quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

PF indicia executivos de quatro empresas investigadas na Lava Jato

 

Lobista Fernando Baiano também foi indiciado pelos investigadores.
Policiais encontraram indícios de fraudes em licitações da Petrobras.

Samuel Nunes Do G1 PR

A Polícia Federal (PF) indiciou executivos de, pelo menos, quatro empreiteiras investigadas no âmbito da Operação Lava Jato, que apura, entre outros temas, desvios de dinheiro e superfaturamento de obras da estatal. As companhias investigadas possuem contratos de obras com a companhia. De acordo com a PF, as investigações apontam que ex-diretores da Petrobras também participaram do esquema. Ao todo, são 13 pessoas que foram indiciadas pela PF, incluindo os executivos e o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano.

As empresas que tiveram executivos indiciados foram a OAS, Galvão Engenharia e Queiroz Galvão. De acordo com a Polícia Federal, há indícios de que eles possam ter cometido crimes como fraude a licitações, falsidade ideológica e corrupção ativa.

Na OAS, os executivos indiciados foram José Aldemário Pinheiro Filho, José Ricardo Nogueira Berghirolli, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Mateus Coutinho de Sá Oliveira e Alexandre Portela Barbosa. Pinheiro Filho é o presidente da empresa, Oliveira é vice-presidente do conselho da companhia e Medeiros é diretor da construtora.

OPERAÇÃO LAVA JATO

PF investiga lavagem de dinheiro.

Na Galvão Engenharia, aparecem os nomes de Erton Medeiros Fonseca, diretor-presidente de engenharia industrial da companhia.

Na Queiroz Galvão, aparecem o nome de Othon Zanoide de Moraes Filho e Ildefonso Colares Filho. Othon é diretor-geral de desenvolvimento comercial da Vital Engenharia, empresa que faz parte do Grupo Queiroz Galvão e Ildefonso é diretor-presidente da Queiroz Galvão.

Na Mendes Júnior, a PF indiciou os executivos Sérgio Cunha Mendes, Angelo Alves Mendes, Flávio Sá Motta Pinheiro e Rogério Cunha de Oliveira. Sérgio Mendes é vice-presidente-executivo da companhia.

Os policiais pedem ainda que os executivos sejam enquadrados pelos crimes de uso de documento falso e lavagem de dinheiro. As acusações policiais são as mesmas para todos os funcionários suspeitos envolvidos nas investigações.

Contra Fernando Baiano, os policiais encontraram indícios de lavagem de dinheiro, participação em organização criminosa, corrupção passiva e corrupção ativa.

O advogado Eduardo Ferrão, que representa os executivos da OAS foi procurado pela reportagem. Ele disse que ainda não tinha tomado conhecimento do conteúdo da denúncia e que, por isso, não iria se manifestar por enquanto.

A Galvão Engenharia informou em nota que não vai comentar o indiciamento de Erton Medeiros. O advogado Mário de Oliveira Filho, que representa Fernando Baiano, disse que ainda não tinha sido informado sobre o indiciamento e que, por isso, não poderia se manifestar.

O G1 tentou ainda contato com as assessorias da Mendes Júnior e Queiroz Galvão, mas ninguém da empresa foi encontrado para comentar o indiciamento dos executivos.

A Lava Jato
A operação Lava Jato investiga um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões e provocou desvio de recursos da Petrobras, segundo investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.

Na primeira fase da operação, deflagrada em março deste ano, foram presos, entre outras pessoas, o doleiro Alberto Youssef, apontado como chefe do esquema, e o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.

A nova fase da operação policial teve como foco executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras que mantêm contratos com a Petrobras que somam R$ 59 bilhões. Parte desses contratos está sob investigação da Receita Federal, do MPF e da Polícia Federal. Ao todo, foram expedidos, nesta sétima etapa, 85 mandados em municípios do Paraná, de Minas Gerais, de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Pernambuco e do Distrito Federal.

Conforme balanço divulgado pela PF, além das 25 prisões, foram cumpridos 49 mandados de busca e apreensão. Também foram expedidos nove mandados de condução coercitiva (quando a pessoa é obrigada a ir à polícia prestar depoimento), mas os policiais conseguiram cumprir seis.

http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2014/12/policia-federal-pede-indiciamento-de-cinco-executivos-da-empreiteira-oas.html

Ministério Público pede cassação de governador eleito Camilo Santana

 

Procurador regional eleitoral já encaminhou ações ao Tribunal Regional Eleitoral do Ceará.

Redação
jornalismo@cearanews7.com.br

O governador eleito Camilo Santana, a vice Izolda Cela alguns deputados estão tendo suas vitórias questionadas pelo Ministério Público por possíveis irregularidades na campanha, informa a edição desta quarta-feira (10) do Diário do Nordeste. As punições variam de multas por conduta vedada à cassação do diploma dos eleitos, caso se confirme a compra de votos.
Entre os que podem ser submetidos às sanções mais sérias, como cassação do diploma, estão o deputado federal reeleito Danilo Forte (PMDB), a deputada estadual eleita Augusta Brito (PCdoB), o futuro governador Camilo Santana (PT) e a vice-governadora Izolda Cela (PROS).
Outros parlamentares que foram eleitos também são citados nas ações, mas estão sujeitos apenas ao pagamento de multas, a exemplo dos deputados federais José Guimarães (PT) e Genecias Noronha (SD) e do estadual Osmar Baquit (PSD).
De acordo com o procurador regional eleitoral do Estado, Rômulo Conrado, processos mais complexos e com pedidos de punições mais severas só serão encaminhados na próxima semana. Ele acrescenta que poderá entrar com ações de impugnação de mandato até 15 dias após a diplomação.
Reportagem completa na edição de hoje do Diário do Nordeste.

http://www.cearanews7.com.br/ver-noticia.asp?cod=22916

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Dilma veta projeto de lei que reduzia contribuição de domésticos ao INSS

 

Proposta havia sido aprovada em novembro pela Câmara dos Deputados.
Texto sugeria que patrões e empregados passassem a pagar 6% de INSS.

Do G1, em Brasília

A presidente Dilma Rousseff vetou integralmente o projeto de lei que reduzia para 6% a alíquota de contribuição previdenciária de patrões e empregados domésticos ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão da chefe do Executivo foi publicada na edição desta terça-feira (9) do "Diário Oficial da União".

A proposta vetada por Dilma, de autoria da ex-senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), havia sido aprovada em novembro pela Câmara dos Deputados. No entanto, esse mesmo tema também está sendo discutido pela comissão mista do Congresso Nacional encarregada de regulamentar a PEC das domésticas, aprovada em abril de 2013.

O pagamento do INSS é uma obrigação tanto para patrões quanto para empregados, mas a legislação atual diz que cada lado tem que pagar uma alíquota diferente.

O texto vetado nesta segunda-feira (8) sugeria a diminuição de 12% para 6% do atual percentual pago pelos empregadores para a previdência social dos domésticos. A proposta previa ainda que os empregados, que atualmente recolhem entre 8% e 11%, passassem a contribuir para o INSS uma alíquota fixa de 6%. O projeto também criava uma guia exclusiva para o recolhimento da contribuição previdenciária.

saiba mais

Ao justificar sua decisão ao Congresso Nacional, Dilma alegou que os ministérios da Fazenda e da Previdência Social defenderam o veto em razão de o projeto de lei ter sido apresentado antes de os congressistas aprovarem a PEC das Domésticas.

Segundo a presidente, neste momento, os parlamentares estão regulamentando, "de forma integral e mais adequada", as mudanças nas regras trabalhistas dos empregados domésticos propostas pela emenda constitucional.

Além disso, Dilma observou que a eventual sanção do projeto de lei geraria um impacto negativo de R$ 600 milhões nas finanças da União. A chefe do Executivo ressaltou na justificativa do veto que tamanha renúncia fiscal não é "condizente com o momento econômico atual".

http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/12/dilma-veta-projeto-de-lei-que-reduzia-contribuicao-de-domesticos-ao-inss.html

A quem interessa a palavra impeachment?

 

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Jornalista Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília, lembra que o uso abusivo desta expressão, instrumento legal para afastar governantes, é inadequado; "Não é isso o que assistimos no Brasil de hoje: temos uma oposição que faz ensaios para um golpe de Estado, mascarado pelo apoio de uma parcela do Judiciário e dos meios de comunicação, na esperança de dar ares de legalidade a uma infâmia", diz ele; "O golpismo de 2014, que se inspira em 1964 e 1954, deve ser repudiado como aquilo que é: um ataque a democracia, que prefere entregar o país à treva em vez de respeitar a vontade da maioria"; leia a íntegra

9 de Dezembro de 2014 às 05:44

247 - O jornalista Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília, questiona o uso da palavra 'impeachment' no noticiário sobre as manobras da oposição, em sintonia com parcela do Judiciário e dos meios de comunicação, para tratar das dificuldades que cercam o segundo governo Dilma.

"Em primeiro lugar, impeachment é uma forma democrática de um país declarar o impedimento de um presidente que, acusado gravemente numa investigação criminal, tornou-se incapaz de responder pelas responsabilidades de governar", diz ele. "Não é isso o que assistimos no Brasil de hoje: temos uma oposição que faz ensaios para um golpe de Estado, mascarado pelo apoio de uma parcela do Judiciário e dos meios de comunicação, na esperança de dar ares de legalidade a uma infâmia."

O efeito do uso abusivo da expressão, diz ele, é o desgaste de Dilma. "Nesta circunstância, a palavra impeachment tem um único efeito: enfraquecer uma presidenta que se movimenta para dar novas bases ao segundo mandato", afirma. "Num bolivarianismo ao contrário, a oposição tenta ir às massas na tentativa de construir uma base social para um jogo sujo. Encontra o vazio político, que é produto da aprovação do governo, que permanece em patamares vergonhosamente altos para seus adversários. Enquanto gatos pingados carregam cartazes que pedem intervenção militar, 66% da população confirma seu apego a democracia".

