segunda-feira, 15 de setembro de 2014

O bolo cresce e cresce mais na base

 

Quem está lá cima não percebe o fermento na base

Mariana Mainenti e Sonia Filgueiras do “Brasil Econômico” entrevistaram Marcelo Neri, Ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos:

http://brasileconomico.ig.com.br/brasil/2014-09-15/pais-tem-a-maior-queda-de-desigualdade-nos-ultimos-dez-anos-diz-neri.html


Um dos mais respeitados estudiosos do tema da pobreza no Brasil, o ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Marcelo Neri, revela que a desigualdade no país voltou a diminuir, apesar do baixo crescimento. E poderá mostrar os melhores resultados dos últimos dez anos. “Em 2014, a desigualdade observada está caindo no ritmo de um relógio”, comparou o ministro em entrevista ao Brasil Econômico. Além de explicar que existe um descolamento entre as séries econômicas mais tradicionais, em particular o Produto Interno Bruto (PIB), e as séries de indicadores baseados em renda, ele afirma que há uma “mudança profunda” ocorrendo no país, que não é mostrada pelos números macroeconômicos.

Estamos em uma situação de crescimento lento há algum tempo. Isso está prejudicando os ganhos sociais obtidos nos últimos anos?

Até agora não, de uma maneira até surpreendente. Na verdade, existe um descolamento entre as séries econômicas mais tradicionais, em particular o PIB, e as séries de indicadores baseados em renda — a começar pela própria média de renda desde o fim da recessão de 2003 para cá. O PIB cresceu 27,8 %, a renda média na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) cresceu 51,7%. Uma diferença de 24 pontos percentuais, quase o dobro de 2003 a 2012. Mas em 2012, por exemplo, a renda da Pnad cresceu 9% e o PIB cresceu 1%. A diferença foi até maior. Se dermos sequência com os dados da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), que não são tão abrangentes do ponto de vista geográfico e do conceito de renda, veremos um descolamento ainda maior. O fenômeno do descolamento entre séries econômicas e sociais também fica mais forte quando incorporamos, por exemplo, a renda mediana per capita — a renda do João, ou da Maria. Ela cresceu 78% de 2003 a 2012. Já a renda dos 10% mais pobres, cresceu ainda mais: 106,6%. Ou seja, nesse período, a Pnad média cresceu quase duas vezes mais que o PIB. A renda mediana, que já incorpora um pouco do efeito-desigualdade, cresceu três vezes mais que o PIB. E a renda dos 10% mais pobres cresceu quatro vezes mais que o PIB. No período recente, eu diria que esse descolamento é ainda maior, considerando os dados da PME. Por duas razões: primeiro, há um descolamento do mercado de trabalho — muitos têm falado sobre isso (referindo-se ao baixo desemprego, apesar do fraco desempenho econômico). Em segundo lugar, a desigualdade segue em queda, uma queda bastante forte. Eu diria que, em 2014, a desigualdade observada está caindo no ritmo de um relógio. De acordo com a PME, ela está caindo 0,1 ponto percentual por mês, todos os meses de 2014, até julho, como um relógio. Eu estou fazendo o cálculo só com quatro regiões metropolitanas da PME. São os dados disponíveis, ainda não temos as seis regiões por causa da greve do IBGE. Em minha avaliação, é até uma medida conservadora. Se incorporarmos o aumento do Bolsa Família (o governo anunciou a correção de 10% nos benefícios do programa), que é um programa bem focalizado nos mais pobres, o efeito vai ficar maior. É a maior queda dos últimos dez anos.

Em 2014 poderemos ter, então, a maior queda da desigualdade…
Dos últimos dez anos. Já estamos tendo — pela PME, com as limitações que ela tem. As indicações já mostram isso. O efeito pode se refletir na Pnad 2014, ou não. Mas a PME mostra uma queda. Na verdade, a desigualdade vem caindo desde 2001. O ano excepcional foi 2004, foi o começo do crescimento com redução da desigualdade. Em 2012 (última Pnad disponível) observamos uma estabilidade no Gini (Índice de Gini, que mede a desigualdade na distribuição de renda), mas que precisa ser relativizada. O Gini ficou parado porque a renda dos 5% mais ricos cresceu. A partir de março de 2013, ele voltou a cair, considerando os dados da PME. Agora, desde o começo do ano está caindo ainda mais. Essa marca de redução da desigualdade continua. Também diria que o crescimento da média da renda do trabalho, que teve alguma desaceleração em 2013, voltou.
(…)


Há uma série de medidas que foram tomadas, como a desoneração da folha (de pagamentos) e a desoneração da cesta básica. Não se tem o contrafactual que nos mostre qual seria o mercado de trabalho caso não tivessem sido tomadas — e tem gente que fala: “Isso não ajudou a relançar a economia”. Mas eu digo: talvez tenham ajudado a proteger os ganhos sociais. Há os efeitos de uma política educacional, ênfase no ensino técnico, uma recuperação de salários, que é função também do efeito educação. E há um crescimento da média da renda das pessoas, a despeito da desaceleração do crescimento do PIB.

Tem aí um conflito capital x trabalho, não?
Mas que não é tão grande. O bolo está crescendo, mas crescendo mais na base. Tem mais fermento na base. Os ganhos foram maiores na base do que topo. A participação do trabalho na renda subiu quatro pontos de porcentagem nos últimos anos, mas não é uma revolução. É uma mudança. Uma mudança benigna. Ninguém teve perdas absolutas.
(…)

Estamos em recessão?

O brasileiro não está em crise. O desemprego está num nível historicamente baixo. A inflação é um problema? É um problema, sem dúvida, a gente não pode descuidar dela, mas estão ocorrendo ganhos do salário real.
(…)
Quanto está crescendo? O que está por trás do crescimento? É crescimento de produtividade? Afirma-se que há um cenário insustentável de crescimento da renda, do salário real em relação à produtividade. As pessoas falam: “A produtividade no Brasil está crescendo menos do que o salário”. Eu falo: “Não é verdade!”. Sei que sou uma voz dissonante, mas pego as séries nominais: estão crescendo à mesma taxa. Eu apanho à beça porque falo isso. Mas faz parte.


E do ponto de vista do resultado, o sr. acha que está muito bem…

Até agora, até julho de 2014 o resultado social, o bem-estar da população, tal como medida de bem-estar, é o seguinte: se olharmos para a média, o desempenho é ok; se olharmos para os mais pobres, o desempenho é muito bom; e se olharmos para o topo da distribuição, é um desempenho ruim, porque a desigualdade está caindo.
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O governo vive hoje uma situação de restrição fiscal e os analistas apontam que os gastos que mais aumentaram foram os sociais. Discute-se que tem que haver uma nova regra do salário-mínimo. Que risco esse debate representa para os ganhos?
O ponto importante que não tem sido enfatizado é que dispomos de uma tecnologia que consegue conciliar restrição fiscal e entrega de resultado de uma maneira muito boa, que é o Bolsa Família, e principalmente depois dos upgrades que foram feitos, como o Brasil Sem Miséria. Apostar mais nessas tecnologias é uma maneira de lidar com essa restrição fiscal. O Bolsa Família custa 0,53% do PIB. Uma expansão do programa como tivemos este ano não impacta quase o orçamento, mas pega 25% da população mais pobre. Há no Brasil uma busca por novas tecnologias sociais. A restrição fiscal te obrigar a usar as melhores tecnologias, o que é muito bom.

Em suas análises, o sr. mostra como o Bolsa Família e a ascensão à classe média ajudaram a movimentar a economia. É possível manter esse movimento?
Estou apresentando um trabalho que mostra o efeito multiplicador do Bolsa Família sobre o trabalhador por conta própria, sobre o empreendedorismo na base, que é um aspecto ligado à oferta (agregada da economia). Os resultados são muito interessantes. O Bolsa Família gerou um aumento de 10 pontos de percentagem no empreendedorismo entre os beneficiários.
(…)
O nosso Gini ( que mede desigualdade de renda – PHA) ainda é o 18º em 155 países do mundo. Temos uma desigualdade muito grande. Temos a foto (a situação) e o filme (o processo de melhora). As fotos brasileiras ainda são muito ruins. É por isso que esse debate não pode ser abandonado. Eu discordo da visão de que “desde 2001 a desigualdade está caindo, fizemos o nosso trabalho”. Não, a missão não está terminada. Temos agora que incorporar novos ingredientes a esse arsenal de políticas e acho que são elementos de oferta.
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Se a sua renda subiu de R$ 1 mil para R$ 2 mil e você sabia viver com R$ 1 mil, sobrevivia, é uma mudança gigantesca. E o que está por trás dessas mudanças é que as mulheres estão tendo menos filhos, esses filhos estão indo para a escola, depois estão conseguindo emprego, com carteira assinada. Há um ganho estrutural que as pessoas não estão percebendo. Tem analistas que só ficam olhando para as contas nacionais. Se você olha para as pesquisas que vão à casa das pessoas ou conversa com as pessoas, vai ver que, na base da distribuição, tem uma mudança na distribuição dos ativos. Ela já aconteceu e agora precisa continuar.
(…)

A agenda da SAE é tornar mais sólida essa transformação?
Temos o desafio, por exemplo, de uma agenda de educação na primeira infância, que é fundamental. A maior taxa interna de retorno social é uma educação de primeira infância bem feita. Inclusive beneficia as mães. Está fazendo uma política de creches por causa das mães ou das crianças? Resposta: todas as alternativas acima, embora eu confesse que a minha preocupação maior seja com as crianças. O que me fez vir trabalhar no governo foi uma reunião da qual participei na transição, como convidado externo, na qual eu comecei a ver ênfase sobre crianças, sobre novas tecnologias. Eu cutucava o Ricardo Paes de Barros (especialista no estudo da pobreza e subsecretário de Ações Estratégicas da SAE), a meu lado: “Você tá ouvindo isso? Pode ser que não seja verdade, mas o que você queria ouvir melhor do que isso?”. Saí e falei: “Pode ser que nada disso seja implementado. Mas eu vi uma direção aqui muito interessante”. E essa direção está sendo assumida: construção de creches, o Brasil Carinhoso — um desenho de política voltado para as crianças, e que ajuda as mães das crianças a arrumarem emprego. É um programa de creche bem desenhado, resultado de pesquisas aqui da SAE, que aumenta a renda permanente das mães em R$ 180. Eu estou falando de uma agenda ligada às pessoas. Mas ela não está descolada da agenda de crescimento da economia.
Por que é difícil ver as mudanças?
Se há pessoas que não conseguem enxergar o grau de profundidade da mudança estrutural que está havendo, talvez seja por estarem muito distantes da base. Como no Brasil ainda tem muita desigualdade, às vezes quem está em cima olha e pensa: “Esse sujeito aí está morando num barraco, ganhando Bolsa Família…”. Mas você vai conversar com esse sujeito, ver o que as pesquisas mostram. “Qual a sua prioridade? Quer comprar carro? Não, quero ir para a faculdade. Eu não vou conseguir ir, mas a minha filha vai”. Você vai na outra casa e pergunta: “Você tem computador?”. “Não, mas a minha filha tem. Ela está fazendo curso técnico”. Tem uma mudança profunda na base do Brasil. O Brasil do novo milênio é o Brasil antigo. Esse é o Brasil que prosperou. Mas precisa prosperar mais. Aqueles que querem entender o Brasil sem olhar para a base ou sem olhar a cabeça das pessoas, vão ter dificuldades.

O sr. vê a inclusão nas agendas dos três principais candidatos à presidência?

Prefiro não me posicionar em relação a nenhum candidato, prefiro olhar para a sociedade como um todo. A sociedade brasileira nunca teve uma medida de desigualdade tão baixa, de polarização tão baixa. Melhorou desde 2001 e estamos, de fato, no melhor nível de escolarização, de desigualdade. Mas não se pode ter complacência em relação a isso. Não estamos muito melhor do que estávamos 50 anos atrás. Pioramos muito durante o milagre (econômico), um pouco nas décadas posteriores, depois melhorou. Se o Brasil está melhorando, e somos uma democracia, é porque a população quer ou de alguma forma apoiou isso.
O sr. sempre menciona o otimismo do brasileiro. Esse traço se mantém?

Nós acabamos de levantar os dados de 2014, do Gallup. Nas nove vezes que a pesquisa foi a campo (de 2006 a 2014, maio de 2014 foi a última) o brasileiro é o que dá a maior nota de satisfação para a sua vida daqui a cinco anos. A última nota foi 8,8. A de 2013 foi 8,8 também. Nunca deixou de ser o primeiro lugar. Os jovens, esses mesmos que participaram das demonstrações, nunca deram uma nota abaixo de 9 na média. O brasileiro é assim. Eu sou brasileiro, sou otimista, positivo sobre o futuro e detestaria morar num país com pessoas pessimistas. Mas acho que um dos problemas do Brasil é que o brasileiro é muito otimista.

