sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Rússia no alvo

 

Ocidente está por trás da queda do rublo e dos preços do petróleo - Chefe do Setor de Espionagem da Rússia diz:

Washington e seus aliados estão a prosseguir uma política de mudança de regime em relação à Rússia, introduzindo deliberadamente sanções e atacando o rublo através da manipulação dos preços mundiais do petróleo, o chefe da agência de inteligência externa da Rússia alerta.
Mikhail Fradkov, chefe do Serviço de Inteligência Externa (SVR), advertiu que Moscou está ciente de que os EUA movem-se para derrubar Putin do poder.
"Tal desejo tem sido notado, é um pequeno segredo", Fradkov - um ex-primeiro-ministro - disse Bloombergon quinta-feira. "Ninguém quer ver uma Rússia forte e independente."
Ele também atribuiu a queda de mais de 30 por cento no preço do petróleo, em parte, às ações dos Estados Unidos. Preços mais baixos em um dos principais produtos de exportação da Rússia colocou uma enorme pressão sobre o rublo, que também está sofrendo com as sanções. O rublo perdeu 39 por cento de seu valor em relação ao dólar até agora neste ano.
Fundos de investimento estrangeiros são "tomar parte" na especulação rublo através de intermediários, disse Fradkov. "Qualquer especulação tem regimes específicos e os esquemas de ter um número de participantes."
Mais cedo na quinta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, em seu discurso à Assembléia Federal disse que o governo sabe exatamente quem está lucrando com a especulação contra o rublo russo, e que o governo e o banco central têm ferramentas para puni-los.
"O governo sabe quem esses aproveitadores são. É hora de fazer algo sobre eles ", disse Vladimir Putin durante seu 11º discurso sobre o estado da nação no Hall do Kremlin de St. George, em Moscou.
As tensões políticas e econômicas só podem ser interrompidas uma vez que o Ocidente aprenda a respeitar os interesses de Moscou, mas por enquanto a Rússia vai se concentrar em resolver questões internas.
Vai demorar dois a quatro anos para chegar à "compreensão mais objetiva necessária para levantar algumas barreiras e cooperação", Fradkov concluiu.

Fonte: http://odespertarnews.blogspot.com.br/

Oposição perde a segunda arma do impeachment

 

Aprovação do projeto que permite a alteração da meta fiscal deixa à oposição apenas uma alternativa para tentar emplacar o impeachment de Dilma: a tentativa de "vincular as contas de campanha à corrupção na Petrobras", afirma Tereza Cruvinel, em seu blog no 247; ministro Gilmar Mendes "já toma providências sintonizadas com essa caminho", ressalta; a primeira arma para tentar tirar a presidente de seu posto, lembra a jornalista, foi ainda na véspera do segundo turno: "o golpe da revista Veja com a capa 'Eles sabiam de tudo'", que, apesar de não ter produzido resultados eleitorais, "serviu para colocar a palavra 'impeachment' em circulação"; colunista conclui, no entanto, que acha "difícil" o plano vingar

247 – Com a aprovação do projeto que permite alterar o cálculo do superávit primário, a oposição perde a segunda arma do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, avalia a jornalista Tereza Cruvinel, em seu blog no 247. A guerra travada entre governo e oposição teve "poucos precedentes na história parlamentar recente", diz ela. "Para a oposição, o que estava em jogo não era a questão fiscal, mas o fim do segundo caminho para o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff".

Agora a oposição tem apenas uma alternativa para tentar tirar Dilma de seu posto: "vincular a prestação de contas de campanha de Dilma às empreiteiras investigadas pela operação Lava Jato". Ela ressalta que o ministro Gilmar Mendes, que analisa a prestação de contas de Dilma, já toma "providências sintonizadas com este caminho. Repito que este processo está se atrasando. Para haver diplomação no dia 18, a prestação de contas deverá ter sido aprovada pelo TSE, a partir do relatório Gilmar".

O primeiro caminho para o impeachment, lembra Tereza, aconteceu antes do segundo turno: "o golpe da revista Veja com a capa 'Eles sabiam de tudo'", que, apesar de não ter produzido resultados eleitorais, "serviu para colocar a palavra 'impeachment' em circulação, a partir de duas pequenas manifestações em São Paulo, que deram carona aos defensores de um golpe militar". A colunista acredita, no entanto, que "acha difícil" o plano do impeachment vingar.

"Este plano tem chances de vingar? Acho difícil. O impeachment exige condições jurídicas e políticas. As primeiras significam observância do devido processo legal, com prova e contraprova. O PT parece muito seguro de que as doações legais que recebeu não têm como ser vinculadas ao esquema de propinas na Petrobrás. Como distinguir as doações que as empreiteiras fizeram ao PT das que foram feitas a ouros partidos e candidatos, inclusive ao PSDB e a Aécio? Sem provas não há processo. As condições políticas pressupõem apoio popular, pois trata-se, afinal, de uma medida contra a decisão tomada pelo povo. Este elemento não faltou no caso de Collor. Mas existiriam no país milhões dispostos a marchar contra Dilma sob a liderança de Lobão?", questiona a colunista.

Leia aqui a íntegra de seu texto.

Brasil 247

Polícia Federal indicia 33 por fraude em licitações do metrô e da CPTM

 

Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso

A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito sobre o esquema de formação de cartel em licitações do sistema de trens e metrô de São Paulo, entre a segunda metade da década de 90 e 2008. Segundo a assessoria da PF, convencidos dos indícios obtidos contra os suspeitos, os delegados responsáveis pelo inquérito indiciaram 33 pessoas por envolvimento com o esquema. O inquérito foi enviado à Justiça Federal em São Paulo na segunda-feira (1º).

A PF não revelou o nome dos indiciados. Entre os suspeitos de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, estão ex-diretores de estatais paulistas, servidores públicos, doleiros, empresários e executivos de multinacionais.

As investigações indicam que empresas que disputavam contratos de construção, manutenção e compra de equipamentos para o sistema de trens e metrô combinavam preços, formando cartel para, com a participação de servidores, aumentar os valores cobrados.

Uma das empresas investigadas, a Siemens Brasil vem cooperando com as investigações, fornecendo ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) detalhes sobre o esquema, em troca de imunidade administrativa e redução de eventuais penalidades.

Em março deste ano, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou à Justiça 30 executivos de 12 empresas, acusados de envolvimento com fraudes em 11 contratos de licitações do Metrô de São Paulo e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Na época, o promotor de Justiça Marcelo Mendroni, do Grupo de Atuação Especial de Combate aos Delitos Econômicos (Gedec), afirmou que os prejuízos aos cofres públicos ultrapassavam R$ 834 milhões.

“Houve um esquema profissional montado por essas empresas para roubar dinheiro público pela formação de cartel e fraude à licitação”, declarou o promotor à época.

A parte do processo envolvendo investigados ligados ao metrô e à CPTM está sob responsabilidade da Justiça Federal em São Paulo. Já a que envolve políticos com foro especial tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), que, por falta de provas, arquivou inquéritos contra o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e os deputados federais Arnaldo Jardim (PPS-SP) e Edson Aparecido (PSDB-SP).

Agência Brasil

Reinaldo sugere banir o PT e colocá-lo na ilegalidade

 

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Colunista neocon Reinaldo Azevedo ecoa o discurso de Aécio Neves sobre a derrota tucana para uma "organização criminosa" e propõe um método para derrotar o partido fora das urnas; "Se o que dizem Costa, Youssef, Mendonça Neto e Camargo [os delatores da Lava Jato] for verdade, a coisa é mais feia do que parece: o Brasil já está sendo governado por uma organização criminosa. A oração subordinada vai definir o exato sentido da principal e se o PT tem ou não de ser posto na ilegalidade", diz ele

5 de Dezembro de 2014 às 06:08

247 - O colunista neocon Reinaldo Azevedo, porta-voz das alas mais radicais do PSDB e da extrema direita brasileira, sugere, nesta sexta-feira, colocar o Partido dos Trabalhadores na ilegalidade.

Na coluna PT: organização criminosa?, ele diz que "se Dilma sabia de tudo, o impeachment é inevitável". O texto ecoa as afirmações feitas pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) em entrevista a Roberto D'Ávila, quando ele disse ter sido derrotado para uma "organização criminosa".

"Em entrevista recente, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou ter perdido a eleição para uma "organização criminosa". Rui Falcão, presidente do PT, quer saber se ele confirma o dito para decidir se o processa. Isso é lá com eles. Se o que dizem Costa, Youssef, Mendonça Neto e Camargo for verdade, a coisa é mais feia do que parece: o Brasil já está sendo governado por uma organização criminosa. Nada de me notificar, hein, Falcão! A oração subordinada vai definir o exato sentido da principal e se o PT tem ou não de ser posto na ilegalidade."

Ou seja: o novo método para derrotar o PT, que governa o País há 12 anos e ganhou, nas urnas, o direito de governá-lo por mais um quadriênio, seria tentar bani-lo da vida política nacional.

Brasil 247

Sentença de Teor é celebrada por juristas

 

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Ao libertar Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, evitou que a prisão preventiva prolongada fosse usada como método de tortura psicológica e emocional para se obter novas delações premiadas, analisa Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília, em novo artigo sobre a Lava Jato; além disso, em delações premiadas, há sempre o risco de manipulações; "Como sempre acontece quando pessoas presas são convidadas a falar, teme-se que digam não apenas o que sabem — mas aquilo que sabem que seus interrogadores desejam ouvir, gerando distorções clássicas em investigações realizadas sob elevada temperatura política, quando é fácil prejudicar determinados alvos e poupar outros", diz PML; leia a íntegra

5 de Dezembro de 2014 às 05:42

Por Paulo Moreira Leite

Juristas preocupados com o respeito aos direitos e garantias do cidadão nas investigações da Operação Lava Jato comemoram a sentença de Teori Zavaski, que atendeu ao pedido de habeas corpus feito pelos advogados de Renato de Souza Duque. Um procurador de Justiça, um professor de Direito e um advogado com muita experiência em causas no Supremo Tribunal Federal disseram ao 247 que a decisão de Teori, que, como ministro do STF, tem a ultima palavra sobre as investigações, pode estabelecer uma nova jurisprudência para as investigações. “Ele colocou a casa em ordem,” resume um advogado que, como os demais, conversou com o 247 sob a condição de não ter seu nome revelado.

