terça-feira, 19 de maio de 2015

Brasil e China selam investimentos de US$ 53 bi

 

Roberto Stuckert Filho/PR: Brasília - DF, 19/05/2015. Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia oficial de chegada do Primeiro-Ministro da República Popular da China, Li Keqiang. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.

"O Brasil atribui grande importância à assinatura desse acordo sobre investimento e capacidade produtiva nas áreas de energia elétrica, mineração, infraestrutura e manufaturas", disse a presidente Dilma em declaração conjunta ao lado do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang; Dilma também anunciou que será criado um fundo de US$ 50 bilhões para investimentos no Brasil em infraestrutura, pela Caixa Econômica Federal e o Banco Industrial e Comercial da China; entre os 35 acordos comerciais firmados entre os dois países nesta terça-feira 19, está a construção da ferrovia que vai ligar o litoral brasileiro, pelo Pará, ao peruano, no Pacífico, e o acordo da Petrobras com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB), no valor de US$ 5 bilhões, também para financiamento de projetos

19 de Maio de 2015 às 13:57

247 - Os governos do Brasil e da China firmaram acordos que chegam a mais de 53 bilhões de dólares, anunciou a presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira, 19.

"O Brasil atribui grande importância à assinatura desse acordo sobre investimento e capacidade produtiva... nas áreas de energia elétrica, mineração, infraestrutura e manufaturas", disse Dilma em declaração conjunta ao lado do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang.

Entre os acordos está o de financiamento da linha ferroviária que irá da costa brasileira no oceano Atlântico até a costa peruana no Pacífico, a fim de reduzir os custos de exportações para a China. O fundo também financiará um empreendimento conjunto para produzir aço no Brasil.

Entre os acordos estão um entre a chinesa Cexim e a Petrobras, no valor de US$ 2 bilhões, para financiamento de projetos na petroleira. A Petrobras também assinou acordo com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB), no valor de US$ 5 bilhões, também para financiamento de projetos.

A mineradora Vale também assinou acordo de cooperação financeira global com o ICBC, para oferta de serviços financeiros no valor de US$ 4 bilhões. Também fez um trato para financiamento da compra de 10 navios de minério de ferro de tonelagem de 400 mil toneladas, com o Grupo China Merchants e a Cexim.

A Vale ainda assinou acordo para aquisição de quatro navios da classe carregadores de minério de grande porte, com a chinesa Cosco. O presidente da mineradora brasileira assinou seis acordos com dirigentes chineses. Entre eles estão memorando de financiamento sobre projetos de compra de diversos navios para o transporte de minério de ferro.

O chefe de governo chinês chegou por volta das 10h30 ao Palácio do Planalto, subiu a rampa e foi recepcionado por Dilma na entrada do Salão Nobre. A visita do primeiro-ministro ocorre menos de um ano após a vinda ao Brasil do presidente da China, Xi Jinping, quando foram assinados mais de 50 acordos. A expectativa é que hoje sejam assinados pelo menos 30 atos entre os dois países com o objetivo de aprofundar as relações de cooperação e comércio bilaterais.

A delegação de Li Keqiang inclui 150 empresários chineses que estão reunidos com o empresariado brasileiro na Cúpula Empresarial Brasil-China, no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores. Durante a visita da missão chinesa, o governo brasileiro espera solucionar a questão da liberação das exportações de carne bovina para a China. Durante a visita de Xi Jinping, em julho do ano passado, foi anunciado o fim do embargo chinês à carne brasileira, em vigor desde 2012. No entanto, ainda falta a assinatura de um protocolo sanitário.

Confira abaixo reportagem da Reuters sobre o assunto:

Brasil e China firmam acordos de mais de US$53 bi e criarão fundo para infraestrutura

BRASÍLIA (Reuters) - Brasil e China assinaram nesta terça-feira acordos que superam os 53 bilhões de dólares para investimentos e contratos de cooperação financeira, assegurando um fluxo de capital importante para a economia brasileira no momento em que busca se recuperar.

"O Brasil atribui grande importância à assinatura desse acordo sobre investimento e capacidade produtiva... nas áreas de energia elétrica, mineração, infraeraestrutura e manufaturas", disse a presidente Dilma Rousseff ao lado do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, em visita ao Brasil.

Dilma também anunciou que será criado um fundo de 50 bilhões de dólares para investimentos no Brasil em infraestrutura, pela Caixa Econômica Federal e o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC), confirmando reportagem da Reuters da semana passada.

"O primeiro-ministro (chinês) e eu reafirmamos a importância também de nossas relações financeiras. O acordo entre a Caixa Econômica e o Banco Industrial e Comercial da China criará um fundo de 50 bilhões de dólares, fortalecendo as opções para financiamento de projetos de infraestrutura no Brasil", declarou Dilma.

Os investimentos em infraestrutura são a principal aposta da equipe do governo Dilma para retomar a atividade econômica. O Produto Interno Bruto (PIB) deve ter contração de 1,20 por cento em 2015, segundo boletim Focus do Banco Central, depois de ter apresentado variação positiva de 0,1 por cento no ano passado.

GRANDES EMPRESAS

Os acordos de cooperação com a China envolvem grandes empresas brasileiras, como Petrobras, Vale e Embraer.

No caso da estatal petroleira, foram firmados dois acordos para financiamento de projetos somando 7 bilhões de dólares. O maior deles, no valor de 5 bilhões de dólares, é com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB).

No começo de abril, a Petrobras já tinha firmado contrato de financiamento de 3,5 bilhões de dólares com o CDB.

Já a Vale fechou nesta terça a venda de quatro navios Valemax, para transporte de minério de ferro, à China Merchantz Energy Shipping (CMES). A mineradora brasileira também ampliou um acordo de cooperação financeira de 4 bilhões de dólares com a China, segundo autoridades.

A Embraer, por sua vez, formalizou um contrato já conhecido para vender 22 aviões regionais a uma companhia aérea chinesa, em um negócio de 1,1 bilhão de dólares a preços de tabela. Há previsão de que o acordo seja ampliado adiante para incluir outras 18 aeronaves da fabricante brasileira.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiará a exportação dos pedidos chineses à Embraer no montante de até 1,3 bilhão de dólares.

Em outra frente, o chinês Bank of Communications anunciou a compra de cerca de 80 por cento do banco brasileiro BBM por estimados 525 milhões de reais, marcando a primeira aquisição do grupo no exterior.

"A proposta de aquisição do Banco BBM é a primeira compra do Bank of Communications no exterior. Também marca o primeiro passo da expansão do banco na América Latina", disse o banco chinês em comunicado, lembrando que a China vem sendo o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009.

http://www.brasil247.com/pt/247/economia/181517/Brasil-e-China-selam-investimentos-de-US$-53-bi.htm

O recado das armas Mauro Santayana analisa momento político brasileiro

 

