quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

'EUA procuram engolir Ucrânia para explorar seus recursos'

 

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Foto de arquivo. Assessora do secretário de Estado Victoria Nuland destribuindo biscoitos na praça da Independência em Kiev

© Photo: AP/Andrew Kravchenko, Pool

Foto de arquivo. Assessora do secretário de Estado Victoria Nuland destribuindo biscoitos na praça da Independência em Kiev

Os EUA e as instituições financeiras controladas pelo Ocidente planejam colocar a Ucrânia em sua órbita econômica, financeira e militar, disse na entrevista ao canal de televisão RT Richard Becker, da Coalizão Answer.

RT: Existe alguma esperança que a ajuda financeira ocidental melhore a situação na Ucrânia?

Richard Becker: Eu penso que é extremamente difícil, se é que existe alguma esperança. Na realidade, o governo, tanto o governo anterior, como o governo atual, concordou com as condições que impõem a austeridade ao povo ucraniano. Nós já vimos que, por todo o lado onde este tipo de resgate, ou este tipo de ajuda financeira, foi aplicado aos países, ele sempre criou problemas graves: deslocação da população, desemprego, perda de subsídios e redução do nível de vida da grande maioria da população desses países. Nós cremos que provavelmente se irá passar o mesmo na Ucrânia.

RT: Na sua opinião, qual é o papel dos Estados Unidos no conflito ucraniano?

RB: Bem, eu penso que é importante referir qual é a razão por que esse conflito está acontecendo. Isso se deveu à intervenção dos Estados Unidos e de algumas outras potências importantes da União Europeia que intervieram vigorosamente, diria mesmo ilegalmente, nos assuntos da Ucrânia desde já há algum tempo, o que provocou o derrube do governo de Yanukovich, ou seja, o golpe que foi realizado para derrubá-lo.

Devemos recordar que os EUA já enviaram lá algum do seu pessoal de topo e continuam fazendo-o, creio que o secretário do Tesouro irá viajar para lá em breve. Também o FMI é uma instituição largamente controlada pelos EUA que está sediada em Washington. Não está acontecendo nada de bom desde o ponto de vista do povo ucraniano, quer o povo o perceba, tenha consciência disso, quer não. Essa agenda do governo dos Estados Unidos pretende atrair a Ucrânia para sua órbita de uma forma permanente, para sua órbita econômica, sua órbita financeira e sua órbita militar. É isso que se passa na realidade. Eu penso que é isso o que percebem as muitas pessoas na Ucrânia que resistem a essa agenda.

RT: Porque foi que os EUA intervieram neste conflito nessa altura?

RB: Bem, eu penso que é, mais uma vez, importante recordar que aquilo que despoletou as manifestações das forças de direita em novembro de 2013… foi uma oferta da Rússia para ajudar, em muito melhores condições, a Ucrânia a ultrapassar sua crise de dívida e sua crise financeira. Mas o governo de Yanukovich estava disposto a aceitá-la e estava tentando fazer um jogo de equilíbrio entre a Rússia, a Europa Ocidental e os EUA.

Mas isso não era aceitável para os Estados Unidos e a agenda dos EUA foi alterada para colocar a Ucrânia em sua órbita e os EUA intervieram ativamente para consegui-lo. Claro que a Ucrânia poderia ter encontrado um caminho de saída para a crise financeira, o que faria mais sentido, aceitando a oferta da Rússia, que apresentava condições muito melhores, sendo a Rússia um vizinho próximo, um parceiro comercial, etc.

Mas enquanto vigorar a agenda da austeridade, liderada pelos grandes bancos das instituições governadas pelo Ocidente, como o FMI e o Banco Mundial, não haverá esperança de a Ucrânia ver uma recuperação real do ponto de vista da maioria de sua população.

RT: O que podemos esperar do envolvimento do secretário do Tesouro dos EUA?

RB: Mais uma vez, nada de bom. O secretário do Tesouro, que é o ministro das finanças dos Estados Unidos, representa sempre os grandes bancos e isso foi o padrão seguido desde sempre. Eles circulam entre os maiores bancos, como o JPMorgan Chase e o Goldman Sachs e outros, e suas posições dentro do ministério das finanças dos EUA que aqui também é chamado de Departamento do Tesouro… Mas a agenda deles não é a agenda do povo dos EUA, eles certamente não representam os interesses do povo ucraniano, aquilo que eles estão fazendo é procurar promover os interesses daqueles que eles realmente representam e que são os bancos gigantes internacionais e multinacionais.

RT: O presidente ucraniano Petro Poroshenko parece não estar cumprindo as promessas que tinha feito. Qual é a sua atitude em relação a ele?

RB: Bem, Poroshenko é um homem muito rico, apoiado por interesses ainda mais ricos, por interesses mais poderosos fora do país, e o fato é que temos os governos capitalistas das grandes corporações na Europa Ocidental e dos EUA enaltecendo-o apesar de, como você disse, ele ter demonstrado não cumprir suas promessas, uma coisa que não é invulgar nos políticos estadunidenses e também, provavelmente, nos outros países.

Mas o fato de ele ser elogiado nada tem que ver com seu papel na ajuda ao povo ucraniano… Eles elogiam-no porque ele está realmente cumprindo e promovendo a agenda deles para a Ucrânia. Como sabe, seu desejo é engolir a Ucrânia de forma a poder explorar seus enormes recursos naturais, o trabalho de seu povo e, dentro de algum tempo, na OTAN. Por isso é que Poroshenko é enaltecido apesar do que ele tem realmente demonstrado.

Originalmente publicado no RT
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2015_01_29/EUA-procuram-engolir-Ucr-nia-para-explorar-seus-recursos-1100/

Gorbachev teme que Guerra Fria se possa tornar 'quente'

 

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Na foto: Mikhail Gorbachev, foto de arquivo

© Foto: AP/Al Moutasim Al Maskery, file

Na foto: Mikhail Gorbachev, foto de arquivo

EUA já envolveram a Rússia na Guerra Fria e não se pode excluir que eles dêem passos no sentido de uma guerra real, pensa o ex-presidente da URSS Mikhail Gorbachev.

Gorbachev: não se deve separar a Crimeia da Rússia

“Ouve-se falar o tempo todo dos EUA, da União Europeia sobre sanções contra a Rússia. Já perderam a cabeça? Os EUA perderam-se na selva e atiram-nos para lá”, disse Gorbachev em entrevista à Interfax.

Mikhail Gorbachev: “América deve ser parada. Parada amigavelmente”

“Se falarmos com palavras claras, eles [EUA] já nos envolveram numa nova Guerra Fria tentando realizar abertamente a sua ideia de triunfo. E para onde isto vai levar-nos? A Guerra Fria já ocorre abertamente. O que se segue? Infelizmente já não posso dizer que a Guerra Fria não leve à ‘Guerra Quente’. Temo que possam arriscar”, afirmou.

Ao mesmo tempo, Gorbachev frisou que a situação nos EUA e na União Europeia não é simples: “Uma parte dos países europeus vivem bem, os outros – muito pior, e a dependência dos EUA é demasiado forte, mesmo no caso da Alemanha”.
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2015_01_29/Gorbachev-teme-que-a-Guerra-Fria-se-pode-tornar-quente-9805/

Empresários e servidores públicos do SAAE de Sobral estão na mira do MPCE

sobral-cearaO Ministério Público do Estado do Ceará ajuizou no último dia 19 uma ação civil pública contra cinco empresários e seis servidores públicos do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Sobral por atos de improbidade administrativa. O documento foi assinado pelo promotor de Justiça Irapuan da Silva Dionízio Junior.

A denúncia é de que o grupo estaria envolvido em diversos e sucessivos crimes de improbidade administrativa no SAAE de Sobral, tais como: falsidade ideológica, certidão ou atestado ideologicamente falso, uso de documento falso, emprego irregular de verbas ou rendas públicas, fraude aos processos licitatórios através da contratação de empresas fantasmas, bem como aviso prévio entre empresas concorrentes, que deu ensejo ao desvio de aproximadamente R$ 150 mil.

Os acusados são: os sócios-proprietários da AGT Construções e Empreendimentos Ltda. Antônio Gomes Torres e Silvio Luis Torres Borges; os sócios-proprietários da empresa C.A. Construções e Ferrovias Ltda. Anísio Gomes Torres e Claudenor Vieira Martins; o micro-empresário Benedito Basílio Madeira; o atual presidente do SAAE de Sobral, Edson Amaximandro de Sousa e Silva; o diretor administrativo do SAAE de Sobral, José Alberto Rodrigues de Andrade; a servidora pública municipal e presidente da Comissão de Licitação, Maria do Socorro Ibiapina Cunha; o ex-presidente da Comissão de Licitação do SAAE de Sobral, Salustiano Freire Ferreira Gomes; o contador do SAAE, Vicente de Paulo Gomes Parente; e o pregoeiro na época do fato, Edson Norberto Sales.

O MPCE requer liminarmente à Justiça que seja determinada a indisponibilidade dos bens móveis e imóveis dos investigados e das empresas AGT Construções e empreendimentos Ltda., C.A. Construções e Ferrovias Ltda. e Benedito Basílio Madeira – ME. Além disso, pede a suspensão dos direitos políticos entre o intervalo de cinco a oito anos, a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, a decretação da perda da função pública que porventura ocupe, o pagamento de multa cível de até duas vezes o valor do dano a ser apurado, o ressarcimento ao erário pelos prejuízos causados a ser apurado.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Estado do Ceará.

http://www.cearaagora.com.br/site/2015/01/empresarios-e-servidores-publicos-do-saae-de-sobral-estao-na-mira-do-mpce/

Cearense apontado como mensageiro da propina assusta Brasília

Transportador de dinheiro no esquema orquestrado pelos doleiros Carlos Habib Chater conta tudo a MPF.

