sexta-feira, 22 de maio de 2015

A América Latina na dinâmica da guerra global

 

por Jorge Beinstein [*]

Tudo ao mesmo tempo: em meados do mês de Março de 2015 os Estados Unidos deram um salto qualitativo de claro perfil belicista nas suas ações contra a Venezuela, também desenvolvem exercícios militares em países limítrofes com a Rússia na chamada operação "Atlantic Resolve", algumas dessas operações são realizadas a uns 100 quilómetros de São Petersburgo, além disso intensificam-se informações acerca de uma nova ofensiva do governo de Kiev contra a região do Donbass, aumenta a circulação de naves de guerra da NATO no Mar Negro, continuam as velhas guerras imperiais no Iraque e no Afeganistão às quais acrescentou-se a seguir a ofensiva contra a Síria (passando pela Líbia)... e muito mais...
Evidentemente o Império está lançado numa catastrófica fuga militar para a frente estendendo suas operações a todos os continentes, encontramo-nos em plena guerra global. Nem os grandes meios de comunicação, nem os dirigentes internacionais mais importantes registaram publicamente o facto, todos falam como se vivêssemos em tempos de paz, só em alguns poucos casos surgem alguns deles a advertir sobre o perigo de guerra mundial ou regional. Uma exceção recente é a do Papa Francisco quando afirmou que atualmente nos encontramos perante "uma terceira guerra mundial" que ele descreve como a desenvolver-se "por partes" ainda que sem designar os contendores e fazendo vagas referências à "cobiça" e a "interesses espúrios" com a linguagem confusa e jesuítica que o caracteriza.
A cada mês acrescenta-se algum novo indiciar que anuncia a proximidade de uma nova recessão global muito mais forte e extensa que a de 2009. O capitalismo, a começar pelo seu polo imperialista, foi-se convertendo velozmente num sistema de saqueio onde a reprodução das forças produtivas fica completamente subordinada à lógica do parasitismo. As elites imperiais e suas lumpen-burguesias satélites "necessitam" super-explorar até ao extermínio seus recursos naturais e mercados periféricos para sustentar as taxas de lucro do seu decadente sistema produtivo-financeiro.
As tendências globais rumo à decadência económica exprimem-se de múltiplas maneiras no dia a dia. Dentre elas, a volatilidade dos preços das matérias-primas, o petróleo por exemplo, chave mestra da economia mundial, cujo estancamento extrativo (que não conseguiu ser superado pelo show mediático em torno do "milagroso" petróleo de xisto) combina-se com desacelerações da procura internacional como ocorre atualmente. A isso somam-se golpes especulativos e geopolíticos que convertem os mercados em espaços instáveis onde as manobras de curto prazo impõem a incerteza.
O curto-prazismo especulativo hegemónico engendra pacotes tecnológicos depredadores como a mineração a céu aberto, a faturação hidráulica ou a agricultura com base em transgénicos acompanhados por operações políticas e comunicacionais que degradam, desarticulam sistemas sociais procurando convertê-los em espaços indefesos diante dos saqueios.
O optimismo económico da época do auge neoliberal deu lugar ao pessimismo do "estancamento secular" agora apregoado pelos grandes peritos do sistema. Eles indicam que a salvação do capitalismo não chegará a partir da economia condenada a sofrer recessões ou crescimentos insignificantes, o melhor é nem falar demasiado desses tristes temas. Então a guerra ascende ao primeiro plano, algum massacre protagonizado por tropas regulares ou mercenários, algum bombardeio, alguma ameaça de ataque na Europa do Leste, Ásia, África ou América Latina. Os meios de comunicação nos esmagam com essa notícias, contudo ninguém fala da guerra global.
Tudo acontece como se a dinâmica da guerra se houvesse autonomizado mas empregado um discurso embrulhado, difícil de entender. Mas assim como os super-poderes dos homens de negócios dos anos 1990 não eram independentes e sim compartilhados no interior de uma complexa trama de poderes (políticos, mediáticos, militares, etc) que em termos gerais costuma-se denominar como "classe dominante", também a aparente autonomia do militar dificulta-nos ver as redes mafiosas de interesses onde se borram as fronteiras entre os seus componentes. As elites da era neoliberal sofreram mudanças decisivas, experimentaram mutações que as converteram em classes completamente degeneradas que, cada vez mais, só podem recorrer à força bruta, à lógica da guerra. Não se trata portanto de a componente militar se autonomizar e sim, antes, de que as elites imperialistas se militarizam. Elas já não seduzem com ofertas de consumo mais algumas doses de violência, agora só propagam o medo, ameaçam com as suas armas ou utilizam-nas.
Progressismos latino-americanos
Dentro desse contexto global devemos avaliar os progressismos latino-americanos que se instalaram na base das crises de governabilidade dos regimes neoliberais.
Os bons preços internacionais das matérias-primas durante a década passada, somados a políticas de contenção social dos pobres, permitiram-lhes recompor a governabilidade dos sistemas existentes. Em alguns desses casos desenvolveram-se ampliações ou renovações das elites capitalistas e em quase todos eles prosperaram as classes médias. Os governos progressistas iludiram-se supondo que as melhorias económicas lhes permitiram ganhar politicamente os referidos sectores mas, como era previsível, ocorreu o contrário: as camadas médias iam para a direita e, enquanto ascendiam, olhavam com desprezo os de baixo e assumiam como próprios os delírios mais reacionários das suas burguesias. A explicação é simples, na medida em que são preservados (e ainda fortalecidos) os fundamentos do sistema e em que seus núcleos decisivos radicalizam seus elitismo depredador seguindo a rota traçada pelos Estados Unidos (e "Ocidente" em geral) produz-se um encadeamento de subculturas neo-fascistas que vão desde acima até abaixo, desde o centro até as burguesias periféricas e desde estas até suas camadas médias. Na Venezuela, Brasil ou Argentina as classes médias melhoravam seu nível de vida e ao mesmo tempo despejavam seus votos nos candidatos da direita velha ou renovada.
Estabeleceu-se um conflito interminável entre governos progressistas que tornavam governáveis os capitalismos locais e direitas selvagens ansiosas por realizar grandes roubos e esmagar os pobres. O progressismo, confrontado politicamente com essa direita qualificada de "irresponsável", cujos fundamentos económicos respeitava, chantageava aqueles na esquerda que criticavam sua submissão às regras do jogo do capitalismo utilizando o papão reacionário ("nós ou a besta"), acusando-os de fazerem o jogo da direita. Na realidade o progressismo é um grande jogo favorável ao sistema e em última análise à direita, sempre em condições de retornar ao governo graças à moderação, à "astúcia" aparentemente estúpida dos progressistas que por vezes conseguem cooptar esquerdas claudicantes cuja obsessão em "não fazer o jogo da direita" (e simultaneamente integrar-se no sistema) é completamente funcional à reprodução do país burguês e em consequência a essa detestável direita.
Agora o jogo começa a esgotar-se. Os progressismos governantes, com diferentes ritmos e variados discursos, acossados pelo arrefecimento económico global e pelo crescente intervencionismo dos Estados Unidos, vão perdendo espaço político. Em vários casos suas dificuldades fiscais pressionam-nos a ajustar despesas públicas (e de modo algum a reduzir os super lucros dos grupos económicos mais concentrados), a aceitar as devastações da mega-mineração ou a adoptar medidas que facilitam a concentração de rendimentos. No Brasil, o segundo governo Dilma colocou um neoliberal puro e duro no comando da política económica, encurralado por uma direita ascendente, uma economia oscilando entre o estancamento e a recessão e uma intervenção norte-americana cada vez mais ativa. No Uruguai o novo governo de Tabaré Vazquez mostra um rosto claramente conservador e no Chile a presidência Bachelet não precisa correr demasiado à direita, depois da sua rosada demagogia eleitoral afirma-se como continuidade do governo anterior e em consequência, passada a confusão inicial, herdará também a hostilidade de importantes faixas de esquerda e dos movimentos sociais.
Na Argentina, o núcleo duro agro-mineral exportador-financeiro e os grupos industriais exportadores mais concentrados estão mais prósperos do nunca enquanto a ingerência norte-americana amplia-se conduzindo o jogo de títeres políticos rumo a uma ruptura ultra-direitista. Na Venezuela a eterna transição rumo a um socialismo que nunca acaba de chegar não conseguiu superar o capitalismo ainda que torne caótico o seu funcionamento, forjando desse modo o cenário de uma grande tragédia. Por enquanto só a Bolívia parece salvar-se da avalanche, afirmando-se na maior mutação social da sua história moderna sem superar o âmbito do subdesenvolvimento capitalista mas recompondo-o integrando as massas submersas, multiplicando por mil o que havia feito o peronismo na Argentina entre 1945 e 1955 (de qualquer forma isso não a liberta da mudança de contexto regional-global).
Na América Latina assistimos a um processo de crise muito profundo onde convergem progressismos declinantes com neoliberalismo integralmente degradados, como na Colômbia ou no México, conformando um panorama comum de perda de legitimidade do poder político, avanços de grupos económicos saqueadores e ativismo imperialista cada vez mais forte.
A este panorama sombrio é necessário incorporar elementos que dão esperança, sem os quais não poderíamos começar a entender o que está a ocorrer. Por debaixo dos truques políticos, dos negócios rápidos e das histerias fascistas aparecem os protestos populares multitudinários, a persistência de esquerdas não cooptadas pelo sistema (para além dos seus perfis mais ou menos moderados ou radicais), a presença de insurgências incipientes ou poderosas (como na Colômbia).
Nem os cantos de sereia progressistas nem a repressão neoliberal puderam fazer desaparecer ou marginalizar completamente esses fantasmas. Realidade latino-americana que preocupa os estrategas do Império, que temem o que consideram como sua inevitável arremetida contra a região possa desencadear o inferno da insurgência continental. Nesse caso o paraíso dos grandes negócios poderia converter-se num grande atoleiro onde afundaria o conjunto do sistema.
Geopolítica do Império, integrações e colonizações
A estratégia dos Estados Unidos aparece articulada em torno de três grandes eixos; o transatlântico e o transpacífico que apontam num gigantesco jogo de pinças contra a convergência russo-chinesa centro motor da integração euro-asiática. E a seguir o eixo latino-americano destinado à recolonização da região.
Os Estados Unidos tentam converter a massa continental asiática e sua ampliação russo-europeia num espaço desarticulado, com grandes zonas caóticas, objecto de saqueio e super-exploração.
Os recursos naturais, assim como os laborais, desses territórios constituem seu centro de atenção principal, na elipse estratégica que cobre o Golfo Pérsico e a Bacia do Mar Cáspio estendendo-se em direção à Rússia encontram-se 80% da reservas globais de gás e 60% das de petróleo e na China habitam pouco mais de 230 milhões de operários industriais (aproximadamente um terço do total mundial).
A América Latina aparece como o pátio traseiro a recolonizar. Ali se encontram, por exemplo, as reservas petrolíferas da Venezuela (as primeira do mundo, 20% do total global), cerca de 80% das reservas mundiais de lítio (num triângulo territorial compreendido pelo Norte do Chile e Argentina e pelo Sul da Bolívia) imprescindível na futura indústria do automóvel eléctrico, as reservas de gás e petróleo de xisto do Sul argentino, fabulosas reservas de água doce do aquífero guarani entre o Brasil, o Paraguai e a Argentina.
Uma das ofensivas fortes do Império na década passada foi a tentativa de constituição da ALCA, zona de livre comércio e investimentos que significava a anexação económica da região por parte dos Estados Unidos. O projeto fracassou, a ascensão do progressismo latino-americano somado à emergência de potências não ocidentais, sobretudo a China, e o atolamento estado-unidense na sua guerra asiáticas foram fatores decisivos que em diferentes medidas debilitaram a investida imperial.
Mas a partir da chegada de Obama à presidência os Estados Unidos desencadearam uma ofensiva flexível de reconquista da América Latina: foi posta em marcha uma complexa mescla de pressões, negociações, desestabilizações e golpes de estado. Os golpes brandos com êxito em Honduras e no Paraguai, as tentativas de desestabilização no Equador, Argentina, Brasil e sobretudo na Venezuela (onde vai-se perfilando uma intervenção militar), mas também a tentativa em curso de extinção negociada da guerrilha colombiana e a domesticação de Cuba fazem parte dessa estratégia de recolonização.
A mesma é implementada através de uma sucessão de tentativas suaves e duras tendente a desarticular as resistências estatais e os processos de integração regional (Unasul, Celac, Alba) e extra-regionais periféricos (BRICS, acordos com a China e a Rússia, etc) assim como a bloquear, corromper ou dissolver as resistências sociais e as alternativas políticas mais avançadas, em curso ou potenciais. Tentando levar avante uma dinâmica de desarticulação mas procurando evitar que a mesma gere rebeliões que se propaguem como um rastilho de pólvora numa região atualmente muito inter-relacionada.
Sabem muito bem que em muitos países da região a substituição de governos "progressistas" por outros abertamente pró imperialistas significa a ascensão de camarilhas enlouquecidas que a curto prazo causariam situações de caos que poderiam desencadear insurgências perigosas. Alguns estrategas do Império acreditam poder neutralizar esse perigo com o próprio caos, desenvolvendo "guerras de quarta geração" instalando diferentes formas de violência social desestruturante combinadas com destruições mediático-culturais e repressões seletivas. Nesse sentido, o modelo mexicano é para eles (por agora) um paradigma interessante.
Temem por exemplo que um cenário de caos fascista na Venezuela derive numa guerra popular que os obrigaria a intervir diretamente num conflito prolongado, o que somado às suas guerras asiáticas os conduziria a uma super extensão estratégica ingovernável. É por isso que consideram imprescindível obter o apaziguamento da guerrilha colombiana, potencial aliada estratégica de uma possível resistência popular venezuelana.
O panorama é completado com o processo de integração colonial dos países da chamada Aliança do Pacífico (México, Colômbia, Peru e Chile). A isso somam-se os tratados de livre comércio de maneira individual com países da América Central e outros como o Chile e a Colômbia e o velho tratado entre EUA, Canadá e México.
Integração colonial e desarticulação, manipulação do caos e fortalecimento de pólos repressivos, Capriles mais Peña Nieto, Ollanta Humana mais Santos mais bandos narco-mafiosos... tudo isso dentro de um contexto global de decadência sistémica onde a velha ordem unipolar declina sem ser substituída por uma nova ordem multipolar. Tentativa de controle imperialista da América Latina submersa na desordem do capitalismo mundial.
O cérebro do Império não consegue superar as mazelas do seu corpo envelhecido e enfermo, os delírios reproduzem-se, as fugas para a frente multiplicam-se. Evidentemente encontramo-nos num momento histórico decisivo.