Segundo PML, é preciso tratar as coisas como elas são. "O golpismo de 2014, que se inspira em 1964 e 1954, deve ser repudiado como aquilo que é: um ataque a democracia, que prefere entregar o país à treva em vez de respeitar a vontade da maioria."

http://www.brasil247.com/pt/247/poder/163075/PML-a-quem-interessa-a-palavra-impeachment.htm

Operador do "trensalão" usou 23 contas na Suíça

 

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O consultor Arthur Teixeira, suspeito de ser um dos operadores do cartel de trens de São Paulo, e empresas ou pessoas ligadas a ele controlam pelo menos 23 contas em bancos europeus, segundo o Ministério Público (MP) de São Paulo; os dados reforçam a suspeita de que Arthur Teixeira intermediava o pagamento da propina para favorecer empresas que atuavam no cartel dos trens de São Paulo; esquema teria funcionado de 1998 a 2008, durante o governo do PSDB, com acordo para dividir entre as empresas contratos de reformas no Metrô e na CPTM

8 de Dezembro de 2014 às 20:34

247 - O consultor Arthur Teixeira, suspeito de ser um dos operadores do cartel de trens de São Paulo, o "trensalão", e empresas ou pessoas ligadas a ele controlam pelo menos 23 contas em bancos europeus, segundo o Ministério Público (MP) de São Paulo. Os promotores paulistas tiveram acesso a informações do processo que corre na Suíça.

Os dados reforçam a suspeita de que Arthur Teixeira intermediava o pagamento da propina para favorecer empresas que atuavam no cartel dos trens de São Paulo. O esquema teria funcionado de 1998 a 2008, durante o governo do PSDB, com acordo para dividir entre as empresas contratos de reformas no Metrô e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

A descoberta das contas contradiz o depoimento de Arthur Teixeira à Promotoria no ano passado, quando ele disse que teve apenas duas contas na Suíça, ambas fechadas há 10 anos. O advogado do consultor disse que ele não mantém conta, nem valores, fora do país. A defesa informou ainda que não pode se manifestar sobre o que os promotores descobriram na Suíça.

http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/163057/Operador-do-trensalão-usou-23-contas-na-Suíça.htm

sábado, 6 de dezembro de 2014

TJDFT manda bloquear bens de envolvidos em esquema de desvio de dinheiro público

 

Alex Rodrigues - Repórter da Agência BrasilEdição: Valéria Aguiar

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) atendeu ao pedido do Ministério Público (MPDFT) e determinou o bloqueio de bens de 17 pessoas e de três empresas que figuram como réus no processo que apura denúncias de desvio de dinheiro público para ser distribuído a parlamentares da base aliada do governo do Distrito Federal entre os anos de 2006 e 2009. O escândalo, conhecido como “mensalão do [partido] DEM”, foi revelado em 2009, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Caixa de Pandora.

José Roberto Arruda

José Roberto ArrudaArquivo/Agência Brasil

O valor total dos bens bloqueados por decisão do juiz Álvaro Luis Ciarlini, da 2ª Vara da Fazenda Pública, ultrapassa R$ 196,7 milhões. Entre os réus afetados pela decisão estão o ex-senador e ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e o empresário e ex-vice-governador Paulo Octávio. O principal delator do esquema, o ex-delegado Durval Barbosa, e o ex-procurador de Justiça do DF Domingos Lamoglia também tiveram os bens bloqueados.

O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP, ajuizou as seis ações de improbidade administrativa no início do mês para tentar impedir que os réus se desfaçam ou ocultem seu patrimônio, dificultando o eventual ressarcimento dos prejuízos aos cofres públicos. Os promotores reuniram todos os indícios já apurados de que, por meio de contratos fraudulentos e reconhecimento de dívidas do governo com empresas participantes do esquema, o grupo enriqueceu de forma ilícita e causou prejuízo aos cofres públicos. Parte do dinheiro desviado era repassado pelas empresas a integrantes do grupo, que o redistribuía a outros envolvidos.

Arruda, Paulo Octávio e Barbosa constam como réus em quatro das seis ações cautelares ajuizadas pelo MP. Na primeira delas, em que também figuram Lamoglia, o ex-chefe da Casa Civil do DF José Geraldo Maciel, o ex-chefe de gabinete Fábio Simão, o jornalista e ex-assessor de imprensa do do governo do DF (GDF) Omézio Ribeiro Pontes, o empresário Renato Araújo Malcotti, o tesoureiro da campanha de Arruda, José Eustáquio de Oliveira, e o ex-secretário de Obras Márcio Edvandro Rocha Machado, o juiz determina a indisponibilidade dos bens e direitos dos réus até o limite conjunto de R$ 19 milhões.

Na segunda ação, o limite do bloqueio de R$ 51 milhões afeta também o diretor da empresa Paulo Octávio Investimentos, Marcelo Carvalho de Oliveira, o ex-presidente da Agência de Tecnologia da Informação do GDF Luiz Paulo Costa Sampaio, o empresário Francisco Tony Brixi de Souza e a empresa Vertax. Na terceira ação, também figuram como réus o empresário José Celso Valadares Gontijo e a empresa Call Tecnologias e Serviços. O limite dos bens que ficarão indisponíveis atinge R$ 73 milhões.

Na quarta ação, em que o limite bloqueado é R$ 49,6 milhões, figuram ainda entre os réus a diretora comercial da Uni Repro, Nerci Soares Bussamra, e a empresa Uni Repro Serviços Tecnológicos. As outras duas ações têm, respectivamente, o ex-deputado distrital Berinaldo Pontes, que teve R$ 2,5 milhões do patrimônio pessoal bloqueados, e o ex-deputado distrital Pedro Marcos Dias, o Pedro do Ovo, impedido judicialmente de movimentar R$ 1,2 milhão.

Filmado recebendo dinheiro das mãos de Durval Barbosa, o ex-governador José Roberto Arruda sempre negou envolvimento com o esquema denunciado. Ainda assim, foi preso em caráter preventivo e renunciou ao governo do Distrito Federal antes de ter seu mandato cassado pelo Tribunal Regional do DF.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2014-12/tjdft-manda-bloquear-bens-de-envolvidos-em-esquema-de-desvio-de-dinheiro

Operação Brasil Integrado mobiliza forças de segurança em todo o país

 

Marcelo BrandãoEdição: Jorge Wamburg

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo reuniu-se com secretários de segurança pública de todos os estados. O tema do encontro foi o novo modelo de integração da segurança (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Experiência da Copa do Mundo é base para o projeto de inegração, diz o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou hoje (5) a realização da Operação Brasil Integrado, que, pela primeira vez, terá a participação das forças de segurança de todos os estados do país.
A intenção de Cardozo é iniciar um processo de integração permanente das polícias – Militar, Civil, Rodoviária e Federal –, tendo como ponto central a utilização dos centros de Comando e Controle criados para a Copa do Mundo e montados em cada uma das 12 cidades-sede da competição.

“Na Copa do Mundo deu certo, porque todos trabalharam em absoluta sintonia. Com base nessa experiência do torneio, com os centros de Comando e Controle, iniciamos o projeto de consolidar o processo de integração”, explicou Cardozo. Segundo ele, o trabalho da segurança pública no país inaugura um novo capítulo.

“Independentemente de quem esteja nos governos no próximo período, essa é uma cultura que veio para ficar. Sabemos que o estado brasileiro começa a mudar o patamar de segurança pública. Tenho absoluta certeza de que começamos a fazer história na segurança pública do Brasil”. Cardozo disse ainda que o trabalho integrado de segurança em todo o país provocará “profundos abalos” na estrutura do crime organizado, que terá mais dificuldades para arrecadar recursos e transportar drogas e armas.

A Operação Brasil Integrado envolve 20 mil agentes de diversas forças de segurança. Ela começou no início da madrugada de hoje (5) e durará 24 horas. A meta da operação, que é tratada como uma primeira experiência de integração de forças de segurança de todo o país, é combater o crime organizado, fiscalizando fronteiras, estradas, portos e aeroportos. Os números finais da operação serão divulgados na próxima segunda-feira (8).

Atualmente, existem 12 centros de Comando e Controle em nível regional – cada um em uma cidade-sede da Copa do Mundo – e dois em nível nacional, em Brasília e no Rio de Janeiro. O ministro da Justiça explicou, no entanto, que a meta é que todos os estados tenham um centro para realizar o trabalho integrado. A expectativa de Cardozo é que os novos centros comecem a ser entregues no final de 2015.

Está prevista para o início do ano que vem uma reunião entre os atuais secretários de Segurança Pública dos estados com os próximos ocupantes do cargo nos governos que se iniciam em 1º de janeiro, para dar continuidade à estratégia de integração. Cardozo ressaltou que o ministro da Justiça, a partir do próximo ano, “independente de quem seja”, deverá promover essa reunião.

Agência Brasil

Brics cria grupo de trabalho para elaborar medidas de combate ao ebola

 

Paula Laboissière - Repórter da Agência BrasilEdição: Aécio Amado

A criação de um grupo de trabalho para desenvolver um plano conjunto de enfrentamento à epidemia de ebola foi acordada hoje (5) pelos ministros da Saúde do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), durante reunião em Brasília.

Reunião dos Ministros da Saúde do Brics. E/D: Dmitry Kostennikov (Rússia), Vishwa Mohan Katoch (Índia), Arthur Chioro (Brasil), Li Bin (China) e Pakishe Aaron Motsoaledi (África do Sul) (José Cruz/Agência Brasil)

Reunião dos Ministros da Saúde do Brics. E/D: Dmitry Kostennikov, da Rússia, Vishwa Mohan Katoch, da Índia, Arthur Chioro, do Brasil, Li Bin, da China, e Pakishe Aaron Motsoaledi, da África do SulJosé Cruz/Agência Brasil

“Sob hipótese alguma podemos ficar tranquilos com o ebola. Há necessidade de continuar vigilante. Cada país fará a lição de casa, trabalhando no controle de portos e aeroportos, informando a população”, disse o ministro Arthur Chioro após o encontro.