Redação
jornalismo@cearanews7.com.br

O doleiro Alberto Youssef, para distribuir toda a dinheirama roubada da Petrobras, contava com uma rede de corrupção pelo País. Em Brasília, operava sob seu comando o também doleiro Carlos Habib Chater, que tinha a seu serviço 400 contas de laranjas e cuja marca principal era funcionar sua empresa em um posto de gasolina na torre de tevê na própria Esplanada dos Ministérios.
Se Alberto Youssef fez delação premiada e contou tudo, o mesmo não ocorreu com Carlos Charter. Manteve-se calado. Porém, o seu mensageiro da propina, Carlos Alexandre de Souza Rocha, conhecido como 'Ceará', um dos primeiros indiciados na Operação Lava Jato, que investiga um dos maiores esquemas de corrupção, fraudes em licitações, desvios de verbas e lavagem de dinheiro na Petrobras, resolveu contar tudo que sabe.
Responsável pelo recebimento e entrega do dinheiro utilizado no pagamento de propinas para políticos e gestores públicos, Ceará, o mensageiro da propina, é considerado um dos principais colaboradores do MPF na investigação dos crimes, tendo apresentado à Justiça uma lista com mais de cem nomes de envolvidos. Todos políticos importantes com atuação no Congresso Nacional e em Brasília.
O acordo foi estabelecido depois que o Ministério Público Federal formalizou a denúncia contra Carlos Alexandre, o Ceará, apresentando provas do seu envolvimento com o crime organizado, como a gravação de um diálogo, interceptado pela Polícia Federal (PF), na qual ele afirma que não realiza operações pequenas, abaixo de R$ 50 mil. Em outra ligação, Ceará combina uma transação de R$ 5 milhões. Amigo há 20 anos de Alberto Youssef, era homem de confiança do doleiro Carlos Habib Chater. Segundo confessou a doleira Nelma Kodama à Polícia Federal, Ceará também transportava valores em moeda estrangeira, inclusive valores do tráfico internacional de drogas.
Em setembro do ano passado, após a formalização do acordo de delação premiada, a Justiça do Paraná suspendeu o processo contra Ceará. Ele, no entanto, ficou obrigado a se apresentar regularmente à Justiça. Na época do despacho, Carlos Alexandre, o Ceará, tinha residência em Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Atualmente, seu endereço é mantido sob segredo pelo Ministério Público Federal, pois ele está sob proteção policial.

http://www.cearanews7.com.br/ver-noticia.asp?cod=24227

Dilma defende união para enfrentar desafios da economia

 

 Foto: Roberto Stuckert Filho/PR: San José - Costa Rica. 28/01/2015. Presidenta Dilma Rousseff durante 2ª Sessão Plenária da III Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Ao discursar em sessão plenária da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), presidente Dilma Rousseff declarou que a situação de baixo crescimento, queda no preço das commoditties e apreciação do dólar vai exigir "cautela e esforço" dos países da América Latina e do Caribe para estimular a competitividade na região; "Diante desse quadro torna-se urgente nossa cooperação, priorizando o comércio intrarregional e, ao mesmo tempo, sempre que possível, estimulando o desenvolvimento e a integração de nossas cadeiras produtivas"; ela também defendeu o fim do embargo a Cuba

29 de Janeiro de 2015 às 06:04

Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil - A presidenta Dilma Rousseff comemorou o restabelecimento das relações entre os Estados Unidos e Cuba, mas defendeu o fim do embargo econômico do país norte-americano à ilha. Ao discursar em sessão plenária da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), ela também defendeu a criação de um fórum composto por empresários dos países-membros como parte de um projeto de cooperação regional para enfrentar os problemas da economia internacional e retomar um crescimento “robusto”.

Ao iniciar sua fala, Dilma elogiou a “coragem" e "responsabilidade histórica" dos presidentes Barack Obama e Raul Castro pelo passo dado. Para ela, com o gesto, “começa a se retirar da cena latino-americana e caribenha o último resquício da Guerra Fria em nossa região”.

"Não podemos esquecer, todavia, de que o embargo econômico, financeiro e comercial dos EUA a Cuba, ainda continua em vigor. Essa medida coercitiva, sem amparo no direito internacional, que afeta o bem-estar do povo cubano e prejudica o desenvolvimento do país, deve, tenho certeza, do ponto de vista de todos países aqui representados, ser superada", declarou. Há exatamente um ano, e em outras ocasiões antes da normalização das relações, a presidenta havia se manifestado no mesmo sentido .

Dilma ressaltou ainda a "importante contribuição" do papa Francisco no restabelecimento das relações entre Cuba e EUA. O anúncio da normalização das relações entre os dois países é um dos temas que serão discutidos na cúpula, ao lado da aproximação do bloco com a China, que prometeu duplicar o intercâmbio comercial com a região e investir US$ 250 bilhões na próxima década.

Dizendo-se consciente de que a recuperação da economia mundial não ocorre com a força esperada, a presidenta declarou que a situação de baixo crescimento, queda no preço das commoditties e apreciação do dólar vai exigir "cautela e esforço" dos países da América Latina e do Caribe para estimular a competitividade na região.

Na opinião de Dilma, alguns subsídios "distorcem o comércio internacional" e as reações provocam "escaladas tarifárias" que dificultam as exportações de países em desenvolvimento. "Diante desse quadro torna-se urgente nossa cooperação, priorizando o comércio intrarregional e, ao mesmo tempo, sempre que possível, estimulando o desenvolvimento e a integração de nossas cadeiras produtivas", defendeu.

Após citar fóruns da comunidade com a China e com a União Europeia e pregar que a integração começa prioritariamente pelos vizinhos, a presidenta propôs a constituição de um fórum de empresários da Celac com a participação dos governos e das empresas. "Seu objetivo será desenvolver o comércio, aproveitar as oportunidades diversificadas que nossas economias oferecem, e estimular, quando possível, a integração produtiva, promovendo nossas relações com o resto do mundo”, explicou.

A presidenta participa da 3ª Cúpula da Celac em San Jose, na Costa Rica, até amanhã (29). O evento reúne chefes de Estado, de Governo e chanceleres dos 33 países americanos, com exceção dos Estados Unidos e do Canadá (que não são de origem latina). Presidentes do Uruguai, José Pepe Mujica, de Cuba, Raul Castro, da Venezuela, Nicolás Maduro, e do Chile, Michele Bachelet, estão no país para o encontro.

Após a reunião, Dilma se reúne reservadamente com os líderes da Colômbia, Juan Manoel Santos, e do Panamá, Juan Carlos Varela, e participa de jantar em homenagem aos chefes de Estado e de Governo oferecido pelo anfitrião, Luís Guillermo Solis Rivera, presidente da Costa Rica.

Nesta quinta-feira (29), as lideranças se recolhem em um retiro e participam da transferência da presidência pro-tempore do bloco, da Costa Rica ao Equador.

http://www.brasil247.com/pt/247/economia/168186/Dilma-defende-união-para-enfrentar-desafios-da-economia.htm

MINISTROS DO STF AUMENTAM SUAS DIÁRIAS DE VIAGENS EM 80%

 

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aumentaram as diárias recebidas em viagens feitas em função da Corte e estipularam uma forma de indexar o valor ao próprio salário. Com a mudança, a cada reajuste salarial, o valor das diárias será também aumentado em quase 80%.

A partir desta semana, quando a resolução foi publicada no Diário Oficial, os ministros deixam de receber R$ 614,00 por dia por viagem nacional e passam a ganhar 1/30 dos vencimentos, de R$ 33.763,00. Ou seja, quando viajarem para eventos em que representam o tribunal, terão direito a R$ 1.125,43 por dia para ressarcir despesas extras com alimentação, pousada e locomoção na cidade que visitam.

O texto foi aprovado na última sessão administrativa de 2014. Antes vigorava resolução de 2010, que estipulava o valor das diárias nacionais em R$ 614,00 para ministros em viagem no País e US$ 485,00 para viagens internacionais. Agora, no caso de viagem internacional a diária é acrescida de 70%, convertida em dólar.

Do blog do Armando Costa

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Janot denunciará políticos em bloco ao STF

 

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Procurador-geral da República, Ricardo Janot, apresentará em fevereiro lista com todos os parlamentares suspeitos de participar do esquema de desvios de Alberto Youssef, na Operação Lava Jato; grupo de procuradores montado para investigar os políticos se reuniu pela primeira vez ontem em Brasília

28 de Janeiro de 2015 às 05:15

247 - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, reuniu ontem, pela primeira vez, a equipe de procuradores que vai auxiliá-lo na investigação de políticos suspeitos de envolvimento no esquema de Alberto Youssef.

No início de fevereiro, Janot deve enviar a lista de todos os parlamentares que serão investigados aos STF (Supremo Tribunal Federal).

Em seu depoimento de dezembro, o ex-diretor da Petrobras Paulo roberto Costa citou 28 políticos beneficiários do esquema. Nomes são do PP, PT, PMDB, PSB e PSDB.

Justiça bloqueia R$ 118 milhões de investigados na Operação Lava Jato

 

André Richter - Repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso

A Justiça Federal em Curitiba atualizou hoje (27) para R$ 118 milhões o valor bloqueado nas contas pessoais e de investimentos de 16 investigados e três empresas alvos da Operação Lava Jato.

No ano passado, por determinação do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos decorrentes da operação, os ativos dos investigados foram bloqueados até o limite de R$ 20 milhões, de modo a garantir o ressarcimento em caso de condenação pelos desvios em contratos da Petrobras.

Saiba Mais

A atualização dos valores foi determinada pela juíza substituta Gabriela Hardt durante o recesso. A tabela servirá para que a liberação dos valores que ultrapassaram o limite possa ser concluída.

Por determinação da juíza, as contas de Ricardo Pessoa, diretor da empreiteira UTC, preso em novembro do ano passado, na sétima fase da operação, ficaram livres para movimentação dos titulares, sem prejuízo do bloqueio de R$ 20 milhões.

Os advogados de Pessoa pediram à Justiça autorização para que a esposa dele movimente a conta para pagar despesas pessoais da familia.

Agência Brasil

Uma vergonha, uma coisa dessa

Centro Cirúrgico e Maternidade do Hospital Regional Norte estão de portas fechadas

Segundo informações do Blog Sobral Agora, os pacientes agendados e internados foram transferidos para o hospital Santa Casa.
Confira a reportagem completa abaixo:

''Tive informações que o Hospital Regional Norte fechou as portas do seu Centro Cirúrgico e da Maternidade, que todos pacientes agendados e internados haviam sido transferidos para a Santa Casa de Misericórdia de Sobral.
A causa do fechamento desses setores importantes para a saúde do povo da Região Norte seria falta de médicos, principalmente anestesistas. Soube que os médicos que trabalhavam no HRN estão desde o mês de AGOSTO de 2014 sem receber pagamentos e por conta disso não estão vindo atender em Sobral. A maioria dos médicos contratados são de Fortaleza.
Com a palavra o Governo do Estado e ou quem de direito.''

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Dilma à equipe: travem a batalha da comunicação

 

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"Não podemos permitir que a falsa versão se alastre", disse a presidente Dilma Rousseff, em sua primeira reunião ministerial do segundo mandato; "vamos falar mais, comunicar sobre nossos desafios, nossas iniciativas e nossos acertos", afirmou; ela ressaltou que "direitos trabalhistas são intocáveis", lembrou ainda aos ministros que, quando houver críticas sobre a mobilidade urbana, devem ser lembrados de R$ 143 bilhões em 118 municípios; quando houver críticas à questão da água, que se lembre que o governo federal se colocou como parceiro de todos os estados e municípios, que são responsáveis pelo abastecimento; em relação à Petrobras, afirmou que ela terá "a melhor estrutura de governança" já vista no País; Dilma defendeu ainda a estabilidade fiscal e a política do ministro Joaquim Levy; o "ajuste gradual", disse ela, é o que "vai preservar as nossas políticas sociais"

27 de Janeiro de 2015 às 16:47

247 – Na primeira reunião ministerial do segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff estimulou, nesta terça-feira 27, todos os seus 39 ministros a "travar a batalha da comunicação".

A presidente ressaltou, em discurso de abertura da reunião na Residência Oficial da Grana do Torto, que "devemos enfrentar o desconhecimento e a desinformação sempre e permanentemente".

