quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Brasil lança foguete com motor movido a oxigênio líquido e etanol

 

Operação foi realizada nesta segunda-feira (1º) em Alcântara, MA.
Processo coletou dados para estudos da Universidade Federal do RN.

Do G1, em São Paulo (*)

Fotos mostram lançamento do foguete feito em Alcântara, no Maranhão, nesta segunda-feira (1º) (Foto: Divulgação/Aeronáutica)Fotos mostram lançamento do foguete feito em Alcântara, no Maranhão, nesta segunda-feira (1º)
(Foto: Divulgação/Aeronáutica)

O Brasil realizou com sucesso nesta segunda-feira (1º) o lançamento do primeiro foguete nacional com motor movido a etanol e oxigênio líquido. A operação no Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, teve início às 23h02 e durou três minutos e 34 segundos, até que o veículo VS-30 V13 alcançasse a área de segurança prevista. O tráfego marítimo e aéreo na região precisou ser interditado.
Durante o processo, foram coletados dados para estudos desenvolvidos pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e também de um dispositivo de segurança para veículos espaciais. "Não tenho dúvidas de que tiramos lições importantes com esta operação e que colocamos o Brasil num rol de países que detém tecnologia própria para operar veículos espaciais movidos a propelente líquido", disse o Coronel Aviador Avandelino Santana Júnior, coordenador-geral da Operação Raposa, responsável pelo lançamento.
Para o diretor do CLA, Coronel Engenheiro Cesar Demétrio Santos o lançamento representou um salto evolutivo na missão da organização. "Com a Operação Raposa, o CLA alcança um patamar de importância estratégica ainda maior no conjunto do Programa Nacional de Atividades Espaciais. Demos um passo essencial visando a operação de veículos espaciais movidos a combustível líquido, que permitem uma maior capacidade de carga e precisão de inserção em órbita, essenciais para atividades envolvendo o Veículo Lançador de Satélite (VLS) e sucessores", afirmou.

Outros lançamentos
No dia 21 de agosto, foi lançado com sucesso o 11º Foguete de Treinamento Intermediário (FTI) pela Operação Água II/2014, no CLA. O lançamento aconteceu às 13h58 (horário de Brasília) e o foguete voou durante três minutos e 32 segundos antes de cair no Oceano Atlântico, conforme previsto pela operação.

No dia 8 de maio, o CLA lançou o 10º FTI pela Operação Águia I/ 2014. No dia 14 de março, foi lançado o Foguete de Treinamento Básico (FTB) pela Operação Falcão I. As atividades precedem o lançamento do Veículo Lançador de Satélite (VLS), previsto para o segundo semestre deste ano.
(*) Colaborou G1 MA

40% dos novos trabalhadores do Brasil têm nível superior

 

Por: Equipe Dilma Rousseff - 02/09/2014 - Atualizado em 2014-09-02 00:02:59

A decisão dos governos Lula e Dilma de investir ao mesmo na geração de empregos e na educação está mudando rapidamente o perfil da força de trabalho do país. O país criou 1,49 milhão de vagas formais de trabalho - aquelas com registro em carteira - no ano passado. Mas não foi só: 40% dessas vagas foram para trabalhadores de nível superior.
Isso significa que o mercado de trabalho está crescendo ao mesmo tempo em que a mão-de-obra fica mais qualificada.
Os resultados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2013, estudo com dados de empregos formais nos setores público e privado no País, mostram que foram os empregos formais no Brasil cresceram 29,7% em relação ao ano anterior. Dessas novas vagas, quase 600 mil vagas foram preenchidas por empregados com nível superior completo.
O governo Dilma tem investido na formação dos brasileiros através de diversos programas. Hoje, o país tem 63 universidades federais e 292 campi. Ao longo dos últimos doze anos, durante os governos Lula e Dilma, o número de brasileiros universitários cresceu 100%: atualmente, são cerca de 7,2 milhões matriculados.

Exportação de petróleo do Brasil tem alta de 36%

 

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Dados divulgados nesta segunda-feira, 1º, pelo Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior atestam que o país exportou 1,489 bilhões em petróleo no mês de agosto; crescimento acontece em um momento em que a Petrobras volta a apresentar crescimento da produção de petróleo, principalmente por conta do petróleo extraído do pré-sal; já as importações brasileiras de petróleo e derivados somaram 2,976 bilhões de dólares em agosto, 24,7% ao valor importado em agosto de 2013

1 de Setembro de 2014 às 20:05

Da Reuters - As exportações de petróleo do Brasil somaram 1,489 bilhões de dólares em agosto. O montante é 36,85% superior ao exportado no mesmo mês do ano passado. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 1º, pelo Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (Mdic). O crescimento acontece em um momento em que a Petrobras volta a apresentar crescimento da produção de petróleo, principalmente por conta do petróleo extraído do pré-sal.

Já as importações brasileiras de petróleo e derivados somaram 2,976 bilhões de dólares em agosto, 24,7 por cento superior ao valor importado em agosto de 2013. "No grupo dos combustíveis e lubrificantes, o crescimento (das importações) ocorreu principalmente pelo aumento dos preços e das quantidades embarcadas de petróleo, gás natural, naftas e gasolina", afirmou o ministério em nota.

Incluído no grupo combustíveis e lubrificantes, as importações de petróleo somaram 1,142 bilhões de dólares em agosto, alta de 64,1 por cento em relação ao mesmo período de 2013. As compras de gasolina e diesel no exterior, não detalhadas pelo ministério e realizadas em sua grande maioria pela Petrobras, têm trazido prejuízo aos resultados da empresa nos últimos anos. Isso porque a estatal vende os produtos no país por valores inferiores aos praticados no exterior.

http://www.brasil247.com/pt/247/economia/

Bird: pobreza crônica no Brasil caiu de 6,7% para 1,6% em oito anos

 

Jornal do Brasil

Estudo apresentado pelo Banco Mundial (Bird) aponta que a pobreza crônica no Brasil, que considera privações além da renda, caiu de 6,7% para 1,6% da população em oito anos, entre 2004 e 2012. A redução é de 76% neste período. O trabalho foi apresentado por técnicos do Banco Mundial em encontro no Rio de Janeiro promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e pelo World Without Poverty (WWP), projeto conjunto do Banco Mundial, do MDS e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

"Os resultados na redução da pobreza multidimensional refletem os efeitos de políticas implementadas nos últimos anos, como o Luz para Todos, e a melhoria no acesso à educação", destacou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, que participou do evento. Ela lembrou que mais de 3,1 milhões de residências tiveram acesso à luz elétrica desde o início do programa Luz para Todos em 2004.

O trabalho, focado na pobreza multidimensional, considerou, além da renda, sete dimensões da pobreza: se as crianças e adolescentes até 17 anos estão na escola, os anos de escolaridade dos adultos, o acesso à água potável e saneamento, eletricidade, condições de moradia e, finalmente, a bens, como telefone, fogão e geladeira. A pobreza é considerada crônica quando são registradas privações em pelo menos quatro das sete dimensões.

O estudo utilizou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "O que nos estimula", disse Tereza Campello, "é que os dados do Banco Mundial mostraram que nossa ação foi eficaz, pois conseguiu atingir a pobreza crônica".

A ministra lembrou que o Plano Brasil Sem Miséria foi desenvolvido para enfrentar a pobreza em suas diferentes dimensões, garantindo renda, mas também cuidando de melhorar as oportunidades para inserção econômica dessas famílias, assim como o seu acesso a serviços. Ela destacou ainda que o trabalho apresentado pelo Banco Mundial considerou dados até 2012 e que os resulta dos são ainda mais surpreendentes se atualizá-los até 2013, que incluem efeitos de programas como Água para Todos, Minha Casa Minha Vida e Mais Médicos.

http://www.jb.com.br/pais/noticias/2014/09/01/bird-pobreza-cronica-no-brasil-caiu-de-67-para-16-em-oito-anos/

Pobreza cai 76% no Brasil nos últimos 10 anos, afirma Banco Mundial

 

Os resultados refletem os efeitos de políticas como Luz para Todos e a melhoria no acesso à educação

Moradora da Comunidade Quilombola Gurubanos, em São Paulo, comprou uma geladeira após a chegada do programa Luz para Todos.Foto: Divulgação/ Ministério de Minas e Energia (Novembro de 2006)
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01/09/2014

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A pobreza crônica no Brasil, quando consideradas várias dimensões de carências e privação, caiu de 6,7% para 1,6% da população no período de oito anos, entre 2004 e 2012, segundo estudo do Banco Mundial.
A queda de 76% durante os governos do PT foi apresentada por técnicos do Banco Mundial em encontro promovido no Rio de Janeiro pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e pelo World Without Poverty (WWP), projeto conjunto do Banco Mundial, do MDS e do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).
O estudo considerou pobres de renda aqueles que ganham até R$ 140 mensais por membro da família. O valor é maior do que a linha de extrema pobreza brasileira, de R$ 77 mensais (equivalente a US$1,25 diário), também por membro da família. Se a pobreza crônica considerasse apenas a população em situação de miséria, o percentual da redução seria ainda menor do que o 1,6% da população identificado pelos autores do estudo.
“Os resultados na redução da pobreza multidimensional refletem os efeitos de políticas como Luz para Todos e a melhoria no acesso à educação verificados no Brasil nos últimos anos”, destacou a ministra o Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, que participou do evento. Ela lembrou que mais de 3,1 milhões de residências tiveram acesso à luz elétrica desde o início do programa Luz para Todos em 2004.
A pobreza de renda caiu muito, segundo a ministra, devido a uma série de fatores, como o Bolsa Família, o crescimento do salário mínimo e o aumento da formalização do emprego, mas a queda foi ainda maior se considerados fatores como acesso a bens e serviços públicos.
Escolaridade
O trabalho feito pelo Bird, focado na pobreza multidimensional, considerou, além da renda, sete dimensões da pobreza: se as crianças e adolescentes até 17 anos estão na escola, os anos de escolaridade dos adultos, o acesso à água potável e saneamento, eletricidade, condições de moradia e, finalmente, a bens, como telefone, fogão e geladeira. O estudo trabalhou com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IGBE).
A ministra destacou que o Plano Brasil Sem Miséria foi organizado de forma a enfrentar a pobreza em suas diferentes dimensões, garantindo renda, mas também cuidando de melhorar as oportunidades para inserção econômica dessas famílias, assim como o seu acesso a serviços. “Construímos o Plano Brasil Sem Miséria olhando o conjunto da população pobre e extremamente pobre”, explicou ela. “Sempre agimos de maneira multidimensional e os dados do Banco Mundial comprovam isso”.
Programas
Para a economista do grupo de Desenvolvimento Humano e Proteção Social do Banco Mundial, Anna Fruttero, coautora do estudo, o fato de um indivíduo ser pobre monetário e multidimensional aumenta a probabilidade de ele seguir na pobreza. “O objetivo tem que ser a erradicação da pobreza crônica”, afirmou.
“O que nos estimula”, disse a ministra Tereza Campello, “é que os dados do Banco Mundial mostram que nossa ação tem sido eficaz, pois conseguiu atingir a pobreza crônica”. Ela salientou ainda que o trabalho apresentado pelo Banco Mundial considerou dados até 2012 e que os resultados seriam ainda mais surpreendentes se tivessem sido computados dados de 2013, que incluem parte dos efeitos de programas como Água para Todos, Minha Casa, Minha Vida, e Mais Médicos.
Com informações do PT