O ministro da Saúde do Brasil, Arthur Chioro, fala durante a 4 Reunião dos Ministros da Saúde do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) (José Cruz/Agência Brasil)

"Sob hipótese alguma podemos ficar tranquilos com o ebola", diz Arthur ChioroJosé Cruz/Agência Brasil

Na quarta-feira (3), o Ministério da Saúde anunciou a doação de R$ 25 milhões para o combate ao vírus do ebola nos países mais afetados pela doença. Desse total, 50% irão para a Organização Mundial da Saúde (OMS). O dinheiro deverá ser usado na atenção às populações infectadas e nas medidas de controle da doença.

Na reunião, os ministros também discutiram ações de combate à tuberculose e ao vírus da aids. “São cinco países extremamente populosos, em desenvolvimento, com papel estratégico hoje no mundo, e que se reúnem para discutir várias agendas. Na área da saúde, temos desafios comuns”, disse Chioro.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-12/brics-cria-grupo-de-trabalho-para-elaborar-medidas-de-combate-ao-ebola

Para pastor, matar homossexuais é a solução para acabar com a Aids

 

Por Redação Yahoo! Brasil | Yahoo Notícias

ReproduçãoReprodução
Com um sermão que prega a morte de todos os gays e bissexuais, o pastor norte-americano Steven Anderson fez um dos discursos mais preconceituosos dos últimos tempos. Para ele, essa é a solução para acabar com a Aids na Terra.
"Sodomia é o nome que a Bíblia dá para essa categoria que abrange gays e bissexuais. Se um homem se deitar com outro, como se este fosse uma mulher, os dois estarão cometendo uma abominação: eles serão levados à morte e seu sangue cobrirá seus corpos", afirma ele em seu discurso.
Bizarro por seu teor preconceituoso, o sermão ainda foi feito em 1º de dezembro, Dia Mundial de Combate a Aids. Para Steven, "amar a Deus é odiar e condenar a homossexualidade". Ele ainda faz questão de afirmar que todos os gays são pedófilos.
Conhecido por seu discurso de ódio, Steven ficou famoso em 2009 ao afirmar que o odiava o presidente Barack Obama, então recém-eleito, por ele ser negro. À época, afirmou que rezaria pela morte e ida ao inferno do político. Para as mulheres que usam pílula anticoncepcional também há ódio direcionado: ele diz que todas essas "são prostitutas com o sangue verde".
Mais chocante que o discurso do pastor, apenas a reação dos fieis, que dão risada a cada frase de ódio destilada por ele. As autoridades não se pronunciaram sobre o caso.

Ex-mulher de Collor diz que ex-presidente fazia rituais com fetos humanos

 

Por Redação Yahoo! Brasil | Yahoo Notícias – 11 horas atrás

 Estadão Conteúdo - 

O maior amor e a maior decepção de sua vida. Esse é Fernando Collor para Rosane Malta, nome de divorciada de Rosane Collor, ex-mulher do ex-presidente da República. Em entrevista ao jornal O Globo ela falou sobre sua conturbada relação com ele, as brigas conjugais, a rotina de primeira-dama e até rituais macabros com fetos humanos celebrados por ele. Todas as histórias fazem parte do livro "Tudo o que vi e vivi", que ela lança pela editora LeYa.
“Cecília [Mãe de Santo de confiança de Collor] me contou que, certa vez, fez um trabalho para Fernando envolvendo fetos humanos. Ela pegou filhas de santo grávidas, fez com que abortassem e sacrificou os fetos para dar às entidades. Uma coisa terrível, da qual ela obviamente se arrepende. Quando eu soube disso, chorei copiosamente”, conta Rosane.
De acordo com ela, o primeiro trabalho que ela teve ciência ocorreu quando o ex-marido ficou furioso com a decisão de Silvio Santos de se candidatar à Presidência em 1989, no pleito que Collor venceria mais tarde. O dono do SBT se candidatou com o apoio de José Sarney mesmo prometendo a Collor que não o faria, mas não concorreu por ter sua candidatura impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Apesar das declarações bastante pesadas, Rosane afirmou não guardar ódio do ex-marido. Diz ela que a decisão de escrever o livro foi uma luta para atingir seus direitos enquanto ex-mulher. Ainda segundo ela, apesar de pesadas, as histórias foram amenizadas.
"Eu amenizei muitas coisas que estão no livro, não passei ódio. Passei, sim, decepção. Eu não guardo ódio. Guardo decepção. Eu lutei para que a Justiça me desse os meus direitos", diz a ex-primeira-dama.

Unasul estreia sua nova casa e renova votos por uma "integração integral"

 

EFEEFE – 3 horas atrás

Quito, 5 dez (EFE).- A União das Nações Sul-americanas (Unasul) inaugurou nesta sexta-feira sua nova sede, um moderno complexo arquitetônico na cidade de Mitad del Mundo, nos arredores de Quito, e renovou seus votos por uma "integração integral" e completa.

Os presidentes sul-americanos inauguraram a nova casa do grupo com uma reunião extraordinária de dois dias, o primeiro deles ontem, quinta-feira, na cidade de Guayaquil, no sudoeste do Equador.

O anfitrião, o equatoriano Rafael Correa, ao iniciar o debate com seus colegas sul-americanos que compareceram hoje à nova sede da Unasul, garantiu que a integração regional "não tem marcha à ré", mas também observou deficiências no funcionamento do grupo.

Para ele, a integração deve ser "integral" e a nova sede, um edifício "inteligente" e moderno, que deve permitir organizar e coordenar as políticas comuns que aprofundem os processos de unidade como um todo na América Latina.

A nova casa já tem um inquilino, o ex-presidente colombiano Ernesto Samper, onde exercerá suas funções à frente da Secretaria-Geral da União.

A sede permanente da Unasul em Mitad del Mundo levará o nome de seu primeiro secretário-geral, o falecido ex-presidente Néstor Kirchner, representado em uma escultura localizada na entrada do edifício.

Após a inauguração formal da nova sede da Unasul, a reunião extraordinária de presidentes terminou com a assinatura de uma declaração que, entre outras coisas, proclamou o "imperecível compromisso político" dos governantes com a integração sul-americana.

Além disso, definiu a projeção do subcontinente "como uma região de paz" no mundo e lembrou o legado do falecido ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, a quem qualificou de "arquiteto e promotor da integração latino-americana".

A declaração também destaca o "impulso propositivo" do novo secretário-geral, Ernesto Samper, o que contribuirá para o "posicionamento estratégico da Unasul" no sistema internacional.

O Conselho de Presidentes, além disso, acolheu a proposta de Samper para relançar o processo de integração, uma iniciativa que está refletida em um documento no qual o ex-presidente colombiano pede que se passe "da visão para a ação".

Essa proposta inclui a "cidadania sul-americana", uma iniciativa estratégica para a integração dos povos e que considera a emissão de passaportes sul-americanos para fortalecer a mobilidade humana na região.

Para realizar esses objetivos, os presidentes assumiram o desafio de consolidar a Secretaria-Geral da Unasul.

Ao término do encontro, o presidente equatoriano pediu a seus colegas da região que fortaleçam a integração que, para ele, é "uma necessidade de sobrevivência, pois somente unidos podemos enfrentar o neocolonialismo e uma ordem mundial injusta e, muitas vezes, imoral".

Correa também propôs que as equipes trabalhem em tempo integral na Unasul pela integração, com delegados permanentes com categoria de embaixadores na sede do grupo.

Também nessa cúpula, mas na quinta-feira, o presidente do Uruguai, José Mujica, recebeu a presidência temporária do grupo das mãos de seu colega do Suriname, Dési Bouterse.

Mujica, que deixará a presidência de seu país em março, também recebeu uma homenagem da Unasul e a maior condecoração do governo equatoriano por seus méritos para a promoção da integração regional.

Na cerimônia de hoje estiveram presentes a presidente Dilma Rousseff, seu colega venezuelano, Nicolás Maduro e os chefes de Estado do Paraguai, Horacio Cartes; da Bolívia, Evo Morales; do Suriname, Dési Bouterse; da Colômbia, Juan Manuel Santos, e da Argentina, Cristina Kirchner.

Não esteve presente na inauguração da nova sede o líder do Peru, Ollanta Humala, que voltou para Lima após participar do primeiro dia da Cúpula.

Também não estavam presentes o presidente do Uruguai, nem a presidente do Chile, Michelle Bachelet, que estiveram ontem na reunião de Guayaquil. EFE

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Ucrânia reconhece utilização de mercenários estrangeiros

 

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Foto de arquivo

Foto: RIA Novosti/Григорий Василенко

Kiev reconheceu a presença de mercenários estrangeiros nas suas fileiras militares. De acordo com uma declaração de representantes do Estado-Maior General da Ucrânia, nas operações militares contra as milícias do Donbass participam mais de mil estrangeiros. A todos eles foi prometida pelo presidente Piotr Poroshenko a nacionalidade ucraniana.

Se chegas ao leste da Ucrânia, pegas num fuzil e o apontas contra o Donbass – podes receber teu passaporte ucraniano. Não interessa quem és e de onde vieste, como é a tua folha de serviços e qual o rastro de crimes que te persegue. O presidente da Ucrânia Piotr Poroshenko, ao discursar na Suprema Rada, prometeu conceder a cidadania ucraniana a todos os estrangeiros que combatem ao lado dos militares. Segundo informou à imprensa o porta-voz do Estado-Maior General das Forças Armadas ucranianas, major-general Alexander Rozmaznin, eles são cerca de mil ou mais. Foi a primeira vez que as autoridades de Kiev reconheceram aquilo que negaram durante tanto tempo, diz o vice-diretor do Instituto dos Países da CEI Igor Shishkin:

“É impossível esconder durante muito tempo o que é evidente. Tanto mais que as publicações pró-governamentais publicaram por diversas vezes entrevistas com líderes de destacamentos paramilitares, os quais contavam com orgulho quantos representantes, e de que países, serviam em seus batalhões. Uma outra questão é que a nível do ministro das Relações Exteriores e do presidente sempre foi declarado o contrário: que eram os mercenários russos que combatiam do lado do Donbass.”

