de conjuntural possuem. Ao se pensar no momento presente avalia-se um governo, mas não é a partir do raciocínio em relação ao que acontece hoje que o eleitor escolhe um candidato a presidente.

As pesquisas mostram, no fundo, a força de Lula, mesmo quando se considera o mau momento que a presidenta Dilma Rousseff e o PT atravessam. E sugerem que qualquer melhora na percepção dos resultados da ação do governo, provável no horizonte de 2018, tende a aumentá-la.

A força de Lula vem de ao menos três fontes. A primeira é sua base eleitoral muito grande, maior e mais sólida do que a de qualquer político em nossa história. Ela foi construída ao longo de uma sucessão de candidaturas nacionais, próprias ou não, que fizeram dele um personagem cuja presença no centro da vida política brasileira dura quase o dobro do que durou toda a República de 1946, a única experiência de democracia que conhecemos até o fim do século XX.

As identidades políticas (como outras, associativas, clubistas etc.), formam-se no tempo e na repetição, à medida que o indivíduo se define e se confirma nela. Os lulistas tornaram-se, cada vez que votavam de novo em Lula, mais lulistas, mais comprometidos com suas escolhas passadas e mais predispostos a, mesmo na adversidade, permanecer lulistas.

A segunda fonte é a satisfação da vasta maioria da opinião pública com o desempenho de Lula no governo. Sua vantagem em relação ao melhor nome que as oposições tiveram para contrapor-se a ele, o de Fernando Henrique Cardoso, chega a ser acachapante em algumas áreas. No quesito “O presidente que teve mais preocupação com os pobres” bate o tucano por 77% a 6%.

A terceira é a mais óbvia: a identificação do cidadão comum com sua figura. Diante de adversários com rosto e biografia típicos das elites tradicionais, é fácil ter mais confiança em alguém como ele.

A próxima eleição está distante e ninguém sabe como será disputada. Mas de uma coisa podemos estar certos: se for candidato, Lula é favorito.

http://www.cartacapital.com.br/revista/860/o-lulismo-ontem-e-hoje-6736.html

Geração de lixo supera taxa de crescimento populacional

 

A média brasileira de produção de lixo por pessoa é 1,062 quilo (kg) por dia. Foto: Shutterstock

A média brasileira de produção de lixo por pessoa é 1,062 quilo (kg) por dia. Foto: Shutterstock

Por Camila Maciel, da Agência Brasil –

Produção de lixo no país cresce 29% em 11 anos, mostra pesquisa –

A geração de lixo no Brasil aumentou 29% de 2003 a 2014, o equivalente a cinco vezes a taxa de crescimento populacional no período, que foi 6%, de acordo com levantamento divulgado hoje (27) pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). A quantidade de resíduos com destinação adequada, no entanto, não acompanhou o crescimento da geração de lixo. No ano passado, só 58,4% do total foram direcionados a aterros sanitários.

Mais de 41% das 78,6 milhões de toneladas de resíduos sólidos gerados no país em 2014 tiveram como destino lixões e aterros controlados. Segundo a Abrelpe, esses locais são inadequados e oferecem riscos ao meio ambiente e à saúde. No ano anterior, o percentual foi 41,7%. A metodologia da pesquisa envolveu 400 municípios, o equivalente a 91,7 milhões de pessoas. Por dia, o brasileiro gera, em média, 1,062 quilo de lixo.

Esse dados mostram que mais de 78 milhões de brasileiros, ou 38,5% da população, não têm acesso a serviços de tratamento e destinação adequada de resíduos sólidos. Além disso, mais de 20 milhões de pessoas não dispõem de coleta regular de lixo, pois cerca de 10% dos materiais gerado não são recolhidos. O volume de lixo produzido aumentou 2,9%, entre 2013 e 2014. A coleta de resíduos, por sua vez, melhorou 3,2%.

Esta é a primeira pesquisa que retrata a situação da gestão dos resíduos, depois da vigência da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em 2010. Em relação à reciclagem, a pesquisa revela uma evolução de 7,2 ponto percentual. Em 2010, apenas 57,6% dos municípios tinham alguma iniciativa de coleta seletiva. No ano passado, o percentual aumentou para 64,8%.

Entraves da PNRS

“Nem mesmo com a edição da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que traz entre os princípios, como primeira ação na hierarquia dos resíduos, a minimização da geração, a gente percebe que isso ainda não está em curso. Nós ainda estamos em linha de crescimento de geração [de lixo], tanto no total quanto per capita”, destacou o presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho.

A média brasileira de produção de lixo por pessoa é 1,062 quilo (kg) por dia. Na avaliação por estado, Brasília lidera com mais de 1,5 kg/dia per capita, seguida por São Paulo e Rio de Janeiro, empatados em cerca de 1,2 kg/dia.

Entre os entraves para o funcionamento da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Carlos Filho aponta falta de vontade política dos gestores municipais, pouca capacidade técnica para viabilização da solução adequada e falta de recursos. “Não adianta dar mais prazo, não adianta estender a lei. O que precisa é conjugar esses três fatores e colocar isso em prática. Do contrário, vamos continuar sofrendo com uma gestão inadequada”, declarou. Para ele, dar mais tempo para cumprimento da lei pode agravar problemas ambientais já registrados hoje, como contaminação do solo e das águas. (Agência Brasil/ #Envolverde)

* Edição: Stênio Ribeiro.

** Publicado originalmente no site Agência Brasil.

http://www.envolverde.com.br/1-1-canais/producao-de-lixo-no-pais-cresce-29-em-11-anos/

Propostas do Brasil na Conferência do Clima serão ambiciosas, diz secretário

 

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De acordo com o secretário, outra meta “ambiciosa” no acordo feito entre Brasil e Estados Unidos é o compromisso de, até 2030, ter 20% da matriz elétrica desses países oriunda de fontes renováveis, sem considerar a fonte hidrelétrica. Foto: Júlio César Mulatinho

Por Andreia Verdélio, da Agência Brasil –

As propostas que o Brasil apresentará na 21ª Conferência das Partes (COP 21) da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima deverão seguir o mesmo caminho, com metas ambiciosas, dos acordos climáticos firmados entre Brasil e Estados Unidos no último mês de junho. A informação foi dada dia 15 pelo secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Klink.

Segundo ele, o Brasil é uma liderança internacional nas negociações sobre o clima e está trabalhando em alto nível político, com contribuições da sociedade acadêmica, civil, em todos os setores, para apresentar uma proposta robusta e inovadora na conferência, olhando pós-2020. “Nós demos, como disseram os americanos, um flash [uma mostra do que será apresentado na COP 21]. A questão de restaurar 12 milhões de hectares [de florestas] até 2030 é uma meta muito ambiciosa, é metade da área do estado de São Paulo de reflorestamento.”

De acordo com o secretário, outra meta “ambiciosa” no acordo feito entre Brasil e Estados Unidos é o compromisso de, até 2030, ter 20% da matriz elétrica desses países oriunda de fontes renováveis, sem considerar a fonte hidrelétrica. “Nós hoje somos [utilizamos] 9% [de outras fontes renováveis], nos Estados Unidos, são cerca de 7%, vão ter que alcançar 20% até 2030. É por esse caminho que estamos indo”, disse Klink sobre as propostas para a COP 21.

Ele lembrou que o Brasil já tem a Política Nacional sobre Mudança do Clima, com metas de reduzir em 38% as emissões de gases causadores do efeito estufa até 2020. “Já passamos desse limite, já reduzimos mais de 41%. Então, estamos usando esse aprendizado para apresentar uma boa contribuição [na COP 21].”

A COP 21, que será realizada em Paris, de 30 de novembro a 11 de dezembro deste ano, reunirá 196 países na construção de um novo acordo climático com metas globais de redução de gases causadores do efeito estufa e novos caminhos para o desenvolvimento sustentável.

Para Klink, o tema das mudanças climáticas envolve também questões de crescimento e desenvolvimento econômico e igualdade social e que o acordo entre Brasil e Estados Unidos, “países que mais reduziram emissões de gases”, ajuda a pensar conjuntamente o tema e colocar as necessidades reais em pauta, “como inovar nas questões de florestas, energia, de financiamento, continuar o combate ao desmatamento.”

O secretário informou que as primeiras reuniões entre representantes dos dois países estão marcadas para outubro, para a troca de aprendizagens e tecnologias. (Agência Brasil/ #Envolverde)

* Edição: Valéria Aguiar.