É um problema?
Para a SAE, até certo ponto, é um problema. Porque como você vai convencer o sujeito a fazer a tal poupança financeira, investir mais em educação? É uma contradição em termos. Agora, se você fala para o brasileiro dar uma nota para o país, para a cidade, a nota é bem pior. Nós somos otimistas sobre a nossa própria vida, somos otimistas e individualistas. Precisamos fazer a construção coletiva. Precisamos de uma combinação: sem perder essa positividade, sermos mais prudentes, investir mais. Isso (o otimismo) talvez atrapalhe. Os nossos grandes problemas hoje são problemas coletivos, de relacionamento. O problema da violência, por exemplo: precisa envolver três níveis de governo. O transporte urbano também envolve um problema coletivo de coordenação. São questões de coordenação entre governos e com a sociedade. Não é trivial. A boa notícia é que o Brasil vem mudando. Eu tenho presenciado em cada Pnad essa transformação. Foi surpreendente. No começo da década, o gráfico da desigualdade era como o eletrocardiograma de um morto, não se mexia. Aí, ano após ano ela vem caindo, com crescimento da renda das pessoas.
(…)

O sr. falou da preocupação com poupança. Que instrumentos a SAE estuda para incentivá-la?

É necessário ter uma mudança cultural e de oferta de dispositivos (de poupança), de educação financeira para mudar a cultura, para as pessoas usarem melhor esses dispositivos. Um desses instrumentos é curso de educação financeira vinculada ao ensino médio. Precisamos de uma agenda de microcrédito na base da distribuição.
http://www.conversaafiada.com.br/politica/2014/09/15/neri-bolo-cresce-e-cresce-mais-na-base/

Economia brasileira: Bird, OCDE e Unctad desmentem mortos-vivos neoliberais

 

Por Osvaldo Bertolino

O Banco Mundial (Bird) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) — órgão das Nações Unidas para o comércio e desenvolvimento — acabam de dizer que o Brasil e a China são os motores do emprego no mundo. O relatório anual da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) diz que apenas o fortalecimento da demanda agregada pelo crescimento real dos salários e pela distribuição de renda mais igualitária poderão romper o longo período de baixo crescimento. Ou seja: a candidata à reeleição Dilma Rousseff está muito mais sintonizada com o mundo das coisas reais do que seus opositores, que sonham com a ressurreição de práticas neoliberais que castigaram impiedosamente o país.

Nunca antes na história deste país se viu um debate eleitoral com a economia tão presente. E a inesgotável capacidade da direita brasileira, com o inestimável auxílio de alguns setores de "esquerda", de se engajar em discussões cujos resultados se enquadram na clássica categoria rodriguiana do óbvio ululante tem pautado o assunto recorrentemente. Por trás do debate aparentemente técnico, em que "especialistas" são chamados a contribuir com suas "análises objetivas", contudo, há um cenário político complicado para a oposição. A prova incontestável disso é que a mídia e seus produtos supostamente informativos — editoriais, programas de entrevistas, análises de articulistas, notícias e pesquisas de opinião — estão caprichando nos chutes a torto e a direito.

Na verdade, não é de hoje que essa verdadeira indústria do "achismo" — na qual se chega ao ponto de falar de economia ao mesmo tempo em que se explica a noção de juros inscrita no metabolismo dos seres vivos, como ocorreu em um programa Roda Viva, da TV Cultura, com o economista Eduardo Gianetti da Fonseca, guru econômico da candidata Marina Silva — dos megacartéis de "opinião pública" que deitam falação em nome da "sociedade" sem ter recebido nenhuma procuração explícita de algum conhecido seu ou meu para representá-lo vem engolindo os dados da economia brasileira de forma atravessada. E a pessoa que presencia regularmente insultos, ataques pessoais, intrigas, falsidades, invenções, erros de fato e mentiras, puras e simples, não tem como se defender.

Realidade do Nordeste

A alavanca desse procedimento é a superestimação das mazelas do país com a intenção deliberada de criar o pessimismo e o derrotismo. Cultiva-se então o que o cientista social Albert Hirschman, alemão radicado nos Estados Unidos, batizou de fracassomania. Ele criou a expressão depois de ter conhecido de perto a situação de países como Itália, Colômbia e Brasil. Ao comentar o assunto para numa revista econômica italiana em 1994, Hirschman contou como desenvolveu o conceito. "Na Colômbia, a primeira reforma agrária promovida nos anos 1930 pelo governo de Alfonso López sempre foi interpretada como um fracasso total quando, pelo contrário, os dados que eu recolhia indicavam com clareza que nas zonas rurais se haviam produzido mudanças em sentido positivo", disse.

No Brasil ele se debruçou sobre a realidade do Nordeste, uma área onde se dizia que as obras públicas feitas para combater a seca apenas teriam produzido corrupção e uma grande dilapidação de dinheiro. "Parecia que tudo havia fracassado e que de todos os esforços não havia ficado nada. No entanto, olhando melhor, via-se desenvolvimento, algo progredia", afirmou. Hirschman conta que, quando foi escrever sobre o assunto, ressoavam nos seus ouvidos frases recorrentes, tais como "povera Itália" ("pobre Itália"), que ele se cansou de ouvir no tempo em que viveu ali.

A fracassomania representa, diz ele, um desconhecimento da bagagem de conhecimentos produzida pelo passado, uma convicção de que tudo o que foi feito se transformou num fracasso. Ele cita como outro exemplo o fato de os intelectuais latino-americanos de direita terem resistido sempre a reconhecer que os trinta anos gloriosos que se seguiram a 1950 representaram um período de ascenso das sociedades. Quando finalmente reconheceram, foi para poder dizer: Agora sim, as coisas estão indo terrivelmente mal! No debate eleitoral, essa técnica é usada para alimentar o derrotismo eleitoreiro para que as transformações no país não sejam percebidas.

Dose cavalar de invectivas

A comentarista de assuntos econômicos das Organizações Globo, Miriam Leitão, por exemplo, decretou que o programa Bolsa Família estaria trazendo "mais prejuízos do que benefícios para os brasileiros" e foi desmentida logo em seguida pelo Banco Mundial (Bird) e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Ela e outras sempre bem informadas autoridades em abobrinhas misturam, em seus diagnósticos fracassomaníacos, economia, política e uma dose cavalar de invectivas para alimentar ondas de boatos de toda ordem. Nesse coquetel entram os ingredientes mais diversos e disparatados entre si — qualquer coisa serve, desde que faça volume. Entram “denúncias” requentadas, “denúncias” que estão paradas há tempos e “denúncias” que talvez um parlamentar oportunista faça algum dia.

Para além da eclética e deletéria boataria, dissemina-se pelo país um sentimento de Armagedom, uma mistura de bravatas, foguetórios e pouquíssima substância. Quando os fatos são revelados, no entanto, suas conclusões se transformam em episódios patéticos. Analisemos, por exemplo, os dados parciais da geração de empregos em agosto deste ano, quando foram criados 101.425 postos de trabalho, divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. A mídia se apressou em dar manchetes esfuziantes sobre a queda de 20,54% quando comparado ao mesmo mês de 2013, relegando para segundo plano a geração de 751.456 novos postos de trabalho em 2014.

Mais e melhores empregos

O número, na verdade, se comparado com a realidade da economia mundial, deveria ser festejado. O Bird acaba de dizer que o Brasil e a China são os motores do emprego e advertiu que o mundo precisa criar 600 milhões de postos de trabalho até 2030 apenas para lidar com o aumento da população. “Não há dúvidas de que há uma crise de emprego generalizada”, destacou Nigel Twose, chefe da delegação do Bird na reunião dos ministros do Trabalho e do Emprego do G20, na Austrália. “Os países do G20 necessitam de mais e melhores empregos para um crescimento sustentável e para o bem-estar das suas populações”, destacou um documento da organização, cuja divulgação antecedeu a reunião ministerial dos dias 10 e 11.

Twose também mencionou o Brasil como exemplo de redução das desigualdades salariais. “Igualmente perturbador é estarmos vendo o aumento das desigualdades salariais e de rendimentos em muitos países do G20, apesar de terem sido alcançados progressos em algumas economias emergentes, como Brasil e África do Sul”, disse ele. O documento, compilado com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) — órgão das Nações Unidas para o comércio e desenvolvimento —, diz que há cerca de 100 milhões de desempregados nos países do G20 e 447 milhões são “trabalhadores pobres”, vivendo com menos de US$ 2 por dia.

O Bird destaca ainda, que, apesar da modesta recuperação econômica em 2013-2014, o crescimento global deve manter-se abaixo da tendência, com quedas previstas num futuro próximo, enquanto os fracos mercados de trabalho forem restringindo o consumo e o investimento. “Não há um truque de mágica para resolver esta crise do emprego, quer nos mercados emergentes, quer as economias desenvolvidas”, disse Twose. O Brasil, contudo, vem atravessado relativamente bem esse cenário de turbulência graças a medidas adotadas no ciclo que o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira vem chamando de “novo desenvolvimentismo”, um enfrentamento ao “imperialismo neoliberal” iniciado com a eleição de Luis Inácio Lula da Silva para a Presidência da República em 2002.

Mercados emergentes

No auge da atual crise internacional, em 2009, Lula disse em um encontro empresarial Brasil-Chile, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) com a presença da presidente chilena, Michelle Bachelet, que o Brasil enfrentaria a crise fortalecendo seus laços comerciais sobretudo com a América Latina. “A diversificação dos investimentos de produtos é uma garantia contra a crise; é preciso acabar com a ideia de apostar na loteria o tempo todo”, disse ele. “Antigamente, era chique dizermos que íamos para Paris, Londres ou Estados Unidos fazer acordo de negócios. Esse é o momento de fortalecermos o comércio na América Latina”, afirmou o presidente.

Para Lula, os empresários brasileiros deveriam prestar mais atenção às oportunidades de negócio nos mercados emergentes. “Se uma pessoa pegar um pedaço de pano e vender na avenida Paulista ou nos Jardins, as chances dele conseguir negócio é praticamente zero. Agora, se ele for no Jardim Miriam ou na Vila Carioca, onde eu morei, a chance cresce bastante”, comparou. “Não quero ser ufanista, mas a crise já está ficando uma coisa do passado. O Brasil já estava arrumado e o país fez o que tinha que fazer. Está na hora de a gente construir um marco regulatório de verdade para destravar definitivamente nosso país”, completou.

Demanda doméstica

O Brasil, evidentemente, não vem atravessando a crise totalmente incólume. Mas o resultado da sua economia, levando-se em conta o cenário internacional, é incontestavelmente positivo. E quem diz isso é ninguém menos do que o relatório anual da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), que traz uma previsão considerada bastante otimista para o país. O crescimento econômico da ordem de 1,3% previsto em 2014 é muito superior à média de projeções do mercado financeiro — que trabalha com a expectativa de apenas 0,48%, segundo a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira (8).

Esse crescimento, obviamente, está muito aquém das necessidades brasileiras. Mas ele está alinhado com outros países da região — abaixo de outros emergentes, porém — e reflete, além dos efeitos da crise internacional, fatores internos. "A América Latina desacelera e reflete o desempenho da Argentina, Brasil e México. A demanda doméstica perdeu o ápice e choques externos também afetaram", diz o documento, que prevê para o conjunto latino-americano uma expansão do PIB de 1,9% em 2014.

A Unctad alerta que, seis anos após o início da crise mundial, “o retorno às políticas de sempre não foi capaz de lidar com as causas profundas da crise”, referindo-se ao predomínio do sistema financeiro na dinâmica da economia global. “A continuidade do domínio financeiro sobre a economia real e a persistência do declínio da participação do salário no produto são simbólicos da incapacidade de enfrentar as causas da crise e sua recuperação anômala”, adverte o relatório. Para a organização, apenas o fortalecimento da demanda agregada pelo crescimento real dos salários e pela distribuição de renda mais igualitária poderão romper o longo período de baixo crescimento.

Políticas inadequadas

O estudo considera fraco o crescimento de 2,5% a 3% da economia mundial esperado para 2014, pouco melhor do que em 2012 e 2013 — 2,3%. E culpa as políticas inadequadas adotadas pelos países ricos. Segundo a Unctad, o crescimento do comércio global, pouco acima de 2% em 2012, 2013 e no início de 2014, continua inferior ao da produção global, devido à fraca demanda mundial. E acrescenta que isso não é fruto do aumento das barreiras comerciais ou dificuldades do lado da oferta. “Os esforços para estimular as exportações por reduções de salários e desvalorização interna são autodestrutivos e contraproducentes, especialmente se vários parceiros comerciais seguirem esta estratégia simultaneamente”, alerta.

A chefe da delegação argentina na reunião ministerial de Trabalho e Emprego do G20, Marta Novick, também defendeu o aumento do salário mínimo como estratégia de crescimento econômico e de garantia social. O salário mínimo argentino, que teve este ano um aumento de 31%, figura como “uma contribuição para a macroeconomia porque os recursos que chegam aos mais pobres traduzem-se em uma maior procura, produção e crescimento”, disse ela.