Jorge Beinstein em resistir.info:

  • O regresso do fascismo – A propósito do Charlie Hebdo
  • Mudanças decisivas no sistema global
  • Capitalismo, violência e decadência sistémica
  • 2013: ponto de inflexão na longa decadência ocidental
  • Origem e declínio do capitalismo
  • A ilusão do metacontrole imperial do caos
  • Auto-destruição sistémica global, insurgências e utopias
  • No princípio de uma longa viagem
  • A crise na era senil do capitalismo
  • Rumo à desintegração do sistema global
  • A junção depressiva global (radicalização da crise)
  • Rostos da crise: Reflexões sobre o colapso da civilização burguesa
  • Inflação, agronegócios e crise de governabilidade
  • O naufrágio do centro do mundo: Os EUA entre a recessão e o colapso
  • No princípio da segunda etapa da crise global
  • Estados Unidos: a irresistível chegada da recessão
  • O declínio do dólar… e dos Estados Unidos
  • A solidão de Bush, o fracasso dos falcões e o desinchar das bolhas
  • A irresistível ascensão do ouro
  • O reinado do poder confuso
  • Os primeiros passos da megacrise
  • As más notícias da petroguerra
  • Pensar a decadência: O conceito de crise em princípios do século XXI
  • Os Estados Unidos no centro da crise mundial
  • A segunda etapa do governo Kirchner
  • A vida depois da morte: A viabilidade do pós-capitalismo
    [*] Doutorado em economia e professor catedrático das universidades de Buenos Aires e Córdoba, na Argentina, e de Havana, em Cuba. É autor de Capitalismo senil: a grande crise da economia global, publicado no Brasil pela editora Record (2001). Dirige o Instituto de Pesquisa Científica da Universidade da Bacia do Prata e publica regularmente em Le Monde Diplomatique (em castelhano).

    Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
  • http://resistir.info/crise/beinstein_guerra_global_mar15.html

    Comprovado: irmão de Obama é ligado à Irmandade Muçulmana

     

    ESCRITO POR CRISTIAN DEROSA | 21 AGOSTO 2013
    ARTIGOS - GLOBALISMO

    obamaandmalik

    Um relatório egípcio trouxe evidências da ligação de Malik Obama, o meio-irmão do presidente americano, com a Irmandade Muçulmana, além de uma isenção de impostos vinda da Casa Branca que beneficiava a fundação de caridade Barack H. Obama Foundation, comandada por Malik.

    O relatório traz declarações da vice-presidente do Supremo Tribunal do Egito, Tehani al-Gebali que, em discurso televisionado recentemente, disse que gostaria de “informar o povo americano de que o seu presidente é um dos grandes arquitetos por trás dos investimentos na Irmandade Muçulmana”.

    “A administração Obama”, disse Gebali, “não pode nos parar, pois eles sabem que apoiaram o terrorismo. Vamos abrir os arquivos para mostrar ao mundo como colaboraram com o terrorismo”, disse, atribuindo a isso a causa de os EUA estarem lutando contra o Egito. Gebali chamou o relatório de “presente para o povo americano”, sinalizando que há ainda mais revelações a fazer.

    Walid Shoebat, pesquisador e ex-militante da OLP (Organização pela Libertação da Palestina), escreveu matérias sobre os escândalos envolvendo a organização islâmica Da’wa, também comandada pelo irmão de Obama, e afirma que o conteúdo do relatório egípcio está correto e pode ser comprovado por fontes confiáveis.

    Segundo Shoebat, Malik Obama é secretário executivo da IDO (Islamic Da’wa Organization), grupo criado pelo governo do Sudão, país considerado estado terrorista pelo Departamento de Estado dos EUA.
    obamas80

    Abongo "Roy" Malik mostra foto com seu irmão, o presidente dos EUA, tirada na década de 80.

    Um dos objetivos da IDO é espalhar o wahhabismo, variante islâmica praticada pela Al-Qaeda, por todo o continente africano. Esse foi o assunto da conferência da IDO ocorrida na capital do Sudão em 2010, com a presença de Malik Obama. O evento foi supervisionado pelo próprio presidente do país, Omar Al-Bashir, que é procurado pelo Tribunal Penal Internacional devido sete acusações relacionadas a crimes contra a humanidade.

    Malik Obama está “na cama com os terroristas”, afirma Shoebat. Afinal, trabalha em um estado terrorista à frente de uma organização criada por terroristas. E por falar em cama...


    Poligamia isenta de impostos
    Lois Lerner, diretor da divisão de isenção fiscal, atualmente sob investigação do Congresso americano, foi quem assinou a carta que dá status de isenção de impostos para a Barack H. Obama Foundation, comandada por Malik Obama. Walid Shoebat, em recente matéria de 22 páginas, detalha as acusações de que Malik teria desviado o dinheiro desta contribuição do governo para sustentar suas várias esposas no Quênia, além de investir diretamente na missão sagrada da IDO (link para o pdf).
    (Ver também http://shoebat.com/2013/08/19/egyptian-official-ties-obamas-brother-to-brotherhood/).

    Em maio, Andrew Malone entrevistou Sheila Anyano, a esposa mais jovem de Malik, de 35 anos, que contou ter passado os últimos três anos junto a outras três esposas do irmão de Obama, no complexo hoteleiro de restaurantes da Barack H. Obama Foundation no Quênia.

    Malik, que vive em Washington desde 1985, é acusado pela família, no Quênia, de violentar as esposas, além de ter seduzido a mais nova quando tinha somente 17 anos, o que é crime no Quênia, onde a idade de consentimento é 18.

    As duas fundações ligadas à família Obama controladas por Malik são oficialmente entidades de caridade. Mas não há, segundo Shoebat, nenhuma prova de que o dinheiro recebido do governo para essas obras tenham sido gastos efetivamente nisso.

    Os únicos indícios de que o dinheiro foi realmente gasto foram a construção do spa e complexo de restaurantes que abrigava 12 esposas de Malik, uma mesquita e uma madrassa (instituição de ensino islâmica).

    "Embora a construção de mesquitas seja legalmente considerado caridade, evidências mostram que o financiamento para elas veio diretamente de entidades e indivíduos da Arábia Saudita, Qatar e Bahrein", conta Shoebat. "Não há nada de natureza caridosa a prestar contas diante de todos os fundos que Malik levanta dos Estados Unidos. Até o momento, não há nenhuma evidência de construção de casas para os órfãos, viúvas e vítimas da AIDS em Kogelo ou em qualquer outro lugar no Quênia, como prometem essas entidades".

    Fonte: WND
    Cristian Derosa é jornalista.

    Fonte: http://www.midiasemmascara.org/artigos/globalismo/14437-comprovado-irmao-de-obama-e-ligado-a-irmandade-muculmana.html

    Aécio lança o “impeachment light” para tentar não perder apoio dos paneleiros

     

    Autor: Fernando Brito

    panelecio

    José Roberto de Toledo – colunista do Estadão e (bom) analista de pesquisas do jornal - escreve hoje ótimo artigo em que, ao avalisar o programa de TV do PSDB, onde, segundo ele “o PSDB foi à TV se afirmar como oposição ao PT. Como contraponto ao PT. Como o anti­PT. É a prioridade de seu presidente, Aécio Neves, que imagina um novo embate das duas siglas na sucessão de Dilma Rousseff em 2018, com ele à frente do time tucano”.

    E diz que há a razão ” é que, após as eleições do ano passado, o PSDB perdeu a primazia da oposição, seja na opinião pública, seja no Congresso. Nas ruas, movimentos há poucos meses desconhecidos assumiram a frente dos protestos contra Dilma, enquanto líderes tucanos assistiam da janela. Correm atrás do tempo perdido.”

    Perdido mesmo. Ainda hoje, os movimentos paneleiros, diz a Folha, afirmam que “Aécio traiu o Brasil” por não ter atirado mais fortemente o programa do seu partido à pregação golpista.

    A continuidade desta estratégia tucana se dá hoje, com o desesperado ato de apresentar, mesmo com base para lá de insólita, ação de responsabilidade contra a Presidenta, em tema que, já há tempos, o Ministério Público considerou juridicamente incabível.

    Não importa. Já antecipadamente – e qualquer advogado recém-formado sabe o quanto isso adianta contra o MP – diz que , se Janot não acolher a ação inepta, será o “engavetador da República”. Diz isso, aliás, sem pejo de que a expressão tenha sido criada para definir a blindagem com que se envolveu Fernando Henrique Cardoso.

    A estupidez e a hipocrisia, como se sabe, são diferentes, mas costumam caminhar juntas.

    Cultivam, nesta lama, os tucanos, a esperança de vicejar na insatisfação que se espalhou na classe média inoculada, em doses cavalares, pela mídia, pelo novo CCC – Crise, Corrupção, Comunismo – e ter o que lhe falta: voto.

    E, agora, até protagonismo, pois a dupla Eduardo Cunha – Renan Calheiros, a quem a imprensa, até por razões sanitárias, deveria estar usando luvas plásticas para lidar com o que fazem no Congresso e que o Ricardo Kotscho, outro dia, definiu bem como “esculacho”.

    Só que a histeria que os tucanos – ou parte deles, com Aécio e FHC, querem representar, diz bem Toledo em seu artigo, tem seus curtos limites.

    “Fora dos períodos eleitorais, a narrativa do confronto permanente só interessa aos contendores e à rede de assediadores digitais – de ambos os lados – que se nutre dela. Como as pesquisas mostram e as ruas confirmam, é uma história que cansa o público não diretamente envolvido no conflito – especialmente porque não tem fim nem resulta em benefício direto ao eleitor.”

    No quadro de hoje – que não é o de 2018 – é certo, para mim, que surgirá uma candidatura de direita – no padrão Sérgio Moro, Joaquim Barbosa ou até Jair Bolsonaro – para ser a voz do combate à corrupção e a defensora da “ordem”, como o papel que atribuíram em 1989 a Fernando Collor.

    E isso atingirá o PSDB em seu coração social – a classe média mais alta, a sua babugenta periferia acéfala e o conservadorismo sectário – e geográfico: São Paulo e, em boa parte, o Sul e o Centro Oeste do país.