"Reajam aos boatos", apelou Dilma. "Levem a posição do governo à opinião pública", pediu. "Não podemos permitir que a falsa versão se alastre".

"Por exemplo, quando dizem que vamos acabar com as conquistas históricas dos trabalhadores, respondam em alto e bom som: 'não é verdade, os benefícios são intocáveis'", citou Dilma.

Quando houver críticas sobre a mobilidade urbana, disse a presidente, os ministros devem ser lembrados do investimento de R$ 143 bilhões em 118 municípios.

Sobre a crise da água, Dilma ressaltou: "lembrem-se que desde o início dessa que é uma das maiores crises hídricas, o governo federal apoiou, está apoiando e estará apoiando de todas as formas as demandas dos governos estaduais".

Em novo pedido aos ministros, a presidente afirmou: "vamos falar mais, comunicar sobre nossos desafios, nossas iniciativas e nossos acertos".

Responsabilidade fiscal

Dilma também deu apoio, como previsto, às novas medidas de ajuste fiscal anunciadas recentemente pela equipe econômica. "As mudanças dependem da credibilidade e da estabilidade da economia", disse.

"Estamos diante da necessidade de promover um reequilíbrio fiscal, para recuperar a credibilidade da economia, garantindo a continuidade da criação de empregos e de renda", acrescentou a presidente.

Ela reforçou que o reequilíbrio fiscal, que será promovido "de forma gradual", é o que "vai preservar as nossas políticas sociais", como os programas Minha Casa, Minha Vida, Bolsa Família, Mais Médicos e os que garantem o acesso ao ensino superior.

Ela lembrou que a economia nacional ainda vem sofrendo os efeitos da economia mundial, que sofre uma repressão expressiva por conta da crise. "O Brasil só agora está começando a se recuperar da crise", disse.

Combate à corrupção

A presidente voltou a afirmar que o governo do PT foi o que mais possibilitou a investigação contra a corrupção e deu autonomia à Polícia Federal.

Em relação à Petrobras, a presidente afirmou que ela terá "a melhor estrutura de governança" já vista no País e defendeu que todos os culpados sejam punidos.

Leia abaixo a íntegra do discurso:

Minha primeira recomendação a vocês, que compartilharão comigo a responsabilidade por este novo mandato que nos foi confiado, é trabalhar muito para dar sequência ao projeto político que, desde 2003, está mudando o Brasil.

Mudando para muito melhor, com menos pobreza, mais oportunidades, mais igualdade, mais direitos e cada vez mais democracia.

Na campanha, pedi o voto dos brasileiros para conduzir o país a uma nova etapa do processo de desenvolvimento iniciado em 2003. Mostramos que esta proposta estava baseada em uma política econômica consistente e políticas sociais geradoras de oportunidades e em uma conquista extraordinária, a superação da miséria, alcançada ao criarmos condições para que 22 milhões de pessoas ultrapassassem a linha de extrema pobreza.

Deixei claro, durante a campanha, que o novo mandato teria como objetivo principal a preparação do Brasil para a era do conhecimento – com prioridade absoluta para os investimentos em educação, geradores de mais e melhores oportunidades para as brasileiras e os brasileiros, e da necessária elevação da competitividade de nossa economia, base para um desenvolvimento duradouro. Propus fazer do Brasil uma Pátria Educadora.

Foi nisso que a maioria dos brasileiros votou. Este é o meu compromisso com o Brasil. Nos próximos 4 anos, tomarei todas as medidas para manter íntegra a estratégia de construir um país desenvolvido, próspero e cada vez menos desigual. Tudo o que estamos fazendo visa manter e fortalecer o modelo de desenvolvimento que mostrou ser possível conciliar crescimento econômico, distribuição de renda e inclusão social.

A população brasileira votou também por mudanças e nós as faremos.

Juntos, faremos um governo que é, ao mesmo tempo, de continuidade e de mudanças. Nossa tarefa será manter o projeto de desenvolvimento iniciado em 2003, mas com as mudanças que lhe darão mais consistência e ainda mais velocidade.

Os ajustes que estamos fazendo são necessários para manter o rumo, ampliar oportunidades, preservando as prioridades sociais e econômicas do nosso governo.

As medidas que estamos tomando e que tomaremos vão consolidar e ampliar um projeto vitorioso nas urnas por quatro eleições consecutivas e que está transformando o Brasil.

Como disse na cerimônia de posse, as mudanças que o país espera para os próximos quatro anos dependem muito da estabilidade e da credibilidade na economia. Precisamos garantir a solidez nos nossos indicadores econômicos.

A economia brasileira vem sofrendo os efeitos de dois choques. No plano externo, a economia mundial sofreu uma redução expressiva nas suas taxas de crescimento, com a China apresentando as menores taxas de crescimento em 25 anos, o Japão e a Europa em estagnação, e os EUA só agora começando a se recuperar da crise. Além disso, há uma queda nos preços das commodities - uma queda de 58,8% do petróleo (de jun/14 a 20 de jan/15) e de 53% do minério de ferro (de dez/13 ajan/15) - e uma apreciação do dólar.

No plano interno, enfrentamos, em anos sucessivos, um choque no preço dos alimentos, devido ao pior regime de chuvas de que se tem registro.

Essa seca teve também mais recentemente impactos no preço da energia em todo o Brasil e na oferta de água em algumas regiões específicas.

Diante destes eventos internos e externos, o governo federal cumpriu seu papel. Absorvemos a maior parte das mudanças no cenário econômico e climático em nossas contas fiscais, para preservar o emprego e a renda. Reduzimos nosso resultado primário para combater os efeitos adversos desses choques sobre nossa economia e proteger nossa população.

Agora atingimos um limite.

Estamos diante da necessidade de promover um reequilíbrio fiscal, para recuperar o crescimento da economia o mais rápido possível, criando condições para a queda da inflação e da taxa de juros no médio prazo. Garantindo, assim, a continuidade da geração de emprego e renda.

Tomamos algumas medidas que têm caráter corretivo, ou seja, são medidas estruturais que se mostram necessárias em quaisquer circunstâncias. Vamos adequar o seguro-desemprego, o abono-salarial, a pensão por morte e o auxílio-doença às novas condições socioeconômicas do País.

Essas novas condições mostram que, nos últimos 12 anos, foram gerados 20,6 milhões de empregos formais.

A base de contribuintes da previdência Social foi ampliada em 30 milhões de beneficiários. O valor real do salário mínimo, que é a base de todo o sistema de proteção social, cresceu mais de 70%.

Além disso, a expectativa de vida dos brasileiros com mais de 40 anos aumentou, passando de 73,6 anos para 78,5 anos, ou seja, quase 5 anos a mais de vida.

Nestes casos, não se trata de medidas fiscais, trata-se de aperfeiçoamento de políticas sociais para aumentar sua eficácia, eficiência e justiça.

Aliás, sempre aperfeiçoamos nossas políticas, e o Bolsa Família é um excelente exemplo. No ano passado, ano eleitoral, 1milhão 290 mil famílias deixaram o programa por não mais se enquadrarem seja por razões cadastrais, seja por aumento de renda.

Outro conjunto de medidas é de natureza eminentemente fiscal, indispensáveis para a saúde financeira do Estado brasileiro. Contas públicas em ordem são necessárias para o controle da inflação, o crescimento econômico e a garantia, de forma sustentada, do emprego e da renda.

Vamos promover o reequilíbrio fiscal de forma gradual.

Nossa primeira ação foi estabelecer a meta de resultado primário em 1,2% do PIB.

Esta meta representa um grande esforço fiscal, mas um esforço que a economia pode suportar sem comprometer a recuperação do crescimento e do emprego.

São passos na direção de um reequilíbrio fiscal que permitirá preservar as nossas políticas sociais – falo, por exemplo, do Bolsa Família, do MCMV, do Mais Médicos, do Pronatec, das ações para garantir acesso ao ensino superior, do Ciência sem Fronteiras, do combate à violência contra a mulher.

A razão de ser da gestão responsável e consistente da política econômica é estimular o crescimento e dar meios para a execução de políticas que melhoram o bem estar da população.

Em relação à inflação, quero lembrar que em nenhum momento de meu primeiro mandato descuidamos de seu controle e, por isso, ela foi mantida sempre no limite fixado pelo regime de metas.

O Banco Central vem adotando as medidas necessárias para reduzir ainda mais a inflação.

Decidimos também reduzir previamente nossos gastos discricionários, enquanto o Congresso Nacional discute o Projeto de Lei Orçamentária de 2015. Por essa razão, reduzimos em 1/3 o limite orçamentário de todos os Ministérios,neste início de ano.

Lembro a cada um dos ministros que as restrições orçamentárias exigirão mais eficiência no gasto, tarefa que estou certa todos executarão com excelência. Vamos fazer mais gastando menos.

Estamos atuando também pelo lado da receita. Adotamos correções nas alíquotas da CIDE sobre combustível e do IOF sobre o crédito pessoal. Também propusemos uma correção do PIS/COFINS sobre bens importados e do IPI sobre cosméticos.

Além das medidas de política fiscal, estamos também construindo medidas para viabilizar o aumento do investimento e da competitividade da economia.

No campo tributário, estamos finalizando nossa proposta de aperfeiçoamento do SUPERSIMPLES, que irá estabelecer um mecanismo de transição entre sistemas tributários para enfrentar a barreira hoje existente ao crescimento das micro e pequenas empresas.

Estamos preparando a Reforma do PIS/COFINS para simplificar e agilizar o aproveitamento de créditos tributários pelas empresas.

Vamos apresentar um Plano Nacional de Exportações, para estimular o comércio externo. O foco de nossa política industrial, baseada na ampliação da nossa competitividade, será o aumento da pauta e dos destinos de nossas exportações. Se nossas empresas conseguirem competir no resto do mundo, elas conseguirão competir facilmente no Brasil, onde já desfrutam de vantagens locais.

A melhora da competitividade depende, entre outras coisas, da simplificação e da desburocratização do dia-a-dia das empresas e dos cidadãos.

Para avançar nesta direção, lançaremos um grande programa de desburocratização e simplificação das ações do governo. Trata-se de agilizar e simplificar o relacionamento das pessoas e das empresas com o Estado e do Estado consigo mesmo. Menos burocracia representa menos tempo e menos recursos gastos em tarefas acessórias e secundárias, mais produtividade e mais competitividade. Toda a sociedade ganha!

Já iniciamos também a definição de uma nova carteira de investimentos em infraestrutura. Vamos ampliar as concessões de infraestrutura ao setor privado. Vamos continuar com as concessões de rodovias e as autorizações de portos, viabilizar as concessões de ferrovias, e ampliar as de aeroportos. Realizaremos concessões em outras áreas, como hidrovias e dragagem de portos, por exemplo.

O MCMV contratará a construção de mais três milhões de moradias até 2018, ampliando sua penetração em grandes centros urbanos.

Com o programa Banda Larga para Todos vamos promover a universalização do acesso a um serviço de internet de banda larga barato, rápido e seguro.