Nesta semana em Kiev foi formado um novo governo. Por proposta do presidente Poroshenko, as pastas ministeriais agora podem ser atribuídas a cidadãos estrangeiros. Assim, o posto de ministra das Finanças foi entregue a uma norte-americana, o ministro da Economia é um lituano e a área da Saúde é chefiada por um georgiano. Nesse contexto, não há motivos para duvidar da seriedade das intenções de naturalizar os combatentes mercenários, refere o diretor-geral do Centro de Conjuntura Política, Serguei Mikheev:

“Isso pode ser correlacionado com a lei que permite a atribuição de cargos públicos, incluindo os governamentais, a estrangeiros. Ou seja, a Ucrânia está disposta a passar completamente para uma administração externa ea formar suas forças armadas a partir de mercenários de todo o mundo, legalizando-os através da entrega de passaportes. Não penso que entre eles haja muitos verdadeiros combatentes pela Ucrânia. A prática demonstra que para a Ucrânia viajam pessoas que querem ganhar dinheiro ou que são simplesmente aventureiros.”

Contudo, a generosa proposta de Piotr Poroshenko dificilmente terá muita demanda junto dos legionários estrangeiros. Muitos de entre eles fazem parte de exércitos privados estadunidenses, que viajam de um lado para outro conforme o desejo do cliente, e não estão nada interessados noutra cidadania.
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_12_05/Ucrania-reconhece-utiliza-o-de-mercenarios-estrangeiros-5136/

A Resolução da nova Guerra Fria

 

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Foto: RIA Novosti

A Câmara dos Deputados do Congresso dos EUA aprovou, na quinta-feira passada, por uma maioria de votos, o projeto de resolução N758 que condena as ações da Rússia em relação aos países vizinhos.

O documento contém uma "condenação das ações da Rússia", que visam a realização de "uma política agressiva em relação aos países vizinhos, a fim de alcançar a dominação política e econômica".

O projeto de resolução foi apresentado na Câmara dos Deputados em 18 de novembro.

Vassili Likhachev, membro do comitê da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo) para os Assuntos da CEI, Integração Eurasiática e Relações com Compatriotas no Exterior:

"A resolução antirrussa do Congresso dos EUA assemelha-se a um 'quarto de despejo' repleto de coisas velhas e caídas em desuso mas que dão pena para as jogar no lixo".

De acordo com Likhachev, os EUA simplesmente não estão prontos para desistir de sua retórica obsoleta em relação à Rússia. Likhachev destacou que a resolução dos EUA não pode causar nenhum mal a um Estado tão poderoso e civilizado como a Rússia.

Alexei Pushkov, presidente do Comitê da Duma para a Política Internacional:

"A resolução 758 do Congresso dos Estados Unidos é a formalização oficial de uma nova Guerra Fria, iniciada pela administração (do presidente dos EUA, Barack) Obama contra a Rússia. O novo "restart" não tem nenhuma chance".
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_12_05/Resolu-o-da-Guerra-Fria-9287/

Rússia no alvo

 

Ocidente está por trás da queda do rublo e dos preços do petróleo - Chefe do Setor de Espionagem da Rússia diz:

Washington e seus aliados estão a prosseguir uma política de mudança de regime em relação à Rússia, introduzindo deliberadamente sanções e atacando o rublo através da manipulação dos preços mundiais do petróleo, o chefe da agência de inteligência externa da Rússia alerta.
Mikhail Fradkov, chefe do Serviço de Inteligência Externa (SVR), advertiu que Moscou está ciente de que os EUA movem-se para derrubar Putin do poder.
"Tal desejo tem sido notado, é um pequeno segredo", Fradkov - um ex-primeiro-ministro - disse Bloombergon quinta-feira. "Ninguém quer ver uma Rússia forte e independente."
Ele também atribuiu a queda de mais de 30 por cento no preço do petróleo, em parte, às ações dos Estados Unidos. Preços mais baixos em um dos principais produtos de exportação da Rússia colocou uma enorme pressão sobre o rublo, que também está sofrendo com as sanções. O rublo perdeu 39 por cento de seu valor em relação ao dólar até agora neste ano.
Fundos de investimento estrangeiros são "tomar parte" na especulação rublo através de intermediários, disse Fradkov. "Qualquer especulação tem regimes específicos e os esquemas de ter um número de participantes."
Mais cedo na quinta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, em seu discurso à Assembléia Federal disse que o governo sabe exatamente quem está lucrando com a especulação contra o rublo russo, e que o governo e o banco central têm ferramentas para puni-los.
"O governo sabe quem esses aproveitadores são. É hora de fazer algo sobre eles ", disse Vladimir Putin durante seu 11º discurso sobre o estado da nação no Hall do Kremlin de St. George, em Moscou.
As tensões políticas e econômicas só podem ser interrompidas uma vez que o Ocidente aprenda a respeitar os interesses de Moscou, mas por enquanto a Rússia vai se concentrar em resolver questões internas.
Vai demorar dois a quatro anos para chegar à "compreensão mais objetiva necessária para levantar algumas barreiras e cooperação", Fradkov concluiu.

Fonte: http://odespertarnews.blogspot.com.br/

Oposição perde a segunda arma do impeachment

 

Aprovação do projeto que permite a alteração da meta fiscal deixa à oposição apenas uma alternativa para tentar emplacar o impeachment de Dilma: a tentativa de "vincular as contas de campanha à corrupção na Petrobras", afirma Tereza Cruvinel, em seu blog no 247; ministro Gilmar Mendes "já toma providências sintonizadas com essa caminho", ressalta; a primeira arma para tentar tirar a presidente de seu posto, lembra a jornalista, foi ainda na véspera do segundo turno: "o golpe da revista Veja com a capa 'Eles sabiam de tudo'", que, apesar de não ter produzido resultados eleitorais, "serviu para colocar a palavra 'impeachment' em circulação"; colunista conclui, no entanto, que acha "difícil" o plano vingar

247 – Com a aprovação do projeto que permite alterar o cálculo do superávit primário, a oposição perde a segunda arma do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, avalia a jornalista Tereza Cruvinel, em seu blog no 247. A guerra travada entre governo e oposição teve "poucos precedentes na história parlamentar recente", diz ela. "Para a oposição, o que estava em jogo não era a questão fiscal, mas o fim do segundo caminho para o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff".

Agora a oposição tem apenas uma alternativa para tentar tirar Dilma de seu posto: "vincular a prestação de contas de campanha de Dilma às empreiteiras investigadas pela operação Lava Jato". Ela ressalta que o ministro Gilmar Mendes, que analisa a prestação de contas de Dilma, já toma "providências sintonizadas com este caminho. Repito que este processo está se atrasando. Para haver diplomação no dia 18, a prestação de contas deverá ter sido aprovada pelo TSE, a partir do relatório Gilmar".

O primeiro caminho para o impeachment, lembra Tereza, aconteceu antes do segundo turno: "o golpe da revista Veja com a capa 'Eles sabiam de tudo'", que, apesar de não ter produzido resultados eleitorais, "serviu para colocar a palavra 'impeachment' em circulação, a partir de duas pequenas manifestações em São Paulo, que deram carona aos defensores de um golpe militar". A colunista acredita, no entanto, que "acha difícil" o plano do impeachment vingar.

"Este plano tem chances de vingar? Acho difícil. O impeachment exige condições jurídicas e políticas. As primeiras significam observância do devido processo legal, com prova e contraprova. O PT parece muito seguro de que as doações legais que recebeu não têm como ser vinculadas ao esquema de propinas na Petrobrás. Como distinguir as doações que as empreiteiras fizeram ao PT das que foram feitas a ouros partidos e candidatos, inclusive ao PSDB e a Aécio? Sem provas não há processo. As condições políticas pressupõem apoio popular, pois trata-se, afinal, de uma medida contra a decisão tomada pelo povo. Este elemento não faltou no caso de Collor. Mas existiriam no país milhões dispostos a marchar contra Dilma sob a liderança de Lobão?", questiona a colunista.

Leia aqui a íntegra de seu texto.

Brasil 247

Polícia Federal indicia 33 por fraude em licitações do metrô e da CPTM

 

Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso

A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito sobre o esquema de formação de cartel em licitações do sistema de trens e metrô de São Paulo, entre a segunda metade da década de 90 e 2008. Segundo a assessoria da PF, convencidos dos indícios obtidos contra os suspeitos, os delegados responsáveis pelo inquérito indiciaram 33 pessoas por envolvimento com o esquema. O inquérito foi enviado à Justiça Federal em São Paulo na segunda-feira (1º).

A PF não revelou o nome dos indiciados. Entre os suspeitos de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, estão ex-diretores de estatais paulistas, servidores públicos, doleiros, empresários e executivos de multinacionais.

As investigações indicam que empresas que disputavam contratos de construção, manutenção e compra de equipamentos para o sistema de trens e metrô combinavam preços, formando cartel para, com a participação de servidores, aumentar os valores cobrados.

Uma das empresas investigadas, a Siemens Brasil vem cooperando com as investigações, fornecendo ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) detalhes sobre o esquema, em troca de imunidade administrativa e redução de eventuais penalidades.

Em março deste ano, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou à Justiça 30 executivos de 12 empresas, acusados de envolvimento com fraudes em 11 contratos de licitações do Metrô de São Paulo e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Na época, o promotor de Justiça Marcelo Mendroni, do Grupo de Atuação Especial de Combate aos Delitos Econômicos (Gedec), afirmou que os prejuízos aos cofres públicos ultrapassavam R$ 834 milhões.