    A terceira via não vai ser de Dudu nem Marininha.

    Dependendo do que suceda à dupla rena-Cunha, também aí o panorama não sorri aos tucanos: apanhados na Lava-Jato, se o forem mesmo, pesarão mais que empurrarão. Escapando, não hão de querer menos que o poder chantagista que hoje já detêm.

    Só há uma candidatura fincada, hoje, que, além das boas chances, está para o que der e vier é e um centro de aglutinação: a de Lula.

    É algo, aliás, que a própria Presidenta Dilma Rousseff precisa enxergar e, enxergando, considerar em cada opção que toma e na forma que toma.

    Na relação entre ambos, amizade à parte, Lula é credor.

    E dono de luz própria.

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=26900

    Manipulação com cotação do Real pode deixar Lava-Jato “no chinelo”. E o BC, vai agir?

     

    Autor: Fernando Brito

    barclays

    O ótimo trabalho do repórter Fernando Nakagawa, do Estadão, divulga, pela primeira vez no Brasil, o que desde ontem já se sabia nos círculos financeiros norte-americanos:

    Os grandes bancos internacionais, sobretudo o Barclays – mas também o Citibank, o JP Morgan (que opera no Brasil com a participação de Armínio Fraga), Royal Bank of Scotland (RBS), UBS e Bank of América – estavam envolvidos e pagarão US$ 5,6 bilhões manipularam, entre outras, a cotação da moeda brasileira, pelo menos durante a crise financeira de 2008/2009.

    Diz Nakagawa que “documento do órgão supervisor do Departamento de Serviços Financeiros de Nova York (DFS) mostra que negócios com a moeda brasileira em 2009 foram alvo da ação de operadores que queriam influenciar preços para aumentar lucros. “Operadores de câmbio envolvidos no mercado entre o dólar dos Estados Unidos e o real do Brasil conspiraram juntos para manipular os mercados”, diz o termo de compromisso de cessação de prática (consent order, em inglês) que envolve o Barclays”.

    Entre 2008 e 2012, os agentes de FX (Foreign Exchange, câmbio mundial, numa tradução livre) do Barclays comunicavam com os negociantes de FX em outros bancos para coordenar tentativas de manipular os preços de algumas moedas – a nossa, entre elas – através de comunicação online.

    O mercado de FX, preste atenção, não está escrito errado, movimenta um quatrilhão de dólares por ano. É, quatrilhão, mil vezes um trilhão. E os bancos envolvidos respondem por mais de 20% do total das operações, o que dá um poder de fogo imenso na cotação. E transforma décimos de centavos nas cotações em somas bilionárias.

    Diz a reportagem:

    “Uma indicação do esquema veio à tona com a troca de mensagens entre duas pessoas que negociavam a moeda brasileira. Em 28 de outubro de 2009, um operador do Royal Bank of Canada (RBC) conversava com um colega do Barclays. “Todo mundo está de acordo em não aceitar um agente local como corretor?”, questiona o funcionário do banco canadense via programa eletrônico de troca de mensagens. “Sim, menor competição é melhor”, respondeu o operador do banco britânico. Exatamente no dia da troca de mensagens citada no processo, o dólar fechou em alta de 0,6%, a R$ 1,7447, segundo dados do Banco Central. Naquela época, o mercado de câmbio do Brasil vivia o fim de um período de quase um ano de firme valorização da moeda nacional. Enquanto o mundo tentava se desvencilhar dos problemas da crise financeira que estourara um ano antes, o Brasil crescia e o fluxo de moeda estrangeira para o País fez com que o dólar caísse do patamar próximo de R$ 2,50 visto em dezembro de 2008 para R$ 1,70 em outubro de 2009. A manipulação do mercado brasileiro foi descoberta pela investigação que envolveu autoridades dos EUA e Reino Unido e revelou um grande esquema global que influenciou as cotações das principais moedas do planeta.”

    Nos EUA e no Reino Unido, as multas aos bancos superam US$ 5 bilhões (R$ 15 bilhões), quase o triplo do que – e com muito exagero – se consideram terem sido os prejuízos possíveis com a Lava-Jato. Só para o Barclays são US$ 2,4 bilhões: US$ 485 milhões para o Departamento de de Serviços Financeiros do Estado de Nova Iorque , US$ 400 milhões para a Commodities Futures Trading Commission , US$ 710 milhões para o Departamento de Justiça dos EUA, US$ 342 milhões ao Federal Reserve, o BC dos EUA, e e 284 milhões de libras esterlinas (aproximadamente US$ 441 milhões para os órgãos reguladores do Reino Unido.

    E isso é apenas o acordo de leniência firmado com os bancos,

    E nós com isso?

    Tudo, porque o Banco Central toma e liquida contratos em dólares, em bilhões de reais, porque opera a troca de moeda. E vende contratos de câmbio compromissados com valores que, agora, sabem-se manipulados.

    Embora seja virtualmente impossível apurar o valor exato das perdas, é certo que elas foram imensas, a confirmar-se que a manipulação durou anos. Mas o BC, o Itamaraty e a Procuradoria Geral da República têm de agir imediatamente, a começar pelo levantamento de todas as operações de câmbio fechadas por estes bancos, diretamente ou por intermediação com outros, durante aquele período.

    E, com isso, estimar as penalidades que devem ser aplicadas.

    A tal “mão invisível” do mercado, vê-se, também é dada a manipulações criminosas.

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=26904

    Eduardo Cunha, o senhor do caos

     

    por André Barrocal

    O presidente da Câmara continua a impor seu projeto pessoal de poder. Quem será capaz de detê-lo?

    Marcelo Camargo/Agência Brasil

    eduardo-cunha

    Depois da aprovação da PEC da Bengala, Cunha disparou: "Tenho o Supremo na mão"

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    Ovídio, poeta da Roma antiga, foi o primeiro a definir o caos, divindade grega, como sinônimo de desordem e confusão. As fronteiras do mundo eram então minúsculas e seria impossível, por maior que fosse sua criatividade, imaginar o Brasil dos dias de hoje. A ideia evoluiu com o tempo. Há, dizem os cientistas atuais, ordem no caos. Também é pouco provável que, ao defender essa tese, tenham pensado nestas plagas.

    Poderiam. Se o País vive o caos, um vácuo de lideranças e ideias, há quem reine sobre ele. No momento, o senhor da confusão, o deus da desordem, atende pelo nome de Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados.

    Quanto mais os poderes republicanos parecem à mercê da tempestade, mais o peemedebista assume o protagonismo na cena nacional. Como um buraco negro, Cunha parece empenhado em engolir qualquer luz ao redor. Nas últimas semanas, desentendeu-se com o colega de partido Renan Calheiros, presidente do Senado, voltou a importunar o governo Dilma Rousseff, enfrentou o procurador-geral, Rodrigo Janot, cogitou mudar as regras do jogo para reeleger-se ao cargo em 2017 e colocou na praça a ideia de construir um shopping nas imediações do Congresso, cujo custo é estimado em 1 bilhão de reais. A pergunta atual é se a expansão pantagruélica do poder do parlamentar encontrará em algum instante uma contraforça capaz de contê-la. Ou se sua influência se expandirá sem resistência como o Universo.

    As diatribes de Cunha já se tornaram clássicas. Depois da terceirização e do desengavetamento de vários projetos polêmicos, a Câmara aprovou a chamada PEC da Bengala, que estende a idade de aposentadoria dos ministros das cortes superiores de 70 para 75 anos. A nova regra vai na contramão do mundo desenvolvido. Na Europa, é cada vez mais limitado o tempo de permanência dos juízes nos tribunais, com a fixação de mandatos, forma de arejar o Judiciário. Sob o comando do presidente da Casa, os deputados aprovaram a nova regra na terça-feira 5. Sem possibilidade de veto do Palácio do Planalto, a lei foi inserida na Constituição dois dias depois.

    Com o congelamento das indicações ao Supremo Tribunal Federal, o peemedebista faz correr na Câmara uma proposta de alteração radical no sistema de nomeações. A escolha dos ministros deixaria de ser exclusividade do presidente da República. O Congresso ganharia uma cota.

    Além disso, a aprovação dos indicados passaria pelo crivo da Câmara, não só do Senado como hoje. Ao saborear o mais recente triunfo, Cunha afirmou a um interlocutor: “Tenho o Supremo na mão”.

    Com a aprovação da PEC da Bengala, o presidente da Câmara imagina ter conquistado alguns corações no STF, onde será decidido o seu e o futuro dos demais parlamentares envolvidos no escândalo da Petrobras. Quando resolveu, em almoço com aliados na terça-feira 5, concluir a bengalada, a Câmara tinha acabado de ser alvo de uma operação de busca e apreensão motivada por um inquérito cujo alvo é o peemedebista. Acompanhados de um oficial de Justiça, procuradores e peritos da Procuradoria-Geral da República foram ao departamento de informática da Câmara, algo sem precedentes na história recente. O objetivo era recolher material capaz de provar uma das principais linhas de investigação da conexão do peemedebista com os malfeitos na Petrobras: uma tentativa de forçar um lobista a retomar o pagamento de propina, conforme narrou o doleiro Alberto Youssef em sua delação premiada.

    A apreensão foi solicitada pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, após uma notícia de 28 de abril. Segundo a Folha de S.Paulo, os registros eletrônicos da Câmara apontam Cunha como o autor do arquivo que originou os requerimentos aparentemente usados para pressionar o lobista. Os requerimentos foram apresentados em 2011 pela então deputada Solange Almeida, sua aliada no PMDB do Rio de Janeiro. Miravam o Grupo Mitsui, implicado na Lava Jato, e seu lobista Julio Camargo. Cunha alega que o arquivo com seu nome tem data de um mês posterior aos requerimentos, insinuou ser vítima de fraude e demitiu o então diretor do centro de informática da Câmara, Luiz Antonio Souza da Eira.

    O ex-diretor fez chegar a Janot um recado de que estava disposto a contar o que sabia. Chamado, Eira disse que a explicação de Cunha não era plausível, que a discrepância entre as datas era algo absolutamente rotineiro neste tipo de situação e avisou: era melhor Janot correr logo atrás dos registros eletrônicos antes que Cunha ordenasse algum tipo de destruição. Respaldado pelas informações, o procurador-geral taxou a explicação de Cunha de “despropositada” e solicitou a apreensão de material na área de informática da Câmara.

    A apreensão foi autorizada na segunda-feira 4 pelo ministro Teori Zavascki, relator no Supremo do inquérito contra o deputado. Os investigadores ficaram satisfeitos com o resultado da apreensão. Solange Almeida, consideram, teria exercido a função de laranja de Cunha. Em depoimento à Polícia Federal em 18 de março, a ex-parlamentar demonstrou não ter muita noção sobre a natureza e o objetivo do requerimento assinado em 2011. Disse não se lembrar “de onde extraiu a motivação para formular o requerimento relativo à Petrobras”, “que o tema desse requerimento não se inseria em sua pauta de atuação parlamentar” e “que não conhece o Grupo Mitsui nem nada sabe a respeito”.

    Os assessores de Cunha talvez possam refrescar a memória da atual prefeita de Rio Bonito. O deputado admitiu a possibilidade de seu gabinete ter auxiliado Almeida a preparar a papelada. O presidente da Câmara recusou-se a depor à PF. Até agora, limitou-se a dar explicações na CPI da Petrobras, teatro armado por ele mesmo. Foi à comissão de forma espontânea, condição que o desobrigou de prestar o juramento de dizer só a verdade. Diante da plateia, foi enfático: “Eu não fiz qualquer requerimento a quem quer que seja”. Se a declaração colidir com os fatos, não terá motivo para se preocupar apenas com a Justiça.

    Surgiria a possibilidade de um pedido de cassação por quebra de decoro.

    Por ora, nenhum partido se animou a propor algo semelhante.

    Furioso diante dos acontecimentos, o presidente da Câmara chamou o procurador-geral para a briga. Disse existir uma “querela pessoal” por parte de Janot, passou a articular a convocação dele pela CPI da Petrobras, uma explícita tentativa de intimidá-lo, e agora defende que o procurador-geral não seja reconduzido por Dilma ao cargo, quando o mandato dele terminar, em setembro.