Ciclo virtuoso de geração de riqueza

Esse relatório deveria ser leitura obrigatória para os economistas conservadores, especialmente os gurus de Marina Silva e Aécio Neves. A política econômica acertada do Brasil e reconhecida pelo Bird-OCDE e pela Unctad baseou-se na constatação de que com a escassez de crédito internacional as agências de fomento — como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) — deveriam priorizar o investimento nos empreendedores nacionais para criar emprego e renda, de forma a sustentar um ciclo virtuoso de geração de riqueza e expansão da capacidade produtiva.

Para a candidata Marina Silva, no entanto, o Brasil errou ao fazer essa opção. “Eles querem continuar colocando R$ 500 bilhões no BNDES para dar para meia dúzia de ungidos que são escolhidos pelo governo para serem os campeões”, disse ela em entrevista o jornal Valor Econômico de quinta-feira (11). Ela sustenta que o “crescimento pífio que o governo ostenta” se deve ao “descrédito” do Brasil no cenário internacional, o responsável pelo “baixo investimento” no país. “Quando as demais economias do mundo começam a se recuperar do tsunami com que foram assoladas — e que o governo dizia que era apenas uma marolinha —, o Brasil vive o tsunami de não ter feito o dever de casa”, afirma ela, contrariando os dados do Bird-OCDE e do relatório da Unctad.

O dever de casa de Marina Silva

O dever de casa seria a decantada “independência” do Banco Central (BC). Segundo Marina Silva, Lula começou a governar de forma obediente aos ditames financeiros internacionais, mas logo perdeu as rédeas e a economia brasileira mergulhou no poço, chegando ao seu fundo no governo da presidenta Dilma Rousseff. “O presidente Lula, quando ganhou o governo, quis dar um sinal forte para a sociedade brasileira de que os instrumentos da política macroeconômica seriam preservados. Fez isso com uma Carta aos Brasileiros, convidando Meirelles (Henrique Meirelles, ex-presidente do BC), e durante seu primeiro governo tivemos o cumprimento dessas metas. No seu segundo governo, as coisas já foram se depreciando. No governo da presidente Dilma estão chegando ao fundo do poço”, analisou.

Segundo ela, a autonomia de fato que o BC conquistara no período dos governos de Fernando Henrique Cardoso (FHC) agora está completamente desacreditada. “A autonomia do Banco Central hoje é para recuperar credibilidade, para que o país volte a ter investimentos, volte a crescer. Foi tão depreciada no atual governo, que Eduardo Campos anunciou que iria buscar formas de institucionalização dessa autonomia”, disse ela.

Outra constatação da Unctad que contraria Marina Silva é a colaboração Sul–Sul, também reconhecida como oportunidade para que as nações em desenvolvimento intensifiquem o comércio regional e se fortaleçam mutuamente. “Uma agenda de desenvolvimento pós-2015 não será factível sem a disponibilidade de mais instrumentos e maior flexibilidade na definição de políticas”, afirma o estudo ao propor uma reforma efetiva da arquitetura financeira global, que garanta financiamento mais estável e de longo prazo público e privado para as economias pobres.

Práticas dos governos neoliberais

O “Programa de Governo” da candidata de oposição, contudo, afirma que esse caminho não levou a nada de bom. “Não se configurou, enfim, a anunciada decadência do Ocidente e uma ascensão definitiva dos países emergentes. A sorte destes últimos parece depender menos de profecias do que de políticas acertadas em produtividade, inovação, participação em cadeias produtivas e acordos seletivos de comércio”, aponta o documento, indicando que o Brasil deve seguir, prioritariamente, os ensinamentos das economias dos Estados Unidos e da União Europeia.

Além de uma “atualização” das relações com os Estados Unidos, diz o “Programa de Governo” de Marina Silva, o Brasil precisa aproveitar o “largo potencial para o adensamento da relação estratégica com a União Europeia”. Segundo o documento, ao privilegiar a relação política com os países em desenvolvimento o governo brasileiro errou inclusive em questões como direitos humanos. Advogando pontos de vista marcadamente contrários aos interesses dos povos que lutam por seus direitos, o texto afirma que, “em torno daqueles valores (direitos humanos e garantias fundamentais), que são universais, justifica-se que alarguemos nossos horizontes, contribuindo, como é tradição de nossa diplomacia, para a formação de consensos sem vícios ideológicos e confrontações estéreis”.

A verdade é que o neoliberalismo agravou a crise do sistema capitalista ao exacerbar a desigualdade entre classes e nações, a concentração de renda e as contradições sociais. Ao tomar o rumo progressista em 2002, o Brasil ajudou a despachar esse modelo perverso — com expressões de pesar e desapontamento da mídia e da direita em geral —, moído por índices vergonhosos de injustiças sociais, pela violência, pela inépcia geral da administração e pelo que existe de pior na política. As práticas dos governos neoliberais fizeram seus defensores perderem o odor de santidade com o qual se apresentavam ao público.

Receituário amargo

A presidenta Dilma Rousseff tem feito discursos consequentes ao dizer que a crise brasileira é complexa e diz muito mais respeito às mudanças qualitativas que precisam ser operadas e aos imperativos da conjuntura internacional do que ao que pode ou não fazer um presidente. A crise iniciada em 2007-2008 pode dar novos sobressaltos a qualquer momento. E o Brasil precisa se prepar para evitar a volta daquele triste espetáculo protagonizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que aportava por aqui com botes salva-vidas carregados com bilhões de dólares e seu receituário amargo para o povo. O Brasil da “era FHC” pagou um preço caríssimo por seguir o receituário que a candidata Marina Silva — assim como Aécio Neves — quer ressuscitar: lei de falências que castigaram as empresas nacionais, aperto orçamentário que arrocharam os investimentos estatais e as políticas públicas, privatizações que fragilizaram a soberania nacional e desregulamentação das relações de trabalho.

Com a tentativa da oposição de fazer ressurgir o neoliberalismo morto e enterrado pelo ciclo de governos progressistas na América Latina, os brasileiros precisam meditar e analisar esses fatos de forma criteriosa. Não apenas porque a saúde econômica do país está em jogo, mas, sobretudo, para melhor refletir sobre os destinos do país. A edificação de uma sociedade menos injusta começa pela via política. Será por esse meio que construiremos as bases para uma economia em desenvolvimento. Para isso, é preciso ser perseverante. Partidos, sindicatos, associações populares e outros canais democráticos deverão concentrar esforços no entendimento dessa realidade para criarmos as alavancas que irão impulsionar esse grande projeto nessas eleições de 2014.

http://grabois.org.br/portal/noticia.php?id_sessao=8&id_noticia=13344

EX-DIRETOR DA PETROBRAS CITA CID GOMES EM LISTA DE PROPINA, DIZ REVISTA ISTO É

 

O ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, personagem central de uma investigação da Polícia Federal e do MPF (Ministério Público Federal) sobre suposto esquema de corrupção na estatal, revelou a procuradores e fontes consultadas pela "IstoÉ" pelo menos quatro novos nomes, de acordo com a revista.

Eles constariam, segundo a reportagem, na lista de políticos que receberam propina em um esquema de desvio de dinheiro público da estatal a partir de contratos superfaturados.

A matéria da "IstoÉ", publicada na noite desta sexta-feira (12), cita os nomes do governador do Ceará, Cid Gomes (Pros); do senador e candidato ao governo do Mato Grosso do Sul, Delcídio do Amaral (PT); do senador e candidato a vice-governador no Rio, Francisco Dornelles (PP); e do deputado federal e candidato à reeleição no Rio Eduardo Cunha (PMDB).

A revista não apresentou documentos nem especificou as circunstâncias em que os nomes foram citados.

'Não sei quem é Paulo Roberto', diz Cid Gomes

Ao UOL, a assessoria de Cid Gomes argumentou que as informações contidas na matéria são apenas boatos. Por meio de sua assessoria, o governador do Ceará corroborou palavras ditas à reportagem da "IstoÉ": "Não sei quem é Paulo Roberto. Nunca estive com esse cidadão e sou vítima de uma armação de adversários políticos". Por fim, informou que pretende processar a revista por calúnia.

A assessoria de Delcídio do Amaral também informou que "já está tomando providências cabíveis" contra o veículo de comunicação. O petista negou todas as acusações e classificou a matéria como "esdrúxula".

Cunha, em seu Twitter, afirmou no dia (12) que o seu nome foi "citado a esmo" e "de forma leviana" na reportagem. "Óbvio que desafio a mostrar qualquer fato real", escreveu o peemedebista. O deputado federal declarou, ainda, que vai processar a revista e que não foi procurado para dar a sua versão.

Dornelles, por sua vez, não foi localizado pela reportagem do UOL. De acordo com com a "Isto É", o senador fluminense também negou as acusações.

Delação premiada

O relato de Costa, que comandou a seção de Abastecimento e Refino da Petrobras de 2004 a 2012, à Polícia Federal é resultante de uma delação premiada negociada com procuradores da República.

O ex-dirigente da estatal --investigado pela Operação Lava Jato da PF, que apura esquema bilionário de lavagem de dinheiro-- está preso desde junho.

As gravações com os depoimentos de Costa foram divulgadas em reportagem da revista "Veja" em 6 de setembro. A revista citou, na ocasião, 12 nomes de políticos como beneficiários do esquema.

Segundo a "Veja", o ex-diretor citou um ministro, três governadores, seis senadores e pelo menos 25 deputados.

Postado por WILSON GOMES

domingo, 14 de setembro de 2014

Cid Gomes se reuniu com delator do escândalo da Petrobras

 

Imagem mostra o governador ao lado do ex-diretor preso da estatal.

Redação
jornalismo@cearanews7.com.br

Ao contrário do que disse à Istoé desta semana, o governador Cid Gomes (PROS) se reuniu com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Segundo reportagem da revista, mais quatro políticos teriam sido mencionados em depoimentos do delator, como beneficiários de propinas provenientes de negócios da Petrobras, entre eles, Cid..
"Não sei quem é Paulo Roberto. Nunca estive com esse cidadão e sou vítima de uma armação de adversários políticos", disse Cid.
Mas, a imagem prova exatamente o contrário: Cid Gomes esteve ao lado do ex-diretor preso da Petrobras, numa mesa de reuniões. A imagem é de péssima qualidade, mas é possível constatar que Paulo Roberto é o que está sentado à esquerda de Cid.
A imagem é de reportagem publicada pelo Diário do Nordeste, e na época discutia-se a implantação de uma refinaria de petróleo no Ceará. O então todo poderoso da Petrobras foi recepcionado no gabinete do governador Cid Gomes.
Com Blog do Josias.

Brasileiro não desiste nunca

O dia 11 de setembro de 2014 entrou para história da Luta Olímpica brasileira. Aline Silva conquistou a primeira medalha do país em um campeonato mundial sênior, na manhã desta quinta-feira, em Tashkent, Uzbequistão, sede do  Campeonato Mundial Sênior 2014. A brasileira ficou com a medalha de prata na categoria olímpica até 75kg da Luta Feminina e comemorou o feito inédito para o país, que jamais tinha chegado tão longe em qualquer estilo da modalidade, seja nos Estilo Livre, Greco-romano ou na Luta Feminina.<br /><br />“Fiquei muito feliz com essa conquista. Estamos trabalhando há muito tempo para isso e sabíamos que uma hora a medalha viria. Graças a Deus entrei confiante e concentrada em todas as lutas e conseguir essa medalha que é muito importante para o país", afirmou Aline, que em 2014 já havia vencido a etapa do Golden  Grand Prix de Paris.<br /><br />A brasileira realizou quatro lutas para conquistar a medalha. Na primeira, venceu por encostamento, golpe que encerra imediatamente o combate, a atleta Gulmira Ismatova, do Uzbequistão. Depois passou pela colombiana Andrea Olaya com uma vitória por 7 a 0. Na sequência uma luta emocionante contra  a atleta da Mongólia, Burmaa Ochirbat. Aline esteve atrás no último round do combate, mas conseguiu reverter e fazer 5 a 2. Na final, a brasileira terminou com a prata, após uma luta que poderia ter ido para cada um dos lados e terminou 2 a 1 para americana Adeline Gray.<br /><br />Fonte: Confederação Brasileira de Lutas Associadas

Aldo Rebelo

O dia 11 de setembro de 2014 entrou para história da Luta Olímpica brasileira. Aline Silva conquistou a primeira medalha do país em um campeonato mundial sênior, na manhã desta quinta-feira, em Tashkent, Uzbequistão, sede do Campeonato Mundial Sênior 2014. A brasileira ficou com a medalha de prata na categoria olímpica até 75kg da Luta Feminina e comemorou o feito inédito para o país, que jamais tinha chegado tão longe em qualquer estilo da modalidade, seja nos Estilo Livre, Greco-romano ou na Luta Feminina.

“Fiquei muito feliz com essa conquista. Estamos trabalhando há muito tempo para isso e sabíamos que uma hora a medalha viria. Graças a Deus entrei confiante e concentrada em todas as lutas e conseguir essa medalha que é muito importante para o país", afirmou Aline, que em 2014 já havia vencido a etapa do Golden Grand Prix de Paris.