Você sabe qual é o principal receio aqui. Ninguém discute a necessidade de apurar — com isenção absoluta — as gravíssimas denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras. O que se debate são os meios empregados nesse trabalho. Numa investigação apoiada, essencialmente, na delação premiada de empresários, executivos do mercado privado e dirigentes da estatal, teme-se que a prisão preventiva tenha se transformado num atalho para fazer os acusados abrirem o bico, após uma situação de prolongado sofrimento psicológico e emocional.

Como sempre acontece quando pessoas presas são convidadas a falar, teme-se que digam não apenas o que sabem — mas aquilo que sabem que seus interrogadores desejam ouvir, gerando distorções clássicas em investigações realizadas sob elevada temperatura política, quando é fácil prejudicar determinados alvos e poupar outros. Considerando o inseparável combustível p que acompanha a investigação sobre a Petrobras desde o início, não é difícil reconhecer o imenso valor de cada palavra, cada virgula, cada nome que é pronunciado — ou mesmo insinuado.

A manutenção dos acusados em prolongados regimes de prisão preventiva — Paulo Roberto da Costa ficou numa cela da Policia Federal entre março e setembro — tem sido alvo de queixa de diversos advogados de defesa. A legislação autoriza a prisão temporária de cinco dias e, para detenções em períodos mais longos, é preciso enquadrar o acusado na prisão preventiva, o que envolve uma situação jurídica muito diferente da pessoa, pois só deve ser aplicada quando a Justiça já possui índícios robustos contra os réus.

Semanas atrás o procurador Manoel Pastana, do Paraná, emitiu pareceres nos quais sugeria a rejeição dos pedidos de soltura de presos como o argumento de que a manutenção das prisões se justificava “diante da possibilidade real de o infrator colaborar com a apuração da infração penal.” O raciocínio chamou a atenção. Permite considerar que é possível manter uma pessoa na prisão — sem julgamento, sem que a denúncia sequer tenha sido formalizada — porque ela pode “colaborar” na apuração de crimes e não porque tenham surgido provas consistentes contra ela. Para um dos advogados ouvidos pelo 247, “é este raciocínio que separa a defesa do Estado democrático de Direito do chamado Estado Policial.”

No primeiro, a prioridade envolve os direitos do cidadão, mesmo quando ele é acusado de um crime condenável — e é esta visão que permite condenar a prática de abusos contra cidadãos contra os quais podem até existir suspeitas muito sérias de envolvimento em práticas criminosas, seja nos dias presentes, contra a população pobre das grandes cidades, seja no passado de presos políticos do regime militar. Num Estado Policial, a prioridade é favorecer a investigação policial, quando a defesa do Estado deve sobrepor-se aos direitos do indivíduo — doa a quem doer.

O advogado Alberto Zacharias Toron, que atua na defesa dos diretores da empresa UTC, disse a repórter Hylda Cavaldanti, da Rede Brasil Atual, que se promovia uma barganha: “quem aceitou colaborar com a delação acabou liberado.”

Em sua sentença, Teori Zavaski empregou argumentos simples e consistentes ao mesmo tempo. Poderia, mas não o fez, avançar para o debate no plano da Constituição e dos direitos do indivíduo. Optou por fazer o debate no plano do Direito Penal.

Lembrou, em primeiro lugar, que é útil distinguir a prisão temporária da preventiva. “Como o próprio nome indica, (a temporária) tem tem prazo certo.” Já a preventiva, esclarece, é a “medida cautelar mais grave do processo final” a ponto de desafiar uma cláusula fundamental do Direito brasileiro, que é a “presunção da inocência.” Com a clareza de quem acha necessário recordar uma lição básica, o ministro fez questão de lembrar que não se pode aceitar nada que possa ser definido como pré-julgamento, pois a prisão preventiva “não pode, jamais, revelar antecipação da pena.”

Descendo ao pedido concreto de prisão preventiva para Renato Duque, a quem se atribui um lugar estratégico nas investigações em função de possíveis ligações com o Partido dos Trabalhadores, reconhecidamente o alvo político das investigações, Teori faz uma crítica direta: “a fundamentação do decreto de prisão preventiva não está relacionada à conveniência da instrução criminal ou à garantia da ordem pública mas única e exclusivamente à aplicação da lei penal.” Traduzindo para leigos: Zavaski afirma que o pedido de prisão preventiva não se destinava a impedir novos crimes, mas a garantir a punição de um cidadão que, como todos sabemos, até aquele momento, sequer fora denunciado como réu. Mesmo admitindo que sobram “elementos indicativos de materialidade e autoria de crimes graves,” o ministro faz uma referência crítica direta ao juiz Sergio Moro, mencionado no texto como “magistrado de primeira instância.” O ministro lembra que o pedido de prisão está “calcado em uma presunção de fuga, o que é categoricamente rechaçado pela jurisprudência desta corte,” lembrando que nada se apontou de concreto nesse sentido. O ministro lembra ainda que, embora mencione contas no exterior, o pedido de prisão não relaciona medidas que deveriam ter sido tomadas para localizar tais valores.

Num dos parágrafos finais da sentença o ministro cobra isonomia por parte de Sérgio Moro: “o próprio magistrado de prmeiro grau aplicou medidas cautelares diversas da prisão para outros investigados tão ou mais capazes de fazer uso, em tese, de sua condição econômica para evadir-se.”

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/162741/Sentença-de-Teori-é-celebrada-por-juristas.htm

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Costa isenta Dilma e Lula, mas os jornais escondem

 

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Só com lupa, um leitor encontraria uma informação crucial: a de que tanto o ex-presidente Lula quanto a presidente Dilma Rousseff jamais foram informados por Paulo Roberto Costa sobre os desvios na Petrobras; "nunca", disse o ex-diretor da estatal, ao ser questionado pelo deputado Izalci Lucas (PSDB-SP); ele também negou que Lula o chamasse de "Paulinho", como tem sido escrito por diversos colunistas; "é folclore"; para a imprensa familiar, no entanto, nada disso era notícia

3 de Dezembro de 2014 às 11:39

247 - A informação está no décimo-sétimo parágrafo da reportagem da Folha de S. Paulo sobre o depoimento de Paulo Roberto Costa. Uma reportagem, diga-se de passagem, com 19 parágrafos. Ou seja: no antepenúltimo.

É lá que surge um dado interessantíssimo. Segundo Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, o ex-presidente Lula jamais foi informado sobre qualquer esquema de desvios na Petrobras. O mesmo se aplica à presidente Dilma Rousseff.

"Nunca", pontuou Paulo Roberto Costa, ao ser questionado pelo deputado Izalci Lucas (PSDB-DF).

O ex-diretor da Petrobras também negou que Lula o tratasse como "Paulinho", algo que vem sendo repetido à exaustão por colunistas renomados, como Elio Gaspari. "Isso é folclore".

Nada disso, no entanto, pareceu relevante para os jornais da imprensa familiar. A notícia, escondida pela Folha, foi ignorada pelo Estado de S. Paulo. O Globo também noticiou a declaração de Costa no décimo-sétimo parágrafo de uma reportagem de página inteira, com 18 parágrafos – o penúltimo. "Costa negou que seja tratado pelo ex-presidente Lula como 'Paulinho', dizendo que isso é folclore", informa a reportagem de André de Souza e Evandro Éboli.

Eles sabiam de tudo?

As informações prestadas por Costa ganham relevância diante dos crimes de imprensa cometidos durante a campanha eleitoral. Veja, por exemplo, antecipou sua capa e rodou com os dizeres "Eles sabiam de tudo", entre as imagens de Lula e Dilma.

Mais do que simplesmente antecipar uma edição, Veja rodou milhões de exemplares só da capa, que foram transformados em planfletos de campanha, às vésperas e no dia da eleição.

Por isso mesmo, foi condenada a conceder direito de resposta à presidente Dilma no dia das eleições, na maior humilhação já sofrida por um meio de comunicação no Brasil.

http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/162533/Costa-isenta-Dilma-e-Lula-mas-os-jornais-escondem.htm

Manipulação descarada de delação busca o golpe

 

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"O esforço dos meios de comunicação para encontrar — de qualquer maneira — uma ligação da campanha de Dilma Rousseff com os recursos da operação Lava Jato superou um novo limite na fronteira que separa a boa fé da manipulação mais descarada", diz o jornalista Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília; em novo artigo, ele aborda a delação de Augusto Mendonça Neto, da Toyo Setal; "É verdade que o executivo admitiu ter mantido em 2008 uma reunião com o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, na sede do diretório estadual do PT em São Paulo, quando disse que 'gostaria de fazer contribuições' ao partido. Mas Mendonça Neto também disse no depoimento que 'não mencionou a Vaccari que as doações seriam feitas a pedido de Renato Duque' e que seriam fruto de propina. Vaccari então orientou o executivo como doar de forma legal. Ou seja, o PT aceitou a doação na forma da lei. Está lá, entre aspas, na página 8 do depoimento de Mendonça Neto"

4 de Dezembro de 2014 às 05:34

Por Paulo Moreira Leite

O esforço dos meios de comunicação para encontrar — de qualquer maneira — uma ligação da campanha de Dilma Rousseff com os recursos da operação Lava Jato superou um novo limite na fronteira que separa a boa fé da manipulação mais descarada.