Mauro Santayana

Segundo declarações dadas em Mimoso, no Estado do Mato Grosso, divulgadas pelo jornalista Jacques Gosch, do Rdnews, do mesmo estado, o Comandante do Exército, General Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, declarou, nas comemorações do sesquicentenário do nascimento do Marechal Cândido Rondon, que os "manifestantes que reivindicam uma intervenção militar contra a presidente Dilma Rousseff nas ruas ou nas redes sociais estão completamente fora da realidade".
Segundo o Comandante do Exército, "não é papel das Forças Armadas fiscalizar o governo, derrubar o governo ou interferir na vida política do país"..."os manifestantes que pedem intervenção militar precisam compreender as normas da democracia brasileira antes de propor soluções sem fundamentação legal."
"Isso absolutamente não procede. Não tem nenhum fundamento. O Exército é uma força de sustentação do Estado de Direito e deve obediência à Presidente da República, que é nossa Comandante-em-Chefe."
As declarações do Comandante do Exército são didáticas e esclarecedoras, e deveriam servir de exemplo para outras áreas da administração pública, no sentido da orientação da população, muitas vezes manipulada pelos que torcem pelo "quanto pior melhor", e adoram disseminar boatos e desinformação, também a propósito das forças armadas, com táticas como a "invenção" de militares que não existem e o uso não autorizado de assinaturas de oficiais honrados da ativa e da reserva em manifestos de araque.
Os militares mais inteligentes e esclarecidos, não podem, como membros das forças armadas, expressar, diretamente, juízo de valor político.
Mas sentem - independentemente de sua posição política particular - que boa parte da resistência - e problemas - que os governos do PT vêm enfrentando, a ponto de o Brasil estar sendo reconhecidamente, descaradamente, espionado por potências estrangeiras, advêm da adoção de posições nacionalistas em áreas como a economia, as relações externas e a defesa nacional.
Não pode agradar àqueles que se consideram nossos tutores históricos ou eternos - por suposto destino manifesto - o fato de o Brasil ter passado da décima-quarta para a sétima economia do mundo, em apenas 12 anos, saindo de 504 bilhões de dólares de PIB para 2 trilhões e 300 bilhões de dólares agora, segundo o Banco Mundial.
Não pode agradar a nossos concorrentes pela liderança continental, ou, pelo menos, aos seus segmentos mais imperialistas e conservadores, que o Brasil tenha estendido sua influência do Cone Sul ao Caribe, por meio de instrumentos como o BNDES, o Mercosul, a CELAC, a UNASUL, e, sobretudo, do Conselho de Segurança da América do Sul, que tem possibilitado estreita cooperação entre as forças armadas da região, no sentido da manutenção da paz e da colaboração no desenvolvimento de meios de defesa contra potências extra regionais, com a compra de lanchas de patrulha fluvial, pelo Brasil, em países como a Colômbia, a venda de aviões aqui fabricados para diferentes países latino-americanos; e a participação de países como a Argentina - antes considerados como nossos arqui-inimigos - no desenvolvimento de projetos conjuntos como o avião KC-390, da Embraer.
Não pode agradar a esses mesmos segmentos, que se expressam por meio de editoriais em jornais conservadores estrangeiros, que o Brasil mantenha uma postura independente e não alinhada na ONU e em outros fóruns internacionais; que tenha pago sua dívida com o FMI; que pleiteie mais poder nessa instituição e no Banco Mundial; que tenha estabelecido uma aliança estratégica com alguns dos maiores países do mundo, entre eles três potências espaciais e atômicas -China, Rússia, Índia, para oferecer ao planeta alternativa política e econômica à tutela dos Estados Unidos e da Europa, neste novo século; assim como nossa aproximação, também no âmbito do BRICS, com a África do Sul, para o estabelecimento de um eixo entre as duas maiores potências militares da região, para fazer frente estratégica e diplomaticamente à expansão da OTAN para o sul do Atlântico.
Assim como não pode agradar a esses setores conservadores e imperialistas estrangeiros, que o Brasil tenha voltado a produzir blindados, como os Guarani; que ele tenha construído uma nova base de submersíveis, que ele tenha montado uma fábrica própria e esteja construindo um submarino atômico e mais quatro convencionais. Ou que tenha alcançado a motorização própria de mísseis navais tipo Exocet; que esteja desenvolvendo mísseis de cruzeiro como o AV-MT 300 Matador, com 300 quilômetros de alcance; ou voltado a fabricar e a exportar barcos patrulha para países como a Namíbia; ou modernizado e voltado a exportar sistemas de mísseis como o Astros 2020 da Avibras; ou, com a participação de outros países, jatos militares cargueiros capazes de transportar até tanques, como o KC-390; radares como a família SABER da Bradar; a desenvolver caças de última geração como o Gripen NG-BR, com a Suécia; e fabricar, pela primeira vez, nossos próprios rifles de assalto, capazes de disparar até 600 tiros por minuto, como o IA-2, da IMBEL; ou mísseis Ar-Ar A-Darter como os que estamos desenvolvendo com a África do Sul.
O militar é o cidadão fardado. Ele é pai, ele é filho, ele é irmão. O militar brasileiro preza o campo de manobras, a bandeira da Pátria desfraldada ao sol, o avanço dos tanques e da infantaria, a “Selva!”profunda da Amazônia, o vento que sustenta o corpo do paraquedista em queda livre, que bate no rosto do marinheiro no convés da embarcação, na pista do porta-aviões ou na torre do submarino, ainda molhado, que acabou de emergir.
O militar brasileiro honra seu uniforme, tem - desde a escola e a academia - orgulho de se perfilar e desfilar com seus companheiros de farda, mas não se sente diferente, nem superior. Ele toma sua cerveja, gosta de assar uma carne, passeia com a família, frequenta a igreja, o cinema, leva o filho ao futebol e, quando é o caso de que possa se alistar como eleitor, comparece à sua Seção Eleitoral, exercendo, como qualquer brasileiro – seu pai, seu irmão, seu sobrinho, seu avô - o direito que tem de influenciar e decidir, pelo voto secreto e universal, o destino de sua cidade, de seu estado e de seu país.
O militar brasileiro preza o bom combate. A disputa limpa, homem contra homem, guerreiro armado contra seu oponente, o calor da luta, a vitória honrada, fruto da estratégia, do esmerado preparo, da determinação. Ele tem orgulho de defender, contra o eventual inimigo estrangeiro, as cores da Nação.
Os heróis do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, são aqueles, que, hoje, em tempos de paz, estão participando, direta e indiretamente, do desenvolvimento de nossas novas armas, e da proteção do país, assim como heróis das nossas três forças, são os que pereceram na defesa das costas brasileiras e na Campanha da Itália, que deram sua vida pela liberdade e a democracia, nas águas do Atlântico e na montanha, em lugares como Monte Castello, Castelnuovo, Montese, Collechio, Fornovodi Taro - onde o Brasil fez quase 15.000 prisioneiros em uma única batalha , obtendo a rendição incondicional do General OtttoFretter Pico, comandante da 148 Divisão Wermacht, e do General Mario Carloni, comandante da Divisão BersaglieriItalia, evitando que essa importante força escapasse para a Alemanha, e capturando centenas de caminhões e veículos militares .
Os brasileiros que caíram em nossa mais gloriosa guerra, o fizeram porque estavam combatendo o nazismo. Um regime em que não havia voto e a tortura e o assassinato eram moeda corrente. Os nossos pracinhas – cuja memória nunca é demais reverenciar – lutaram para que os brasileiros pudessem, um dia, votar diretamente em seu Presidente e livremente expressar suas ideias.
Aos macarthistas de plantão é preciso lembrar que o confronto entre as nações, agora, se dá muito mais no campo geopolítico do que no ideológico.
À China, não interessa expandir o seu bem-sucedido modelo de "um país, dois sistemas", que introduziu as modernas técnicas de produção capitalista em um país comunista com uma economia amplamente, em mais de 80%, estatizada, para outras nações, até para não arranjar concorrentes, como a maior base industrial do mundo.
Assim como não interessa a Cuba - que acaba de reatar relações diplomáticas com os EUA - exportar sua "revolução" a não ser que sejam seus “revolucionários” modelos de medicina tropical, de combate ao analfabetismo e de fomento ao esporte, de que são testemunhas os mais de 3 milhões de turistas estrangeiros que recebe todos os anos.
E, muito menos interessa meter a mão em cumbuca à Coreia do Norte, totalmente isolada, que está muito mais para mentecaptomunista do que para comunista, se formos considerar e dar ouvidos às notícias - algumas absolutamente incríveis - que nos chegam pela imprensa "ocidental" como a de que o Baby Doc às avessas que governa aquele país teria mandado executar um general, o seu Ministro da Defesa, por ter adormecido durante um desfile.
O discurso anticomunista, hoje, serve ao que quase sempre serviu no passado. Manter o status quo daqueles que não desejam perder seus privilégios, dentro de cada país, e atacar e enfraquecer os governos, nações, alianças e regiões que se oponham ao status quo consolidado, nos últimos 200 anos, pela dominação dos Estados Unidos da América do Norte, e, secundariamente, da Europa, sobre o resto do mundo, incluído o Brasil, mesmo que muitos brasileiros adorem emular os EUA e ajam como se já fôssemos de fato, e há tempos, uma colônia norte-americana.
Uma das principais razões para o Brasil estar sendo atacado, nesse contexto, é ter facilitado a aproximação, depois do balão de ensaio do IBAS (a aliança estratégica que nos une à Índia e à África do Sul) de potências que os conservadores norte-americanos - que usam o discurso anticomunista como meio de defender seus interesses - gostariam de manter afastadas e divididas, como a Índia, a China e a Rússia.
Não fazendo fronteira com nenhuma dessas nações, nem estando situado em sua região de influência, o Brasil - até mesmo por não ter ambições territoriais - tem atuado, desde o início da criação do BRICS, como um algodão entre cristais, facilitando a relação e ajudando a dirimir problemas no âmbito do grupo, e a viabilizar uma aliança contra a qual o "ocidente" sempre torceu, a ponto da imprensa ocidental tentar desancá-la, sabotá-la e desacreditá-la a todo momento, sempre que tem uma oportunidade.
O BRICS é perigoso para a hegemonia cultural, política, econômica e militar anglo-saxã, não apenas como exemplo, mas, principalmente, porque seus membros têm cacife para criar alternativas viáveis para o desenvolvimento econômico e social dos países mais pobres.
Alternativas que não passam por instituições sob o controle dos EUA e da Europa, como o FMI e o Banco Mundial, onde o poder e as cotas decisórias há muito não correspondem à importância do Brasil, China, Rússia e Índia no mundo atual.
Esta é a razão que está por trás da criação do Banco do BRICS e do fundo de reservas de seus países membros, para auxílio recíproco, aprovados pela Comissão de Relações Externas da Câmara dos Deputados esta semana.
A China é, hoje, o maior credor dos Estados Unidos. Pequim tem quase 4 trilhões de dólares em reservas internacionais. Nova Deli e Moscou têm mais de 350 bilhões de dólares cada, e o Brasil, com 373 bilhões de dólares (mais do que a Rússia ou a Índia, neste momento) acaba de voltar à condição de, isoladamente, terceiro maior credor externo dos Estados Unidos, segundo a página oficial do próprio tesouro norte-americano: http://www.treasury.gov/ticdata/Publish/mfh.txt
Se enganam, portanto, aqueles, que, na internet, ou nas ruas, acham que aos militares brasileiros, como cidadãos, interessa voltar ao tempo em que o Ministro das Relações Exteriores do Brasil tirava os sapatos no aeroporto, nos Estados Unidos, para deixar ser revistado; ou que devíamos 40 bilhões de dólares ao FMI; ou assinávamos voluntariamente tratados que nos impediam de pesquisar ou desenvolver armamento atômico.
O nacionalismo e o desenvolvimentismo, foram o esteio de governos militares como os do general Ernesto Geisel, que enfrentou os radicais das forças armadas e peitou os Estados Unidos, em episódios como o da assinatura do acordo nuclear Brasil-Alemanha.
Só o nacionalismo - que pode se projetar para um regionalismo integrativo e pragmático na América do Sul - e o desenvolvimentismo podem conduzir o Brasil ao lugar que merece, como o quinto maior país em território e população e a sétima economia do mundo; e os adversários do PT deveriam estar preocupados em criar projeto nesse sentido que corrigisse os eventuais erros e omissões do atual governo, no lugar de querer se contrapor a esse objetivo, patriótico, permanente, nacional, com a defesa do neoliberalismo, da desnacionalização do patrimônio público, da entrega das reservas do présal - cuja lei de royalties deveria ser modificada para incluir também parte dos gastos com defesa - e o desmonte do BNDES, que tem sido essencial para a evolução da indústria bélica nacional.
Ao falar como falou - mesmo que o tenha feito fortuitamente, respondendo a indagação eventual do repórter que o entrevistava - o Comandante do Exército, General Eduardo Villas Bôas passou clara, serena e inequívoca mensagem.
As armas não têm coloração política. Não são socialistas, nem anticomunistas, nem "capitalistas", nem fascistas, nem conservadoras. Elas servem aos interesses permanentes da nacionalidade, que são o engrandecimento e o fortalecimento da Pátria, e o fazem sob o mandato do Povo Brasileiro, consubstanciado no Artigo Primeiro do texto constitucional, que reza: "todo o poder emana do povo e em seu nome será exercido" por representantes eleitos, começando por aquele que tenha sido contemplado pela maioria dos votos como candidato à Presidente da República, a quem cabe, entre outras atribuições, a de Comandante Supremo das Forças Armadas.
Esse foi o recado das armas. Em defesa da Lei, da Constituição e da Democracia. E é assim que ele deve ser entendido.
Mauro Santayana é jornalista

Publicado no blog do Macário Batista

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Colômbia suspende uso de herbicida glifosato na erradicação de plantações ilegais de coca

 

Vivian Fernandes

Composto é considerado 'provável cancerígeno' pela OMS; país avalia alternativas como substituição de cultivos e erradicação manual das plantas

18/05/2015

Do Opera Mundi

Pulverização aérea | Foto: Reprodução

A Colômbia decidiu suspender a fumigação aérea de plantações ilegais de coca com o herbicida glifosato devido aos cada vez mais numerosos estudos relacionando a substância à ocorrência de câncer e outras doenças em seres humanos. A medida marca o fim da estratégia utilizada há décadas com o apoio dos Estados Unidos contra a produção e o tráfico de cocaína a partir do país.

Segundo o jornal britânico The Guardian, cerca de 300 toneladas de cocaína são produzidas a cada ano na Colômbia, que tem recebido apoio técnico e financeiro dos EUA há quase três décadas para fumigar as plantações ilegais de coca com um herbicida produzido com glifosato. Em março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) catalogou a substância como “provável cancerígeno” e assinalou que ela é considerada por especialistas como causadora de uma série de doenças.

O Conselho Nacional de Narcóticos da Colômbia realizou votação sobre o tema na última quinta-feira. “Tomamos a decisão, por 7 votos a 1, de suspender a fumigação com glifosato”, declarou o ministro da Saúde colombiano, Alejandro Gaviria. Ainda segundo o ministro, as operações serão suspensas nas próximas semanas, após a finalização de “formalidades administrativas”.

Segundo o jornal colombiano El Espectador, o ministro do Interior, Juan Fernando Cristo, considerou crucial “elaborar um plano de combate ao narcotráfico e aos cultivos ilícitos com a substituição social de cultivos e a erradicação manual das plantas, de maneira a não afetar a saúde dos colombianos”.

O glifosato é o principal ingrediente no herbicida mais utilizado no mundo, o Roundup, produzido pela Monsanto. A empresa contesta os estudos científicos e já exigiu retratação da OMS, alegando que a substância é segura.