** Publicado originalmente no site Agência Brasil.

http://www.envolverde.com.br/1-1-canais/propostas-do-brasil-na-conferencia-do-clima-serao-ambiciosas-diz-secretario/

Novo superporta-aviões russo impressiona imprensa chinesa

 

Aircraft carrier project 23000E

O projeto do novo superporta-aviões 23000E “Storm” demonstra a habilidade dos desenhistas russos de combinar herança e inovação, segundo o jornal chinês People’s Daily.

Modelo del buque de desembarco del proyecto Priboi

© Sputnik/ Alexander Vilf

Rússia projeta navio anfíbio que substituirá os Mistral

O artigo, publicado na edição russa do jornal oficial do Partido Comunista Chinês, que fornece informação direta sobre as políticas e pontos de vista do governo chinês, lembra que o novo superporta-aviões foi exibido no fórum militar Army 2015 em Kubinka no mês passado.

O People’s Daily ressalta que o departamento técnico-científico da Marinha russa, os institutos de pesquisa e a indústria de Defesa do país atuaram em conjunto para criar o projeto do superporta-aviões.

O jornal aponta que os projetistas levaram em conta a experiência soviética no projeto do Almirante Kuznetsov ao mesmo tempo em que aproveitaram o progresso técnico e científico alcançado desde então. Além disso, houve uma análise da  próxima geração de porta-aviões Ocidentais. Tudo isso resultou em um projeto que “possui continuidade no desenho, originalidade e traços que são tipicamente russos.”

Instituto de Pesquisa e Construção de Navios Aleksei Krylov

© Sputnik/ Sergey Berezin

Novo super porta-aviões vai reformar Marinha russa

O jornal também ressalta as peculiaridades do desenho do “Storm”. Para começar, aponta a característica multifuncional da embarcação, que classifica como um “aeroporto no mar.” Com 330 metros de comprimento e 40 de largura, o “Storm” é projetado para conseguir transportar de 80 a 90 aeronaves, incluindo o novo caca Sukhoi T-50.  

O artigo da publicação chinesa conclui sua avaliação com otimismo cauteloso, afirmando que ainda há muitas questões a serem esclarecidas sobre o futuro do “Storm”, inclusive nos aspectos técnico e de design — como, por exemplo, se a embarcação receberá motores nucleares ou turbinas a gás.  O People’s Daily também levanta questões financeiras. Citando a imprensa russa e levando em conta o tempo de construção, o autor do texto acredita que o superporta-aviões não ficará pronto antes de 2030.

Leia mais: http://br.sputniknews.com/defesa/20150711/1540968.html#ixzz3hxlikkeP

Osama Bin Laden deixa testamento em que pede desculpa aos filhos

 

por Lusa03 maio 2011Comentar

Osama Bin Laden deixa testamento em que pede desculpa aos filhos

Fotografia © REUTERS/Mohsin Raza

O líder da Al-Qaida Osama Bin Laden, que morreu no domingo, deixou escrito num testamento feito em 2001 que não queria que os filhos trabalhassem na rede terrorista, noticiou hoje o jornal do Kuwait Al Anbaa.

No testamento de quatro páginas, escrito pouco depois dos atentados de 11 de Setembro, e cuja veracidade não foi confirmada, Bin Laden pede perdão aos filhos por lhes ter dedicado "pouco tempo" a partir do momento que respondeu "à chamada da 'jihad' (guerra santa)".

"Carreguei o peso dos muçulmanos e dos assuntos destes. Escolhi um caminho cheio de perigos", afirma Bin Laden numa parte do testamento dirigido aos filhos.

Noutra parte, na qual fala às mulheres, o líder da Al-Qaida reconhece que foram "um grande apoio" no caminho que escolheu e pede-lhes para não pensarem em casar depois de morrer para poderem dedicar o tempo a tomar conta dos filhos.

No final do testamento, com data de 14 de Dezembro de 2001, três meses depois dos atentados de 11 de Setembro nos Estados Unidos, Bin Laden também envia uma mensagem aos mujaidines (guerreiros santos).

"Esqueçam-se de momento de combater contra os judeus e os cruzados e dediquem-se a purificar as vossas filas dos agentes, os vergonhosos e os ulemas do mal que não participam na 'jihad' (...), afirma.

http://www.dn.pt/especiais/interior.aspx?content_id=1842934&especial=11%20de%20Mar%E7o&seccao=MUNDO&page=-1

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Dilma sancionará projeto sobre uso de recursos de depósitos judiciais

 

Wilson Dias/Agência Brasil:

3 de Agosto de 2015 às 19:19

Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse hoje (3) que a presidenta Dilma Rousseff sancionará o projeto de lei que autoriza estados e municípios a sacar até 70% dos recursos depositados em juízo em processos envolvendo entes públicos. De acordo com o ministro, os trechos que serão vetados tratam de "detalhes" referentes a questões técnicas, como alguns parágrafos em conflito com a legislação.

O projeto permite que estados e municípios saquem, de imediato, cerca de R$ 21 bilhões para pagamento de precatórios judiciais, dívida pública e investimentos. A partir de 2016, eles teriam direito a retirar R$ 1,6 bilhão por ano. Joaquim Levy afirmou que a hierarquia de retirada desses recursos prevista no projeto será mantida, ou seja, eles precisam utilizar os recursos para o pagamento que terá que ser feito na seguinte ordem: precatórios judiciais, dívida pública, despesas de capital e recomposição dos fluxos de pagamento.

O projeto aprovado prevê que até 10% da parcela destinada ao fundo de reserva, que será criado após a lei entrar em vigor, poderão ser usados pelos estados, municípios e pelo Distrito Federal para constituírem o Fundo Garantidor de Parcerias Público-Privadas, destinados "exclusivamente a investimentos de infraestrutura". Essa parte do projeto, segundo o ministro, não será vetada. Segundo ele, foi possível em uma reunião ocorrida esta tarde no Palácio do Planalto chegar a um "bom entendimento" sobre os "pontos essenciais", e haverá "eventualmente alguns vetos técnicos".

Levy e os ministros da Casa Civil, Aloizo Mercadante, e da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, se reuniram com os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do Distrito Federal (DF), Rodrigo Rollemberg, além de representantes dos estados do Ceará, da Bahia e de Goiás. A lei entrará em vigor assim que for sancionada pela presidenta. O prazo para sanção é até quarta-feira (5).

Ao dizer que os governadores se posicionaram favoravelmente à sanção do projeto de lei, Alckmin lembrou que 30% dos depósitos judiciais serão preservados e ficarão depositados. "Nunca pode reduzir abaixo disso [dos 30%]. Se isso ocorrer, os estados terão 48 horas para recompor os valores". Segundo o governador de São Paulo, só será possível saber com certeza o valor que caberá ao estado depois de sancionado o projeto.

Para Rollemberg, a lei é "extremamente importante" e dá "segurança jurídica" a todos os governadores. "Sem dúvida vai melhorar o ambiente econômico nos diversos estados da Federação", declarou, após a reunião.

http://www.brasil247.com/pt/247/economia/191489/Dilma-sancionará-projeto-sobre-uso-de-recursos-de-depósitos-judiciais.htm

Especialistas dizem que intolerância é principal causa de linchamentos no Brasil

 

Cristina Índio do Brasil - Repórter da Agência Brasil

A intolerância é a principal causa dos linchamentos que ocorrem em vários estados do Brasil, dizem especialistas em comportamento humano, segurança pública e direito. Para a pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da Universidade de São Paulo, Ariadne Natal, os espancamentos são fruto da combinação da percepção de Estado ineficiente, por parte da população, com uma tradição de desrespeito aos direitos humanos.

“De um lado, a percepção de que o Estado não é capaz de prover segurança e justiça. Há uma percepção difusa de uma parte da população de que a impunidade dá a sensação de medo, aumento da criminalidade e a população se vê vulnerável. Então, há a percepção de que o Estado é ausente e ineficiente. Além disso, há uma cultura de desrespeito aos direitos humanos. A gente vive em um país em que há uma cultura de resolução de conflito por meio do emprego da violência”, disse.

Conforme a pesquisadora, as motivações variam, mas partem da ideia de que algumas regras foram quebradas e, com isso, os suspeitos são alvo de ameaças ou de agressões físicas, que podem ter um desfecho fatal. “O linchamento é uma espécie de controle social, é uma espécie de punição ou pena dada à pessoa acusada de cometer um crime, não necessariamente culpada, porque ali não tem uma investigação real, é com base em indícios momentâneos”, disse.

