quarta-feira, 17 de junho de 2015

Ipea chama atenção para 'mito' da impunidade de adolescentes

 

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Rede Brasil Atual - Pesquisa apresentada hoje (16) pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) indica que a aplicação de medidas socioeducativas a adolescentes no Brasil é muito mais rigorosa do que a gravidade do ato infracional cometido exigiria. Dos 15 mil jovens cumprindo medida de internação em 2013, os que tinham cometidos atos graves – realmente passíveis de restrição de liberdade – eram 3,2 mil (21,3%). Os delitos graves, como homicídio, correspondiam a 8,75%; latrocínio, 1,9%; lesão corporal, 0,9%, e estupro, 1,1% do total de atos infracionais cometidos.

"Para o Estatuto da Criança e do Adolescente, as medidas de internação devem respeitar os princípios da brevidade e da excepcionalidade. Quando olhamos esses dados, observamos que os princípios não são seguidos, se fossem cumpridos, os adolescentes internos seriam aqueles que cometeram infrações graves como homicídios, estupros e latrocínios, apenas 3,2 mil do total, e não 15 mil, como encontramos", explicou a técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea Enid Rocha.

O objetivo da pesquisa foi expor a falsidade da afirmação de que os jovens que cometem atos infracionais ficam impunes, e com isso contribuir com as discussões que ocorrem em torno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171, de 1993, que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos.

"O Brasil é uma país que encarcera muito, temos a quarta população carcerária do mundo e o número de presos cresceu 77% desde 2005. Esse dado desconstrói os mitos de que o encarceramento vai resolver o problema da violência. Quando internamos o adolescente, misturamos jovens com diferentes níveis de envolvimento com o crime. Vamos resolver a violência com prevenção, expansão de direitos e inclusão dos adolescentes em políticas públicas", defendeu o secretário nacional de Juventude, Gabriel Medina.

Ao contrário do que é defendido pelos que apoiam a redução da idade penal, os atos infracionais mais praticados pelos adolescentes não são contra a vida. Nos últimos três anos, o roubo, o furto e o envolvimento com o tráfico de drogas é que vêm crescendo. Em 2013, cerca de 40% dos jovens respondiam pela infração de roubo, 3,4% por furto e 23,5% por tráfico.

Ainda segundo a pesquisa, 95% dos adolescentes apreendidos eram do sexo masculino e 60% deles tinham idade entre 16 e 18 anos. Pouco mais de 60% desses eram negros e 66% viviam em famílias consideradas extremamente pobres.

Brasil 247

Nassif lembra o dia em que a Globo foi salva pelo BNDES

 

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No jornal GGN, Luís Nassif destaca o projeto de capitalização da Globocabo; ‘O BNDES detinha 4% do seu capital. A proposta era elevar a participação para poder salvar a empresa. A megacapitalização elevou para 22,1% a participação do banco. Tempos depois, ela foi vendida para o bilionário mexicano Carlos Slim, tirando a Globo do sufoco’

17 de Junho de 2015 às 07:14

247 – O colunista Luís Nassif lembra o episódio da capitalização da Globocabo, como o dia em que o BNDES salvou a Globo.

“O fato é que houve uma megacapitalização que elevou para 22,1% a participação do BNDES na Globocabo, salvando a empresa. Tempos depois, ela foi vendida para o bilionário mexicano Carlos Slim, tirando a Globo do sufoco”, destaca.

Leia abaixo o post de Nassif sobre o assunto:

Em 2002 fui procurado por Fernando Gentil, diretor do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).

Gentil me tomou quase uma hora de conversa para expor o projeto de capitalização da Globocabo pelo BNDES. A empresa estava literalmente quebrada, sem conseguir honrar seus compromissos com financiamentos externos. A geração de caixa não cobria sequer o serviço da dívida. Sua dívida era de R$ 1,6 bilhão e precisaria rolar anualmente de R$ 400 milhões a R$ 500 milhões.

O BNDES detinha 4% do seu capital. A proposta era elevar a participação para poder salvar a empresa. A proposta parecia razoável. Sem a capitalização, a Globocabo fecharia e o banco perderia o dinheiro investido.

Na época, ainda havia relativa competição na mídia e alguns colunistas tinham independência inclusive para fiscalizar abusos de outros veículos de mídia. Por isso tinha sido procurado por ele para explicar antecipadamente a operação.

Sem condições de analisar mais profundamente, julguei razoável a ideia de capitalizar a empresa para posterior venda, para evitar a perda total dos ativos. Disse-lhe que, da minha parte, achava razoável a capitalização (http://migre.me/qjUqo)

Deve ter procurado outros colunistas independentes. O fato é que houve uma megacapitalização que elevou para 22,1% a participação do BNDES na empresa, salvando a empresa.

Tempos depois, ela foi vendida para o bilionário mexicano Carlos Slim, tirando a Globo do sufoco.

Não foi a primeira vez que a Globo se aventurou em outros territórios, valendo-se de sua influência política.

No governo Sarney, ganhou a NEC de graça, em uma barganha com Antônio Carlos Magalhães, Ministro das Comunicações, em troca de passar para ela a concessão da emissora na Bahia. E com o valioso auxílio da Veja, ajudando a crucificar Garnero.

No governo Collor, quando as teles caminhavam para a digitalização, foram tentadas duas jogadas para viabilizar a NEC.

No Rio, a Telerj, presidida por Eduardo Cunha, tentou impor os equipamentos da NEC na implantação do serviço celular. O inacreditável Ministro da Infraestrutura João Santana tentou fazer o mesmo junto à Telesp.

Colunista da Folha, Jânio de Freitas ajudou a bloquear a jogada da Telerj. Também colunista do jornal, tive papel no bloqueio da jogada da Telesp.

A jogada de ambos consistia em uma pré-seleção de cinco empresas que tivessem equipamentos compatíveis. Depois, caberia a eles selecionar a vencedora.

Jânio escreveu uma coluna pesada contra a manobra de Cunha, e eu outra coluna denunciando a jogada de João Santana.

Uma semana depois Santana me chamou a Brasília. Entrei na sua sala e ele pediu para o chefe de gabinete entrar e me estendeu uma nova minuta:

- Mudamos o edital. Veja o que acha deste novo.

Disse-lhe que não era consultor de governo. Ele que divulgasse a nova minuta, eu consultaria minhas fontes e apresentaria minha opinião através do jornal.

Essa capacidade de auto-regulação da imprensa acabou com a gradativa aproximação dos grupos de mídia, associando-se e, depois de 2005, montando o grande pacto.

A partir daí, houve ampla liberdade e quase nenhuma transparência para os negócios públicos e privados.

Brasil 247

O que acontece quando um país inteiro torna-se infestada de demônios?


16 de junho de 2015 pela CNA Daily News
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Cidade do Vaticano, 16 jun 2015 / 03:09 (CNA / EWTN Notícias) .- Pode um país com profundas raízes cristãs como o México encontrar-se à mercê de demônios? Alguns na Igreja temer isso.
E, como resultado, eles chamaram para um exorcismo de âmbito nacional do México, realizada no mês passado em silêncio na catedral de San Luis Potosí.
Altos níveis de violência, bem como os cartéis de drogas e do aborto no país, foram a motivação por trás do ritual de exorcismo especial, conhecido como "Exorcismo Magno".
Cardeal Juan Sandoval Íñiguez, o arcebispo emérito de Guadalajara, presidiu a cerimônia de portas fechadas, o primeiro de sempre na história do México.
Também participaram o arcebispo Jesús Carlos Cabrero de San Luis Potosí, demonologist espanhol e Padre exorcista José Antonio Fortea, e um pequeno grupo de sacerdotes e leigos.
O evento não foi dado a conhecer ao público em geral de antemão. Segundo Dom Cabrero, o caráter reservado da cerimônia de 20 de maio foi a intenção de evitar quaisquer interpretações equivocadas do ritual.
Mas como pode um país inteiro se tornar infestado por demônios até o ponto de que é necessário recorrer a um Exorcismo Magno?
"Na medida em pecado aumenta mais e mais em um país, nessa medida, torna-se mais fácil para os demônios para tentar (pessoas)," Fr. Fortea disse CNA.
O exorcista espanhol advertiu que "na medida em que há mais bruxaria e satanismo acontecendo em um país, nessa medida haverá manifestações mais extraordinárias desses poderes das trevas."
Fr. Fortea disse que "o exorcismo realizado em San Luís Potosí é a primeira já realizada no México em que os exorcistas vieram de diferentes partes do país e reuniram-se para exorcizar os poderes das trevas, e não de uma pessoa, mas de todo o país . "
"Este ritual de exorcismo, bonito e litúrgica, nunca antes tinha tido lugar em qualquer parte do mundo. Embora tenha ocorrido de forma privada, quando São Francisco (exorcizado) na cidade italiana de Arezzo ", afirmou.
O exorcista espanhol explicou, porém, que a celebração deste ritual não vai mudar automaticamente a difícil situação do México está a atravessar em um único dia.
"Seria um grande erro pensar que através da realização de um exorcismo escala completa do país tudo iria mudar automaticamente de imediato."
No entanto, ele enfatizou que "se com o poder que recebemos de Cristo, expulsar os demônios de um país, isso certamente terá repercussões positivas, porque nós vamos fazer um grande número dos tentadores fugir, mesmo que isso exorcismo é parcial . "
"Nós não expulsar todos os espíritos malignos de um país com apenas uma cerimônia. Mas, apesar de tudo não vai ser expulso, aqueles que foram removidos não estão mais lá. "
Fr. Fortea enfatizou que "quando os exorcistas de um país expulsar seus demônios, tem que ser feito com fé. Você não vai ver nada, sinto nada, não vai ser qualquer fenômeno extraordinário. Temos que ter fé que Deus conferido aos apóstolos um poder, e que podemos usar esse poder. "
"Em qualquer caso, se este ritual eram para ser realizadas em vários países uma vez por ano, antes ou depois, este poria fim a quaisquer manifestações extraordinárias que nos mostram a raiva do diabo. Porque, sem dúvida, os demônios odeiam a ser expulsos de um lugar ou de ser preso com o poder de Cristo. "
O exorcista espanhol disse que "seria muito desejável que, quando há uma reunião anual dos exorcistas em um país, um ritual como esse magno exorcismo que teve lugar no México ser realizada."
Ele também enfatizou que um bispo "pode ​​autorizar a sua ocorrência uma vez por ano com os seus sacerdotes na catedral."
"O bispo é o pastor e ele pode usar o poder que ele recebeu para afugentar os lobos invisíveis das ovelhas, uma vez que Satanás é como um leão que ruge rondando procurando alguém para devorar, e os pastores pode afastar o predador do vítima ", concluiu.