Comunidades camponesas na Colômbia há tempos observam a relação entre o glifosato e a ocorrência de má-formação fetal e de doenças como o câncer entre a população rural, reporta o The Guardian.

O presidente Juan Manuel Santos pediu a suspensão das fumigações na última semana e alegou que os esforços das autoridades contra as drogas devem se voltar aos laboratórios e às redes de tráfico.

Opositores da medida alegam que o fim das fumigações pode acarretar o aumento das plantações e da produção de cocaína. O ministro Gaviria afirmou que o ministério da Defesa e outros órgãos do governo colombiano terão a tarefa de recomendar outras maneiras de erradicar as plantações ilegais.

http://www.brasildefato.com.br/node/32069

ANS suspende comercialização de 87 planos de saúde por queixas dos clientes

 

Aline Leal - Repórter da Agência BrasilEdição: Jorge Wamburg

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou hoje (18) a suspensão da venda de 87 planos de saúde de 22 operadoras por não cumprirem prazos máximos de atendimento e por outras queixas, como negativa de cobertura obrigatória.

A medida, que faz parte do 13º ciclo do Programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento, vale por três meses e começa a partir de quarta-feira (20). O monitoramento também reativou a venda de 34 planos que, depois da suspensão da venda, tiveram melhoria nos serviços prestados.

Das 22 operadoras com planos suspensos neste novo ciclo, oito já tinham planos sob suspensão no período anterior e 11 terão a comercialização de planos suspensa pela primeira vez. A medida é preventiva e perdura até a divulgação do 14º ciclo.

Os planos de saúde com contratação suspensa atendem a aproximadamente 3,2 milhões de beneficiários. Segundo a ANS, as operadoras terão que resolver os problemas assistenciais para que possam receber novos beneficiários. Hoje, existem no país 50,8 milhões de consumidores com planos de assistência médica e 21,4 milhões com planos exclusivamente odontológicos.

Segundo levantamento da agência reguladora, desde o início do programa, 1.099 planos de 154 operadoras tiveram as vendas suspensas. Outros 924 planos voltaram ao mercado após comprovar melhorias no atendimento.

Para aplicar a punição, a ANS considerou 11.007 reclamações feitas entre 19/12/2014 a 18/03/2015 à agência por consumidores e que não foram resolvidas com conciliação. Neste período, agência recebeu 21.294 reclamações de beneficiários de planos de saúde

A ANS ressalta que, além de ter a comercialização suspensa, as operadoras que negaram indevidamente cobertura podem receber multa que varia de R$ 80 mil a R$ 100 mil.

Richa é o Aécio que venceu as eleições? Por Kiko Nogueira

 

por : Kiko Nogueira

Separados no nascimento

Separados no nascimento

O silêncio do PSDB em relação à truculência da PM paranaense contra os professores é sintomática do oportunismo e da indignação coletiva de seus dirigentes.

Onde está a histeria de um Carlos Sampaio, o Carimbador Maluco? Onde foi parar Aloysio Nunes e sua vontade de fazer sangrar? FCH? Serra?

Num vídeo do 1º de Maio, ao lado de Paulinho da Força e de Eduardo Cunha, Aécio falou que aquele era o “dia da vergonha, o dia que a presidente Dilma se acovardou e não teve coragem de dizer aos trabalhadores brasileiros porque eles vão pagar o preço mais duro desse ajuste”.

Ok. Instado a se manifestar sobre a pancadaria em Curitiba, foi sucinto. “Nós lamentamos profundamente”, disse. “Nada do que aconteceu em Curitiba deve ser objeto de ironia ou de críticas”.

Era isso? A batalha campal não pode ser criticada ou ironizada? Foi uma indireta a Dilma, que fez uma observação, aliás tímida e superficial, da porradaria.

Quem determina o que pode ser dito? Nenhuma palavra de solidariedade de Aécio a quem apanhou pelas mãos da polícia de um colega de legenda?

Em setembro de 2014, Aécio esteve com Richa em alguns comícios. “Vim buscar no Paraná exemplos de iniciativas para bem governar o Brasil”, discursou. Num evento tucano, ainda cravou: “Da minha geração, Beto Richa é o mais bem preparado homem público”.

Um modelo de gestão fabuloso. Entre outras coisas, os dois têm em comum a faixa etária (ambos nos 50) e o fato de ser membros de uma dinastia política. Richa é o Aécio que venceu as eleições e cujo preço os paranaenses pagam com pitbulls.

(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).

Sobre o Autor
Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.http://www.diariodocentrodomundo.com.br/richa-e-o-aecio-que-venceu-as-eleicoes-por-kiko-nogueira/

Os motivos da China para investir tanto dinheiro no Brasil

 

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, e uma missão de empresários de seu país desembarcam nesta segunda-feira em Brasília com a promessa de investir dezenas de bilhões de dólares em diversos setores da economia – de ferrovias a hidrelétricas, passando por autopeças, agronegócios, mineração, siderurgia e TI (tecnologia da informação).

O momento é visto como especialmente favorável a esses investimentos.

De um lado, o governo tem sido obrigado a cortar gastos em infraestrutura devido às restrições orçamentárias.

De outro, os setores de construção e óleo e gás passam por um cenário difícil por causa da Operação Lava Jato, que investiga esquemas de corrupção envolvendo Petrobras, grandes obras públicas e empreiteiras nacionais.

O contexto complicado acaba sendo uma oportunidade para o capital chinês, nota Maria Luisa Cravo, gerente Executiva de Investimentos da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).

“Com certeza, cria uma oportunidade. Empresas estrangeiras, quando estão avaliando um país para investir, levam em conta todo tipo de fator. Certamente, empresas de óleo e gás que não estavam atuando no Brasil, não eram fornecedores da Petrobras, têm interesse e sabem que há uma oportunidade (agora)”.

Segundo Charles Tang, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil China (CCIBC), um estaleiro chinês ganhou neste ano parte da concorrência internacional aberta pela Petrobras para construção de módulos de compressão, cujo contrato original de US$ 750 milhões foi cancelado com a brasileira Iesa, após citações na Lava Jato. O grupo Inepar, ao qual pertence a Iesa, está em recuperação judicial.

“Como se sabe, os grandes projetos de infraestrutura e de petróleo e gás sempre foram dominados por grandes empreiteiras brasileiras que ora têm dificuldade de concluir as suas obras. Nossa Câmara têm se esforçado para trazer investimentos de grandes empresas chinesas para ajudar a recuperar a economia do Brasil e manter empregos brasileiros”, afirma.

“O empréstimo de US$ 3,5 bilhões (R$ 10,5 bilhões) feito recentemente à Petrobras demonstra a confiança que a China deposita no Brasil e demonstra a importância que a China dá a essa aliança estratégica e comercial. Um amigo em hora de necessidade é um amigo verdadeiro”, acrescenta Tang.

O financiamento, obtido junto ao Banco de Desenvolvimento Chinês no início de abril, chega em um momento que a Petrobras está com o endividamento elevado e enfrenta dificuldade de obter recursos emitindo títulos e ações.

Li Keqiang reúne-se com a presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira de manhã e no dia seguinte cumpre agenda no Rio e Janeiro, antes de seguir viagem para Colômbia, Peru e Chile.

A China vem ampliando sua presença na região e tem laços próximos também com Venezuela e Argentina.

Durante a passagem da comitiva chinesa pelo Brasil serão assinados mais de 30 documentos, entre acordos governamentais, empresariais e outros atos, sinalizando intenções novas de investimentos de US$ 50 bilhões (R$ 150 bilhões), segundo o embaixador José Alfredo Graça Lima, atualmente à frente da Subsecretaria-Geral de Assuntos Políticos 2, área responsável pelas relações políticas e econômicas do Brasil com a Ásia.

(…)

Como maior parceiro comercial do país, a China já tem hoje peso importante na economia brasileira. Para Graça Lima, o crescente interesse chinês em investir aqui traz o relacionamento dos dois países a um novo patamar.

“A visita do primeiro-ministro Li Keqiang segue um histórico de visitas de alto nível que se iniciaram em 2004 e que vêm contribuindo para adensar a relações bilaterias entre Brasil e China. E (essas relações) estão tomando outro vulto, ou subindo de patamar, na forma de uma cooperação mais voltada para investimentos, tanto em infraestrutura, como em capacidade produtiva, que são duas áreas de especial interesse para o Brasil de hoje”, disse Graça Lima, em apresentação a jornalistas na semana passada.

Se tudo que está sendo anunciado vai sair do papel é outra história.

Segundo o embaixador, são projetos que estão em diferentes estágios de negociação e planejamento. Um dos mais importantes para os dois países é a construção de uma ferrovia transoceânica, que cortará Brasil e Peru, facilitando o escoamento de grãos e outros produtos da região Centro-Oeste para o Oceano Pacífico.

Segundo o diretor executivo da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Bruno Batista, é justamente essa preocupação com escoamento de produtos brasileiros para a China, “questão de segurança alimentar”, que tem elevado a disposição do país em investir na logística brasileira.

Até hoje, observa Batista, a presença do capital chinês na infraestrutura de transportes do Brasil é pequena, mas a expectativa é que isso mude nos próximos anos.

(…)

Em entrevista à imprensa chinesa na semana passada, Dilma sinalizou que o interesse brasileiro nessa parceria também é grade.

“O Brasil passa por um momento em que todo o conhecimento e a expertise da China na área de investimento em infraestrutura nós podemos aproveitar, tanto na área de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos”, disse ela ao China Business News, ressaltando que a participação chinesa em ferrovias vai ser “essencial” para o Brasil.

Monitoramento da Apex indica que, entre 2004 e 2014, a China investiu US$ 50 bilhões no Brasil. Maria Luisa Cravo explica que antes esses investimentos eram mais concentrados em fábricas e que agora o escopo está se ampliando para obras de infraestrutura, que são mais caras.

(…)

Mas o que estaria por trás do apetite bilionário chinês pelo Brasil?

Certamente, é de interesse do país melhorar a logística das nossas exportação, reduzindo os custos de produtos comprados em grande quantidade pela China, como soja e minério de ferro.

(…)

Questionado sobre se haveria também uma estratégia geopolítica da China no sentido de ampliar sua influência na América do Sul, o embaixador Graça Lima descartou a existência de “uma agenda secreta” e minimizou uma possível perda de protagonismo do Brasil na região.

“Interessa ao Brasil que seus 11 vizinhos progridam, que tenham uma grau de desenvolvimento que sirva para mais estabilidade, mais paz, mais segurança (na região). Nesse ponto, a China é vista como uma parceiro bem vindo”, argumentou.

Para Charles Tang, porém, há sim uma intenção geopolítica, na medida em que a China busca a se contrapor aos Estados Unidos como potência global.

Esse é o entendimento também de Renato Baumann, diretor da área de Relações Econômicas e Políticas Internacionais do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada). “A China quer expandir sua áreas de influência e tornar o yuan uma moeda de referência global”, afirma ele.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/os-motivos-da-china-para-investir-tanto-dinheiro-no-brasil/

REFORMA POLÍTICA: “LONGE DO CONSENSO NECESSÁRIO”

 

:

Por Tereza Cruvinel

Sem acordo sobre os pontos centrais, a Comissão Especial da Reforma Política da Câmara tentará votar amanhã, terça-feira, o parecer do relator Marcelo de Castro (PMDB-PI). Mais uma vez, a ampliação do leque de propostas pode inviabilizar a aprovação de qualquer reforma.