Agência FEM-CUT/SP
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terça-feira, 2 de setembro de 2014

Economia Salários no Brasil crescem o dobro da média mundial após a crise de 2008, diz OIT

 

Ganho real de 72,3% no salário mínimo contribuiu para melhorar a qualidade de vida do trabalhador durante os governos do PT

6/08/2014 - 11h21 / Por Agência PT

O Relatório Global sobre os Salários 2012/13, da Organização Mundial do Trabalho (OIT), informa que a média anual de crescimento do salário real no Brasil superou a média mundial entre 2009 e 2011.

No mundo, os salários cresceram 1,3% em 2009; 2,1% em 2010 e 1,2% em 2011. No Brasil, os níveis atingiram quase o dobro: 3,2% em 2009, ano da crise; chegando ao ápice em 2010, com 3,8%; e 2,7%, em 2011.

“Quando os salários aumentam em consonância com o crescimento da produtividade estes aumentos são ambos sustentáveis e estimulam um maior crescimento econômico face ao aumento do poder de compra das famílias”, afirmou o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, ao divulgar o relatório, na terça-feira (5).

MínimoSegundo a OIT, o aumento real do salário mínimo tem contribuído para esse resultado e para a melhoria da qualidade de vida do trabalhador brasileiro durante os governos do PT, beneficiando diretamente cerca de 48 milhões de pessoas.

Desde 2003, o valor do mínimo teve crescimento real (descontada a inflação) de 72,31%, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O relatório da organização aponta que a manutenção do crescimento dos salários no País se deve às políticas de valorização do salário mínimo e ao ganho de produtividade no mercado.

A política de valorização do mínimo começou a ser elaborada em 2006 e se consolidou a partir de 2011, quando ficou definido que o salário mínimo do trabalhador brasileiro seria reajustado, até 2015, com base na Lei n° 12.382, de 25 de fevereiro de 2011.

Pela regra, a cada ano, o aumento corresponde à variação do Produto Interno Bruto (PIB) do ano retrasado, mais a inflação do ano anterior medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

O ganho também impulsionou os ganhos obtidos pelos trabalhadores de diversas categorias, nas negociações com os empregadores no ano passado.

Cerca de 95% das 685 unidades de negociação, analisadas pelo Sistema de Acompanhamento de Salários (SAS-Dieese), conquistaram reajustes para pisos salariais das categorias em 2013, acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o Balanço dos Pisos Salariais Negociados em 2013, do Dieese, o valor médio dos pisos salariais foi cerca de 9% maior, em termos nominais, que o valor médio observado nas mesmas unidades de negociação em 2012.

Redução da pobrezaA OIT também destaca a valorização de salário mínimo como instrumento para a redução da pobreza. No Brasil, um salário mínimo mais forte é uma das medidas mais citadas para explicar a redução da pobreza, diz um trecho do relatório “2003 – Reparando o tecido econômico e social”. O relatório destacou o crescimento de 16% da classe média entre 1999 e 2010. Segundo a OIT, isso ocorreu devido ao fortalecimento do salário mínimo, entre outras ações.

Para o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Marcelo Neri, os mais pobres ganharam mais renda nos últimos anos, com a renda dos 5% mais pobres tendo um crescimento 5,3 vezes maior que a dos 5% mais ricos.

O poder de compra do salário mínimo é calculado pelo Dieese de acordo com os produtos da cesta básica. Atualmente, essa relação é a maior desde 1979. Os produtos da cesta básica e suas respectivas quantidades mensais são diferentes por regiões e foram definidos pelo Decreto 399 de 1938, que continua em vigor.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Portal Brasil

Risco da Eleição da Marina Silva

Por Fernando Nogueira da Costa

Analiso o risco da eleição da Marina da seguinte forma:

1. área social: de início, anuncia que manterá os programas sociais essenciais, porém, com o tempo seus economistas neoliberais cortarão gastos públicos, sufocando-os.

2. área política: anuncia que governará com todos, exceto o PMDB, porém, ela se aliará já no segundo turno com o trio PSDB-DEM-PPS.

3. área econômica: dá, desde agora, carta-branca para o ultraliberal da Escola Austríaca, Eduardo Giannetti, ser seu porta-voz, não se vexando de anunciar que vai cortar gastos públicos, descapitalizar bancos públicos, suspender obras públicas em andamento como na infraestrutura, na energia hidrelétrica (Belo Monte – Santo Antônio – Jirau) e em extração de petróleo no pré-sal.

4. área comportamental e/ou de costumes: conservadora, preservacionista e reacionária em temas como criacionismo, aborto, feminismo, homofobia, ateísmo, Estado laico, etc.

Enfim, estou pessimista a respeito da eleição. Não confundo Marina 2014 com Lula 2002, pois este teve a liderança de construir um Partido de massa popular, sendo que ela não conseguiu organizar nem a pequena Rede com radicais-chic…

Daí, oportunisticamente, migrou para o PSB. E levando a crer na “predestinação divina”, tal como os monarcas antes do século XVIII, acredita que o “dedo-de-deus” levou o Eduardo Campos à morte e ela a ser entronizada.

O termo “messianismo” é o adequado para entender porque pessoas despolitizadas, que abominam “os políticos” (mas não os pastores, os padres ou os bispos), adotam-no. Na religião judaica, messianismo é a crença na vinda de um Messias, redentor humano eleito por Deus, para toda a humanidade.

Na prática, refere-se a um movimento ou sistema ideológico que prega a salvação da humanidade através da entronização de um messias. Este pode ser um indivíduo (Marina), uma classe (alienada) ou uma ideia (o ambientalismo pentecostal)…

Pior, seus eleitores logo se decepcionarão. Ela fará tudo que está pregando que não fará!

Quais são os posicionamentos da Marina sobre geopolítica mundial, exceto em platitudes ambientalistas? Isto não é grave para a escolha dos eleitores que estarão escolhendo uma representação do País?! Assinarão um “cheque-em-branco” em nome da “aversão aos políticos”?!

Quanto à defesa do “tripé econômico”, primeiro, esse tripé produziu péssimos resultados no final do governo FHC e a imprensa oposicionista o mitifica, usando do expediente de que uma mentira repetida, reiteradamente, pode ser inculcada nas mentes dos eleitores como fato verdadeiro. Ele foi abandonado desde o início do governo Lula-Dilma. Este aumentou o superávit primário até que a dívida pública líquida caísse abaixo de 35% do PIB, baixou a taxa de câmbio de quase R$ 4 para ~R$ 2,30, diminuiu a taxa de juros real para 4,5% aa e ampliou o crédito como nunca o governo FHC fez: de 21,8% para 56% do PIB. Tripé?!

Segundo, discordo inteiramente da hipótese de que o que deu errado no final do governo FHC foi devido ao “medo do futuro governo Lula”. Basta lembrar fatos como o apagão elétrico de 2001, o choque mundial com o ataque terrorista às Torres Gêmeas em NY, a tática do medo propagada por apoiadores do FHC tipo “Serra ou o caos”, etc. O governo neoliberal fracassou antes de Lula ser o favorito.

Terceiro, acho que o papel da “Carta aos Brasileiros” é também uma mitificação, tanto que não houve nenhuma apoio de O Mercado logo após sua divulgação. O que ocorreu em 2003 foi o reconhecimento da responsabilidade e competência da equipe econômica do Governo Lula. Os bons resultados econômicos foram surgindo e a confiança empresarial foi se elevando. Acompanhei tudo isso, direta e semanalmente, na Diretoria da FEBRABAN.

Quarto, quanto à Marina, meu temor não é quanto às políticas sociais, pois ela não seria louca de rasgar toda sua biografia política e cortar o que deu muito certo. O que me apavora é que, na área econômica, seu “guru” (Eduardo Giannetti) é um ideólogo seguidor da Escola Austríaca. Este pensamento econômico é ultraliberal, chegando a ser contra qualquer Banco Central!

Pior, Giannetti, como não tem nenhuma prática de política econômica, afirma que adotará a política econômica dos tucanos. Não reconhece o paradoxo: se esta deu tão maus resultados, por que Lula teria a seguido?! É lógico que não a seguiu! E agora a “cabeça-oca” quer a adotar! Isso resultará no corte de gastos públicos — podendo até, em médio prazo, cortar qualquer ampliação de programas sociais — e desemprego para cortar gastos salariais das empresas.

Quanto à volta do “discurso da competência”, em que qualquer problema seria resolvido, simplesmente, com a reunião de “gênios da raça” de todos os partidos, é mais ou menos como a seleção brasileira sem coesão que levou goleada de 7 X 1. Sem base de coalizão partidária para aprovar projetos, ela “reinará, mas não governará”… Provavelmente, se aliará com a direita desde o segundo turno.

Já assistimos esse filme com o Collor: discurso eleitoreiro anti-políticos e aliança descarada com os piores políticos para governar. Já vimos como termina…

Se ela se aliar com a esquerda, reeditando a antiga aliança PSB-PT, tudo bem, eu reconhecerei que eu me enganei. Porém, hoje, duvido que esse gesto magnânimo ocorra.