O Brasil continua sendo uma economia continental e diversificada, com grande mercado interno, e com empresas e trabalhadores versáteis e habilitados a aproveitar as oportunidades que temos diante de nós.

Somos hoje a 7ª economia do mundo, o 2º maior produtor e exportador agrícola, o 3º maior produtor e exportador de minérios, o 5º que mais atrai investimentos estrangeiros, o 7º em acúmulo de reservas cambiais e o 3º maior usuário de internet.

O Brasil continua sendo um país com grandes oportunidades de investimento. O Brasil continua sendo um país com instituições sólidas e regras estáveis, uma sociedade livre e democrática.

Depois de 12 anos de políticas de inclusão e desenvolvimento social, o Brasil é hoje um país melhor. Um país com menos pessoas na pobreza e mais pessoas na classe média. Um país com milhões de novos estudantes, do ensino fundamental à universidade. Um país com milhões de novas pequenas empresas e empreendedores individuais. Um país com milhões de novos trabalhadores no mercado formal. Um país com mais crédito, tanto para as empresas quantos para os consumidores.

Estamos confiantes na força do nosso povo, nos fundamentos econômicos, sociais e culturais de nosso País.

Em 2016, os olhos do mundo estarão mais uma vez voltados para o Brasil, com a realização das Olimpíadas.

Temos certeza que mais uma vez, como na Copa, vamos mostrar a capacidade de organização dos brasileiros e, agora, numa das mais belas cidades do mundo, o nosso Rio de Janeiro.

Caras ministras e caros ministros,

Devemos enfrentar o desconhecimento, a desinformação sempre e permanentemente. Sem tréguas.

Não permitam que a falsa versão se crie. Reajam aos boatos, travem a batalha da comunicação, levem a posição do governo à opinião pública. Sejam claros, precisos, se façam entender. Não deixem dúvidas.

Por exemplo, quando for dito que vamos acabar com as conquistas históricas dos trabalhadores, respondam em alto e bom som: Não é verdade! Os direitos trabalhistas são intocáveis, e não será o nosso governo, um governo dos trabalhadores, que irá revogá-los.

Quando se levantar a questão da mobilidade urbana em nossas cidades, falem dos R$ 143 bilhões que estamos investindo em 118 municípios de grande e médio porte, em todos os Estados.

Quando for mencionada a crise da água, lembrem-se que desde o início da maior estiagem das últimas décadas, o Governo Federal apoiou e está apoiando,de todas as formas, inclusive com investimentos elevados, as demandas dos Governos estaduais, responsáveis constitucionais pelo abastecimento de água.

No Nordeste, temos uma carteira de investimentos de R$ 34 bilhões que, além da Integração do São Francisco, inclui a perenização de 1.000 Km de rios, novos sistemas de adutoras, açudes e obras que vão assegurar a segurança hídrica na região.

Em São Paulo, estamos autorizando, a partir das solicitações do Governador, as grandes obras para ampliar a oferta de água e vamos fortalecer ainda mais nosso apoio a São Paulo.

Oriento os ministros e os dirigentes de órgãos federais relacionados ao assunto que se engajem no esforço dos governos estaduais para vencer a atual situação de insegurança hídrica, com especial atenção para as regiões Sudeste e Nordeste.

Ao mesmo tempo, estamos tomando todas as ações cabíveis para garantir o suprimento de energia elétrica.

Vamos falar mais, comunicar sobre nossos desafios, iniciativas e acertos. Vamos mostrar a cada cidadã e cidadão brasileiro que não alteramos um só milímetro nosso compromisso com o projeto vencedor na eleição, com o projeto de desenvolvimento que estamos implementando desde 2003.

O povo votou em nós porque acredita que somos os mais indicados para fazer o que for preciso para o Brasil avançar ainda mais.

O povo votou em nós porque acredita em nossa capacidade e em nossa honestidade de propósitos.

Caros Ministros e Ministras

Vamos, a partir da abertura do Congresso, propor uma alteração na legislação para tratar como atividade comum dos entes da federação as ações de segurança pública, permitindo a União estabelecer diretrizes e normas gerais válidas para todo o território nacional para induzir políticas uniformes no País e disseminar a adoção de boas práticas na área policial.

Quero fazer alguns comentários sobre um dos maiores desafios vivenciados por nosso País: o combate à corrupção e à impunidade.

Neste segundo mandato, manterei, sem transigir um só momento, meu compromisso com a lisura no uso do dinheiro público, com o combate aos mal feitos, com a atuação livre dos órgãos de controle interno, com a autonomia da Polícia Federal, e com a independência do Ministério Público. Vou chegar ao final deste mandato podendo dizer o mesmo que disse do primeiro: nunca um governo combateu com tamanha firmeza e obstinação a corrupção e a impunidade.

Todos vocês devem atuar sempre orientados pelo compromisso com a correção e a lisura. Espero que enfrentem com firmeza todo e qualquer indício de mau uso do dinheiro público nas áreas sob seu comando.

Gostaria de mais uma vez me manifestar sobre a Petrobrás.

A Petrobrás já vinha passando por um vigoroso processo de aprimoramento de gestão. A realidade atual só faz reforçar nossa determinação de implantar, na Petrobrás, a mais eficiente estrutura de governança e controle que uma empresa estatal já teve no Brasil.

Temos que apurar com rigor tudo de errado que foi feito.

Temos, principalmente, de criar mecanismos que evitem que fatos como estes possam voltar a ocorrer.

O saudável empenho de justiça deve também nos permitir reconhecer que a Petrobrás é a empresa mais estratégica para o Brasil e a que mais contrata e investe no país.

Temos que saber apurar e saber punir, sem enfraquecer a Petrobrás, nem diminuir a sua importância para o presente e para o futuro.

Temos que continuar apostando na melhoria da governança da Petrobrás, no modelo de partilha para o pré-sal e na vitoriosa política de conteúdo local.

Temos que continuar acreditando na mais brasileira das nossas empresas, porque ela só poderá continuar servindo bem ao país, se for cada vez mais brasileira.

Ministros e ministras, toda vez que se tentou, no Brasil, condenar e desprestigiar o capital nacional estavam tentando, na verdade, dilapidar o nosso maior patrimônio - nossa independência e nossa soberania.

Temos que punir as pessoas, não destruir as empresas.

Temos que saber punir o crime, não prejudicar a economia do país.

Temos que fechar as portas para a corrupção, não para o crescimento, o progresso e o emprego.

Como venho dizendo estou propondo um grande pacto nacional contra a corrupção que envolve todas as esferas de governo, todos os núcleos de poder, tanto no ambiente público, como no privado.

Seremos ainda mais implacáveis com os corruptores e corruptos.

Em fevereiro, encaminharei ao Congresso as seguintes medidas:

Primeiro, transformar em crime e punir com rigor os agentes públicos que enriquecem sem justificativa ou não demonstrem a origem dos seus ganhos.

Segundo, incluir na legislação eleitoral como crime a prática de caixa 2.

Terceiro, criar uma nova espécie de ação judicial que permita o confisco dos bens adquiridos de forma ilícita.

Quarto, alterar a legislação para apressar o julgamento de processos envolvendo o desvio de recursos públicos; e

Quinto, criar uma nova estrutura, a partir de negociação com o Poder Judiciário, que dê maior agilidade aos processos movidos contra aqueles que têm foro privilegiado.

As brasileiras e os brasileiros esperam de nós um comportamento íntegro. Seremos, em cada um dos dias desse novo mandato, gestores públicos absolutamente comprometidos com a austeridade e a probidade. Vamos honrar cada cidadã e cidadão com uma gestão exemplar, que executa com celeridade e eficiência as políticas que vão manter o Brasil na trilha do desenvolvimento.

Caras Ministras e ministros

Há também uma grande expectativa da sociedade brasileira pela Reforma Política. Colocaremos como prioridade, já neste primeiro semestre, o debate deste tema com a sociedade. Esta é uma tarefa do Congresso Nacional, mas nos cabe impulsionar esta mudança, para instituir novas formas de financiamento das campanhas eleitorais, definir novas regras para escolha dos representantes nas casas legislativas, e aprimorar os mecanismos de interlocução com a sociedade e os movimentos sociais, reforçando a legitimidade das ações do Legislativo e do Executivo.

Espero de cada uma das ministras e ministros muito diálogo com o Congresso, com governadores, prefeitos, e com os movimentos sociais, tal como eu mesma farei. Devemos buscar, por meio do diálogo e da negociação, estabelecer os consensos e os caminhos que produzirão as mudanças de que o Brasil precisa. Só assim construiremos mais desenvolvimento e mais igualdade.

Espero de todos muita dedicação, cooperação entre os ministérios e muito trabalho. Desejo muita sorte e muito sucesso a todos.

O Brasil espera muito de nós e conto com vocês para honrar todas essas expectativas.

Muito obrigada.

Brasil 247

Até RT da Rússia é chamada de terrorista pelo Ocidente


Crucificando a Rússia

www.paulcraigroberts.org

27 de janeiro de 2015

O ataque de Washington em relação à Rússia está indo além do limite do absurdo para o reino da loucura.

O novo chefe do Conselho de Governadores Broadcasting , Andrew Lack dos EUA, declarou que o serviço de notícias russa, RT, que transmite em vários idiomas, é uma organização terrorista equivalente ao Boko Haram e ao Estado Islâmico, e Standard and Poors apenas rebaixou a Rússia de rating de crédito no status de lixo.

Hoje RT Internacional me entrevistou sobre estes desenvolvimentos insanos.

Nos dias anteriores, quando os Estados Unidos ainda eram um país , a acusação de falta teria o levado a ser ridicularizado fora do escritório. Ele teria sido obrigado a demitir-se e desaparecer da vida pública. Hoje, no mundo de faz-de-conta que a propaganda ocidental criou, a declaração de falta é levado a sério. No entanto, outra ameaça terrorista foi identificada a-RT. (Embora ambos Boko Haram e o Estado Islâmico empregam o terror, a rigor são organizações políticas em busca de governadoria, e não organizações terroristas, mas esta distinção seria sobre a cabeça vazia. Sim, eu sei. Há uma boa piada que poderia ser feito aqui sobre o que falta não tem. Apropriadamente chamado e tudo isso.)

No entanto, qualquer que seja a lacuna e poderia faltar, eu duvido que ele acredita que a sua declaração absurda que RT é uma organização terrorista. Então, qual é o seu jogo?

A resposta é que os meios de comunicação ocidentais, tornando-se presstitute dos Ministérios da Propaganda para Washington, criaram grandes mercados para RT, Press TV, e Al Jazeera. À medida que mais e mais dos povos do mundo giram a estas fontes de notícias mais honestas, a capacidade de Washington para fabricar explicações de auto-serviço diminuiu.

RT em particular, tem um grande público ocidental. O contraste entre o relato verdadeiro de RT e as mentiras vomitadas pela mídia dos EUA estão a minar o controle de Washington da explicação. Isso não é mais aceitável. Lark enviou uma mensagem a RT. A mensagem é: puxe em seus chifres; parar de relatar de forma diferente da nossa linha; parar de contestar os fatos como Washington afirma-los e os presstitutes comunicam; obter a bordo ou mais.