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Veto da Venezuela a voo de Aécio era farsa

 

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Senador Aécio Neves acaba de reconhecer, em seu Facebook, que o avião da FAB com senadores brasileiros poderá pousar em Caracas, na Venezuela, nesta quinta (18); mais cedo, o jornal O Globo denunciara o veto ao pouso do avião com parlamentares; era mentira, como demonstrou o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço; Aécio diz que Venezuela voltou atrás gracas à pressão do Senado; autoridades do país governado por Nicolás Maduro garantem que jamais houve veto

16 de Junho de 2015 às 22:05

247 - O senador Aécio Neves (PSDB) publicou na noite desta terça-feira (16) que o governo venezuelano, autorizou o pouso do avião da FAB que levará a comitiva de parlamentares, na quinta-feira (18), para o país. "Visitaremos o país, em missão oficial, atendendo ao convite da oposição da Venezuela. Temos dois objetivos prioritários: defender a libertação dos presos políticos e clamar pela definição da data das eleições parlamentares no país, sob a fiscalização e o acompanhamento de organismos internacionais". Mais cedo, o jornal O Globo havia noticiado uma suposta recusa do governo de Nicolás Maduro em receber os senadores brasileiros.

No entanto, o governo da Venezuela negou que tenha impedido o pouso. Fontes da diplomacia venezuelana desmentiram que a aterrissagem não teria sido autorizada, conforme foi noticiado pela imprensa. A missão, que viajará na quinta-feira (18/06), está sendo organizada, a convite da oposição venezuelana, pelos senadores Aécio Neves e Aloísio Nunes, ambos do PSDB, para "prestar solidariedade aos presos políticos e às pessoas que são vítimas da repressão", como caracteriza o próprio Nunes.

Procurada, a assessoria do senador Aécio Neves afirmou que interpretou como "uma negativa" a falta de pronunciamento do governo Maduro após o pedido de autorização. Fontes diplomáticas da Venezuela disseram ao portal Opera Mundi, entretanto, que a solicitação só chegou aos meios oficiais às 12h desta terça-feira, período após o qual foi emitida a autorização para o pouso — como trata-se de aeronave militar, é necessário o aval do governo venezuelano para realizar o deslocamento. A assessoria do senador esclareceu ainda que "o Ministério da Justiça também não havia dado resposta oficial à solicitação do Congresso para utilizar a aeronave do Exército" e que, assim, os parlamentares deveriam viajar em um avião comercial.

Abaixo texto do jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, sobre o tema:

O Globo “veta” avião da FAB em Caracas e os picaretas pegam carona

Agora, jornal funciona assim: existe uma possibilidade de que algo ruim para o Governo aconteça?

Então vai acontecer.

Se não acontecer, é porque os “malvados” voltaram atrás e desistiram da “maldade”.

Foi assim no “veto” aos documentos do Itamaraty sobre Lula.

Agora, no caso da negativa de autorização para que um avião da FAB levasse senadores de oposição para fazer provocações políticas na Venezuela.

Não houve nenhuma negativa para o pouso de um avião da FAB, mesmo com esta carga, no aeroporto de Maiquetia, na capital venezuelana.
(aliás, também não havia qualquer razão para um vôo militar, pois há avião todo dia de São Paulo a Caracas e ida e volta saem por R$ 1.500)

Agora, o PSDB e o Dem falam em fretar um jatinho, com o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), dizendo que “é até mais seguro” que um avião da FAB.

Picareta, quando perguntado se não confiava nos militares brasileiros, disse que estava “pensando alto”.

Mais picareta ainda é o jornal, que deu manchete para o tal “veto”, do qual não tinha uma informação concreta, ao ponto de que os próprios senadores dizem não saber a respeito. Aécio Neves deu entrevista ontem sobre a viagem e nem mencionou isso.

Agora só falta a nova manchete: “Venezuela recua e permite que FAB leve senadores a Caracas”.

É como aquela do Itamarati “liberando” os documentos que não haviam sido retidos.

“A volta dos que não foram”.

No meu tempo, a gente dizia que “barriga” jornalística assim dava demissão.

Agora, dá promoção.

Brasil 247

Romário foi pego em blitz sem carteira de motorista

 

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Segundo o colunista Ancelmo Gois, o senador do PSB Romário foi parado na Lei Seca; passou no teste do bafômetro, mas foi multado por dirigir sem carteira; teve que chamar outra pessoa para levar seu carro

16 de Junho de 2015 às 07:05

247 – O senador do PSB Romário foi parado em blitz da Lei Seca no Rio de Janeiro.

Segundo o colunista Ancelmo Gois, ele passou no teste do bafômetro, mas foi multado por dirigir sem carteira. O parlamentar teve que chamar outra pessoa para levar seu carro.

Brasil 247

terça-feira, 16 de junho de 2015

Aécio desce dos tamancos e abandona seu viés golpista

 

Davis Sena Filho

DAVIS SENA FILHO 16 de Junho de 2015 às 17:53

O político mineiro e carioca, enfim, "reconhece" que sua estratégia de derrubar uma mandatária legítima seria, e como é, um tiro pela culatra

Desde outubro de 2014, quando foi anunciada a vitória de Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência da República, o senador tucano Aécio Neves, do conservador PSDB, deu início a um processo de golpismo institucional, no qual o principal mote era o impeachment de sua adversária eleitoral, que, democraticamente e pela vontade das urnas, foi reeleita presidenta do Brasil pelo povo brasileiro, com 54.501.118 votos.

Com o apoio do partido da imprensa familiar e meramente empresarial, o tucano, que por duas vezes foi governador de Minas Gerais, sofreu outra derrota eleitoral em seu próprio Estado, desta vez seu candidato, o ex-deputado Pimenta da Veiga, perdeu para o petista, Fernando Pimentel, que ora está a fazer um pente fino nas contas do Estado mineiro, depois de quase 20 anos de desgovernos do PSDB, partido que continua ainda a mandar e a desmandar em estados importantes como São Paulo, Paraná e Goiás.

Contudo, e apesar de tudo, Aécio Neves "desistiu" do impeachment, mas durante quase oito meses apostou em golpe, a não reconhecer a vontade das urnas e a demonstrar cólera ou ódio de uma forma que não condiz com as tradições da política mineira, a começar pelo seu avô Tancredo Neves, um político moderado, voltado ao diálogo e que esteve na linha de frente de crises políticas radicais.

Crises violentas, que dividiram o País, a exemplo da posse de João Goulart, em 1960, bem como nos episódios da morte de Getúlio Vargas, em 1954, e do complexo acordo político para que ele vencesse o candidato oficial da ditadura, Paulo Maluf, em um colégio eleitoral que referendou e legitimou a candidatura indireta de Tancredo, já que a vontade popular de aprovar as eleições diretas, em 1984, foi derrotada no Congresso.

Aécio Neves era o secretário particular de seu avô, que faleceu antes de assumir a Presidência, e, ao que parece, não aprendeu nada, pois, radical e imprudente, comportou-se politicamente com irresponsabilidade, a apostar no quanto pior, melhor, bem como passou a vociferar contra Dilma Rousseff de forma desrespeitosa, além de distorcer as realidades econômicas, a começar por fazer críticas ao ajuste econômico, que, se fosse com ele, seria muito mais radical, afinal seu ministro da Fazenda seria o economista e banqueiro, Armínio Fraga, o homem do Banco Central do segundo governo de Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I.

Fraga, o homem de confiança do megainvestidor, George Soros, elevou os juros para 45%, a maior taxa selic das últimas décadas, de forma que engessou a economia, além de inviabilizar, de fato, a criação de empregos para o povo brasileiro. Nunca se sofreu tanto. No governo cinzento do Neoliberal I, sujeito a raios e trovoadas, cobras, aranhas e lagartos, nem emprego tinha para o trabalhador. Quem não se lembra da tortura do desemprego são os mais jovens e os coxinhas paneleiros de certas idades, que negam a história e constroem suas "realidades" conforme seus interesses e conveniências.

A resumir: Armínio Fraga é tão somente um agente financeiro da banca internacional. O mundo pode pegar fogo. O Brasil pode falir. O povo pode morrer de fome e não ter emprego. Porém, o único interesse desse senhor, que não tem compromisso algum com o Brasil e levou o Governo FHC a pedir esmolas ao FMI como um subserviente e colonizado maltrapilho, é fazer com que os investidores, ou seja, os agiotas, jogadores do mercado, especuladores e rentistas ganhem a maior renda e lucro possíveis, ao preço, evidentemente, da miséria e da fome do povo brasileiro. Voltemos a Aécio.

O político mineiro e carioca, enfim, "reconhece" que sua estratégia de derrubar uma mandatária legítima seria, e como é, um tiro pela culatra. A verdade é que o impeachment não era apoiado pelos tucanos de São Paulo, adversários poderosos de Aécio, a exemplo do governador Geraldo Alckmin, virtual candidato do PSDB à Presidência da República, e do senador, José Serra, que sempre considerou que a eventualidade de um impedimento de Dilma Rousseff não seria viável.

Quem deu corda para Aécio Neves se enforcar nessa aventura desmedida e imprudente do impeachment foi o ex-presidente FHC, aquele que teve em seu governo acinzentado o Gustavo Franco, o Armínio Fraga e o Pedro Malan como homens de negócios privados para doar à gringada e aos entreguistas predadores brasileiros o patrimônio público, que eles não construíram e jamais teriam competência para construir, pelo simples fato de essa gente apátrida e mentalmente colonizada não pensar o Brasil em hipótese alguma.

Ao dar os trâmites do golpe contra a Dilma por findos, o X da questão para o tucano mineiro é não perder a indicação dentro do PSDB para ser o candidato da legenda na corrida presidencial. Além disso, creio eu, Aécio vai deixar de ser o alter ego jovem de FHC, que o ajudou a colocá-lo em uma furada, inclusive a lembrar o político coxinha e golpista venezuelano, Henrique Capriles, tanto no que diz respeito a aparência pessoal quanto na questão relativa à agressividade, à manipulação dos fatos e das realidades e à ideologia de direita, reacionário e de essência golpista.

A partir de agora, o "reizinho" da burguesia e da pequena burguesia vai ter de se comportar como um garoto malcriado e inconformado porque lhe tiraram seu brinquedo — a Presidência da República. E, para isso, vai ter de se comportar, definitivamente como adulto e não mais como o intempestivo playboy de Ipanema e Leblon. A paulistada do PSDB não está para brincadeira, e não vai mais abrir a guarda para que um "estranho" no ninho ocupe seu espaço político.

São Paulo é umbilicalmente ligado à contrarrevolução de 1932, e Minas Gerais, se Aécio Neves não sabe, mas deve saber, aliou-se a Getúlio Vargas — o líder da Revolução de 1930, a único movimento armado que de fato mudou a história do Brasil e as condições de vida do povo brasileiro. Não é à toa que São Paulo é a única capital do Brasil que não tem uma única ruazinha com o nome do maior presidente e estadista que este País já produziu, a acompanhá-lo em grandeza o ex-presidente Lula, atualmente o maior líder trabalhista e de esquerda da América Latina, que poderá, em 2018, ser o candidato do PT ao Palácio do Planalto.

O jogo vai ser duro entre os tucanos e é por isto que a tese do golpismo foi derrotada e a imprensa burguesa já compreendeu e mudou de assunto. Desprovido de uma máquina estatal (perdeu o governo de Minas) e saindo atrás na corrida presidencial em relação a Alckmin, o senador Aécio recorre a frases como o PSDB não pode "saltar etapas". Ele apostava no impeachment porque perdeu o Governo de Minas, mas agora também notou que sua sobrevivência política, em âmbito nacional, depende, sobretudo, de seu talento para convencer os correligionários que ele é um candidato viável, pois teve 51 milhões de votos.