O texto apresentado peca pela ambição e está longe de atender às propostas de reforma defendidas por movimentos populares, como a emenda apresentada por OAB, CNBB e outras entidades sociedade civil, calcada no financiamento público de campanhas e no sistema de eleição de deputados em lista fechada, com alternância de gênero.

A proposta de Castro, nestes dois quesitos, contempla o financiamento privado, com teto para os gastos de campanha. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, defende uma emenda pela qual só podem ser doadoras empresas que não tenham contratos com o Estado. Isso evitaria a criminalização de doações, como vem fazendo a Operação Lava Jato, que carimba como "propina disfarçada" as doações legais de empresas que têm contratos com a Petrobrás, quando os beneficiários são o PT, o PMDB e partidos governistas. Empresas como a UTC doaram em valores quase iguais para governistas e oposicionistas mas o carimbo, até agora, só foi aplicado aos primeiros.

Em relação ao sistema eleitoral, o próprio relator diz que não votará a favor do distritão, ou sistema majoritário, pelo qual cada estado será considerado um distrito e nele serão eleitos os candidatos mais votados, segundo o número de cadeiras de unidade unidade da federação. Ele adotou a proposta apenas para atender à pressão do PMDB. Este sistema pode aumentar a representatividade mas, como vem dizendo um de seus maiores críticos, o deputado Henrique Fontana (PT-RS) ele estimulará a eleição dos candidatos mais ricos e com campanhas mais estruturadas, suprimindo candidatos menos abonados. Os pequenos partidos também serão penalizados, lembra o senador Marcelo Crivella, para quem a proposta tem o objetivo claro de reduzir o número de partidos e concentrar o poder em três ou quatro. O PSDB prefere o distrital misto e o PT o sistema de listas fechadas. Então, será difícil um acordo no plenário, na terça-feira, 26, ainda que a comissão consiga aprovar o parecer.

Afora isso, o relator avançou incorporando temas como a unificação do calendário eleitoral e o mandato de cinco anos para cargos executivos, sem direito à reeleição, matérias que dificilmente conseguirão apoio no conjunto dos deputados.

E, até agora, não acolheu nem deve acolher nenhuma emenda destinada a corrigir a vergonhosa sub-representação das mulheres, que sendo maioria da população, ocupam menos de 10% das cadeiras na Câmara.

Brasil 247

EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES: Ceará registrou 381 casos de janeiro a abril de 2015

 

A BOA CRIANÇA

Nesta segunda-feira, 18, celebra-se o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, data que representa um marco na luta em defesa dos direitos da população infanto-juvenil brasileira. Entretanto, o tempo não é para comemorações. Tendo como base as estatísticas da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o Ceará registrou 381 casos de violação sexual a menores de idade somente de janeiro a abril de 2015.

Em todo o ano passado, o órgão estadual contabilizou 1.371 ocorrências deste tipo, sendo que 742 envolviam crianças de até 11 anos de idade. A título de comparação, é como se, a cada quatro dias, 15 novas vítimas fossem feitas.

Com o objetivo de trazer este assunto ao debate na Capital cearense, diversas entidades ligadas à defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes estão realizando uma série de ações educativas ao longo desta semana, em vários pontos da cidade. As atividades em alusão ao dia 18 tiveram início na última sexta-feira, com a palestra “Proteja Brasil: crianças e adolescentes livres da violência”, realizada na Assembleia Legislativa, por iniciativa da Prefeitura de Fortaleza e do governo do Estado. Na oportunidade, a psicóloga Helena Damasceno, que foi vítima de abuso sexual dos cinco aos 19 anos, contou como foi a experiência de ter tido a inocência interrompida pelas agressões de um tio, dentro da própria casa em que morava.

“Tive comprometida toda a infância, toda a adolescência e o início da vida adulta. Isso numa época em que não havia os mecanismos de amparo que existem hoje. Eu não fui a primeira, nem a última vítima do mesmo agressor, dentro da mesma família, no mesmo espaço”, relembra.

Para a psicóloga, as crianças que passam por este tipo de situação não encontram facilidade em delatar seus agressores. “É extremamente delicado dizer que foi o pai ou o tio. Mas, é sempre alguém que detém a confiança da criança. Sempre alguém que ela ama, admira e confia. O agressor não precisa ter uma faca ou um revólver. Ele é a própria arma. O olhar, o suor, o nome, a voz, a sombra, e até o simples fato de ele existir já intimidam a vítima”, explica.

Ainda conforme Helena, caso não haja uma quebra na sequência de atos criminosos direcionados às vitimas, elas tendem a achar a situação natural. “Quando a violência não é interrompida, tem desdobramentos em algum lugar. As crianças serão adultos que vão, de alguma maneira, replicar essa violência”, finaliza.

Na Capital, um dos principais trabalhos de acolhimento a vítimas de abuso sexual infanto-juvenil é feito pela Fundação da Criança e da Família Cidadã (Funci), vinculada à Secretaria Municipal de Trabalho, Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Setra). Segundo dados da entidade, as regiões da cidade que mais necessitam de atenção são as que compreendem a Barra do Ceará, o entorno do Castelão e as saídas para as rodovias federais. Entretanto, áreas turísticas, como a Avenida Beira-Mar e a Praia de Iracema também são alvo de ações, sobretudo educativas.

“O tema não é fácil de ser trabalhado, mas é real”, pondera a presidente da Funci, Tânia Gurgel. Para a assistente social, prevenir a violação sexual é a melhor maneira de combatê-la. “Escolas de qualidade, atividades fora do horário de classe, rodas de conversas com adolescentes são algumas das principais medidas para evitar situações de abuso. O discurso de um professor feito de maneira didática tem resultado fantástico”, destaca Tânia.

A Funci atua com assistentes sociais e psicólogos e conta com a assistência de instituições vinculadas à área da saúde, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Quando o ato de violação é consumado, a entidade passa a trabalhar em duas frentes específicas, sendo uma voltada à família, visando à conscientização dos parentes, e outra à vítima, no sentido de tentar reduzir possíveis traumas. Entretanto, segundo Tânia, cada caso necessita de um tratamento específico. “Não há uma fórmula, e é por isso que o desafio é muito grande”, ressalta.

Hoje será promovida caminhada, na Avenida Beira-Mar, a partir das 16h, como forma de chamar a atenção dos frequentadores da área. Amanhã e na quarta-feira, as atividades serão no Cuca Barra, com apresentações artísticas voltadas para o tema.

Bruno Mota
Repórter/Diário do Nordeste.

Divulgado no blog do Bené Fernandes

domingo, 17 de maio de 2015

Obsessão pelo poder

 

Ribamar  Fonseca

RIBAMAR FONSECA 16 de Maio de 2015 às 04:01

Observando-se a busca, incessante e desesperada, por algo que possa servir de base para o impeachment da Presidenta não se consegue vislumbrar nenhum indicio de preocupação com o país

Afinal, o que quer a oposição? A resposta é simples: o poder. Única e exclusivamente o poder. Observando-se a busca, incessante e desesperada, por algo que possa servir de base para o impeachment da Presidenta não se consegue vislumbrar nenhum indicio de preocupação com o país. Até porque tudo o que precisa ser feito de mais urgente, para dissipar as nuvens negras geradas pela crise econômica que paira sobre o mundo, está sendo feito: o reajuste da economia e o combate à corrupção. Na verdade, nunca se combateu tanto a corrupção no Brasil, em toda a sua história, como no governo da presidenta Dilma Rousseff.

Os oposicionistas, no entanto – leia-se: os derrotados nas eleições presidenciais – não aprovam nada da iniciativa do governo, mesmo que os objetivos sejam a melhoria da vida do país e do seu povo. Ou seja: para eles pouco importa os interesses da população, especialmente dos 54 milhões de brasileiros que deram a vitória à candidata petista, desde que conquistem o poder. Mais surpreendente, porém, é o comportamento de integrantes da base aliada no Congresso Nacional, inclusive de petistas: o que eles pensam que estão ganhando dando apoio a essa oposição sistemática? Será que imaginam ter espaço num eventual governo tucano?

O fato é que tornou-se bastante visível, até mesmo para o brasileiro mais distraído, o processo em marcha para apear Dilma do Palácio do Planalto, contando para isso com o inescrupuloso apoio da grande mídia e de setores do poder judiciário, do Ministério Público e do próprio governo. O pessoal que conduz a Operação Lava-Jato, sob a batuta do juiz Sergio Moro, procura tenazmente, através das delações premiadas, alguma acusação formal à presidenta Dilma Rousseff, de modo a fornecer à oposição a base legal de que precisa para formalizar o pedido de impeachment. Certamente por isso os presos, em especial o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor Paulo Roberto Costa, volta e meia são compelidos a prestar novo depoimento. Afinal, eles ainda não disseram tudo o que sabem?

Os tucanos, em especial o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Aécio Neves, estão de tal modo obcecados pelo poder que sequer se preocuparam com os prejuízos ao país provocados por declarações negativas no exterior. FHC foi a Nova York falar mal do Brasil num encontro de empresários destinado a atrair investimentos para o país, sem dúvida uma atitude vergonhosa para um ex-presidente, que deveria, no mínimo, zelar pela imagem da sua nação, mesmo sendo oponente da atual governante. Prejudicou, inclusive, expectativas do governador tucano Geraldo Alkmin sobre possíveis investimentos em São Paulo.

Aliás, o comportamento antinacionalista de FHC, o maior entreguista que já governou o país, não é novidade: quando presidente recomendou aos investidores estrangeiros, junto com Arminio Fraga, que não investissem um dólar em Minas Gerais, na época governado por Itamar Franco. Motivo: Itamar decretara a moratória das dívidas com a União. No encontro dos Estados Unidos, organizado por João Dória Jr, que convidou apenas políticos tucanos, o ex-presidente recebeu o título de "Personalidade do Ano". O que foi mesmo que ele fez para merecer o título? E quem foi que o escolheu? Ninguém sabe, mas sem dúvida a homenagem deve ter feito um bem enorme à sua vaidade.

FHC, no entanto, não foi o único a ter o ego massageado nestes dias: o juiz Sérgio Moro também foi celebrado em São Paulo, como personalidade, ao comparecer ao lançamento de um livro na capital paulista. Houve até quem o saudasse como candidato à Presidência da República. Aliás, quem tiver aspirações presidenciais o melhor caminho para tentar chegar ao Palácio do Planalto não é mais o comando de um partido político mas a conquista de um cargo, com poderes, em que possa revelar atitudes oposicionistas, de preferência penalizando pessoas ligadas ao governo. E parece que o Judiciário está se transformando nesse caminho, já trilhado pelo ex-ministro Joaquim Barbosa, também festejado como presidenciável.