Em outras palavras, a "liberdade de expressão" que Washington e sua UE, canadenses e australianos estados fantoches tout meios: a liberdade de expressão para a propaganda de Washington e mentiras, mas não para qualquer verdade. Verdade é o terrorismo, porque a verdade é a grande ameaça para Washington.

Washington prefere evitar o constrangimento de, na verdade, fechando RT como seu vassalo do Reino Unido fez a Press TV. Washington quer simplesmente se calar RT. A mensagem de Lark a RT é: auto-censura.

Na minha opinião, RT já subestima em sua cobertura e relata como faz Al Jazeera. Ambas as organizações de notícias entendem que elas não podem ser muito francas, pelo menos não com muita freqüência ou em muitas ocasiões.

Muitas vezes me pergunto por que o governo russo permite que 20 por cento dos meios de comunicação russos funcionar como quinta coluna do Washington dentro da Rússia. Eu suspeito que a razão é que ao tolerar propaganda descarada de Washington dentro da Rússia, o governo russo espera que alguma notícia factual pode ser relatado em os EUA via RT e outras organizações de notícias russas.

Essas esperanças, como outras esperanças russas sobre o Ocidente, são susceptíveis de se decepcionar no final. Se RT está fechado para baixo ou assimilados pela mídia presstitute Ocidental, nada vai ser dito sobre ele, mas se o governo russo fecha agentes de Washington, mentirosos flagrantes todos, nos meios de comunicação russos, vamos ouvir para sempre sobre o mal russos suprimindo "livre discurso. "Lembre-se, o único admissível" liberdade de expressão "é propaganda de Washington.

Só o tempo dirá se RT decide ser fechado por dizer a verdade ou se junta a sua voz à propaganda de Washington.

O outro item na entrevista foi a desclassificação de crédito da Rússia ao status de junk.

Rebaixamento da Standard and Poor é, sem qualquer dúvida, um ato político. Isso prova o que já sabemos, e isso é que as empresas de rating americanas são operações políticos corruptos. Lembre-se a classificação de Investment Grade as agências de rating norte-americanos deram a óbvia junk subprime? Estas agências de rating são pagos por Wall Street, e como Wall Street que servem o governo dos Estados Unidos.

Um olhar sobre os fatos serve para estabelecer a natureza política da decisão. Não espere que a imprensa financeira corrupta US olhar para os fatos. Mas agora, vamos olhar para os fatos.

Na verdade, nós vamos colocar os fatos em contexto com a situação da dívida dos EUA.

De acordo com os relógios de dívida disponíveis on-line, a dívida nacional russa como uma percentagem do PIB russo é de 11 por cento. A dívida nacional americana como uma percentagem do PIB dos EUA é de 105 por cento, cerca de dez vezes superior.Meus co-autores, Dave Kranzler, John Williams, e eu tenho mostrado que, quando medida corretamente, a dívida dos EUA como um por cento do PIB é muito maior do que o número oficial.

A dívida nacional russa per capita é $ 1.645. A dívida nacional dos EUA per capita é $56,952. 56.952 $.

O tamanho da dívida nacional da Rússia é 235,000,000 mil dólares, menos de um quarto de um trilhão. O tamanho da dívida nacional dos EUA é US $ 18 trilhões, 76,6 vezes maior que o da dívida russa.

Colocando isto em perspectiva: de acordo com os relógios de dívida, o PIB dos EUA é $ 17300000000000 e PIB russo é 2100000000000 dólar. Assim, o PIB dos EUA é 8 vezes maior do que o PIB russo, mas a dívida nacional é 76,6 vezes maior do que a dívida da Rússia.

Claramente, é o rating de crédito dos EUA, que deveria ter sido rebaixadas ao status de junk. Mas isso não pode acontecer. Qualquer agência de classificação de crédito dos EUA, que disse a verdade seria fechado e processados. Isso não importa o que as acusações absurdas são. As agências de rating seriam culpadas de ser anti-americanas organizações terroristas como RT, etc., etc., e eles sabem disso. Nunca espere qualquer verdade de qualquer habitante Wall Street. Eles mentem para ganhar a vida.

De acordo com este site: http://people.howstuffworks.com/5-united-states-debt-holders.htm#page=4 os EUA devem a Rússia a partir de janeiro 2013 162900000000 $. As the Russian national debt is $235 billion, 69 percent of the Russian national debt is covered by US debt obligations to Russia. Como a dívida nacional russo é 235000000 mil dólares, 69 por cento da dívida nacional russa está coberto por obrigações de dívida dos EUA para a Rússia.

Se esta é uma crise russa, sou Alexandre, o Grande.

Como a Rússia tem bastante participações dólares para resgatar toda a sua dívida nacional e ter um par de centenas de bilhões de dólares à esquerda, o que é um problema da Rússia?

Um dos problemas da Rússia é o seu banco central. Para a maior parte, os economistas russos são os mesmos incompetentes neoliberais que existem no mundo ocidental. Os economistas russos estão encantados com os seus contactos com o Ocidente "superior" e com o prestígio que eles imagem desses contatos dar-lhes. Enquanto os economistas russos concordam com os ocidentais, eles são convidados para conferências no exterior. Esses economistas russos são agentes americanos de facto de se perceber, ou não.

Atualmente, o banco central russo é desperdiçar as grandes explorações russas de reservas internacionais em apoio ao ataque ocidental sobre o rublo. Este é um jogo 'tolos que nenhum banco central deve jogar. O banco central russo deve se lembrar, ou saber se ele não sabe, ataque Soros 'sobre o Banco da Inglaterra.

Reservas cambiais russas devem ser usadas para se aposentar a dívida nacional em circulação, tornando assim a Rússia o único país no mundo sem uma dívida nacional. Os restantes dólares deve ser despejado em ações coordenadas com a China para destruir o dólar, a base de alimentação de imperialismo americano.

Como alternativa, o governo russo deve anunciar que sua resposta à guerra econômica contra a Rússia sendo conduzida pelo governo em agências de notação de Washington e Wall Street é padrão em seus empréstimos aos credores ocidentais. A Rússia não tem nada a perder, como a Rússia já é cortado de crédito ocidental por sanções norte-americanas.Default russo causaria consternação e crise no sistema bancário europeu, que é exatamente o que a Rússia quer, a fim de acabar com o apoio da Europa de sanções dos EUA.

Na minha opinião, os economistas neoliberais que controlam a política económica da Rússia são uma ameaça muito maior para a soberania da Rússia de sanções econômicas e bases de mísseis norte-americanos. Para sobreviver Washington, a Rússia precisa desesperadamente de pessoas que não são romântica sobre o Ocidente.

Para dramatizar a situação, se o presidente Putin vai me conceder a cidadania russa e permitir que me nomear Michael Hudson e Nomi Prins como meus adjuntos, vou assumir a operação do banco central russo e colocar o Oeste fora de operação.

Mas isso exigiria a Rússia a tomar riscos associados com a vitória. Os atlantistas integracionistas dentro do governo russo quer vitória para o Ocidente, não para a Rússia. Um país imbuído de traição dentro do próprio governo reduziu chance contra Washington, um jogador determinado.

Another fifth column operating against Russia from within are the US and German funded NGOs. Outra quinta coluna operando contra a Rússia a partir de dentro são os EUA e alemão financiou ONG. Estes agentes americanos mascararam-se como "organizações de direitos humanos", como "organizações de direitos das mulheres", como "organizações de democracia", e quaisquer outros títulos cativas que servem em uma era politicamente correto e são incontestáveis.

No entanto, outra ameaça para a Rússia vem do percentual da juventude russa que cobiçam para a cultura depravada do Ocidente. Licenciosidade sexual, pornografia, drogas, auto-absorção. Estas são as ofertas culturais do Ocidente. E, claro, matando muçulmanos.

Se os russos querem matar pessoas para se divertir e para solidificar a hegemonia dos EUA sobre si mesmos e do mundo, eles devem apoiar a "integração atlantista" e virar as costas para o nacionalismo russo. Por ser russo se você pode ser servos americanos?

Que melhor resultado para os neoconservadores americanos do que ter a Rússia apoiar a hegemonia de Washington sobre o mundo? Isso é o que os economistas neoliberais russos e com o apoio "integracionistas europeus". Estes russos estão dispostos a ser servos americanos, a fim de fazer parte do Ocidente e de ser bem pago para a sua traição.

Como fui entrevistado sobre estes desenvolvimentos por RT, a âncora de telejornal continuou tentando enfrentar acusações de Washington com os fatos. É surpreendente que os jornalistas russos não entendem que os fatos não têm nada a ver com isso. Os jornalistas russos, aqueles independente de subornos americanos, acho que os fatos importa nas disputas sobre as ações russas. Eles pensam que os ataques contra civis pelos nazistas americanos apoiados ucranianos é um fato. Mas, é claro que não existe tal fato na mídia ocidental. Nos meios de comunicação ocidentais os russos, e apenas os Russos, são responsáveis ​​pela violência na Ucrânia.

Linha da história de Washington é que é intenção do mal de Putin sobre a restauração do Império Soviético, que é a causa do conflito. Esta linha de media no Ocidente não tem relação com nenhum fato.

Na minha opinião, a Rússia está em grave perigo. Os russos estão contando com os fatos, e Washington está confiando na propaganda. Russian voices are small compared to Western voices. Vozes russos são pequenas comparadas com vozes ocidentais.

A falta de uma voz russo é devido à própria Rússia. Rússia aceitou viver em um mundo controlado por nós, serviços jurídicos, financeiros e de telecomunicações. Viver neste Wold significa que a única voz é de Washington.

Por que a Rússia concordou com esta desvantagem estratégica é um mistério. Mas, como resultado deste erro estratégico, a Rússia está em desvantagem.

Considerando-se as incursões que Washington tem para o próprio governo russo, os oligarcas economicamente poderosos e trabalhadores do Estado com conexões ocidentais, bem como para os meios de comunicação russos e juventude russa, com as centenas de ONGs financiadas americanos e alemães que podem colocar os russos para as ruas para protestar contra qualquer defesa da Rússia, o futuro da Rússia como um país soberano está em dúvida.

Os neoconservadores americanos são implacáveis. Seu oponente russo está enfraquecido pelo sucesso dentro da Rússia propaganda ociental de guerra fria que retrata os EUA como o salvador e futuro da humanidade.

A escuridão de Sauron América continua a se espalhar pelo mundo inteiro.