Ariadne Natal destacou que, em geral, quando ocorre um linchamento não há qualquer base de investigação e a imputação da responsabilidade se dá no calor dos acontecimentos. “Geralmente, as falas são até desconexas. As pessoas que participam podem apontar razões diferentes para o linchamento. É meio a história de telefone sem fio”, comparou.

Na sua avaliação, independentemente de a vítima ser inocente ou culpada, o espancamento é que é injusto, ainda que a pessoa tenha culpa. “Porque se trata de uma ação que não é para fazer justiça, mas para vingança. A forma como o linchamento se dá, usando a violência física e, muitas vezes, aplicando uma espécie de pena que é mais dura do que seria a prevista por nossa legislação” completou.

Uma pesquisa do NEV, da qual Ariadne participou, mostrou que as motivações que levam à intolerância e aos linchamentos variam, mas a principal é um crime contra a vida, como casos de homicídio ou latrocínio. A segunda motivação pode ser um crime contra o patrimônio e a terceira, crime contra os costumes, que são os casos de estupro.

Na última quinta-feira (30), no Grajaú, zona norte do Rio, um homem suspeito de assalto teve as mãos e os pés amarrados por um grupo de pessoas e precisou ser encaminhado a um hospital. Lá, ele negou ter praticado o crime. Ainda no Rio, na segunda-feira (27) outro homem foi acusado de estupro e teve o rosto ferido. Também foi levado para receber socorro médico. No mesmo dia, em Belo Horizonte, acusado de roubar um celular, um homem foi detido, agredido e amarrado. No domingo (26), por ser suspeito de tentativa de roubo, outro foi espancado e as consequências foram trágicas. Ele morreu em Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre.

Na semana passada, também se transformou em tragédia o espancamento de um homem na Vila de Samuel, a 50 quilômetros de Porto Velho. Ele tentou estuprar uma jovem, matou o irmão dela que tentava protegê-la e foi linchado até a morte. Na comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio, um homem foi espancado até a morte por 30 pessoas. Ele foi acusado de agressão com uma barra de ferro a três pessoas de uma família, entre elas duas crianças.

Comportamento

Para o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antônio Geraldo da Silva, o alto grau de intolerância leva algumas pessoas a querer fazer justiça com as próprias mãos. “Como as pessoas estão com o estopim extremamente curto e a tolerância está realmente muito baixa, elas não estão conseguindo lidar com mais perdas e com tanta situação de incapacidade do Estado de atuar. E as pessoas estão atuando de maneira errada e agressiva”, disse.

O médico destacou que essas reações representam um retrocesso no comportamento humano. “As pessoas estão voltando a que época? Estamos voltando à Idade Média? Que violência é essa?”, questionou.

Na avaliação do presidente da ABP, a sensação de ineficiência do Estado, que leva à intolerância, acaba por criar na população a necessidade de ter figuras de destaque que se tornam celebridades, como o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, e o ex-presidente do STF Joaquim Barbosa, que são festejados e aplaudidos,até em atos comuns do dia a dia, como a ida a um restaurante ou a entrada em um avião. “São vistos como superstar. E o que eles fizeram? Nada, apenas atuaram, como deveria fazer um magistrado”, acrescentou.

Crimes

Quem participa de um ato de linchamento pode ser julgado e receber penas que chegam a até 30 anos, dependendo do tipo de crime e a consequência dele. O professor da Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas Thiago Bottino informou que se a vítima morrer, o agressor será enquadrado em crime de homicídio doloso intencional. E a punição se agrava se a vítima for aprisionada ou amarrada a um poste, por exemplo, porque haverá ainda a qualificação por impedimento de defesa da pessoa. Caso não haja morte, o crime é de tentativa de homicídio. Os acusados podem ainda responder por lesão corporal com penas até 12 anos. Mesmo se o crime for praticado por um grupo de pessoas, a polícia deverá prender e identificar todas para que sejam processadas.

“O que a polícia tem que fazer é prender a pessoa na hora em que estiver praticando o fato, para que vá a julgamento”, esclareceu.

Legislação

O professor informou que não existe um crime específico de linchamento, mas qualquer caso pode ser enquadrado na legislação existente e nunca é sem intenção. “Ninguém lincha sem querer, então, é sempre doloso e qualificado. A ideia de qualificação é porque há algumas características que qualificam o crime". Se alguém é morto sem que possa se defender, o crime é qualificado, quando várias pessoas se reúnem para matar, é qualificado, se usa fogo é qualificado, explicou.

Na avaliação do advogado, a legislação atual é suficiente. “O problema não é a legislação. O problema é que, muitas vezes, a polícia não interfere, aceita e tolera. Na verdade, esse é um comportamento completamente intolerável. É uma barbárie. O Estado não pode deixar que as pessoas resolvam fazer justiça com as próprias mãos”, contou.

O professor destacou que os suspeitos podem ser processados e só quem pode punir é o Estado. “Imagine se a partir de hoje todo mundo que se sentir vítima de um crime puder sair fazendo justiça pelas próprias mãos? Vai virar um caos. Não é a legislação que tem que mudar, o problema é a cultura das pessoas e o funcionamento da polícia”, avaliou.

Edição: Graça Adjuto

Médicos fantasmas' do SUS

Médicos chegam, batem ponto na entrada e vão embora. Atendem em clínicas particulares quando deveriam estar em hospitais públicos. Registram mais horas trabalhadas do que as horas que existem em uma semana ou são vistos no exterior no dia em que "bateram ponto". Em ao menos nove Estados e no Distrito Federal, órgãos como Tribunais de Contas, Polícia Federal e Ministérios Públicos identificaram e investigam casos de médicos "fantasmas", que pouco ou nem aparecem no trabalho. Em muitos casos, com a conivência do poder público. A maioria cita fraudes no registro de ponto, agravando as filas de pacientes que buscam atendimento no SUS. Médicos Fantasmas - Só em junho de 2014, auditoria do Tribunal de Contas do Distrito Federal identificou 25.735 faltas indevidas de funcionários da saúde, uma média de 15 por servidor -desde jornadas divergentes da escala prevista até médicos que trabalham em um local e batem ponto em outro. O controle da frequência é falho: em quase metade das unidades, não é eletrônico.

A frase: “A recuperação da Vale é uma prova concreta do gigantesco potencial que o Brasil tem, queiram ou não queiram os que torcem contra”. Tem gente feliz com a recuperação da Vale do Rio doce; lucro do trimestre R$5,1 bilhões.

Mailson no atacado(Nota da foto)

O ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega é mais um conferencista da 35ª Convenção Nacional da Associação Brasileira dos Atacadistas e Distribuidores, que será aberta às 14 horas desta segunda-feira, no Centro de Eventos. Da Nóbrega vai falar sobre Cenário Econômicos do Brasil, segundo o presidente da ABAD, José do Egito.

Falta a ANAC

O Governo do Ceará que, como foi dito aqui, devia R$ 8 mil contos pra ANAC resolver a liberação de aeroportos no Estado, pagou. Está esperando a ANAC fazer a parte dela,isto é, mandar o técnico fazer a bendita vistoria.

O retorno

Quando voltarem ao trabalho amanhã, os deputados estaduais do Ceará terão uma pauta leve. Não há muito o que discutir. Já os deputados em campanha pra prefeituras...

Simpatia

Na festa de 30 anos de criação do Batalhão de Choque, Camilo Santana ficou na berlinda como um carinha querido pela corporação.

Amor e ódio

O observador da cena, conhecedor da caserna foi claro ao dizer: Os últimos governadores que a tropa gostava foram Adauto e Cesar. Odiava Tasso, adicionou.

Fura chapa

Esse namoro com Camilo, acaba pondo um fim na linha de produção de votos, na corporação, criada pelas escaramuças de eleitos.

Falar nisso

Corre a boca miúda que daqui pro fim do ano acaba o Projeto Ronda. Todo o pessoal sairia da farda azul e se juntaria ao policiamento do Ceará sob um único comando.

Franca

A conversa é franca e, dizem, todo mundo gosta da ideia. Haveriam ajustes na Academia Edgar Facó e novos treinamentos pra turma melhor de intelecto que de vocação.