Resta saber apenas se a grande mídia, que transformou os magistrados em celebridades e estimula as suas candidaturas, manterá a mesma posição em 2018, quando os tucanos estarão novamente no páreo, seja com Aécio ou Alkmin, os quais tem contado com o seu apoio. Terão de dividir o espaço com os Everaldos e Fidelix da vida, que não tem a menor possibilidade nem de chegar à calçada do Palácio do Planalto, mas são importantes como coadjuvantes da oposição, repetindo como papagaio o que dizem as principais lideranças oposicionistas. Os magistrados-candidatos, no entanto, devem atentar para o fato de que a partir da homologação da sua candidatura deixarão de ser pedra e se transformarão em vidraça. Será que conseguirão manter a pose?

http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/181188/Obsessão-pelo-poder.htm

‘Como funciona o sistema de partilha’

 

A forma de exploração do petróleo da camada pré-sal é de extrema importância para o desenvolvimento futuro brasileiro. Muita gente fica de fora do debate, entretanto, por não conhecer bem as propostas.

Vou explicar em seguida os quatro projetos de lei enviados pelo governo ao Congresso, com base na apresentação do consultor de Exploração e Produção da Petrobrás, Daniel Pedroso, em palestra hoje na Unicamp. Eles tratam de duas propostas de exploração que podem conviver: a partilha (três primeiros projetos) e a cessão onerosa (último projeto de lei).

  1. PL-5.938: cria o sistema de partilha. Funciona assim: a Petrobrás é a única operadora, responsável por desenvolver tecnologia, contratar pessoal e manter prioridade para aquisição de bens e serviços no mercado doméstico. Outras empresas poderão ter participação de até 70% no negócio. Caso elas encontrem petróleo ficarão com uma parte para cobrir os custos (óleo custo) e dividirão com o Estado os lucros (óleo lucro). Serão escolhidas, em licitação, as empresas que estiverem dispostas a oferecer um maior percentual do lucro ao Estado.
  2. PL-5.939: cria a Petro-Sal, uma nova estatal, criada para defender os interesse da União no negócio. Ela fará parte dos contratos de partilha, sem participação nos custos e lucros, mas com direito a voto e poder de veto em decisões. Ela vai fiscalizar, por exemplo, a definição correta do que é custo, parte que fica com as empresas, e o que é lucro, parcela dividida com o Estado.
  3. PL-5.940: cria o Fundo Social, uma espécie de poupança para onde deverão ir os recursos da União resultantes da exploração do pré-sal e até de outras fontes de petróleo, que continuam sob o regime antigo de contratos. O dinheiro aí acumulado deverá ser destinado a combate à pobreza, educação, cultura, saúde, ciência e tecnologia e adaptações às mudanças climáticas.
  4. PL-5.941: cria o sistema de cessão onerosa. Caso seja aprovado, a Petrobrás pagará determinado valor para ter direito à exploração de até 5 bilhões de barris de petróleo e gás natural. Para essa área definida não haverá licitação e ela será devolvida ao Estado depois de alcançado o limite. O valor a ser pago será determinado com base no retorno esperado para a Petrobrás. Esse contrato é o de mais curto prazo, já que deve ser fechado até um ano depois da promulgação da lei. O mesmo projeto prevê acapitalização da Petrobrás, que corresponde a uma nova emissão de ações, que deverão ser vendidas com privilégio dos atuais acionistas, inclusive a União. Os recursos devem servir para novos investimentos, inclusive o pagamento da cessão onerosa.

É importante lembrar que os projetos de lei ainda estão em debate no Congresso Nacional e podem passar com modificações ou não ser aprovados. 

As propostas são complexas e estão resumidas acima. Você pode deixar aqui suas dúvidas. Em um próximo post vou apresentar um pouco do debate apresentado no seminário Pré-sal: um novo futuro para os brasileiros.

https://economiaclara.wordpress.com/tag/como-funciona-o-sistema-de-partilha/

Dilma abre com Jô rodada de diálogos com a mídia

 

:

 

17 de Maio de 2015 às 21:10

247 – A presidente Dilma Rousseff terá um bate-papo informal com o apresentador da Globo Jô Soares nesta segunda-feira 18 no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, em Brasília. O encontro faz parte de um novo modelo de aproximação do Planalto com a mídia, informa a coluna Painel.

Durante a visita de Jô à presidente, não será gravada entrevista, nem o encontro será exibido pela emissora. De acordo com seus assessores, Dilma pretende ter ainda novas conversas fora das câmeras, as chamadas "off the records", com outras personalidades da mídia.

Jô Sores tem sido uma voz dissonante na Globo, que pratica uma linha editorial bastante crítica ao governo. O apresentador, que já entrevistou Dilma em 2008, ainda como ministra da Casa Civil, tem feito discursos em defesa da petista.

No final do ano passado, ele criticou comentários de jornalistas de política, em seu quadro "as meninas do Jô", sobre um risco de bolivarianismo no Brasil, episódio em que ele usou o termo "paranoia bolivariana". O Gordo também atacou o "surto de impeachment", tentativa da oposição que, para ele, seria "golpe".

Há um mês, ele voltou a defender a presidente ao rebater declarações da jornalista Ana Maria Tahan. "Agora eu tenho muito medo dessa vitimização da presidente da República. Eu acho isso meio inconcebível", disse. "Em qual sentido?", perguntou Ana Maria. "No sentido de que estão fazendo dela uma vítima de uma eleição que foi absolutamente legítima", respondeu.

Esse mês, atacou novamente o golpismo tucano. "Como é que o político que foi secretário do Tancredo, neto do Tancredo, secretário quando tinha vinte anos, não aprendeu ainda nada sobre política? Parece uma coisa de república de patetas. O Fernando Henrique não tinha nem que se pronunciar, nem ninguém, porque é um absurdo tão grande. Foram procurar juristas!", comentou, em referência ao senador Aécio Neves (PSDB-MG).

"Foi um candidato que teve uma quantidade de votos expressiva e sai falando uma bobagem dessa. O que ele pensa? Que tira a Dilma e vão botar ele? É isso que ele achava?", prosseguiu o apresentador.

As críticas, no entanto, levaram Jô Soares a virar sessão coruja na Globo – houve o anúncio de que seu programa seria transferido para as 2h20 da madrugada. Na renovação de 2015, o programa perdeu a plateia, passou a ser gravado num estúdio menor e precisou demitir dois integrantes da banda. "Fomos atingidos pela crise", disse o Gordo na reestreia.

Brasil 247

“A homofobia tem que ser criminalizada”

 

Roberto Stuckert Filho/PR: Brasília - DF, 06/05/2015. Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de lançamento do Plano Nacional de Defesa Agropecuária - PNDA. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.

Na data em que se comemora o Dia Internacional Contra a Homofobia, neste domingo 17, a presidente publicou em sua página no Facebook que "tem compromisso com o combate a todo tipo de violência, seja contra mulheres, negros ou homossexuais"; "Não podemos viver com processos de discriminação que levem à violência. A homofobia tem que ser criminalizada", afirmou

17 de Maio de 2015 às 19:26

247 – A presidente Dilma Rousseff publicou em sua página no Facebook neste domingo 17, data em que se comemora o Dia Internacional Contra a Homofobia, que "tem compromisso com o combate a todo tipo de violência, seja contra mulheres, negros ou homossexuais".

O post traz uma foto da presidente, com a seguinte declaração de Dilma: "Não podemos viver com processos de discriminação que levem à violência. A homofobia tem que ser criminalizada".

Horas depois, outra publicação destacava a ação do Disque Direitos Humanos, que desde 2011 também recebe denúncias específicas de violação contra a população LGBT. "Isso tem que acabar! Uma vida sem violência é direito de todos", diz trecho do texto.

Confira abaixo os dois posts, se estiver logado no Facebook:

#HomofobiaNÃOEm 17 de maio de 1990, a Organização Mundial da Saúde retirou a homossexualidade da lista de doenças...

Posted by Dilma Rousseff on Domingo, 17 de maio de 2015

#HomofobiaNãoDesde 2011, o Disque Direitos Humanos (#Disque100) também recebe denúncias específicas de violações...

Posted by Dilma Rousseff on Domingo, 17 de maio de 2015

Do site Brasil 247

Número de assassinatos com arma de fogo no Brasil é o maior desde 1980

 

Carlos Madeiro
Do UOL, em Maceió

A edição 2015 do Mapa da Violência, divulgado nesta quarta-feira (13), apontou que o Brasil registrou, em 2012, os maiores números absolutos e taxa de homicídios desde 1980 --ano em que começou a ser feito o estudo.

O levantamento leva em conta dados do Subsistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. Segundo o levantamento, 40 mil pessoas foram assassinadas por algum tipo de arma de fogo em 2012, uma taxa de 20,7 assassinatos para cada 100 mil habitantes. Os assassinatos por arma de fogo responderam por 71% de todos os 56 mil homicídios registrados no país naquele ano.

A taxa de 2012 é a maior da série histórica do Mapa da Violência, que começou em 1980 e vai até 2012 --ano mais recente com dados do sistema. Até então, a maior taxa de homicídios tinha sido registrada em 2003 --ano de lançamento do Estatuto do Desarmamento--, quando ficou em 20,4 por mil habitantes.

Segundo o coordenador do estudo, o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, o período de queda da taxa de mortalidade iniciada em 2004, logo após a campanha do desarmamento, foi freado por medidas que deveriam acompanhar a entrada em vigor do estatuto e não foram adotadas --a violência armada voltou crescer no país nos últimos anos.

"Quando você vê um conflito, uma briga na rua com facas, por exemplo, a primeira medida a ser tomada é desarmar os envolvidos. Depois se vê o que se faz para resolver o problema deles. Mas desarmar não é resolver o conflito. No Brasil, primeiro começou a se desarmar, mas os conflitos seguiram. Então você não resolveu o problema. Seria necessária uma série de medidas, como melhoria no sistema penitenciário, que não foi feita", afirmou.

O sociólogo disse que os dados preliminares de 2013 já mostram que o panorama não deve ser alterado e que a taxa de homicídios por arma de fogo deve seguir alta.

"Temos dados de alguns grandes Estados, mas não ainda de todo o país; mas já dá para perceber que esses números devem se manter, não há nada que aponte para uma redução em breve", disse.

Mortes violentas

Levando em conta os assassinatos, acidentes, suicídios e causas indeterminadas, entre 1980 e 2012, as armas de fogo foram responsáveis por 880 mil mortes no Brasil.

"Nesse período, as vítimas passam de 8.710 no ano de 1980 para 42.416 em 2012, um crescimento de 387%. Temos de considerar que, nesse intervalo, a população do país cresceu em torno de 61%", informou o texto do levantamento.

O estudo apontou que a evolução da letalidade das armas de fogo não ocorreu de forma constante. O mapa mostra que, entre 1990 e 2003, o crescimento foi "sistemático, com um ritmo acelerado de 6,8% ao ano".

"Depois do pico de 39,3 mil mortes em 2003, os números, num primeiro momento, caíram para aproximadamente 37 mil, mas depois de 2008 ficam oscilando em torno das 39 mil mortes anuais para dar um pulo em 2012: 42,4 mil. O Estatuto e a Campanha do Desarmamento, com início em 2004, constituem um dos fatores determinantes na explicação dessa mudança. Entre os jovens, o processo foi semelhante, mas com maior intensidade", explica o estudo.

Outra constatação é que as mortes por armas de fogo avançaram em direção ao interior do país.

"Se o país entre 2002 e 2012 registra um aumento de 11,7% no número de vítimas de armas de fogo, nas capitais houve uma queda de 1,6%", ressalta.

O levantamento também traz uma comparação das taxas de mortalidade por armas de fogo de 90 países ou territórios, no qual o Brasil ficou na 11ª posição.