Tenta-se, agora, aproximar a delação premiada do executivo Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da Toyo Setal, da campanha presidencial de Dilma em 2010. Todos os jornais destacaram que parte da propina paga para o ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras Renato Duque eram “doações oficiais ao Partido dos Trabalhadores”.

O que se esconde é um aspecto essencial. Mendonça Neto esclareceu no depoimento que não havia informado ao PT do motivo das doações.

É verdade que o executivo admitiu ter mantido em 2008 uma reunião com o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, na sede do diretório estadual do PT em São Paulo, quando disse que “gostaria de fazer contribuições” ao partido. Mas Mendonça Neto também disse no depoimento que “não mencionou a Vaccari que as doações seriam feitas a pedido de Renato Duque” e que seriam fruto de propina.

Vaccari então orientou o executivo como doar de forma legal. Ou seja, o PT aceitou a doação na forma da lei. Está lá, entre aspas, na página 8 do depoimento de Mendonça Neto.

Este é o ponto espantoso. A divulgação seletiva de informações, de modo a atingir adversários e proteger aliados é uma tradição de nossos jornais e revistas. Mas raras vezes se fez isso de forma tão descarada, sem o cuidado sequer de manter as aparências. Vamos combinar que quem é capaz de vazar informações prestadas de caráter confidencial, como consta do documento, deveria, pelo menos, cumprir o dever de prestar um relato fiel daquilo que se disse a Justiça. Afinal, o que se quer é elevar o padrão ético de nossas práticas políticas e econômicas, correto? Ou não?

Outro aspecto é que os jornais preferiram confundir seus leitores ao repercutir a acusação de Aécio Neves que a doação legal ao PT em 2010 poderia tornar “ilegítima” o governo de Dilma Rousseff. No depoimento à Justiça do Paraná, Mendonça disse que as empresas Setec Tecnologia, PEM Engenharia e a SOG Óleo e Gás doaram legalmente R$ 4 milhões ao PT. Não existe nenhuma prova de que esse dinheiro tenha sido usado pela campanha de Dilma porque a legislação eleitoral da época não exigia a identificação da origem dos recursos transferidos entre partido e campanha, a chamada “doação oculta”. Isso só passou a ser obrigatório em 2014.

Com essa obrigatoriedade, sabe-se hoje que seis construtoras ligadas à Lava-Jato e com obras nos governos tucanos de Minas (Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, OAS, Odebrecht e Queiroz Galvão) doaram R$ 34,17 milhões à campanha de Aécio Neves.

Fonte: Brasil 247

CGU abre processos de responsabilização contra oito empreiteiras envolvidas na Lava Jato

As empresas são: Camargo Correa, Engevix, Galvão Engenharia, Iesa, Mendes Junior, OAS, Queiroz Galvão e UTC-Constran.

O ministro de Estado chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, determinou a abertura de processos administrativos de responsabilização contra oito empresas envolvidas na Operação Lava Jato, que desmontou um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas em sua relação com a Petrobras. As empresas são: Camargo Correa, Engevix, Galvão Engenharia, Iesa, Mendes Junior, OAS, Queiroz Galvão e UTC-Constran. As portarias de instauração dos processos foram publicadas hoje (03) no Diário Oficial da União (DOU).

A decisão é resultado da análise, feita pela equipe da CGU, de documentos e informações da investigação da Operação Lava Jato, que foram compartilhadas pela justiça Federal, pelo juiz Sérgio Moro. Em relação às provas analisadas, a CGU se baseou, para a abertura dos processos, não apenas nos depoimentos contidos no material compartilhado, mas principalmente nas provas documentais, como e-mails, notas fiscais, transferências bancárias e registros de interceptações telefônicas, entre outros.

Com base na análise do material compartilhado, a CGU reuniu elementos suficientes para instaurar os oito primeiros processos administrativos com vistas a responsabilizar, de forma individual, as empresas envolvidas nos atos ilícitos. A análise da Controladoria ainda continua, e há a possibilidade de que novos processos sejam abertos contra outras empresas.

A notificação das oito empreiteiras será feita pela Corregedoria da CGU nos próximos dias. Os trabalhos observarão os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa das acusadas. Os processos poderão acarretar, ao final, o impedimento de celebrar novos contratos, a aplicação de multas ou outras penalidades cabíveis, se for o caso.

Assessoria de Comunicação Social

+55 (61) 2020-6740 / 2020-6850 / 2020-7271

imprensacgu@cgu.gov.br

http://www.cgu.gov.br

“Lugar de agressor machista não é nas galerias do Congresso, é na cadeia”

 

A bancada feminina do PCdoB na Câmara cobrará a identificação dos responsáveis pelos xingamentos de “vagabunda” à senadora Vanessa Grazziotin durante a sessão do Congresso Nacional da noite de ontem.

Em nota, a União Brasileira de Mulheres – braço do PCdoB no movimento feminista – exigiu “a punição dos agressores, que podem ser facilmente identificados pelas câmeras de segurança”.

A UBM defende que os responsáveis sejam impedidos de voltar às dependências do Congresso e cobra também uma resposta criminal pelas ofensas. “Violência contra a mulher é crime e lugar de agressor machista não é nas galerias do Congresso, é na cadeia”, diz a nota divulgada nesta quarta-feira.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/lugar-de-agressor-machista-nao-e-nas-galerias-do-congresso-e-na-cadeia/

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

E por falar em Guerra Energética...

 

Putin Ordena tropas para Bunker do em tempos de Guerra; Adverte que "Guerra global está perto"





Um documento sombrio do Ministério da Defesa ( MoD ) em poder do Kremlin hoje afirma que o presidente Putin ordenou mais de 2.000 oficiais militares de topo para novas funções no Centro de Controle de Defesa Nacional (NDCC), que imediatamente começou, de fato, a agir na Rússia a sede de "governo em tempo de guerra" em Moscou por conta da "guerra global que se aproxima".

De acordo com este relatório, a ordem de Putin veio imediatamente após o fim da sua reunião com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em Ancara hoje mais cedo, em que se chegou a um acordo para aumentar o abastecimento de energia da Rússia para a Turquia em troca da promessa de que esse membro da OTAN ficará em neutralidade em qualquer conflito futuro pela Ucrânia.

Importante notar, este relatório diz, é que a crise no país de trânsito fundamental a Ucrânia tem colocado em perigo o fornecimento de gás da Rússia para a Turquia como o inverno se aproxima rapidamente, mas que este acordo permitirá a ser aliviado.

Como havíamos relatado anteriormente em muito, MoD relatórios do início do mês passado parecem mostrar que ele está em preparativos para um ataque blitzkrieg sobre as regiões orientais da Ucrânia e que iria assegurar esses dutos vitais para a Turquia em sua segurança energética.

Ainda mais preocupante, com o NDCC sendo colocado em serviço de combate hoje, este novo centro de controle de tempo de guerra, mandado a construir por Putin em 08 maio de 2013 , é também a nova sede do Centro de Controle de forças nucleares estratégicas que supervisiona questões de uso de armas de destruição em massa, e quando combinado com os 5.000 abrigos adicionais ele mandou construir em Moscou concluído em 2012, parece mostrar a Rússia está se preparando para uma guerra total.

Como a quem a Rússia está se preparando para a guerra contra Putin deixou em dúvida no mês passado, quando afirmou: "Não importa o que os nossos homólogos ocidentais dizem-nos, podemos ver o que está acontecendo. OTAN está descaradamente construindo suas forças na Europa Oriental, incluindo o Mar Negro e as áreas do Mar Báltico. Suas atividades de treinamento operacionais e de combate estão ganhando força ".

E a respeito de porque a aliança ocidental liderada pelo regime Obama está provocando a Rússia para a guerra, uma das melhores explicações, talvez, foi articulada na semana passada pelo ex-assistente especial do presidente Ronald Reagan, e atual membro sênior do Instituto Cato, Doug Bandow , que avisou:

"O princípio de perigo para a América vem de hubris, a convicção de elites norte-americanas que foram ungidas por Deus para governar o mundo. E a sua suposição de que o resto do mundo quer ser dominado por eles. Como resultado, Washington fomenta constantemente hostilidades, gera caos, exacerbam os conflitos, das tentativas de engenharia social, e faz com que as batalhas de outras nações sejam a sua própria. "

Além disso, como o regime de Obama já lançou uma guerra econômica de grande escala contra a Rússia com o The Guardian News Service, em Londres advertindo é um " Jogo altamente perigoso ", devido ao acordo secreto EUA-Arábia Saudita para inundar o mundo com o petróleo baratíssimo, o americano jornalista freelance -Alemão, historiador e pesquisador econômico William Engdahl adverte ainda mais em seu artigo intitulado O estúpido acordo secreto entre Arábia-EUA sobre a Síria :

"A manipulação de preços de petróleo dos EUA-Arábia visa desestabilizar vários adversários fortes das políticas globalistas pró-EUA. Os alvos incluem Irã e Síria, ambos aliados da Rússia na oposição a uma única superpotência norte-americana. O alvo principal, no entanto, é a Rússia de Putin, a maior ameaça hoje para que a hegemonia da superpotência.

A estratégia é semelhante ao que os EUA fizeram com a Arábia Saudita em 1986, quando eles inundaram o mundo com petróleo saudita, caindo o preço para abaixo de US $ 10 o barril e destruindo a economia do aliado da então Soviética, o Iraque de Saddam Hussein e, em última análise, a economia soviética, abrindo o caminho para a queda da União Soviética.

Hoje, a esperança é que um colapso das receitas petrolíferas russas, combinadas com a escolha de sanções picantes projetados pelo escritório do Tesouro os EUA de Terrorismo e Inteligência Financeira irá enfraquecer drasticamente o enorme apoio interno de Putin e criar condições para a sua queda final.

Ela está fadado ao fracasso, por muitas razões, não menos importante, porque a Rússia de Putin tomou importantes medidas estratégicas em conjunto com a China e outras nações para diminuir sua dependência do Ocidente. Na verdade, a arma do petróleo está a acelerar os movimentos recentes da Rússia para concentrar o seu poder económico sobre os interesses nacionais e diminuir a dependência do sistema de dólar.