Cena cearense

Palco: Praça Luiza Távora. Hora: 7 da manhã. Dia: domingo. Personagens: Uma senhora de responsabilidade caminhando no entorno da praça e um senhor, roubando placas de grama para a carroceria de uma perua. Diálogo: - Senhor, esta grama é da praça, do povo. É um local público. – A senhora por acaso é fiscal de alguma coisa? Vá cuidar da sua vida!!!

Do blog do Macário Batista

sábado, 1 de agosto de 2015

77% dos brasileiros dizem que excesso de burocracia prejudica o crescimento econômico

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Pesquisa da CNI mostra que, na avaliação da maioria da população, a burocracia aumenta os

preços dos produtos e dos serviços e afeta mais as empresas do que os cidadãos

Os brasileiros acreditam que o excesso de burocracia aumenta os gastos públicos, estimula a corrupção e a informalidade e é um dos principais entraves ao crescimento econômico. Por isso, a redução da burocracia deve ser uma das prioridades do governo. As conclusões são da pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira - Burocracia, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Ibope, com 2.002 pessoas em 142 municípios.
De acordo com a pesquisa, 77% dos entrevistados consideram o Brasil um país muito burocrático ou burocrático, e 62% dizem que a redução da burocracia deve ser uma das prioridades do governo. Entre os entrevistados, 74% concordam total ou parcialmente que o excesso de burocracia desestimula os negócios, incentiva a corrupção e a informalidade e faz o governo a gastar mais do que o necessário. A pesquisa indica que 77% acreditam que o excesso de burocracia é uma das principais dificuldades para o crescimento da economia brasileira. Entre as pessoas com renda familiar acima de cinco salários mínimos, esse número sobe para 82%.
A pesquisa mostra ainda que 60% das pessoas concordam totalmente ou em parte que a burocracia afeta mais as empresas do que os cidadãos. Além disso, 75% afirmam que o excesso de burocracia eleva os preços dos produtos e serviços. Na região Sul, esse número aumenta para 84% e, no Sudeste, alcança 80%.
Baseados na própria experiência ou no que já ouviram falar, os brasileiros acreditam que os serviços ou procedimentos mais complicados são: em primeiro lugar, encerrar uma empresa, em segundo, abrir ou constituir uma empresa, em terceiro, comprar um imóvel, em quarto, fazer um inventário e, em quinto lugar, requerer aposentadoria ou pensão. Na sequência, vem tirar passaporte, conseguir licenças para construção ou reforma da casa e alugar um imóvel. Os procedimentos considerados menos difíceis são: tirar o CPF, tirar a carteira de identidade, tirar carteira de trabalho, fazer o registro de nascimento e o de casamento.

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AJUDA DE ESPECIALISTAS - Na opinião da população, fazer a declaração do Imposto de Renda é o procedimento que mais requer ajuda especializada: 29% das pessoas contrataram um profissional ou empresa especializada para prestar contas à Receita Federal, e 12% pediram ajuda de parentes ou amigos. Em seguida, aparece o encerramento de empresa, procedimento para o qual 27% contrataram empresa especializada. O mesmo ocorreu com as pessoas que abriram uma empresa.
Entre os procedimentos em que os entrevistados menos precisaram de ajuda estão limpar o nome na Serasa ou no Serviço de Proteção ao Crédito, pedir o desligamento de serviços de água e luz, e receber direitos trabalhistas, como FGTS e seguro desemprego. Nesses três casos, mais de 90% das pessoas afirmaram terem feito o trabalho sozinhas.
Na avaliação de 77% dos brasileiros, os documentos de identificação, como carteira de identidade, CPF, carteira de motorista, título de eleitor e cartão do PIS-Pasep deveriam ser unificados. "A medida reduziria o excesso de documentos exigidos para que os cidadãos possam exercer seus direitos e deveres", diz a pesquisa da CNI. Entre as pessoas com renda familiar superior a cinco salários mínimos, 81% defendem a unificação dos documentos de identificação. O número cai para 70% entre os que têm renda familiar de até um salário mínimo, informa a pesquisa feita entre 5 e 8 de dezembro de 2014.

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EUA não conseguem mais viver sem guerra

 

Fuzileiros navais dos EUA chegaram à Ucrânia para participar do treinamento das forças armadas

 

Os norte-americanos estão viciados em guerra e o medo da paz é constantemente alimentado por um "patriotismo paranoico", escreve o coronel do exército e professor de história da Academia Militar dos EUA Gregory A. Daddis, em artigo publicado pela revista norte-americana The Nacional Interest.

Desde o fim da Segunda Guerra Mundial os EUA vivem um ciclo vicioso de guerras, alimentado por um constante medo de uma ameaça externa. Durate a Guerra Fria as autoridades norte-americanas retratavam de forma "apocalíptica" os perigos representados pela União Soviética e pelo comunismo. No entanto, desde a dissolução do bloco soviético nada mudou. A nova estratégia de segurança dos EUA em 2015 continua falando numa suposta "constate ameaça de ataques", ignorando os atuais poderio e influência dos EUA, destaca Daddis.

Embaixada italiana em Sanaa, no Iêmen

© REUTERS/ Khaled Abdullah

EUA mataram mais de 2 milhões de pessoas no Iraque, no Afeganistão e no Paquistão

Segundo ele, uma série de intervenções militares em outros países, em particular no Iraque e no Afeganistão, não apenas sustentou, mas reforçou as posições dos partidários das "constantes" operações militares. O coronel destaca que a "tentação da guerra" está ofuscando o pensamento racional. Na sua opinião, aqueles que justificam as intervenções norte-americanas no exterior com "liberdade" e "democracia" não passam de hipócritas.

"Esta aceitação voluntária do conceito de "guerra perpétua" oferece um mercado propício (e lucrativo) para visionários em segurança nacional, que vislumbram o futuro e oferecem conselhos sobre temas relacionados à defesa, e que vão desde a guerra cibernética até o uso de drones" – escreve Gregory A. Daddis.

Soyuz TMA-16M

© AFP 2015/ KIRILL KUDRYAVTSEV

Especialistas: EUA se preparam para operações militares no espaço

Além disso, os EUA caíram na armadilha da necessidade de sustentar o papel criado por eles mesmos. Segundo o artigo, ânimos semelhantes podem ser caracterizados como "patriotismo paranoico", cunhado pela filosofa Kelly Oliver. Tentativas dos EUA de manter a sua supremacia a qualquer custo criaram na população a sensação de desconfiança frente a países capazes de minar o papel dos EUA na arena internacional. Daddis destaca que é esse medo que justamente alimenta o "vício em guerra".

"Na verdade, nós não queremos a paz. Nós estamos simplesmente encantados pela guerra. Nós chegamos ao ponto em que tememos não conseguir mais viver sem ela. A guerra se tornou uma forma de lutarmos contra os nossos medos, enquanto que os medos viraram justificativa para darmos continuidade às guerras" – escreve Gregory A. Daddis.

O autor do artigo reconhece a necessidade de abandonar esse estado de "paranoia" constante, que não deve ser confundido com a prontidão de repelir ameaças.

Leia mais: http://br.sputniknews.com/opiniao/20150612/1287479.html#ixzz3hbu5I9jJ

quinta-feira, 30 de julho de 2015

PIB do Brasil dos últimos 15 anos cresceu mais que EUA, Japão, Alemanha, França e Inglaterra

 

Brasil/MundoEconomiaPIBPolitica

Informação divulgada hoje sobre a evolução do PIB dos últimos 15 anos mostra que o PIB brasileiro cresceu mais que o dos EUA, Inglaterra, França, Alemanha e Japão, ficando em quarto lugar perdendo apenas para China, Índia e Indonésia

Por Redação - em São Paulo

Informação publicada hoje sobre a evolução do PIB de 2000 até 2014. O Brasil (103%) cresceu mais que EUA (71%), Inglaterra (67%), França (55%), Alemanha (57%) e Japão (50%). O Brasil ficou com o quarto maior crescimento do PIB perdendo apenas para China, Índia e Indonésia.A economia do Brasil é baseada em várias frentes, intensivamente na agricultura (o maior produtor mundial de café), mineração (pedras preciosas), manufatura (equipamentos militares, eletrônicos, automóveis, aviões) e serviços (energia turismo).
O Brasil tem experimentando um crescimento dramático nos últimos anos. É um dos principais países emergentes (BRIC) e o único membro deste grupo da América Latina . Seu PIB aumentou em 284% no período que abrange os anos de 2000 a 2011. Após a crise de 2008, o Brasil se recuperou rapidamente do processo de estagnação, devido às exportações e à excelente saúde do mercado doméstico. Outro ponto a considerar é a sua renda per capita oferecida pelo Banco Mundial , que, no mesmo período (2000-2015) aumentou em 225%, para $ 12.500 em 2015.