A brasileira realizou quatro lutas para conquistar a medalha. Na primeira, venceu por encostamento, golpe que encerra imediatamente o combate, a atleta Gulmira Ismatova, do Uzbequistão. Depois passou pela colombiana Andrea Olaya com uma vitória por 7 a 0. Na sequência uma luta emocionante contra a atleta da Mongólia, Burmaa Ochirbat. Aline esteve atrás no último round do combate, mas conseguiu reverter e fazer 5 a 2. Na final, a brasileira terminou com a prata, após uma luta que poderia ter ido para cada um dos lados e terminou 2 a 1 para americana Adeline Gray.

Fonte: Confederação Brasileira de Lutas Associadas

‘Dar autonomia ao Banco Central significa entregar a principal autoridade monetária brasileira para o mercado’, diz professor da UnB

 

Dar autonomia ao Banco Central pode significar a interdição completa da agenda de uma reforma tributária progressiva, que contribua com a justiça social

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Por Najla Passos, via Carta Maior

Dar autonomia ao Banco Central pode significar a interdição completa da agenda de uma reforma tributária progressiva, que contribua com a justiça social. Quem afirma é o professor da Pós-graduação em Políticas Públicas da Universidade de Brasília (UnB), Evilasio Salvador, autor do estudo “As implicações do sistema tributário brasileiro nas desigualdades de renda”, lançado nesta quinta (11) pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc).

O professor lembra que o conceito de banco central independente faz parte do ideário liberal. “O Banco Central é um instrumento, uma autoridade reguladora fundamental. Dar autonomia a ele significa você entregar a principal autoridade monetária brasileira para o mercado. É entregar o sistema financeiro para os bancos, ou seja, deixa-lo fora de qualquer controle democrático da sociedade e de quem será eleito para governar de fato”, explica.

Ainda de acordo com ele, o ideário liberal também propõe um modelo específico de sistema tributário. “Se um governo caminha com ideias liberais, no sistema tributário ele tende a adotar desregulamentações, desonerações, e não tocar nas questões centrais que provocam a alta concentração de renda do país. Ou seja, uma possível independência do Banco Central tornaria ainda mais bloqueada uma agenda de uma reforma tributária mais progressiva”, alerta.

Pressão popular
Evilasio Salvador acredita também que, na atual conjuntura política brasileira, uma reforma tributária que torne a cobrança de impostos mais progressiva e justa só será possível com pressão popular e já no início do próximo governo. “Eu só vejo essas alterações possíveis nos seis, sete primeiros meses de governo e com forte apoio da sociedade para que o sistema tributário seja instrumento para a construção de uma sociedade mais justa”.

Isso porque, segundo ele, o debate sobre a reforma tributária é sempre apropriado por dois viés: a questão de classe e a federativa. “Primeiro, discute-se quem vai pagar a conta no final da história? Porque, no Brasil, quem mais reclama da carga tributária, que vai à televisão, que monta impostômetro, é quem menos paga impostos. Então, qualquer modificação é muito difícil porque implica em uma redistribuição de renda pela ótica tributária, o que significa você dizer que o patrão vai pagar, proporcionalmente, mais tributos do que seus empregados”, explica.

O outro entrave, conforme o professor, é a questão federativa. “Dificilmente, qualquer governo que não tenha os governadores dos estados alinhados ao poder central vai conseguir ter força no congresso nacional para fazer as modificações necessárias. A pressão popular sobre o parlamento, portanto, é fundamental”, argumenta.

http://paranacomdilma.com/

O PIG não mostra ►Brasil é um dos poucos países do mundo a continuar ofertando trabalho

 

manoeldias

Brasília - A geração de empregos no Brasil teve em agosto o melhor desempenho dos últimos três meses. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mede o nível do emprego formal celetista a partir dos desligamentos e admissões nas empresas, foram divulgados nesta quinta-feira (11) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias (foto) e apontam para a abertura de 101.425 novas vagas. Foram 1.748.818 admissões contra 1.647.393 demissões. No ano o País soma 751.456 novos empregos e se firma como um dos poucos países do mundo a continuar ofertando trabalho, mesmo em meio a uma das piores crises internacionais da história.

“O desempenho foi positivo em muitos setores, com destaque para indústria de alimentos, onde foram agregadas 13 mil novas vagas. A indústria química e a indústria da madeira também cresceram, junto com a de papelão e celulose, o que é considerada pelos analistas um indicativo de melhoria na economia, pela produção de embalagens. Como havíamos previsto, o ritmo das demissões na indústria de transformação continua caindo. O saldo deste mês foi de apenas um terço do saldo do mês anterior, pois houve alta na atividade industrial em muitos setores, contrariando muitas previsões que têm sido feitas por ai”, comentou o ministro. Segundo o cadastro, no mês, a indústria perdeu 4 mil vagas. O setor que mais gerou empregos foi novamente o de serviços, com 71,2 mil novas vagas. Esse desempenho está associado, segundo o ministro, à importância crescente dos serviços no dia-a-dia dos brasileiros.

O comércio também se destacou este mês, gerando 40 mil novas vagas. Esse desempenho está associado ao nível de consumo e a preparação do setor para as vendas de final de ano. “Devemos ter também a contratação de temporários nos próximos meses, o que deve manter a geração de postos aquecida”, citou Manoel Dias, lembrando que a Confederação Nacional do Comércio estimou, esta semana, a contratação de mais de 137 mil temporários para o final de ano.

Mercado aquecido - A retomada dos lançamentos de novos empreendimentos imobiliários, segundo o ministro, também está aquecendo o emprego na construção civil. Esse mês o aumento nas vagas foi de 2,39 mil, com destaque para as áreas de preparação dos empreendimentos, o que indica que o setor deve continuar demandando mão de obra nos próximos meses, para o início das construções. O setor também está reagindo às medidas de estímulo ao crédito, que visam manter esse mercado aquecido.

Sazonalidade - O final do ciclo do café, em Minas Gerais e no interior de São Paulo, deixou o saldo de empregos na agricultura negativo em 9 mil postos, mas com tendência de recuperação para os próximos meses. O setor começa a se preparar para as safras de verão, como as de soja e milho e sente os reflexos da procura internacional pela carne brasileira, que vai demandar mais insumos para a alimentação das criações. “A indústria de alimentos foi a que mais contratou este mês”, lembrou o ministro.

Norte e Nordeste - O Caged de agosto também confirma a melhoria no nível de emprego nas regiões mais carentes do País. Em relação ao estoque de empregos, as regiões Norte e Nordeste foram as que mais abriram novas vagas no mês. Entre os destaques está o Ceará, com 9,5 mil novas vagas, Pernambuco com 8,5 mil novas vagas e Alagoas com 4,2 mil novas vagas. No Pará, o mês registrou 5 mil novas vagas.

CAGED - O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED foi criado pelo Governo Federal, através da Lei nº 4.923/65, que instituiu o registro permanente de admissões e dispensa de empregados, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. O Cadastro serve como base para a elaboração de estudos, pesquisas, projetos e programas ligados ao mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que subsidia a tomada de decisões para ações governamentais. É utilizado, ainda, pelo Programa de Seguro-Desemprego, para conferir os dados referentes aos vínculos trabalhistas, além de outros programas sociais.

Assessoria de Imprensa

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sábado, 13 de setembro de 2014

“O PIB é um indicador medíocre”

 

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Ladislau Dowbor ironiza mídia e “especialistas” que dizem analisar situação do país apoiando-se em dado parcial, distorcido e socialmente enviezado

Entrevista a Catia Santana, no Jus Economico | Outras Mídias

A tímida previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil tem tomando conta do noticiário econômico deste ano. O indicador que mede a soma anual dos bens e serviços produzidos, não mede, no entanto, resultados ou progressos obtidos pelo País. Para Ladislau Dowbor, professor titular no departamento de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, nas áreas de economia e administração, formado em economia política pela Universidade de Lausanne, Suiça; Doutor em Ciências Econômicas pela Escola Central de Planejamento e Estatística de Varsóvia, Polônia (1976), consultor para diversas agências das Nações Unidas, governos e municípios , “o PIB é uma cifra que, tecnicamente, ajuda a medir a velocidade que a máquina gira, mas não diz o que ela produz, com que custos ambientais e nem para quem. É ridículo tentar reduzir a avaliação de um País a um número, isso não faz nenhum sentido”. Em entrevista para o Jus Econômico o professor, fala dos avanços econômicos e sociais alcançados pelo Brasil nas últimas décadas, a importância de se investir nas pessoas e que apesar dos avanços que transformaram o “andar de baixo da economia” ainda há um longo caminho a ser percorrido para a redução das desigualdades do país.

Jus Econômico – Tem sido divulgado amplamente o fraco crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, em 2014. Crescimento fraco de PIB no Brasil é preocupante? Por quê?

Seria bom crescer mais, ponto. Agora o objetivo fundamental é as pessoas viverem melhor, o PIB não mede os resultados, mede a intensidade de uso dos recursos. Enquanto o PIB atingiu o recorde em 2010 [ano em que fechou o ano com 7,5%], a Amazônia teve cinco mil quilômetros quadrados derrubados [de floresta], isso gera atividade econômica, isso aumenta o PIB só que é nocivo para o País porque está reduzindo os estoques. Quando são jogados pneus, carcaças de fogão no rio Tietê e isso obriga o estado a contratar desassoreamento dos rios, isso aumenta o PIB. Quando aumenta a criminalidade, mais gente compra grades, cadeados e contrata gente que apita na rua, isso está aumentando o PIB. Quando se melhora o nível de saúde da população e crianças adoecem menos, compra-se menos medicamentos e há menos hospitalização, ocorre redução no PIB e não aumento. Então é importante entender que o PIB não mede resultado, mede a intensidade de uso dos recursos e as pessoas pensam que o PIB é bom porque o associam ao emprego. O que está acontecendo é uma coisa curiosa porque as pessoas ficam confusas sobre como é que o PIB, que ano passado teve crescimento razoável 2,2%, 2,3%, que está na média mundial, este ano, talvez seja um pouco mais fraco e mesmo assim ainda temos situação de pleno emprego. Na realidade, a composição do Produto [Interno Bruto] está mudando. Nós tivemos, por exemplo, mais de três milhões de pessoas a mais que entraram nas universidades, o Pronatec está com seis milhões e meio de pessoas que passaram a estudar, tivemos uma grande expansão do ingresso na educação em geral, houve um conjunto de investimentos no nível de conhecimento da população. Quando se faz esse investimento de formar as pessoas, vai haver uma nova geração que em dez ou quinze anos será muito mais produtiva, mas o aumento da produtividade das pessoas não é hoje ele vai se dar. Enquanto essas pessoas não entrarem no mercado produtivo, nós continuaremos com uma mão de obra em que o analfabetismo funcional atinge mais de um terço da mão obra que temos o que mantém a produtividade relativamente baixa. Então, fazendo a política certa, é natural e compreensível que não reflita imediatamente no PIB porque se está investindo nas pessoas e na futura capacidade produtiva delas.

A conclusão de que um país é rico ou não, para muitos, passa muito também pela avaliação do seu PIB . O PIB é um bom indicador de riqueza de um país?

O PIB não é indicador de riqueza, inclusive ele não mede sequer a riqueza. Porque para medir riqueza, se mede patrimônio. Nosso PIB não mede os US$ 520 bilhões de fortunas brasileiras em paraísos fiscais e não mede inclusive, a concentração do patrimônio, de quem controla a terra, de quem é dono de qual parte do país, por exemplo. O PIB mede apenas a intensidade de uso de recurso durante um ano, mede apenas o fluxo. Quando se aumenta o estoque de riquezas do país, ele se torna mais rico. Colocando mais carros nas ruas de São Paulo, onde fica todo mundo paralisado, gastando mais gasolina aumenta o PIB, mas não está melhorando a situação das pessoas. Quando apenas se mede quantos carros foram vendidos e quanto dinheiro circulou durante o ano e não o estoque, tem-se o Produto Interno Bruto que é uma medida anual, não mede a riqueza que é o patrimônio. Inclusive, trabalhamos com o Marcio Pochmann [economista] tempos atrás o conceito de qualidade do PIB, quando, por exemplo, se faz investimento em saúde preventiva que é muito mais produtivo e ajuda com que as pessoas não fiquem doentes, não se aumenta PIB, ao contrário. A Pastoral da Criança, por exemplo, nos quatro mil municípios onde trabalham são responsáveis por 50% da queda da mortalidade infantil isso não aumenta PIB, o que aumenta PIB é a compra de remédios, contratar ambulância e serviços hospitalares. Na realidade, o PIB é uma cifra que, tecnicamente, ajuda a medir a velocidade que a máquina gira, mas não diz o que ela produz, com que custos ambientais e nem para quem. Os economistas que trabalham hoje de maneira séria como Joseph Stiglitz, Amartya Sen e mais um monte de gente, está revoltada com esse tipo de medida, é ridículo tentar reduzir a avaliação de um país a um número, isso não faz nenhum sentido.

Quais elementos devem ser considerados para medir se as condições econômicas de um país são boas ou ruins?