    Janot parece ter razão para desconfiar da sinceridade das explicações do peemedebista sobre o episódio dos arquivos eletrônicos. Às vezes, o deputado é acometido de certo desapego à verdade factual. Na última semana de abril, ele foi a um jantar com deputados correligionários e dois ministros indicados pelo partido, na casa do mineiro Newton Cardoso Jr. Ali, debochou dos petistas: “O PT não ganha uma votação, só quando a gente fica com pena na última hora”. A afirmação virou notícia em O Globo. O presidente da Câmara prontamente a desmentiu, pelo Twitter:

    “Não pronunciei o comentário a mim atribuído no jantar da bancada. Apesar das diferenças, sempre trato a todos com respeito”.

    Ele só não contava que, entre os comensais, houvesse um gravador ligado. O áudio com a declaração foi publicado pelo jornal na internet logo após o desmentido. Cunha retratou-se, também pelo Twitter: “Se me enganei e falei algo que não me lembrava e possa ter sido agressivo, ao PT peço desculpas”.

    A personalidade do deputado é um caso à parte até agora em seus três meses de reinado na Câmara. Ele tem tido uma atitude pouco habitual em Brasília. No comando das sessões, a portas fechadas ou em entrevistas, costuma ser ríspido, impaciente, soberbo e debochado, principalmente quando alguém ensaia contestá-lo. A votação da lei da terceirização foi um festival de insensibilidade. Com a voz monocórdica mesmo em situações tensas, revela pouco coração e nenhuma empatia. A insistência em dizer-se independente do governo e em pautar votações polêmicas sem muito debate indicam egoísmo, até uma velada incitação à intolerância.

    Sua postura monárquica tem intimidado deputados e espalhado terror entre funcionários da Câmara. Ele demitiu um diretor por dar declarações a jornalistas e anunciou a demissão de outro em meio a uma entrevista.

    Desconfiado, recusa-se a ser assessorado por servidores concursados, só nomeia gente da sua confiança, certo da fidelidade canina mesmo em situações duvidosas, e evita conversar ao telefone ou com aliados quando próximo de seguranças e motoristas.

    O peemedebista gaúcho José Fogaça foi constituinte, senador e prefeito de Porto Alegre e voltou neste ano a Brasília depois de 12 anos longe.

    Segundo ele, Cunha é quem melhor entende e explora o caótico sistema político atual, em que há partidos demais e consistência de menos. Sua inteligência acima da média dos colegas, o profundo conhecimento do regimento interno da Casa e a caneta de presidente da Câmara nas mãos facilitam seu trabalho. “Ele consegue construir maioria tanto com o governo quanto com a oposição”, diz o deputado, a apontar uma razão especial para a força do colega de bancada: “Nunca vi um governo tão desarticulado. O Palácio é isolacionista”.

    No PSDB, principal partido de oposição, o estilo de Cunha tem deixado muita gente ressabiada. Entre tucanos, é possível perceber certa cautela em análises a respeito do presidente da Câmara. Se, por um lado, o peemedebista é útil para dividir a base aliada e desgastar Dilma Rousseff, por outro, tem uma atitude e uma agenda merecedoras de reparos. Para Luiz Carlos Hauly, do Paraná, ele exibe uma “postura imperial” e uma pauta de votações “exagerada”. Marcus Pestana, de Minas Gerais, vê um “rolo compressor” em sua gestão e resume: “Nossa relação com ele é dialética, não vamos concordar em tudo o tempo todo”.

    Quem comanda a Câmara, a história ensina, funciona ou como líder da oposição ou como interventor do Planalto entre os deputados. Cunha tem sido um presidente do primeiro tipo, com a diferença de possuir um projeto próprio de poder, desvinculado de grupos tradicionais, na avaliação do sociólogo Adalberto Cardoso, diretor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

    Sua agenda conservadora, que mistura religião e poder econômico, diz Cardoso, atende a seu interesse pessoal, não do PMDB, uma das razões para o atrito com Calheiros. Armado dessa agenda e em busca de projeção nacional, o deputado poderá construir uma herança ideológica cujo desfecho natural seria uma candidatura à Presidência na próxima eleição.

    “Ele está imbuído de uma missão, tem maioria sólida na Câmara e o controle da agenda política no Congresso. Mas é um movimento de altíssimo risco. No Brasil, qualquer agenda radical assusta até o centro.”

    Historicamente mais conservador do que a Câmara, o Senado viu surgirem barricadas contra o deputado, algo incomum na convivência entre as duas casas. Uma das trincheiras é liderada pelo presidente do Senado. Renan Calheiros trava com o colega uma luta por poder no PMDB. Uma questão de sobrevivência para quem é igualmente alvo da Lava Jato. Quanto mais fraco se apresentar perante o mundo político e na mídia, mais Calheiros estará perto do cadafalso.

    Nos últimos tempos, o senador sempre aproveita a oportunidade para se diferenciar do correligionário. A lei da terceirização foi um desses casos. Calheiros imbuiu-se do papel de defensor dos trabalhadores e criticou abertamente o projeto. Segundo ele, o PMDB é historicamente de “centro-esquerda”, uma forma sutil de atacar o marcante conservadorismo de Cunha. Dias atrás, em reunião com senadores, disse que a bancada do partido na Câmara, Cunha à frente, sitiou o Palácio do Planalto em busca de cargos federais. Ao apontar tal cerco, aproveitou para criticar o vice-presidente da República, Michel Temer, chamado de “coordenador de RH”, motivo de uma arranca-rabo público entre os dois.

    Outra trincheira contra o “cunhismo” é a frente progressista formada por parlamentares de diversos partidos com o propósito de barrar iniciativas retrógradas da Câmara, que, sob a bênção do evangélico, possam ser aprovadas pelos deputados e enviadas aos senadores. O estopim da formação do grupo foi a lei da terceirização. Também estão na mira o Estatuto da Família, um ataque aos direitos já existentes em casos de união homoafetiva, a redução da maioridade penal para 16 anos e a revogação do Estatuto do Desarmamento, todos projetos patrocinados por Cunha. O lançamento da frente deu-se no gabinete do líder do PSB, João Capiberibe. Para o senador, o peemedebista tornou-se um problema para o País. “Ele estabeleceu uma relação clientelista com sua base na Câmara. No momento político que vivemos, um personagem como esse é muito arriscado para a sociedade.”

    A reação anti-Cunha igualmente se esboça nas ruas. Desde março, o peemedebista viaja pelo País quase toda sexta-feira, a bordo de jatinhos da FAB, para vender pelas capitais suas ideias, entre elas as doações empresariais de campanhas. O tour foi batizado de Câmara Itinerante, uma promessa da campanha à presidência da Casa. Seria uma tentativa de melhorar a imagem do Parlamento e, claro, torná-lo mais conhecido do eleitorado. As itinerantes aparições não têm rendido, porém, a glória esperada. Cunha costuma ser recebido com apitaços, ovos, vaias e beijaços gays. Em São Paulo, esperava-o a faixa “Fora Eduardo Cunha, corrupto, homofóbico”. Em Campo Grande, o epíteto de “inimigo número 1 da classe trabalhadora”.

    Em Porto Alegre, a Assembleia Legislativa teve de ser fechada e os manifestantes postos para fora. Em João Pessoa, o deputado ficou tão furioso ao ser obrigado a deixar a Assembleia debaixo de ovos e protestos, que atacou o PT, a CUT, o movimento LGBT e o próprio governador, Ricardo Coutinho, do PSB, a quem culpou de omissão em garantir sua segurança. “Não tenho culpa se as teses que o senhor Eduardo Cunha defende são impróprias e provocam esse tipo de reação”, reagiu Coutinho. “Eu já fui alvo de protestos, ele não pode? Ele deveria pedir desculpas à Paraíba.” Depois de tantos percalços, o presidente da Câmara resolveu parar de propagandear suas viagens com antecedência, uma tentativa de impedir a organização de protestos.

    Nada, porém, parece abalá-lo. Para cativar deputados aliados, ele acaba de tirar do papel um antigo plano de construção de um novo prédio para a Câmara, projeto estimado em 1 bilhão de reais. A ideia agrada a quase todos os partidos, pois daria mais conforto aos parlamentares. Na inauguração da capital federal, em 1960, havia 326 deputados. Hoje, são 513. De lá para cá foram construídos três anexos, mas ainda há uma sensação de aperto, pois, quando a ditadura acabou, havia cerca de 8 mil funcionários, entre concursados e cargos de confiança, e agora são 18 mil.

    Cunha quer fazer a licitação até o fim de seu mandato à frente da Câmara. Parece ter enxergado aí uma oportunidade para praticar seu conhecido tino comercial, ao aproveitar a força do Estado para estimular negócios privados. Seu sonho é botar de pé uma espécie de shopping ao lado do novo anexo, apesar de as regras de Brasília não admitirem prédios do gênero nas redondezas. O grande fluxo de visitantes e servidores e o elevado poder aquisitivo dos frequentadores indicam a existência de um “alto potencial comercial” na Câmara, segundo Beto Mansur, do PRB, primeiro-secretário da Casa.

    A construção do shopping é o motivo de o peemedebista estar decidido a tocar o projeto na forma de Parceria Público-Privada mesmo sem autorização expressa da lei para PPPs no Legislativo. Quando a ideia foi tornada pública pelo então diretor de Estudos Técnicos da Câmara, Mauricio da Matta, Cunha o demitiu. O deputado tentou arrancar a autorização para a PPP no fim de 2014, por meio de uma Medida Provisória da qual era um dos relatores. O dispositivo foi vetado por Dilma em janeiro, mas isso não o impediu de assinar, em março, um documento no qual divulgava a intenção da Câmara de buscar interessados em elaborar o projeto. Em breve tentará de novo inserir a autorização na lei.

    Na quarta-feira 6, saíram os nomes das cinco empresas habilitadas a entregar os croquis em 45 dias: Ceres Inteligência Financeira, Concremat Engenharia e Tecnologia, Planos Engenharia, Via Engenharia, Consórcio Emsa-Servi. Com base na construção de uma nova sede do governo do Distrito Federal, inaugurada no fim do ano passado, há quem calcule que a PPP planejada por Cunha pode significar um fluxo financeiro de uns 300 milhões de reais por ano. Ótimo negócio.

    Um shopping em região já demasiadamente engarrafada seria um símbolo perfeito do poder de Cunha, o senhor do caos.

    *Uma versão desta reportagem foi publicada na edição 849 de CartaCapital, originalmente com o título "Cunha e o caos"

    http://www.cartacapital.com.br/revista/849/cunha-e-o-caos-336.html

    quinta-feira, 21 de maio de 2015

    Líder sindical dos EUA: 'invejamos a lei brasileira'

     

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    21 de Maio de 2015 às 14:36

    Por Paulo Moreira Leite

    Dirigente da União Internacional dos Empregados em Serviços (Seiu, na sigla em inglês), com sede em Washington, no início da semana o norte americano Scott Courtney fez uma visita rápida pelo Brasil. Encontrou-se com o senador Paulo Paim (PT-RS), com o ministro do Trabalho, Manoel Dias e também com Dias Toffoly, do Supremo Tribunal Federal. Um dos principais sindicalistas num país que enfrentou a desregulamentação iniciada no governo de Ronald Reagan, que ocupou a Casa Branca entre 1981 e 1989, Scott Courtney tem muito a dizer no Brasil, onde o Congresso debate o projeto-lei 4330, que pretende ampliar a terceirização para todas as atividades de uma empresa. Chegamos ao "fundo do poço," diz ele, referindo-se a situação do trabalhador norte-americano, cidadão de um país que já foi uma espécie de terra prometida da livre iniciativa e do espírito individual. Abrigo do maior PIB do planeta, os EUA enfrentam hoje uma situação social tão adversa, criada nas últimas décadas, que o Estado é obrigado a oferecer ajuda a 43% dos trabalhadores, que recebem salários tão baixos que precisam de um programa de distribuição de renda típico de países com outra história econômica e social, como o Brasil do Bolsa-Família. (Por comparação, o Bolsa Família chega a 25% da população brasileira). Dizendo invejar as leis trabalhistas brasileiras — que também serão questionadas pelo 4330 — Scott Courtney deu a seguinte entrevista ao 247:

    247 — Muitos estudiosos dizem que, deixando de lado a imensa diferença entre a economia dos dois países, pode-se dizer que os trabalhadores brasileiros têm um sistema de direitos e garantias legais muito superior ao dos trabalhadores norte-americanos. Você concorda com isso?
    SCOTT COURTNEY — Totalmente. Nós temos inveja das leis brasileiras.