Paul Craig Roberts foi Secretário Assistente do Tesouro de Política Económica e editor associado do Wall Street Journal. Ele era colunista da Business Week, Scripps Howard News Service, e Creators Syndicate. Ele teve muitos compromissos universitários. Suas colunas de internet têm atraído seguidores em todo o mundo. Seu livro mais recente, O Fracasso do Laissez Faire Capitalismo e Dissolução Econômica do Ocidente já está disponível.

http://undhorizontenews2.blogspot.com.br/search?updated-max=2015-01-27T15:26:00-02:00&max-results=25

Argentina importa energia do Brasil. Imprensa ignora

 

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Assim como fez o Brasil na semana passada, que importou 165 MW médios de energia elétrica do país vizinho, a Argentina importou ontem do sistema brasileiro 200 MW médios, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS); o fato, no entanto, não foi noticiado por nenhum veículo da imprensa; é comum que sistemas interligados de países vizinhos importem e exportem energia de acordo com demandas temporárias de cada um, mas apenas por aqui, e só quando o Brasil importa, o fato vira manchete, como na última quarta-feira 21, após o blecaute que atingiu 11 estados e o Distrito Federal

27 de Janeiro de 2015 às 13:35

247 – Importação e exportação de energia elétrica são comuns e frequentes entre sistemas interligados, de acordo com as demandas temporárias de cada um. Só no Brasil, no entanto, o fato vira manchete na imprensa. E apenas quando o Brasil é o país importador.

Prova disso é a notícia, de acordo com o site do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), de que a Argentina importou do Brasil, nesta segunda-feira 26, 200 MW "em função da redução não programada de disponibilidade de geração naquele país".

O fato, porém, não foi noticiado em nenhum veículo da imprensa brasileira. Bem diferente do que ocorreu na semana passada, quando o Brasil importou um pouco menos (165 MW) da Argentina. A transferência aconteceu um dia depois do blecaute que atingiu 11 estados e o Distrito Federal no País.

Apesar de ser comum países vizinhos partilharem suas redes, a exemplo de Estados Unidos e Canadá, a importação brasileira foi logo vinculada ao 'apagão', pela imprensa, e justificada pelos jornais pelo fato de o Brasil não ter energia suficiente para suprir o consumo brasileiro.

Para noticiar o fato da semana passada, a imprensa utilizou o IPDO (Informativo Preliminar da Operação) do ONS. Acesse aqui o IPDO de ontem, que noticia a importação de energia brasileira por parte da Argentina. A energia foi exportada pela estação de conversão Garabi 2, no Rio Grande do Sul.

http://www.brasil247.com/pt/247/economia/167971/Argentina-importa-energia-do-Brasil-Imprensa-ignora.htm

Adutora de Tauá para de funcionar por falta de energia antes de completar 30 dias

 

Maurício Moreira
jornalismo@cearanews7.com.br

A adutora do açude Arneiroz II, que deveria abastecer o município de Tauá, parou de funcionar por falta de energia. A obra foi inaugurada pelo então governador Cid Gomes (PROS) no dia 26 de dezembro de 2014 com motores movidos a óleo diesel.
Em reunião, nesta segunda-feira (26), o secretário de Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, afirmou que a adutora deve começar a operar com um gerador e, até o fim da semana, a Cagece deve regularizar a situação.A adutora teve investimento total de R$ 11,5 milhões, mas parou antes mesmo de completar um mês de funcionamento.

http://www.cearanews7.com.br/ver-noticia.asp?cod=24155

TCM E O CARNAVAL NO CEARÁ

 

Por Armando Costa

Encerrada a semana (19 a 23/01) de fiscalização presencial, durante a qual 08 equipes técnicas estiveram em 47 municípios, abrangendo todas as regiões do Estado, o Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará (TCM) já possui diagnóstico parcial na verificação de possível utilização de recursos públicos municipais em eventos carnavalescos, como o patrocínio de bandas e/ou trios elétricos, montagem de palco e demais estruturas, apoio financeiro a escolas de samba ou blocos de rua. Atenção especial foi dada aos municípios que se encontrem em situação de emergência ou estado de calamidade provocado pela seca. O trabalho, executado até as 17 horas da última sexta-feira, permitiu traçar um quadro atualizado e documentar de que forma os municípios visitados pretendem agir no que diz respeito ao Carnaval.

O balanço preliminar evidencia que R$ 6.526.651,40 serão gastos pelos cofres públicos para o financiamento de eventos em 16 municípios: Aquiraz, Aracati, Barroquinha, Beberibe, Bela Cruz, Camocim, Cascavel, Fortim, Granja, Pacoti, Palhano, Paraipaba, Paracuru, São Benedito, São Gonçalo do Amarante e Viçosa do Ceará.

Em outras 24 cidades, os técnicos do TCM obtiveram informações documentadas no sentido de que as Prefeituras não realizarão festejos custeados com recursos dos municípios. São elas: Acopiara, Aracoiaba, Barbalha, Baturité, Caucaia, Coreaú, Crato, Eusébio, Guaramiranga, Iguatu, Itarema, Jaguaribe, Juazeiro do Norte, Limoeiro do Norte, Mauriti, Massapê, Moraújo, Mulungu, Pacajus, Palmácia, Russas, São Luís do Curu, Sobral e Ubajara.

SITUAÇÃO DO HOSPITAL REGIONAL NORTE TRAZ PREOCUPAÇÃO

 

Sem médicos suficientes para atender a população da zona Norte do Estado, o Hospital Regional Norte (HRN), passa por grandes dificuldades. A população que procura atendimento nos setores; Centro Cirúrgico e Maternidade estão sendo encaminhados para Santa Casa de Misericórdia de Sobral.

Outra causa que está obrigando a desativação desses dois setores seria a falta de anestesistas. Soube que os médicos que trabalhavam no HRN estão desde o mês de agosto de 2014 sem receber pagamentos e por conta disso não estão vindo atender em Sobral.

Por WILSON GOMES

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Cortar BV da Globo é 1º passo da reforma da mídia

 

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O BV (bonificação de volume), criado e sustentado pela Globo, é hoje, na prática, o lucro das agências de publicidade e significa "uma prova cabal da dependência de todo um setor de apenas um veículo", explica o jornalista Ricardo Ebling, em artigo para o 247; "Em vista do quadro sumariamente descrito, a grande mídia brasileira é uma aliança entre empresas quase quebradas e uma gigante que controla todo o fluxo de todas as verbas publicitárias", escreve ele; "Mas este conjunto heterogêneo é unificado em torno de um discurso tão pobre quanto falso: o controle editorial ou censura da mídia"; Ebling acredita que esse "desequilíbrio comercial" deveria estar sendo tratado "há muito tempo" pelo Cade, mas afirma que "a briga pela regulação é levada pelos interessados para outras arenas, como o Congresso e o Ministério das Comunicações, onde a derrota é certa"

26 de Janeiro de 2015 às 09:56

247 - O "desequilíbrio comercial" do setor da mídia deveria estar sendo tratado pelo Cade e pela SDE (Secretaria de Direito Econômico), da esfera do Ministério da Justiça, mas "a briga pela regulação é levada pelos interessados para outras arenas, como o Congresso e o Ministério das Comunicações, onde a derrota é certa", analisa o experiente jornalista Ricardo Ebling, em artigo exclusivo para o 247.

Ele descreve o setor como "uma aliança entre empresas quase quebradas e uma gigante que controla todo o fluxo de todas as verbas publicitárias", em referência à Globo. Mas o debate em torno do tema, completa Ebling, leva "um discurso tão pobre quanto falso: o controle editorial ou censura da mídia". "É uma suruba política entre seis ou sete envolvidos onde, no recinto, só um é ativo", ressalta. Leia abaixo seu texto:

Uma suruba conveniente

Ricardo Ebling, especial para o 247 - Pretendo colocar aqui um outro ângulo nesse tema árido e momentoso que é a regulação da mídia no Brasil e que esta voltando agora com nova força.

Acho que a principal questão, o que desequilibra mesmo o jogo concorrencial entre os veículos, é uma sequência interligada de fatores:

1 - A venda casada de comerciais pela Globo e RBS, através de um jogo de pressão entre os veículos da "casa". Esta chantagem junto aos anunciantes, públicos e privados, prejudica diretamente a todos, concentrando o bolo num só grupo.

2 - O "suborno virtuoso" chamado BV (bonificação de volume), criado e sustentado pela Globo. O BV é hoje, na prática, o lucro das agências de publicidade. Quem atrasa as faturas para a Globo, fica fora do BV. Tem agência que não recebe do cliente e se endivida na rede bancária para garantir ficha limpa na Globo. É uma prova cabal da dependência de todo um setor de apenas um veículo.

3 - A proibição da existência no Brasil (e só aqui) dos Birôs de Mídia, que criariam maior equilíbrio na compra e venda de espaços comerciais. Os birôs foram proibidos ainda no governo Fernando Henrique, quando estava se abrindo toda a economia para o mundo. Na ocasião, ao contrário do movimento geral, e da pregação em todos os veículos a favor do liberalismo, a mídia trafegou em sentido contrário, fechando o seu mercado para o mundo. Em síntese: os birôs compram a mídia no atacado e a revendem no varejo. Quebrariam na prática com o sistema de BV.

4 - Os descontos nas tabelas de preços praticados só pelos veículos mais necessitados e desesperados. A Globo não dá desconto. O restante, que reparte as migalhas, chega a praticar uma tabela desesperada de menos 80% dos valores de face.

Em vista do quadro sumariamente descrito, a grande mídia brasileira é uma aliança entre empresas quase quebradas e uma gigante que controla todo o fluxo de todas as verbas publicitárias. Mas este conjunto heterogêneo é unificado em torno de um discurso tão pobre quanto falso: o controle editorial ou censura da mídia.

Este notório desequilíbrio comercial deveria estar sendo tratado há muito tempo pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e pela SDE (Secretaria de Direito Econômico), da esfera do Ministério da Justiça. Trata-se de um escândalo de concorrência desleal, que leva à concentração monopolística. O CADE já atuou duro em outros setores, como cerveja, frango e creme dental.

Mas a briga pela regulação é levada pelos interessados para outras arenas, como o Congresso e o Ministério das Comunicações, onde a derrota é certa.

Há um grande veículo matando economicamente a concorrência, ao mesmo tempo em que enquadra todos na linha do ataque às ameaças de "censura à imprensa". Abril, Diários Associados e o Estadão, por exemplo, estão morrendo mas defendem inflexíveis a "honra" do parceiro predador.

Na prática, o que ocorre no Brasil é uma outra jabuticaba, como em outros casos, sem precedentes nem similitudes internacionais. A concentração de propriedade horizontal e vertical e a papagaiada anti toda e qualquer organização mais ou menos esquerdizante é muito pouco perante o que acontece de fato no controle da distribuição das verbas publicitárias, públicas e privadas: 60% na mão de um só grupo, proporção impensável em qualquer país capitalista do mundo.

Uma linha de trabalho político a ser feito seria a de, pelo menos, atrapalhar a aliança mal sustentada dos adversários, que defendem teses abstratas e se deixam destruir no essencial do negócio: o econômico.

É uma suruba política entre seis ou sete envolvidos onde, no recinto, só um é ativo.

http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/167802/Cortar-BV-da-Globo-é-1º-passo-da-reforma-da-mídia.htm

Putin acusa exército ucraniano de ser 'legião estrangeira da Otan' Segundo ele, objetivo das tropas é conter a Rússia.

Declaração foi dada pelo presidente russo em São Petersburgo.

Da France Presse

O presidente russo, Vladimir Putin, acusou nesta segunda-feira (26) o exército ucraniano de ser a "Legião Estrangeira da Otan", utilizada pelos ocidentais para conter a Rússia.