“Houve um esquema profissional montado por essas empresas para roubar dinheiro público pela formação de cartel e fraude à licitação”, declarou o promotor à época.

A parte do processo envolvendo investigados ligados ao metrô e à CPTM está sob responsabilidade da Justiça Federal em São Paulo. Já a que envolve políticos com foro especial tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), que, por falta de provas, arquivou inquéritos contra o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e os deputados federais Arnaldo Jardim (PPS-SP) e Edson Aparecido (PSDB-SP).

Agência Brasil

Reinaldo sugere banir o PT e colocá-lo na ilegalidade

 

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Colunista neocon Reinaldo Azevedo ecoa o discurso de Aécio Neves sobre a derrota tucana para uma "organização criminosa" e propõe um método para derrotar o partido fora das urnas; "Se o que dizem Costa, Youssef, Mendonça Neto e Camargo [os delatores da Lava Jato] for verdade, a coisa é mais feia do que parece: o Brasil já está sendo governado por uma organização criminosa. A oração subordinada vai definir o exato sentido da principal e se o PT tem ou não de ser posto na ilegalidade", diz ele

5 de Dezembro de 2014 às 06:08

247 - O colunista neocon Reinaldo Azevedo, porta-voz das alas mais radicais do PSDB e da extrema direita brasileira, sugere, nesta sexta-feira, colocar o Partido dos Trabalhadores na ilegalidade.

Na coluna PT: organização criminosa?, ele diz que "se Dilma sabia de tudo, o impeachment é inevitável". O texto ecoa as afirmações feitas pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) em entrevista a Roberto D'Ávila, quando ele disse ter sido derrotado para uma "organização criminosa".

"Em entrevista recente, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou ter perdido a eleição para uma "organização criminosa". Rui Falcão, presidente do PT, quer saber se ele confirma o dito para decidir se o processa. Isso é lá com eles. Se o que dizem Costa, Youssef, Mendonça Neto e Camargo for verdade, a coisa é mais feia do que parece: o Brasil já está sendo governado por uma organização criminosa. Nada de me notificar, hein, Falcão! A oração subordinada vai definir o exato sentido da principal e se o PT tem ou não de ser posto na ilegalidade."

Ou seja: o novo método para derrotar o PT, que governa o País há 12 anos e ganhou, nas urnas, o direito de governá-lo por mais um quadriênio, seria tentar bani-lo da vida política nacional.

Brasil 247

Sentença de Teor é celebrada por juristas

 

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Ao libertar Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, evitou que a prisão preventiva prolongada fosse usada como método de tortura psicológica e emocional para se obter novas delações premiadas, analisa Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília, em novo artigo sobre a Lava Jato; além disso, em delações premiadas, há sempre o risco de manipulações; "Como sempre acontece quando pessoas presas são convidadas a falar, teme-se que digam não apenas o que sabem — mas aquilo que sabem que seus interrogadores desejam ouvir, gerando distorções clássicas em investigações realizadas sob elevada temperatura política, quando é fácil prejudicar determinados alvos e poupar outros", diz PML; leia a íntegra

5 de Dezembro de 2014 às 05:42

Por Paulo Moreira Leite

Juristas preocupados com o respeito aos direitos e garantias do cidadão nas investigações da Operação Lava Jato comemoram a sentença de Teori Zavaski, que atendeu ao pedido de habeas corpus feito pelos advogados de Renato de Souza Duque. Um procurador de Justiça, um professor de Direito e um advogado com muita experiência em causas no Supremo Tribunal Federal disseram ao 247 que a decisão de Teori, que, como ministro do STF, tem a ultima palavra sobre as investigações, pode estabelecer uma nova jurisprudência para as investigações. “Ele colocou a casa em ordem,” resume um advogado que, como os demais, conversou com o 247 sob a condição de não ter seu nome revelado.

Você sabe qual é o principal receio aqui. Ninguém discute a necessidade de apurar — com isenção absoluta — as gravíssimas denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras. O que se debate são os meios empregados nesse trabalho. Numa investigação apoiada, essencialmente, na delação premiada de empresários, executivos do mercado privado e dirigentes da estatal, teme-se que a prisão preventiva tenha se transformado num atalho para fazer os acusados abrirem o bico, após uma situação de prolongado sofrimento psicológico e emocional.

Como sempre acontece quando pessoas presas são convidadas a falar, teme-se que digam não apenas o que sabem — mas aquilo que sabem que seus interrogadores desejam ouvir, gerando distorções clássicas em investigações realizadas sob elevada temperatura política, quando é fácil prejudicar determinados alvos e poupar outros. Considerando o inseparável combustível p que acompanha a investigação sobre a Petrobras desde o início, não é difícil reconhecer o imenso valor de cada palavra, cada virgula, cada nome que é pronunciado — ou mesmo insinuado.

A manutenção dos acusados em prolongados regimes de prisão preventiva — Paulo Roberto da Costa ficou numa cela da Policia Federal entre março e setembro — tem sido alvo de queixa de diversos advogados de defesa. A legislação autoriza a prisão temporária de cinco dias e, para detenções em períodos mais longos, é preciso enquadrar o acusado na prisão preventiva, o que envolve uma situação jurídica muito diferente da pessoa, pois só deve ser aplicada quando a Justiça já possui índícios robustos contra os réus.

Semanas atrás o procurador Manoel Pastana, do Paraná, emitiu pareceres nos quais sugeria a rejeição dos pedidos de soltura de presos como o argumento de que a manutenção das prisões se justificava “diante da possibilidade real de o infrator colaborar com a apuração da infração penal.” O raciocínio chamou a atenção. Permite considerar que é possível manter uma pessoa na prisão — sem julgamento, sem que a denúncia sequer tenha sido formalizada — porque ela pode “colaborar” na apuração de crimes e não porque tenham surgido provas consistentes contra ela. Para um dos advogados ouvidos pelo 247, “é este raciocínio que separa a defesa do Estado democrático de Direito do chamado Estado Policial.”

No primeiro, a prioridade envolve os direitos do cidadão, mesmo quando ele é acusado de um crime condenável — e é esta visão que permite condenar a prática de abusos contra cidadãos contra os quais podem até existir suspeitas muito sérias de envolvimento em práticas criminosas, seja nos dias presentes, contra a população pobre das grandes cidades, seja no passado de presos políticos do regime militar. Num Estado Policial, a prioridade é favorecer a investigação policial, quando a defesa do Estado deve sobrepor-se aos direitos do indivíduo — doa a quem doer.

O advogado Alberto Zacharias Toron, que atua na defesa dos diretores da empresa UTC, disse a repórter Hylda Cavaldanti, da Rede Brasil Atual, que se promovia uma barganha: “quem aceitou colaborar com a delação acabou liberado.”

Em sua sentença, Teori Zavaski empregou argumentos simples e consistentes ao mesmo tempo. Poderia, mas não o fez, avançar para o debate no plano da Constituição e dos direitos do indivíduo. Optou por fazer o debate no plano do Direito Penal.

Lembrou, em primeiro lugar, que é útil distinguir a prisão temporária da preventiva. “Como o próprio nome indica, (a temporária) tem tem prazo certo.” Já a preventiva, esclarece, é a “medida cautelar mais grave do processo final” a ponto de desafiar uma cláusula fundamental do Direito brasileiro, que é a “presunção da inocência.” Com a clareza de quem acha necessário recordar uma lição básica, o ministro fez questão de lembrar que não se pode aceitar nada que possa ser definido como pré-julgamento, pois a prisão preventiva “não pode, jamais, revelar antecipação da pena.”

Descendo ao pedido concreto de prisão preventiva para Renato Duque, a quem se atribui um lugar estratégico nas investigações em função de possíveis ligações com o Partido dos Trabalhadores, reconhecidamente o alvo político das investigações, Teori faz uma crítica direta: “a fundamentação do decreto de prisão preventiva não está relacionada à conveniência da instrução criminal ou à garantia da ordem pública mas única e exclusivamente à aplicação da lei penal.” Traduzindo para leigos: Zavaski afirma que o pedido de prisão preventiva não se destinava a impedir novos crimes, mas a garantir a punição de um cidadão que, como todos sabemos, até aquele momento, sequer fora denunciado como réu. Mesmo admitindo que sobram “elementos indicativos de materialidade e autoria de crimes graves,” o ministro faz uma referência crítica direta ao juiz Sergio Moro, mencionado no texto como “magistrado de primeira instância.” O ministro lembra que o pedido de prisão está “calcado em uma presunção de fuga, o que é categoricamente rechaçado pela jurisprudência desta corte,” lembrando que nada se apontou de concreto nesse sentido. O ministro lembra ainda que, embora mencione contas no exterior, o pedido de prisão não relaciona medidas que deveriam ter sido tomadas para localizar tais valores.

Num dos parágrafos finais da sentença o ministro cobra isonomia por parte de Sérgio Moro: “o próprio magistrado de prmeiro grau aplicou medidas cautelares diversas da prisão para outros investigados tão ou mais capazes de fazer uso, em tese, de sua condição econômica para evadir-se.”

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/162741/Sentença-de-Teori-é-celebrada-por-juristas.htm

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Costa isenta Dilma e Lula, mas os jornais escondem

 

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Só com lupa, um leitor encontraria uma informação crucial: a de que tanto o ex-presidente Lula quanto a presidente Dilma Rousseff jamais foram informados por Paulo Roberto Costa sobre os desvios na Petrobras; "nunca", disse o ex-diretor da estatal, ao ser questionado pelo deputado Izalci Lucas (PSDB-SP); ele também negou que Lula o chamasse de "Paulinho", como tem sido escrito por diversos colunistas; "é folclore"; para a imprensa familiar, no entanto, nada disso era notícia

3 de Dezembro de 2014 às 11:39

247 - A informação está no décimo-sétimo parágrafo da reportagem da Folha de S. Paulo sobre o depoimento de Paulo Roberto Costa. Uma reportagem, diga-se de passagem, com 19 parágrafos. Ou seja: no antepenúltimo.