    247 — Por que?
    SCOTT — Para começar, a legislação brasileira estimula a reivindicação dos trabalhadores através do apoio aos sindicatos. Aqui, o Estado é favorável a que os trabalhadores se organizem. Nos Estados Unidos, acontece o contrário. A legislação desfavorece a filiação dos trabalhadores, criando barreiras e dificuldades para a formação de sindicatos. As empresas têm um imenso poder de pressão sobre os trabalhadores e reforçaram esse poder nos últimos anos. O resultado é que hoje temos uma das mais baixas taxas de sindicalização do mundo, inferior a 7% dos assalariados.

    247 — Como funciona essa pressão contra os sindicatos?
    SCOTT — A legislação exige que 50% dos empregados de uma empresa sejam favoráveis a criação de um sindicato, dizendo isso, por escrito, com a assinatura de cada um, num documento que será enviado a uma comissão do governo. Eles também devem confirmar essa decisão, seis semanas depois, em votação secreta. Isso dá um tremendo poder às empresas para pressionar os empregados, que podem ser convencidos a mudar de ideia. É o contrário do que ocorre no Brasil.

    247 — Nas próximas semanas, a sociedade brasileira irá enfrentar uma disputa importante em torno da terceirização da mão de obra. É um debate semelhante ao que ocorreu nos EUA, na década de 1980, a partir do governo de Ronald Reagan, que teve início com a desregulamentação de várias profissões, inclusive controladores de voo e o questionamento do Estado de bem-estar. Quais as consequências para os trabalhadores?
    SCOTT — Ocorreu uma mudança histórica. No período anterior, o mundo em que cresci, os trabalhadores chegaram a ter tanto poder político que eram ouvidos nas decisões de governo. Mesmo um presidente como Richard Nixon, conservador e republicano, era obrigado a levar os sindicatos em conta. Nixon tomou medidas favoráveis aos assalariados, porque sabia que era necessário fazer isso para poder governar. Comparando com aquilo que acontecia naquela época, nós podemos dizer que até preferimos as ideias de Barack Obama e compreender a importância de sua vitória mas o desempenho de Nixon, do ponto de vista dos trabalhadores, foi muito mais efetivo. Nixon não era melhor. Os trabalhadores é que eram mais fortes.

    247 — Como foi essa mudança para pior?
    SCOTT -- Naquele período, o padrão de vida da maioria dos americanos era resolvido, ano a ano, pelas negociações entre os sindicatos e a indústria, a começar pelas siderúrgicas e pelos fabricantes de automóveis. Os grandes direitos e benefícios dos trabalhadores foram criados naquela época, inclusive os fundos de pensão suplementar, nascidos para reforçar a aposentadoria pública. Hoje, nós chegamos ao fundo do poço.

    247 — Como é isso?

    SCOTT — A partir da desregulamentação foram criadas novas regras. O trabalho industrial foi transferido para outros países, onde a mão de obra era mais barata. Hoje, as maiores empregadoras dos Estados Unidos se encontram no setor de serviços, que pressionam os salários do conjunto da sociedade para baixo, pois seu tamanho, gigantesco, permite que possam determinar o custo geral da mão de obra e os benefícios que serão concedidos. No período anterior, os grandes empregadores jogavam o padrão de vida para cima. Hoje, em função do tamanho, pressionam para baixo. Empresas que pagam mal a seus empregados, são orientadas a pagar mal aos fornecedores e parceiros. A tendência é extrair o máximo ganho possível em cada fase de suas operações, pagando o mínimo possível. Forçam limites para baixo. Criam uma política fiscal para pagar cada vez menos impostos, deixando o Estado à míngua, incapaz de cumprir as obrigações de antes.

    247 — Como isso se dá, na prática?
    SCOTT — Enquanto temos executivos com renda 500 ou 600 vezes maior do que seus empregados, o salário médio se tornou tão baixo, nos Estados Unidos, que 43% dos trabalhadores americanos precisa de ajuda do Estado para pagar as contas do fim do mês. Temos 100 milhões de trabalhadores, aproximadamente. Desses, perto de 43 milhões recebem ajuda do Estado para sobreviver. São selos de alimentação e outros benefícios, criados pelo New Deal de Franklin Roosevelt, na década de 1930. No total, estamos falando em 187 bilhões de dólares por ano, segundo informou uma reportagem do Washington Post. Foram retirados tantos benefícios, ao longo dos anos, que o próprio Estado está sendo obrigado a devolver uma parte do que retirou. Esse dinheiro é um subsídio para sustentar um setor privado que paga salários tão baixos e tem lucros tão altos. É um custo a mais, pago pelos contribuintes, que arcam com responsabilidades que deveriam caber às empresas. Nem todo mundo vive assim, é claro, mas os parâmetros da maioria dos norte-americanos é definido dessa forma, pois expressam a força dos principais empregadores.

    247 — Você poderia dar um exemplo?
    SCOTT — Nosso sindicato tem uma luta permanente em defesa dos trabalhadores do Mc Donalds. Se a indústria de fast-food é a grande empregadora da economia atual, o Mc Donalds é a maior entre as maiores. Emprega dois milhões de pessoas em todo o mundo, um milhão apenas nos Estados Unidos. É a segunda maior empregadora mundial. Também é uma das grandes empregadoras no Brasil. Tanto lá, como aqui, as condições de trabalho são tão ruins que ninguém aguenta permanecer no emprego por um ano. No Brasil, a rotatividade de mão de obra é de 130% por ano. Nos Estados Unidos, é um pouco menor: 110% por ano. Isso dá uma ideia da situação que os trabalhadores enfrentam. No Brasil, a Justiça já encontrou franqueadas que todos os meses subtraiam uma parcela indevida do salário dos trabalhadores. A diferença estava lá, no contracheque, para todo mundo ver. No Paraná, um juiz do trabalho interrompeu uma audiência no meio para fazer uma visita surpresa numa franqueada onde encontrou um menino de 16 anos. Em outro caso, os funcionários eram obrigados a fazer as refeições no próprio Mc Donalds e pagar por elas.

    247 — Vocês costumam fazer campanhas contra o Mc Donalds no mundo inteiro. Qual a finalidade?
    SCOTT — Estamos falando de um grupo mundial e precisa negociar no mesmo nível. Nos Estados Unidos, fazemos uma campanha por um salário de 15 dólares por hora de trabalho. Nas condições do país, é uma renda apenas razoável, para garantir uma vida com dignidade, sem as dificuldades de hoje, quando você pode encontrar — eu já vi isso — trabalhadores que chegam a não se alimentar direito porque preferem dar comida para os filhos. Nas condições de hoje, nem o Mc Donalds nem outros grupos dessa dimensão aceitam negociar conosco. Muitas vezes, aliás, você nem sabe quem são os verdadeiros donos, com quem poderia negociar. São empresas, que pertencem a outras empresas, que são controladas por terceiras empresas que, por sua vez, pertencem a um fundo com sede em outro país.

    247 — Uma das críticas feitas ao sistema trabalhista brasileiro é a existência de uma Justiça do Trabalho, com uma estrutura que custa bilhões de reais por ano. Nos Estados Unidos, não existe uma justiça específica para cuidar das causas trabalhistas. Como o senhor você isso?
    SCOTT — Eu pergunto qual o melhor benefício da sociedade, para a maioria da população. Tenho certeza de que, mesmo custando muito dinheiro, é melhor viver num país onde há uma Justiça do Trabalho.

    247 — A baixa taxa de sindicalização é um fato no mundo inteiro. Nos Estados Unidos é inferior a 7% e na França fica em 5%. Muitas pessoas dizem que os trabalhadores deixaram de ir aos sindicatos porque se tornaram mais individualistas, não acreditam em seus dirigentes nem em soluções no plano coletivo, preferindo resolver seus problemas no plano pessoal.
    SCOTT — Essa ideia está nos jornais do Murdoch (Robert Murdoch, um dos imperadores da mídia mundial, patrono de causas ultraconservadoras). Mas eu acho que a causa é outra. Os sindicatos foram atingidos em seu poder de barganha. Foram enfraquecidos, num processo deliberado que teve início a partir da década de 1970. Ficaram fracos porque podem menos. O trabalhador não mudou. Sou dirigente sindical há muitas décadas. Converso com trabalhadores do mundo inteiro e acho que aprendi a ouvir o que dizem. Nunca encontrei um trabalhador que seja contra o sindicato. Quando podem falar sem pressão externa, sem sentir qualquer tipo ameaça, dizem que ter um sindicato é melhor do que não ter. E é por isso que as leis brasileiras são importantes. Os trabalhadores procuram os sindicatos quando sentem que podem ajudá-los a conseguir suas reivindicações. Nosso sindicato dobrou o numero de filiados em dez anos. Tenho certeza de que nossa disposição de luta e vontade de mudança tem a ver com isso.

    http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/181833/Líder-sindical-dos-EUA-'invejamos-a-lei-brasileira'.htm

    Poroshenko presidente da Ucrânia está a dizer que Ucrânia está em guerra contra a Rússia

     

    UND: Estes ímpetos de extremismo por parte do presidente pró-ocidental da Ucrânia, Petro Poroshenko, mais serve para manter aquecida a guerra por procuração atual em curso contra a Rússia.Com isso Poroshenko, tenta satisfazer seu apoio e  os gostos de seus aliados internos de extrema direita, tais como Batalhão Azov e Setor Direita na luta contra forças separatistas ucranianas pró-russas no leste da Ucrânia. E por outro lado o líder ucraniano deixa em modo de espera aos seus aliados externos a opção de guerra direta contra a Rússia que envolverá a OTAN. Não deixa de ser perigoso o que ocorre no atual conflito em curso ucraniano, com um cessar -fogo que sempre deu mostras que só  tem boas intenções no papel, mas na prática é só questão de tempo para ele dissipar e uma nova fase do conflito  armado não desejado pela maioria, mas desejado por algun$, tome conta do pedaço.
     


    Por Alex Lantier
    21 de maio de 2015

      Em uma declaração inflamatória à BBC ontem, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko declarou com bravura que seu regime, que goza de apoio político e militar de Washington e da União Europeia (UE), está em guerra com a Rússia.

      "Posso ser absolutamente claro com você, isso não é só uma luta com os separatistas apoiados pela Rússia, esta é uma verdadeira guerra com a Rússia", disse Poroshenko. Ele acrescentou que espera que novos combates em regiões do leste da Ucrânia detidas por forças separatistas pró-russas nos próximos dias.

      Poroshenko descartou especulações de que, após a viagem do secretário de Estado dos EUA John Kerry para Moscou na semana passada, as relações entre Washington eo Kremlin poderiam melhorar, e que o governo dos EUA pode, portanto, limitar o seu apoio a seu regime em Kiev.

    "Imediatamente antes  de o Secretário Kerry fosse a Moscou, ele me chamou de seu avião e explicou-me cada pequeno detalhe que eles iriam discutir em Moscow sobre a Ucrânia. Então, eu confio e não tenho quaisquer suspeitas de que a Ucrânia vai ser negociada no relacionamento entre a Rússia e os Estados Unidos ", disse ele.

      Em vez disso, Poroshenko apelou aos poderes europeus para construir forças armadas da Ucrânia e da indústria de defesa como uma guarda avançada destinada contra Rússia.  O objetivo, disse ele, é "construir um exército muito pró-europeu, aqui, no leste, para defender não somente a nossa soberania, não só a nossa integridade territorial, ou a nossa independência, mas para defender a liberdade, para defender a democracia, para defender os valores europeus, porque estamos lutando agora para isso. "

    As observações de Poroshenko apontam novamente para a imprudência absoluta de Washington e seus aliados da UE na Ucrânia. A instalação de um governo pró-OTAN em Kiev no ano passado, em um golpe de Estado apoiado pelo Ocidente liderado pela milícia fascista setor direita, foi projetado para transformar a Ucrânia em um posto militar da OTAN apontado para o coração da Rússia Europeia.  O golpe mergulhou regiões do leste da Ucrânia economicamente e culturalmente ligadas a Rússia em uma guerra civil e define todo o mundo à beira da guerra entre a OTAN e a Rússia, que ambos têm arsenais nucleares capazes de destruir o planeta.

    Em um discurso no início deste ano, o presidente russo Vladimir Putin revelou que o Kremlin temia no ano passado que a OTAN iria lançar uma guerra total com a crise na Ucrânia, e colocou suas forças armadas, incluindo o seu arsenal nuclear, em um estado elevado de alerta de combate. Discussão provocante de Poroshenko de guerra, que ele sem dúvida, discutiu com agentes em Washington, tanto quanto pontos de fala de Kerry em Moscou, coloca combustível a essas tensões militares explosivas.