"De fato, não se trata de um exército, e sim de uma Legião Estrangeira, neste caso, uma Legião Estrangeira da Otan, que não tem como objetivo a defesa dos interesses nacionais da Ucrânia", declarou Putin em São Petersburgo, segundo imagens da televisão pública russa.

"Trata-se de outro objetivo geopolítico: conter a Rússia", acrescentou.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou que as declarações do presidente russo não fazem sentido.

"A declaração de que existe uma legião estrangeira na Ucrânia é uma total falta de sentido. Não há legião da Otan, as forças estrangeiras na Ucrânia são russas", afirmou em uma reunião extraordinária da comissão Otan-Ucrânia, em Bruxelas.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/01/putin-acusa-exercito-ucraniano-de-ser-legiao-estrangeira-da-otan.html

Análise - Por que cyber defesa é responsabilidade dos militares no Brasil

 

Analistas estrangeiros apontam que segurança cibernética brasileira nas mãos do Exéricito serve a um grande projeto geopolítico, mas não combate crimes e perigos próximos do cotidiano na Internet


Segurança cibernética precisa ser debatida de forma ampla e esclarecida no Brasil, dizem analistas

Por Robert Muggah e Misha Glenny – Texto do Council of Foreign Relations via Defense One
Tradução, adaptação e edição – Nicholle Murmel

O Brasil abraçou a era digital com mais gosto que outras nações. O país tem um dos maiores números de usuários de mídias sociais, e recentemente assinou uma legislação específica, o Marco Civil para a Internet. É também líder no desenvolvimento de serviços bancários online, com mais de 43% de usuários usando plataformas para atividades financeiras. Além de ter uma orgulhosa indústria de softwares em expansão, até mesmo com empresas de porte global.
Mas como os usuários de computadores ao redor do mundo começaram a notar, a abrangência do mundo digital tem seu lado obscuro. Junto com as maravilhas que a Internet oferece, como novas formas de empoderamento político e econômico, ela também traz ameaças sérias.
Os brasileiros estão acordando para a realidade dos golpes online, dos hackers, da espionage e vigilância na rede. E por mais que o governo leve as más práticas cibernéticas a sério, pode ter interpretado mal a natureza e o significado desses perigos e, consequentemente, a melhor forma de combatê-los.
Por motivos politicos, Brasília repassou a maior parte da responsabilidade pela segurança cibernética do país para os militares. Ainda que as Forças Armadas tenham abraçado essa nova tarefa com entusiasmo, colocar essas instituições a cargo da proteção das redes tanto civis quanto militares é um erro de cálculo que pode ter conseqências para a segurança nacional.
Nem todas as ameaças online são iguais. Talvez a mais notória sejam os crimes motivados por dinheiro, tendo como alvos bancos privados, empresas ou pessoas. Outros perigos incluem grupos de ativistas online (“hacktivists”) nacionais e e internacionais que buscam desestabilizar serviços do governos e portais corporativos. Por exemplo, a onda de protestos das chamadas “Jornadas de Junho” de 2013 coincidiu com um aumento agudo na atividade desses grupos online.
As revelações feitas pelo ex-agente da National Security Agency (NSA) dos Estados Unidos, Edward Snowden, aumentaram as preocupações do Brasil com segurança cibernética. A NSA estava espionando constantemente redes governamentais e comerciais, e até mesmo monitorando chamadas telefônicas da presidente Dilma Roussef.
O Brasil se mantém amigável para com os EUA em um momento de anti-americanismo crescente na América Latina. Mas o país também tem um ceticismo histórico em relação às intenções de Washington, que não deveria subestimar os danos que essa vigilância global causou à reputação estadunidense. Cyber espionagem e talvez, mais adiante, guerra cibernética são agora perigos levados muito a sério.
Apesar do desconforto crescente em Brasilia e em outras capitais no continente americano, pouco se sabe realmente sobre as ameaças à espreita no cybererspaço. Praticamente não há debate público ou pesquisa sobre os responsáveis pelos ataques nas redes, nem sobre seus interesses e motivações, como operam ou como esses agentes podem estar ligados a organizações políticas ou mesmo criminosas.
Há apenas alguns especialistas avaliando as respostas dos setores público e privado a esses perigos, que parecem ter aumentado exponencialmente em número e sofisticação nos últimos três anos. Apesar de operar em grande parte na surdina, o governo brasileiro construiu rapidamente uma infraestrutura abrangente de cyber segurança.
A resposta desse aparato é estritamente focada em uma ou duas dimensões do espectro de ameaças no ambiente virtual – especialmente as de origem estrangeira. No centro da estrutura governamental está o Centro de Defesa Cibernética (CDCiber) do Exército Brasileiro, uma das únicas instituições do gênero na América do Sul. Ainda assim, a ênfase em em contramedidas militares pode não ser tão compatível com as ameaçãs reais (e não existenciais) que o Brasil pode enfrentar.
Apesar das alegações de que o grupo extremista Hezbollah estaria contrabandeando armas para organizações criminosas brasileiras (um rumor que circula há décadas), o país tem relativamente poucos perigos cibernéticos partindo de governos estrangeiros ou organizações terroristas.
Essa configuração representa uma incongruência entre as ameaças reais e as emergentes no cyber espaço. Em vez de se concentrar na criminalidade nas redes nacionais e internacionais, que constituem de longe o risco mais grave, o Estado está redobrando esforços em termos de guerra cibernética e contraterrorismo.
Não significa que esses dois aspectos não representem perigos reais, quer dizer que o governo brasileiro está dando ênfase demais a questões mais amplas de segurança nacional em vez de dar atenção aos desafios mais urgentes e que interferem mais diretamente na realidade dos cidadãos - os crimes cibernéticos.
A segurança da estrutura de serviços financeiros online no Brasil sempre foi mais avançada do que nos Estados Unidos, por exemplo. Os bancos brasileiros introduziram sistemas de dupla ou mesmo tripla verificação anos antes da maioria das nações, e identificação biométrica agora é a norma na maioria dos caixas de auto-atendimento. Já em outros setores de segurança online, o país está muito atrás, e os portais de órgãs públicos ou do prórpio governo são facilmente invadidos.
A solução militar para a fragilidade cibernética do Brasil é coerente com um esforço mais amplo de encontrar um papel para as Forças Armadas na conjuntura do século 21. Por um lado, as instituições fortalecem o controle de fronteiras e o combate ao narcoftráfico e outros crimes na Amazônia e na tríplice fronteira entre Argentina, Brasil e Paraguay, Por outro, os militares buscam expandir seu alcance e influência no cyber espaço.
Esse processo tem desdobramentos profundos para os direitos individuais e as finanças estatais. A estrutura de resposta inflada do Exército corre o risco de comprometer liberdades fundamentais dos cidadãos, gerando a tentação da vigilância ou mesmo censura. Por exemplo, o CDCiber a a Agência Brasilera de Inteligência (ABIN) criaram plataformas para monitoramento de mídias sociais após as manifestações de julho de 2013.
Enquanto isso, outras instituições públicas, como a Polícia Federal, recebem recursos e apoio menos generosos. Essa estratégia é motivada, em parte, pelo desejo do Brasil de aumentar seu alcance e relevânia em termos geopolíticos. Como uma potência emergente, Brasília está mobilizando a nascente arquitetura de segurança cibernética para projetar soft power em relações bilaterais e arenas multinacionais. Por exemplo, em 2013, a presidente pediu que as Nações Unidas desenvolvessem uma nova legislação global para regulamentar a Internet.
A própria estrutura de Internet no Brasil é um trabalho em andamento. Ainda que tenha havido progressos importantes, existem conflitos de atribuição entre instituições, prioridades distorcidas quanto aos investimentos, debate público confuso, medidas legais contraditórias e a importação de soluções estrangeiras para desafios locais. Nesse meio tempo, os militares “capturaram” recursos para cyber defesa, com implicações para as liberdades civis de modo mais geral.
Além disso, o engajamento relativamente limitado da sociedade civil no debate sobre segurança cibernética significa que as Forças Armadas têm liberdade para assumir o terreno conforme lhes foi atribuído e lhes interessa. É urgentemente necessária uma estratégia de cyber segurança equilibrada, que dimensione de forma precisa as ameaças em evolução para entender onde estão as vulnerabilidades futuras.
Em primeiro lugar, o governo brasileiro deveria encorajar o povo a falar. Ha no momento uma conversa animada no Brasil sobre vários desdobramentos positivos em termos de governança eletrônica, cidades inteligentes, soberania digital e outras novas tecnologias de informação. Curiosamente, há também silêncio diante de questões ligadas a cyber segurança e cyber defesa. Quando esses temas são debatidos, as conversas tendem a ser reservadas aos níveis mais altos do governo, às Forças Armadas, forças policiais e um grupo pequeno de empresários do setor, apesar de haver sinais de que essa realidade está começando a mudar.
O segundo passo é colocar em prática estratégias bem medidas e eficientes para engajar ameaças cibernéticas. Já que o orçamento é difícil de prever, há uma competição burocrática considerável pelas verbas. Militares, polícias e organizações civis podem inflar perigos a fim de aumentar as chances de acesso a recursos do governo. Se o Brasil pretende estabelecer um sistema de cyber segurança adequado, um debate amplo e esclarecido é imperativo.
No mínimo os cidadãos brasileiros precisam entender melhor a dinâmica das organizações criminosas no cyber espaço, e as formas como o crime convencional está migrando para o ambiente online. É preciso também monitorar como as forças de segurança estão adaptando novas tecnologias de vigilância. Acima de tudo, o governo deve encorajar uma discussão mais ampla com uma estratégia clara de comunicação acerca da necessidade de segurança cibernética e que formas essa proteção pode ter.
Os autores deste artigo gostariam de dar o devido crédito a Gustavo Diniz, ex-pesquisador do Instituto Igarapé. Este texto foi baseado em um recente artigo do Instituto – Desconstruíndo a Segurança Cibernética no Brasil: Ameaças e Respostas – publicado em dezembro de 2014. Uma versão anterior do artigo foi divulgada no portal Open Democracy.
Nota DefesaNet
A questão da militarização do espaço cibernético é uma assunto polêmico. Nos Estados Unidos as principais empresas: Google, Yahoo, Microsoft, Cisco, etc, olham com suspeição as atividades do United States CYBERCOM e NSA.
Porém, quando são invadidos e sofrem pesados ataques Hackers, procuram guarida no governo, vide o recente caso Sony.
As ações dos países no espaço cibernético recentes:

China Blue Army - China confirma Cyber Blue Team Link

França - Le PRISM pour le France Link

Busca dos arquivos tag NSA no DefesaNet Link

Relacionado ao Brasil temos várias ações de controle da WEB iniciadas de forma mascarada.
Importante a leitura da matéria da Agência Brasil Planalto Reage - Inicia Censura na WEB Link
Interessante nota da empresa AKER A Guerra Fria Cibernética e a Posição Brasileira Link
Recomendado a leitura do livro @War - The Rise of the Military-Internet Complex - Shane Harris. Explica como a NSA conseguiu a posição predominante que possui na atualidade e de onde surgiu Edward Snowden.

http://www.defesanet.com.br/cyberwar/noticia/17992/Analise---Por-que-cyber-defesa-e-responsabilidade-dos-militares-no-Brasil/

Dilma: falta de dinheiro não será pretexto

 

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Em primeira reunião ministerial do segundo mandato, presidente Dilma Rousseff vai cobrar cumprimento da restrição orçamentária, sem afetar iniciativa das pastas, para unificar discurso em torno das medidas anunciadas pela nova equipe econômica; lideranças do PT tem criticado as ações divulgadas pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa

26 de Janeiro de 2015 às 05:08

247 – Em sua primeira reunião ministerial do segundo mandato, prevista para esta terça-feira, a presidente Dilma Rousseff deve ‘enquadrar’ os ministros a cumprir os cortes anunciados pela equipe econômica, sem que isso afete as iniciativas das pastas. Para a presidente, falta de dinheiro não é pretexto para barrar as ações governamentais.