É lá que surge um dado interessantíssimo. Segundo Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, o ex-presidente Lula jamais foi informado sobre qualquer esquema de desvios na Petrobras. O mesmo se aplica à presidente Dilma Rousseff.

"Nunca", pontuou Paulo Roberto Costa, ao ser questionado pelo deputado Izalci Lucas (PSDB-DF).

O ex-diretor da Petrobras também negou que Lula o tratasse como "Paulinho", algo que vem sendo repetido à exaustão por colunistas renomados, como Elio Gaspari. "Isso é folclore".

Nada disso, no entanto, pareceu relevante para os jornais da imprensa familiar. A notícia, escondida pela Folha, foi ignorada pelo Estado de S. Paulo. O Globo também noticiou a declaração de Costa no décimo-sétimo parágrafo de uma reportagem de página inteira, com 18 parágrafos – o penúltimo. "Costa negou que seja tratado pelo ex-presidente Lula como 'Paulinho', dizendo que isso é folclore", informa a reportagem de André de Souza e Evandro Éboli.

Eles sabiam de tudo?

As informações prestadas por Costa ganham relevância diante dos crimes de imprensa cometidos durante a campanha eleitoral. Veja, por exemplo, antecipou sua capa e rodou com os dizeres "Eles sabiam de tudo", entre as imagens de Lula e Dilma.

Mais do que simplesmente antecipar uma edição, Veja rodou milhões de exemplares só da capa, que foram transformados em planfletos de campanha, às vésperas e no dia da eleição.

Por isso mesmo, foi condenada a conceder direito de resposta à presidente Dilma no dia das eleições, na maior humilhação já sofrida por um meio de comunicação no Brasil.

http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/162533/Costa-isenta-Dilma-e-Lula-mas-os-jornais-escondem.htm

Manipulação descarada de delação busca o golpe

 

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"O esforço dos meios de comunicação para encontrar — de qualquer maneira — uma ligação da campanha de Dilma Rousseff com os recursos da operação Lava Jato superou um novo limite na fronteira que separa a boa fé da manipulação mais descarada", diz o jornalista Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília; em novo artigo, ele aborda a delação de Augusto Mendonça Neto, da Toyo Setal; "É verdade que o executivo admitiu ter mantido em 2008 uma reunião com o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, na sede do diretório estadual do PT em São Paulo, quando disse que 'gostaria de fazer contribuições' ao partido. Mas Mendonça Neto também disse no depoimento que 'não mencionou a Vaccari que as doações seriam feitas a pedido de Renato Duque' e que seriam fruto de propina. Vaccari então orientou o executivo como doar de forma legal. Ou seja, o PT aceitou a doação na forma da lei. Está lá, entre aspas, na página 8 do depoimento de Mendonça Neto"

4 de Dezembro de 2014 às 05:34

Por Paulo Moreira Leite

O esforço dos meios de comunicação para encontrar — de qualquer maneira — uma ligação da campanha de Dilma Rousseff com os recursos da operação Lava Jato superou um novo limite na fronteira que separa a boa fé da manipulação mais descarada.

Tenta-se, agora, aproximar a delação premiada do executivo Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da Toyo Setal, da campanha presidencial de Dilma em 2010. Todos os jornais destacaram que parte da propina paga para o ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras Renato Duque eram “doações oficiais ao Partido dos Trabalhadores”.

O que se esconde é um aspecto essencial. Mendonça Neto esclareceu no depoimento que não havia informado ao PT do motivo das doações.

É verdade que o executivo admitiu ter mantido em 2008 uma reunião com o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, na sede do diretório estadual do PT em São Paulo, quando disse que “gostaria de fazer contribuições” ao partido. Mas Mendonça Neto também disse no depoimento que “não mencionou a Vaccari que as doações seriam feitas a pedido de Renato Duque” e que seriam fruto de propina.

Vaccari então orientou o executivo como doar de forma legal. Ou seja, o PT aceitou a doação na forma da lei. Está lá, entre aspas, na página 8 do depoimento de Mendonça Neto.

Este é o ponto espantoso. A divulgação seletiva de informações, de modo a atingir adversários e proteger aliados é uma tradição de nossos jornais e revistas. Mas raras vezes se fez isso de forma tão descarada, sem o cuidado sequer de manter as aparências. Vamos combinar que quem é capaz de vazar informações prestadas de caráter confidencial, como consta do documento, deveria, pelo menos, cumprir o dever de prestar um relato fiel daquilo que se disse a Justiça. Afinal, o que se quer é elevar o padrão ético de nossas práticas políticas e econômicas, correto? Ou não?

Outro aspecto é que os jornais preferiram confundir seus leitores ao repercutir a acusação de Aécio Neves que a doação legal ao PT em 2010 poderia tornar “ilegítima” o governo de Dilma Rousseff. No depoimento à Justiça do Paraná, Mendonça disse que as empresas Setec Tecnologia, PEM Engenharia e a SOG Óleo e Gás doaram legalmente R$ 4 milhões ao PT. Não existe nenhuma prova de que esse dinheiro tenha sido usado pela campanha de Dilma porque a legislação eleitoral da época não exigia a identificação da origem dos recursos transferidos entre partido e campanha, a chamada “doação oculta”. Isso só passou a ser obrigatório em 2014.

Com essa obrigatoriedade, sabe-se hoje que seis construtoras ligadas à Lava-Jato e com obras nos governos tucanos de Minas (Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, OAS, Odebrecht e Queiroz Galvão) doaram R$ 34,17 milhões à campanha de Aécio Neves.

Fonte: Brasil 247

CGU abre processos de responsabilização contra oito empreiteiras envolvidas na Lava Jato

As empresas são: Camargo Correa, Engevix, Galvão Engenharia, Iesa, Mendes Junior, OAS, Queiroz Galvão e UTC-Constran.

O ministro de Estado chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, determinou a abertura de processos administrativos de responsabilização contra oito empresas envolvidas na Operação Lava Jato, que desmontou um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas em sua relação com a Petrobras. As empresas são: Camargo Correa, Engevix, Galvão Engenharia, Iesa, Mendes Junior, OAS, Queiroz Galvão e UTC-Constran. As portarias de instauração dos processos foram publicadas hoje (03) no Diário Oficial da União (DOU).

A decisão é resultado da análise, feita pela equipe da CGU, de documentos e informações da investigação da Operação Lava Jato, que foram compartilhadas pela justiça Federal, pelo juiz Sérgio Moro. Em relação às provas analisadas, a CGU se baseou, para a abertura dos processos, não apenas nos depoimentos contidos no material compartilhado, mas principalmente nas provas documentais, como e-mails, notas fiscais, transferências bancárias e registros de interceptações telefônicas, entre outros.

Com base na análise do material compartilhado, a CGU reuniu elementos suficientes para instaurar os oito primeiros processos administrativos com vistas a responsabilizar, de forma individual, as empresas envolvidas nos atos ilícitos. A análise da Controladoria ainda continua, e há a possibilidade de que novos processos sejam abertos contra outras empresas.

A notificação das oito empreiteiras será feita pela Corregedoria da CGU nos próximos dias. Os trabalhos observarão os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa das acusadas. Os processos poderão acarretar, ao final, o impedimento de celebrar novos contratos, a aplicação de multas ou outras penalidades cabíveis, se for o caso.

Assessoria de Comunicação Social

+55 (61) 2020-6740 / 2020-6850 / 2020-7271

imprensacgu@cgu.gov.br

http://www.cgu.gov.br

“Lugar de agressor machista não é nas galerias do Congresso, é na cadeia”

 

A bancada feminina do PCdoB na Câmara cobrará a identificação dos responsáveis pelos xingamentos de “vagabunda” à senadora Vanessa Grazziotin durante a sessão do Congresso Nacional da noite de ontem.

Em nota, a União Brasileira de Mulheres – braço do PCdoB no movimento feminista – exigiu “a punição dos agressores, que podem ser facilmente identificados pelas câmeras de segurança”.

A UBM defende que os responsáveis sejam impedidos de voltar às dependências do Congresso e cobra também uma resposta criminal pelas ofensas. “Violência contra a mulher é crime e lugar de agressor machista não é nas galerias do Congresso, é na cadeia”, diz a nota divulgada nesta quarta-feira.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/lugar-de-agressor-machista-nao-e-nas-galerias-do-congresso-e-na-cadeia/

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

E por falar em Guerra Energética...

 

Putin Ordena tropas para Bunker do em tempos de Guerra; Adverte que "Guerra global está perto"





Um documento sombrio do Ministério da Defesa ( MoD ) em poder do Kremlin hoje afirma que o presidente Putin ordenou mais de 2.000 oficiais militares de topo para novas funções no Centro de Controle de Defesa Nacional (NDCC), que imediatamente começou, de fato, a agir na Rússia a sede de "governo em tempo de guerra" em Moscou por conta da "guerra global que se aproxima".

De acordo com este relatório, a ordem de Putin veio imediatamente após o fim da sua reunião com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em Ancara hoje mais cedo, em que se chegou a um acordo para aumentar o abastecimento de energia da Rússia para a Turquia em troca da promessa de que esse membro da OTAN ficará em neutralidade em qualquer conflito futuro pela Ucrânia.

Importante notar, este relatório diz, é que a crise no país de trânsito fundamental a Ucrânia tem colocado em perigo o fornecimento de gás da Rússia para a Turquia como o inverno se aproxima rapidamente, mas que este acordo permitirá a ser aliviado.

Como havíamos relatado anteriormente em muito, MoD relatórios do início do mês passado parecem mostrar que ele está em preparativos para um ataque blitzkrieg sobre as regiões orientais da Ucrânia e que iria assegurar esses dutos vitais para a Turquia em sua segurança energética.