O PIB que mede apenas a intensidade do uso da máquina, mas como avaliação universal de um país, simplesmente, não serve. Quando há investimento em saúde e há menos hospitalizações, menos consumo de remédios, por exemplo, isso não aumenta o PIB. Temos o IDH, medido por municípios, como no Atlas Brasil 2013, que mede não só a renda, mas a saúde e acesso a conhecimento já é uma cifra mais equilibrada, isso que nos dá a evolução constatada entre 1991 e 2010, em que o brasileiro ganhou nove anos em esperança de vida, passou de 65 para 74 anos, o que é uma imensa transformação. E temos indicadores não só de quantidade mas de expansão de diversos níveis na educação e da generalização do acesso à internet em 3200 municípios, que faz parte do processo de transformação que está em curso. O IDH já ajuda muito. Há indicadores mais detalhados, que saíram há dois meses atrás e pegando o ano de 2013 , em que o Brasil aparece bem na foto, que se chama Indicadores de Progresso Social (IPS), são 54 indicadores que pegam os resultados, não quanto se gasta e sim quanto se tem de resultado no que se refere ao acesso ao conhecimento, de mobilidade social, de redução das situações críticas como as de insalubridade. O Brasil aí está bem na foto, mas está mal em termos de segurança, o indicador que mais puxa o Brasil para baixo. Temos indicadores de área ambiental não suficientemente difundidos no Brasil, como a pegada ecológica, mas temos sim fragmentos indicativos que são indicadores pontuais como a redução do desmatamento da Amazônia que passou de vinte e oito mil metros quadrados em 2002 para atualmente de quatro mil e quinhentos quilômetros quadrados. Em geral, continuamos com os dois maiores desafios do Brasil, o primeiro a desigualdade, ainda somos um dos países mais desiguais do mundo, e o segundo é a destruição ambiental.

Ainda nessa linha de indicadores, qual a contribuição do Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil 2013 com relação aos indicadores utilizados. Comente o que eles mostram sobre os municípios brasileiros.

O principal é o que se observou em 1991, quando 85% dos municípios tinha um IDH muito baixo, abaixo do 0,50, e em 2010, sobraram nessa situação catastrófica, apenas 32 municípios. Como o IDH abrange tanto áreas de saúde, como educação e de renda, então trabalhamos esses elementos. A educação foi a área que mais evoluiu no Brasil, mas continua sendo a mais baixa porque era de longe o elemento mais atrasado. Isso felizmente está ocorrendo uma unanimidade no Brasil de que temos que centrar muitos esforços na educação. Nesse período, em termos de capacidade de compra real houve aumento e a cifra que se chegou foi de R$ 346, deflacionados, em termos de capacidade de compra atual, o que como renda domiciliar per capita pode parecer pouco, mas se tivermos uma família com quatro pessoas, quatro vezes R$ 346, significa que se a família está lá em baixo – quando a família é rica não faz diferença- faz uma imensa diferença na situação da população. Isso se deve apenas em parte ao Bolsa Família, em grande parte ao aumento do salário mínimo e, com isso, indiretamente, por indexação também melhoraram as aposentadorias e se deve, digamos, ao aumento do nível de emprego. O emprego aumentou globalmente, temos o menor desemprego da história do País e, em particular, houve o aumento muito significativo de quase 20 milhões de empregos formais. A formalização do emprego ajuda muito a racionalizar toda a economia. No Atlas [do Desenvolvimento Humano do Brasil 2013] são esses os eixos mais significativos, ainda há a saúde em que houve uma progressão de nove anos de vida, o que é um avanço absolutamente gigantesco num período tão curto. A metodologia também é interessante porque se para de olhar o PIB então se equilibra a renda e a saúde que não é só serviço de saúde porque isso é resultado das pessoas terem acesso à água limpa, do “Luz Para Todos” que permite que muitas casas que não tinham geladeira, agora podem armazenar alimentos. É um conjunto de melhorias de condições de vida, inclusive, o Minha Casa, em que as pessoas podem viver de maneira decente, tudo isso tem seus impactos. Na educação também, que não é apenas a construção de escolas são diversas formas de inclusão, inclusive, indiretas como o Bolsa Família que está vinculado a manter as crianças na escola. Criou-se uma política de estado de inclusão. É importante nessa pesquisa do Atlas 2013 que ela não compreendeu apenas a partir do governo Lula, ela começou em 1991. Vê-se que há progressos desde a década de 1990 e que se sistematizam a partir da última década. Basicamente, os avanços começam com a Constituição 1988, com a redemocratização, em que se cria um clima de regras do jogo de investimentos para o País começar a caminhar. Uma segunda evolução muito importante foi a ruptura da hiperinflação em 1994 que permitiu às empresas começarem a fazer as contas o que deu mais fôlego às áreas produtivas relativamente às áreas financeiras, que ganhavam muito com a inflação e esses avanços se sistematizam realmente a partir do governo Lula e do governo Dilma quando se transformam num processo muito amplo que não é só Bolsa Família, é Prouni, Luz para todos, Pronatec, PRONAF todos eles tiveram expansão, o aumento do salário mínimo, são basicamente 150 programas articulados que estão transformando o País.

Os indicadores específicos por município podem resultar em resolução dos problemas? Como?

Cada município precisa desenvolver sua base de dados, é a mesma coisa de quando se quer administrar bem uma empresa necessita-se de informação gerencial bem organizada. A gente conta nos dedos os municípios que tem um sistema de indicadores adequado. Nós temos um processo articulado em que pegamos as duas décadas e ficam muito mais claras as evoluções das cifras. O Indicador de Progresso Social (IPS), essa metodologia que saiu há dois meses, trabalha não só com as três áreas do IDH (saúde, educação e renda),mas com uma bateria de 54 indicadores, isso ajuda porque amplia[os indicadores], mas não são desagregados para o nível municipal. O município é a unidade básica da federação, temos 5565, se eles não são bem administrados é o conjunto do País que não funciona. O Atlas Brasil 2013 ajuda, porque além de dar o ranking em termos de IDH dos municípios, ele disponibiliza um conjunto de indicadores mais detalhados por município. Isso é um início, uma base para identificar as coisas mais gritantes de cada município, mas na realidade, temos de ir muito além, cada município tem que criar sua base de dados sistemática. Temos o sistema Orbs desenvolvido no Paraná. Temos indicadores muito interessantes desenvolvidos aqui em São Paulo através do Instituto Ethos e do Movimento Nossa São Paulo chamado IRBEM (Indicadores de Bem Estar Municipal), temos também o Indicador de Qualidade de Vida Urbana de Belo Horizonte [MG]. Muitos municípios acordaram para a necessidade de gerar uma transferência interna de quais são os problemas, quais são os potenciais e como estão sendo utilizados os recursos. De certa maneira temos que criar um conjunto de base informativa para uma gestão racional e adequada de cada município.

O senhor defende que se os municípios são os blocos que constroem o país e que se o os municípios não funcionam, o país não funciona. Posto isso, a quantas anda o funcionamento do País partindo dos municípios?

Acho extremamente desigual, mas também com muito progresso. Grande parte das iniciativas, realmente por assim dizer, não aparecem na grande mídia que não tem muito o esforço de se meter nos interiores para verificarem como as coisas estão mudando. Com a impulsão da formalização do trabalho, do programa Projeto Empreendedor individual, de acesso a muito mais renda no nível dos municípios e dos estados mais pobres isso tudo gerou condições para que os municípios acelerem o seu desenvolvimento, isso está funcionando, agora, no meu entender, a capacidade de gestão e não a disponibilidade de recursos é que tendiam a ser ainda o elo mais fraco. Não temos praticamente cursos de formação de gestores municipais, temos iniciativas de esforços individuais da Tania Fisher na Bahia, da Tania Zapata de Pernambuco. Temos aqui na FGV curso para administração municipal, mas são coisas muitos pontuais ainda, relativamente às necessidades. Não dá para formar só uma pessoa que aprende administração pública e outra que só aprenda administração de empresas. É necessário pensar em como se administra o território onde as empresas, a administração pública, os movimentos sociais, os recursos naturais e tudo isso será articulado no processo de desenvolvimento sustentável. Acho que estamos aqui muito atrasados.

Como os programas de transferência de renda contribuem para o funcionamento dos municípios?

Para muitos municípios, em particular, para o nordeste, o Bolsa Família aumentou muito a renda desses municípios, mas isso não resolve. O que se constatou, e isso é uma das coisas mais importantes, é que toda a visão discriminatória que dizia que se o pobre recebe dinheiro ele se encosta ela simplesmente foi negada pelos fatos. Os municípios despertaram porque se gerou mais demanda local. E uma demanda de muitas coisas simples como alimentos, pequenos serviços, acesso à saúde, poder pegar um transporte, pagar a prestação de uma geladeira. Na verdade, isso transformou profundamente o andar debaixo da economia conforme mostram as estatísticas em que quase 40 milhões que saíram do buraco. Eu volto a dizer: o buraco ainda é muito profundo, estamos muito longe de resgatar à desigualdade. E não foi só Bolsa Família, o PRONAF [Programa Nacional de Desenvolvimento da Agricultura Familiar] passou de R$ 2,5 bilhões em 2002 para cerca de R$ 20 bilhões hoje, temos também o acesso dessa população mais pobre às universidades. Esse processo de mudança que está apenas começando a ser estruturar para acelerar o desenvolvimento e aí não é o desenvolvimento do PIB municipal e sim da qualidade de vida. São outros tipos de consumo e isso exige uma força, uma capacidade de gestão pública muito reforçada exige conhecimento, articulação intermunicipal, as diversas institucionalidades que vão se formando. Estive em Minas Gerais, onde já há 64 consórcios intermunicipais de saúde o que ajuda muito em vez de as pessoas ficarem andando de um lugar para outro procurando um serviço médico melhor, com um consórcio intermunicipal fica-se sabendo que município tem uma boa estrutura de oftalmologia, que outro tem melhor para cirurgias. Essa capacidade de gestão está sendo construída.

É possível o maior enfoque no desenvolvimento social e manter o desenvolvimento econômico em segundo plano? Como isso funciona?

Há uma reflexão profunda nesse sentido, herdamos uma tradição muito ruim da economia que quem produz bonecas Barbie é o produtor que gera emprego, produto e imposto que são utilizados para gasto pelo estado. Hoje invertemos a forma até em particular nos trabalhos de Amartya Sen, nos trabalhos fundamentais da CEPAL [Comissão Econômica para América Latina], em particular, “La hora de la igualdad” [A hora da igualdade] um documento importante para a América Latina e a mensagem básica é a seguinte: não é aumentar o bolo para depois distribuir, a melhor forma de aumentar o bolo é investir nas pessoas então, na realidade, esse esforço que se está fazendo hoje na educação, saúde, cultura etc. na realidade resulta na melhora da capacidade produtiva das pessoas. As pessoas esquecem que quando uma empresa quer uma produtividade melhor ela precisa contratar engenheiros e quando ela contrata um engenheiro de 25 anos ela contrata 25 anos de investimento social naquela pessoa, isso é um esforço brutal. Ou seja, houve imenso investimento social para se ter esses engenheiros. O Japão se desenvolveu mandando milhares de pessoas para diversas partes do mundo para estudar e se formar. A Coreia fez imensos investimentos sociais, a China está fazendo também. Na realidade, se inverteu, não há mais que se esperar o país ser rico para pode financiar educação saúde, cultura se não investir nas pessoas é que nunca vai ficar rico.

http://outraspalavras.net/outrasmidias/destaque-outras-midias/o-pib-e-um-indicador-mediocre/

LUIZIANNE LINS CRITICA GOVERNADOR CID GOMES

 

A ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins comentou, nessa quarta-feira (10), que sua prioridade nestas Eleições é fazer campanha pró reeleição da presidente Dilma Rousseff.
"A gente está priorizando a campanha da Dilma. A minha prioridade, e eu disse isso para o diretório estadual e nacional, é focar na Dilma, até porque, a gente estava achando a campanha da Dilma fraca aqui em Fortaleza. Então, a gente está priorizando, com este comitê, a candidatura da Dilma. Essa é a nossa prioridade", o argumento foi lançado pela petista para justificar a ausência de qualquer referência a Camilo Santana, candidato ao Governo do Ceará pelo PT, em seu novo comitê de campanha a deputada federal.
A posição firme de não pedir voto para Camilo gerou o que a ex-prefeita chamou de censura a sua campanha no rádio e na televisão. De acordo com a candidata, foi preciso que ela entrasse na justiça para garantir que a coligação "Para o Ceará Seguir Mudando" levasse ao ar sua propaganda eleitoral e as inserções comerciais nas quais aparece.
"Houve, sim (censura)! Hoje, a direção nacional do partido está sabendo disso, o Lula está sabendo disso. Houve, claramente, uma censura, nunca vista antes nem na Ditadura Militar".
Luizianne atribuiu a retaliação ao governador Cid Gomes (Pros), principal articulador da campanha de Camilo Santana, e classificou de "ato muito grave" de "predadores de partidos" a intervenção dos irmãos Ferreira Gomes na campanha do PT ao Governo do Ceará.
"Eu acho muito grave. Ele quis mandar no candidato a governador, mesmo ele sendo do PT, então, eu acho lastimável, porque eles (irmãos Ferreira Gomes) são predadores de partido, eles não estão ligando para partidos, então, onde eles entram, eles destroem os partidos. E eles estavam nesse caminho em relação ao PT, ainda bem que o PT deu uma sacudida, percebeu que tinha que fazer a campanha da Dilma, que tinha que ter um comitê independente, porque estava, praticamente, fora da campanha. Era só 'o partido do governador' e isso não existe em lugar nenhum", defendeu a petista.
Ontem, durante a inauguração de seu comitê de apoio na Aldeota, a ex-prefeita comemorou o apoio de Lula à sua candidatura a deputada federal e apresentou os vídeos que o ex-presidente gravou falando de sua trajetória como militante petista e prefeita de Fortaleza.
"Nós estamos muito felizes, em uma reunião do diretório nacional que teve em São Paulo, eu conversei com o presidente (Lula) e ele havia se comprometido comigo, em julho ainda, quando estive com ele no Instituto Lula, e ele disse que ia gravar um depoimento, fosse candidata a o que fosse", orgulhou-se Luizianne.