    Também fortalece a mão de Washington, uma vez que pressiona todos os poderes da UE para continuar uma política linha-dura contra a Rússia, apesar do crescente dano econômico para a Europa a partir de sanções financeiras da UE que estão cortando o comércio europeu e a Rússia.  Funcionários na França e Itália já estariam propondo a reduzir as sanções, citando o "progresso" uma vez que as negociações de paz  em Minsk em fevereiro e uma diminuição do perigo de guerra.

    Para justificar a sua afirmação de que a Ucrânia e a Rússia estão agora em guerra, Poroshenko apontou para a captura recente de dois soldados das forças especiais russas, identificadas como Capitão Yevgeny Yerofeyev e o sargento Alexander Alexandrov, no leste da Ucrânia.  O Kremlin negou que Yerofeyev e Alexandrov estavam na ativa, no entanto.

    Enquanto isso confirma o fato amplamente suspeito de que as forças russas estão apoiando os separatistas pró-russos no leste da Ucrânia para evitar uma catastrófica derrota pelo exército ucraniano e aliadas milícias fascistas como setor direita, isso não prova a afirmação de Poroshenko que a Rússia está em guerra com a Ucrânia . Se tal guerra eclodir, o exército russo irá esmagar rapidamente o seu homólogo ucraniano muito mais fraco, na ausência de uma intervenção militar da OTAN  e a erupção de uma guerra global.

    Ela confirma por  vez que a decisão temerária pelas potências da OTAN para apoiar um golpe de Estado em Kiev levou a uma guerra civil na Ucrânia, que se transformou em uma guerra por procuração perigosa entre a Rússia e OTAN. Rússia limitou-se a oferecer apoio tácito aos separatistas do leste da Ucrânia, e as agências de inteligência dos EUA aliadas na Europa têm contestado formalmente alegações de que o exército russo está se preparando para invadir a Ucrânia.

    A entrevista de Poroshenko é parte de uma tentativa contínua de cultivar uma camada estreita de fascistas, forças anti-russas dentro  da Ucrânia como uma base social para o seu regime, em meio à crescente oposição popular à guerra no leste da Ucrânia e do colapso econômico resultante.

    A economia da Ucrânia caiu um impressionante 17,6 por cento entre o primeiro trimestre de 2014 e o mesmo período de 2015, com a saída das regiões de  Donetsk e Luhansk áreas devastadas pela guerra da Ucrânia  a leste que são industriais de 30 a 40 por cento em queda para o coração do país. Cadeias de suprimentos industriais na Ucrânia, que estão estreitamente ligadas à Rússia, foram completamente interrompidas por meses de combates que custam milhares de vidas e forçando milhões de pessoas a fugir de suas casas.

    A dívida do governo ucraniano passou de 41 por cento para 73 por cento do Produto Interno Bruto do país (PIB). Credores estrangeiros da Ucrânia, liderados pela empresa de gerenciamento de ativos dos EUA a Franklin Templeton, estão se recusando a permitir que haja uma queda da dívida do país, no entanto.  A rede ferroviária do setor público Ukrzaliznytsya fez  moratória de sua dívida interna na semana passada.

    Os padrões de vida caíram com o colapso da hryvnia, moeda ucraniana, ajudou a inflação a subir de 60,9 por cento, e massas de pessoas foram atiradas para fora do trabalho por demissões em massa pelo regime Kiev de trabalhadores do setor público e sua eliminação dos subsídios à indústria do carvão .

    Houve inúmeros protestos sociais no oeste da Ucrânia e também em grande escalada do projeto de esquiva, em face das tentativas do regime de  Kiev para recrutar mais homens para lutar no leste da Ucrânia.

    O regime de Kiev está respondendo por furiosamente promover as forças de extrema-direita que a trouxeram ao poder no ano passado, bem como os seus antepassados ​​políticos-as forças fascistas ucranianas que colaboraram com a invasão nazista na União Soviética e do extermínio dos judeus na Ucrânia durante Segunda Guerra Mundial.

    Na semana passada, Poroshenko assinou em lei um projeto de lei que proíbe referência ao comunismo ou  ao passado soviético da Ucrânia e honrando grupos fascistas ucranianos, como a Organização dos Nacionalistas Ucranianos (OUN) e o Exército Insurgente Ucraniano (UPA) como combatentes da liberdade.

    Enviada pela BBC sobre o papel das forças de extrema-direita no apoio a seu regime, Poroshenko inicialmente descartou qualquer afirmação como "propaganda russa." Pressionado pelo entrevistador para comentar sobre o papel especificamente do setor direita e do Batalhão de Azov, disse Poroshenko que, dada a disseminação das forças de extrema-direita, como a Frente Nacional na França ou o Partido da Independência do Reino Unido na Grã-Bretanha, ele não achava que a ucraniana extrema direita se tornou um perigo.

    "Eles são ativos na França, eles estão ativos no Reino Unido, eles são ativos na Áustria, em alguns países europeus ... Eu entendo a responsabilidade, e eu garanto que a Ucrânia irá manter uma tradição democrática", disse ele.

    Na verdade, declarações inflamadas do regime de  Kiev em guerra com a Rússia e sua promoção do legado do fascismo do século 20 ressaltam a fraude total dos créditos dos seus aliados ocidentais que a sua intervenção na Ucrânia está destinada a defender a democracia ou a liberdade.
     http://www.wsws.org
     
     

    E os passos em direção a uma guerra aberta entre Ucrânia e Rússia estão sendo dados...


    O Parlamento da Ucrânia invalida acordos de cooperação militar com a Rússia
     

    By PETER LEONARD
     
    Por  Associated Press
     
    e via  Startribune
     
    21 de Maio , 2015 — 8:45am
    KIEV, Ucrânia - O Parlamento da Ucrânia na quinta-feira votara para suspender a cooperação militar com a Rússia em um movimento há muito esperado sinalizando mais uma ruptura nas  tensas relações entre os parceiros, uma vez boas.
     
    Kiev também produziu o que ele dizia ser fresca confirmação de envolvimento da inteligência russa em semear inquietação nas regiões orientais separatistas, dizendo que é evidência de planos continuados russas para desestabilizar a Ucrânia,
     
    Os cinco acordos de cooperação desmantelados pela Verkhovna Rada incluem um dando os direitos de trânsito  aos militares russos para chegar a Moldávia, cujo território é parcialmente controlado por um governo separatista  por Moscow-suportado.
     
    As relações entre a Rússia e a Ucrânia despencou depois da derrubada, em fevereiro de 2014, Moscow apoiado. O presidente ucraniano, Viktor Yanukovych. Rússia posteriormente anexou a Criméia uma  Península da Ucrânia. Kiev também acusa Moscou de armar e de pessoal insurgências separatistas no leste da Ucrânia.
     
    Rússia nega firmemente que esteja envolvida com a insurgência separatista armada na Ucrânia.
     
    Em se afastando da Rússia, Ucrânia atinge cada vez mais força de assistência da OTAN, uma organização atual governo espera que o país acabará por entrar.

    A Rússia tem cerca de 1.500 tropas estacionadas na Trans-Dniester, uma faixa de litoral separatista da Moldávia, que faz fronteira com a Ucrânia. Ab-rogação dos direitos de trânsito para aquelas tropas cria um problema logístico tenso para a Rússia e nenhuma solução é imediatamente aparente.
     
    "Como ela está agora, nós temos que pensar sobre isso, encontrar um caminho. Não devemos jogar fora a  Trans-Dniester e a  Moldávia", disse Vladimir Komoedov, presidente do comitê de defesa da câmara baixa do parlamento russo, de acordo com a agência de notícias Interfax.
     
    Mas ele disse que a Rússia não irá considerar medidas de retaliação por enquanto.
     
    Também quinta-feira, a Ucrânia divulgou o que disse ser novas provas que demonstrem que os serviços de inteligência estrangeiros russos têm desempenhado um papel decisivo em provocar distúrbios no leste da Ucrânia desde abril de 2014.
     
    Dois cidadãos russos capturados lá durante a semana passada eram oficiais ativos com a principal Intelligence Directorate da Rússia, da Ucrânia  o chefe do Serviço de Segurança  de contra-espionagem Vitaliy Naida disse numa conferência de imprensa.
     
    O serviço publicou os nomes e fotos de 12 outras pessoas que já cumpriu na mesma unidade que os homens capturados.
     
    Naida disse que a unidade funcionou com  operações de sabotagem, emboscadas planejadas para as tropas ucranianas, definir minas e bombas direcionadas  para a população civil.
     
    Rússia confirmou os dois passando na televisão por autoridades ucranianas são cidadãos russos e que eles estavam anteriormente no serviço militar, mas diz que eles não estão mais em serviço ativo e foi para a Ucrânia como voluntários.
     
    Em declarações vídeo postado pelo Serviço de Segurança da Ucrânia, os homens dizem que faziam parte de uma operação de reconhecimento na região de Luhansk  no sábado, quando eles foram disparados em, ferido e capturado. Ambos dizem que eles eram membros de uma brigada do Exército com sede na cidade russa de Togliatti e tinha sido implantado na Ucrânia há mais de um mês.
     
     
    Fonte: http://undhorizontenews2.blogspot.com.br/

    Diga não à hipocrisia

     

    Chico Vigilante

    CHICO VIGILANTE 21 de Maio de 2015 às 05:57

    A sociedade organizada tem que se manifestar contra magistrados e políticos que agem ilegalmente na defesa de interesses da classe dominante deste país

    O Brasil vive hoje um melancólico processo de hipocrisia política. O tema mais discutido da atualidade por jovens e adultos, de todas as classes sociais - a corrupção - é tratado de forma superficial e inconsequente.

    Muitos preferem apontar o dedo contra a presidenta Dilma e o PT sem refletir. A maioria não se dá conta do que realmente está acontecendo.

    Um detalhe de extrema importância sobre o qual venho insistindo deveria ser analisado por todos com a ajuda de lupas. Por que o juiz Sérgio Fernando Moro não processa e prende os tesoureiros dos outros partidos que receberam doações eleitorais legais de empresas privadas? Foi isso o que o PT fez.

    Há quase dois meses é de domínio público, por meio da grande imprensa, que o conjunto das empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato foi responsável, em média, pela doação de 40% dos recursos privados canalizados legalmente para os cofres dos três principais partidos do país – PT, PMDB e PDSB, entre 2007 e 2013.

    Por que desde então, o tesoureiro do PT foi o único dos tesoureiros de partidos políticos investigado, indiciado, preso e processado?

    Não sou o primeiro e espero não ser o último a fazer esta pergunta. Acho que ela deve ser repetida à exaustão. Não ouvi até hoje resposta satisfatória ou minimamente convincente a respeito, nem por parte daqueles que colocam Moro como guardião da legalidade nacional. Não ouvi, obviamente porque a resposta não existe.

    Muito pelo contrário. O que ele está fazendo tem apenas uma justificativa: faz parte da estratégia da direita brasileira de humilhar o Partido dos Trabalhadores, provar para a sociedade que ser petista é sinônimo de ser corrupto e afastar a possibilidade do PT nas eleições para o Executivo e o Legislativo municipais de 2016 e as para o Legislativo Federal, Senado, governos estaduais e a Presidência da República em 2018.

    Para cumprir esta tarefa a escolha de Moro foi excelente. Seu currículo demonstra um caráter narcisista e ditatorial, além da óbvia inclinação direitista.

    De tão absurda a atuação de Moro vem sendo criticada pela OAB, por juristas de renome e mais recentemente está sendo questionada junto ao Supremo Tribunal Federal e ao Conselho Nacional de Justiça.

    Uma representação contra Moro encaminhada ao CNJ no início deste mês por Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, cuja iniciativa recebeu o apoio de 3.410 cidadaõs brasileiros, pontua, questiona e pede providências legais e penais sobre o comportamento de Moro em relação à Operação Lava Jato.

    Entre os pontos que deixam claro as arbitrariedades cometidas pelo juiz estão: o constante vazamento de informações sobre o sigilo da justiça; o uso indiscriminado de prisão preventiva ( infração da lei federal 12.850/2013 ); a decisão de não investigar, tomar depoimentos ou processar os tesoureiros dos outros partidos políticos citados nas delações; a prisão seguida de execração pública de Marice Correa de Lima, cunhada de João Vacari Neto, tesoureiro do PT; e a do próprio Vacari.