O Brasil teve o maior PIB da sua história em 2013, sob o governo de Dilma Rousseff (PT) com R$ 4,844 trilhões (PIB nominal)

Confira o artigo original no Portal Metrópole: http://www.portalmetropole.com/2015/03/pib-do-brasil-dos-ultimos-15-anos.html#ixzz3hQjDKTpe

O Escândalo mais acobertado pela mídia golpista

Recordar é viver: Como a Globo deu o golpe da barriga em FHC e enviou Miriam para Portugal

Fotomontagem de FHC e Miriam Dutra

Palmério Doria, lido na redecastorphoto, texto publicado em 16/7/2011

Assim como existe carro-forte, existe armário-forte. O do caso FHC-Miriam Dutra não abria nem com pé-de-cabra até abril de 2000, quando Caros Amigos veio com a primeira reportagem sobre o assunto. A revista entrega o jogo logo de cara. “Por que a imprensa esconde o filho de 8 anos de FHC com a jornalista da Globo” é o título que ocupa toda a capa. Não entra em tricas nem futricas, denuncia o silêncio dos grandes grupos de comunicação diante de “um fato jornalístico”, como diz o título da reportagem.

Por isso, os jornalistas que assinamos a matéria de seis páginas – eu, Sérgio de Souza, Mylton Severiano, Marina Amaral, José Arbex e João Rocha – deixam de lado quase todos os detalhes que cercam o romance para ir fundo no essencial: por que, quando lhe interessa, a mídia publica que fulano ou cicrano teve caso fora do casamento; e naquele caso, passou uma década escondendo o caso FHC-Miriam Dutra. Então, em 2000, não era o caso de contar que…

● … o caso de amor começa com a bênção de outro par constante, Alberico de Souza Cruz, o todo-poderoso diretor de jornalismo da Rede Globo, e Rita Camata, a bela deputada federal do PMDB, sensação do Congresso, mulher do senador capixaba Gerson Camata, que um dia seria candidata a vice de Serra nas eleições presidenciais de 2002.

● … mais saborosa que a pauta da Constituinte, as andanças do quarteto na noite brasiliense eram o grande assunto nos círculos políticos e nas redações. Contudo, os diálogos e as situações vividas por eles não renderam um mísero gossip em coluna social alguma.

● … o bafafá com status de rififi que se instalou no gabinete de Fernando Henrique, ouvido no corredor por jornalistas do naipe de Rubem Azevedo Lima, e presenciado por seus assessores, quando Miriam Dutra foi comunicar-lhe a gravidez, seria digno dos melhores bordéis do mangue: “Rameira!”, xingava o senador aos berros. Tudo com direito a efeitos especiais, arrematados por um chute de bico de sapato de cromo alemão no circulador de ar.

● … a operação cala-a-boca-da-Miriam foi organizada por uma força-tarefa: Alberico de Souza Cruz; o então deputado federal José Serra; e Sérgio Motta, que tinha coordenado a campanha de Fernando Henrique para o Senado, seu amigo mais íntimo.

● … o trio maravilha se desdobra. Providencia a mudança da futura mamãe para apartamento mais confortável na Asa Sul – ao botar o colchão no caminhão, um dos carregadores alisou-o e disse para os colegas: “Este é do senador.” (ah, esse povo brasileiro); e, depois do nascimento da criança, à medida que se projetava a candidatura de Fernando Henrique à Presidência, tratam de mudar Miriam para outro país. No caso, Portugal, onde a Globo era parceira da Sociedade Independente de Comunicação (SIC), primeira estação portuguesa de televisão privada. Aí a repórter iniciaria a longa carreira de última exilada brasileira, que chega aos nossos dias.

● … Ruth Cardoso, antropóloga, pouco ficava em Brasília. Tocava vida própria em São Paulo, o que facilitava o caso extraconjugal do marido.

● … Fernando Henrique não contou para Ruth Cardoso o caso extraconjugal durante certa viagem a Nova Iorque como se propala, mas numa casa isolada nos arredores de Brasília, onde o casal descansava nos fins de semana. Foi pouco antes de ele assumir a candidatura. Não se sabe, claro, o que conversaram. O certo é que, por volta das 8 da manhã, jornalistas que ali davam plantão, viram um Gol sair em disparada, com Fernando Henrique ao volante e a mulher ao lado. E foram atrás deles até o Hospital Sarah Kubitschek, onde o casal desapareceu.

● … a futura primeira-dama reapareceria com um braço na tipoia no saguão do hospital. Ao ser abordada pelos repórteres, perdeu sua habitual presença de espírito e afastou-os, quase explodindo: “Me deixem em paz!”

Segredos de polichinelo

Não havia, como não há hoje, jornalista em Brasília que não soubesse de tudo quanto se passa, às claras ou nos bastidores. Segredos de polichinelo. Veja fez uma reportagem, mandou repórter atrás de Miriam na Europa (não por coincidência, Mônica Bergamo, que viria a dar na Folha, em 2009, a notícia do reconhecimento do filho adulterino por Fernando Henrique, 18 anos depois). Mas, naquela época, a semanal nada publicou.

Nós também fomos atrás dela na Espanha, onde Miriam passou a morar depois de Portugal: “Perguntem para a pessoa pública”, foi a única coisa que deixou escapar. Ao mesmo tempo, fomos atrás de uma história que envolveu toda a imprensa. E volta a envolver: a história de Tomás Dutra Schmidt. Que a maioria dos colegas, na sua anglofilia, transformou em Thomas. Está lá, no registro do Cartório Marcelo Ribas, conforme cópia autenticada obtida por Marina Amaral, a quem bastou sair do hotel em Brasília, atravessar a pista e entrar no edifício Venâncio 2000, 1º andar, onde a avó materna de Tomás foi declarante do nascimento, ocorrido a 00:15 de 26 de setembro de 1991.

“Por que tanto segredo?”, perguntamos a todos os jornalistas que ocupavam postos de comando nas publicações em que trabalhavam durante a campanha presidencial de 1994. Cada qual apresentou suas razões. Alguns simplesmente desqualificaram o fato.

Outros apelaram para uma ética jornalística válida apenas para FHC. Outros confessaram ainda que guardavam matéria “de gaveta” para a eventualidade de um concorrente sair na frente.

Tentando fazer Caros Amigos sustar a matéria, houve vários tipos de pressões, relatadas uma a uma na reportagem. Algumas sutis, outras ostensivas.

Um amigo jornalista me acenou com emprego público na Petrobras, durante almoço na cantina Gigetto, quando julgavam que eu era o único autor do trabalho. Tinha sido enviado pelo lobista Fernando Lemos, cunhado de Miriam Dutra. O mesmo Lemos que mandou um dublê de jornalista e lobista à redação de Caros Amigos, dizendo estar intercedendo em nome da própria jornalista da Globo, o que ela negou de pés juntos lá em Barcelona.

Um deputado federal do PT ligou-nos para dar “um toque”. Disse que o Planalto estava preocupado com “uma matéria escandalosa” que estaríamos fazendo.

O afável colega Gilberto Mansur chamou Sérgio de Souza e seu sócio Wagner Nabuco de Araújo para jantar no Dinho’s Place da avenida Faria Lima. Começou suave, ponderando que a revista ia criar problemas para si própria, que aquele assunto era irrelevante, que, deixando aquilo pra lá, Caros Amigos passaria a ter o mesmo tratamento da grande imprensa em matéria de anúncios estatais. Vendo que Sérgio de Souza era irredutível, deixou claro que podíamos esquecer a publicidade oficial se publicássemos a matéria, o que já acontecia na prática.

Eternamente otário

Na época, Gilberto Mansur, ex-diretor da revista masculina Status, um mineiro maneiro, era braço direito do publicitário Agnelo Pacheco, que havia conquistado a confiança do secretário de Comunicação de FHC – e homem das verbas publicitárias, portanto.

Falamos do embaixador Sérgio Amaral, porta-voz da Presidência, que o colunista de humor José Simão chamava de “porta-joia”, sempre com a pose de “nojo de nóis”.

Juntos, Agnelo e Amaral “operavam” a Caixa Econômica Federal. Agnelo adorava dizer que era um dos depositantes do “Bolsa Pimpolho”, que financiava a vida de Miriam Dutra e seu filho no continente europeu.