Por causa desses fatores já citados, Aécio Neves quer adiar o debate sobre sucessão no PSDB. O político das Alterosas está irritado ao tempo que temeroso, pois seu adversário interno, Geraldo Alckmin, além dos apoios dentro do partido, tem a máquina de São Paulo nas mãos, bem como a cumplicidade quase que total da imprensa de negócios privados do Estado bandeirante, que é seu braço político mais forte e agressivo, além de "fazedor" da cabeça de uma grande parcela da classe média de perfil conservador, que está insatisfeita com o PT no poder e principalmente com a ascensão social dos pobres.

Aécio Neves vai ter de se reinventar. Ou voltar o que ele sempre apareceu ser: um político de diálogo e moderado. A verdade é que o mineiro está em uma encruzilhada, pois tem a consciência de que o PSDB paulista antecipou a corrida da sucessão e a imprensa paulista e as Organizações(?) Globo vão fechar com quem historicamente sempre fecharam: com o lacerdismo e a Revolução de 1932. A verdade é dura, mas não tem escapatória: Aécio desce dos tamancos e abandona seu viés golpista. É isso aí, cara pálida.

Brasil 247

Se no PT existir vergonha, tem que expulsar Delcídio Amaral

DNA tucano do petista Delcídio Amaral fala mais alto sobre o pré-sal

publicado em 13 de junho de 2015 às 17:29

delcídio, serra e fhc

O bom filho à casa torna. A volta do tucano pródigo

por Conceição Lemes

O deputado federal Fernando Marroni (PT-RS) denunciou em artigo publicado no Viomundo: “DNA do entreguismo está no sangue dos tucanos”.

É sobre o pré-sal. Marroni trata de dois projetos — um do deputado federal Jutahy Júnior (PSDB/BA) e outro do senador José Serra (PSDB-SP) –, que propõem o fim da obrigação de a Petrobras participar com, no mínimo, 30% na exploração do pré-sal e de atuar como operadora única no setor.

“Dos entreguistas tucanos é o que espera”, observa nos comentários o leitor Francisco de Assis.”E quando essa postura é de um energúmeno do PT, o senador Delcídio Amaral (PT-MS), líder do governo Dilma, quando deixa aflorar o seu passado tucano?”

Assis denuncia:

Foi o que aconteceu em plena sessão do Senado de quarta-feira, 10 de junho, denuncia Assis. Nosso leitor detalha:

Delcídio tomou o microfone para elogiar José Serra e se disse “pessoalmente” de acordo com a proposta do representante paulista dos interesses da Chevron & Cia, no sentido de retirar a participação obrigatória de 30% da Petrobras na exploração do pré-sal.

Numa tremenda canalhice, Delcidio Amaral faz isto enquanto a Chefe do Governo, do qual ele é líder, está no exterior, com o mesmíssimo argumento de Serra de ‘ajudar’ a Petrobras.

Não à toa, recebeu em seguida os elogios fervorosos de Serra.

Lembrando que a situação no Senado foi criada pelo energúmeno Renan Calheiros, que pôs em votação diretamente no PLENÁRIO a proposta de Serra, sem encaminhá-la às comissões.

Será que alguém no V Congresso do PT vai denunciar o senador Delcídio Amaral?

Um tucano enrustido? Um quinta coluna do PSDB dentro da bancada do PT?

No início da carreira como engenheiro, Delcídio foi diretor da Shell na Holanda. De 1999 a 2001, no governo Fernando Henrique Cardoso, por indicação do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), ele ocupou o cargo de diretor de Energia e Gás da Petrobras . Foi bem na época em que os tucanos pretendiam transformar a Petrobras em PetroBrax.

O fato é que:

1) Delcídio Amaral foi filiado ao PSDB. Chegou a gabar-se de sua ficha de inscrição ter sido abonada pelo então todo poderoso Sérgio Mota, ex-ministro das Comunicações do FHC.

2) Ele foi filiado ao PSDB de 1998 a 2000 inteiro, informou-nos a assessoria do senador, e parte de 2001.

3) Em outubro de 2001, ele deixou a diretoria de Energia e Gás da Petrobras para assumir a Secretaria de Infraestrutura e Habitação no governo de Zeca do PT. E filiou-se ao PT.

4) Em 2005, circulou a informação de que Delcídio sairia do PT e iria para o PSDB:

A decisão teria sido tomada após reunião com o prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), no fim de semana. Pela estratégia traçada até o momento, Delcídio deverá ser candidato ao governo do Estado pelo PSDB em uma aliança com o PFL. A notícia sobre a mudança ainda não foi confirmada pelo senador que, segundo sua assessoria, deverá falar sobre a decisão até o fim desta semana.

5) Delcídio, no entanto, ficou no PT, onde está desde o final de 2001.

7) Curiosamente, é só o que consta na sua biografia. Delcídio omite no seu site, assim como na Wikipedia, o seu passado de filiado ao PSDB.

De qualquer forma, esta repórter foi atrás do pronunciamento feito pelo senador Delcídio Amaral em 10 de junho. Ele confirma a denúncia do leitor Francisco de Assis. Reproduzo abaixo alguns trechos da nota taquigráfica (na íntegra, ao final) publicada no portal do Senado:

Com relação ao requerimento do Senador Serra, eu quero aqui dizer o seguinte: existem divergências no que diz respeito à Petrobras atuar como operadora exclusiva e ter 30%. Eu vou ser muito sincero, Presidente. Eu sou Líder do Governo, mas, como Senador da República e como engenheiro, eu vou confessar a V. Exª que esses 30% apareceram faltando uma semana, ou dez dias, para encaminhamento do projeto da partilha. Nem na Petrobras há consenso com relação ao operador exclusivo, e acho – mas esta é uma opinião pessoal como Senador, e não como Líder do Governo – fundamental a gente debater.

Pergunto a V. Exª, Sr. Presidente: quando a Petrobras está revisando o seu plano de negócios, quando o dinheiro está curto, quando a Petrobras está fazendo ajustes internos importantes, se vier um leilão, a Petrobras vai ter que entrar com 30% em todos os leilões? Será que nos blocos que vão ser leiloados, a Petrobras tem um interesse tão importante quanto outras petroleiras?

E, Sr. Presidente, quero aqui registrar: operador exclusivo de campo – eu sei que Senadores e Senadoras aqui conhecem bem isto, mas não custa lembrar – faz a exploração, ele detém a tecnologia, ele contrata a engenharia, ele faz o procurement de equipamentos, ele contrata os equipamentos, ele faz o construction – por isso que é EPC, ele faz a construção – e ele opera, produz, explora.

Eu pergunto a V. Exª: outras grandes petroleiras do mundo, Shell, Chevron, Exxon – e eu acho que o Brasil precisa ter parceiros aqui para fazer frente aos desafios do pré-sal –, V. Exª acha que empresas como essas vão querer entrar atuando como investidores passivos e deixando a operação exclusiva com a Petrobras?

Eu acho muito pouco provável isso, e quem sai prejudicado é o País, porque nós precisamos, mais do que nunca, de empresas que detêm tecnologia para nos ajudar na exploração e na produção do pré-sal.

“É um absurdo, uma afronta, que o senador líder do governo venha a público a defender em público a perda de soberania energética do Brasil”, condena João Antônio de Moraes, diretor de Relações Internacionais da Federação Única dos Petroleiros (FUP). “A retirada da Petrobras como operadora única desfigura o regime de partilha.”

“Mais importante que o mercado e o petróleo que temos é o conhecimento que, através da Petrobras, o Brasil detém”, prossegue Moraes. “Se a Petrobras não for a única operadora, nós estaremos abrindo mão desse conhecimento para petrolíferas estrangeiras e da soberania energética.”

Outra questão crucial em jogo é o conteúdo local, que as petroleiras estrangeiras não têm cumprido. Mesmo assim, os tucanos são contra a obrigatoriedade do conteúdo local.

“Não tem nenhum navio ou plataforma encomendados por empresas estrangeiras no Brasil”, denuncia Moraes. “Só tem da Petrobras. Isso só reforça a importância da Petrobras como exploradora única do pré-sal. Se deixar com as outras petroleiras, elas não vão encomendar aqui. E não cumprindo o conteúdo local, elas não vão desenvolver o Brasil.”

– No seu pronunciamento, o senador diz que ‘nós precisamos, mais do que nunca, de empresas que detêm tecnologia para nos ajudar na exploração e na produção do pré-sal’.

Moraes rebate: “Não tem empresa nenhuma no mundo em condições de produzir no pré-sal como a Petrobras. Isso é consenso mundial. As outras empresas querem entrar justamente para aprender com a Petrobras”.

Aqui, é sempre bom lembrar o caso da Argentina, para não seguirmos o mau exemplo.

A Argentina transferiu os ativos e o conhecimento detido pela sua petrolífera estatal, a YPF, principalmente para a espanhola Repson, que fez exploração predatória das reservas do país. Hoje, o nosso vizinho é obrigado a importar petróleo e tem um problema energético muito grave por conta da abertura paras empresas estrangeiras.

“Essa fala do senador é mais uma afronta, pois não considera o problema que está sendo para o nosso vizinho a transferência do controle da produção para uma estrangeira”, enfatiza Moraes. “Se quisermos o pré-sal como promotor do desenvolvimento nacional, o regime tem de ser o de partilha e a Petrobras como única empresa na exploração do petróleo.”

Ou seja, apesar de no PT, o DNA do senador Delcídio Amaral é tucano. Pior é que de vez em quando ele “aflora”, como observou o nosso leitor Francisco de Assis, e dá bicadas no PT para regozijo da tucanada.

Foi o que fez na última quarta-feira, 10 de junho, no plenário do Senado, quando engrossou o coro de Serra e demais oposicionistas, embora seja líder do governo de Dilma.

“Candidamente”, Delcídio disse: “Esta é uma opinião pessoal como Senador, não como líder do governo”.

Primeiro: Com um líder de governo como ele, para que a presidenta Dilma precisa de oposição?

Segundo: “Como senador”, sim. Tucano e não petista.

Em abril deste ano, a revista de Joyce Pascowitch publicou uma nota dizendo que o senador Delcídio está “insatisfeito no PT” e que “teria tido conversas políticas recentes em São Paulo com Fernando Henrique Cardoso”.

Será que o pronunciamento no Senado sobre o pré-sal seria um sinal de que ele estaria regressando ao velho ninho?

************

A íntegra do pronunciamento

O SR. DELCÍDIO DO AMARAL (Bloco Apoio Governo/PT – MS. Sem revisão do orador.) – Eu queria só fazer um registro, Sr. Presidente [Renan Calheiros].

Em relação ao requerimento de minha autoria, que diz respeito ao sistema de contratação simplificado da Petrobras, eu entendo – e há um consenso com relação a essa questão – que nós precisamos aprimorá-lo.