Ainda mais preocupante, com o NDCC sendo colocado em serviço de combate hoje, este novo centro de controle de tempo de guerra, mandado a construir por Putin em 08 maio de 2013 , é também a nova sede do Centro de Controle de forças nucleares estratégicas que supervisiona questões de uso de armas de destruição em massa, e quando combinado com os 5.000 abrigos adicionais ele mandou construir em Moscou concluído em 2012, parece mostrar a Rússia está se preparando para uma guerra total.

Como a quem a Rússia está se preparando para a guerra contra Putin deixou em dúvida no mês passado, quando afirmou: "Não importa o que os nossos homólogos ocidentais dizem-nos, podemos ver o que está acontecendo. OTAN está descaradamente construindo suas forças na Europa Oriental, incluindo o Mar Negro e as áreas do Mar Báltico. Suas atividades de treinamento operacionais e de combate estão ganhando força ".

E a respeito de porque a aliança ocidental liderada pelo regime Obama está provocando a Rússia para a guerra, uma das melhores explicações, talvez, foi articulada na semana passada pelo ex-assistente especial do presidente Ronald Reagan, e atual membro sênior do Instituto Cato, Doug Bandow , que avisou:

"O princípio de perigo para a América vem de hubris, a convicção de elites norte-americanas que foram ungidas por Deus para governar o mundo. E a sua suposição de que o resto do mundo quer ser dominado por eles. Como resultado, Washington fomenta constantemente hostilidades, gera caos, exacerbam os conflitos, das tentativas de engenharia social, e faz com que as batalhas de outras nações sejam a sua própria. "

Além disso, como o regime de Obama já lançou uma guerra econômica de grande escala contra a Rússia com o The Guardian News Service, em Londres advertindo é um " Jogo altamente perigoso ", devido ao acordo secreto EUA-Arábia Saudita para inundar o mundo com o petróleo baratíssimo, o americano jornalista freelance -Alemão, historiador e pesquisador econômico William Engdahl adverte ainda mais em seu artigo intitulado O estúpido acordo secreto entre Arábia-EUA sobre a Síria :

"A manipulação de preços de petróleo dos EUA-Arábia visa desestabilizar vários adversários fortes das políticas globalistas pró-EUA. Os alvos incluem Irã e Síria, ambos aliados da Rússia na oposição a uma única superpotência norte-americana. O alvo principal, no entanto, é a Rússia de Putin, a maior ameaça hoje para que a hegemonia da superpotência.

A estratégia é semelhante ao que os EUA fizeram com a Arábia Saudita em 1986, quando eles inundaram o mundo com petróleo saudita, caindo o preço para abaixo de US $ 10 o barril e destruindo a economia do aliado da então Soviética, o Iraque de Saddam Hussein e, em última análise, a economia soviética, abrindo o caminho para a queda da União Soviética.

Hoje, a esperança é que um colapso das receitas petrolíferas russas, combinadas com a escolha de sanções picantes projetados pelo escritório do Tesouro os EUA de Terrorismo e Inteligência Financeira irá enfraquecer drasticamente o enorme apoio interno de Putin e criar condições para a sua queda final.

Ela está fadado ao fracasso, por muitas razões, não menos importante, porque a Rússia de Putin tomou importantes medidas estratégicas em conjunto com a China e outras nações para diminuir sua dependência do Ocidente. Na verdade, a arma do petróleo está a acelerar os movimentos recentes da Rússia para concentrar o seu poder económico sobre os interesses nacionais e diminuir a dependência do sistema de dólar.

Se o dólar deixa de ser a moeda do comércio mundial, especialmente o comércio de petróleo, o Tesouro dos EUA enfrentará catástrofe financeira. Por esta razão, eu chamo de guerra do petróleo de Kerry-Abdullah uma tática muito estúpida. "

Obama com seu regime de guerra é Critico notar também sobre essa guerra vindoura que quer o regime Obama contra Rússia é o Exército dos EUA e seu histórico de luta, de modo mais sucinto, declarado pelo Counter Punch News Service que escreveu na semana passada:

"Tenha em mente, os militares dos EUA gloriosos passaram os últimos 13 anos lutando contra pastores de ovelhas em flip-flops no Afeganistão em um conflito que, na melhor das hipóteses, poderia ser caracterizado como um impasse. E agora a Casa Branca quer levar isso para a Rússia? Você pode apreciar a insanidade da política? "

E ao contrário de seu "flip-flop vestindo" inimigos no Afeganistão , the Asia Times News Service nesta semana advertiu que o regime Obama está se preparando para entrar em uma guerra com a Rússia :

Quer brincar de guerra, garoto?

Agora, para a "ameaça" de uma guerra nuclear na Europa - falsa ou de outra forma. É inútil para comparar as capacidades nucleares estratégicas dos EUA e da Rússia com base em números, mas não em qualidade.

Leve o PIB combinado dos Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido e compará-lo para a Rússia; é uma vitória por deslizamento de terra. Em seguida, examine o cenário nuclear estratégico, e é uma história totalmente diferente. PIB por si só não "ganhará" qualquer coisa.

Considere alguns dos princípios básicos:

ICBMs russos armados com MIRVs viajando em cerca de 18 Mach; que é muito mais rápido do que qualquer coisa no arsenal dos EUA. E, basicamente, eles são imbatíveis.

O S-400 e S-500 são problemas em dobro. Moscou concordou em vender o sistema de mísseis S-400 terra-ar para a China. A questão de fundo é isso fará com que Pequim se torne impermeável ao poder aéreo dos EUA, e seus ICBMs e mísseis de cruzeiro. A Rússia, por sua vez, já está se concentrando no state-of-the-art S-500 - que essencialmente torna o sistema anti-míssil Patriot parecido com um V-2 a partir da Segunda Guerra Mundial.

O míssil Iskander russo viaja a Mach 7 - com um alcance de 400 km, transporta uma ogiva 700 kg de diversas variedades, e com uma probabilidade de erro circular de cerca de cinco metros.Tradução: uma arma letal final contra aeródromos ou infra-estrutura logística. O Iskander pode atingir alvos profundos dentro da Europa.

E depois há o Sukhoi T-50 PAK FA. Fale de um verdadeiro futuro próximo divisor de águas.

Em poucas palavras, tanto Moscou e Pequim conhecem a frota de superfície dos está ficando obsoleto - e indefensável. Alguns milhares sistemas S-400 e S-500 são o suficiente para bloquear um ataque nuclear dos EUA. Pense em um lote bolada de S-400s posicionados no enclave de Kaliningrado; que transformaria operações aéreas da OTAN profunda dentro da Europa para um pesadelo absolutamente horrendo. Em cima disso, os bons e velhos caças da OTAN custam uma fortuna. Imaginem o efeito de centenas de aviões de combate destruídos em uma União Europeia já financeiramente devastada e austeridade atormentado até a morte ".

Será que o povo americano está mesmo ciente da guerra global catastrófica que o regime Obama está tentando lançar isso ainda não existe evidência, mas há realmente nenhuma surpresa, já que, mesmo antes da guerra do Iraque ilegal iniciada pelo presidente Bush foi exposta pela agente da inteligência britânica Katharine Gun em de 2003, a mídia dos EUA ainda se recusa a dizer ao seu povo a verdade.

WhatDoesItMean.Com

http://odespertarnews.blogspot.com.br/2014/12/e-por-falar-em-guerra-energetica.html?spref=fb

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Brasil e Uruguai reforçam posições frente ao dólar

 

Brasil, Uruguai, dólar, economia, finanças

Foto de arquivo

Flickr.com/BenjaminThompson/cc-by-sa 3.0

Foto de arquivo

No segundo mandato presidencial de Dilma Rousseff, a economia do Brasil terá certo apoio do Uruguai. O acordo sobre o Sistema de Pagamentos em Moeda Nacional (SML), assinado em outubro e aprovado em 26 de novembro deste ano, visa facilitar operações comerciais internacionais e pagamentos nestes países vizinhos sem a interferência das taxas de câmbio.

O SML entra em vigor a partir desta segunda-feira, dia 1 de dezembro.

Segundo o documento publicado pelo Banco Central do Brasil, será viabilizada a realização em moeda nacional de “operações de comércio internacional de bens e serviços associados a essas operações”, “operações de comércio internacional de serviços diversos não sujeitos ao registro de que trata a Resolução n.º 3.844, de 23 de março de 2010”, e “aposentadorias e pensões e demais transferências unilaterais correntes descritas no Anexo V n.º 3.690, de 16 de dezembro de 2013”.

Os preços em ambas as moedas serão combinados a partir das taxas SML de conversão do dia do registro da operação.

O acordo favorece também a ambas as partes. Segundo o economista Javier de Haedo, citado pela Globo, o novo presidente eleito desse país, Tabaré Vázquez terá que lidar com três desafios principais: o do setor fiscal, o dos preços relativos e o do mercado de trabalho. De acordo com o economista, esses assuntos se devem a “um contexto mundial de transição para um mundo menos amigável para as economias emergentes” que surge no fim da época geralmente positiva do seu antecessor, José Mujica.

O problema da eventual crise econômica ganhou peso de novo durante a corrida eleitoral, com especulações analisando o possível impacto na economia nacional das manifestações de 2013 e 2014 e das altas taxas de inflação e pequenas, de crescimento.

Ambos os países, segundo diversas análises, enfrentam um ano tenso economicamente em 2015.

A autoridade econômica uruguaia, chefiada por Alberto Graña, sublinha que a implementação do acordo vai minimizar o prazo para o processamento de operações e facilitar a inclusão financeira tanto de pessoas físicas, como de empresas.

Por seu turno, a parte brasileira, representada pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, destacou que o sistema vai profundizar os mercados do real e do peso uruguaio e reduzir os custos de transação.