A intenção de Dilma é passar uma mensagem credível ao mercado, respeitando dentro de casa as medidas anunciadas pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa. A meta é fazer um superávit primário equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015, e de 2% nos dois anos seguintes.

Nos últimos dias, lideranças do PT criticaram as primeiras ações da equipe econômica. Dilma deve cobrar um discurso unificado do governo para evitar novas divergências públicas.

Brasil 247

Ceará retoma o posto de 3o exportador do NE

 

O Ceará conseguiu retomar, no ano passado, o terceiro lugar como maior exportador do Nordeste, condição que havia perdido para Pernambuco nos dois últimos anos. Isso porque as exportações totais do Ceará aumentaram 3,6% em 2014, com relação a 2013; apesar da queda, uma vez que havia aumentado 12,1% em 2013, ante 2012. Dos 18 principais produtos da exportação cearense, oito apresentaram aumento em 2014, na comparação com 2013, os combustíveis (43%), produtos minerais (41%), mel de abelha (38,4%), cera de carnaúba (26,0%), produtos da floricultura (15,8%), couros e peles (12,4%), peixes (12%) e lagosta (0,3%). Estes resultados foram considerados bastante expressivos, uma vez que o ano passado apresentou crescimento praticamente nulo para a economia brasileira.
Na contramão deste desempenho positivo das exportações cearenses, foi realizado um levantamento com relação aos dez produtos que reduziram o volume de vendas para o exterior, no ano que passou. Os principais destaques negativos, em 2014, foram: máquinas e equipamentos mecânicos (70,2%), LCC - Líquido da Castanha de Caju (43,7%), produtos têxteis (38,9%), móveis (32,9%), além de máquinas e equipamentos elétricos (22,6%). Também apresentaram recuos significativos nas vendas para o mercado internacional a castanha de caju (18,3%), confecções (16,7%), suco de frutas (7%), frutas (2,2%) e calçados (1,3%).
Ao ser realizado um recorte sobre os dez principais produtos do agronegócio cearense, verificou-se que seis aumentaram suas exportações: mel de abelha (38,4%), produtos da floricultura (15,8%), setor de couros e peles (12,4%), peixes (12,0%), cera de carnaúba (0,3%) e lagostas (0,3%). Já outros quatro tiveram reduções consideráveis, como: extrato vegetal (43,7%), castanha de caju (18,3%), sucos de frutas (7%) e frutas (2,2%). Os principais produtos do agronegócio tiveram decréscimo nas exportações, principalmente, em decorrência dos problemas climáticos, uma vez que o Estado enfrentou, no ano passado, o terceiro ano consecutivo de seca.
DECRÉSCIMO
O setor de frutas frescas, que foi destaque das exportações cearenses de 2013 com aumento de 8,3% com relação a 2012, desta vez decresceu 2,2%, em 2014. Não obstante, empresários do setor de frutas comemoraram o desempenho assim mesmo, uma vez que enfrentaram os problemas causados pela escassez de água nos polos de irrigação do Estado. Entre as frutas exportadas, sobressaíram-se o melão, com aumento tanto no valor US$ 90,7 milhões, frente a US$ 87,7 mi em 2013 (2,3%), quanto na quantidade 111 mil toneladas, frente às 109,8 mil de 2013, e a manga com US$ 1,8 milhão sobre US$ 800 mil do ano anterior (128%). Apesar De os principais estados exportadores do Nordeste terem reduzido suas vendas para o mercado internacional, a região manteve sua hegemonia, com o Ceará mantendo-se como terceiro maior exportador de frutas do Brasil.
De acordo com o presidente do Instituto Frutal, empresário Euvaldo Bringel, é preciso comemorar o desempenho da fruticultura irrigada no Estado. “Trata-se de um fato impressionante o desempenho das frutas frescas em 2014, pois esperávamos um resultado muito pior. Isso mostra o grande amadurecimento dos produtores cearenses em termos de tecnologia e conhecimento do mercado, mesmo com a redução da oferta hídrica, especialmente no Tabuleiro de Russas e na Chapada do Apodi. Com relação à produção deste ano, é muito difícil fazer previsões, pois a Funceme anunciou que deveremos ter chuvas 64% abaixo da média, que é pior que no ano passado, portanto, deveremos chegar ao quarto ano sem recarga das nossas reservas hídricas, o que é muito grave”, asseverou.
Disse, ainda, que a atitude do governador Camilo Santana de chamar o setor produtivo e a imprensa para mostrar as previsões foi bastante louvável, a fim de que se possa trabalhar melhor a situação. “Não podemos deixar que o nosso Valor Bruto da Produção (VBP) se deteriore, pois seria muito prejudicial para o nosso setor. É importante que as lideranças políticas do Ceará e do Nordeste, além das entidades representativas da sociedade, no sentido de que o governo federal conclua a obra de transposição do Rio São Francisco, pois é a única maneira de trazer água para o nosso Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. É preciso que seja encarada como obra emergencial, tocada em ritmo alucinante, como ocorreu com o Canal do Trabalhador. Afinal, quem nos garante que em 2016 vai chover? São muitas mudanças climáticas ocorrendo, e é preciso ações enérgicas para que a transposição seja concluída”, ressaltou Bringel.
NO BRASIL
As exportações totais brasileiras voltaram a crescer, no ano passado, chegando à casa de US$ 1,47 bilhão, 3,6% com relação a 2013, depois que reduziram 0,2% em 2013, na comparação com 2012. As exportações da região Nordeste que haviam caído 8% em 2013, reduziram novamente em 7,9%, em 2014, frente ao ano anterior. Depois de reduzirem, em 2013, em quase todos os estados da região, menos no Ceará e Pernambuco; no ano passado, foi registrado um aumento nas exportações do Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí. Apesar disso, na região Nordeste como um todo, houve decréscimo de 7,9% nas vendas externas.

Do blog do Macário Batista

domingo, 25 de janeiro de 2015

Extrema-esquerda vence eleições na Grécia

 

Nas urnas, população grega disse não à política de austeridade fiscal imposta pela Europa

por AFP — publicado 25/01/2015 19:30

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Comments

LOUISA GOULIAMAKI / AFP

Alexis Tsipras

Alexis Tsipras, líder do Syriza, está pronto a contestar a austeridade imposta pela União Europeia

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Os gregos mandaram um recado ao governo neste domingo 25 ao darem uma ampla vitória ao Syriza, partido de extrema-esquerda de Alexis Tsipras, pronto a contestar a austeridade imposta pela União Europeia.

O Syriza abriu entre 8,5 a 16,5 pontos percentuais sobre o Nova Democracia, do atual premiê Antonis Samaras, muito além dos números trazidos nas últimas pesquisas. Com essa votação, o partido entre 146 e 158 lugares no Parlamento - 151 representando maioria absoluta.

"Essa é uma vitória histórica" e uma "mensagem que não afeta somente os gregos, mas ressoa em toda a Europa, já que traz um alívio", declarou o porta-voz da formação, Panos Skourletis. A vitória foi comemorada com uma explosão de alegria no comitê do Syriza, no centro de Atenas.

O partido de Alexis Tsipras obteria entre 35,5% e 39,5% dos votos, enquanto a Nova Democracia, do primeiro-ministro Antonis Samaras, é creditado com entre 23 e 27%. A votação foi observada de perto pelos parceiros europeus de Atenas, preocupados com a intenção do Syriza de renegociar a enorme dívida grega e desafiar de maneira inédita os programas de austeridade impostos pela União Europeia.

O sucesso do Syriza dá esperanças aos partidos da esquerda radical na Europa, especialmente na Espanha, onde o partido Podemos, surgido a partir do movimento Occupy, tem crescido. "A esperança está chegando, o medo vai embora. Syriza, Podemos: nós venceremos", declarou Pablo Iglesias, presidente do Podemos, antes mesmo que as urnas fossem fechadas.

O governo de Samaras foi sancionado por ter tentado cumprir o máximo de exigências impostas pela troika de credores de Atenas (Banco Central Europeu, União Europeia e FMI), em troca de 240 bilhões de euros emprestados ao país desde 2010. A conta ficou pesada para a população, vítima de uma alta taxa de desemprego - que atinge 25% - e de reduções drásticas de salário.

"Os menos favorecidos não têm nada a perder"

Durante a campanha, Tsipras prometeu aumentar o salário mínimo, suprimir certos impostos para os mais pobres e negociar a dívida externa da Grécia, que soma 300 bilhões de euros, o que representa 175% do PIB. Alexis Tsipras, que anunciou medidas imediatas como aumentar o salário mínimo de 580 para 751 euros, disse que não se contentaria com uma simples renegociação da dívida externa grega - que soma 300 bilhões de euros, 175% do PIB.

Tomando como exemplo as concessões feitas após a guerra na Alemanha - hoje, reduto da ortodoxia orçamentária na Europa - Tsipras quer reduzir drasticamente a dívida, deixando os mercados financeiros em alerta. Os eleitores gregos, alguns bastante descrentes, deram seu voto de confiança a um partido que Samaras tentou descreditar durante a campanha eleitoral.

Mas numa seção eleitoral do Pireu, Vaia Katsarou, 49 anos, advogada, resumiu o sentimento geral: "É um risco, mas os desfavorecidos não têm nada a perder". Caso obtenha maioria absoluta, Tsipras terá as "mãos livres" para aplicar sua política da maneira que deseja. Caso contrário, terá que encontrar aliados - mas os resultados ainda o deixam com uma boa margem.

Para o economista da UniCredit Erik Nielsen, este voto é "de grande importância, talvez histórica", embora acredite que um governo do Syriza seja menos radical do que seu discurso. Como possível aliado figura o To Potami (O Rio), fundado há apenas um ano, que pretende ser o terceiro partido da Grécia.

Outro partido que aspira um terceiro lugar é a formação neonazista Amanhecer Dourado, apesar de ter sete deputados e dezenas de seus membros presos sob a acusação de "pertencer a uma organização criminosa".

Pesquisas atribuem aos dois partidos 6,4% dos votos.

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