Agora, é importante registrar, Presidente, que essa proposta surgiu ainda na época em que foi quebrado o monopólio do petróleo. Por quê? Porque a Petrobras, trabalhando num sistema competitivo com outras companhias de petróleo, teria que ter agilidade para contratar, até porque o mercado é competitivo e aberto.

Portanto, esse processo não nasceu agora. Esse processo vem lá de trás, inclusive na época em que fui diretor da Petrobras. Agora, se há distorções, problemas – e eu concordo com as ponderações que foram apresentadas –, é fundamental que a gente qualifique esse debate, porque, sendo uma questão de tamanha relevância para uma empresa do tamanho da Petrobras, nós não podemos ser simplistas nessas discussões.

Sr. Presidente, eu quero fazer aqui um registro muito tranquilo com relação a isso. Eu tenho uma preocupação com relação aos debates nas comissões permanentes e no plenário. Para mim, as comissões permanentes, Presidente, são de extrema relevância, porque elas trabalham os textos. Quando a matéria vem para o plenário, o texto tem começo, meio e fim. Não estou dizendo que isso está acontecendo no Senado, mas nós temos verificado alguns projetos que têm sido votados, inclusive na outra Casa, que, quando se vota em plenário, acaba-se votando um Frankenstein! As coisas não se juntam. Portanto, o papel das comissões permanentes é muito importante.

Por isso, respeitando até a iniciativa do Senador Ferraço e as críticas que ele fez – e não tenho dúvida de que nós podemos aperfeiçoar esse sistema –, nós precisamos usar as comissões do Senado para qualificar ainda mais os textos que vêm para o plenário da nossa Casa. É essa a intenção, Sr. Presidente. Eu não estou questionando a iniciativa do Senador Ferraço. Portanto, entendo e compreendo a importância desse tema, mas nós precisamos ter mais tempo para trabalhar, e não procrastinar uma decisão, que é mais do que relevante, em função dos acontecimentos que nós temos vivenciado.

Com relação ao requerimento do Senador Serra, eu quero aqui dizer o seguinte: existem divergências no que diz respeito à Petrobras atuar como operadora exclusiva e ter 30%. Eu vou ser muito sincero, Presidente. Eu sou Líder do Governo, mas, como Senador da República e como engenheiro, eu vou confessar a V. Exª que esses 30% apareceram faltando uma semana, ou dez dias, para encaminhamento do projeto da partilha. Nem na Petrobras há consenso com relação ao operador exclusivo, e acho – mas esta é uma opinião pessoal como Senador, e não como Líder do Governo – fundamental a gente debater.

Pergunto a V. Exª, Sr. Presidente: quando a Petrobras está revisando o seu plano de negócios, quando o dinheiro está curto, quando a Petrobras está fazendo ajustes internos importantes, se vier um leilão, a Petrobras vai ter que entrar com 30% em todos os leilões? Será que nos blocos que vão ser leiloados, a Petrobras tem um interesse tão importante quanto outras petroleiras?

E, Sr. Presidente, quero aqui registrar: operador exclusivo de campo – eu sei que Senadores e Senadoras aqui conhecem bem isto, mas não custa lembrar – faz a exploração, ele detém a tecnologia, ele contrata a engenharia, ele faz o procurement de equipamentos, ele contrata os equipamentos, ele faz o construction – por isso que é EPC, ele faz a construção – e ele opera, produz, explora.

Eu pergunto a V. Exª: outras grandes petroleiras do mundo, Shell, Chevron, Exxon – e eu acho que o Brasil precisa ter parceiros aqui para fazer frente aos desafios do pré-sal –, V. Exª acha que empresas como essas vão querer entrar atuando como investidores passivos e deixando a operação exclusiva com a Petrobras?

Eu acho muito pouco provável isso, e quem sai prejudicado é o País, porque nós precisamos, mais do que nunca, de empresas que detêm tecnologia para nos ajudar na exploração e na produção do pré-sal.

Sr. Presidente, acho que são temas relevantes, mas, como tentamos encaminhar o acordo, e não houve essa possibilidade, eu acho que nós temos que sobrestar essa votação, até pelas iniciativas das Senadoras e dos Senadores aqui, para que a gente busque, dos dois requerimentos, uma solução até a próxima semana.

Viomundo

Anti-nacional, devia ser expulso do Brasil

Movimentos sociais contra projeto entreguista de Serra: Petróleo só é nosso com a partilha e a Petrobras como operadora única do pré-sal

publicado em 15 de junho de 2015 às 19:54

serra é pré-sal

Seis motivos que justificam a importância de manter a Petrobrás como operadora única na área do pré-sal. (rejeitando o entreguismo do projeto de lei PLS 131-2015 do Senador José Serra PSDB-SP)

1- Para avançar com soberania energética e ambiental: controlando a produção, garantido o abastecimento nacional, evitando a extração predatória, os riscos de acidentes e maiores custos econômicos no futuro.

A operação única pela Petrobrás no pré-sal brasileiro garante ao Estado nacional, que detém a maioria do capital votante da empresa, o planejamento da produção, escapando da armadilha da produção rápida e predatória, que compromete os reservatórios e trás inúmeros riscos ambientais como o ocorrido no acidente no campo de frade no litoral do Rio de Janeiro em novembro 2011 operado pela estadunidense Chevron.

O Petróleo por muitos anos será estratégico como energético (responsável por mais de 50% da matriz mundial) e como matéria prima (presente em mais de 3.000 produtos). Garantir, sua exploração e uso adequado na atualidade, e que não faltará este recurso para as futuras gerações de brasileiros é obrigação de todos.

São inúmeros os exemplos de nações que submeteram a produção a multinacionais que operam sobre a lógica meramente econômica e hoje se encontram em maus lençóis. As situações vividas por nossos vizinhos argentinos onde após a privatização exportaram petróleo a 04 dólares o barril e mais tarde tiveram que importar a mais de 100 dólares, ou da Indonésia, que exportou petróleo a 01 dólar o barril e hoje drena seus recursos pagando pelo mesmo barril de petróleo 60 dólares, são procedimentos que não devemos repetir em nosso país.

2- Para preservar e ampliar o conhecimento, bem que vale mais do que o dinheiro.

Ter a Petrobras como operadora única é essencial para garantir o domínio e a continuação do desenvolvimento tecnológico. O nível tecnológico atingido pelos trabalhadores da Petrobrás é fruto de muito trabalho e desenvolvimento científico. Ceder a condição de operadora única dificulta esta vantagem estratégica, expõe nossa capacidade de vanguarda a potenciais competidores e desperdiça oportunidades de aprendizado.

A Petrobras recebeu em maio de 2015 o prêmio da OTC (Offshore Technology Conference) considerado o Nobel da indústria petroleira. Este prêmio foi graças a nossa produção no pré-sal. Chegar a essa condição custou sangue, suor e lágrimas a gerações de brasileiros. As três coisas mais importantes para uma empresa de energia são: mercado, reservas e conhecimento tecnológico. O Brasil através da Petrobras detém os três sendo o conhecimento o mais difícil de ser alcançado.

Não temos nenhuma dúvida que a história vitoriosa da Petrobrás, e seu extraordinário potencial indica plena capacidade de ser a operadora única no pré-sal. Mesmo vivenciando dificuldades momentâneas em relação a sua capacidade financeira, fato que já esta sendo superado com uma política adequada de preços, a Petrobrás conseguiu em apenas 8 anos após a descoberta do pré-sal, uma produção de cerca de 800 mil barris por dia, fato inédito na indústria do petróleo.

3- Para garantir que o petróleo produzido e os royalties recolhidos sirvam aos interesses do povo brasileiro.

A operadora é responsável por medir o petróleo produzido e submeter a informação às instituições de controle e regulação.

A produção sobre as condições do pré-sal, a quilômetros de distancia da costa dificulta e muito a fiscalização. Seguramente a melhor forma de acompanhamento pelo povo, e por nossas instituições nacionais dessa importante questão é estar sob controle da Petrobrás. Ter a Petrobrás como operadora única, com o adequado controle público, é maior garantia na destinação dos Royalties para educação e para a saúde.

Além do mais, a propriedade do petróleo da às nações vantagens geopolíticas, na medida em que, o Estado pode administrar uma base natural rara, não renovável, desigualmente distribuído no planeta e sobretudo essencial para a sobrevivência a segurança e o bem estar de todos os Estados.

4- Para alavancar o desenvolvimento, com o conteúdo local, gerando mais e melhores empregos.

A Petrobrás como operadora única tem plenas condições de dirigir os empreendimentos. Incentivando de forma organizada o desenvolvimento da indústria de bens e serviços. Essa condição é essencial para a política industrial brasileira, maximizando o conteúdo local, em bases competitivas, e garantindo o desenvolvimento integrado a nível nacional.

Segundo dados do SINAVAL (Sindicato da Construção Naval) apesar da existência de inúmeras operadoras privadas e estrangeiras no Brasil apenas a Petrobras tem encomendas de navios e plataformas aos nossos estaleiros, portanto, a prática nos conduz a convicção, que sem a Petrobras, a política do conteúdo local tão importante para impulsionar o desenvolvimento nacional ficará só no papel.

A operação e a condução dos empreendimentos pela Petrobrás possibilitam que mais e melhores empregos sejam criados no Brasil. Este fator estimula o estudo, a pesquisa e o conhecimento, potencializando a inteligência local, garantindo as condições para o intercambio de experiência com o conhecimento produzido a nível mundial.

5- Para manter a integralidade da lei da Partilha.

A lei da Partilha 12.351/2010 aprovada pelo Congresso Nacional representou um salto de qualidade para a produção de Petróleo no Brasil. Esta lei possibilita a estruturação de uma grande nação alavancando o desenvolvimento nacional, garantindo soberania energética e dando destino social ao retorno econômico, resolvendo assim nossos ainda graves problemas sociais.

A Petrobras, como operadora única do Pré-Sal, é parte fundamental do modelo formulado na partilha para garantir esse tripé: soberania energética, desenvolvimento econômico e destinação social. Mudar esse ponto irá “desfigurar a Lei da Partilha” comprometendo a utilização adequada de um recurso que a natureza levou 150 milhões de anos para produzir.

6- Porque acreditamos no Brasil, na nossa potencialidade e na nossa capacidade.

A História da indústria do petróleo em nossa Pátria é cheia de desafios, que foram sendo superados um a um com perseverança, determinação e muito trabalho.

Superamos o desafio de encontrar o sonhado petróleo no Brasil. Superamos o desafio de desenvolver uma empresa e uma indústria potente e exemplar.

Superamos o desafio de sermos autossuficientes em petróleo. Superamos o desafio histórico, ao descobrir o pré-sal, que para o consumo nacional, temos petróleo para mais de 100 anos.

Confiamos plenamente no povo brasileiro, na capacidade de superarmos problemas que possam surgir.

A Petrobrás operadora única no pré-sal é mais uma conquista histórica. Manter esta conquista é um desafio de todos que lutam por um país justo, democrático e fraterno.

Rio de Janeiro, 15 de junho de 2015.