Se o dólar deixa de ser a moeda do comércio mundial, especialmente o comércio de petróleo, o Tesouro dos EUA enfrentará catástrofe financeira. Por esta razão, eu chamo de guerra do petróleo de Kerry-Abdullah uma tática muito estúpida. "

Obama com seu regime de guerra é Critico notar também sobre essa guerra vindoura que quer o regime Obama contra Rússia é o Exército dos EUA e seu histórico de luta, de modo mais sucinto, declarado pelo Counter Punch News Service que escreveu na semana passada:

"Tenha em mente, os militares dos EUA gloriosos passaram os últimos 13 anos lutando contra pastores de ovelhas em flip-flops no Afeganistão em um conflito que, na melhor das hipóteses, poderia ser caracterizado como um impasse. E agora a Casa Branca quer levar isso para a Rússia? Você pode apreciar a insanidade da política? "

E ao contrário de seu "flip-flop vestindo" inimigos no Afeganistão , the Asia Times News Service nesta semana advertiu que o regime Obama está se preparando para entrar em uma guerra com a Rússia :

Quer brincar de guerra, garoto?

Agora, para a "ameaça" de uma guerra nuclear na Europa - falsa ou de outra forma. É inútil para comparar as capacidades nucleares estratégicas dos EUA e da Rússia com base em números, mas não em qualidade.

Leve o PIB combinado dos Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido e compará-lo para a Rússia; é uma vitória por deslizamento de terra. Em seguida, examine o cenário nuclear estratégico, e é uma história totalmente diferente. PIB por si só não "ganhará" qualquer coisa.

Considere alguns dos princípios básicos:

ICBMs russos armados com MIRVs viajando em cerca de 18 Mach; que é muito mais rápido do que qualquer coisa no arsenal dos EUA. E, basicamente, eles são imbatíveis.

O S-400 e S-500 são problemas em dobro. Moscou concordou em vender o sistema de mísseis S-400 terra-ar para a China. A questão de fundo é isso fará com que Pequim se torne impermeável ao poder aéreo dos EUA, e seus ICBMs e mísseis de cruzeiro. A Rússia, por sua vez, já está se concentrando no state-of-the-art S-500 - que essencialmente torna o sistema anti-míssil Patriot parecido com um V-2 a partir da Segunda Guerra Mundial.

O míssil Iskander russo viaja a Mach 7 - com um alcance de 400 km, transporta uma ogiva 700 kg de diversas variedades, e com uma probabilidade de erro circular de cerca de cinco metros.Tradução: uma arma letal final contra aeródromos ou infra-estrutura logística. O Iskander pode atingir alvos profundos dentro da Europa.

E depois há o Sukhoi T-50 PAK FA. Fale de um verdadeiro futuro próximo divisor de águas.

Em poucas palavras, tanto Moscou e Pequim conhecem a frota de superfície dos está ficando obsoleto - e indefensável. Alguns milhares sistemas S-400 e S-500 são o suficiente para bloquear um ataque nuclear dos EUA. Pense em um lote bolada de S-400s posicionados no enclave de Kaliningrado; que transformaria operações aéreas da OTAN profunda dentro da Europa para um pesadelo absolutamente horrendo. Em cima disso, os bons e velhos caças da OTAN custam uma fortuna. Imaginem o efeito de centenas de aviões de combate destruídos em uma União Europeia já financeiramente devastada e austeridade atormentado até a morte ".

Será que o povo americano está mesmo ciente da guerra global catastrófica que o regime Obama está tentando lançar isso ainda não existe evidência, mas há realmente nenhuma surpresa, já que, mesmo antes da guerra do Iraque ilegal iniciada pelo presidente Bush foi exposta pela agente da inteligência britânica Katharine Gun em de 2003, a mídia dos EUA ainda se recusa a dizer ao seu povo a verdade.

WhatDoesItMean.Com

http://odespertarnews.blogspot.com.br/2014/12/e-por-falar-em-guerra-energetica.html?spref=fb

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Brasil e Uruguai reforçam posições frente ao dólar

 

Brasil, Uruguai, dólar, economia, finanças

Foto de arquivo

Flickr.com/BenjaminThompson/cc-by-sa 3.0

Foto de arquivo

No segundo mandato presidencial de Dilma Rousseff, a economia do Brasil terá certo apoio do Uruguai. O acordo sobre o Sistema de Pagamentos em Moeda Nacional (SML), assinado em outubro e aprovado em 26 de novembro deste ano, visa facilitar operações comerciais internacionais e pagamentos nestes países vizinhos sem a interferência das taxas de câmbio.

O SML entra em vigor a partir desta segunda-feira, dia 1 de dezembro.

Segundo o documento publicado pelo Banco Central do Brasil, será viabilizada a realização em moeda nacional de “operações de comércio internacional de bens e serviços associados a essas operações”, “operações de comércio internacional de serviços diversos não sujeitos ao registro de que trata a Resolução n.º 3.844, de 23 de março de 2010”, e “aposentadorias e pensões e demais transferências unilaterais correntes descritas no Anexo V n.º 3.690, de 16 de dezembro de 2013”.

Os preços em ambas as moedas serão combinados a partir das taxas SML de conversão do dia do registro da operação.

O acordo favorece também a ambas as partes. Segundo o economista Javier de Haedo, citado pela Globo, o novo presidente eleito desse país, Tabaré Vázquez terá que lidar com três desafios principais: o do setor fiscal, o dos preços relativos e o do mercado de trabalho. De acordo com o economista, esses assuntos se devem a “um contexto mundial de transição para um mundo menos amigável para as economias emergentes” que surge no fim da época geralmente positiva do seu antecessor, José Mujica.

O problema da eventual crise econômica ganhou peso de novo durante a corrida eleitoral, com especulações analisando o possível impacto na economia nacional das manifestações de 2013 e 2014 e das altas taxas de inflação e pequenas, de crescimento.

Ambos os países, segundo diversas análises, enfrentam um ano tenso economicamente em 2015.

A autoridade econômica uruguaia, chefiada por Alberto Graña, sublinha que a implementação do acordo vai minimizar o prazo para o processamento de operações e facilitar a inclusão financeira tanto de pessoas físicas, como de empresas.

Por seu turno, a parte brasileira, representada pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, destacou que o sistema vai profundizar os mercados do real e do peso uruguaio e reduzir os custos de transação.

Dólar é prescindível

A esperança geral é que o SML, semelhante ao acordo anteriormente assinado com a Argentina, em 2008, ajude na criação de um espaço econômico independente do dólar estadunidense, eterna aspiração da comunidade latino-americana .

Para a Argentina, o sistema permitiu demostrar que o dólar não é imprescindível. A adesão do Uruguai já separa uma região no mapa do Cone Sul, consolidando um espaço econômico que aspira a ser inovador.

Na América Latina houve outras tentativas de retirar o dólar do comércio regional. Em novembro de 2008, um mês depois da assinatura do acordo com a Argentina, a Aliança Bolivariana para as Américas (ALBA) instituiu o SUCRE, Sistema Unitário de Compensação Regional. Atualmente, nove países fazem parte desta iniciativa. O SUCRE não é propriamente uma moeda, pelo menos hoje em dia (portanto, existem planos relativos a isso), mas um sistema de transações com uma unidade de conta, principalmente virados para o comércio internacional. A Antígua e Barbuda, Bolívia, Cuba, Dominica, Equador, Nicarágua, São Vicente e Granadinas e Venezuela participam desse sistema, como também o Uruguai que, sem ser membro da ALBA, liberou o seu peso para ser convertível para o SUCRE, em 2013.

Deste modo, o Uruguai já tem proteção dupla contra o dólar.

Outras agrupações econômicas que existem no continente, como o Mercosul (Mercado Comum do Sul) e a CAN (Comunidade Andina de Nações), atuam como uniões aduaneiras, com facilitações sociais e econômicas, mas sem moeda própria. Contudo, também agem em prol da integração. Vale lembrar a transferência da presidência rotativa do Mercosul para Buenos Aires, em claro sinal de apoio à Argentina na sua luta contra os “fundos abutre”.

Uniões econômicas que buscam afugentar o dólar não só existem na América Latina. A União Aduaneira, da qual formam parte atualmente a Rússia, a Bielorrússia e o Cazaquistão, está desenvolvendo um sistema de comércio mais livre entre os países membros. Já a Rússia e a Bielorrússia, por sua parte, formam, desde 1996, a entidade que se chama União da Rússia e Bielorrússia, que tem projeto de adotar o rublo como moeda comum.
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_12_01/Brasil-e-Uruguai-refor-am-posi-es-frente-ao-d-lar-2832/

Brasil e Rússia criam espaço científico comum

 

Brasil, Rússia, ciência, cooperação

Foto: Vladimir Kyultygin

Nesta terça-feira, 2 de dezembro, os participantes do Seminário Russo-Brasileiro de Cooperação Acadêmica, organizado no quadro da cúpula de universidades dos países do BRICS, aprovaram um plano de ações conjuntas na área da parceria entre as universidades brasileiras e russas. A delegação brasileira conheceu, particularmente, o projeto russo 5-100, que visa internacionalizar o sistema de educação e pesquisa científica da Rússia.

Foram nomeados os coordenadores do projeto, que irá fomentar a colaboração internacional entre os dois países. Da parte brasileira, é José Celso Freire Júnior, presidente do Fórum de Assessorias das Universidades Brasileiras para Assuntos Internacionais (FAUBAI). E da parte russa, é Elena Chernyshenkova, que chefia o Centro de Marketing Universitário e Recrutamento Acadêmico do 5-100.