A Venezuela lidera o ranking com taxa de 55,4 óbitos por armas de fogo. Coreia do Sul, Japão, Marrocos e Hong Kong aparecem com taxa zero de mortes por armas de fogo.

Diferenças regionais

O estudo aponta para a existência de vários "brasis" no quesito violência armada. Nos últimos anos, enquanto a região Sudeste apresentou redução nas taxas, Norte e Nordeste viram as mortes por arma de fogo explodirem entre 2002 e 2012.

"Pode ser observado o forte crescimento da mortalidade na região Norte --135,7%-- na década. Em menor escala, também no Nordeste o crescimento foi elevado: 89,1%. Na região Norte, Pará e Amazonas atuam como carro-chefe desse crescimento, mais que triplicando o número de mortes por armas de fogo no período. Já no Nordeste, a maior parte dos Estados apresenta elevados índices de crescimento, com destaque para o Ceará e o Maranhão", aponta o mapa.

As regiões Sul e Centro-Oeste tiveram crescimentos mais moderados nas taxas, de 34,6% e 44,9%, respectivamente.

Já o Sudeste foi a única região a evidenciar queda na década, com diminuição de 39,8% na taxa. "Essas quedas foram puxadas, fundamentalmente, por São Paulo, cujos números em 2012 caem 58,6% com relação ao ano de 2002 e também pelo Rio de Janeiro, com queda de 50,3%. Já Minas Gerais teve um significativo aumento de 53,7%", diz o estudo.

A liderança entre os Estados com mais mortes por arma de fogo continua sendo de Alagoas, com taxa de 55 por 100 mil habitantes, mais de 15 pontos à frente do segundo colocado, o Espírito Santo, que teve taxa de 38,3 por 100 mil habitantes.

Entre as capitais, Maceió também lidera, com taxa de 79,9 por 100 mil habitantes. Levando em conta os anos de 2002 e 2012, apenas 12 capitais conseguiram reduziram a taxa entre 2002 a 2012. A cidade do Rio de Janeiro foi a capital que teve a maior queda, de 68,3%. Já São Luís teve a maior alta: 316%.

O estudo também calculou as taxas de mortalidade nos 1.669 municípios com mais de 20 mil habitantes.

No caso deles, para evitar distorções, a média de mortes por armas de fogo considerada levou em conta os anos 2010 a 2012. O município de Simões Filho, na Grande Salvador, aparece com a maior taxa de mortalidade, tanto na população total quanto entre os jovens: 130,1 e 314,4 óbitos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2015/05/13/numero-de-assassinatos-com-arma-de-fogo-no-brasil-e-o-maior-desde-1980.htm

Frente Parlamentar da Migração do Rádio AM é lançada em Brasília

 

Com o objetivo de apoiar, defender e acompanhar a migração do AM, a Câmara dos Deputados lançou nesta terça-feira, 12, a Frente Parlamentar da Migração das Rádios AM para o FM e da Digitalização do Rádio. Presidida pelo deputado federal e radialista Eli Corrêa Filho (DEM-SP) e com a adesão de 287 deputados, a iniciativa terá como meta dar maior celeridade à mudança.

“Há anos as emissoras vêm perdendo competitividade por causa das interferências de sinal. A migração do AM é questão de sobrevivência principalmente para as emissoras de pequeno e médio porte. Por isso, até ser concluído, esse processo dependerá de intensa fiscalização e acompanhamento do legislativo”, afirmou Corrêa Filho.

A migração do AM para a faixa de FM foi autorizada em novembro de 2013 em decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff. A Agência Nacional de Telecomunicações já destinou canais de FM para essas rádios em 23 estados e no Distrito Federal.

O presidente da Abert, Daniel Slaviero, observou que das 1.781 rádios AM existentes no país, 80% ou 1.386 solicitaram a migração. Desse total, cerca de 700 emissoras poderão operar no espectro atual e o restante migrará para a faixa de FM estendida (canais 5 e 6 de televisão).

Slaviero propôs como primeira medida da frente parlamentar, o acompanhamento da definição dos preços das adaptações de outorgas de AM. “Quero pedir em nome de todos os radiodifusores e das associações estaduais que, como primeira medida, tenhamos uma audiência com o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, e com o presidente do Tribunal de Contas da União, Aroldo Cedraz, para sensibilizá-los sobre a relevância e a urgência da migração”, declarou.

De acordo com levantamento da Abert, ao menos 670 rádios AM já poderiam estar operando na faixa de Frequência Modulada, mas estão impedidas por causa da indefinição do preço das outorgas.

O processo com os cálculos e as sugestões de preços foi encaminhado pelo Ministério das Comunicações há mais de um ano. Como o órgão fiscalizador discordou dos valores e da metodologia empregada, o documento teve de ser revisado algumas vezes pelo MiniCom. Agora, a última versão está no TCU.

“A indefinição do preço tem agravado a situação do rádio AM e achamos que a frente poderá ajudar muito em todo o processo de migração”, disse Slaviero.

http://www.abert.org.br/web/index.php/notmenu/item/23985-frente-parlamentar-da-migracao-do-radio-am-e-lancada-em-brasilia

Zelotes precisa de maior interesse do Judiciário, defende procurador da República

 

 

 

 

 

 

 

O Procurador da República Frederico Paiva, responsável pela Operação Zelotes no Ministério Público Federal, entende que o indeferimento por parte do Poder Judiciário dos pedidos de prisão de 26 investigados, da prorrogação do monitoramento telefônico e o não acolhimento de pedidos de buscas e apreensões prejudicaram as investigações do episódio que é considerado o maior caso de sonegação fiscal do país. A afirmação foi feita na manhã desta quarta-feira (13) em audiência pública na subcomissão da Câmara dos Deputados que acompanha os desdobramentos da Operação Zelotes, esquema de manipulação de julgamentos ocorridos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). O prejuízo estimado aos cofres públicos é superior a R$ 19 bilhões.

Em um paralelo com a Lava-Jato, o procurador apelou à “necessária contribuição” da Justiça para que todos os fatos sejam de conhecimento da sociedade. “É preciso que a Zelotes tenha, por parte do Poder Judiciário, uma acolhida. Assim como está acontecendo em Curitiba [Lava-Jato], que todos os fatos venham à tona, com transparência”, defendeu Paiva, lembrando que também solicitou a quebra do sigilo das investigações, outro pedido negado pela Justiça.
O procurador informou que o Ministério Público entrou com uma representação na Corregedoria do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, contra o juiz que atua no caso da Zelotes. Segundo o MP, o juiz Ricardo Leite tem descumprido prazos de forma recorrente e injustificada, levando, muitas vezes, à prescrição de casos. Da mesma forma, o relator da subcomissão, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), adiantou que fará uma representação ao Conselho Nacional de Justiça solicitando providencias referentes à demora injustificada em processos que investiguem crimes contra a ordem tributária que estão na 10ª Vara Federal, sob responsabilidade do juiz Ricardo Leite.
Mesmo contra todos os obstáculos, o procurador diz que, dentro de 60 dias, o Ministério Público deve oferecer denúncias envolvendo processos de R$ 5 bilhões de 15 empresas que aturaram para alterar a decisão dos conselheiros do Carf. “São casos em que os indícios são mais veementes, de um total de cerca de 60 empresas investigadas”, declarou Paiva.

 

 

 

 

 

 

Esquema
De acordo com o procurador Frederico Paiva o núcleo da organização criminosa emitia sinais às empresas que teriam seus casos julgados como forma de mostrar que possuía influência no Carf. “Era oferecido um pedido de vistas aos empresários. Era dito o dia, a hora e qual conselheiro iria solicitar vistas”, relatou o procurador. Diante dessa garantia, era firmado um contrato. “Na maioria dos casos, era forjado um contrato de assessoramento empresarial, de consultoria, para depois legitimar o repasse da propina”, explicou Paiva.
Críticas ao Carf
Para o procurador, o Carf não é uma estrutura eficiente nem transparente. De acordo com Paiva, um processo leva em média 8 anos para ser julgado pelo Conselho. O procurador defendeu modificações no atual sistema de composição e funcionamento do Carf, que segundo ele, da maneira funciona hoje, propicia à corrupção, o tráfico de influência e ao crime de advocacia administrativa.
GABINETE DEPUTADO FEDERAL PAULO PIMENTA


Assessoria de Imprensa: 61.8168.1313
Email: imprensa.paulopimenta@gmail.com OSite: http://paulopimenta.com.br/

Guerra Nuclear 100 % de certeza

 

Nota do Editor: Este artigo foi escrito pelo professor Martin E. Hellman (Universidade de Stanford). A inevitabilidade de uma guerra nuclear é uma das razões pelas quais nós nos Preparamos. Divirta-se!

"A tecnologia tem nos dado poderes que eram tradicionalmente reservadas aos deuses: ressuscitar os mortos, criando novas formas de vida, e destruindo o mundo. Como o Médio Oriente (...) demonstra, o progresso social da humanidade está longe de ser semelhante a Deus. Este abismo entre o nosso desenvolvimento tecnológico, por um lado, e o nosso desenvolvimento social, por outro lado, criou uma receita para o desastre que exige atenção urgente se a raça humana é sobreviver. "(Fonte)
"... Enquanto terminando a guerra é necessária para a sobrevivência da humanidade a longo prazo, no curto prazo, precisamos de uma forte força militar para lidar com as ameaças muito reais em um mundo que não aceitou o que é a verdade." (Fonte)

Relacionados: As 7 bombas nucleares que os EUA perderam e que ISIS está tentando colocar as mãos em...