É um tormento psicológico pensar que uma beata igual à Marina tem chances de alcançar a Presidência da República do Brasil em pleno século XXI! Uma pessoa que almeja “um lugar no céu” alimenta essa ilusão com os votos dos iludidos fieis. Porém, somar Política e Religião é anticonstitucional em um Estado laico.

Não desejo nem o retrocesso com o Aécio nem o atraso com a Marina. Com ela não aproveitaremos a oportunidade histórica — o “bonde da história” — de dar um salto na qualidade de vida do nosso povo com o término dos projetos de longo prazo de investimentos em andamento. O desenvolvimento será sustentável com o FSRS (Fundo Social de Riqueza Soberana), capitalizado a partir dos royalties da exportação do petróleo do pré-sal, dando 75% dos seus rendimentos para a Educação e 25% para a Saúde. Isso não ocorrerá com mais uma tentativa de desmanche do Estado social-desenvolvimentista.

Fernando Nogueira da Costa é Professor Livre-Docente do IE-UNICAMP. Autor do livro “Brasil dos Bancos” (Edusp, 2012). http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ E-mail: fernandonogueiracosta@gmail.com.

PIB avança 0,5% no primeiro semestre e Mantega refuta hipótese de recessão

 

O Produto Interno Bruto (PIB) no 1º semestre de 2014 apresentou crescimento de 0,5% em relação a igual período de 2013. Nesta base de comparação, destaque para o desempenho da Agropecuária (1,2%) e dos Serviços (1,1%). A Indústria, por sua vez, sofreu queda de 1,4%. No acumulado de 12 meses, o PIB cresceu 1,4% em relação aos 12 meses imediatamente anteriores. Os dados foram divulgados na última sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o índice não aponta para uma recessão no País. “Não dá para falar em recessão. Recessão é uma parada prolongada, como ocorreu com os países europeus e ocorre quando há desemprego”, avaliou. Ele disse que, no primeiro semestre, o Brasil conseguiu criar 500 mil novas vagas de trabalho.

Ainda acordo com o ministro, o baixo crescimento do PIB no período pode ser explicado devido à baixa demanda no comércio internacional e também a problemas conjunturais internos, como os efeitos da estiagem - que levou ao aumento do custo da energia elétrica – e ao menor número de dias úteis em junho, devido aos dias de jogos da Copa do Mundo.

O PIB em valores correntes alcançou R$ 1,27 trilhão no segundo trimestre de 2014, sendo R$ 1,1 trilhão referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 183,7 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.

No resultado do segundo trimestre, a Poupança Bruta atingiu R$ 179,0 bilhões contra R$ 195,6 bilhões no mesmo período do ano anterior.

Recuperação - Na avaliação de Mantega, os primeiros indicativos da produção industrial para o terceiro trimestre já mostram recuperação do crescimento econômico. Ele ainda enfatizou que a inflação também já deu sinais de acomodação, e a massa salarial permanece em alta.

De acordo com o titular da Fazenda, os dados indicados pelo BNDES mostram aumento das vendas de máquinas e equipamentos no segundo trimestre e que isso deve repercutir no médio prazo. “Nós temos um dos maiores superávits do mundo e há condições de fazermos um maior ainda”, garantiu o ministro.

Apesar do baixo crescimento do PIB no segundo trimestre deste ano, o desempenho do Brasil frente às principais economias do mundo, desde 2008 (ano que estourou a crise econômica mundial), continua positivo. Segundo dados do Banco Mundial, o crescimento acumulado do PIB brasileiro entre 2008 e 2013 foi de 19,87%. O índice é inferior apenas ao desempenho da Índia (45,57%) e da China (66,44%), mas superior ao da Rússia (10,73%), México (9,16%), Estados Unidos (5,51%), Alemanha (4,21%) e Japão (0,3%).

PT na Câmara

Marina, a energia nuclear e os gays. Ou: Setores da imprensa criticam as bobagens menos relevantes da candidata do PSB…

 

O PSB lançou o seu programa de governo na sexta-feira. Trazia duas, vamos dizer, “inovações” em relação, se assim se pode dizer, ao “Marinismo Clássico”: o apoio ao desenvolvimento da energia nuclear e ao casamento gay. No capítulo dos direitos da chamada comunidade GLBT, hoje uma espécie de fetiche da imprensa dita “progressista”, a candidata prometia ainda apoio ao PLC 122 — a tal lei que criminaliza a homofobia. O texto ia adiante e dizia que o governo Marina também se comprometia com o tal Projeto de Lei da Identidade de Gênero Brasileira, de autoria dos deputados Jean Wyllys (PSOL-RJ) e Érika Kokay (PT-DF). A íntegra do texto, para os interessados, está aqui. Basicamente, o troço torna a identidade sexual de livre escolha, entenderam? Qual é o sexo do indivíduo para efeitos civis? Ele escolheria. Em que país do mundo é assim? Com essa largueza, em nenhum. Pô, se a gente tem jabuticaba e pororoca, por que não isso?

Muito bem! As coisas mudaram um pouco. Como lembrei no programa “Os Pingos nos Is”, na Jovem Pan, na sexta à noite, Marina Silva era contra o apoio ao desenvolvimento da energia nuclear. Pois é. E continua contra. Horas depois de o programa ter vindo à luz, interlocutores da candidata foram a público para divulgar a primeira errata. Não! Ela não quer dar apoio ao desenvolvido da energia nuclear. Um lembrete: Roberto Amaral, presidente do PSB, quando ministro da Ciência e Tecnologia de Lula, chegou a defender que o Brasil tivesse a bomba atômica. E como é que o programa veio a público sem a concordância de Marina? Vai saber…

Aí chegou a hora de fazer a segunda errata. Não! Marina, se eleita, não vai se comprometer com o casamento gay, mas apenas respeitar as consequências da decisão do Supremo, que equiparou as uniões civis hétero e homossexuais. Também não vai dar apoio formal ao PLC 122, a lei que criminaliza a homofobia, nem ao tal projeto sobre identidades sexuais.

Numa nota divulgada à imprensa, vazada naquela língua quase impossível falada pelo marinismo, ficamos sabendo que “em razão de falha processual na editoração, a versão do Programa de Governo divulgada pela internet até então e a que consta em alguns exemplares impressos, distribuídos aos veículos de comunicação, incorporou uma redação do referido capítulo que não contempla a mediação entre os diversos pensamentos que se dispuseram a contribuir para sua formulação e os posicionamentos de Eduardo Campos e Marina Silva a respeito da definição de políticas para a população GLBT”. Ufa!!! Ou por outra: o programa foi feito sabe-se lá por quem. Marina não concordava com ele.

Que coisa! O programa de governo de Marina faz algumas críticas à democracia que são, a meu ver, francamente obscurantistas; flerta com mecanismos pernósticos de democracia direta e, acho eu, diz coisas bastante perigosas sobre a indústria — tratarei desses assuntos em outra oportunidade. Mas só mesmo a mudança de redação do capítulo sobre os direitos da comunidade GLBT arrancou de setores da imprensa alguma crítica decepcionada. Atribui-se a alteração à religião de Marina, que pertence à Assembleia de Deus e foi, sim, criticada por muitos pastores.

Pois é… Quando há uma bolha favorável a alguém no noticiário, até a crítica funciona ao contrário, não é mesmo? Em vez de prejudicar, ajuda. De fato, todas as promessas que estavam no programa eram matéria a ser decidida pelo Congresso, não tarefa do Executivo. Uma coisa é um candidato se comprometer com o apoio genérico à causa da igualdade; outra, distinta, é entrar em minudências e garantir suporte a este ou àquele projetos em particular. Da forma como estava, com efeito, o programa de Marina mais tirava votos do que rendia adesões.

Nem entro no mérito se ela cobrou a alteração da redação pensando no eleitorado ou na sua religião. O que sei, e isto me parece claríssimo, é que a insistência da imprensa em atribuir as opiniões de Marina nessa área à sua confissão religiosa — e isso é sempre noticiado com viés negativo — mais fortalece do que enfraquece a candidata. O PLC 122 é um texto ruim e autoritário. A tal proposta sobre identidades sexuais, com a redação que tem, é uma aberração. Marina tem falado, a meu ver, bobagens estratosféricas — como aquela sobre os transgênicos. A correção do conteúdo do que ia no capítulo sobre a comunidade GLBT é um de seus acertos. Não obstante, é justamente esse o aspecto que mais lhe rendeu críticas na imprensa. Assim fica fácil demais para ela, não é mesmo?

Texto publicado originalmente às 4h39

Por Reinaldo Azevedo

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo

Mexicana faz 127 anos e explica longevidade: nunca se casou

Enviado por Fernando Moreira -

31.08.2014

Mexicana faz 127 anos e explica longevidade: nunca se casou

Leandra Becerra Lumbreras - Reprodução/YouTube(InterestingLatestNews)

Leandra Becerra Lumbreras nasceu em 31 de agosto de 1887. Aos 127 anos, a mexicana é a pessoa que mais viveu no mundo.
Em entrevista à Televisa, Leandra deu a receita para a longevidade: comer chocolate, dormir por dias seguidos e não se casar.
Apesar de nunca ter subido ao altar, a idosa teve 73 bisnetos e 55 tataranetos.

A centenária chegou a lutar na Revolução Mexicana (1910 a 1917) como líder de um esquadrão composto só por mulheres.

Em entrevista ao jornal "El Horizonte", uma neta comentou que Leandra "sempre lutou" e que "estava costurando e tecendo até dois anos atrás".
A mexicana já enterrou cinco filhos e vários netos - o último em 2013, aos 90 anos.

http://oglobo.globo.com/blogs/pagenotfound/posts/2014/08/31/mexicana-faz-127-anos-explica-longevidade-nunca-se-casou-547944.asp?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=O%20Globo

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Nada mais do que um Collor de saias

 

Leopoldo Vieira

LEOPOLDO VIEIRA 31 de Agosto de 2014 às 20:28

O fator Marina só trouxe uma coisa boa: provar ao país que o problema político não se resolve com falso mágico, mas com uma reforma que liberte a representação popular da chantagem da mídia e dos financiadores de campanha

Marina está crescendo porque dialoga com o sentimento difuso das manifestações de junho de 2013, subproduto da falta de uma Lei de Meios, que tiveram como principal elemento o desgaste do atual sistema político sem compreendê-lo a fundo e, logo, sem bandeiras claras para a transformação deste, desembocando numa genérica aversão à corrupção, partidos e políticos.