Quando uma universidade brasileira quiser realizar uma parceria com a Rússia para realizar projetos conjuntos, pode entrar em contato com o professor José Celso, indicando as áreas em que pretende trabalhar e o nome da universidade ou das universidades com as quais quer colaborar, para iniciar o processo do estabelecimento do contato. Estabelecimentos acadêmicos russos poderão encaminhar os seus pedidos para a professora Elena.

Na fase final do seminário, o moderador da sessão, Fábio Alves, diretor de Relações Exteriores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), explicou que a cooperação atual vai-se desenvolvendo em três áreas principais: a energética (petróleo e gás), a aeroespacial e a biomédica. Já os métodos de cooperação são quatro: a criação de projetos internacionais conjuntos, escolas de verão, mobilidade de pesquisadores e a de estudantes. Também o estudo de línguas (começando pelo inglês, mas implementando também o russo no Brasil e o português na Rússia) foi um dos assuntos destacados.

A lista não é completa, claro, pois cada universidade pode sugerir algo para si e cada projeto tem suas particularidades que podem ajudar a criar novas formas de cooperação. Mas essas ações individuais (porque cada instituição as implementará independentemente das outras, segundo as suas necessidades e possibilidades) são essenciais para começar.

Em breve, depois de um seminário semelhante em São Petersburgo, em 8 de dezembro, os coordenadores da parceria irão divulgar um comunicado final onde os passos seguintes serão relatados. Amanhã, no dia 3 de dezembro, a delegação brasileira encontrar-se-á com o vice-ministro da Educação e Ciência russo, Alexander Povalko.

Os líderes que internacionalizam a pesquisa russa

O evento, que teve lugar no Hotel Nacional, no centro de Moscou, começou com palestras sobre a situação acadêmica nos dois países. Grigori Andruschak, chefe do Departamento Estratégico do Ministério da Educação e Ciência da Federação da Rússia, explicou para a delegação brasileira a história da educação na Rússia. Já o diretor do projeto 5-100, Mikhail Antonov, fez uma breve descrição do projeto.

O projeto 5-100 visa internacionalizar a educação superior e as pesquisas científicas e aplicadas russas. A iniciativa foi proposta pelo decreto presidencial N.º 599 "Das medidas relativas à realização da política estatal na área da educação e da ciência", de 7 de maio de 2007. Uma das cláusulas do decreto lista, entre outros objetivos, o seguinte: "A entrada, até 2020, de pelo menos cinco universidades russas na lista das cem melhores universidades do mundo de acordo com a lista internacional de universidades". Agora, 15 universidades foram escolhidas para formar um núcleo internacional do sistema acadêmico russo. Mesmo se cinco delas se tornarem "líderes", ocupando posições em ratings internacionais, o resto não se perderá de modo nenhum: essas universidades também estarão na vanguarda da educação e da pesquisa científica russa. Terão acumulado uma experiência enorme e útil, com perspectivas de desenvolvimento.

Entre as universidades "finalistas" do projeto, estão as Universidades Federais do Extremo Oriente, dos Urais, de Kazan, Universidade Estatal de Pesquisa de Tomsk, Universidade Estatal de Pesquisa de Tecnologia Informática, Mecânica e Ótica de São Petersburgo, Universidade Nacional de Ciência e Tecnologia MISiS etc.

Da parte brasileira, estavam presentes representantes das Universidades Federais de Pernambuco (UFPE), do Rio Grande do Sul (UFRGS), de Santa Maria (UFSM), de Minas Gerais (UFMG), Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e outras.

Barreiras linguísticas

Os palestrantes notaram em suas comunicações que, para se ter uma parceria acadêmica normal, é necessário que o professor, pesquisador ou estudante convidado tenha uma estadia confortável no país anfitrião. No entanto, nem na Rússia, nem no Brasil se fala muito inglês. "Perto das universidades, sim", corrigiu um participante siberiano, admitindo, contudo, a situação geral.

No entanto, o inglês permanece a língua geral de parceria internacional, quase em todas as áreas. Por isso, é preciso que, pelo menos no ambiente universitário, sempre exista a possibilidade de comunicação livre. Várias universidades russas introduzem, além da preparação de cursos em inglês, cursos de inglês para o seu pessoal, tanto docente como técnico. Um representante russo até falou em português durante o evento.

Cursos em inglês, accessíveis para categorias amplas de estudantes e docentes estrangeiros, permanecem no foco das atenções. No Brasil, disse Anísio Brasileiro de Freitas Dourado, presidente da Comissão de Relações Internacionais da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), não existem cursos completamente em inglês. Nem em espanhol, francês ou qualquer outra língua estrangeira. Mas isso é um dos objetivos que já está na mira, assegurou.

Colaboração para subir na lista

O Brasil e a Rússia são quase vizinhos no rating internacional de atividade científica, a que se referiu o presidente da comissão da ANDIFES. Em 2013, o Brasil ocupou a 13ª posição, a Rússia sendo a 15ª. Os primeiros são os países de língua inglesa: os EUA, o Reino Unido e o Canadá.

Quase todos os representantes de universidades e organizações brasileiras concordaram em que os dois países têm muito em comum. Resta fomentar a mobilidade e a interação mútua. Para isso, é preciso se conhecer melhor, estabelecer contatos permanentes e elaborar um esquema de ações conjuntas para coordenar as pesquisas e reduzir a diferença nas referências. A atuação do grupo BRICS, ajudando a unir os esforços em várias áreas de atividade internacional, deve tornar mais eficiente essa interação e os contatos.

Há contatos que existem e existiam antes. Por exemplo, a universidade russa MISiS tem parceria com a PUC-RJ, uma universidade de Tomsk (na Sibéria), com a USP. A USP também tem parceria com a Universidade Estatal de Moscou Lomonosov, Universidade Estatal Russa Ciências Humanas etc. Há professores de origem russa que trabalham ou trabalharam no Brasil. Mas são casos pontuais e sem coordenação geral.

Já a coordenação mútua da vida acadêmica é um bom instrumento que pode fazer o Brasil e a Rússia subirem na lista mencionada antes, "derrubando" assim os EUA do primeiro lugar. O Brasil, como a Rússia, não se alinha com o sistema educativo de Bolonha, o que dificulta parcialmente o reconhecimento pela comunidade internacional, mais aberta para o sistema unificado já conhecido. Portanto, a coordenação dos esforços, especialmente no aspecto da mobilidade acadêmica, pode permitir um análogo do Erasmus europeu.

Como um dos primeiros passos para o fomento de tal mobilidade, os organizadores do projeto 5-100 organizam uma visit Brasil em abril e maio de 2015, no quadro da conferência da FAUBAI em Cuiabá.
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_12_02/Brasil-e-R-ssia-criam-espa-o-cient-fico-comum-4801/

BRICS Dream: Primeira loja eletrônica para cidadãos e partidários dos BRICS

 

Brics

Colagem: Voz da Rússia

Hoje, o projeto dos BRICS desperta não apenas enorme interesse, mas também grandes esperanças não somente entre especialistas econômicos e políticos, mas também da parte de simples cidadãos dos países-membros do grupo, como fora dos seus limites. O projeto BRICS Dream (Sonho dos BRICS) inscreve-se perfeitamente no quadro dos partidários da união dos BRICS e do mundo multipolar.

Os BRICS não precisam de uma apresentação especial. O grupo foi conhecido desde o início como união econômica que engloba principais potências em rápido desenvolvimento, cujo nome se formou das primeiras letras dos países-membros – BRIC (Brasil, Rússia, Índia, China) e, em 2011, se transformou em BRICS depois da entrada da África do Sul na união, adicionando deste modo mais uma letra ao nome da organização. Hoje, contudo os BRICS não são apenas uma união econômica, mas também uma verdadeira realidade geopolítica que agora já não pode ser posta em dúvida.

O projeto dos BRICS desperta não apenas enorme interesse, mas também grandes esperanças não somente entre especialistas econômicos e políticos, mas também da parte de simples cidadãos dos países-membros do grupo, como fora dos seus limites. Destaque-se em primeiro lugar que todos os países-membros da união são partidários convictos do mundo multipolar que relativamente há pouco se tornou realidade. Ao mesmo tempo, tal como a maioria de cidadãos dos BRICS, uma parte considerável de habitantes do nosso planeta está interessada em reforçar ainda mais esse caráter multipolar. Por outro lado, aqueles que aspiram a voltar à época unipolar representam uma minoria insignificante que integra, em particular, líderes de um certo grupo de países que têm uma grande vontade de fazer retroceder-nos para lá.

O projeto BRICS Dream (Sonho dos BRICS) inscreve-se perfeitamente no quadro dos partidários da união dos BRICS e do mundo multipolar. Foi desenvolvido com o objetivo de tornar-se a primeira marca mundial de vestido tanto para cidadãos dos BRICS, como para todos os partidários da união no mundo. O projeto se tornou real há muito pouco, em novembro do ano em curso. Os artigos que podem ser comprados no site são por enquanto camisetas com símbolos dos BRICS. Mas isso é apenas o início e a escolha irá variar rapidamente no futuro.

O objetivo do projeto, que é comercial e ideológico ao mesmo tempo, consiste em unir mais cidadãos do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e também, o que não é menos importante, em construir para eles uma ponte de ligação com os cidadãos de todo o mundo que apoiam os BRICS ou revelam grande interesse em relação ao grupo. Não se deve esquecer que os BRICS são uma verdadeira alternativa aos existentes sistemas ocidentais não apenas ao nível econômico e financeiro internacional, mas também no plano geopolítico que se formou de fato em alguns últimos anos apesar da resistência muito dura de elites ocidentais que faziam os possíveis para impedir o reforço dessa união.

Ao mesmo tempo, é necessário acrescentar que a união dos BRICS não é e não será mais um clube “privilegiado” de nações “exclusivas” que tenham a vontade de construir sua própria arquitetura fechada. Tais casos já são conhecidos e os BRICS não estão interessados nisso.