O que não tem a menor relevância perto do custo Brasil para alimentar a conspiração de silêncio em torno do romance. Existem hoje, no eixo Brasília-São Paulo, grupos de picaretas que ficaram ricos graças a esse adultério, bem como ao falso DNA agora brandido pela família Cardoso, a fim de evitar mais um herdeiro a dividir l’argent que FHC vai deixar.

Absolutamente contra sua vontade, FHC cai de novo na boca do povo. Mesmo nas edições on-line dos grupos de comunicação que tanto faturaram para esconder o romance, seus leitores vêm pérolas, tais como este comentário sobre a notícia da Folha do teste de DNA negativo, repercutindo nota da coluna Radar, de Veja – autora do furo:

A Globo deu golpe da barriga em FHC: O Brasil pagou caro essa pensão. FHC, quando era ministro da Fazenda, isentou de CPMF todos os meios de comunicação. Em 2000 houve o Proer da mídia, que custou entre US$3 bilhões e US$6 bilhões aos cofres públicos. Ele também mudou a Constituição para permitir que a mídia brasileira, então falida, pudesse contar com 30% de capital estrangeiro. E autorizou que o BNDES fizesse um empréstimo milionário à Globo.

Ricardo J. Fontes: DNA falso você pode conseguir com qualquer R$10 milhões em qualquer esquina de São Paulo ou Washington, onde Tomás estuda. Mas se FHC, de fato, não for o pai, o Brasil merece conhecer o pai verdadeiro, o homem que tomou dinheiro dos Marinhos e de FHC durante 20 anos e carimbou de vez o ex-presidente como, além de entreguista, zé-mané, trouxa, pangaré, terceirizado. Enfim, otário.

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http://limpinhoecheiroso.com/2012/11/04/recordar-e-viver-como-a-globo-deu-o-golpe-da-barriga-em-fhc-e-enviou-miriam-para-portugal/

A autoridade moral de Fernando Henrique Cardoso

 

FHC_Legado146_Economia

A autoridade moral de Fernando Henrique Cardoso 1
O ex-presidente, que pontifica lições de boa governança para Dilma Rousseff, foi reeleito com dinheiro dos bancos e depois jogou o Brasil na crise.

Maria Inês Nassif, via Carta Maior em18/5/2015

A crise econômica vivida pelo governo Dilma Rousseff, no primeiro ano de seu segundo mandato, nem de longe tem a gravidade da que balançou o país no primeiro ano do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso (1999-2002). A crise política enfrentada por Dilma apenas é mais intensa que a de FHC nesse primeiro ano de segundo mandato porque ele tinha uma base de apoio que, embora mais vulnerável do que a dos primeiros quatro anos, reunia elementos de coesão ideológica inexistentes na atual coalizão governista. FHC apenas tinha uma posição um pouco mais confortável do que tem Dilma agora.

No governo FHC, a aliança parlamentar se fazia do centro à direita ideológica. Assim, mesmo que houvesse discordâncias pessoais na base parlamentar e quedas-de-braço do Congresso com o Palácio do Planalto – e o então senador Antônio Carlos Magalhães (PFL/BA) fazia questão que isso acontecesse com regularidade –, nas questões fundamentais para o projeto econômico os interesses convergiam. Ajudava a constituir maiorias parlamentares o apoio dos meios de comunicação às chamadas “reformas estruturais” – e a pressão de fora para dentro do Congresso tinha o poder de resolver as disputas mais mesquinhas.

Nas gestões do PT, a diluição ideológica do apoio parlamentar – ao centro, à direita e à esquerda – tornaram a vida dos presidentes Lula e Dilma mais difícil. No governo Dilma, a exposição de uma fragilidade econômica deu à mídia oposicionista o elemento que faltava para pressionar os parlamentares, de fora para dentro do Congresso, a assumirem posições contrárias ao governo; e, junto à opinião pública, jogar elementos de insegurança e desqualificar toda a gestão anterior.

Ainda assim, e apesar da propaganda contrária ao governo Dilma, não se pode atribuir ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso qualidades morais para pontificar julgamentos sobre política econômica, ajuste fiscal, relacionamento com a base parlamentar, relações apropriadas com financiadores de campanha ou de fidelidade a promessas eleitorais da atual presidente. Se sua experiência ajudar em alguma coisa a crise de agora, é para dar o exemplo de como não fazer o ajuste fiscal, de como não se relacionar com a base parlamentar e de como não fazer política eleitoral.

No ano de 1999, segundo os jornais, o Brasil pagava a conta do governo anterior tucano, que manteve a estabilidade de preços à custa de uma âncora cambial artificial e de uma política fiscal rigorosa, que resultou numa enorme fragilidade externa, em grande desemprego, pífio crescimento econômico e, ironicamente, aumento da inflação.

A conta foi alta. Em 1998, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,4%, e em 1999, 0,5%; o dólar, que valia R$1,20 em 1998, saltou para R$1,8 no ano seguinte. A inflação foi de 8,9% em 1999; o ajuste fiscal do governo imprimiu uma inflação de 19,2% em 1999 sobre os preços monitorados (petróleo e energia). O consumo das famílias teve crescimento negativo de 0,7% em 1998 e apenas 0,4% positivo no ano seguinte. O investimento público federal caiu de 2,1% do PIB em 1998 para 1,4% em 1999; a taxa de investimento, de 17% para 15,7% do PIB; a formação bruta de capital fixo, que sofreu variação negativa de 0,2% em 1998, chegou ao fundo do poço em 1999, com queda de 8,9% em relação ao ano anterior.

As reservas internacionais, que eram de US$52,1 bilhões em 1997 e haviam caído para US$34,4 bilhões em 1998, chegaram ao perigoso nível de US$23,9 bilhões em 1999. O saldo da balança comercial no final do ano eleitoral de 1998 foi negativo em US$6,6 bilhões, e em 1999 de US$1,3 bilhão. Em 1998, o Brasil perdeu 36 mil postos de trabalho, e 582 mil em 1989.

Eleições caras
Em outubro de 1998, Fernando Henrique Cardoso conquistou o seu segundo mandato no primeiro turno, com a ajuda de financiadores privados de campanha que haviam sido enormemente beneficiados em seu primeiro governo e no governo Itamar Franco, quando o PSDB ocupou o comando econômico que permitiu ao partido e a FHC se credenciarem como os pais do Plano Real nas eleições de 1994.

Segundo a Folha de S.Paulo (“Bancos lideram doações para campanha de FHC”, 26/11/1998, e “Bancos lideraram contribuições a FHC”, 6/6/1999), bancos e instituições financeiras foram os principais doadores de campanha, e contribuíram com 25,7% do total de R$43 milhões arrecadados pelo comitê do presidente reeleito.

É o próprio jornal que lembra a razão do interesse de financiadores de campanha do mercado financeiro pelo candidato: “Em novembro de 95, o governo FHC criou o Proer, o programa de socorro a bancos em dificuldade. Já foram injetados R$21 bilhões para financiar fusões bancárias”, diz na matéria de 1998.

Na matéria publicada em 1999, o jornal afirma: “No primeiro mandato de FHC, as instituições [financeiras] viveram anos de prosperidade, segundo balanços divulgados pelo Banco Central, e escaparam dos impostos, segundo a Receita Federal. A soma do patrimônio líquido do conjunto das 223 instituições financeiras mais do que duplicou no período, passando de R$26,426 bilhões para R$55,653 bilhões”.

Além disso, FHC teve uma generosa contribuição de empresas com interesse direto no processo de privatização levado a termo pelo PSDB desde o governo Itamar. Figuravam entre os dez maiores financiadores da campanha de 1998 de FHC a Inepar (que participou do Consórcio Telemar), a Vale do Rio Doce (privatizada em 1997), a Companha Siderúrgica Nacional (CSN, privatizada em 1993, quando FHC era ministro de Itamar), a Copesul (privatizada em 1992) e a Copene (privatizada em 1993). A Andrade e Gutierrez, que também fez parte do Consórcio Telemar, figurava no 11º lugar entre os financiadores de campanha do tucano.

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FHC_Legado142A_Desemprego

A autoridade moral de Fernando Henrique Cardoso 2
Sem anestesia, FHC tirou dinheiro da área social e aumentou o desemprego com o pacote fiscal de 1998. E ainda assim quer falar de “estelionato eleitoral”?