FUP Federação Única dos Petroleiros

CUT

MAB Movimento dos Atingidos por Barragens

Plataforma Operária e Camponesa para Energia

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Do Viomundo

Anti-nacional, devia ser expulso do Brasil

Movimentos sociais contra projeto entreguista de Serra: Petróleo só é nosso com a partilha e a Petrobras como operadora única do pré-sal

publicado em 15 de junho de 2015 às 19:54

serra é pré-sal

Seis motivos que justificam a importância de manter a Petrobrás como operadora única na área do pré-sal. (rejeitando o entreguismo do projeto de lei PLS 131-2015 do Senador José Serra PSDB-SP)

1- Para avançar com soberania energética e ambiental: controlando a produção, garantido o abastecimento nacional, evitando a extração predatória, os riscos de acidentes e maiores custos econômicos no futuro.

A operação única pela Petrobrás no pré-sal brasileiro garante ao Estado nacional, que detém a maioria do capital votante da empresa, o planejamento da produção, escapando da armadilha da produção rápida e predatória, que compromete os reservatórios e trás inúmeros riscos ambientais como o ocorrido no acidente no campo de frade no litoral do Rio de Janeiro em novembro 2011 operado pela estadunidense Chevron.

O Petróleo por muitos anos será estratégico como energético (responsável por mais de 50% da matriz mundial) e como matéria prima (presente em mais de 3.000 produtos). Garantir, sua exploração e uso adequado na atualidade, e que não faltará este recurso para as futuras gerações de brasileiros é obrigação de todos.

São inúmeros os exemplos de nações que submeteram a produção a multinacionais que operam sobre a lógica meramente econômica e hoje se encontram em maus lençóis. As situações vividas por nossos vizinhos argentinos onde após a privatização exportaram petróleo a 04 dólares o barril e mais tarde tiveram que importar a mais de 100 dólares, ou da Indonésia, que exportou petróleo a 01 dólar o barril e hoje drena seus recursos pagando pelo mesmo barril de petróleo 60 dólares, são procedimentos que não devemos repetir em nosso país.

2- Para preservar e ampliar o conhecimento, bem que vale mais do que o dinheiro.

Ter a Petrobras como operadora única é essencial para garantir o domínio e a continuação do desenvolvimento tecnológico. O nível tecnológico atingido pelos trabalhadores da Petrobrás é fruto de muito trabalho e desenvolvimento científico. Ceder a condição de operadora única dificulta esta vantagem estratégica, expõe nossa capacidade de vanguarda a potenciais competidores e desperdiça oportunidades de aprendizado.

A Petrobras recebeu em maio de 2015 o prêmio da OTC (Offshore Technology Conference) considerado o Nobel da indústria petroleira. Este prêmio foi graças a nossa produção no pré-sal. Chegar a essa condição custou sangue, suor e lágrimas a gerações de brasileiros. As três coisas mais importantes para uma empresa de energia são: mercado, reservas e conhecimento tecnológico. O Brasil através da Petrobras detém os três sendo o conhecimento o mais difícil de ser alcançado.

Não temos nenhuma dúvida que a história vitoriosa da Petrobrás, e seu extraordinário potencial indica plena capacidade de ser a operadora única no pré-sal. Mesmo vivenciando dificuldades momentâneas em relação a sua capacidade financeira, fato que já esta sendo superado com uma política adequada de preços, a Petrobrás conseguiu em apenas 8 anos após a descoberta do pré-sal, uma produção de cerca de 800 mil barris por dia, fato inédito na indústria do petróleo.

3- Para garantir que o petróleo produzido e os royalties recolhidos sirvam aos interesses do povo brasileiro.

A operadora é responsável por medir o petróleo produzido e submeter a informação às instituições de controle e regulação.

A produção sobre as condições do pré-sal, a quilômetros de distancia da costa dificulta e muito a fiscalização. Seguramente a melhor forma de acompanhamento pelo povo, e por nossas instituições nacionais dessa importante questão é estar sob controle da Petrobrás. Ter a Petrobrás como operadora única, com o adequado controle público, é maior garantia na destinação dos Royalties para educação e para a saúde.

Além do mais, a propriedade do petróleo da às nações vantagens geopolíticas, na medida em que, o Estado pode administrar uma base natural rara, não renovável, desigualmente distribuído no planeta e sobretudo essencial para a sobrevivência a segurança e o bem estar de todos os Estados.

4- Para alavancar o desenvolvimento, com o conteúdo local, gerando mais e melhores empregos.

A Petrobrás como operadora única tem plenas condições de dirigir os empreendimentos. Incentivando de forma organizada o desenvolvimento da indústria de bens e serviços. Essa condição é essencial para a política industrial brasileira, maximizando o conteúdo local, em bases competitivas, e garantindo o desenvolvimento integrado a nível nacional.

Segundo dados do SINAVAL (Sindicato da Construção Naval) apesar da existência de inúmeras operadoras privadas e estrangeiras no Brasil apenas a Petrobras tem encomendas de navios e plataformas aos nossos estaleiros, portanto, a prática nos conduz a convicção, que sem a Petrobras, a política do conteúdo local tão importante para impulsionar o desenvolvimento nacional ficará só no papel.

A operação e a condução dos empreendimentos pela Petrobrás possibilitam que mais e melhores empregos sejam criados no Brasil. Este fator estimula o estudo, a pesquisa e o conhecimento, potencializando a inteligência local, garantindo as condições para o intercambio de experiência com o conhecimento produzido a nível mundial.

5- Para manter a integralidade da lei da Partilha.

A lei da Partilha 12.351/2010 aprovada pelo Congresso Nacional representou um salto de qualidade para a produção de Petróleo no Brasil. Esta lei possibilita a estruturação de uma grande nação alavancando o desenvolvimento nacional, garantindo soberania energética e dando destino social ao retorno econômico, resolvendo assim nossos ainda graves problemas sociais.

A Petrobras, como operadora única do Pré-Sal, é parte fundamental do modelo formulado na partilha para garantir esse tripé: soberania energética, desenvolvimento econômico e destinação social. Mudar esse ponto irá “desfigurar a Lei da Partilha” comprometendo a utilização adequada de um recurso que a natureza levou 150 milhões de anos para produzir.

6- Porque acreditamos no Brasil, na nossa potencialidade e na nossa capacidade.

A História da indústria do petróleo em nossa Pátria é cheia de desafios, que foram sendo superados um a um com perseverança, determinação e muito trabalho.

Superamos o desafio de encontrar o sonhado petróleo no Brasil. Superamos o desafio de desenvolver uma empresa e uma indústria potente e exemplar.

Superamos o desafio de sermos autossuficientes em petróleo. Superamos o desafio histórico, ao descobrir o pré-sal, que para o consumo nacional, temos petróleo para mais de 100 anos.

Confiamos plenamente no povo brasileiro, na capacidade de superarmos problemas que possam surgir.

A Petrobrás operadora única no pré-sal é mais uma conquista histórica. Manter esta conquista é um desafio de todos que lutam por um país justo, democrático e fraterno.

Rio de Janeiro, 15 de junho de 2015.

FUP Federação Única dos Petroleiros

CUT

MAB Movimento dos Atingidos por Barragens

Plataforma Operária e Camponesa para Energia

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Do Viomundo

segunda-feira, 15 de junho de 2015

"Rússia adverte que vai reagir se EUA armazenarem armas pesadas no Leste Europeu"

 

Um alto funcionário do Ministério da Defesa russo advertiu nesta segunda-feira que a Rússia vai aumentar suas forças no flanco ocidental se os Estados Unidos armazenarem armas pesadas nos Estados bálticos e na Europa Oriental.

O general Yuri Yakubov fez a declaração porque no fim de semana uma autoridade dos EUA afirmou que o país planeja armazenar equipamento militar pesado nos países bálticos e Leste Europeu para tranquilizar seus aliados, que estão preocupados com o papel da Rússia na Ucrânia, e para impedir uma agressão.Segundo a mídia russa, o general disse que a medida seria "o passo mais agressivo do Pentágono e da Otan" desde a Guerra Fria. "A Rússia não teria nenhuma outra opção a não ser aumentar suas tropas e forças no flanco ocidental", afirmou Yakubov, segundo a agência de notícias russa Interfax.O general disse que a Rússia iria primeiro acrescentar novas unidades aéreas, de tanques e artilharia na sua fronteira ocidental e também iria acelerar a implantação de novos mísseis Iskander no enclave de Kaliningrado, além de reforçar suas tropas em Belarus.O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, se recusou a comentar a questão. Ele disse que as autoridades russas não entraram em contato com os seus homólogos norte-americanos no fim de semana para buscar mais informações sobre os planos militares, que emergem num momento em que as relações entre Moscou e o Ocidente caíram a níveis mínimos por causa do conflito na Ucrânia.A Rússia há muito tempo vem protestando contra o que define como tentativas ocidentais de violar seu território, incluindo a incorporação de antigas repúblicas soviéticas e países do Leste Europeu -antes parte da órbita da União Soviética- à aliança militar da Otan.

http://inteligenciabrasileira.blogspot.com.br/

Atenção para a Reunião Plenária deste Mês

CENTRO SOBRALENSE DE PESQUISA UFOLOGICA

Senhores Ufólogos e simpatizantes da Ufologia, dia 26 de Junho estaremos atualizando ou socializando nossas informações ufológicas em nossa 'Reunião Plenária'. O local: Espaço de Vida Saudável do Dennis Pereira, na Rua Coronel Diogo Gomes 998 Centro, Sobral - CE. Acontecerá a partir das 19 horas e a entrada é franca e você está convidado. Maiores informações pelo 88 99210172

domingo, 14 de junho de 2015

Bíblia da política externa exalta Brasil na África

 

:

No momento em que a oposição parece ter como alvos o Instituto Lula e as operações internacionais do BNDES, a revista norte-americana Foreign Affairs, a mais respeitada do mundo na área da política externa, elogia as ações do Itamaraty na América Latina e, especialmente, na África, cujo comércio com o Brasil saltou de US$ 4 bilhões, em 2000, para US$ 28 bilhões, em 2013; "Diante da campanha diuturna da nossa imprensa contra o Brasil, causa até um certo estranhamento ler, numa das mais importantes revistas de geopolítica do mundo, um artigo que exalta a política externa do Brasil", diz Miguel do Rosário, em texto publicado no Tijolaço; leia sua análise e a íntegra do artigo da Foreign Affairs, que aponta o Brasil como um país capaz de usar seu "soft power" para se tornar um "global player" na arena global

14 de Junho de 2015 às 16:09

Por Miguel do Rosário, no Tijolaço

A Foreign Affairs, a principal publicação norte-americana sobre geopolítica e relações internacionais, uma das mais prestigiadas e lidas no mundo inteiro, publicou um interessante artigo sobre o Brasil, intitulado: “Brasil consolida sua influência para além do Atlântico”.

O “para além do Atlântico”, no caso, é sobretudo o continente africano, com o qual o Brasil estabeleceu parcerias comerciais que elevaram o comércio exterior com essa região do mundo de US$ 4 bilhões em 2000 para US$ 28 bilhões em 2013.