Os BRICS têm a vontade de contribuir para a chegada de uma nova era em que os direitos internacionais e o respeito pela soberania dos Estados serão uma norma constituinte, uma era em que um grupo limitado de países ou, mais exatamente, grupos de elite limitados de alguns países que tem cada vez menor apoio de sua própria população não terão capacidades de aplicar abertamente uma política descarada de ditadura em relação à maioria da humanidade.

Os BRICS, em que vivem mais de 3 bilhões de pessoas do nosso planeta, não pretendem no entanto tornar-se novos donos do mundo. Eles, pelo contrário, estão dispostos para as relações justas com outros povos. Os BRICS estão capazes de ouvir outros Estados e de interagir com eles para construir um novo mundo com que muitas pessoas sonham. Esse processo já começou, o que constitui uma das ideias constituintes dos BRICS. É nesse contexto que o projeto BRICS Dream irá desenvolver-se contribuindo para a realização do sonho comum. O lema do projeto: New World, new rules (Novo mundo, novas regras).
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_12_02/BRICS-Dream-Primeira-loja-eletr-nica-para-cidad-os-e-partid-rios-dos-BRICS-8228/

Armando Monteiro diz que governo trabalhará pela elevação da competitividade da indústria brasileira

 

Para o próximo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, anunciado nesta segunda-feira (1°) pela presidenta Dilma Rousseff, seu principal desafio à frente da pasta será elevar a competitividade da indústria brasileira. Segundo Monteiro Neto, a recuperação da competitividade econômica garantirá o crescimento do País nos próximos anos.

"A prioridade central do Mdic é colocar essa agenda da competitividade no centro da agenda do País", disse Monteiro na coletiva. Foto: RafaB/Gabinte Digital - PR.

“A prioridade central do Mdic é colocar essa agenda da competitividade no centro da agenda do País”, disse Monteiro na coletiva. Foto: RafaB/Gabinte Digital – PR.

“Eu acho que a prioridade central do Mdic é colocar essa agenda da competitividade no centro da agenda do País e exercer uma coordenação forte em favor de medidas que concorram para a promoção da competitividade. O avanço dessa agenda é uma condição fundamental para recuperar a competitividade da indústria brasileira, de modo a ampliar as perspectivas de crescimento do País para os próximos anos,” afirmou em entrevista exclusiva ao Blog do Planalto.

O indicado a ministro destacou a execução de reformas microeconômicas que reduzam a burocracia, simplifiquem processos e que melhorem as condições tributárias e de regulação da economia brasileira como uma de suas prioridades. Ele ainda defendeu um novo modelo de financiamento que amplie o acesso das pequenas e médias empresas aos financiamentos provenientes dos bancos públicos.
Monteiro Neto também defendeu a promoção do comércio exterior como um objetivo central da política produtiva brasileira. Para ele, o crescimento das exportações deve se basear na promoção da produtividade e na redução de custos que possibilitem ao Brasil elevar sua competitividade no mercado internacional. Para isso, ele defendeu uma aliança sólida entre governo e o setor produtivo.

Perfil
Entre 2002 e 2010, o novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o senador Armando Monteiro Neto, presidiu a Confederação Nacional da Indústria (CNI). No mesmo período acumulou as presidências do Sesi e do Senai. Além disso, foi presidente da Federação da Indústrias de Pernambuco e do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais Elétricos do Estado de Pernambuco.

http://blog.planalto.gov.br/

SOBRAL – OLHO VIVO | Projeto que aumenta o percentual da Taxa de Iluminação Pública deve ser discutido em Audiência Pública nesta quarta feira(3).

 

Do Bolg do  Bené Fernandes

A CONTA

O Poder Executivo sobralense protocolou nesta segunda-feira, 1º de dezembro, no Setor Legislativo da Câmara de Sobral, o Projeto de Lei nº 048/2014, que traz as novas regras da CIP – Contribuição de Iluminação Pública. Segundo a tabela apresentada no documento, os consumidores que gastam entre 0 a 30 kWh serão isentos. Já os consumidores que gastam entre 31 e 50 kWh pagarão 2% sobre o valor da conta, de 51 a 100 kWh – 4,5%, de 100 a 150 kWh – 6%, de 151 a 200 kWh – 7,5%, de 201 a 300 kWh – 9% e de 301 a 500 kWh – 15%.

O Projeto de Lei deverá ser debatido numa audiência Pública que acontecerá nesta quarta feira(3), ás 9 horas, no plenário da Câmara Municipal de Sobral. Os vereadores contrários ao Projeto prometem apresentar emendas amenizando os índices cobrados.

DETALHE

Atualmente, os consumidores sobralenses já pagam bem caro pela Contribuição de Iluminação Pública Municipal. Na imagem acima está, em detalhes, as informações da conta de energia do mês de novembro com pagamento para 4 de dezembro. Neste mês foram consumidos 264 kWh ao custo de R$ 139,23. Pela CIP deverá ser pago o valor de R$ 20,87, que representa 14,98% do valor da energia. Bem caro, se levarmos em conta que em muitas ruas da cidade a iluminação pública é de péssima qualidade e em algumas áreas ela sequer existe.

Veja o que escreveu o Vereador Gilmar Bastos(PROS), que é contrário ao Projeto, no Facebook:

Vejam a diferença da CIP criada em 2002 pelo então prefeito Cid Gomes, para a CIP que o atual prefeito Veveu Arruda mandou pra Câmara Municipal: Classe Residencial (atual) até 30 kWh isento. (nova) de 0 até 30 isento. (atual) de 31 até 100 kWh 1,21% (nova) de 31 a 50 kWh 2,0% e 51 a 100 kWh 4,5%. (atual) de 101 a 250 kWh 2,8% (nova) 101 a 150 kWh 6,0% e 151 a 200 kWh 7,5%. (atual) 251 a 500 kWh 7,0 (nova) 201 a 300 kWh 9,0% e 301 a 500 kWh 15,0%. (atual) de 501 a 1000 kWh 14,0 (nova) 501 a 1000 kWh 20,0%. (atual) acima de 1000 kWh 29,0 (nova) acima de 1000 kWh 40,0%. Classe não Residencial: (atual) até 30 kWh isenta, (nova) até 30 kWh 3,0%. (atual) de 31 a 100 kWh 2,9, (nova) 31 a 50 kWh 4,0% e 51 a 100 6,5%. (atual) 101 a 250 kWh 7,3%, (nova) 101 a 150 kWh 8,0% e 151 a 200 kWh 12,0%. (atual) de 251 a 500 kWh 16,7%, (nova) 201 a 300 kWh 20,0% e 301 a 500 kWh 30,0%. (atual) de 501 a 1000 kWh 36,9%, (nova) de 501 a 1000 kWh 50,0%. (atual) acima de 1000 kWh 75,0%, (nova) acima de 1000 kWh 90,0%. Confira você mesmo a proposta da prefeitura para a cobrança da nova Contribuição de Iluminação Pública-CIP. Será sem dúvida se aprovado pelo Legislativo, muito pesado para os nossos munícipes! Apresentaremos emendas diminuindo toda tabela para menos da atual que já proporciona saldo positivo para o Município.

Fonte: Sobral em revista.

Unasul quer facilitar circulação de sul-americanos

 

Luana Lourenço – Repórter da Agência Brasil Edição: Beto Coura

O subsecretário-geral da América do Sul, Central e do Caribe, Antonio José Ferreira Simões, fala sobre a reunião da Unasul a realizar-se em Quito, Equador, em 5 de dezembro (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

"Não é trabalho simples, envolve a legislação

de 12 países", diz o diplomata Antônio Simões
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A circulação de cidadãos sul-americanos na região pode ser facilitada e funcionar em sistema parecido com o do Mercosul, em que os cidadãos dos países-membros circulam com documento de identidade, sem necessidade de passaporte e visto. A ideia será debatida durante a Reunião de Cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), nos próximos dias 4 e 5, no Equador.

De acordo com o subsecretário-geral da América do Sul, Central e do Caribe do Ministério das Relações Exteriores, Antônio Simões, a discussão passou por um grupo de trabalho técnico, que terá o relatório aprovado pelos chanceleres da Unasul.

“O grupo de trabalho fez um primeiro mapeamento do que precisa ser feito. O passo que vamos dar agora é dizer que vá adiante e examine as possibilidades de caminhar nessa direção. Não é trabalho simples, envolve a legislação de 12 países, as normativas de 12 países”, explicou.

A Unasul deverá aprovar também o estatuto e o regulamento da Escola Sul-americana de Defesa, que, segundo Simões, funcionará como um “centro de altos estudos, articulado para formação de civis e militares”, com cursos compartilhados e troca de experiências de defesa.

O bloco vai formalizar a criação de uma unidade técnica de coordenação eleitoral, para concentrar as atividades de observação de processos eleitorais na América do Sul. “A ideia é criar uma profissionalização do que são as missões da Unasul. Hoje você tem missões [de observação], mas é importante ter a unidade para criar um padrão Unasul de observação”, avaliou Simões.

A cúpula será dividida em duas etapas: a primeira na quinta-feira (4), em Guayaquil, com os chanceleres. A reunião dos chefes de Estado e de Governo será em Quito, na sexta-feira (5). Os líderes sul-americanos vão inaugurar a sede da entidade, batizada de Néstor Kirchner, em homenagem ao ex-presidente argentino, morto em 2010, e erguida na região conhecida como Mitad del Mundo (Metade do Mundo), porque está acima da Linha do Equador, que separa os dois hemisférios do Planeta.

Durante a reunião, haverá a transmissão da presidência pro tempore (por tempo determinado) da Unasul do Suriname para o Uruguai.

A presidenta Dilma Rousseff embarca quinta-feira, participa da cúpula em Quito e retorna ao Brasil sexta-feira. Ainda não há informação sobre possíveis reuniões bilaterais da presidenta com outros chefes de Estado, nem com o presidente do Equador, Rafael Correa, anfitrião da cúpula. É a primeira vez que Dilma visita o Equador como presidenta.