A "nova classe média" e as "classes" D e E tem sido penetradas por Marina porque, como acertou Clóvis Rossi, a melhora da vida destes segmentos ainda é um fenômeno visto por eles próprios como vulnerável e o terrorismo da mídia com a inflação e o crescimento desperta desconfiança quanto ao futuro.

Também é preciso reconhecer, como lembrou Luiz Carlos Azenha, que estes setores ainda não puderam ser suficientemente esclarecidos: "tiraram proveito dos programas sociais mas se revoltam com a cobrança de impostos; ganharam bolsa do Prouni e agora se orgulham de ler a Veja; receberam energia pela primeira vez em casa e acreditam em tudo o que sai no Jornal Nacional".

Só que Marina cada vez mais se mostra incapaz de responder a qualquer destas questões.

Na gestão Marina no Meio Ambiente o desmatamento da Amazônia aumentou e só diminuiu quando ela saiu. Em gestão, um fiasco. Isso significa, a partir da experiência concreta do país com ela, que a Amazônia e os demais biomas estarão absolutamente vulneráveis às grandes empresas, negócios, ONGs de fachada e práticas econômicas ilegais. Marina não está apta a defender a maior riqueza em biodiversidade do planeta.

No mesmo Ministério, não conseguiu costurar uma acordo em torno do meio ambiente, só se isolou. Como líder, foi um fracasso, pois espera-se de uma pessoa com esta qualidade que construa pactos com amplos setores, inclusive os muito poderosos, porém com importância econômica inegável à economia, tecnologia e empregos do país, que os façam parceiros da preservação e não um foco de conflitos sociais e crises internas ao governo e ao parlamento.

Está candidata com Heráclito e Bornhausen, com jato de caixa 2 a responder. Para agradar ao agronegócio disse que nunca foi contra os transgênicos, e capitulou à Malafaia, contra os gays. Como nova política, é incoerência em pessoa. O que se pode esperar dela, que, apesar de sua Rede ter mais de 100 candidatos espalhados em legendas que vão do DEM ao PSOL, é que seja refém da grande mídia familiar para encurralar o poder legislativo, de um setor da sociedade, como as igrejas evangélicas e seus pastores políticos, ou, pior, radicalize o toma lá dá cá que tanto critica. Aqui, voltamos a refletir sobre qual será a capacidade de uma não-gestora e líder de atributos questionáveis de proteger o meio ambiente num contexto destes.

Marina em campanha copiou o programa neoliberal de Aécio. Como alternativa, é um engodo. Ela será refém de sua patrocinadora e mentora, Neca do Itaú e os colegas dela do sistema financeiro. Ou seja: vai aumentar juros, reduzir serviços e servidores públicos e aumentar o naco do orçamento público para pagar juros aos banqueiros. É isso que significa a proposta de dar autonomia ao Banco Central. Em suma, está escrito que destruirá os programas sociais, o emprego, o crédito e o salário.

Marina, então, pelo que anuncia e por como se comporta, é parte do que se chama de "corrupção", é fisiológica, neoliberal (de direita) e traz consigo as trombetas apocalípticas da submissão internacional do Brasil, com índices alarmantes de calamidade social, como já foi lamentavelmente experimentado nos anos 90.

Fernando Rodrigues, ao forjar uma declaração do ex-ministro José Dirceu, estava redondamente errado. Ela não é Lula, é Collor de saias.

No Brasil de hoje, não faz sentido temer pelo futuro, pois nosso modelo manteve a inflação na meta, ao contrário dos tucanos. Sem cortar serviços e servidores públicos, reduziu a proporção dívida-PIB de 50% para 30%. Além do legado da Copa, cada casa construída para um pobre morar, unidade de saúde, ponte, escola, creche, trazem consigo empregos com salário mínimo valorizado, que gera mais renda para o comércio local, que emprega mais e com mais salário. Por isso, apesar do baixo crescimento, seguramos o pleno emprego e a qualidade de vida crescente.

O fator Marina só trouxe uma coisa boa: provar ao país que o problema político não se resolve com falso mágico, mas com uma reforma que liberte a representação popular da chantagem da mídia e dos financiadores de campanha. Foi isso que Junho quis, é isso que Dilma fará com apoio da sociedade, dos partidos e instituições democráticas para que, nunca mais, uma Neca qualquer se julgue no direito de classificar os partidos de "esquerda" e "direita" ao seu bel prazer e isso influencie alguém. Ou, que um pastor se arrogue o direito de ordenar se uma população pode ou não ter direitos..

http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/151940/Nada-mais-do-que-um-Collor-de-saias.htm

Os bons desse País têm compromisso com a distribuição de renda e inclusão social, diz Dilma

 

Sticky PostBy ptrjOn 29/08/2014

A presidenta Dilma Rousseff afirmou, no último dia 28, que não adianta se ter bons quadros para governar quando eles não têm compromisso com os projetos em favor da população.

“É melhor ter uma pessoa boa compromissada do que pessoa boa sem compromisso”, disse, durante evento na Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), em Brasília.

“Para mim, os bons desse país são aqueles que têm compromisso com a distribuição de renda e inclusão social”, completou durante entrevista a jornalistas.

A afirmação são respostas à candidata do PSB, Marina Silva. Recentemente, ela afirmou pretender governar “com os melhores”, se for eleita.

Um de seus conselheiros, Eduardo Giannetti da Fonseca, fez afirmação no mesmo sentido nesta semana. Ele afirmou que a candidata vai procurar pessoas do PT e do PSDB para governar.

“Essa história que você acha os bons ou os melhores sem aferição não está certa não”, ironizou Dilma.

“Não é uma questão da pessoa ser boa ou ser ruim, é uma questão de que compromisso ela tem”, completou.

A presidenta também criticou as mentiras que têm sido espalhadas em relação ao seu governo.

“Na primeira eleição de Lula, a gente dizia ‘a esperança vai vencer o medo’ e venceu”, lembrou ao criticar seus adversários.

“Disseram ‘não vai ter Copa, não tem aeroporto, não tem estádio, não tem rua, não tem nada’, e teve Copa”, afirmou.

Leia mais aqui:

https://www.pt.org.br/os-bons-desse-pais-tem-compromisso-com-a-distribuicao-de-renda-e-inclusao-social-diz-dilma/

O Povo pensa

Erika Kokay

Ao ver as declarações de Marina Silva, negando o seu próprio programa apresentado largamente para toda a sociedade, me lembrei da frase do barão de Itararé que diz "de onde menos se espera é que não sai nada mesmo". Não poderíamos esperar o combate a homofobia de quem tem a sua construção e a sua linha política pautada no fundamentalismo.

A declaração de Marina Silva representa a consolidação de uma lógica homofóbica. Significa a ausência do Estado no desenvolvimento de uma função em que todo o ser humano possa viver a sua humanidade. São brasileiras e brasileiros que têm no seu recuo, no retrocesso ao seu próprio programa, a constatação de que não terão uma construção que permita que todas as pessoas tenham o direito de ser o que são, tenham o direito de amar, e tenham o direito de viver a sua humanidade.

É lamentável, extremamente perigoso e ameaçador para este País que nós tenhamos uma candidatura que lança propostas e que, em função da fala de um líder religioso, de um pastor que ameaça contestá-la, recua. Esta é uma candidatura que não representa uma postura de um governo de Estado, e que está absolutamente dominada, envergada por lógicas fundamentalistas religiosas, pautada pelas falas de líderes religiosos, na desconstrução da laicidade do Estado. Acredito que muitos outros temas também estão ameaçados, como o direito de amar, de ser, a democracia, e ao mesmo tempo a liberdade e a autonomia de Estado, adquirida a partir da sua própria laicidade.

O recuo no discurso se deu, e todos sabem disso, a partir das ameaças de um líder fundamentalista. Ao ameaçar Marina Silva de fazer oposição, houve um retrocesso imediato. O Brasil não pode sofrer a ameaça de ter uma presidenta da República que mude toda a construção do seu programa e as suas ações a partir da fala de um líder religioso.

Por isto não tenham dúvida: para avançar na construção da luta em defesa do direito de ser, da comunidade LGBT, do combate a homofobia, a candidatura que se apresenta e tem a real possibilidade de fazer esses enfrentamentos é a de Dilma Rousseff. Temos que avançar na construção da democracia e de direitos, para que possamos entender que este País é um País de todas cores e que um beijo tem que ser encarado apenas como um beijo.

Micro e pequenas empresas já respondem por 27% do PIB

 

Estudo divulgado hoje (23), realizado pela Fundação Getúlio Vargas a pedido do Sebrae, revela que, em dez anos, os valores de produção gerados por micro e pequenas empresas do Brasil saltaram de R$ 144 bilhões para R$ 599 bilhões, crescimento de 316%. São cerca de 9 milhões de empresas que respondem por 27% do Produto Interno Bruto (PIB), em uma evolução constante. Para ter uma ideia, em 1985 o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) calculava em 21% essa participação, passou para 23,2% em 2001 e, em 2011, atingiu 27%.

O estudo revelou ainda que as micro e pequenas empresas são as principais geradoras de riqueza no Comércio, respondendo por 53,4% do PIB do setor. Respondem também por 36,3% do PIB nos serviços e 22,5% na indústria. Outro dado importante: os pequenos negócios empregam 52% da mão de obra do país e respondem por 40% da massa salarial. Vale notar que o último ano abarcado pela pesquisa é 2011 (devido à periodicidade de medida dos dados utilizados).

De acordo com a publicação, a melhoria no ambiente de negócios (por exemplo, a criação do Supersimples, em 2007), o aumento da escolaridade (61% dos empreendedores tem ao menos o 2º Grau, em 2003 eram 43%) e a ampliação do mercado consumidor são os principais motivos para essa nova realidade.