Além de ser um artigo que traz informações valiosíssimas para entendermos o novo lugar do Brasil no mundo, ele vem escrito com uma isenção que desconhecemos aqui.

Diante da campanha diuturna da nossa imprensa contra o Brasil, causa até um certo estranhamento ler, numa das mais importantes revistas de geopolítica do mundo, um artigo que exalta a política externa do Brasil. E que não venham, pelo amor de Deus, chamar a Foreign Affairs de “esquerdista” ou “bolivariana”…

A revista elogia a inteligência dos estrategistas do governo, que contornam o baixo orçamento militar através de parcerias estratégicas com outros países, que permitam ao Brasil exportar armas e tecnologia, e com isso, financiar sua própria indústria de defesa.

A gente bem que podia tentar traduzi-lo coletivamente, não é? Vamos tentar. Se quiser participar, basta traduzir um trecho e publicar aí nos comentários. Se quiserem ir juntando às traduções já prontas num comentário só, está valendo.

Eu já traduzi o título. Segue a tradução do primeiro parágrafo:

“Após anos firmando alianças na área de segurança com América Latina e Caribe, o Brasil agora está olhando para o leste, consolidando sua influência para além do oceano Atlântico. O Brasil começou discretamente, fornecendo à África assistência técnica em ciência, tecnologia e desenvolvimento profissional. ”

***

Foreign Affairs

The Blue Amazon

Brazil Asserts Its Influence Across the Atlantic
By Nathan Thompson and Robert Muggah

After years of shoring up security alliances in Latin America and the Caribbean, Brazil is now looking eastward, asserting its influence across the Atlantic Ocean. Brazil started quietly, providing Africa with technical assistance in science, technology, and professional development.

But over the past decade, Brazil has coupled soft-power initiatives with a dramatic boost in military cooperation with Africa, conducting joint naval exercises, providing military training and arms transfers, and establishing outposts in ports across the continent’s western coast. Today, Brazil’s official defense posture is even more far-reaching, involving the ability to project power from Antarctica to Africa.

Brazil’s transatlantic partnerships are the culmination of a long-standing ambition. In 1986, alongside Argentina, Uruguay and 21 African countries, Brazil proposed the South Atlantic Peace and Cooperation Zone. The unstated goal then, as now, was to minimize external meddling in the region, especially by NATO.

The desire to keep foreigners out of the South Atlantic is motivated in large part by commercial interests. Brazil, in particular, wants to safeguard its on- and offshore natural resources, which the navy calls the Amazônia Azul, or Blue Amazon. These include extensive petroleum and gas reserves, as well as fishing and mining concessions within and beyond its current maritime frontiers.

To Brazilian leaders, preserving influence over the Blue Amazon is a question of national security and sovereignty. The Brazilian navy’s PROMAR program actively promotes public awareness campaigns extolling the economic, environmental, and scientific importance of the South Atlantic.

To secure the boundaries of the Blue Amazon, Brazil is petitioning the UN Commission on the Limits of the Continental Shelf to extend its exclusive economic zone, the area stretching 200 nautical miles out from the coast, in which a country has special rights to explore and use marine resources.

To shore up its demands, Brazil is creating a sophisticated surveillance system to monitor the Blue Amazon. The so-called Blue Amazon Management System is intended to scan more than 4,600 miles of coastline for foreign military and commercial vessels through a combination of satellites, radar, drones, naval vessels, and submarines.

In January, the country named three finalists to develop the $4 billion project: a consortium led by the aerospace conglomerate Embraer, another led by the multinational construction company Odebrecht, and a third by the aerospace upstart Orbital Engenharia. The Brazilian army is also building a multibillion-dollar border surveillance system, and the two programs may eventually be integrated.

PIVOT TO AFRICA

In Africa, Brazil’s influence extends beyond the continent’s six Portuguese-speaking countries. Its total trade with African nations ballooned from roughly $4.3 billion in 2000 to $28.5 billion in 2013. Not surprisingly, Brazil’s security partnership with Africa is motivated to a large extent by a desire to expand business opportunities for Brazilian defense firms.

In 1994, for example, Brazil signed a defense cooperation agreement with Namibia; today, Brazil is the primary supplier and training partner of Namibia’s navy. In 2001, Brazil secured its foothold in southern Africa by opening a naval advisory mission in Walvis Bay, Namibia’s largest commercial port and sole deep-water harbor.

Namibia was just the first. Brazil has also signed defense cooperation accords with Cape Verde (1994), South Africa (2003), Guinea-Bissau (2006), Mozambique (2009), Nigeria (2010), Senegal (2010), Angola (2010), and Equatorial Guinea (2010 and 2013). Following joint navy exercises with Benin, Cape Verde, Nigeria, and São Tomé and Príncipe in 2012, and additional exercises with Angola, Mauritania, Namibia, and Senegal the following year, Brazil opened another Brazilian naval mission in 2013, in Cape Verde.

Meanwhile, a defense cooperation agreement with Mali is currently under review, and Brazil’s Ministry of Defense has announced plans for a third naval mission in São Tomé and Príncipe, to open this year.

Brazil is also providing Africa with military, air, and navy training. Between 2003 and 2013, the Brazilian Naval School and Naval War School trained as many as 2,000 military officials from Namibia alone. The Brazilian air force has provided support to pilots from Angola, Guinea-Bissau, and Mozambique. And since 2009, the Brazilian Cooperation Agency has partnered with the country’s Ministry of Defense, budgeting roughly $3.2 million from 2009 to 2013, for training programs for African military personnel.

The flurry of cooperation agreements sends a strong signal to Brazilian defense contractors to do business in Africa. Both public and private firms are getting in line, not least trade organizations such as the Brazilian Defense and Security Industries Association, Comdefesa, and the Brazilian Trade and Investment Promotion Agency.

Brazilian arms manufacturers have ramped up their efforts to align weapons development and technology production pipelines with African demand. Embraer, for example, brokered several deals to sell its signature aircraft, the Super Tucano A-29, along with training and technical assistance. The company signed contracts with Angola, Burkina Faso, and Mauritania worth more than $180 million in total.

Likewise, Ghana, Mali, and Senegal either signed procurement deals or signaled their intention to purchase Embraer’s Super Tucano. These deals pale in comparison with those the company has made with the United States, Sweden, and the United Arab Emirates, but they are significant nevertheless, since they signify a deepening relationship with Brazil.

Brazil is also cashing out at international arms fairs, and some of its major clients are based in Africa. The country shipped more than $70 million in small arms and ammunition to 28 African countries from 2000 to 2013, according to the latest available UN data. Algeria tops the list of Brazil’s small arms and ammunition clients, with purchases of more than $23 million. Algeria is followed by Botswana, South Africa, Kenya, and Angola.

Arms fairs offer important opportunities for Brazil to deepen its south–south cooperation with Africa. At the 2013 Latin America Aerospace and Defense fair, the largest in the region, Brazil’s minister of defense met with 14 ministers or deputy ministers from African and Latin American countries over the course of just three days. Such events confirm that Brazil is hardening its soft power across the South Atlantic. In the process, Brazil is using Africa to signal its arrival as a global player on the world stage.

http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/184851/Bíblia-da-política-externa-exalta-Brasil-na-África.htm

Vox Populi: Ódio ao PT atinge 12% do eleitorado

 

:

O instituto Vox Populi, do sociólogo Marcos Coimbra, realizou uma pesquisa inédita para medir o tamanho do ódio ao Partido dos Trabalhadores e chegou a uma conclusão interessante: em 12% do eleitorado, ele é relativamente pequeno, diante do massacre midiático; "Quem se expõe aos meios de comunicação corre o risco de nada entender, pois só toma contato com o que pensa um lado. Será majoritária a parcela da opinião pública que se regozija ao ouvir os líderes conservadores e assistir aos comentaristas da televisão despejar seu ódio?", questiona Coimbra; "Erra o petismo ao se amedrontar e supor ter de enfrentar a imaginária maioria do antipetismo radical. Só um desinformado ignora os problemas atuais da legenda. Mas superestimá-los é um equívoco igualmente grave"

14 de Junho de 2015 às 17:27

247 – O instituto Vox Populi, do sociólogo Marcos Coimbra, realizou uma pesquisa inédita para medir o tamanho do ódio ao Partido dos Trabalhadores e chegou a uma conclusão interessante: em 12% do eleitorado, ele é relativamente pequeno, diante do massacre midiático.

"Quem se expõe aos meios de comunicação corre o risco de nada entender, pois só toma contato com o que pensa um lado. Será majoritária a parcela da opinião pública que se regozija ao ouvir os líderes conservadores e assistir aos comentaristas da televisão despejar seu ódio?", questiona Coimbra.

Em sua análise, ele demonstra que os "haters" são em número menor do que muitos imaginam. Leia abaixo:

O tamanho do ódio

Pesquisa recente do Vox Populi aponta: o eleitorado que diz detestar o PT representa 12% do total. Não é pouco, mas menos do que muitos imaginam

Por Marcos Coimbra, na revista Carta Capital

Nestes tempos em que a intolerância, o preconceito e o ódio se tornaram parte de nosso cotidiano político, é fácil se assustar. É mesmo tão grande quanto parece a onda autoritária em formação?

Quem se expõe aos meios de comunicação corre o risco de nada entender, pois só toma contato com o que pensa um lado. Será majoritária a parcela da opinião pública que se regozija ao ouvir os líderes conservadores e assistir aos comentaristas da televisão despejar seu ódio?

Recente pesquisa do Instituto Vox Populi permite responder a algumas dessas perguntas. E seus resultados ensejam otimismo: o ódio na política atinge um segmento menor do que se poderia imaginar. O Diabo talvez não seja tão feio como se pinta.

Em vez de perguntar a respeito de simpatias ou antipatias partidárias, na pesquisa foi pedido aos entrevistados que dissessem se “detestavam o PT”, “não gostavam do PT, mas sem detestá-lo”, “eram indiferentes ao partido”, “gostavam do PT, sem se sentir petistas” ou “sentiam-se petistas”.

Os resultados indicam: permanecem fundamentalmente inalteradas as proporções de “petistas” (em graus diversos), “antipetistas” (mais ou menos hostis ao partido) e “indiferentes” (os que não são uma coisa ou outra), cada qual com cerca de um terço do eleitorado. Vinte e cinco anos depois de o PT firmar-se nacionalmente e apesar de tudo o que aconteceu de lá para cá, pouca coisa mudou nesse aspecto.

Nessa análise, interessam-nos aqueles que “detestam o PT”. São 12% do total dos entrevistados. Esse contingente tem, claro, tamanho significativo. A existência de cerca de 10% do eleitorado que diz “detestar” um partido político não é pouco, mas é um número bem menor do que seria esperado se levarmos em conta a intensidade e a duração da campanha contra a legenda.

A contraparte dos 12% a detestar o PT são os quase 90% que não o detestam. Passada quase uma década de “denúncias” (o “mensalão” como pontapé inicial) e após três anos de bombardeio antipetista ininterrupto (do “julgamento do mensalão” a este momento), a vasta maioria da população não parece haver sido contagiada pelo ódio ao partido.