Na segunda metade de dezembro, Dilma tem outro compromisso da agenda de integração sul-americana: a Cúpula do Mercosul, na Argentina.

Agência Brasil

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Cientistas testam pílula que prolongaria vida até 120 anos

 

Imagine poder adiar o envelhecimento e prolongar a vida até 120 anos. Parece ficção, mas é o que os cientistas da Universidade Estadual de Moscou, Rússia, estão testando. Um novo tipo de antioxidante teria impacto sobre as mitocôndrias, parte das células responsável pela produção de energia e ligada ao envelhecimento. Os dados são do jornal Daily Mail.

Testes com a nova fórmula estão sendo realizados em ratos, peixes e cães. Até agora, os resultados não indicaram um aumento significativo no tempo de vida, apenas um atraso no início do envelhecimento. “Muitas doenças do envelhecimento se desenvolvem muito mais lentamente”, disse o pesquisador Maxim Skulachev.

“As mitocôndrias são responsabilizadas por ataques cardíacos e estão ligadas a doenças como Alzheimer e Parkinson”, explicou Skulachev. “Se verificar que as doenças se desenvolvem mais lentamente, a nossa ideia para combater o envelhecimento por meio da mitocôndria é o caminho certo. Será possível adiar a velhice”, completou.

O pesquisador enfatizou que não acredita em expectativa de vida muito maior, como 800 anos, por exemplo. “Muito provavelmente alguma nova doença vai surgir, vamos dizer que é uma doença típica dos 120 anos. Esse foi o caso do câncer, que era uma doença rara quando povos antigos morriam muito mais jovens.” (Fonte: Terra.

http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2014/12/01/110915-cientistas-testam-pilula-que-prolongaria-vida-ate-120-anos.html

Europa pede de volta ouro depositado nos EUA …

 

Posted by Thoth3126 on 01/12/2014

CONFIANÇA NOS EUA DIMINUI NA EUROPA:

“Os governos em toda a Europa estão nervosos sobre a situação econômica, a situação financeira e a situação monetária global. Eles estão preocupados com os elevados níveis de dívida (especialmente com a dívida dos EUA) em todo o mundo e há preocupações de que poderia haver uma outra crise financeira, isso não é por causa da zona do euro, mas há grandes problemas de dívida enorme no Japão, no Reino Unido, bem como nos EUA”, declarou  Mark O’Byrne executivo da corretora líder mundial de compra e venda de ouro, a Gold Core Mark.

Tradução, edição e imagens:  Thoth3126@gmail.com

O diretor Mark O’Byrne, o executivo e de pesquisa da corretora líder mundial de compra e venda de ouro Gold Core Mark,  afirmou que, como é crescente o receio do enorme nível da dívida dos EUA, Japão e Reino Unido, os governos europeus estão repatriando seu ouro dos Estados Unidos.

Rússia, Moscou, 28 de novembro (Sputnik), por Daria Chernyshova

Fonte: http://sputniknews.com/

Na medida em que cresce o medo com os enormes níveis de dívida nos Estados Unidos, do Japão e do Reino Unido, os governos dos países europeus estão repatriando seu ouro físico dos Estados Unidos, o que poderia levar a preços mais elevados do ouro e um dólar mais fraco, o diretor-executivo e de pesquisa da corretora líder em negócios com ouro do mundo, a Gold Core Mark disse à Sputnik.

“Os governos em toda a Europa estão nervosos sobre a situação econômica, a situação financeira e a situação monetária global. Eles estão preocupados com os elevados níveis de dívida em todo o mundo e há preocupações de que poderia haver uma outra crise financeira, isso não é por causa da zona do euro, mas há grandes problemas de dívida enorme no Japão, no Reino Unido, bem como nos EUA, declarou”  Mark O’Byrne à Sputnik nesta sexta-feira.

A Holanda movimentou 122 toneladas de ouro no valor de US$ 5 bilhões que estavam depositadas em New York, além de demandas similares estão sendo feitos pela França, Suíça e mais cedo pela Alemanha.

“Alguns governos estão nervosos sobre isso e eles estão repatriando seu ouro de volta para seus países, porque há a preocupação de que, em caso de uma crise cambial ou uma crise monetária ou crise financeira, eles não seriam capazes de acessar suas reservas de ouro”, disse O’Byrne.

Em vários países europeus as pessoas estão apelando aos políticos para transferir para casa as reservas de ouro do país. Este domingo, próximo dia 30 de novembro, a Suíça vai realizar o referendo “Save Our Swiss Gold“, que se for aprovado forçaria o Banco Nacional da Suíça para converter um quinto dos seus ativos em ouro e repatriar todos as suas reservas existentes no exterior, a maior parte nos EUA.

Muitas das reservas de ouro da Europa são mantidas nos Estados Unidos devido a razões históricas. Após a Segunda Guerra Mundial, a Europa pensou que era mais seguro manter o seu ouro nos Estados Unidos, mas isso já foi há mais de 70 anos, e os tempos hoje são outros..

“Pois hoje a América (EUA) é o país maior devedor do mundo, e de fato está à beira da falência. Por isso, os países europeus acreditam que é mais prudente manter seu ouro em casa“, disse Mark O’Byrne à Sputnik.

Ao mesmo tempo o regresso ouro irá ter consequências para o preço do metal precioso, bem como para o valor do dólar. O corretor explicou que uma vez que o mercado de ouro é muito pequeno e os governos de todo o mundo estão imprimindo trilhões de dólares, há um ritmo inigualável de impressão de dinheiro, enquanto a quantidade de ouro físico, na verdade, continua a ser muito pequena e estável.

“Então, se todos os países e as pessoas começarem a tomar o seu ouro de volta dos EUA, sendo o mercado muito apertado, potencialmente isso pode levar a uma grande elevação, muito acentuada, dos preços do ouro e assim precipitar uma queda no valor do dólar. E com o tempo, isso potencialmente levará a que as pessoas (n.t. comuns, porque investidores, grandes empresas e a maioria dos países não acreditam mais no dólar) percam a fé no dólar como moeda de reserva global”, concluiu Mark O’Byrne. 

Saiba MUITO mais em:

http://thoth3126.com.br/europa-pede-de-volta-ouro-depositado-nos-eua/

EUA mataram 28 civis para cada execução de terrorista com uso de drones nos últimos dez anos


 

Patrícia Dichtchekenian | São Paulo - 25/11/2014 - 18h50

Dados publicados por grupo de direitos humanos suscita dúvidas sobre impacto de veículos não tripulados e questiona mito da ‘precisão’ desta arma

Em cada tentativa de executar um líder terrorista, drones norte-americanos matam pelo menos 28 civis inocentes. Tal proporção ocorreu nos últimos 10 anos nos seguintes países: Afeganistão, Paquistão, Somália e Iêmen, estima o Bureau of Investigative Journalism. As estatísticas foram compiladas pelo Reprieve, um grupo britânico de direitos humanos, que divulgou os dados nesta terça-feira. (25/11).
CreativeCommons

Embora EUA digam repetidas vezes que bombardeios com drones sejam a mais eficaz das armas, há estudos que provam o contrário
De acordo com o relatório, o método de eliminar terroristas a partir de múltiplos disparos provenientes de veículos aéreos não tripulados apresenta mais efeitos colaterais graves para os direitos humanos do que soluções em longo prazo: de 2004 para cá, 1.147 civis foram mortos na tentativa de assassinar 41 lideranças de organizações como Al Qaeda e Talibã.
“Bombardeios de drones têm sido vendidos para o público norte-americano sob a justificativa de que esses ataques são ‘precisos’. Mas não há nada rigoroso quando isso resulta na morte de centenas de desconhecidos - homens, mulheres e crianças”, critica a advogada Jennifer Gibson, responsável pelo estudo.
Uma das principais armas de guerra na gestão do presidente dos EUA, Barack Obama, os drones suscitam questões acerca da capacidade de precisão da inteligência norte-americana. Nos últimos oito anos, por exemplo, inúmeras foram as tentativas de eliminar Ayman Zawahiri, líder da Al Qaeda no Paquistão: em duas investidas em 2006, pelo menos 76 crianças e 29 adutos foram mortos pelos drones, comprovando a ineficiência da ferramenta.
Reprodução/notabugsplat.com

Vista aérea do rosto da criança, instalação de artistas no Paquistão para protestar contra drones dos EUA, em abril de 2014

Secretário de Defesa dos EUA pede demissão por divergência de estratégia na luta contra EI

O Paquistão, aliás, é um dos principais alvos dos aviões não tripulados norte-americanos: no país, drones assassinaram 24 lideranças terroristas, mas isso veio concomitantemente à morte de ao menos 874 civis, dentre os quais 142 crianças.
No entanto, há muitas mortes de terroristas que não conseguem realmente ser confirmadas. Há ocasiões, por exemplo, que algumas baixas são registradas e contabilizadas duas vezes. Em outras, a identidade do alvo também se revela errônea.
Além disso, há casos em que líderes são encontrados mortos em circunstâncias diferentes de ataques aéreos. Paralelamente, existem sérios problemas com a análise de dados de ataques de drones dos EUA, já que muitas ofensivas ocorrem embaixo do pano oficial.
Reprodução

O gráfico Pitch Interactive contabilizou ataques e mortes com drones no Paquistão, clique aqui para ver a multimídia
"O presidente Obama precisa ser direto e franco com o povo norte-americano sobre o custo humano deste programa", afirma Gibson ao jornal The Guardian. "Se até mesmo o seu governo não sabe quem está dentro dos sacos de corpos a cada vez que uma ofensiva dá errado, as alegações de que este é um programa com rigor de precisão me parece um absurdo”, acrescenta.
No ano passado, um levantamento que pode ser visto no gráfico interativo "Out of Sight, Out of Mind" mostra que, dos mais de 3 mil mortos contabilizados pelo projeto desde 2004, apenas em 1,5% dos casos houve confirmação de ligações com atividades terroristas.
Como esses bombardeios acontecem em zonas de guerra perigosas e com pouca cobertura midiática, é difícil contar com apenas dados de militares norte-americanos que são muitas vezes as únicas fontes no local e podem manipular o número real de baixas, distorcendo o impacto dos drones nesses países.