Além disso, mudou a motivação dos brasileiros ao abrir um negócio. “Antes as pessoas abriam um negócio próprio quando não encontravam emprego. Hoje, de sete a cada 10 pessoas iniciam um empreendimento por identificar uma demanda no mercado, o que gera empresas mais planejadas e com melhores chances de crescer”, destaca o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, no site do órgão.

http://mudamais.com/divulgue-verdade/micro-e-pequenas-empresas-ja-respondem-por-27-do-pib

domingo, 31 de agosto de 2014

Programa de Marina Silva defende grave ataque aos trabalhadores: Terceirização precarizante ampla e irrestrita

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Por Maximiliano Nagl Garcez da Advocacia Garcez

Advogado de trabalhadores e entidades sindicais. Diretor para Assuntos Legislativos da Associação Latino-Americana de Advogados Laboralistas – ALAL. Mestre em Direito das Relações Sociais pela UFPR. Ex-Bolsista Fulbright e Pesquisador-Visitante na Harvard Law School. Email: max@advocaciagarcez.adv.br

  1. Programa de Marina Silva defende com unhas e dentes a terceirização ampla e irrestrita

Ao pesquisar a palavra “terceirização” no Programa da candidata Marina Silva, li com extrema preocupação os trechos abaixo (íntegra disponível emhttp://marinasilva.org.br/programa/), que são muitíssimos parecidos com as propostas mais reacionárias e conservadoras existentes hoje no Brasil visando prejudicar os trabalhadores (como por exemplo o nefasto PL 4330):

Página 75: “…terceirização de atividades leva a maior especialização produtiva,a maior divisão do trabalho e, consequentemente, a maior produtividade das empresas. Com isso, o próprio crescimento do setor de serviços seria um motor do crescimento do PIB per capita. Ambas as explicações salientam o papel do comércio e serviços para o bem-estar da população. Mesmo assim, o setor encontra uma série de entraves ao seu desenvolvimento. Há no Brasil um viés contra a terceirização, e isso se traduz bem no nosso sistema tributário, que impõe impostos como ISS e ICMS − em cascata ou cumulativos − em transações que envolvem duas ou mais empresas. A consequência: algumas atividades que poderiam ser terceirizadas por empresas acabam realizadas internamente, em prejuízo da produtividade, porque essa forma de tributação eleva os custos e tira a vantagem da operação.”

E ainda que o trecho acima ainda fosse suficientemente claro, logo à frente fica ainda mais evidente a defesa escancarada da terceirização (contra a qual o movimento sindical e várias entidades da sociedade civil organizada vem lutando):

Página 76: Existe hoje no Brasil um número elevado de disputas jurídicas sobre a terceirização de serviços com o argumento de que as atividades terceirizadas são atividades fins das empresas. Isso gera perda de eficiência do setor, reduzindo os ganhos de produtividade e privilegiando segmentos profissionais mais especializados e de maior renda. O setor de serviços é mais penalizado por esse tipo de problema, ficando mais exposto à consequente alocação ineficiente de recursos com perda de produtividade.

Segue a péssima proposta da candidata, também à pág. 76: Disciplinar a terceirização de atividades com regras que a viabilizem, assegurando o equilíbrio entre os objetivos de ganhos de eficiência e os de respeito às regras de proteção ao trabalho.”

Qualquer trabalhador ou sindicato que conheça o mundo do trabalho sabe que viabilizar a terceirização em todas as atividades de uma empresa, sem qualquer limite, por definição significa um enorme desrespeito “às regras de proteção ao trabalho”, como veremos a seguir.

  1. O modelo precarizante proposto por Marina Silva viola a Constituição Federal

A Constituição Federal de 1988 se configura como impedimento à eliminação e limitação do direitos trabalhistas e sindicais, defendida pelo programa da candidata Marina Silva e pelo PL 4330, de 2004. Tais propostas significam uma séria ameaça aos trabalhadores, aos sindicatos, à sociedade e à democracia.

Veremos a seguir que é evidente a inconstitucionalidade, injustiça e inconveniência de tais propostas.

A primeira inconstitucionalidade da proposta de Marina Silva reside no princípio da igualdade, contido no art. 5º.,caput, da Constituição Federal. Está inserido no rol dos direitos fundamentais do cidadão, categoria de direitos que não estão afetos a restrições infraconstitucionais, o que significa que não podem ser limitados pelo ordenamento jurídico, seja quanto à regulamentação, efetivação ou exercício desses direitos.

Vejamos a redação do caput do art. 5º: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:” (…) negritamos

Ao prever uma ampla e irrestrita terceirização, há flagrante violação ao princípio da isonomia. A jurisprudência do E. STF demonstra que a proposição, caso venha a ser transformada em lei (o que, diga-se de passagem, consideramos altamente indesejável, ante sua completa inadequação com nosso ordenamento jurídico), seria considerada manifestamente inconstitucional: “Estabelece a Constituição em vigor, reproduzindo nossa tradição constitucional, no art. 5º, caput (…). (…) De outra parte, no que concerne aos direitos sociais, nosso sistema veda, no inciso XXX do art. 7º da Constituição Federal, qualquer discriminação decorrente – além, evidentemente, da nacionalidade – de sexo, idade, cor ou estado civil. Dessa maneira, nosso sistema constitucional é contrário a tratamento discriminatório entre pessoas que prestam serviços iguais a um empregador.” (RE 161.243, Rel. Min. Carlos Velloso, voto do Min. Néri da Silveira, julgamento em 29-10-1996, Segunda Turma, DJ de 19-12-1997.) negritamos

O caput do art. 5º. deve ser interpretado em conjunto com os seguintes incisos do art. 3º. da CF: “Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I – construir uma sociedade livre, justa e solidária; III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.”

O art. 1º da Constituição Federal Brasileira coloca o valor social do trabalho, ao lado da dignidade da pessoa humana, como bens juridicamente tutelados e como fundamento para a construção de um Estado Democrático de Direito:

“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (…) III – a dignidade da pessoa humana; IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.”

A interpretação e a aplicação do Direito do Trabalho estão obrigatoriamente condicionadas aos princípios constitucionais de valorização do trabalho e do trabalhador como fator inerente à dignidade da pessoa humana. Ao se eleger a dignidade do ser humano como fundamento da República Federativa do Brasil, constitucionalizam-se os princípios do direito laboral, com força e imperatividade aptas a conferir ao trabalho e ao trabalhador, o significado de sustentação do próprio sistema da nação brasileira. Tal proceder efetiva o Estado Democrático de Direito, fazendo com que os objetivos políticos decididos pela Constituição sejam atingidos por meio de todo o ordenamento jurídico.

A proteção da dignidade da pessoa humana e do valor social do trabalho impede que qualquer norma que a viole (como tenta fazer o PL 4330 e a terceirização ampla e irrestrita defendida por Marina Silva) seja considera constitucional. Tal princípio impede qualquer atitude ou norma que diminua o status da pessoa humana enquanto indivíduo, cidadão e membro da comunidade. O tratamento dado ao terceirizado por Marina Silva, visto somente como um mero fator de produção, viola frontalmente tais princípios contidos no art. 1º. da Carta Magna.

  1. Da ultrajante defesa de terceirização de toda atividade empresarial no Programa de Marina Silva

A proposta de Marina Silva é clara: acabar com a discussão atividade-fim e atividade-meio, permitindo a terceirização de qualquer atividade empresarial e de qualquer setor de uma empresa.

Uma grande empresa, no modelo defendido por Marina Silva, nem mesmo precisaria ter trabalhadores. Poderia ter apenas contratos com outras empresas, quealugariam trabalhadores para o empresário, reduzindo o obreiro a uma mera mercadoria. E estas outras empresas terceirizadas, por sua vez, também não necessitariam ter trabalhadores: poderiam alugá-los de uma outra empresa, quarteirizada (ou quinterizada). Uso a expressão alugar pois infelizmente a proposta na prática acaba sendo o ultrajante aluguel de pessoas (proibido desde a Lei Áurea), e não o que a candidata eufemisticamente chamar ser “terceirização”.

A diferenciação atividade-fim e atividade-meio serve como um limite claro à terceirização, e tem permitido coibir tal prática por meio da Justiça do Trabalho. A análise da atividade-fim é voltada à atuação da empresa tomadora de serviços.

Pela proposta de Marina Silva, não há limite para o que a empresa tomadora de serviços pode terceirizar.

Ou seja: a empresa tomadora de serviços pode se tornar apenas uma administradora do CNPJ da empresa, terceirizando toda e qualquer atividade. E o trabalhador terceirizado poderá ser quarteirizado, quinterizado – ou seja, transformado em uma mercadoria, o que vai contra o princípio que determinou a fundação da OIT, da qual participou o Brasil: “O trabalho não é uma mercadoria.”

  1. Proposta de Marina Silva é claramente antissindical

A proposta de Marina Silva significa na prática que o empregador escolherá quais sindicatos representarão seus trabalhadores, em clara violação à liberdade sindical. O que na verdade pretende é a aniquilação do movimento sindical, que tem sido nas últimas décadas uma das principas forças-motrizes da democracia, da sociedade civil organizada e da resistência ao projeto autoritário-neoliberal. Por isso, significa também uma disfarçada Reforma Política, a fim de silenciar os trabalhadores e seus representantes.

Os dispositivos constitucionais citados no item 2 acima seriam violados, caso fosse permitida a terceirização de atividade-fim. O TST já analisou de modo detalhado tal questão, em acórdão da E. SDI-1, tratando exatamente dos reflexos malignos da terceirização ampla na estrutura sindical: “PROCESSO Nº TST-E-RR-586341/1999.4 “De outro giro, a terceirização na esfera finalística das empresas, além de atritar com o eixo fundamental da legislação trabalhista, como afirmado, traria consequências imensuráveis no campo da organização sindical e da negociação coletiva. O caso dos autos é emblemático, na medida em que a empresa reclamada, atuante no setor de energia elétrica, estaria autorizada a terceirizar todas as suas atividades, quer na área fim, quer na área meio. Nessa hipótese, pergunta-se: a CELG, apesar de beneficiária final dos serviços prestados, ficaria totalmente protegida e isenta do cumprimento das normas coletivas pactuadas, por não mais responder pelas obrigações trabalhistas dos empregados vinculados aos intermediários? Não resta dúvida de que a consequência desse processo seria, naturalmente, o enfraquecimento da categoria profissional dos eletricitários, diante da pulverização das atividades ligadas ao setor elétrico e da consequente multiplicação do número de empregadores. Todas essas questões estão em jogo e merecem especial reflexão.”