Por WILSON GOMES

Ex-funcionário do tesouro dos EUA adverte...

 

Paul Craig Roberts - Os bancos mais poderosos do mundo prontos para saquear os EUA

King World News

Hoje o ex-funcionário do Tesouro dos Estados Unidos, Dr. Paul Craig Roberts, advertiu ao King World News que que os bancos mais poderosos do mundo já preparam o palco e agora para saquear os Estados Unidos por essencialmente apreender seus ativos mais valiosos. Abaixo está o Dr. Roberts tinha a dizer nesta entrevista chocante.
Dr. Roberts: "Por razões que não parecem fazer um monte de sentido, a Reserva Federal, a Controladoria da Moeda e do FDIC, disseram que os grandes bancos já não podem satisfazer suas necessidades de liquidez de alta qualidade das suas explorações de ativos usando títulos municipais.
Isso não faz sentido, porque os reguladores estão permitindo que os bancos continuam a deter obrigações de empresas que têm menos rankings de crédito de qualidade do que alguns dos municípios, e eles estão deixando as empresas continuando a manter as Russell 1000 (stocks), que são geralmente stocks fracos em tempos de crise ....

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Postado por Um novo Despertar

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Ibope: Dilma abre 8 pontos no 1º turno e empata no 2º

 

Ibope: Dilma abre 8 pontos no 1º turno e empata no 2º

Pesquisa Ibope divulgada na manhã desta sexta-feira 12 mostra a presidente Dilma Rousseff oito pontos de vantagem sobre a segunda colocada, Marina Silva. A petista registrou 39% das intenções de voto, contra 31% da adversária do PSB. Aécio Neves, do PSDB, se manteve isolado na terceira posição, com 15%. Os demais candidatos à Presidência somados acumulam 2% dos votos. Brancos e nulos somam 8% e indecisos, 5%.

O levantamento, encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), revela ainda que as duas primeiras colocadas empatam tecnicamente em simulação de segundo turno. Marina Silva teria 43% das intenções de voto e Dilma Rousseff, 42%. No segundo turno, brancos e nulos são 10% e indecisos, 5%.

Na pesquisa anterior do instituto, divulgada no dia 3, Dilma tinha 37%, Marina, 33%, e Aécio, 15%. Na comparação, portanto, Dilma cresceu dois pontos, Marina caiu dois e Aécio se manteve com 15%. No último levantamento, o percentual de indecisos era de 5% e o dos que disseram que votarão nulo ou em branco era de 7%.

http://www.enioverri.com.br/trezetrinta/ibope-dilma-abre-8-pontos-no-1o-turno-e-empata-no-2o/

Convidamos para mais uma Reunião Plenária do CSPU

 

DSCF2737 Próxima Reunião do CSPU 26/09/2014. Pauta: Análise da fenomenologia ufológica. Abertura: 19hs Abertura com Jacinto Pereira. Informes e depoimentos: Com palavra facultada a todos. Palestra: A Física Quântica e a Ufologia. Palestrante: O Professor de Física e Teósofo, Gerson Hardy (Foto acima). O local: Sala l da CDL de Sobral, que fica situado na Rua Dr. João do Monte 826, no Centro, Sobral – CE. Você que é pesquisador ou simpatizante da Ufologia, está convidado para a nossa reunião. A entrada é franca.









quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Referendo na Escócia põe em cheque a posição de Bruxelas sobre a Crimeia

 

Escoceses decidiram na urna se querem se separa do Reino Unido

11/09/2014 9h43

Os países europeus terão que reconhecer o referendo de autodeterminação realizado na Crimeia em março deste ano se declararem válida a consulta popular pela independência da Escócia, segundo declarou na quarta-feira, 10, o chefe interino da península russa, Sergei Aksionov.

Falando a jornalistas, o funcionário ressaltou que, caso o referendo escocês seja reconhecido por Bruxelas, o bloco europeu também deverá reconhecer a Crimeia, “automaticamente e sem qualquer tipo de perguntas ou dúvidas”. Segundo Aksionov, a posição da União Europeia em relação à consulta na Escócia colocará em evidência "o quão longe foi a classe política europeia na aplicação de padrões duplos".

Assim como farão os escoceses, os habitantes da Crimeia usaram o voto popular para decidir o futuro

Ironicamente, ele disse que está ansioso para ver como os governos europeus atuarão se a população escocesa escolher a independência e se perguntou se Bruxelas vai “impor sanções contra a Escócia” ou atacar o país “com tanques". Ao mesmo tempo, chamou a atenção para o fato de que, em relação a um processo similar ocorrido na Crimeia, a Rússia se tornou alvo de tentativas de “humilhação, insultos e restrições” comerciais e financeiras.

Ainda assim, Aksionov defendeu o procedimento de referendo como a única forma legal de realização do direito à autodeterminação dos povos e expressou seu apoio ao evento político escocês, que será realizado no dia 18 de setembro. Se a maioria dos eleitores disser “sim” à separação do Reino Unido, em 24 de março de 2015 a Escócia se tornará um Estado soberano.

A Crimeia, por sua vez, se separou da Ucrânia e se reintegrou à Federação Russa depois de realizar em 16 de março um referendo no qual 96,77% dos habitantes aprovaram a proposta. No entanto, muitos países, incluindo os da União Europeia, se recusaram a reconhecer a validade do referendo. Além disso, Washington, Bruxelas e outras nações ocidentais impuseram sanções contra Moscou após a reintegração da península.

http://www.diariodarussia.com.br/internacional/noticias/2014/09/11/referendo-na-escocia-poe-em-cheque-a-posicao-de-bruxelas-sobre-a-crimeia/

115 mentiras sobre o atentado de Setembro de 2001

 

Especialista encontrou 115 mentiras na versão oficial sobre os atentados de 11 de setembro de 2001 ao World Trade Center. Será que tentam esconder algo das pessoas?
Considerado o maior atentado terrorista da história pelos EUA e creditado à Al-Qaeda e Osama Bin Laden, sua versão oficial possuí inúmeras falhas que contrastam com os reais objetivos das guerras estadunidenses no Oriente Médio.
Reunimos aqui exatos 115 pontos "soltos" na versão oficial do governo americano que não são os únicos, mas apensas a "ponta do iceberg".
Para cada mentira nos referimos à análise feita pelo Professor David Ray Griffin em sua obra "Omissões e manipulações da Comissão Investigadora". Os números entre parênteses referem-se às páginas da edição americana original do livro.
1 A omissão de provas de que, pelo menos, seis dos supostos sequestradores (incluindo Waled al-Shehri, acusado pela Comissão ter esfaqueado um comissário de bordo no voo UA11 antes do choque do avião com a torre norte do World Trade center) estão atualmente vivos (19-20).
2 Omissão de evidências sobre Mohamed Atta (como sua pronunciada propensão para a bebida, carne de porco e lap dances eróticos privados) que contradizem as afirmações da Comissão de que Atta tinha se tornado um fanático religioso (20 -21).
3 Confusão voluntariamente criada em torno da evidência de que Hani Hanjur era tão ruim piloto que nunca teria sido capaz de lançar um avião contra o Pentágono (21-22).
4. Omissão do fato de que as listas de passageiros (voo Manifestos), que se tornaram públicas não continha qualquer nome árabe (23).
5. omissão do fato de que nunca antes ou após 11 de Setembro, tem-se verificado que um incêndio causou o colapso total de uma construção moldada de aço (25).
6. Omissão do fato de que os incêndios nas torres gêmeas nem eram muito grande, nem particularmente intensos e duraram muito tempo, mesmo em comparação com outros incêndios em arranha-céus (com estruturas), similares sem estes últimos viessem a despencar (25-26) .
7 Omissão do fato de que, dada a hipótese de que o incêndio causou os desmoronamentos, a torre sul, que foi atingida depois da Torre Norte e afetado por um incêndio de menor intensidade, não deveria ter sido a primeira a entrar em colapso (26).
8 Omissão do fato de que o edifício n º 7 do World Trade Center (contra o qual nenhum avião caiu e sofreu apenas pequenos incêndios altamente localizados) também desabou, um fato sobre o qual a Agência de Gestão Federal emergência (FEMA) confessou que não poderia oferecer nenhuma explicação (26).
9 Omissão do fato de que o colapso das Torres Gêmeas (e prédio n ° 7) tem pelo menos 10 características de que foram causados ​​por uma demolição controlada (26-27).
10 A afirmação de que a estrutura do núcleo de cada uma das Torres Gêmeas era "um poço de aço vazio", afirmação que nega a presença de 47 enormes colunas de aço que eram, na verdade, o centro de cada torre. De acordo com a teoria dos "andares de empilhamento" (the «pancake theory») que explica o colapso, várias centenas de metros dessas colunas de aço maciço deveria ter sido deixadas em pé (27-28).
11 A omissão da declaração de Larry Silverstein [o dono do WTC], afirmação de que o próprio Silverstein, em coordenação com os bombeiros decidiram "demolir" -em linguagem técnica(to «pull») - o edifício n ° 7 (28 ).
12 Omissão do fato de que o aço dos edifícios do WTC foi rapidamente recolhido da cena e enviados ao exterior por mar, antes que pudessem ser analisados ​​por vestígios de explosivos (30).
13 Omissão do fato de que o edifício n º 7 tinham sido evacuados antes de seu colapso, o que implica que a razão que foi oficialmente dada, para acelerar a retirada de aço tanto quanto fosse possível [naquele local] (porque poderia haver sobreviventes nos escombros ) não fazia sentido, no caso de este edifício (30).
14 Omissão da declaração do prefeito R. Giuliani, que disse que ele foi avisado de antemão que o WTC ia entrar em colapso (30-31).
15 Omissão do fato de que Marvin Bush, irmão do presidente, e seu primo Wirt Walker III eram os diretores da empresa encarregada de garantir a segurança do WTC (31-32).
16 Omissão do fato de que a ala oeste do Pentágono, [a mesma que foi atingida em 11 de setembro], era precisamente por várias razões, a que tinham menos chance de ser alvo de terroristas da al-Qaeda (33-34 ).
17 A omissão de qualquer discussão que visa determinar se o dano ao Pentágono, na verdade, corresponde ao dano que poderia ter causado o impacto de um Boeing 757 viajando a várias centenas de quilômetros por hora (34).
18 Omissão do fato de que há fotografias que mostram que a fachada oeste não entrou em colapso, até 30 minutos após o impacto e que o orifício de entrada é demasiado pequeno para o diâmetro de um Boeing 757 (34).
19 Omissão de todas as evidências conflitantes sobre a presença ou ausência de pedaços visíveis de um Boeing 757, seja dentro ou fora do Pentágono (34-36).
20 Total falta de discussão destinada a determinar se o Pentágono possuía um sistema dedefesa antimísseis capaz de derrubar um avião, embora a Comissão tenha sugerido que os terroristas da Al-Qaeda decidiram não atacar uma central nuclear justamente porque pensaram que teria esse tipo de defesa (36).
21 Omissão do fato de que imagens de câmeras diferentes (incluindo de um posto de gasolina localizado no Pentágono, confiscado pelo FBI imediatamente após o impacto) podem ajudar a determinar o que foi realmente que atingiu o Pentágono (37-38 ).
22 Omissão da alusão do Secretário de Defesa D. Rumsfeld a "um míssil [usada] para atacar [o Pentágono]" (39).
23. Aprovação aparente da resposta totalmente insatisfatória, a questão que tinha como objetivo descobrir por que os agentes do Serviço Secreto permitiram ao presidente Bush permanecer na escola de Sarasota, quando, de acordo com a versão oficial deveriam ter pensado que um avião sequestrado poderia ter a mesma escola como alvo (41-44).
24 Deixar de explicar por que o Serviço Secreto não solicitou uma escolta de caças para o [Avião presidencial] Air Force One (43-46).
25 Declarações no sentido de que, no momento em que o cortejo presidencial chegou à escola [Sarasota], nenhum dos participantes sabia que vários aviões foram sequestrados (47-48).
26 Omissão do relatório em que o procurador-geral John Ashcroft foi avisado para parar de viajar em companhias aéreas comerciais antes de 11 de Setembro (50).
27 Omissão da alegação de que David Schippers, com base em informações de agentes do FBI sobre possíveis ataques no sul de Manhattan, ele já havia tentado, sem sucesso, transmitir esta informação ao procurador-geral John Ashcroft durante as seis semanas antes de 11 de setembro (51).
28 A omissão de qualquer menção ao fato de que agentes do FBI afirmaram ter conhecimento dos alvos e datas dos ataques bem antes dos eventos (51-52).
29 Afirmação de um circular refutação que dá o assunto como resolvido, quanto as incomuns baixas nas compras antes de 11 de Setembro, o que significa que os compradores sabiam com antecedência que os ataques iriam ocorrer (52-57) .
30 A omissão da informações de que o prefeito [de São Francisco] Willie Brown e alguns oficiais do Pentágono foram avisados ​​de que não deviam tomar o avião de 11 setembro (57).
31 Omissão do relatório em que constava que Osama Bin Laden, que até então era o criminoso mais procurado nos Estados Unidos, fora tratado em Julho de 2001 por um médico americano, no Hospital Americano em Dubai e lá ele recebeu a visita de um o agente local da CIA (59).
32 Omissão de artigos que sugerem que, após 11 de setembro, os militares americanos permitiram deliberadamente a fuga de Osama Bin Laden (60).
33 Omissão de relatórios, incluindo um que relatou a visita do chefe dos serviços de inteligência da Arábia Saudita, a Osama Bin Laden no hospital em Dubai, o que contradiz a versão oficial da família de Bin Laden e de seu país que negaram este (60-61).
34 A omissão do resumo de Gerald Posner sobre o depoimento de Abu Zubaydah, segundo o qual três membros da família real saudita (que morreram misteriosamente com apenas 8 dias de intervalo) eram financiadores da Al-Qaeda e sabiam com antecedência da realização dos ataques de 11 de Setembro (61-65).
35 A negação da Comissão sobre a descoberta de evidências de financiamento saudita da Al-Qaeda (65-68).
36 A negação da Comissão sobre a descoberta de evidências que mostram que o dinheiro pertencente a esposa do príncipe Bandar, a princesa Haifa, foi entregue a agentes da Al-Qaeda (69-70).
37 Simplesmente ignorou a diferença entre os voos charter e voos comerciais, o fato de que o avião particular, em que vários sauditas viajaram em 13 de setembro de Tampa a Lexington violou as normas do espaço aéreo estabelecidos naquela época (71-76).
38 Desmentindo sobre a autorização extendida a vários sauditas para sair do território dos Estados Unidos, logo após 11 de setembro, sem essas pessoas fossem objeto de uma investigação apropriada (76-82).
39 A omissão de elementos que demonstrem que o príncipe Bandar obteve autorização especial da Casa Branca para os vôos sauditas (82-86).
40 Omissão da alegação segundo a qual Coleen Rowley responsável pela sede do FBI tinha visto o memorando de agente Phoenix Kenneth Williams (89-90).
41 Omissão do fato de que o agente de Chicago do FBI, Robert Wright diz que a sede do FBI encerrou a sua investigação sobre uma célula terrorista e tentou intimidá-lo para evitar que publicasse um livro sobre suas experiências (91).
42 Omissão de evidências mostrando que a sede do FBI sabotou a tentativa de Coleen Rowley e outros agentes [FBI] Minneapolis para obter um mandado de busca para o computador de Zacarias Moussaoui (91-94).
43 Omissão de três horas de depoimento perante a Comissão do ex-tradutor do FBI Sibel Edmonds, de acordo com uma carta que ele mesmo fez pública e dirigida ao presidente [da Comissão] Kean, revelava uma dissimulação grave por dos funcionários do FBI em relação ao 11 de Setembro e nas sede do FBI (94-101) em si.
44 Omissão do fato de que o general Mahmoud Ahmad, chefe do ISI [Serviços de Inteligência Paquistanês ], estava em Washington uma semana antes do 11 de setembro e reuniu ali com o diretor da CIA, George Tenet, e outros oficiais americanos seniores (103-04).