Maria Inês Nassif, via Carta Maior em 19/5/2015

Por razões que qualquer pedaço amarelado de jornal da época indica, é difícil entender a lógica do PSDB e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, segundo a qual o pesaíssimo ajuste fiscal feito nos primeiros dias após as eleições de outubro de 1998 foi um ato louvável, e as medidas anunciadas pela presidenta Dilma Rousseff no ano passado, nas mesmas condições, são estelionato eleitoral.

Em 1998, o mundo tinha acabado de enfrentar a crise russa, com grande repercussão sobre o Brasil, que empurrou seus sérios problemas cambiais com a barriga até que FHC vencesse a disputa pela reeleição, apesar das fragilidades externas do país, e jogou o país na recessão.

No ano passado, Dilma, logo após o pleito que a reconduziu ao cargo, anunciou um corte drástico de despesas e investimentos do governo e reduziu gastos com alguns programas sociais – e, ao que tudo indica, paralisou também o país – sob o argumento de que a crise internacional, que o Brasil dribla desde 2008, havia, enfim, atingido a economia brasileira com intensidade.

A semelhança entre ambos é que os dois ajustes foram feitos seguindo o bê-á-bá da ortodoxia e jogaram ainda mais para baixo uma atividade econômica já deprimida.

A diferença entre ambos é que o Brasil de FHC não tinha gordura, estava à beira da bancarrota e sequer teve escolha: seguiu à risca o receituário do FMI porque precisava desesperadamente da ajuda de U$41 bilhões que o FMI, outros organismos internacionais e países desenvolvidos condicionavam à aplicação dos famosos remédios amargos que, segundo o receituário neoliberal tão caro ao então presidente e sua equipe econômica, eram necessários, um preço a ser pago para entrar no clube do mundo globalizado.

Em 1998, sequer houve escolha: ou era isso, ou o Brasil quebrava. O clima beirava ao pânico. Tanto que, em 29 de janeiro de 1999, uma sexta-feira negra, boatos sobre a situação econômica do país provocaram uma corrida aos bancos. O governo teve de decretar feriado bancário na segunda-feira para evitar o pior. (“Agora, sob nova direção: FMI assume política econômica e impõe pesada recessão para conter a inflação e a queda do real”, IstoÉ, 10/2/1999).

No caso de Dilma, embora haja uma justa discussão se o pacote fiscal foi amargo demais para o tamanho da doença, existe o fato inegável de que o Brasil não vai quebrar – e vai precisar de muito ataque especulativo ao país, como os que já ocorreram, para tornar o Brasil próximo ao que era na crise de 1998. Naquele ano, as reservas internacionais brasileiras eram de US$34 bilhões e cairiam para US$23,9 bilhões no ano seguinte. O Brasil fechou o ano passado com US$374,1 bilhões de reservas.

O que não é crível, no caso atual, é que o ex-presidente FHC, que considerou como remédio necessário o arrocho fiscal de 1998, venha dizer do pacote de Dilma que “estão operando sem anestesia” para uma plateia de empresários, em 29 de maio passado. Provavelmente, o mesmo público que, 17 anos atrás, pagava pelos danos do pacote de FHC. No final de agosto de 1998, um grupo de empresários e o então sindicalista Paulinho da Força foram ao vice-presidente Marco Maciel para alertá-lo dos efeitos colaterais do pacote (“Principal temor é o desemprego”, O Estado de S.Paulo, 8/10/1998). Não haviam conseguido chegar em FHC ou no seu ministro da Economia para apresentarem as queixas.

Naquele ano, o Iedi (Instituto de Estudos do Desenvolvimento Industrial), em documento, diagnosticava que “as políticas de juros, cambial e tributária condenam as empresas ao desaparecimento”.

O governo FHC chegou a anunciar um “mutirão anticrise”, a disponibilização de linhas de crédito para empresas em dificuldade, segundo a Folha de S.Paulo para “compensar os efeitos das altas taxas de juros na economia e atenuar a recessão”. Mas, segundo o jornal, sem grandes chances de concretização, pois “falta dinheiro nas principais instituições oficiais de crédito”. “O BNDES deverá reduzir em 1999 seu orçamento de investimentos”, informa o jornal. (“Falta dinheiro para o mutirão anticrise”, Folha de S.Paulo, 27/1/1999).

Da parte de FHC, não teve anestesia nem remédio para dor. Depois dos cortes de outubro de 1998, em fevereiro seguinte o governo anunciou um corte adicional (“Governo decide cortar mais R$1 bilhão só no 1º bimestre”, Folha de S.Paulo, 20/2/1999). Sem novalgina, FHC resolve reduzir “outras despesas de custeio, que incluem os gastos em projetos sociais do governo federal”. O anúncio foi feito no mesmo dia em que era divulgado o resultado do PIB de 1998 pelo IBGE, de 0,15%, perdendo apenas para o posterior ao Plano Collor, em 1992, que provocou um crescimento negativo do PIB de 0,54% (“PIB tem o pior resultado em seis anos”, Folha de S.Paulo, 20/2/1999).

O jornal Folha de S.Paulo, em 21 de fevereiro de 1999, deu na manchete que “País tem 5% do desemprego mundial”. Na página de dentro (a 7 do Caderno Dinheiro) informava que não apenas o ajuste fiscal do governo, mas o próprio modelo econômico do modelo FHC, havia levado o Brasil a um quarto lugar mundial em número de desempregados. “O crescimento recente da participação brasileira no desemprego mundial começou quatro anos atrás, em 1995. Não por acaso, o desemprego acompanha o aumento da abertura do país aos produtos importados”. Era a âncora cambial do governo FHC produzindo os seus efeitos. Sem anestesia.

Também sem nenhum conforto para a dor, os preços dos produtos básicos chegaram à estratosfera. “Cesta básica sobe e bate recorde no real”, anunciou a Folha de S.Paulo, em sua edição de 23/2/1999. Onze dias depois, era a vez de mais más notícias: “Desemprego bate recorde em SP” (Folha de S.Paulo, 3/3/1999). Segundo o IBGE, a Região Metropolitana de São Paulo atingia a maior taxa de desemprego desde 1983, de 9,18% da população economicamente ativa.

Dois dias depois, os jornais anunciavam que o novo presidente do Banco Central, Armínio Fraga, no dia de sua posse, promoveu aumento de juros para 45% ao ano, a unificação das taxas em uma única, a Selic, e o início do regime de metas de inflação – herança imposta aos sucessores de FHC. No mesmo dia, sem anestesia, o governo aumentou os derivados de petróleo em 11,5%. Esperou a campanha eleitoral passar. (“Juros sobem para conter a inflação; combustível terá aumento de 11,5%”, Folha de S.Paulo, 5/3/1999).

Ainda no mês de março, e já como resultado das medidas fiscais restritivas, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) anunciou a redução de 0,71% no nível de emprego industrial do Estado (“Indústrias fecham 11,6 mil vagas em fevereiro em SP”, Folha de S.Paulo, 11/3/1999). Na edição do dia 14, a Folha de S.Paulo informa que “o PIB vai cair de 3,5% a 4% em 1999” segundo o FMI, previsão que “embute o recuo de 8% na produção industrial” (“Indústria tem pior queda com o FMI”, Folha de S.Paulo, 14/3/1999).

Esses são apenas exemplos da autoridade moral de FHC para se tornar o porta-voz das críticas a Dilma. Quem quiser mais, basta ler jornais velhos.

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http://limpinhoecheiroso.com/2015/05/21/maria-ines-nassif-a-autoridade-moral-de-fernando-henrique-cardoso-1-e-2/

Sabe aquela revista inglesa que vive dando aula para o Brasil? Está à venda

 

por : Paulo Nogueira

Em apuros

Em apuros

Sabe aquela revista que vive dando lições para o Brasil? Façam isso, façam aquilo, sempre pontificando, sempre doutoral.

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A inglesa Economist.

Ela está à venda. Não está conseguindo sobreviver à Era Digital. Tão boa para oferecer soluções para o Brasil e para o mundo, a Economist não encontra saída para si própria.

E não está também encontrando comprador.

A Economist é 50% da Pearson, que acaba de vender para um grupo japonês o também professoral diário Financial Times.

Algumas grandes editoras — Bloomberg, Thomson Reuters e Axel Springer — foram procuradas para ver se se interessavam pela Economist.

Nenhuma topou.

Calcula-se que a fatia da Pearson valha 400 milhões de libras, quase 2 bilhões de reais.