pelo professor Martin E. Hellman
Hiram Máxima, o inventor da metralhadora, declarou: "Só um general que era um bárbaro enviaria seus homens para a morte certa contra o poder concentrado da minha nova arma." Mas enviá-los que eles fizeram. Na Primeira Guerra Mundial, a metralhadora, muitas vezes ceifadas dezenas de milhares de homens em um único dia.
Orville Wright teve uma visão semelhante: "Quando eu e meu irmão construiu e voou a primeira máquina voadora para transporte de passageiros, que pensávamos que foram introduzir no mundo uma invenção que faria novas guerras praticamente impossível." Longe de acabar com a guerra, no entanto, o avião aumentou a capacidade de mutilar e matar. Em ataques com bombas incendiárias sobre Londres, Hamburgo e Tóquio o avião forjado níveis antes inimagináveis ​​de destruição. Em uma única noite, 9 de março de 1945, 25 por cento de Tóquio foi destruída, 80.000 pessoas foram mortas e mais de 1 milhão de desabrigados.
A história mostra a loucura na esperança de que cada arma nova e mais destrutivo não será usado. E ainda ousamos esperar que desta vez vai ser diferente. Nós e os soviéticos têm acumulado um arsenal combinado de 50.000 armas nucleares, equivalente em força destrutiva para cerca de 6.000 de II Guerra Mundial, capaz de atingir os seus objectivos em questão de minutos, e capaz de destruir todas as grandes cidades do mundo. Tudo na crença de que eles nunca serão usados.
Mas a menos que fazer uma mudança radical em nosso pensamento sobre a guerra, desta vez não será diferente.
Em nosso caminho atual, a guerra nuclear é inevitável
O conceito inevitabilidade pode ser melhor entendida por analogia ao financiamento. Não faz sentido falar de uma taxa de juros como sendo alta ou baixa, por exemplo, 50 por cento ou 1 por cento, sem compará-lo com o período de tempo específico. Uma taxa de juros de 50 por cento por ano é alta. Uma taxa de juros de 50 por cento por século é baixa. E a baixa taxa de juros de 1 por cento ao ano acumula-se a uma taxa de juros muito maior, dizer 100 por cento, quando agravada durante um tempo suficientemente longo.
Relacionado: 10 coisas para fazer no dia da economia entrar em colapso
Da mesma forma, não faz sentido falar sobre a probabilidade de uma guerra nuclear ser alto ou baixo - por exemplo, 10 por cento versus 1 por cento - sem compará-lo a um período específico de tempo - por exemplo, 10 por cento por década ou 1 por cento ao ano.
Tendo obtido as unidades direito, poderíamos discutir se a probabilidade de uma guerra nuclear por ano foi de alta ou baixa. Mas isso não faria nenhuma diferença real. Se a probabilidade é de 10 por cento ao ano, então esperamos que o holocausto para vir em cerca de 10 anos. Se for 1 por cento ao ano, em seguida, esperamos que em cerca de 100 anos.
A menor probabilidade por ano muda o período de tempo até que nós esperamos civilização para ser destruído, mas isso não muda a inevitabilidade da ruína. Em qualquer cenário, a guerra nuclear é 100 por cento certo de ocorrer.
Este par de exemplos traz um ponto extremamente importante. A nossa única estratégia de sobrevivência é reduzir continuamente a probabilidade, dirigindo-lo cada vez mais perto de zero. Em contraste, as nossas políticas atuais são como jogar roleta russa várias vezes com mais e mais balas nas câmaras.
Temos puxou o gatilho neste jogo macabro com mais freqüência do que se imagina. Cada ação em nosso caminho atual tem alguma chance de desencadear a guerra global final. E se nós manter a puxar o gatilho, a arma vai inevitavelmente sair. Cada "pequena" guerra - no Irã, ou o Iraque, Afeganistão ou - está puxando o gatilho; cada ameaça do uso da violência - como na crise dos mísseis de Cuba - está puxando o gatilho; cada dia que passa, em que um míssil ou computador pode falhar está puxando o gatilho.
A única maneira de sobreviver roleta russa é parar de jogar. A única maneira de sobreviver roleta nuclear é ir além da guerra no mesmo sentido que o mundo civilizado foi além sacrifício humano e escravidão.
Bombardeiros russos estão voando 50 milhas da nossa costa ... a patrulhar as costas leste e oeste de os EUA (Must See Vídeos!)
Quando era meramente moral e desejável, que poderia ter sido impossível de bater espadas em arados. Hoje em dia, é necessária para a sobrevivência.
General de armas e mar. Douglas MacArthur disse em seu discurso de 1961 para o Congresso das Filipinas: "Você vai dizer imediatamente que, embora a abolição da guerra tem sido o sonho do homem durante séculos, cada proposição para o efeito tenha sido prontamente descartada como impossível e fantástico. Mas isso foi antes de a ciência da última década fez destruição em massa uma realidade. O argumento foi, em seguida, ao longo das linhas espirituais e morais, e perdeu. Mas agora a tremenda evolução dos potenciais nucleares e outras de destruição tomou de repente o problema longe de sua principal consideração como uma questão moral e espiritual e trouxe-o a par do realismo científico. "
Há potencial para que este seja o melhor dos tempos ou o fim do tempo, dependendo da direção que tomamos neste momento crítico na evolução humana. A tecnologia deu um novo significado, global à injunção bíblica: "Eu pus diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, que você e seus descendentes possam viver. "
Para evitar a extinção, temos de tomar medidas para mudar de um modo antigo de pensar o que justifica a guerra como necessária para a sobrevivência a um novo modo de pensar que reconhece a guerra como a maior ameaça para a sobrevivência.

Todas as Explosões Nucleares (2474):
Fonte:
Askaprepper.com

Divulgado pelo: http://undhorizontenews2.blogspot.com.br/

sábado, 16 de maio de 2015

Lucro da Petrobras faz urubus quebrarem o bico

 

:

Ao comentar os resultados da Petrobras, anunciados ontem, o jornalista Fernando Brito, editor do Tijolaço, destaca que o lucro veio muito acima das previsões "de mercado", divulgadas no Brasil; com isso, as ações da companhia subiram fortemente nas negociações pós-pregão, que ocorrem nas bolsas americanas; "a Petrobras lidera com folga a valorização entre as petroleiras – claro que em boa parte por ter sido atirada, artificialmente, lá em baixo. Subiu 38,4%, contra 12,3% da Shell, enquanto quase todas as outras amargam índices negativos", diz ele; volta da normalidade deve fazer com que projetos para rever o modelo do pré-sal, defendidos pelos senadores José Serra e Aloysio Nunes, ambos do PSDB paulista, sejam esquecidos; presidente Dilma Rousseff já afirmou que, na gestão de Aldemir Bendine, o atual modelo será mantido

16 de Maio de 2015 às 04:18

Por Fernando Brito, editor do Tijolaço

Do Valor, há três dias, reverberando as expectativas da urubologia de mercado sobre a Petrobras:

“A Petrobras deve fechar o primeiro trimestre deste ano com um lucro líquido de R$ 2,72 bilhões, resultado 49,5% menor frente aos três primeiros meses do ano passado. A previsão toma como base a média das projeções de cinco bancos de investimento consultados pelo Valor, que indicam, ainda, para uma redução média de 4,7% no faturamento, para R$ 77,73 bilhões, e um crescimento de 23% no Ebitda, para R$ 17,64 bilhões, na mesma base de comparação.”

As previsões eram da Goldman Sachs, do Bradesco, Deutsche Bank e de outras instituições.

Do Valor, agora há pouco:

“A Petrobras encerrou o primeiro trimestre desse ano com lucro de R$ 5,33 bilhões, queda de 1% na comparação com o lucro líquido de R$ 5,393 bilhões apurado no mesmo intervalo do ano anterior.”

Uai, não eram 49,5% de queda?

E a relação entre o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) e dívida, que prenunciavam ia explodir, baixou de 4,77 vezes para 3,86, mesmo com a forte desvalorização cambial. Embora o valor nominal tenha crescido (de 282 para 332 bilhões de reais) o aumento, de 18%, foi inferior à depreciação do real (20,8%) e uma enorme parte destas dívidas é, como é natural em grandes empresas e especialmente no setor petroleiro, em dólar.

O fato é que em Nova York, onde não lêem os jornais brasileiros, no “after-hours” da bolsa local,o ADR (correspondente a ações) da Petrobras sobe 4.05% no momento em que escrevo, depois de já ter subido 2% no pregão normal.

Sem contar essa subida noturna, do início do ano para cá, a Petrobras lidera com folga a valorização entre as petroleiras – claro que em boa parte por ter sido atirada, artificialmente, lá em baixo. Subiu 38,4%, contra 12,3% da Shell, enquanto quase todas as outras amargam índices negativos.

Medida por um ano, mais ou menos o tempo em que a lava-Jato começou a repercutir fortemente, a perda é de 32%, menos da metade dos 67% que chegou a cair no pior momento em 12 meses.

Mas nisso entra, com muita força, a desvalorização do petróleo: no mesmo período, a Shell caiu 20,6%: a Total, 25,2%, a italiana Eni, 27,5%, a Exxon e a Chevron, as que menos perderam, tiveram queda em torno de 15%.

Como escrevi ontem aqui, os ratos e urubus não tiveram força para, mesmo tendo causado muito estrago, derrotar a Petrobras.

http://www.brasil247.com/pt/247/poder/181145/Lucro-da-Petrobras-faz-urubus-quebrarem-o-bico.htm

Bomba! “O HIV é um vírus inofensivo e não transmite a AIDS”, afirma ganhador do Nobel

 

peter-duesberg

Peter Duesberg, (Divulgação).

Brasília – O doutor Peter Duesberg é agora “persona non grata” para a indústria da AIDS, e tudo porque ele provou que o HIV não transmite a AIDS.

Professor de Biologia Molecular da Universidade da Califórnia, Peter Duesberg teve a coragem de desafiar a indústria da AIDS, que é formada pelos produtores de medicamentos alopatas, de preservativos e pela medicina mercantilista – que vive da doença; não vive da saúde.

Ele mantém 4 mil pacientes diagnosticados como portadores do HIV, ou seja, os chamados soropositivos, que não tomam remédio algum; são proibidos de tomar remédio.

Não são 4.

Não são 40.

Não são 400.

São 4.000 pacientes e em quase a metade dele o HIV desapareceu espontaneamente, o que levou o doutor Peter Duesberg a concluir que a AIDS decorre exatamente do remédio que se toma para combater o HIV.

Eu li o trabalho do doutor Peter Duesberg e confesso que cheguei ao orgasmo da satisfação pessoal, porque, ainda que me falte engenho e arte, eu sempre desconfiei da existência de um submundo por trás da AIDS – um negócio lucrativo, por certo.

Segundo o doutor Peter, o HIV ( Human Immunodeficiency Virus )”é um vírus passageiro e inofensivo, existente muito antes da epidemia de AIDS”.

De fato, o HIV foi identificado e isolado em 1938 pelos cientistas Robert Gallo e Lue Montagnier e a AIDS é uma “invenção” da década de 1980.

O professor Peter Duesberg concorda que o HIV pode ser transmitido no ato sexual, mas, em relação à AIDS, ele provou que se trata apenas do “marcador substituto” – ou seja, é a variável intimamente relacionada com outra, que é a verdadeira causa da doença.

E, agora, pasmem! O doutor Peter Duesberg disse que “o consumo de drogas ( remédios ) equivocadamente usada para combater o HIV, leva à AIDS”.

Não por coincidência, todos que morreram de AIDS estavam sob cuidados médicos.

E, agora, pasmem novamente com o que disse o doutor Peter:

-“O AZT e outras drogas usadas para combater o HIV estão, na verdade, provocando a doença (AIDS) em pessoas que seriam HIV positivas saudáveis”.

Ao ler o trabalho do doutor Peter Duesberg eu me lembrei da música do Chico Buarque de Holanda, “Fado Tropical”, que diz assim:

Todos nós herdamos do sangue lusitano uma boa dosagem de lirismo, além das sífilis, é claro.

Ou seja: o HIV pode estar presentes no sangue e isto não quer dizer que a pessoa está condenada. E como ensina o doutor Peter, não deve jamais tomar remédio para combater o HIV.

Portanto, se um dia eu for diagnosticado como soropositivo eu nem me preocupo. E se vierem me dar remédio para combater o HIV eu chamo o doutor Peter.

Ah! Ia esquecendo de dizer que o doutor Peter Duesberg tem o apoio de dois prêmios Nobel de Química e acaba de ser contratado pelo governo da África do Sul para coordenar o programa de combate à AIDS.

E por que a tese dele não se alastrou?

Porque a mídia capitalista também depende da indústria da AIDS, pois é de lá que vem as gordas verbas publicitárias.

Então, gente, vamos deixar de paranoia e procurem ler o trabalho do doutor Peter. Apesar de ele ter sido considerado “persona non grata” pela indústria da AIDS, não conseguiram ( ainda ) destruir o trabalho dele.