45 Omissão de evidências mostrando que Ahmad, o chefe do ISI [serviço de inteligência Paquistanês] ordenou o envio de US $ 100.000 a Mohamed Atta antes de 11 de Setembro (104-07).
46 Afirmação de que a Comissão não encontrou nenhuma evidência de que qualquer governo estrangeiro, incluindo o Paquistão, tenha financiado os agentes da Al-Qaeda (106).
47 Omissão do relatório em que o governo Bush pressionou o Paquistão para que Ahmad fosse demitido de seu cargo de chefe do ISI, após a divulgação de informações revelando que este havia ordenado o envio de dinheiro do ISI para Mohamed Atta (107 -09).
48 Omissão de evidências de que a ISI (e não apenas al-Qaeda) estava por trás do assassinato de Ahmad Shah Massoud (comandante da Aliança do Norte no Afeganistão), que ocorreu pouco depois de um encontro uma semana antes entre o responsável pela CIA e o ISI (110-112).
49 Omissão de evidências mostrando que o ISI está envolvido no sequestro e assassinato de Daniel Pearl, repórter do Wall Street Journal (113).
50 A omissão do relatório Gerald Posner, segundo o qual Abu Zubaydah alegou que um oficial militar paquistanês, Mushaf Ali Mir, que tinha laços estreitos com o ISI e al-Qaeda sabia com antecedência de 11 de Setembro (114).
51 Omissão da previsão feita em 1999, pelo agente Rajaa Gulum Abbas do ISI, de que as Torres Gêmeas "desmoronariam" (114).
52 Omissão do fato de que o presidente Bush e outros membros de seu governo se referiram várias vezes aos ataques de 11 de setembro como "oportunidade" (116-17).
53 Omissão do fato de que o Projeto para um Novo Século Americano («The Project for the New American Century»), muitos dos seus membros, os quais tornaram-se figuras-chave na administração Bush, publicou em 2000 um documento que dizia um "Novo Pearl Harbor" ajudar a levantar fundos para uma rápida transformação tecnológica da máquina militar norte-americana (117-18).
54 Omissão do fato de que Donald Rumsfeld, que era presidente do comitê e do Comando Espacial dos EUA tinha recomendado o aumento do orçamento para isso, ele usou os ataques de 11 de setembro, no período da tarde do mesmo dia, para garantir estes financiamento (119-22).
55 Não mencionou que as três pessoas responsáveis ​​pelo fracasso dos esforços para evitar os ataques de 11 de Setembro (secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, o general Richard Myers, e o general Ralph Eberhart) também foram os três promotores principais do US Space Command (122).
56 Omissão do fato de que a Unocal havia declarado que o Talibã não poderia fornecer a segurança adequada para realizar a construção de suas linhas de (petróleo e gás) da bacia do Cáspio e através do Afeganistão e do Paquistão (122-25).
57 A omissão do relatório que os representantes dos Estados Unidos, disseram durante uma reunião em julho de 2001 como o Taleban rejeitou sua proposta de construção de um gasoduto, e que uma guerra contra eles começariam em outubro (125-26).
58 Omissão do fato de que em seu livro, publicado em 1997, Zbigniew Brzezinski escreveu que para os Estados Unidos manterem sua dominação global é necessário para o país controlar a Ásia Central, com seus vastos recursos petrolíferos, e que um novo Pearl Harbor seria útil para obter o apoio da opinião pública americana a estes projetos imperiais (127-28).
59 Omissão do fato de que os principais membros da administração Bush, incluindo Donald Rumsfeld e seu vice, Paul Wolfowitz, esforçaram-se por muitos anos para desencadear uma nova guerra contra o Iraque (129-33).
60 A omissão de anotações de conversas de Rumsfeld antes de 11 de Setembro que mostram que este estava decidido a usar os ataques como pretexto para desencadear uma guerra contra o Iraque (131-32).
61 Omissão da declaração do Projeto para um Novo Século Americano, que "a necessidade de uma presença americana substancial no Golfo transcende a questão do regime de Saddam Hussein" (133-34).
62 A alegação de que o protocolo da FAA (Federal Aviation Agency) sobre o que aconteceu em 11 de setembro necessitaria um longo processo de aplicação que teria que passar por várias etapas da cadeia de comando quando o próprio relatório oficial [ da Comissão ] cita evidências em contrário (158).
63 A afirmação de que naqueles dias apenas duas bases do setor nordeste da Força Aérea Americana de NORAD (North American Aerospace Comando de Defesa ou Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte) manteve caças em estado de alerta e, em particular, houve caças em alerta nas bases de McGuire e Andrews (159-162).
64 Omissão do fato de que a base da Força Aérea americana de Andrews tinha vários caças em alerta permanente (162-64).
65 Aceitação da dupla alegação de que o coronel Marr do NEADS (North East Air Defense Sector), teria de se comunicar por telefone com um sénior para autorizá-lo a enviar os caças [da base] de Otis e que ele precisou de oito minutos para essa chamada (165-66).
66 Aprovação da alegação de que a perda do sinal do transponder torna praticamente impossível para uma aeronave ser localizada pelo radar militar americano (166-67).
67 A afirmação de que a interceptação de Payne Stewart não mostrou que o tempo de resposta do NORAD no caso do vôo AA11 foi extraordinariamente lenta (167-69).
68 A afirmação de que os caças da base Otis permaneceram no chão por sete minutos depois de receber a ordem de decolagem, porque eles não sabiam para onde voar (174-75).
69 A afirmação de que os militares americanos não sabiam que o vôo UA175 desviou-se até 09:30, o momento exato que o avião colidiu com a torre sul do WTC (181-82).
70 A omissão de qualquer explicação da razão do relatório anterior do NORAD, segundo a qual a FAA informou os militares que o voo havia sido desviado UA175 ás 8h43, é agora considerado como falso e como esse relatório, falso, poderia ser publicado e mantido como válido para cerca de 3 anos (182).
71 A afirmação de que a FAA não marcar a reunião, mas a partir das 9h20 daquela manhã (183).
72 Omissão do fato de que um memorando de Laura Brown da FAA diz que a teleconferência foi criado precisamente ás 08:50 e que tratou precisament do vôo UA175 desviado (183-84, 186).
73 A afirmação de que a teleconferência do NMCC (Centro de Comando Militar ou National Military Command Cente) não começou antes de 9h29 (186-88).
74 Falha na afirmação da Comissão de que o vôo 77 não se desviou de seu caminho antes de 08:45, o fato de que a hora mencionada em relatórios anteriores foi 8h46 (189-90).
75 Deixar de mencionar que o anúncio da queda de um avião em Kentucky, logo após o tempo de vôo 77 desapareceu do radar da FAA, foi levado a sério pelos responsáveis ​​da FAA e da unidade anti-terrorista do FBI que o enviaram para a Casa Branca (190).
76 A afirmação de que o vôo 77 voou por cerca de 40 minutos no espaço aéreo americano para Washington sem ser detectado por nenhum radar militar (191-92).
77 Fracasso ao explicar, se o relatório anterior da NORAD, de acordo com o que foi informado -as 9h24- a rota do vôo 77 estava "errada", e como foi que este relatório errôneo pode vir à luz, ou é uma questão de saber se os responsáveis ​​pela NORAD mentiram ou foram "enganados" por quase três anos (192-93).
78 A alegação de que os aviões de combate de Langley, que de acordo com o dito primeiro NORAD foram enviados para interceptar o vôo 77, baseados na resposta a um relatório errôneo de um controlador (não identificado) da FAA das 9h21 de que o voo AA11 ainda estava no voo e se dirigia para Washington (193-99).
79 A afirmação de que os militares não forma contactados pela FAA sobre o provável sequestro do vôo 77 antes do impacto com o Pentágono (204-12).
80 A afirmação de que Jane Garvey não juntou-se a videoconferência de Richard Clarke até 09h40, ou após o impacto com o Pentágono (210).
81 A afirmação de que nenhuma das teleconferências conseguiu coordenar o FAA e as respostas militares aos seqüestros porque "nenhuma das [eles] incluiu as pessoas apropriadas dentro da FAA e do Departamento de Defesa," embora Richard Clarke tenha declarado que sua própria videoconferência incluía o Diretor Jane Garvey da FAA, o secretário da Defesa Donald Rumsfeld e o general Myers Richards, chefe interino das Forças Armadas (211).
82 Declaração da Comissão que esta não sabia quais os membros do Departamento de Defesa participaram da conferência de vídeo com Richard Clarke, quando o próprio Clarke diz no seu livro que era Donald Rumsfeld e o general Myers (211-212).
83 Aprovação da declaração do general Myers que ele estava no Capitólio durante os ataques, sem mencionar o relato contraditório de Richard Clarke, segundo a qual Myers estava no Pentágono e participou da videoconferência de Clarke (213-17).
84 Falta de menção a contradição entre o depoimento de Clarke sobre os movimentos de Rumsfeld naquela manhã e as próprias declarações de Rumsfeld (217-19).
85 Omissão do testemunho de Norman Mineta secretário de Transportes, para a própria Comissão, testemunho de que o vice-presidente Cheney e outros [os presentes] no abrigo subterrâneo foram avisados ​​ás 9h26 de que um avião se aproximava do Pentágono (220 ).
86 A afirmação de que os oficiais do Pentágono não sabiam que um avião estava se aproximando deles antes de 9h32, 9h34 ou 9h36, ou apenas alguns minutos antes do edifício ser atingido (223).
87 Aceitação de duas versões que se contradizem sobre o dispositivo que atingiu o Pentágono: uma que descreve a execução de uma espiral descendente de 330 graus (uma "picada em alta velocidade") e outra que não é mencionado qual a manobra (222-23).
88 A alegação de que os aviões de combate de Langley, que, alegadamente, foram obrigados a decolar rapidamente para proteger Washington do " voo fantasma AA11" não estavam de todo, perto de Washington, porque eles foram enviados para o oceano por engano (223-24) .
89 Ignorando todas as evidências que sugeriam que o que atingiu o Pentágono não foi o voo 77 (224-25).
90 A afirmação de que a FAA não informou aos militares sobre o desvio de Voo 93 antes de cair (227-29, 232, 253).
91 Dupla afirmação de que o NMCC não acompanhou a conferência da FAA e não pode, portanto, conectar a FAA com a teleconferência iniciada pelo NMCC (230-31).
92 Omissão do fato de que o Serviço Secreto tem os meios para que esteja ciente de tudo o que faz a FAA (233).
93 A omissão de qualquer inquérito sobre os motivos para a NMCC começar sua próprio teleconferência se, como disse Laura Brown da FAA - Isso, não faz parte do protocolo padrão (234).
94 A omissão de qualquer indagação sobre por que Geral Montague Winfield não só foi substituído por um "inexperiente" (e estreante), Capitão Leidig, diretor de operações da NMCC mas também sobraram quando ficou claro que o Pentágono enfrentava uma crise sem precedentes (235-36).
95 A afirmação de que a FAA informou (erroneamente) o Serviço Secreto, entre 10h10 e 10h15, que o voo 93 ainda estava em voo e se dirigia para Washington (237).
96 A afirmação de que o vice-presidente Cheney não deu a permissão para filmar até 10:10 (alguns minutos depois da queda do voo 93) e que esta autorização não foi transmitida para a Força Aérea, até 10h31 (237-41).
97 Ignorando todas as evidências indicando que o voo 93 foi abatido por um avião militar (238-39, 252-53).
98 A afirmação de que [o czar contraterrorismo] Richard Clarke não recebeu o pedido de autorização de fogo até 10h25 (240).
99 A omissão do testemunho do próprio Clarke, o que sugere que essa permissão lhe foi pedida por volta de 9h50 (240).
100 A afirmação de que Cheney não desceu para o abrigo subterrâneo PEOC [ou CPOU (correspondente às iniciais de Centro Presidencial de Operações de Emergência]) até 9h58 (241-44).
101 Omissão dos muitos testemunhos, inclusive o de Norman Mineta [secretário de Transportes] para o próprio testemunho da Comissão de que Cheney estava no CPOU antes de 9h20 (241-44).
102 A alegação de que a autorização para abater um avião civil tiveram de ser concedida pelo Presidente (245).
103 A omissão de informações de que o coronel Marr ordenou abater o voo 93 e que o General Winfield indicou que ele e outros [agentes] na NMCC esperavam que um caça atingisse o voo 93 (252). 104 Omissão de relatos de que havia dois aviões de combate no ar a vários quilômetros de Nova York e três apenas a 320 quilômetros de Washington (251).
105 Omissão do fato de que havia pelo menos seis bases com caças em alerta na região nordeste dos Estados Unidos (257-58).
106 Aprovação da declaração do general Myers de que o NORAD havia definido sua missão em termos de defesa apenas contra ameaças dirigidas [aos Estados Unidos] a partir do estrangeiro (258-62).
107 Aprovação da declaração do general Myers que o NORAD não tinha previsto a possibilidade de que um grupo de terroristas pudessem usar aviões sequestrados como mísseis (262-63).
108 Deixar de colocar em perspectiva a importância do fato apresentado no próprio relatório, ou falar de outros fatos que provam que o NORAD havia de fato planejado a ameaça que poderia representar a possibilidade de utilização de aviões sequestrados como mísseis (264- 67).
109 Deixar de explorar as implicações da questão de como eles poderiam influenciar as manobras militares ("jogos de guerra") programados para esse dia no fracasso dos militares, na tentativa de interceptar os aviões sequestrados (268-69).
110 Fracasso em discutir a possibilidade de que o desenvolvimento da Operação Northwoods tenha favorecido os ataques de 11 de Setembro (269-71).
111 Declaração (apresentada para explicar por que os militares não receberam informações sobre os aviões sequestrados com tempo suficiente para conseguir intercepta-los) e que o pessoal das FAA inexplicavelmente falhou 16 vezes na aplicação de procedimentos padronizados (155-56 , 157, 179, 180, 181, 190, 191, 193, 194, 200, 202-03, 227, 237, 272-75).
112 Deixar de mencionar que a independência proclamada da Comissão foi fatalmente comprometida pelo fato de que seu diretor-executivo, Philip Zelikow, era praticamente um membro da administração Bush (7-9, 11-12, 282-84). (END: era um colaborador próximo de Condoleeza Rice)
113 Deixar de mencionar que a Casa Branca primeiro procurou impedir a criação da Comissão [Oficial de Pesquisa sobre os ataques terroristas de 11 de Setembro] e que impediu após o trabalho desta, com um orçamento muito limitado (283-85). (END. Orçamento previsto de 15 milhões dólar quando o filme de ficção "United 93", de Paul Greengrass custou 18 milhões e "World Trade Center" de Oliver Stone custar quatro vezes mais, ou US $ 60 milhões. Em relação ao primeiro ponto, a criação da Comissão não ocorreu até 441 dias após os ataques, e o presidente Bush propôs que fosse presidida por Henry Kissinger ... para logo se retratar perante a crítica violenta da opinião pública contra esta proposta.)
114 Deixar de mencionar que o Presidente da Comissão, e a maioria dos outros membros da Comissão, e pelo menos metade da equipe tinha sérios conflitos de interesse (285-90, 292-95).
115 Falha da Comissão, que se gabou de que a apresentação do seu relatório final, havia ocorrido "sem dissidência" sem mencionar que isso só foi possível porque Max Cleland, o membro mais crítico da Comissão quanto a o desempenho da Casa Branca e que jurou "não ser cúmplice de um processamento de informações tendenciosas" - teve que renunciar seu cargo na Comissão, a fim de aceitar uma posição no Banco Export-Import e que a Casa Branca deu conhecer a sua nomeação para o cargo somente depois que as críticas de Cleland tornaram-se especialmente diretas (290-291).