Convém destacar que o STF coloca a liberdade sindical como predicado do Estado Democrático de Direito: “A liberdade de associação, observada, relativamente às entidades sindicais, a base territorial mínima – a área de um Município –, é predicado do Estado Democrático de Direito. Recepção da Consolidação das Leis do Trabalho pela Carta da República de 1988, no que viabilizados o agrupamento de atividades profissionais e a dissociação, visando a formar sindicato específico.” (RMS 24.069, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 22-3-2005, Primeira Turma, DJ de 24-6-2005.)

  1. Da necessidade de impor limites à terceirização, ante os prejuízos que traz aos trabalhadores e à sociedade

O fenômeno da terceirização é permitido por nosso ordenamento jurídico somente quanto ao trabalho temporário (Lei. 6.019/74), de vigilantes (Lei 7.102/83) e de serviços de limpeza e conservação (conforme a Súmula 331 do TST).

Tal Súmula considera ilegal a terceirização da atividade-fim da empresa. Ou seja, qualquer descentralização de atividades deverá estar restrita a serviços auxiliares e periféricos à atividade principal da empresa.

Uma adequada interpretação da Constituição Federal também permite colocar sérios limites ao fenômeno da terceirização, por meio da utilização dos princípios constitucionais da valorização do trabalho e da dignidade humana, como vimos acima.

Vejamos alguns dos prejuízos que a terceirização ampla e irrestrita defendida por Marina Silva traria aos trabalhadores e à sociedade:

  1. a) a destruição da capacidade dos sindicatos de representarem os trabalhadores;
  2. b) baixos salários e o desrespeito aos direitos trabalhistas, com impactos negativos na economia, no consumo e na receita da Previdência Social e do FGTS (usado primordialmente para saneamento básico e habitação), com prejuízos a todos; nesse sentido, convém mencionar as sábias palavras do magistrado José Nilton Pandelot, ex-presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho: “Eu diria que a terceirização não é o futuro e sim a desgraça das relações de trabalho. Porque essa terceirização se estabelece na forma de precarização. Ela se desvia da sua finalidade principal. Não é para garantir a eficiência da empresa. É para reduzir o custo da mão-de-obra. Se ela é precarizadora, vai determinar uma redução da renda do trabalhador, vai diminuir o fomento à economia, diminuir a circulação de bens, porque vai reduzir o dinheiro injetado no mercado. Há um equívoco muito grande quando se pensa que a redução do valor da mão-de-obra beneficia de algum modo a economia. Quem compra, quem movimenta a economia são os trabalhadores. Eles têm que estar empregados e ganhar bem para os bens circularem no mercado. Pode não ser evitável, mas se continuar dessa forma, com uma terceirização que serve para a redução e a precarização da mão-de-obra, haverá um grande prejuízo à cidadania brasileira e à sociedade de um modo geral”;
  3. c) precarização do trabalho e o desemprego.A alegada “geração de novos postos de trabalho” pela terceirização é uma falácia: o que ocorre com tal fenômeno é a demissão de trabalhadores, com sua substituição por “sub-empregados” (vide o exemplo da Argentina e da Espanha nos anos 90);
  4. d) aumento do número de acidentes do trabalhoenvolvendo trabalhadores terceirizados, como já atestou o TST no julgado supracitado;
  5. e) prejuízos aos consumidores e à sociedade,ante a profunda diminuição da qualidade dos serviços prestados nas áreas de saúde, educação, segurança, energia, água e saneamento (dentre inúmeros outros), que seriam fortemente afetados pela terceirização ilegal;
  6. f) prejuízos sociais profundos.A ausência de um sistema adequado de proteção e efetivação dos direitos dos trabalhadores, com a existência de um grande número de trabalhadores precarizados, sem vínculo permanente, prejudica toda a sociedade, degradando o trabalho e corroendo as relações sociais: “Como se podem buscar objetivos de longo prazo numa sociedade de curto prazo? Como se podem manter relações sociais duráveis? Como pode um ser humano desenvolver uma narrativa de identidade e história de vida numa sociedade composta de episódios e fragmentos? As condições da nova economia alimentam, ao contrário, a experiência com a deriva no tempo, de lugar em lugar, de emprego em emprego. Se eu fosse explicar mais amplamente o dilema de Rico, diria que o capitalismo de curto prazo corrói o caráter dele, sobretudo aquelas qualidades de caráter que ligam os seres humanos uns aos outros, e dão a cada um deles um senso de identidade sustentável.” (SENNETT, Richard. A Corrosão do Caráter: As Conseqüências Pessoais do Trabalho no Novo Capitalismo. Trad. Marcos Santarrita. Rio de Janeiro: Record, 1999, p. 27).
  1. Conclusão: a proposta de Marina Silva é uma série ameaça aos trabalhadores, aos sindicatos e até mesmo à competitividade da economia brasileira

Não se pode tratar o trabalhador como uma mera peça sujeita a preço de mercado, transitória e descartável. A luta contra a terceirização ampla e irrestrita (infelizmente proposta de modo veemente no Programa da candidata Marina Silva), lembra à sociedade os princípios fundamentais de solidariedade e valorização humana, que ela própria fez constar do documento jurídico-político que é a Constituição Federal, e a necessidade de proteger a democracia, a coisa pública e a qualidade do serviços públicos, essenciais para o bem-estar da população.

A candidata Marina Silva, ao apresentar opiniões frontalmente contrárias aos trabalhadores e ao defender a terceirização ampla e irrestrita, ameaça até mesmo a competitividade do Brasil, pois a implementação de tais temerosas propostas:

- criaria enorme quantidade de trabalhadores precarizados e descartáveis;

- aumentaria a desigualdade social;

- tornaria ainda mais frequentes os acidentes e mortes no trabalho;

- diminuiria o consumo;

- e por fim, prejudicaria não somente a produtividade e a economia, mas toda a sociedade brasileira.

http://blogdotarso.com/2014/08/31/programa-de-marina-silva-defende-grave-ataque-aos-trabalhadores-terceirizacao-precarizante-ampla-e-irrestrita/

Dilma lidera na maioria dos Estados

 

Num apanhado de 25

19/08/2014 - 19h04 / Por Agência PT

Dos 27 estados da federação, Dilma lidera as pesquisas em 21. Em 14 deles, a presidenta tem larga vantagem. Em três, o tucano Aécio Neves vence. No Distrito Federal, existe empate técnico entre Dilma e Aécio. Essas são as posições em pesquisas registradas no TSE dos mais variados institutos de pesquisas sobre a sucessão presidencial. O levantamento – que não é uma soma entre pesquisas, mas apenas um apanhado dos resultados – abrange 25 estados da federação. Em apenas dois, não há registro de pesquisa.

De acordo com os dados registrados no TSE, Dilma vence nos seguintes estados: Roraima (46%), Acre (38,16), Amazonas (56%), Pará (58,57%), Rondônia (39%), Bahia (48%), Ceará (62%), Maranhão (46%), Pernambuco (40%), Sergipe (51%), Piauí (69%), Alagoas (66,67%), Rio Grande do Norte (46,94%), Paraíba (47,7%), Goiás (29%), Mato Grosso (45,95%), Mato Grosso do Sul (32%), Rio de Janeiro (35%), São Paulo (30%), Rio Grande do Sul (41%), Santa Catarina (31%),

Dilma está à frente em todas as regiões do País. No Sul, a presidenta registra 33% das intenções. No Centro-Oeste, 35%. Já no Sudeste, a presidenta atinge 28% da preferência.

O Nordeste, é a região onde Dilma tem a maior preferência. 55% dos eleitores optaram pelo voto na presidenta, segundo o Datafolha. No Ceará, Piauí, Pará, Amazonas, Sergipe e Alagoas apresentam os maiores índices. No Distrito Federal, o Ibope registrou o único empate técnico. Aécio tem 26% e Dilma 25% da preferência.

Aécio Neves (PSDB) vence a presidenta no Paraná, Espirito Santo e Minas Gerais. Mesmo nos estados em que o tucano está na frente, a presidenta Dilma segue colada, a exemplo do Paraná, onde Neves tem 36%, contra 31% da petista.

Segundo pesquisa do instituto Datafolha, a presidenta Dilma viu subir em 6 pontos percentuais à aprovação do seu governo. O modo petista no governo federal tem agora 38% de avaliação positiva.

Por Marcos Paulo Lima, da Agência PT de Notícias

Crédito para agricultura familiar contribui para recorde de produção

 

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A agricultura familiar é responsável por 75% dos alimentos que chegam às mesas dos brasileiros.

Via Blog do Planalto

O governo federal, por meio de programa de crédito à agricultura familiar, disponibilizará R$24,1 bilhões a operações de custeio e investimento para o período de 2014/2015. Trata-se do maior volume de recursos da história do programa, que financia projetos individuais ou coletivos que gerem renda a agricultores familiares e assentados da reforma agrária. As taxas de juro são as mais baixas dos financiamentos rurais e o índice de inadimplência é dos menores entre os sistemas de crédito do País.

Na safra de 2013/2014 foram anunciados R$21 bilhões, mas o valor acessado pelos agricultores familiares superou o montante, atingindo volume de R$22,3 bilhões em créditos. Mais de 57% (R$12,7 bilhões) desses recursos foram destinados à recuperação de infraestrutura rural para aumento da produção de alimentos.

Para David Wylkerson, secretário de Política Agrícola da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a diminuição da burocratização a cada ano tem permitido que um maior número de agricultores e agricultoras habilitados acessem recursos do programa, garantindo maior produção.

“Tal programa se traduz na garantia de inserção de políticas públicas para o campo brasileiro, a exemplo do crédito, da assistência técnica, sendo que a cada ano tem se buscado aprimorá-la, tendo como consequência o incremento de políticas que garantem a melhoria da qualidade de vida dos agricultores e agricultoras”, declarou.