A pesquisa não perguntou há quanto tempo quem detesta o PT se sente assim. Mas é razoável supor que muitos são antipetistas de carteirinha. A proporção de entrevistados com aversão ao partido é maior entre indivíduos mais velhos, outro sinal de que é modesto o impacto na sociedade da militância antipetista da mídia.

Como seria de esperar, o ódio ao PT não se distribui de maneira homogênea. Em termos regionais, atinge o ápice no Sul (onde alcança 17%) e o mínimo no Nordeste (onde é de 8%). É maior nas capitais (no patamar de 17%) que no interior (4% em áreas rurais). É ligeiramente mais comum entre homens (14%) que mulheres (10%). Detestam a legenda 20% dos entrevistados com renda familiar maior que cinco salários mínimos, quase três vezes mais que entre quem ganha até dois salários. É a diferença mais dilatada apontada pela pesquisa, o que sugere que esse ódio tem um real componente de classe.

Na pesquisa, o recorte mais antipetista é formado pelo eleitorado de renda elevada das capitais do Sudeste. E o que menos odeia o PT é o dos eleitores de renda baixa de municípios menores do Nordeste. No primeiro, 21% dos entrevistados, em média, detestam o PT. No segundo, a proporção cai para 6%.

Não vamos de 0 a 100% em nenhuma parte. A sociologia, portanto, não explica tudo: não há lugares onde todos detestam o PT ou lugares onde todos são petistas, por mais determinantes que possam ser as condições socioeconômicas. Há um significativo componente propriamente político na explicação desses fenômenos.

O principal: mesmo no ambiente mais propício, o ódio ao PT é minoritário e contamina apenas um quinto da população. Daí se extraem duas consequências. Erra a oposição ao fincar sua bandeira na minoria visceralmente antipetista. Querer representá-la pode até ser legítimo, mas é burro, se o projeto for vencer eleições majoritárias.

Erra o petismo ao se amedrontar e supor ter de enfrentar a imaginária maioria do antipetismo radical. Só um desinformado ignora os problemas atuais da legenda. Mas superestimá-los é um equívoco igualmente grave.

D site Brasil 247

sábado, 13 de junho de 2015

Hillary classifica Rússia, Irã e Coréia do Norte como "ameaças tradicionais" aos EUA

 

Hillary Clinton, a ex-secretária de Estado norte-americana e candidata à presidência

 

© AP Photo

A candidata democrata à presidência dos EUA, Hillary Clinton disse durante seu primeiro grande discurso de campanha no sábado, em Nova York, que Rússia, Coréia do Norte e Irã são ameaças tradicionais à segurança norte americana.

controversos e-mails de Hillary Clinton

De acordo com uma recente pesquisa da CNN/ORC, quase 60 por cento dos cidadãos dos EUA crê que Hillary Clinton carece de honestidade e confiabilidade. A mesma pesquisa indicou que Clinton lidera o campo democrata por uma larga margem, com 60 por cento dos prováveis ​​eleitores dizendo que a apoiariam.

"Nenhum outro país do mundo está melhor posicionado para prosperar no século XXI. Nenhum outro país está melhor equipado para enfrentar as ameaças tradicionais de países como Rússia, Coréia do Norte e Irã, e para lidar com a ascensão de novas potências como a China", disse a candidata democrata no pronunciamento.

Hillary Clinton

© AP Photo/ Richard Drew

Adversários criticam Hillary Clinton pelo fracasso internacional

A ex-Secretária de Estado dos EUA também enfatizou em seu discurso no sábado que os Estados Unidos estão preparados para combater ameaças emergentes, tais como ciberataques e as redes globais de terrorismo, em particular referindo-se a expansão do grupo Estado Islâmico (EI).

"Como sua presidenta eu farei o que for preciso para manter a América segura".

Em 12 de abril, Clinton anunciou que estava concorrendo à presidência dos Estados Unidos para 2016 e lançou sua campanha.

http://br.sputniknews.com/mundo/20150613/1294227.html

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Camargo Correa doou até aeroporto a FHC, mas não pode doar a Lula

 

ifhc

Estadão e Folha de São Paulo divulgaram informação repassada pela notória banda antipetista da Polícia Federal cujo objetivo é, claramente, o de manchar a biografia do ex-presidente Lula e, assim, enfraquecê-lo politicamente, por temor de que se candidate à sucessão de Dilma Rousseff.

As matérias desses jornais relatam doações ao instituto Lula que empresas privadas fazem comumente a ex-presidentes. José Sarney e Fernando Henrique Cardoso, com ajuda da iniciativa privada, criaram institutos após deixarem o poder e nunca ninguém implicou com eles.

O instituto FHC, por exemplo, foi inaugurado em 2004 com um acervo de mais de 10 mil livros e um caixa de cerca de R$ 10 milhões.

Desde que deixou a Presidência da República, em janeiro de 2003, FHC se dedicou a arrecadar recursos para criação de seu instituto. Chegou a promover um jantar do qual participaram banqueiros e empreiteiros.

O instituto Fernando Henrique Cardoso ainda ganhou dos empresários um andar inteiro em um antigo prédio do centro de São Paulo, onde funcionava o Automóvel Clube. Um imóvel de 1.000 m2 com biblioteca e auditório.

Segundo reportagem da revista IstoÉ publicada em 1999, quando FHC ainda era presidente, a fazenda que ele e Sergio Motta compraram em sociedade no município mineiro de Buritis ganhou da mesma Camargo Correa que a mídia acusa de fazer doação ao Instituto Lula, “Um presente que todo fazendeiro gostaria de ter”.

A revista relatou que “Em vez de avançar a cerca sobre a propriedade alheia, como de hábito no meio rural”, a Camargo Corrêa mantinha “sempre aberta a porteira” que separava sua fazenda da “gleba presidencial”.

Haveria, à época, um “intenso movimento entre as duas propriedades”, as fazendas de FHC e da Camargo Correa”, com “pessoas saindo da fazenda Córrego da Ponte, de FHC, entrando na Pontezinha, da Camargo Corrêa, e voltando à Córrego da Ponte”.

Para a revista, a “atração na Pontezinha” era “uma ampla pista de pouso” que costumava “receber mais aviões tripulados pela corte do presidente do que jatinhos de uma das maiores empresas do País”.

“Nunca vi avião nenhum da Camargo Corrêa pousando ali. Mas da família de Fernando Henrique não para de descer gente”, teria relatado o fazendeiro Celito Kock, vizinho de FHC e Camargo Correa.

A pista construída na fazenda da empreiteira tinha 1.300 metros de comprimento e 20 metros de largura, asfaltados. E estacionamento com capacidade para 20 pequenas aeronaves.

À época, a pista foi avaliada em R$ 600 mil e começou a ser construída no dia 1º de julho de 1995 e foi concluída em 30 de setembro daquele ano.

A reportagem da IstoÉ ainda relatou, à época, que, apesar de ter os equipamentos necessários para a obra, a Camargo Corrêa encomendara serviço à Tercon – Terraplanagem e Construções, que, meses antes, fora contratada pela Camargo Corrêa para fazer a ampliação do Aeroporto Internacional de Brasília

Por fim, a reportagem em questão relatou que “Dois habitués na pista da Pontezinha”, fazenda da Camargo Correa contígua à fazenda de FHC, eram Luciana Cardoso, filha do então presidente da República, e seu marido, Getúlio Vaz.

Detalhe: isso ocorreu enquanto FHC era presidente da República e tinha a caneta que contratava empreiteiras. A assessoria de imprensa da Presidência da República, inclusive, confirmou, à época, a utilização da pista pelos familiares do presidente.

Fatos como os supracitados jamais geraram reportagem alguma dos jornalões supracitados. A imprensa desprezou solenemente todas as doações de banqueiros e empreiteiros ao instituto FHC. Sempre. E foram muitos milhões.

Após FHC deixar o poder, seu Instituto chegou a ganhar um programa na TV Cultura. E, como se não bastasse, recebeu doação de 500 mil reais da Sabesp. Além das milionárias doações privadas, o Instituto FHC recebeu DINHEIRO PÚBLICO!

Nunca houve qualquer questionamento da imprensa.

Mas o Instituto Lula não pode receber doações privadas. Vira escândalo.

O pior é que as reportagens da Folha e do Estadão não relatam nem sequer investigação da Polícia Federal sobre a doação da Camargo Correa ao Instituto Lula. A banda antipetista da PF deparou com essas doações e repassou a informação à imprensa com o único objetivo de constranger o ex-presidente e gerar boatos.

O Instituto Lula divulgou as perguntas do Estadão, na íntegra, e a resposta que deu. Confira, abaixo.

Assessoria de Imprensa do Instituto Lula

Perguntas enviadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

1) A que se referem os pagamentos da empresa Camargo Corrêa para o Instituto Lula e para o LILS? Que serviços eleitorais o Instituto prestou?

2) Os serviços prestados pela LILS são referentes a palestras do ex-presidente Lula? Há registros?

3) Por que o Instituto Lula emite bônus eleitorais como em 2012?

4) Os serviços prestados têm relação com contratos da Petrobrás?

5) As doações/contribuições/bônus pagos têm relação com o PT?

Resposta do Instituto Lula

Recebemos nesta terça-feira (9), do jornal O Estado de S. Paulo, às 17h14 com prazo de resposta até as 19h30, às perguntas abaixo. Segue a íntegra da resposta e depois as perguntas enviadas pelo jornal.

“Os valores citados no seu contato foram doados para o Instituto Lula para a manutenção e desenvolvimento de atividades institucionais, conforme objeto social do seu estatuto, que estabelece, entre outras finalidades, o estudo e compartilhamento de políticas públicas dedicadas à erradicação da pobreza e da fome no mundo. A Camargo Corrêa já manifestou publicamente que apoiou o Instituto, em resposta a matéria de 2013 da Folha de S. Paulo:

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/03/1250451-instituto-diz-que-objetivo-de-lula-e-o-interesse-da-nacao.shtml.

Os três pagamentos para a LILS são referentes a quatro palestras feitas pelo ex-presidente, todas elas eventos públicos e com seus respectivos contratos.

O Instituto Lula não prestou nenhum serviço eleitoral, tampouco emite bônus eleitorais, o que é uma prerrogativa de partidos políticos, portanto deve ser algum equívoco.

Essas doações e pagamentos foram devidamente contabilizados, declarados e recolhidos os impostos devidos.