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/38640/eua%20mataram%2028%20civis%20para%20cada%20execucao%20de%20terrorista%20com%20uso%20de%20drones%20nos%20ultimos%20dez%20anos.shtml

Piada tucana. Senador acusado de fraude em 11 processos pede IMPEACHMENT DE DILMA

 

MarioCouto

O senador Mário Couto (PSDB-PA) chamou o povo brasileiro a apoiar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Para o senador, a presidente cometeu crime de responsabilidade quando aprovou a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, pela Petrobras. Mário Couto contrastou a “administração desastrada” do PT, que teria “levado a Petrobras à falência e derrubado o mercado de ações”, com o empenho do partido em enviar grandes quantias a ditaduras estrangeiras.

No ano de 2010 a empresa estava avaliada pelo mercado em 380 bilhões de reais, mas, após essa irresponsável e lastimosa operação, hoje vale 179 bilhões de reais. Quebraram a empresa, destruíram a empresa, desvalorizaram a empresa, e o povo brasileiro perdeu seu dinheiro – afirmou o senador.

Couto, no entanto, é réu em 11 processos, sendo acusado, inclusive, de corrupção. Leia abaixo:

Senador Mário Couto (PSDB) pediu impeachment de Dilma. Ele é acusado de fraude em 11 processos

O senador Mário Couto (PSDB-PA) pediu o impeachment da presidente Dilma Rousseff por causa da compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, em 2006. O requerimento será protocolado na Câmara dos Deputados.
Quem é Mário Couto ? O Senador é réu no STF por corrupção
(fonte:diário do Pará)

O Ministério Público do Estado do Pará enviou à Procuradoria Geral da República as provas coletadas contra o senador Mário Couto (PSDB) ao longo de mais de um ano de investigação. Couto é acusado de envolvimento em desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa no período em que presidiu a casa. Pelo menos onze processos licitatórios teriam sido fraudados entre os anos de 2004 e 2007. Os desvios somam, segundo cálculos do Ministério Público Estadual, R$ 13 milhões.

Também está sob análise na Procuradoria Geral da República a denúncia por racismo e abuso de autoridade feita contra o senador pela assistente-administrativa Edisane Gonçalves de Oliveira, 34 anos. Em depoimento no Pará Edisane acusou o senador de tê-la ofendido chamando-a de “preta”, “safada”, “macaca”,“vagabunda” entre outros palavrões. A assistente-administrativa denunciou Couto e a coligação “Reconstruindo Salinas”, alegando violação do Código Eleitoral ( valer-se o servidor público da sua autoridade para coagir alguém a votar ou não votar em determinado candidato ou partido). A agressão teria ocorrido porque Edisane se recusou a fazer propaganda política do candidato a prefeito apoiado por Couto.

Graças ao foro privilegiado do senador, o o caso foi enviado ao Supremo Tribunal Federal. Em setembro do ano passado, foi distribuído para ministro Celso de Mello.

Couto tornou-se réu em dois processos no STF. O primeiro diz respeito ao crime eleitoral e o segundo por injúria e abuso de autoridade, conforme informações disponíveis na página do Supremo na internet (ao lado). Como de praxe, a denúncia foi remetida à Procuradoria Geral. A assessoria da Procuradoria informou na semana passada, que, assim como as denúncias de fraudes na AL, os dois processos estão sob análise.

FRAUDES

Entre as provas enviadas pelo Ministério Público do Pará à Procuradoria estão as que se referem ao escândalo que ficou conhecido como “Tapiocouto”. Uma das formas de desvio era o pagamento de serviços não realizados feitos a empresas fantasmas que pertenciam a então servidores da casa.

A mais famosa das empresas foi a Croc Tapioca que, segundo os promotores vendia “do feijão ao avião” para a AL. Por ser senador da República, Couto tem foro privilegiado na esfera criminal e por isso, as provas foram encaminhadas à Procuradoria Geral, mas as denúncias de desvio de recursos públicos já tiveram desdobramentos na Justiça Estadual.

Isso porque, o foro privilegiado não se aplica ao julgamento por improbidade que pode obrigar o senador, a devolver aos cofres públicos o dinheiro desviado. No Pará, os promotores apresentaram denúncia contra Couto.

Ele é réu em três ações. “Para nós, a improbidade está provada. Esperamos que a Procuradoria se convença da existência de crime porque isso reforça nossa ação aqui”, diz o promotor Nelson Medrado. Com base nas provas coletadas pelo MP, o juiz da 1ª Vara Civil decidiu bloquear, no ano passado, os bens do senador e de mais 38 pessoas, entre elas a deputada Cilene Couto (PSDB), filha de Mário. Hoje, parte do bloqueio de bens permanece.

O senador pode movimentar apenas a conta do Banco do Brasil em que recebe o salário do Senado que deve ser usado para as despesas básicas como alimentação. Todos os outros bens móveis e contas correntes permanecem bloqueados. O objetivo é impedir a transferência para terceiros e com isso garantir que, em caso de condenação, o senador possa ressarcir os cofres públicos.

Intimidação a juiz após ter os bens bloqueados

Furioso com o bloqueio de bens, Mário Couto investiu contra o juiz Elder Lisboa, responsável pelo caso. Em novembro do ano passado, logo depois da decisão, Couto usou um jornal local para divulgar gravações que mostravam uma suposta tentativa de extorsão feita pelo advogado Paulo Hermógenes em nome de Lisboa. Segundo o senador o juiz teria pedido R$ 400 mil para livrá-lo das ações envolvendo as fraudes na AL.

Couto não apresentou as gravações que disse ter à Justiça e o episódio foi visto como uma tentativa de intimidar o juiz, que recebeu apoio de entidades de classe como Associação dos Magistrados do Pará.

VINGATIVO

Na época, a entidade que representa os juízes do Estado afirmou que a denúncia tinha “nítido caráter vingativo, natural de pessoas que sofrem imposições coercitivas de um Poder Judiciário que não se vincula a cargos ou interesses escusos, especialmente supondo-se inatingíveis por mandatos”.

Após a divulgação das gravações, o próprio magistrado foi ao Ministério Público do Estado pedir apuração e tomou a iniciativa de disponibilizar à Corregedoria e à Presidência do Tribunal de Justiça do Pará a quebra dos seus sigilos bancário e telefônico. Dias depois, o advogado, negou que tenha pedido dinheiro ao senador em nome do juiz. Admitiu que teve encontros com Couto, mas disse que não se lembrava da conversa porque estaria bêbado. O depoimento do advogado também foi enviado pelo Ministério Público do Pará à Procuradoria Geral em Brasília.

O promotor Nelson Medrado, um dos cabeças da investigação das fraudes na AL também foi vítima de Couto, que chegou a fazer pronunciamento no Senado acusando-o de agir movido por questões pessoais. Couto teria se negado a efetivar a esposa do promotor em cargo na AL. O caso foi à Justiça, o que deu ganho de causa para a mulher de Medrado.

No site do STF, o senador Mário Couto figura como réu por crime eleitoral e por abuso de poder e injúria, tendo como vítima Edisane Gonçalves. Já entre as provas enviadas pelo MPE à Procuradoria contra Couto estão as que se referem ao escândalo conhecido como “Tapiocouto”: os desvios de recursos públicos eram feitos através de pagamentos de serviços não realizados por empresas fantasmas de servidores da casa, como a Croc Tapioca. Rol de crimes e ameaças – como as feitas contra o promotor Nelson Medrado (à direita) lembra o passado de contravenção (foto abaixo), quando Couto liderava o jogo do bicho em Belém e ameaçava delegados.

Família de Edisane foi perseguida pelo senador
O cinismo e a arrogância de Mário Couto não têm limites quando ele pratica seus crimes. Foi assim que o homem que virou piada em Brasília e em todo o Pará deixou a população de Salinópolis boquiaberta e indignada, em setembro do ano passado, ao proferir palavrões racistas e ameaças contra a assistente administrativa Edisane Gonçalves de Oliveira, de 34 anos, só porque ela negou-se a deixar que asseclas do senador colassem cartazes de campanha nas paredes da residência dela.

Não satisfeito em humilhar e ofender a humilde mulher, Mário Couto, num tresloucado gesto de abuso de poder, típico de tiranetes de província, mandou prender o açougueiro Ivanildo de Lima Correa, companheiro de Edisane. Conhecido por Vando, o rapaz foi preso em flagrante sob a acusação de manter 42 quilos de carne e frango “impróprios para consumo”, acondicionados em um freezer. Pura perseguição, inclusive utilizando do aparato do Estado, sob o argumento de que o açougue infringia as normas sanitárias.

“Eu apenas revidei às ofensas do senador”, relatou Edisane na polícia, ao denunciar as agressões praticadas pelo senador que enlameia o nome do Pará em Brasília. Além de chamá-la de “preta”, “safada”, “macaca” e “vagabunda”, o tucano ainda mandou a mulher “se f….” diante de seus cabos-eleitorais e senhoras perplexas que assistiam à patética cena em uma rua do bairro Cuiarana.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ainda estuda o que fazer com o inquérito policial que foi remetido pelo promotor de Salinópolis, Mauro Mendes de Almeida, que em razão de o senador usufruir de foro privilegiado – ou seja, só pode ser processado pelo procurador-geral -, deixou de denunciá-lo à Justiça. A tarefa cabe a Gurgel, que tem a oportunidade de passar a limpo um caso que teve repercussão em todo o país

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