Estima-se que no Brasil a agricultura familiar é responsável por 75% dos alimentos que vai para mesa do brasileiro. Pelo menos, cinco milhões de famílias vivem da agricultura familiar e produzem a maioria dos alimentos consumidos no País, como mandioca (83%), feijão (70%) e leite (58%). Esse modelo de produção está em 84% dos estabelecimentos agropecuários e responde por aproximadamente 38% de participação no valor bruto da produção do meio rural, segundo o último levantamento agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São 14 milhões de pessoas ocupadas, algo em torno de 74% do total das ocupações distribuídas em cerca de 80 milhões de hectares (25% da área total).

Estes dados revelam a participação efetiva da agricultura familiar no resultado da produção agrícola do Brasil, que tem batido recordes nos últimos anos. No ano passado, o Valor Bruto da Produção (VBP) das lavouras e da pecuária no país alcançaram cerca de R$438 bilhões, um recorde. Estudo elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (AGE/Mapa), indica que neste ano o VPB deve ter alta de 1,8%, superando R$445,75 bilhões, novo recorde.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, conversou com o Blog do Planalto e disse avaliar muito positivamente o acesso ao crédito pelas famílias. De acordo com ele, o programa de crédito ajuda a criar a base econômica para estimular e apoiar a produção agropecuária em todo o nosso País.

“Cada vez mais o crédito é nacionalizado e universalizado. [...] Nós estamos muito felizes com o desempenho e cada dia um número maior de agricultores e agricultoras, jovens, mulheres, acessam esse crédito e investem de uma forma adequada em suas propriedades. Isto significa que o país se prepara para ter maior produção de alimentos, alimentos com mais qualidade. Isso significa que há um maior dinamismo econômico nos nossos municípios, nas nossas regiões, o que é muito bom para o nosso País”, afirmou.

Acesso ao crédito

O acesso às linhas de financiamento se inicia na discussão da família sobre a necessidade do crédito, seja ele para custeio da safra ou atividade agroindustrial, seja para investimento em máquinas, equipamentos ou infraestrutura de produção e serviços agropecuários ou não-agropecuários.

Após a decisão do que financiar, a família deve procurar sindicato rural ou empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), como a Emater, para obtenção da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), emitida segundo renda anual e atividades exploradas, direcionando o agricultor para linhas específicas de crédito. Para beneficiários da reforma agrária e do crédito fundiário, o agricultor deve procurar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ou a Unidade Técnica Estadual (UTE).

Agricultor familiar

A Lei 11.326 de 24 de julho de 2006 considera agricultor familiar aquele que pratica atividades no meio rural em área de até quatro módulos fiscais (que variam de acordo com região) e utiliza nas atividades econômicas do estabelecimento mão-de-obra predominantemente da própria família. Silvicultores, aquicultores, extrativistas, pescadores e quilombolas, que se enquadram nesses critérios, também são considerados agricultores familiares.

Ano Internacional da Agricultura Familiar

A agricultura familiar foi escolhida pela Organização das Nações Unidas como temática central para 2014. O Ano Internacional da Agricultura Familiar, Camponesa e Indígena (AIAF) é fruto da iniciativa de movimentos sociais do campo com apoio de vários governos, inclusive do Brasil, que iniciaram uma campanha em 2008 para que as Nações Unidas adotassem a proposta de um Ano Internacional da Agricultura Familiar. O objetivo do marco é reconhecer a importância da agricultura familiar na produção sustentável de alimentos; na segurança alimentar e na erradicação da pobreza.

http://limpinhoecheiroso.com/2014/08/29/credito-para-agricultura-familiar-contribui-para-recorde-de-producao/

Enem 2014: site oferece mais de 2 mil livros para download gratuito

 

No material constam inclusive algumas curiosidades divididas por categorias, como os livros de terror do escritor britânico William Hope Hodgson

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Entre os títulos, também é possível encontrar os principais e tradicionais autores da literatura brasileira como Machado de Assis, Gregório de Matos, Camilo Castelo Branco (FOTO: REPRODUÇÃO)

Entre os títulos, também é possível encontrar os principais e tradicionais autores da literatura brasileira como Machado de Assis, Gregório de Matos, Camilo Castelo Branco (FOTO: REPRODUÇÃO)

A Universia Brasil oferece em seu portal, gratuitamente, mais de 2 mil livros para serem baixados. No acervo, se destaca obras tidas como leituras obrigatórias para os principais vestibulares do Brasil agora em 2014.

Entre os títulos, também é possível encontrar os principais e tradicionais autores da literatura brasileira como Machado de Assis, Gregório de Matos, Camilo Castelo Branco, Artur Azevedo, Aluísio Azevedo, Rui Barbosa, Bernardo Guimarães, José de Alencar, entre vários outros.

Já na literatura internacional, a rede de colaboração universitária traz as principais obras de Fernando Pessoa, Eça de Queirós, Júlio Verne, William Shakespeare, Franz Kafka, Mark Twain, Edgar Allan Poe, Casimiro de Abreu, Voltaire, Alexandre Dumas, Luís Vaz de Camões, Jane Austen, Alexandre Herculano, José Saramago, Fiódor Dostoiévski, entre outros.

Saiba Mais

No material constam inclusive algumas curiosidades divididas por categorias, como os livros de terror do escritor britânico William Hope Hodgson. Há também obras sobre arte disponibilizadas pelo Museu Metropolitano de Arte de Nova Iorque, obras do romantismo europeu, até livros que tratam exclusivamente sobre o holocausto. A lista de temas e autores é bastante heterogenia e ampla. Confira:

- Realismo
- Arcadismo
- Parnasianismo
- Pré-modernismo
- Classicismo
- Barroco
- Romantismo

Leia Tudo Sobre

Educação do Brasil foi a 3ª que mais avançou no mundo, diz pesquisa

 

A educação brasileira foi a terceira que mais melhorou no mundo nos últimos 15 anos, atrás apenas do Chile e da Letônia. O resultado consta em um estudo realizado em 49 países conduzido por pesquisadores das universidades de Stanford e Harvard, nos Estados Unidos, e de Munich, na Alemanha. A pesquisa analisou o desempenho destes países com base em testes internacionais de avaliação, como o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos).

De acordo com os especialistas, a melhora na qualidade do ensino desses países, que apresentavam índices baixos, foi registrada porque eles tiveram mais facilidade de subir no ranking ao usar fórmulas de baixo custo que países desenvolvidos já aplicavam. O desempenho também avançou por conta da redução da pobreza e do aumento da escolaridade dos pais.

Deficiências
Apesar dos avanços, o País ainda tem muito a melhorar. Os resultados do último Pisa, realizado em 2010, não foram nada animadores. Em um ranking de 65 países, o País ocupou a 53º posição em Leitura e Ciências e foi 57º em Matemática.

A média brasileira nessas áreas foi de 401 pontos, bem abaixo da pontuação dos países mais desenvolvidos, que obtiveram, em média, 496 pontos. O resultado deixou o Brasil atrás de México, Uruguai, Jordânia, Tailândia e Trinidad e Tobago.

Recentemente, a pressão dos movimentos sociais pelo aumento da taxa de investimento na educação levou a Câmara aprovar o Plano Nacional de Educação (PNE) com a meta de investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na área. A proposta, em trâmite há 18 meses, foi aprovada por unanimidade e agora segue para o Senado.

O texto explicita que a ampliação dos recursos destinados para educação vai dos atuais 5,1% do PIB para 7%, no prazo de cinco anos, até atingir os 10%, após outros cinco anos, quando termina a vigência do plano. Apesar do forte apelo popular, o governo já se manifestou contra a aprovação da proposta. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já chegou a afirmar que a aprovação da proposta pode "quebrar o Estado brasileiro". No início do mês, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, criticou a proposta durante audiência pública no Congresso. Ele cobrou a definição da fonte de recursos para pagar o investimento adicional contido na proposta.

http://noticias.terra.com.br/educacao/,5d5b42ba7d2da310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html

sábado, 30 de agosto de 2014

Ex-Marina defende interromper exploração do pré-sal. Sabe o que significa?

 

Ex-Marina defende interromper exploração do pré-sal. Sabe o que significa?

Por Renato Rovai agosto 29, 2014 12:37

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O Globo de hoje anuncia em primeira página que a candidata do PSB, Marina Silva, planeja reduzir a importância do pré-sal na produção de combustíveis. Num encontro com produtores de etanol, na Feira Internacional de Teconologia Sucroenergética (Fenasucro), em Sertãozinho, Marina, para foi ovacionada quando disse: “temos que sair da idade do petróleo”. E também quando prometeu disse vai revigorar o álcool, dando incentivo para os produtores do setor.

O governo estima que em dez anos o Brasil extrairá US$ 112,5 bilhões em recursos para a área de saúde e educação com o pré-sal. E que em pouco tempo o país se tornará um exportador de petróleo.

Isso significará não apenas a nossa auto-suficiência energética, mas o Brasil também se tornará um país mais importante do ponto de vista geopolítico.

É isso que está em jogo e que incomoda profundamente os falcões americanos. Eles não querem o desenvolvimento do Brasil e muito menos o nosso fortalecimento internacional.

Um Brasil forte não interessa aos EUA. Desde sempre.

E por isso, sempre houve pressão para que a extração nas camadas de pré-sal fosse entregue a grandes empresas privadas, se possível americanas. E não fosse realizada pela Petrobras.

Os gringos querem o pré-sal para eles.

Mas como a campanha de Marina vai lidar com o assunto, segundo o Globo. Ela vai criar um grupo de especialistas para avaliar os riscos envolvidos na exploração do pré-sal e vai apresentá-los à sociedade.

Que especialistas, cara-pálida? A turma do Eduardo Gianetti da Fonseca, que defende a cobrança de mensalidade para “estudantes que podem pagar” nas universidades públicas.

O Globo procurou um especialista que pelo jeito não é da turma do Gianetti e a resposta à consulta foi óbvia. Nivaldo de Castro, coordenador do setor Elétrico da UFRJ disse que “seria uma decisão estratégica que alteraria substancialmente a capacidade de investimentos do país em duas áreas fundamentais para o Brasil entrar numa rota de desenvolvimento social, a Educação e a Saúde”.

Castro ainda acrescenta que diminuir investimento não seria uma boa estratégia porque o país perderia a liderança tecnológica na exploração da camada do pré-sal.