Dólar é prescindível

A esperança geral é que o SML, semelhante ao acordo anteriormente assinado com a Argentina, em 2008, ajude na criação de um espaço econômico independente do dólar estadunidense, eterna aspiração da comunidade latino-americana .

Para a Argentina, o sistema permitiu demostrar que o dólar não é imprescindível. A adesão do Uruguai já separa uma região no mapa do Cone Sul, consolidando um espaço econômico que aspira a ser inovador.

Na América Latina houve outras tentativas de retirar o dólar do comércio regional. Em novembro de 2008, um mês depois da assinatura do acordo com a Argentina, a Aliança Bolivariana para as Américas (ALBA) instituiu o SUCRE, Sistema Unitário de Compensação Regional. Atualmente, nove países fazem parte desta iniciativa. O SUCRE não é propriamente uma moeda, pelo menos hoje em dia (portanto, existem planos relativos a isso), mas um sistema de transações com uma unidade de conta, principalmente virados para o comércio internacional. A Antígua e Barbuda, Bolívia, Cuba, Dominica, Equador, Nicarágua, São Vicente e Granadinas e Venezuela participam desse sistema, como também o Uruguai que, sem ser membro da ALBA, liberou o seu peso para ser convertível para o SUCRE, em 2013.

Deste modo, o Uruguai já tem proteção dupla contra o dólar.

Outras agrupações econômicas que existem no continente, como o Mercosul (Mercado Comum do Sul) e a CAN (Comunidade Andina de Nações), atuam como uniões aduaneiras, com facilitações sociais e econômicas, mas sem moeda própria. Contudo, também agem em prol da integração. Vale lembrar a transferência da presidência rotativa do Mercosul para Buenos Aires, em claro sinal de apoio à Argentina na sua luta contra os “fundos abutre”.

Uniões econômicas que buscam afugentar o dólar não só existem na América Latina. A União Aduaneira, da qual formam parte atualmente a Rússia, a Bielorrússia e o Cazaquistão, está desenvolvendo um sistema de comércio mais livre entre os países membros. Já a Rússia e a Bielorrússia, por sua parte, formam, desde 1996, a entidade que se chama União da Rússia e Bielorrússia, que tem projeto de adotar o rublo como moeda comum.
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_12_01/Brasil-e-Uruguai-refor-am-posi-es-frente-ao-d-lar-2832/

Brasil e Rússia criam espaço científico comum

 

Brasil, Rússia, ciência, cooperação

Foto: Vladimir Kyultygin

Nesta terça-feira, 2 de dezembro, os participantes do Seminário Russo-Brasileiro de Cooperação Acadêmica, organizado no quadro da cúpula de universidades dos países do BRICS, aprovaram um plano de ações conjuntas na área da parceria entre as universidades brasileiras e russas. A delegação brasileira conheceu, particularmente, o projeto russo 5-100, que visa internacionalizar o sistema de educação e pesquisa científica da Rússia.

Foram nomeados os coordenadores do projeto, que irá fomentar a colaboração internacional entre os dois países. Da parte brasileira, é José Celso Freire Júnior, presidente do Fórum de Assessorias das Universidades Brasileiras para Assuntos Internacionais (FAUBAI). E da parte russa, é Elena Chernyshenkova, que chefia o Centro de Marketing Universitário e Recrutamento Acadêmico do 5-100.

Quando uma universidade brasileira quiser realizar uma parceria com a Rússia para realizar projetos conjuntos, pode entrar em contato com o professor José Celso, indicando as áreas em que pretende trabalhar e o nome da universidade ou das universidades com as quais quer colaborar, para iniciar o processo do estabelecimento do contato. Estabelecimentos acadêmicos russos poderão encaminhar os seus pedidos para a professora Elena.

Na fase final do seminário, o moderador da sessão, Fábio Alves, diretor de Relações Exteriores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), explicou que a cooperação atual vai-se desenvolvendo em três áreas principais: a energética (petróleo e gás), a aeroespacial e a biomédica. Já os métodos de cooperação são quatro: a criação de projetos internacionais conjuntos, escolas de verão, mobilidade de pesquisadores e a de estudantes. Também o estudo de línguas (começando pelo inglês, mas implementando também o russo no Brasil e o português na Rússia) foi um dos assuntos destacados.

A lista não é completa, claro, pois cada universidade pode sugerir algo para si e cada projeto tem suas particularidades que podem ajudar a criar novas formas de cooperação. Mas essas ações individuais (porque cada instituição as implementará independentemente das outras, segundo as suas necessidades e possibilidades) são essenciais para começar.

Em breve, depois de um seminário semelhante em São Petersburgo, em 8 de dezembro, os coordenadores da parceria irão divulgar um comunicado final onde os passos seguintes serão relatados. Amanhã, no dia 3 de dezembro, a delegação brasileira encontrar-se-á com o vice-ministro da Educação e Ciência russo, Alexander Povalko.

Os líderes que internacionalizam a pesquisa russa

O evento, que teve lugar no Hotel Nacional, no centro de Moscou, começou com palestras sobre a situação acadêmica nos dois países. Grigori Andruschak, chefe do Departamento Estratégico do Ministério da Educação e Ciência da Federação da Rússia, explicou para a delegação brasileira a história da educação na Rússia. Já o diretor do projeto 5-100, Mikhail Antonov, fez uma breve descrição do projeto.

O projeto 5-100 visa internacionalizar a educação superior e as pesquisas científicas e aplicadas russas. A iniciativa foi proposta pelo decreto presidencial N.º 599 "Das medidas relativas à realização da política estatal na área da educação e da ciência", de 7 de maio de 2007. Uma das cláusulas do decreto lista, entre outros objetivos, o seguinte: "A entrada, até 2020, de pelo menos cinco universidades russas na lista das cem melhores universidades do mundo de acordo com a lista internacional de universidades". Agora, 15 universidades foram escolhidas para formar um núcleo internacional do sistema acadêmico russo. Mesmo se cinco delas se tornarem "líderes", ocupando posições em ratings internacionais, o resto não se perderá de modo nenhum: essas universidades também estarão na vanguarda da educação e da pesquisa científica russa. Terão acumulado uma experiência enorme e útil, com perspectivas de desenvolvimento.

Entre as universidades "finalistas" do projeto, estão as Universidades Federais do Extremo Oriente, dos Urais, de Kazan, Universidade Estatal de Pesquisa de Tomsk, Universidade Estatal de Pesquisa de Tecnologia Informática, Mecânica e Ótica de São Petersburgo, Universidade Nacional de Ciência e Tecnologia MISiS etc.

Da parte brasileira, estavam presentes representantes das Universidades Federais de Pernambuco (UFPE), do Rio Grande do Sul (UFRGS), de Santa Maria (UFSM), de Minas Gerais (UFMG), Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e outras.

Barreiras linguísticas

Os palestrantes notaram em suas comunicações que, para se ter uma parceria acadêmica normal, é necessário que o professor, pesquisador ou estudante convidado tenha uma estadia confortável no país anfitrião. No entanto, nem na Rússia, nem no Brasil se fala muito inglês. "Perto das universidades, sim", corrigiu um participante siberiano, admitindo, contudo, a situação geral.

No entanto, o inglês permanece a língua geral de parceria internacional, quase em todas as áreas. Por isso, é preciso que, pelo menos no ambiente universitário, sempre exista a possibilidade de comunicação livre. Várias universidades russas introduzem, além da preparação de cursos em inglês, cursos de inglês para o seu pessoal, tanto docente como técnico. Um representante russo até falou em português durante o evento.

Cursos em inglês, accessíveis para categorias amplas de estudantes e docentes estrangeiros, permanecem no foco das atenções. No Brasil, disse Anísio Brasileiro de Freitas Dourado, presidente da Comissão de Relações Internacionais da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), não existem cursos completamente em inglês. Nem em espanhol, francês ou qualquer outra língua estrangeira. Mas isso é um dos objetivos que já está na mira, assegurou.

Colaboração para subir na lista

O Brasil e a Rússia são quase vizinhos no rating internacional de atividade científica, a que se referiu o presidente da comissão da ANDIFES. Em 2013, o Brasil ocupou a 13ª posição, a Rússia sendo a 15ª. Os primeiros são os países de língua inglesa: os EUA, o Reino Unido e o Canadá.

Quase todos os representantes de universidades e organizações brasileiras concordaram em que os dois países têm muito em comum. Resta fomentar a mobilidade e a interação mútua. Para isso, é preciso se conhecer melhor, estabelecer contatos permanentes e elaborar um esquema de ações conjuntas para coordenar as pesquisas e reduzir a diferença nas referências. A atuação do grupo BRICS, ajudando a unir os esforços em várias áreas de atividade internacional, deve tornar mais eficiente essa interação e os contatos.

Há contatos que existem e existiam antes. Por exemplo, a universidade russa MISiS tem parceria com a PUC-RJ, uma universidade de Tomsk (na Sibéria), com a USP. A USP também tem parceria com a Universidade Estatal de Moscou Lomonosov, Universidade Estatal Russa Ciências Humanas etc. Há professores de origem russa que trabalham ou trabalharam no Brasil. Mas são casos pontuais e sem coordenação geral.

Já a coordenação mútua da vida acadêmica é um bom instrumento que pode fazer o Brasil e a Rússia subirem na lista mencionada antes, "derrubando" assim os EUA do primeiro lugar. O Brasil, como a Rússia, não se alinha com o sistema educativo de Bolonha, o que dificulta parcialmente o reconhecimento pela comunidade internacional, mais aberta para o sistema unificado já conhecido. Portanto, a coordenação dos esforços, especialmente no aspecto da mobilidade acadêmica, pode permitir um análogo do Erasmus europeu.

Como um dos primeiros passos para o fomento de tal mobilidade, os organizadores do projeto 5-100 organizam uma visit Brasil em abril e maio de 2015, no quadro da conferência da FAUBAI em Cuiabá.
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_12_02/Brasil-e-R-ssia-criam-espa-o-cient-fico-comum-4801/