    Moro mandou prender Marice porque queria a qualquer custo provar que Vacari era corrupto mas as “certezas” do juiz revelaram-se infundadas. Moro prorrogou a prisão dela mesmo vencido o prazo de cinco dias da prisão temporária - baseada no mico das imagens do caixa eletrônico que depois comprovou-se ser da esposa de Vacari, Giselda Rousie de Lima, utilizando sua conta própria .

    E sob que alegação ? a de que Marice havia mentido durante o depoimento. A mesma “mentira” que ele descobriu ser verdade, a de que ela não era a mulher que fazia depósitos na conta de Vacari. Mais kafkiana a situação, impossível!

    Moro deveria ter no mínimo feito um pedido público de desculpas a Marice, por ter sido obrigada a abandonar uma viagem de trabalho no exterior e pouco depois aparecer em todos os grandes veículos de comunicação como criminosa e presa pela Polícia Federal.

    Por que será que Moro, como magistrado presidente e oficiante nos autos das investigações e dos processos decorrentes da Operação Lava Jato, jamais determinou a apuração sobre os vazamentos de informações sigilosas? Essa responsabilidade é dele. Ele está satisfeito com ela? A quem interessa os vazamentos direcionados?

    Por que Moro mantém até hoje Vacari detido no regime de prisão preventiva como um verdadeiro adiantamento da execução da pena que pode vir a sofrer, caso se comprovem contra ele as acusações do processo que corre na 13 Vara da Justiça Federal de Curitiba ?

    Esse questionamento deveria ser feito, segundo a representação de Eduardo Guimarães ao CNJ, levando em consideração decisão recente do STF, no sentido de que fossem libertados os empresários que vinham sendo mantidos presos por meses a fio sem uma explicação plausível, “talvez apenas como instrumento de pressão psicológica para força-los a aderir às tais delações premiadas”.

    Sobre isso o relatório do ministro Teori Zavascki, publicado no site do STF é bastante esclarecedor. Ele afirma que seria “extrema arbitrariedade” manter a prisão preventiva considerando-a como possibilidade de pressão e acrescenta que “subterfúgio desta natureza, além de atentatório aos mais fundamentais direitos consagrados na Constituição constituiria medida medievalesca que cobriria de vergonha qualquer sociedade civilizada”.

    O histórico de excessos de Moro é muito mais amplo. Ao longo de sua carreira ele foi alvo de procedimentos administrativos, discutidos no STF e CNJ, todos estranhamente arquivados após correrem sob sigilo.

    Entre as reclamações há o caso em que Moro mandou a PF oficiar todas as companhias aéreas para saber os voos em que os advogados de um investigado estavam.

    À época o ministro Celso Mello se referiu a questão como fatos “extremamente preocupantes” citando o “monitoramento de advogados” e o “retardamento do cumprimento de ordem emanada pelo TRF-4”.

    Em seu voto o ministro disse: “não sei até que ponto a sucessão dessas diversas condutas não poderia gerar a própria inabilitação do magistrado para atuar naquela causa, com nulidade dos atos por ele praticados. “

    “O interesse pessoal que o magistrado revela” - continua Mello - “em determinado procedimento persecutório, adotando medidas que fogem à ortodoxia dos meios que o ordenamento positivo coloca à disposição do poder público, transformando-se a atividade do magistrado numa atividade de verdadeira investigação penal. É o magistrado investigador.”

    A investigação do caso Banestado levou Moro ao CNJ mais de uma vez. Prendeu preventivamente por 49 dias um dos acusados de falsificação de liminares para sacar títulos públicos junto ao BB, e renovou por 15 vezes a interceptação do telefone do reu. Ao final das investigações conclui-se que os títulos eram verdadeiros e que as decisões judiciais foram de fato tomadas.

    Outra prova do autoritarismo de Moro foi dada em 2010. Uma reportagem da Conjur mostrou que por ordem dele e do juiz Leoberto Simão – os dois responsáveis pela coordenação das execuções penais no Paraná- era feito o monitoramento por áudio e vídeo de conversas entre presos, familiares e advogados, nas salas de visitas e no parlatório do presídio federal de segurança máxima de Catanduvas, Paraná, desde 2007.

    Ou seja, Moro autorizava a monitoração de todos os encontros dos presidiários. Ultrajava seus direitos humanos e de seus familiares e os direitos dos advogados de avistar-se, pessoal e reservadamente, com seus clientes, violando Estado democrático e o sagrado direito de defesa.

    À época, a OAB manifestou-se a respeito afirmando que este tipo de ação representava a chancela das autoridades judiciárias ao Estado policial bisbilhoteiro.

    A sociedade brasileira não pode permitir que Moro continue agindo de forma política e parcial nos processos da Operação Lava Jato.

    Não é possível que a Justiça brasileira tenha dois pesos e duas medidas. Basta que um dos criminosos confessos cite, nas delações premiadas, um nome petista para que esta pessoa seja colocada com a ajuda da imprensa no centro de um tsunami de mentiras e ilegalidades penais.

    Por outro lado a blindagem tucana é total. Moro se fingiu de cego e surdo, em relação a várias situações insustentáveis como :

    - quando o policial federal conhecido como "Careca" informou que havia entregue R$ 1 milhão de propina ao senador tucano Antonio Anastasia, que permanece incólume.

    - quando o senador Aécio Neves, foi citado por Alberto Youssef na lista de Furnas, estando o vídeo da gravação disponível na internet para quem quiser ver;

    - quando o assunto é a truculência contra os professores do governador tucano Beto Richa, do Paraná, que colocou a polícia contra os professores, deixando mais de 200 feridos.

    - quando o auditor fiscal Luiz Antonio de Souza afirmou recentemente que a campanha de Richa recebeu R$2 milhões de um esquema de corrupção da Receita Estadual, investigado pela Operação Publicano.

    No auge da hipocrisia política Aécio Neves senta no rabo e só aparece para fazer críticas ferozes ao governo da presidenta Dilma Roussef. Na mesma linha trabalham Eduardo Cunha e Renan Calheiros ambos citados em casos de corrupção continuam incólumes nas presidências da Câmara e do Senado.

    Na última semana levantaram mais uma vez a bola já murcha e desacreditada do impeachment de Dilma. A mesma ideia já defendida e depois abandonada por todos eles. Nenhum deles foi as ruas carregar um cartaz de abaixo Dilma. Apenas insuflaram a população a respeito.

    Esta semana, mais uma vez, Eduardo Cunha tirou da cartola uma nova sandice: declarou que se todos os partidos de oposição chegarem a um acordo a respeito do impeachment de Dilma ele endossará a ideia.

    BASTA DE HIPOCRISIA. A SOCIEDADE ORGANIZADA NÃO É ESTÚPIDA. NÃO PODEMOS ACEITAR QUE MINTAM DESCARADAMENTE E QUE ARMEM IMPUNEMENTE PARA TIRAR DO PODER UMA PRESIDENTA ELEITA DEMOCRATICAMENTE PELO POVO BRASILEIRO.

    http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/181765/Diga-não-à-hipocrisia.htm

    Tinha bafômetro no programa do PSDB ?

     

    A picolé de chuchu engazopou o cambaleante Aecím.

    A propósito do programa (sic) do Aecím, que barrou o Cerra e o Alckmin, o Miro Borges fez afiada análise:

    Aécio Neves fugiu do bafômetro na TV?

    Por Altamiro Borges
    O cambaleante Aécio Neves ainda não se curou da ressaca de outubro passado. Em rede nacional de rádio e tevê do PSDB, ele voltou a esbanjar valentia contra a presidenta Dilma, tentando envolvê-la no esquema de corrupção da Petrobras – para justificar seu desejo recalcado de abertura do processo de impeachment. “O Brasil precisa saber definitivamente quem roubou, quem mandou roubar e que, sabendo de tudo, se calou ou nada fez para impedir”, esbravejou.
    Ele poderia ter aproveitado o horário nobre para explicar o inexplicável aeroporto construído na fazenda do seu tio-avô, com recursos públicos, quando era governador de Minas Gerais. Ou o montante que foi garfado dos cofres do Estado para financiar as rádios da sua família. Também poderia esclarecer, de uma vez por todas, seu envolvimento na sinistra Lista de Furnas – que só não levou à inclusão do seu nome na Operação Lava-Jato graças à generosidade do juiz Sérgio Moro e do procurador-geral Rodrigo Janot e à cumplicidade da mídia tucana.
    Talvez pela ausência no estúdio de um bafômetro – tão comum nas baladas no Rio de Janeiro –, o senador carioca-mineiro novamente tentou se travestir de vestal da ética. Aécio Neves acha que goza de muita credibilidade na sociedade. Um dia antes, no seu palanque eleitoral na Folha, ele comparou as gestões de FHC e Dilma. Para ele, o guru tucano, “em seus oito anos no Palácio do Planalto, perdeu popularidade, mas jamais a credibilidade”. Já a petista, “hoje comanda um governo sem rumo, sem projeto e sem credibilidade”.
    Em rede nacional de rádio e televisão, o PSDB não apresentou qualquer proposta e voltou a explicitar que não tem rumo e projeto. Nas redes sociais, durante a exibição do programa, a hashtag “PSDBteupassadotecondena” confirmou o descrédito da legenda, hoje presidida por Aécio Neves, o cambaleante em prolongada ressaca! Ele que se cuide. Seus discursos raivosos não estão conseguido convencer nem seus pares. No ninho tucano, as bicadas são cada vez mais sangrentas.
    Na semana passada, por exemplo, o governador Geraldo Alckmin, com seu estilo de “picolé de chuchu”, garantiu maior espaço para seu grupo político na composição da próxima executiva nacional do PSDB. A própria Folha tucana registrou o golpe: “Os alckministas acham que o paulista foi o principal vitorioso em 2014 e não pode ser sub-representado. Ele e Aécio devem disputar internamente para concorrer ao Planalto em 2018”. Pelo jeito, só restará a companhia dos “paneleiros” para o cambaleante tucano.

    http://www.conversaafiada.com.br/politica/2015/05/20/tinha-bafometro-no-programa-do-psdb/

    O estranho silêncio da mídia sobre os R$ 40 bilhões sonegados

     

    publicado em 20 de maio de 2015 às 13:23

    Globo sonega

    Na Zelotes uma das investigadas é a RBS, parceira da Globo; no HSBC, surgiu uma conta da esposa de Roberto Marinho.

    QUAL O TAMANHO DO ESCÂNDALO?

    por Fernando Marroni*

    Recentemente, dois escândalos de sonegação vieram à tona no Brasil: o deflagrado pela Operação Zelotes; e o das contas de brasileiros no HSBC da Suíça. Na Zelotes, estão envolvidas grandes empresas brasileiras; inclusive, empresas que controlam a grande imprensa brasileira. A sonegação estimada é de cerca de R$ 19 bilhões.

    No escândalo do HSBC, foram identificados 8.667 correntistas brasileiros que possuíam, em 2006 e 2007, cerca de US$ 7 bilhões depositados na filial suíça do HSBC, o que corresponde a R$ 21 bilhões. Vejam bem: R$ 21 bilhões é o orçamento previsto para o Bolsa Família em 2015. Ou seja, os ilustres brasileiros podem ter sonegado um orçamento do Bolsa Família na Suíça — e ainda chamam de Bolsa Esmola?

    Recentemente, participei de uma audiência pública, aqui na Câmara dos Deputados, com o jornalista Fernando Rodrigues, único jornalista brasileiro a receber a documentação completa sobre as contas secretas. Saí convencido de que existem três crimes nesse escândalo: evasão fiscal, lavagem de dinheiro e sonegação. Acredito, ainda, que os integrantes da lista, de alguma forma, podem estar envolvidos com outros tipos crime, como tráfico de drogas ou tráfico de pessoas.

    A partir dessa audiência e de outras com órgãos do governo, a Câmara pode propor legislação mais rígida, porque o sistema financeiro mundial não aguenta mais essa evasão fiscal e lavagem de dinheiro. Penso que o Brasil deve enfrentar esse tema com maior rigor possível. As investigações e apurações devem apontar os culpados. Esses culpados deverão ser punidos e os recursos repatriados.

    Estamos falando de R$ 40 bilhões sonegados. Esse é o tamanho do escândalo. O mais impressionante é que a maior parte da mídia está calada; e a oposição, por sua vez, não move uma palha para obter mais informações. (Nenhum senador do PSDB assinou a CPI do HSBC, no Senado).