Mas aí vem a pergunta. Não seria uma boa estratégia para quem interromper os investimentos da Petrobras no pré-sal para o Brasil perder a liderança tecnológica neste setor?

Só não seria uma boa estratégia para o Brasil, os brasileiros e a Petrobras. Para os EUA e para suas empresas de exploração, como a Exxon isso seria lindo e maravilhoso.

Mesmo que depois de interromper a exploração por um determinado tempo o Brasil decidisse voltar a explorar o pré-sal, já estaríamos defasados tecnologicamente. E superados. E aí teríamos de terceirizar a exploração.

É um jogo absolutamente bruto que está por trás dessa decisão. Em nome de uma causa em tese ecológica, vamos entregar nossas reservas e abrir mão do nosso futuro.

Ao mesmo tempo que promete interromper o pré-sal para discutir as consequências da exploração, Marina diz que nunca foi contra os transgênicos.

E ainda está se comprometendo a priorizar acordos bilaterais em detrimento do Mercosul.

Marina está virando ex-Marina. É muita mudança em pouquíssimo tempo.

PS: A defesa do Banco Central independente e da interrupção da exploração do pré-sal vão ajudar muito a campanha do PSB a arrecadar. Por isso o tesoureiro Márcio França já disse que não tem essa de não aceitar recursos de empresas de armas ou qualquer outra área. Vale tudo, desde que seja legal, segundo ele. Vai chover dinheiro na hortinha do PSB com esses novos compromissos que passam a a ser assumidos agora. Não vai ser necessário nem usar semente transgênica para multiplicar os recursos.

http://www.revistaforum.com.br/blogdorovai/2014/08/29/ex-marina-defende-interromper-exploracao-pre-sal-sabe-o-que-significa/

Maria da Conceição Tavares: ‘Ninguém come PIB, come alimentos’

 

Mesmo com o atual crescimento baixo, desemprego e renda não pioraram, diz economista

por Cássia Almeida

24/03/2014 22:51/Atualizado 25/03/2014 19:43

<br />A economia Maria da Conceição Tavares<br />Foto: Aline Massuca / Aline Massuca/”Valor”/1-6-2012A economia Maria da Conceição Tavares- Aline Massuca / Aline Massuca/”Valor”/1-6-2012


RIO - A economista Maria da Conceição Tavares diz que, na ditadura, perseguir crescimento à custa do trabalhador foi criminoso. E destaca que, hoje, mesmo com PIB baixo, o desemprego e a renda não pioraram, ‘o que é essencial’

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Quais foram os erros da política econômica do regime militar?

O erro foi um modelo que persegue o crescimento a qualquer custo, à custa da classe trabalhadora, do bem-estar social, coisa criminosa. Foi uma maravilha crescer, mas cresceu aleijado, não é ideia muito boa. É melhor não crescer muito e não aleijar. Não fazer da maneira desvairada, agressiva como fizeram. Com crédito ao consumo, ao consumo de luxo das classe altas, houve perda salarial fortíssima.

O que ficou de herança da política daquela época?

Sobrou uma industrialização mais branda. As décadas de 80 e 90 foram muito ruins. Em 90, com neoliberalismo, vivemos um período de desindustrialização. Só voltamos a crescer com Lula, mas não no mesmo patamar, mas com um programa de distribuição de renda, com salário mínimo subindo acima da média, previdência, Bolsa Família, uma porção de políticas sociais para combater a pobreza, para melhorar a distribuição. E melhorou. O Coeficiente de Gini (indicador de concentração de renda) voltou aos níveis dos anos 60. Nesse sentido não é um modelo só desenvolvimentista, é um modelo social. Uma tentativa de fazer tardiamente um modelo de estado de bem-estar social.

A concentração de renda aumentou durante o regime...

O grosso do aumento da concentração foi no regime militar. Mas é claro que a crise da dívida externa nos anos 80 e o baixíssimo crescimento e o neoliberalismo dos anos 90 não ajudaram nada. Continuou concentrando. O regime concentrava com crescimento, o emprego crescia. Nas décadas de 80 e 90, não. Teve aumento do desemprego, coisa que agora também não tem. Além de política de salário, tem uma política de emprego.

Há críticas que a política industrial atual seria semelhante à do regime?

Não se assemelha em nada. Era um período de industrialização pesada, forte. Não estamos num período de industrialização pesada. Estamos investindo em infraestrutura basicamente.

E a escolha de campeões nacionais? Está dando certo?

Não acho uma maravilha de ideia. Muito praticada na Coreia, no Sudeste da Ásia. Não tenho certeza se está dando certo. Uma coisa é falar, outra coisa é provar. Se ocorreu, não tenho dado nenhum para afirmar. A oposição tem que pesquisar e botar os números. Fica tudo no gogó. De qualquer maneira, é uma concentração de capital, sem dúvida.

Com a crise de 2008, o neoliberalismo sofreu um golpe, não?

O que aplicaram foi um modelo ultraliberal. Não acho que o neoliberalismo esteja morto. Estou sempre na defensiva nesse particular. Os porta-vozes estão aí, cada vez falam mais alto.

O Brasil cresce pouco...

A crise (global de 2008) bateu aqui em 2009. Em 2010 o crescimento já tinha retomado, mais instável e mais brando. O crescimento não está essa Brastemp, mas não piorou o emprego, nem a distribuição de renda, o que para mim é o essencial. Ninguém come PIB, come alimentos.

Há analistas que chegaram a defender mais desemprego para combater a inflação...

Imagina, é um absurdo! O governo está combatendo a inflação da melhor forma que pode. Aumentar o desemprego para combater a inflação... Vou te contar, é pior que o Fundo Monetário. Não leio mais economia para não me aborrecer. É um festival de besteira. Não acho que inflação passe da meta. Não vejo pressão inflacionária, a não ser que tenha uma grande desvalorização. Mas não creio. O difícil é saber o que vai acontecer com a economia mundial, que sempre dá reflexo aqui. Não dá para ser ultraotimista, nem ultrapessimista. Estou moderadamente otimista.

http://oglobo.globo.com/economia/maria-da-conceicao-tavares-ninguem-come-pib-come-alimentos-11973782

Pré-Sal e a energia hidrelétrica não podem ser negados

Pré-Sal e a energia hidrelétrica não podem ser negados

 

A presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, afirmou nesta sexta-feira (29) que reduzir o Pré-Sal seria um retrocesso. “Quem acha que o Pré-sal tem de ser reduzido não tem uma verdadeira visão do Brasil”, disse Dilma, apontado que esta é uma grande descoberta para o País. “Com o Pré-Sal, dependendo da política que se faça, transforma-se uma riqueza finita em passaporte para o futuro”.

O Governo Dilma conquistou a destinação de 75% dos royalties do Pré-Sal e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para serem investidos em Educação. A Saúde receberá 25% dos royalties do Pré-Sal. “Você soma tudo e vai dar em torno de R$ 1,3 trilhão. Isso será destinado à Educação por lei”, afirmou a presidenta.

Outras fontes de energia
A presidenta também explicou que o petróleo é a melhor matriz energética para o transporte. “Nem o Etanol e o Biodiesel são alternativas de fato concretas ao uso do petróleo. Complementam, mas não substituem. Teria uma fonte que substituiria o petróleo, a chamada célula de carbono, que é caríssima e portanto não tem comercialidade”.

Dilma Rousseff também avaliou que as matrizes, como a Eólica e a Solar, são alternativas complementares à hidrelétrica. A opção seriam as térmicas a gás e a carvão e o óleo combustível. “No Brasil, quem não investir em hidrelétrica está alienando uma das fontes de competitividade do País. Num país que precisa de 70 mil MW nos próximos 20 anos, não tem hipótese de fornecer estes 70 mil MW dominantemente com energia Solar e Eólica. Isso é uma fantasia, uma irresponsabilidade com o País, até porque o País precisa de energia para crescer”.

E Dilma completa: “acredito que usar devidamente a natureza, respeitando o meio ambiente, é o melhor caminho para a produtividade”.

PIB
O recuo no PIB é uma situação momentânea, avaliou a presidenta Dilma Rousseff, nesta sexta-feira (29), em Salvador (BA). “O Brasil hoje tem todas as condições para ter uma grande retomada, porque nós estamos criando estas condições”, explicou a presidenta, apontando que para crescer, é preciso apostar na capacidade produtiva do povo e fazer grandes investimentos em infraestrutura.

Apenas três países se saíram bem no segundo trimestre no mundo: China, Estados Unidos e Reino Unido. Os demais países, apresentaram redução drástica no crescimento, inclusive aqui na América Latina, à exemplo do Chile e Peru. O resultado foi influenciado pela queda nos preços das commodities.

Mais petróleo
A descoberta de petróleo no Pré-Sal foi anunciada em 2006 pela Petrobras, a partir do primeiro óleo encontrado na área de Tupi, na bacia de Santos. Em 2008, foi produzido o primeiro óleo originário do Pré-Sal; e em julho de 2014, a Petrobras atingiu a marca de 500 mil barris diários do Pré-Sal. A previsão é alcançar 1 milhão de barris por dia em 2017 e 2,1 milhões em 2020.

O País levou 31 anos para produzir os primeiros 500 mil barris e agora, em apenas três anos, está produzindo 500 mil barris de petróleo oriundos do pré-sal. A média de produção de petróleo cresceu 50% entre 2002 e 2013.

Em 2013, foi realizado o primeiro leilão do Pré-Sal, no campo de Libra, com volume de petróleo recuperável estimado entre 8 e 12 bilhões de barris. Em 2014, foi autorizada a contratação direta da Petrobras para a exploração dos campos de Búzios, entorno de Iara, Florim e Nordeste de Tupi, com volume de petróleo recuperável estimado entre 10 a 15 bilhões de barris. Somente nesses campos e em Libra estima-se haver um volume de petróleo equivalente a 1,5 vezes as reservas provadas no país até 2013.

O número de plataformas de produção de petróleo em operação passou de 36 para 82, entre 2002 e 2014. Atualmente, 28 sondas para exploração do Pré-Sal estão contratadas para construção em estaleiros brasileiros. A infraestrutura de gasodutos cresceu de 5.417 km de extensão para 9.489 km, entre 2002 e 2014.

Autor: Equipe Dilma Rousseff

Publicado: 29 de agosto de 2014