Fonte: http://www.sedeinsana.tk/2014/08/115-mentiras-sobre-o-atentado-de-11-de.html?zx=5f030ae910bbba7a

http://issoeofim.blogspot.com.br/

BIOMETRIA ALCANÇARÁ MAIS DE 21 MILHÕES DE ELEITORES

 

Nas eleições deste ano, mais de 21,6 milhões de eleitores de 762 municípios (15,18% do eleitorado), incluindo 15 capitais, vão utilizar a identificação biométrica na hora de votar. Em três estados (Alagoas, Amapá e Sergipe) e no Distrito Federal, a revisão biométrica alcançou todo o eleitorado. A meta da Justiça Eleitoral é realizar as Eleições de 2018 com identificação biométrica de 100% do eleitorado nacional.

Embora 21.677.955 milhões de eleitores estejam aptos a utilizar a identificação pelas impressões digitais nas eleições deste ano, já há 23.851.673 milhões de eleitores identificados pela biometria. Isso porque ainda que não tenha havido revisão eleitoral em certas localidades, eleitores que tiraram outro título ou pediram transferência em cartórios eleitorais que já dispõem de kits biométricos aproveitaram a oportunidade para cadastrar suas digitais.

Há também eleitores que não puderam ser identificados pela biometria em razão de portarem deficiência que impossibilita a leitura das impressões digitais. Apesar de o cadastramento biométrico colher as impressões dos 10 dedos, no momento do voto os mesários estão orientados a indicar a utilização de polegares e indicadores. Caso nenhuma das quatro digitais seja reconhecida, o mesário procederá à identificação tradicional do eleitor. A identificação biométrica não dispensa a apresentação, pelo eleitor, de documento oficial com foto ou título de eleitor (se possuir).

Confira os números:

Eleitores que serão identificados pelas impressões digitais nas eleições de 2014:

21.677.955

Unidades da Federação que fizeram revisão biométrica com todos os eleitores:

Alagoas: 1.986.030 eleitores (99,51%)

Amapá: 454.479 eleitores (99,77%)

Distrito Federal: 1.895.252 eleitores (99,87%)

Sergipe: 1.450.691 eleitores (99,76%)

Capitais que fizeram revisão biométrica com todos os eleitores:

Rio Branco (AC)

Maceió (AL)

Macapá (AP)

Brasília (DF)

Goiânia (GO)

São Luís (MA)

João Pessoa (PB)

Recife (PE)

Teresina (PI)

Curitiba (PR)

Natal (RN)

Porto Velho (RO)

Boa Vista (RR)

Aracaju (SE)

Palmas (TO)

Postado por Sobral de Prima

Onda Marina arrefece. Voltará a crescer?

 

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Contradições identificadas na candidatura de Marina Silva, do PSB, começam a se voltar contra ela; Instituto Ibope apurou intenções de voto menores em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde vivem 32% do eleitorado do País; liderança no Rio fica para trás e dianteira folgada em SP sofre arranhão; posição contra o pré-sal, ligação estreita com herdeira do banco Itaú, Neca Setúbal, mudança de posição sobre a questão gay e desacertos em programa de governo pesam contra; se, antes, Marina parecia subir aos céus das intenções de voto, agora embica para baixo; "Sou alvo de muitas pedras", reclama ela

9 de Setembro de 2014 às 21:28

247 – Marina Silva tem problemas, é o que mostra a pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira 9, sobre os humores do eleitorado nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Nesses dois entre os três maiores colégios eleitorais do País, onde residem 32% do eleitorado, a postulante do PSB perdeu a posição de liderança que exibia no território fluminense e sofreu um arranhão em sua margem no primeiro lugar no ambiente paulista.

No espaço de uma semana, conforme apurou o Ibope, Marina perdeu quatro pontos no Rio. Dessa forma, abriu passagem para a presidente Dilma Rousseff tomar-lhe a liderança, à medida em que a candidata do PT cresceu cinco pontos percentuais. Agora, na fotografia batida pelo Ibope com suas pesquisas realizadas entre os dias 5 e 8 de setembro, Dilma lidera com 37%, contra 34% para Marina em segundo lugar. Com 9% de intenções, apesar de todos os esforços do PMDB local em torno da chapa Aezão, que prega o voto no tucano para presidente e no governador peemedebista Luiz Fernando Pezão ao mesmo tempo, o presidenciável mineiro parece ser um coadjuvante na disputa.

Em São Paulo, Marina continua na dianteira, mas um primeiro soluço foi dado. Em relação à pesquisa anterior do Ibope, a sucessora de Eduardo Campos perdeu apenas um ponto percentual, descendo de 39% para 38%. Ao mesmo tempo, Dilma subiu de 23% para 25%. Tudo dentro da margem de erro do levantamento, cujo índice de precisão é de 95%. Porém, diante da reviravolta no Rio e da oscilação negativa da candidata em SP, com a presidente se recuperando, já se pode ver uma tendência sendo traçada.

A esta altura, o comitê central da candidatura de Marina está com todos os sinais de alerta disparados. A própria candidata já se queixou publicamente de que está sofrendo o ataque de "muitas pedras". Ela se referiu, indiretamente, aos paradoxos apontados pela propaganda da presidente Dilma Rousseff em seu discurso nos palanques do PSB.

Depois de explorar a posição manifestada por Marina contra o pré-sal - "das 242 páginas do seu programa de governo, só uma linha trata do pré-sal. Por que esse desprezo por essa riqueza que todos invejam", perguntou a presidente no debate organizado pela Rede Bandeirante, dez dias atrás -, Dilma fez de seus comerciais de tevê armas contra o discurso de Marina.

Nesta terça-feira 9, por exemplo, o mote petista na televisão foi afirmar que a proposta da sucessora de Eduardo Campos de conceder autonomia ao Banco Central é o equivalente a entregar aos banqueiros um poder semelhante, ou maior, ao do presidente do Congresso. Com a diferença de que o presidente do BC não é eleito pelo povo.

Com 9% de intenções no Rio e 15% em São Paulo, o tucano Aécio Neves vai ficando perigosamente, para ele, para trás. O que se vê na pesquisa Ibope é uma eleição cada vez mais polarizada entre duas mulheres.

Os números indicam que a onda Marina está arrefecendo - e se a candidata do PSB não mudar de estratégia, ninguém sabe ao certo se ela voltará a crescer. A eleição está perdendo uma favorita para retornar ao leito de uma disputa palmo a palmo. Com um dado ainda mais novo: Dilma está crescendo.

http://www.brasil247.com/+wu62w