    Por quê?

    Do Viomundo

    Governadores se reúnem com Renan e apelam por mais recursos em todas as áreas

     

    Gestores pedem agilidade na aprovação de projetos que vão ajudar os Estados

    Luciano Augusto
    jornalismo@cearanews7.com.br

    Durante encontro com o presidente do Senado, Renan Calheiros, prefeitos entregaram uma lista de pedidos que inclui a inclui a criação dos fundos de compensação e de desenvolvimento regional para os estados que perderem com a unificação do ICMS.
    O projeto, que está pronto para ser votado pelo Plenário do Senado, depende do aval da equipe econômica. Eles também defenderam aumento nos repasses da União para as áreas de saúde, educação e segurança pública.
    Os governadores pediram que o Congresso Nacional não aprove projetos que aumentem despesas sem indicarem a fonte de recursos.

    http://www.cearanews7.com.br/ver-noticia.asp?cod=26141

    quarta-feira, 20 de maio de 2015

    Deputados da base governista se articulam para barrar CPI do Acquário na Assembleia

     

    Três comissões foram protocoladas sem discussão no plenário, surpreendendo oposição.
    jornalismo@cearanews7.com.br

    Foto: Paulo Rocha (Assembleia)

    O deputado Heitor Ferrer (PDT) afirmou nesta terça-feira (19), durante pronunciamento na Assembleia Legislativa, que é "muito esquisito" que três CPIs sejam protocoladas por parlamentares da base do Governo e que não tenha havido comentário ou debate dos temas no plenário, nem os autores tenham pedido a assinatura da oposição.
    "As CPIs são debatidas, os jornais noticiam pra sociedade ter conhecimento e os parlamentares não foram a público falar sobre as CPIs que iriam pedir”, destacou.
    O parlamentar ressaltou que vem fazendo a discussão sobre a CPI do Acquario há alguns meses, e que a existência do pedido de três CPIs protocoladas antes da CPI do Aquário pode inviabilizar sua instalação. O deputado ressaltou que acredita que há o propósito da base do governo em se articular para evitar a instalação da CPI do Aquário.
    Em aparte, o deputado José Sarto (Pros) explicou que uma das CPIs foi pedida por ele para investigar fraudes no seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT). Segundo ele, vários casos foram noticiados, o Ministério Público determinou a prisão de oito pessoas e desbaratou uma quadrilha que fraudava o benefício. O parlamentar ressaltou que não houve tentativa de enganar ou barrar uma investigação e que a legalidade da CPI ainda será analisada pela presidência da Casa.
    O deputado Danniel Oliveira (PMDB) pediu a palavra para declarar que “o que fica claro para a população é que o Governo está olhando a CPI do Aquário com medo”. Para ele, torna-se cada vez mais necessário investigar a obra. O parlamentar sugeriu que o Regimento Interno seja revisto para que sejam instaladas as quatro CPIs na Casa.
    A deputada Rachel Marques (PT) pediu aparte para rebater as críticas de que as CPIs foram pedidas para evitar a investigação sobre o Acquario Ceará. Ela ressaltou que seu requerimento pra investigar a questão das drogas no Estado preenche todos os requisitos legais. Ela lembrou ainda que os efeitos da CPI da Exploração Sexual, presidida por ela em 2005, repercute até hoje.

    http://www.cearanews7.com.br/ver-noticia.asp?cod=26121

    Fachin vai relatar no STF denúncia contra Renan

     

    :

    247 – O juiz Luiz Fachin, que saiu vitorioso em sua empreitada rumo ao Supremo Tribunal Federal, vai assumir agora a relatoria de processos herdados de Ricardo Lewandowski.

    Entre eles, segundo a colunista Vera Magalhães, está a denúncia contra Renan Calheiros (PMDB-AL) por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso.

    O presidente do Senado, que comandou a tentativa de derrubar o juiz no plenário, foi denunciado pelo ex-procurador-geral da República Roberto Gurgel por suposto uso de dinheiro de empreiteira para pagar pensão a uma filha fora do casamento.

    Após a votação, Fachin adotou um tom conciliador sobre a ação de Renan. Ele afirmou que o presidente do Senado foi "neutro" na condução de seu processo de escolha.

    http://www.brasil247.com/pt/247/brasilia247/181588/Fachin-vai-relatar-no-STF-denúncia-contra-Renan.htm

    terça-feira, 19 de maio de 2015

    Eleição Lula monta conselho político para eventual candidatura

     

    Marcam presença nas reuniões os prefeitos Fernando Haddad, Luiz Marinho e os secretários Alexandre Padilha e Arthur Henrique, entre outros

    Lula monta conselho político para eventual candidatura

    18 de Maio de 2015 | Por Notícias ao Minuto

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já disse várias vezes que não pretende concorrer à Presidência da República. Porém, ele montou uma equipe com o intuito de pavimentar uma eventual candidatura em 2018.

    De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, essa equipe foi batizada de "grupo para o futuro" e foi montado em 2014. Eles têm se reunido semanalmente no Instituto Lula, atual escritório político.

    Além de assessores, o conselho de Lula conta ainda com os prefeitos Fernando Haddad (São Paulo) e Luiz Marinho (São Bernardo) e os secretários municipais Alexandre Padilha (Relações Governamentais) e Arthur Henrique (Trabalho).

    Ainda de acordo com o jornal, as reuniões também têm a participação do empresário Josué Gomes, presidente do grupo Coteminas, do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e do presidente do sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques. Luciano Coutinho, presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), é um conselheiro eventual.

    O ex-presidente é quem conduz o debate, baseado-se em pilares que define como marcos de sua administração: desenvolvimento social, estabilidade, direitos humanos e política externa. Ele se mostra insatisfeito com a articulação política do governo de Dilma Rousseff e repete que não tem condições de disputar a Presidência sem propostas. E admite não ter ainda essas respostas. Na opinião de um amigo, pela primeira vez Lula está "sem brilho no olhar".

    Em busca de saídas e possíveis respostas, o ex-presidente recrutou seus colaboradores. Nesses encontros, instiga-os a apresentar soluções. Ele também ouve muitas reclamações e pedidos de intermediação junto à presidente.

    "As reuniões servem de aconselhamento ao presidente [Lula].Para orientá-lo nos movimentos que ele deve fazer", explica Rafael Marques à Folha.

    Filho do ex-vice-presidente José Alencar, morto em 2011, Josué Gomes afirma que sua participação depende de sua agenda: “Participo quando o assunto envolve economia. Para dar um depoimento sobre como estão o mercado e a competitividade", explica.

    http://www.noticiasaominuto.com.br/politica/102102/lula-monta-conselho-pol%c3%adtico-para-eventual-candidatura

    Vitória de Dilma: Fachin é aprovado com 52 votos

     

    :

    A presidente Dilma Rousseff teve hoje uma grande vitória no Senado: a aprovação, pelos senadores, da indicação do jurista Luiz Edson Fachin para ocupar a 11ª vaga no Supremo Tribunal Federal (STF); para que o nome fosse aprovado, eram necessários, no mínimo, 41 votos por Fachin, mas o resultado teve mais folga, com 52 posicionamentos favoráveis, contra 27 que votaram contra o advogado gaúcho; a votação é secreta; o nome levantou críticas da oposição, mas recebeu apoio geral e irrestrito no meio jurídico

    19 de Maio de 2015 às 19:07

    Brasília 247 - A presidente Dilma Rousseff teve hoje uma grande vitória no Senado: a aprovação, pelos senadores, da indicação do jurista Luiz Edson Fachin para ocupar a 11ª vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

    Para que o nome fosse aprovado, eram necessários, no mínimo, 41 votos em defesa de Fachin, mas o resultado teve mais folga, com 52 posicionamentos favoráveis, contra 27 que votaram contra o advogado gaúcho. A votação é secreta.

    A sabatina de Fachin foi histórica, tendo durado cerca de 12 horas de perguntas. Em um momento de hostilidade ao governo Dilma, a indicação do jurista causou polêmica depois que veio à tona uma manifestação de Fachin favorável à eleição da presidente em 2010.

    Em seu discurso durante a sabatina, o relator Álvaro Dias (PSDB-PR) lembrou, no entanto, que a oposição que acusou Fachin de votar a favor do PT se esqueceu que ele já deu apoio a diversos políticos, como os ex-governadores José Richa (Paraná) e Mário Covas (São Paulo) e o prefeito de Curitiba Gustavo Fruet.

    As críticas também eram voltadas pelas relações do jurista com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Fachin recebeu, porém, o apoio geral e irrestrito do meio jurídico. Nesta terça-feira 19, um grupo de dez ex-presidentes da OAB publicaram uma moção de apoio ao advogado e pediram "serenidade" e "isenção" ao Senado durante a votação.

    http://www.brasil247.com/pt/247/brasilia247/181570/Vitória-de-Dilma-Fachin-é-aprovado-com-52-votos.htm

    China anuncia 1ª fábrica de painéis fotovoltaicos no Brasil

     

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    A meta do Grupo BYD, da China, é produzir 400 MW de painéis solares por ano; memorando de entendimento para oficializar o investimento de R$ 150 milhões foi assinado nesta terça-feira 19 em cerimônia no Palácio do Planalto pelo presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), David Barioni, e pela vice-presidente do Grupo BYD, Stella Li

    19 de Maio de 2015 às 13:26

    O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), David Barioni, e a vice-presidente do Grupo BYD, Stella Li, anunciam nesta terça-feira (19), investimentos de R$ 150 milhões para instalação da primeira fábrica de painéis solares fotovoltaicos no Brasil. A meta da empresa é produzir 400 MW de painéis solares por ano. Na ocasião, a Agência e a BYD assinarão um memorando de entendimento para oficializar o investimento. A cerimônia acontece no Palácio do Planalto, no âmbito da visita do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang.

    A BYD Energy faz parte do Grupo BYD, gigante chinês que emprega 180 mil pessoas em 15 unidades instaladas em várias partes do mundo. Desde 2011, o grupo prospecta o mercado brasileiro e, desde então, conta com o apoio da Apex-Brasil, agência vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No ano passado, o grupo chinês aportou R$ 100 milhões na instalação de uma fábrica de ônibus elétricos em Campinas (SP).

    O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, acredita que a chegada de uma nova planta para fabricação de painéis fotovoltaicos no Brasil deve ser celebrada não apenas pela geração de novos empregos, mas também por ser um estímulo para o desenvolvimento da indústria nacional. "Esta nova unidade é um investimento em alta tecnologia, que estimulará a setores indiretos do nosso parque industrial. São novos postos de trabalho, em um setor de grande adensamento tecnológico. Há muitos fatores positivos nesta operação".

    David Barioni explica que a concretização de aportes estrangeiros é uma decisão que envolve muito planejamento, por isso leva tempo para ser concretizada. "É comum uma empresa levar até três anos para aplicar o recurso. É uma decisão que envolve cifras vultosas. Neste caso específico, muito além do dinheiro, o investimento representa um avanço tecnológico para o Brasil, inaugurando uma nova frente de produção energética".

    A Apex-Brasil apoia empresas estrangeiras com informações sobre o mercado brasileiro, análise de custos operacionais, localização de áreas para instalação da fábrica e, principalmente, na interlocução governamental nas três esferas: federal, estadual e municipal.

    Mais investimentos

    A empresa vai instalar também um centro de pesquisa e desenvolvimento com foco em estudos e tecnologias para veículos elétricos, baterias, smart grid, energia solar e iluminação. O centro e a nova fábrica de paineis também serão instalados em Campinas.

    "Creio que o nosso compromisso com a tecnologia e a inovação em tudo o que fazemos, trará aos brasileiros uma alternativa em energia renovável para enfrentar os desafios futuros, e viver uma vida mais saudável e mais gratificante", afirma a vice-presidente sênior da BYD, Stella Li.

    Até 2017, o Grupo BYD pretende investir R$ 1 bilhão no Brasil. Para o diretor de relações governamentais da BYD Brasil, Adalberto Maluf, o investimento em painéis solares inaugura uma nova fase da energia limpa. "Traremos uma tecnologia de ponta, chamada de double glass, que significará paineis solares fotovoltáicos com maior eficiência e durabilidade em relação aos paineis convencionais. Com isso, a geração limpa e descentralizada será cada vez mais competitiva no Brasil".

    Do Brasil 247