Por Roberto Vilanova (Blog do Bob)

LEIA MAIS:

O HIV é inofensivo. Mas as drogas anti-HIV são mortais.

Fonte: SUPER INTERESSANTE
out 2000 – Edição 157Entrevista com Peter Duesberg

Um dos maiores especialistas em vírus HIV afirma que a Aids não é contagiosa e que se alguém injetar o vírus em si mesmo não ficará doente

Por Flávio Dieguez fdieguez@abril.com.br

Desde a eclosão da Aids, em 1981, a expressão “HIV-positivo” se transformou quase que em uma sentença de morte. A presença do HIV em um organismo significava que, mais cedo ou mais tarde, ele adoeceria de Aids.

Mas… e se o vírus for inocente? E se ninguém precisasse temer o contágio e nem, por causa disso, tivesse que usar camisinha como uma obrigação, nem tomar drogas pesadas como o AZT, disparadas contra o vírus como a única alternativa de salvação? Essa tese polêmica — ou simplesmente insana na opinião de muitos especialistas — é defendida pelo cientista que mais entende hoje dos vírus da categoria do HIV, chamados de retrovírus.

Trata-se do bioquímico alemão, naturalizado americano, Peter Duesberg, da Universidade da Califórnia, em Berkeley. “Peter é extraordinário e brilhante”, diz a seu respeito o seu maior oponente, o virologista americano Robert Gallo, do Instituto Nacional do Câncer (INC). (Gallo descobriu o HIV e é o autor da tese de que é o vírus que causa a Aids.)

Duesberg concordou em dar esta entrevista à Super depois que o presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, em abril, anunciou que poderia suspender, em seu país, o tratamento da Aids por meio de drogas anti-HIV, não só por seus efeitos colaterais deletérios, como por haver dúvidas sobre sua eficiência no combate à doença.

O anúncio teve o efeito de um terremoto. Pela primeira vez se deu atenção a Duesberg e a mais uma centena de pesquisadores que inocentam o vírus, entre os quais o bioquímico americano Kary Mullis, da Universidade da Califórnia, Prêmio Nobel de Química de 1993. A seguir, entenda por que eles não acreditam que o HIV seja o vilão da história.

Super – Por que você não aceita a teoria de que a Aids é causada por um vírus, o HIV?

A Aids não é compatível com os critérios usados para definir uma doença como infecciosa — isto é, causada por microorganismos. Para começar, todas as infecções levam ao contágio e são comumente transmitidas para quem trata os pacientes. Não se conhece um único médico ou enfermeira que tenha contraído Aids dessa maneira. No total, desde que a Aids foi diagnosticada há 20 anos, mais de 750 000 casos já foram registrados nos Estados Unidos. O fato de não ter havido a contaminação de um médico ou uma enfermeira sequer demonstra que a Aids não é contagiosa.

Mas a Aids não está se espalhando pela população por contágio?

Não. As doenças infecciosas se alastram mais ou menos por igual por toda a população. É o que se vê, por exemplo, na poliomielite, na varíola, na hepatite etc. Em vez disso, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, a Aids é uma enfermidade predominantemente masculina: até 85% dos pacientes são homens. Como explicar a baixa incidência no sexo feminino? E não é só isso: quase 70% dos pacientes masculinos são homossexuais usuários de drogas, o que torna a distribuição da doença ainda mais desigual, mais restrita a um segmento específico da sociedade.

Então, qual seria o papel do vírus?

O HIV não se encaixa nos critérios estabelecidos. Nenhum outro vírus tem o comportamento que se atribui a ele. Enquanto todos os vírus conhecidos causam doença em alguns dias ou semanas após a infecção, o HIV demoraria até dez anos para provocar efeito. É um paradoxo sem explicação. Na verdade, essa demora no aparecimento do mal é característica das doenças associadas às drogas. O câncer de pulmão surge de dez a 20 anos depois que se começa a fumar, e a cirrose, 20 anos depois de começar a beber.

Até que ponto essa analogia é importante para entender a causa da Aids?

Ela mostra o quanto é duvidoso que o HIV seja a causa da Aids. Se ela fosse de origem viral, deveria ter seguido um de dois caminhos possíveis: ou teria sido controlada assim que os pacientes desenvolvessem imunidade a ela, ou teria explodido, como previram erroneamente os cientistas americanos. Mas o que aconteceu foi algo completamente diferente: ela está associada a um estilo de vida, da mesma forma que o câncer de pulmão predomina entre os fumantes e, como ele, continua confinada a uma pequena parcela da população.

Então, a causa da doença seria um comportamento…

A hipótese que nós defendemos é que a Aids é uma epidemia química, não contagiosa, provocada pelo uso persistente de drogas nos Estados Unidos e na Europa, e pela má nutrição (a falta de nutrientes causa problemas químicos, tanto quanto as drogas), na África.

Como se explicam as fotos ou filmes que mostram o HIV infectando as células?

O fato de um vírus estar presente em um paciente não é suficiente para provar que ele seja a causa da doença. Especialmente se a doença não é contagiosa. Na verdade, em sua grande maioria os vírus são “passageiros” inofensivos do organismo humano e nunca causam doenças.

A hipótese da causa química tem sido estudada de uma forma adequada, na sua opinião?

Claramente não. Ao contrário, ela tem sido censurada, suprimida e privada de verbas públicas. Os seus proponentes são intimidados e marginalizados.

Você alega que os tratamentos disponíveis para a Aids não ajudaram ninguém até hoje. O que o faz pensar assim?

Primeiro, as terapias são direcionadas contra o vírus e ele não causa a Aids. Segundo, como as drogas utilizadas prejudicam o sistema de defesa do organismo (como se diz que o HIV faz) elas são Aids por prescrição médica. Receitar AZT, por exemplo, é como receitar a doença.

Como se explica que o jogador de basquete americano Magic Johnson esteja em tão boa forma, embora tenha tido Aids e tomado o AZT?

Você está enganado: Johnson tomou AZT por alguns meses apenas, dez anos atrás. Depois disso nunca mais. E é por isso que tem boa saúde agora. O HIV é inofensivo, mas as drogas anti-HIV são mortais: Johnson é a prova viva disso.

Você acredita que uma pessoa saudável poderia injetar o vírus em si mesma sem risco de ter Aids?

Sim. Isso já acontece. De acordo com a Organização Mundial de Saúde 33 milhões de pessoas, atualmente, são HIV-positivas, mas menos de dois milhões desenvolveram a doença desde que ela é conhecida. Portanto, há 31 milhões de pessoas infectadas e completamente saudáveis no mundo — entre as quais Magic Johnson.

Você faria essa experiência?

Eu já me dispus a isso, desde que o objetivo seja fazer pesquisa — uma investigação financiada por dotações adequadas e com liberdade para publicar os resultados em revistas especializadas. Eu sou um cientista, não um apostador.
Penso que o nosso maior aliado é o fracasso da hipótese de que o HIV cause Aids. As pesquisas nessa linha não conduzem à cura, não previnem e nem explicam a doença, a despeito de todos os esforços já feitos em termos de capital e de recursos humanos por mais de 16 anos. A incapacidade de produzir resultados é a marca registrada do fracasso. Isso, mais a simples lógica dos nossos argumentos, refutarão a hipótese corrente mais cedo ou mais tarde. Da mesma forma que Galileu, mesmo que depois de 400 anos, acabou convencendo até o papa de que a Terra gira em torno do Sol. (Só em 1983 a Igreja admitiu que errou ao condenar Galileu.)Você acredita que o grupo dos chamados “rebeldes da Aids”, do qual você faz parte, pode passar a ser ouvido daqui para a frente?

Fonte: http://valeagoraweb.com.br/mundo/bomba-o-hiv-e-um-virus-inofensivo-e-nao-transmite-a-aids-afirma-ganhador-do-nobel/

Divulgado por: http://www.segundo-sol.com/2015/05/bomba-o-hiv-e-um-virus-inofensivo-nao-transmite-aids-afirma-ganhador-nobel.html

sexta-feira, 15 de maio de 2015

'Só distritão tem chances na Câmara'

unha: 'Só distritão tem chances na Câmara'

Marcelo Camargo/Agência Brasil: O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, durante reunião da Mesa Diretora (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Por Agência Câmara de Notícias

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, acredita que o distritão seja o único modelo capaz de atender às diversas correntes políticas da Casa. De acordo com Cunha, o modelo é também o único capaz de “passar no Plenário”.

A proposta do distritão foi apresentada na comissão especial da reforma política, no relatório apresentado pelo deputado Marcelo Castro (PMDB-PI). Por esse sistema, os mais votados em cada estado seriam eleitos - a eleição para o Legislativo deixaria de ser proporcional e se tornaria majoritária.

Cunha, no entanto, disse que não está defendendo o modelo: “Eu acho o seguinte, se não votar o distritão vai ficar exatamente como está. Eu não vejo outro modelo com condições de passar na Casa. O único que ainda tem alguma chance de passar, na minha avaliação, é o distritão”.

Mudança de opinião
Cunha reconheceu que mudou de opinião sobre o tema. “Eu, em um primeiro momento, fui contra, mas, depois, eu fui convencido. Por quê? Por que é uma lógica que o eleitor entende: os mais votados são eleitos”.

O modelo atual não está correto, disse Cunha. Para ele, o sistema eleitoral proporcional passa ao eleitor uma imagem de que ele está elegendo candidatos desconhecidos, os quais não tiveram o seu voto.

“Você se lembra do [ex-deputado] Enéas no passado? O Enéas trouxe quatro deputados com menos de mil votos. Teve um com 200 votos eleito deputado por São Paulo. Esse modelo não está correto. Esse não é o modelo correto. O eleitor vota em A e elege B”, ressaltou Cunha.

http://www.brasil247.com/pt/247/brasilia247/181023/Cunha-'Só-distritão-tem-chances-na-Câmara'.htm

Mudança na aposentadoria vai custar R$ 2,5 tri em 35 anos

 

:

15 de Maio de 2015 às 05:54

247 – A emenda aprovada pela Câmara dos Deputados na MP 664, que na prática extingue o chamado fator previdenciário, pode representar um impacto nos cofres da Previdência com o pagamento de aposentadorias de R$ 40 bilhões em dez anos, podendo chegar a R$ 300 bilhões em um prazo de 20 anos e a R$ 2,5 trilhões até 2050.

O texto permite que o trabalhador possa se aposentar desde que a soma do tempo de serviço com a idade seja igual ou superior a 85, para mulheres, e a 95, para homens.

Ontem, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, alertou que os parlamentares devem ter cuidado ao votar projetos que alterem o fator previdenciário para evitar a possibilidade de que isso resulte no aumento dos impostos para compensar os gastos com aposentadorias.

"Tem muita gente que diz que a retirada do fator previdenciário vai aumentar despesa, portanto aumentar impostos. As pessoas têm que ter muito cuidado ao votarem para não criar uma necessidade de mais impostos", disse o ministro ao participar de uma palestra na Global Summit of Women, nesta quinta-feira (14).

Para evitar o veto presidencial, Dilma Rousseff pediu a sua equipe para tentar definir uma nova fórmula de aposentadoria que substitua o atual fator previdenciário, em negociações com as centrais sindicais.

http://www.brasil247.com/pt/247/economia/181002/Mudança-na-aposentadoria-vai-custar-R$-25-tri-em-35-anos.htm