As doações ao Instituto Lula e as palestras do ex-presidente não têm nenhuma relação com contratos da Petrobrás.”

http://www.blogdacidadania.com.br/2015/06/camargo-correa-doou-ate-aeroporto-a-fhc-mas-nao-pode-doar-a-lula/

'Câmara não leva eleitor em conta na reforma política'

 

LUIS MACEDO:

Deputados definem calendário eleitoral "confuso" e "intrincado" depois de decidir pelo fim da reeleição e pelo mandato de cinco anos não só para presidente, governadores e prefeitos, mas também para vereadores, deputados federais e estaduais, aumentando os intervalos de consulta ao eleitor, escreve Tereza Cruvinel, colunista do 247, sobre as decisões de ontem na Câmara; no Senado, onde a partir de 2027 elegeremos ao mesmo tempo os três senadores de cada estado, foi que "a coisa ficou feia mesmo", avalia a jornalista; "A renovação alternada de hoje permite que o eleitor promova mudanças, a cada quatro anos, preservando entretanto a estabilidade na Casa", diz; ela também afirma que o eleitor não ganha "nada" com toda a "barafunda" decidida pelos parlamentares; "Apenas a certeza de que não foi levado em conta nesta reforma política que a Câmara está votando", conclui

11 de Junho de 2015 às 11:02

Por Tereza Cruvinel

Como previmos aqui, logo depois da aprovação do fim da reeleição, o dilema da Câmara seria definir a duração dos mandatos e arrumar o calendário depois daquela decisão açodada, sem maior debate ou reflexão. E o resultado foi a decisão de ontem, de fixar a duração de todos os mandatos em cinco anos e estabelecer um intrincado calendário eleitoral com mandatos de tamanhos variados até 2027, quando haveria a coincidência de eleições para presidente, governador, deputado e senador.

Vamos por partes. É óbvio que, sem reeleição, o mandato atual de quatro anos para chefes de executivos – presidente, governador e prefeito – seria muito curto. Com tantos ritos burocráticos a cumprir, regras de licitação rígidas porém ineficazes contra a corrupção, um governante dificilmente tiraria uma obra do papel em tão curto prazo. Mesmo tendo dinheiro. Coitado do país, que teria governantes do tipo "feijão com arroz", dedicados apenas a gerir o dia-a-dia, inviabilizada pelo tempo qualquer programação de longo prazo. Então, cinco anos, muito bem. Mas aumentar para cinco anos o mandato dos vereadores, deputados estaduais e federais com este pretexto significa aumentar os intervalos de consulta ao eleitor. Já que não praticamos o plebiscito, o referendo nem outras formas de democracia direta – olha aí o bolivarianismo, seria o coro – pelo menos que se garanta ao eleitor o direito de se manifestar mais frequentemente nas urnas. A Câmara, entretanto, decidiu em sentido oposto. Arrependeu-se da escolha de seu deputado? Espere cinco anos para votar em outro.

Passemos ao Senado. Aí é que a coisa ficou feia mesmo. Os que forem eleitos em 2018, quando serão renovados dois terços da Casa (54) e eleitos dois por estado, terão mandato de nove anos. Ou seja, até 2027. O terço (27) a ser eleito em 2022, um por estado, terá cinco anos. E assim, em 2027 elegeremos ao mesmo tempo os três senadores de cada estado para mandatos de cinco anos. O que se ganha também com isso? Menos oportunidade para o eleitor. A renovação alternada de hoje, um terço, dois terços, permite que o eleitor promova mudanças no Senado, a cada quatro anos, preservando entretanto a estabilidade na Casa. As conjunturas mudam. A eleição dos três ao mesmo tempo resultará em menor diversidade política e partidária. Se a eleição ocorreu, por exemplo, casada com a eleição de um candidato a presidente que seja um fenômeno eleitoral, há o risco de que ele influa muito na eleição de senadores, criando uma casa alinhada e subserviente num grau inadequado à democracia. Contra isso, a alternância tem funcionado bem. Para haver alternância, os mandatos têm que ser mais longos que os dos deputados. Afinal, aquela deve ser, mais que a Câmara, a casa do equilíbrio na federação.

Neste calendário confuso, pior ainda foi a solução da transição para os deputados e o presidente. Os que forem eleitos em 2018 ganharão mandato de quatro anos ainda, mas o presidente não poderá ser reeleito.. Vamos ter um governo chinfrim neste período, seja quem for o eleito. Ainda que o país tenha superado os problemas econômicos atuais, o sucessor de Dilma não pode ter grandes planos de governo. Será quase um presidente tampão.

E o que haverá nos municípios? Os prefeitos e vereadores a serem eleitos no ano que vem terão apenas quatro anos de mandato e não poderão se reeleger. Serão também mandatos pouco promissores em matéria de realizações. Isso para que, em 2020, haja a eleição municipal em que os prefeitos e vereadores eleitos terão cinco anos de mandato, sem reeleição.

E o que ganha o eleitor com esta barafunda? Nada. Apenas a certeza de que não foi levado em conta nesta reforma política que a Câmara está votando. E que o Senado, pelo menos no que lhe diz respeito, acabará mexendo. Aí ela voltará para a Câmara, o ano estará acabando, e o que não for votado antes de 3 outubro não valerá para as eleições do ano que vem. Ou seja, pode ficar tudo como dantes neste quartel do senhor Abrantes.

Fonte: Brasil 247

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Prefeitos se calam quando o FPM aumenta

Muito mais dinheiro nas prefeituras: FPM maior em Maio, os prefeitos não divulgaram principalmente os que não fazem nada!

Escrito por Blog Marcos Montinely | Imprimir | E-mail

Quando você escutar o seu prefeito de sua cidade reclamando que não tem dinheiro por isso ou aquilo, não acredite, antes faça uma consulta no site, ele pode está mais uma vez mentindo, como o fez nas eleições que lhe prometeu empregos, lhe prometeu o mundo e fundo, pois essa pessoa simplesmente é um incompetente, que não sabe administrar, na próxima eleição não vote mais nos incapacitados.

Uma cidade é uma empresa para trabalhar para o povo, dando resultados em todas áreas pelo menos no famoso tripé como educação, saúde, segurança, as prefeituras não é para servir de cabides de empregos, enchendo de funcionários contratados, lembre- se aqueles gestores que não fazem concurso público, só vive reclamando, (porque eles não entregam), um prefeito com esse perfil não tem segurança, porque tem medo de abrir um espaço democrático realizando concurso público, onde as pessoas possam concorrer a uma vaga de igual para

igual, sem precisar ficar devendo favores, prefeitos assim, não tem capacidade, porque tem medo de enfrentar o povo livre que irão julgar suas ações.

Prefere prioriza na sua gestão os cabides de empregos, onde tem famílias inteiras que trabalham nas prefeituras, onde tem os amigos mesmo incompetentes mais estão lá, onde uns fazem e outros desmancham porque não tem nada o que fazer, e outros não fazem nada e ainda ganham diárias, as custas do dinheiro público.

Por : blog

http://www.blogmarcosmontinely.com.br/78-noticia/3183-muito-mais-dinheiro-nas-prefeituras-fpm-maior-em-maio-os-prefeitos-nao-divulgaram-principalmente-os-que-nao-fazem-nada

terça-feira, 9 de junho de 2015

Se essa queda do PIB fosse aqui, a gritaria da oposição seria ensurdecedora

EUA sofrem a terceira queda do PIB desde a Grande Recessão

Desaceleração no início de 2015 foi maior do que o antecipado, com regressão de 0,7%

Sandro PozziNova York29 MAY 2015 -

Janet Yellen

A atividade econômica nos Estados Unidos sofreu no primeiro trimestre uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) de quase 0,2% em relação ao último trimestre (0,7% na taxa anualizada). O desempenho da maior potência do mundo foi pior do que o antecipado há um mês, quando ocorreu uma expansão a uma taxa anualizada de apenas 0,2%, o que equivale a um estancamento na taxa trimestral. A fraqueza do crescimento no início de 2015 poderia, portanto, justificar que o Federal Reserve adie até setembro a primeira alta das taxas de juros em nove anos.

É a terceira vez que a economia dos EUA se contrai desde junho de 2009, depois do fim da Grande Recessão. Isso ocorreu no primeiro trimestre de 2011, coincidindo com a irrupção da crise da dívida soberana nos EUA, e depois no primeiro trimestre de 2014, quando o PIB retrocedeu 3% na taxa anualizada em decorrência das intensas nevascas. Desta vez o inverno não foi tão severo, mas jogaram contra o bloqueio nos portos na Costa Oeste dos EUA e a apreciação do dólar no setor exportador.

O motivo dessa revisão para baixo é duplo. Por um lado, as empresas estão acumulando menos estoques do que o previsto, o que poderia indicar menos demanda, e investindo menos em estrutura, como reflexo das dificuldades das petroleiras com a queda do preço do petróleo. Por outro, as exportações caíram 7,6% enquanto as importações subiram 5,6%. O consumidor, entretanto, se mostra cauteloso. O acréscimo do gasto foi de 1,8%, a metade em relação ao segundo semestre de 2014, apesar da economia com a gasolina e do incremento do emprego.

O dado publicado é ligeiramente melhor que a contração de 0,9% antecipada por Wall Street. Mas o giro dado pela atividade econômica em apenas três meses é importante quando comparado com o crescimento de 2,2% na taxa anualizada registrado no quarto trimestre de 2014, e especialmente com o 5% do terceiro de 2014. O indicador está sujeito ainda a uma segunda revisão para que seja definitivo. A previsão é que a economia se recupere no segundo trimestre e volte a crescer, embora não se espere que o faça a um ritmo anual superior a 2%.

Janet Yellen, presidenta do Federal Reserve, disse na sexta-feira da semana passada que espera que esse passo atrás seja “transitório” . Ela projeta que a economia crescerá a um ritmo moderado no restante do ano. Mas embora ela se mostrasse otimista, também disse que o próximo passo no processo para normalizar a política monetária se dará quando estiver convencida de que a economia e o mercado de trabalho podem aguentar o encarecimento do preço do dinheiro. Ela também quer estar segura de que a inflação voltará ao nível dos 2% em médio prazo.

Abaixo do potencial

Embora no seio do Fed deem por certo que a elevação das taxas seja inevitável, e que isso ocorrerá este ano, a maioria dos membros não consegue entender como depois de seis anos de recuperação a economia dos EUA continua se mostrando tão vulnerável. O Federal Reserve de Atlanta não acredita que o crescimento no segundo trimestre ultrapasse 1%, dois pontos porcentuais abaixo do potencial. Na semana que vem será publicado o dado do emprego em maio, que será determinante para ver se será descartada a reunião de junho para a alta.

Yellen insiste em que a decisão será adotada com base nos dados disponíveis em cada reunião. As taxas estão estancadas no 0% desde dezembro de 2008. O primeiro passo, portanto, seria mais simbólico porque, na prática, não mudará muito as coisas. É possível que antes do encerramento do ano se produzam duas altas se a economia avançar como se espera. O vice-presidente do Fed, Stanley Fischer, dizia esta semana, porém, que o processo de normalização será “lento” e “gradual”. E antecipou que levará três ou quatro anos para chegar a 4%.

A próxima reunião do Fed está prevista para 16 e 17 de junho. Inclui, como na de setembro, uma entrevista coletiva de Janet Yellen à imprensa no encerramento. Haverá outra em julho, mas essa sem a intervenção da presidenta do Federal Reserve. Este ano também não está previsto que ela participe do simpósio de governadores de bancos centrais, que será realizado em agosto, em Jackson Hole. A ata da última reunião no final de abril assinala que uma boa parte dos membros considera que ainda é cedo para marcar o início do processo rumo à normalidade monetária.

http://brasil.elpais.com/brasil/2015/05/29/economia/1432899933_499149.html