A Pearson, aparentemente, quer se encontrar apenas em seus negócios no campo da educação.

Mas quem quer comprar jornal e revista em pleno ano de 2015?

Talvez em países emergentes, por razões específicas. Chineses, no ano passado, arrebataram a Forbes, que foi símbolo de publicação de negócios nos Estados Unidos durante décadas.

No caso do FT, o comprador é também asiático — japonês.

Pode ser importante para países emergentes, em sua escalada internacional, ter a posse de companhias respeitadas de mídia.

E aí chegamos a uma situação anedótica.

Os donos das grandes empresas de jornalismo do Brasil não podem vendê-las para compradores de fora.

Isso por causa da reserva de mercado.

Foi uma forma de protegê-las da competição externa. Quando quase todos os setores da economia brasileira já tinham sido abertos ao mundo, a proteção – algo que vai contra o espírito puro do capitalismo — continuou a vigorar para a mídia, tamanha a força do lobby da mídia.

Era mais uma mamata, até virar uma desvantagem.

Presumivelmente, a China gostaria de comprar alguma empresa relevante de mídia brasileira, dada a importância do Brasil em sua geopolítica.

Digamos a Abril, ou o Estadão, as duas grandes empresas familiares em situação mais dramática.

Mas isso não vai acontecer.

Pela lei, apenas 30% das ações das empresas de mídia podem estar em mãos estrangeiras.

Privilégios, depois de algum tempo, podem virar o oposto: esta é a lição da reserva de mercado para a mídia.

Quanto à Economist, que salva a humanidade toda semana mas não a si própria, convém ler com cuidado cada vez que ela disser o que o governo brasileiro deve fazer ou não fazer.

(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).

Paulo Nogueira

Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Pesquisa:EUA perderam liderança mundial

 

Bandeira dos EUA

Pesquisa:EUA perderam liderança mundial

© AFP 2015/ Luís Acosta

Cientistas norte-americanos analisaram áreas fundamentais da economia dos EUA e descobriram que mesmo na Grécia que fica à beira de falência a situação é melhor.

A professora Sarah Hertz da Universidade do Estado de Nova York e o professor Hershey Friedman de Brooklyn College publicaram uma pesquisa que mostra a dinâmica negativa do desenvolvimento da economia dos EUA. Os cientistas chegaram à conclusão de que cidadãos norte-americanos “se dão bem assim como antes, especialmente em comparação com outros países”.

Em comentário à Sputnik, os cientistas afirmaram que ao analisar tais dados como taxa de pobreza, PIB, desigualdade de rendimentos e felicidade do povo eles puderam chegar a conclusões chocantes.

Vladímir Putin, presidente de Rusia en la conferencia de prensa

© Sputnik/ Host Photo Agency / Alexei Danichev

Putin: dívida dos EUA ameaça a economia mundial

Por exemplo, Hertz e Friendman descobriram que o país fica no fim da lista do rendimento médio de países industrializados, mesmo no Chipre e no Qatar este indicador é melhor do que nos EUA.

Mais do que isso, os EUA ocupam a 34ª (penúltima) posição na lista que indica o número de crianças que vivem na pobreza. Para comparar, a Grécia, que está passando por uma crise econômica grave, está no 29º lugar. A estatística oficial analisada também mostrou que a classe média está diminuindo, uma pessoa comum nos EUA paga impostos altos enquanto empresas grandes aproveitam de redução fiscal.

Prisão de Guantánamo

© East News/ Tech. Sgt. Michael R. Holzworth

Prisão de Guantánamo dificulta ações de fachada dos EUA

O número de cidadãos dos EUA em prisões atingiu 2,2 milhões, lançando o país para o topo da lista de Estados com base na população carcerária.
Segundo os cientistas, muitos políticos não querem admitir o fato de que a situação nos EUA está deteriorando.

Os autores da pesquisa opinam que o caminho para sair da situação atual é a construção de um "capitalismo consciente", um sistema em que os empregadores "aumentam os salários mínimos, se preocupam com as pessoas e querem que eles façam um trabalho significativo".

"O governo deveria preocupar-se mais com educação ao invés de gastar dinheiro para administração", Hertz concluiu. Porque senão, os EUA iriam perder o seu papel hegemônico no mundo que tentam exercer agora.

Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20150724/1663655.html#ixzz3hOpxCI88

Aníbal Ferreira Gomes acusa senador Eunício Oliveira de infidelidade partidária

 

O deputado federal peemedebista Aníbal Ferreira Gomes acusou o presidente estadual do PMDB, Eunício Oliveira, de infidelidade partidária, nas últimas eleições ao Governo do Estado, em 2014. Conforme o parlamentar se existiu traição na última eleição, foi cometida por Eunício, onde denuncia que votou no tucano Aécio Neves para a Presidência da República. O senador, segundo o deputado, era para ter votado em Dilma Rousseff, que tinha como vice da sua chapa Michel Temer, que é o presidente nacional do PMDB. “Quem deve ser expulso do partido é o senador Eunício Oliveira”, decreta. Aníbal teve recentemente a informação de que o senador Eunício Oliveira, entrou com pedido na comissão de ética do partido, para que seja expulso, em razão de ter votado, na eleição de 2014, em Camilo Santana. “Eu não estou criticando o senador Eunício Oliveira, porque ele pode votar em quem quiser fora do partido, mas posso provar que ele votou em Aécio Neves e não em Dilma Rousseff, que tem como vice-presidente o peemedebista Michel Temer”, disse o parlamentar, criticando que quem deveria ser punido pela executiva nacional do PMDB, era o senador. “Isso não vai acontecer, porque Eunício Oliveira é poderoso, é rico e tem livre trânsito na área federal”, pontuou.

Do Blog do Macário Batista

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Ministro da Educação pede que pré-sal não seja “queimado à toa”

 

Renato Janine Ribeiro criticou o projeto do senador José Serra (PSDB-SP) que retira a obrigatoriedade da Petrobras de participar dos leilões de exploração do pré-sal.

Da Redação

Crédito: Marcelo Camargo/ABr

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, fez duras críticas ao projeto de José Serra (PSDB) que retira a obrigatoriedade da Petrobras de participar da exploração, em regime de partilha, da produção do pré-sal.

Ribeiro foi convidado a participar de uma audiência pública na Comissão de Educação do Senado em que foi discutido o Projeto de Lei do Senado (PLS) 131/2015. O ministro pediu que o petróleo do pré-sal não seja “queimado a toa”. "A educação é o que há por excelência de sustentável. Daí que seja muito importante garantir os recursos sobretudo desse petróleo melhor de todos que é o do pré-sal, para a educação", lembrou.

A educação seria uma das áreas mais prejudicadas com a aprovação do projeto, juntamente com a saúde e o Fundo Social criado para receber parte dos recursos que cabem ao governo federal como royalties e participações. Durante a fala do ministro, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) apresentou um estudo em que aponta que caso o projeto seja aprovado, deixaria de ser arrecadado R$ 50 bilhões para a educação e para a saúde e R$ 100 bilhões para o Fundo Social.

O ministro também comentou a questão dos planos de educação. Segundo ele, apenas 100 municípios não cumpriram o prazo de elaboração dos planos locais. Ribeiro também manifestou desconforto com a retirada da questão de gênero nos debates de alguns planos. "Não existe uma ideologia. Existe a realidade dos jovens no momento da descoberta da sua sexualidade. Não faz sentido impor uma sexualidade que não é a sua, seja hetero ou seja homo. Ninguém pode ser discriminado", afirmou. Oito Estados retiraram o tema por pressões de bancadas evangélicas

Projeto

A proposta deve entrar em pauta nesta quarta-feira no Senado. A proposta do senador tucano retira a obrigatoriedade de que a Petrobras seja a única operadora e tenha participação mínima de 30% na exploração dos campos do pré-sal. Serra defende que isso agilizaria a exploração dos campos.

Especialistas da área também criticaram o projeto. O professor da da Universidade de São Paulo (USP) Ildo Sauer participou de uma audiência no Senado no último dia 1o e questionou a quais interesses o projeto responde. “O Senado não se deu conta de sua responsabilidade. Parecia que estávamos dentro de um balcão de negócios”, denunciou.

Movimentos populares, entre eles o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), divulgaram uma carta para que os eleitoras enviem aos senadores, pedindo que votem de forma contrária ao projeto .

http://www.brasildefato.com.br/node/32409