terça-feira, 5 de agosto de 2014

Carta aberta à atriz global Débora Falabella: a verdade sobre a educação de Minas Gerais

 

“Todas as informações são comprovadas por dados publicados pelo próprio governo estadual e estão à sua disposição. A convidamos para conhecer uma escola estadual mineira para comprovar que o personagem das peças publicitárias não corresponde à realidade em Minas Gerais”

Débora Falabella Educação Minas Gerais

Atriz encabeça campanha publicitária do governo de Minas Gerais

Abaixo, transcrevemos carta do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais endereçada à atriz Débora Falabella em resposta à campanha publicitária mentirosa veiculada pelo Governo de Minas em horário nobre e que tem a atriz como protagonista.

Prezada Débora Falabella,

Às vezes vale a pena recusar alguns trabalhos apenas para não decepcionar milhares de fãs.

Às vezes vale a pena procurar mais informações sobre o personagem que você irá representar.

Milhares de professores, alunos e comunidades foram extremamente prejudicados pelo governo de Minas Gerais em 2011 e o que você afirma através das peças publicitárias não corresponde à realidade.

No sentido de informá-la da real situação da educação mineira, apresentamos informações:

– O Governo mineiro investe apenas 60% do total dos recursos que deveria investir em educação. O restante vai para fins previdenciários;

– Desde 2008, há uma diminuição do investimento do governo estadual em educação;

– No que se refere à qualidade da educação, o Estado de Minas Gerais tem resultado abaixo da média da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE);

– Apenas 35% das crianças mineiras até cinco anos frequentam estabelecimentos de ensino em Minas Gerais. Onde está o direito à educação de 65% destas crianças?

A realidade do Ensino médio é igualmente vergonhosa:

– nos últimos 6 anos houve uma redução de matrículas no Ensino Médio de 14,18%;

– O passivo de atendimento acumulado no ensino médio regular entre 2003 e 2011, seria de 9,2 milhões de atendimentos. Isso quer dizer que nem todos os adolescentes tiveram o direito de estudar garantido;

– Minas Gerais, comparativamente à média nacional, tem a pior colocação em qualidade da escola: 96% das escolas não têm sala de leitura, 49% não têm quadra de esportes e 64% não têm laboratório de ciências

Os projetos e programas na área da educação são marcados pela descontinuidade e por beneficiar uma parcela muito pequena de alunos.

Veja:

– O Projeto Escola de Tempo Integral beneficiou 105 mil alunos, num universo de 2,5 milhões de alunos;

– O programa professor da família não atinge as famílias mineiras que necessitam de ajuda e tampouco é feito por professores, mas por pessoas sem a formação em licenciatura;

– O Estado não tem rede própria de ensino profissionalizante, repassando recursos públicos à iniciativa privada.

A respeito dos dados sobre o sistema de avaliação, é importante que saiba que são pouco transparentes, com baixa participação da comunidade escolar e ninguém tem acesso à metodologia adotada para comprovar a sua veracidade.

Quanto à valorização dos profissionais da educação relatada nas peças publicitárias, a baixa participação em inscrições para professor no concurso que a Secretaria de Estado realiza comprova que esta profissão em Minas Gerais não é valorizada.

O Governo de Minas não paga o Piso Salarial Profissional Nacional, mas subsídio. Em 2011, 153 mil trabalhadores em educação manifestaram a vontade de não receber o subsídio. Ainda assim o Governo impôs esta remuneração.

Em 2011 o governo mineiro assinou um termo de compromisso com a categoria se comprometendo a negociar o Piso Salarial na carreira. Mas o governo não cumpriu e aprovou uma lei retirando direitos, congelando a carreira dos profissionais da educação até dezembro de 2015.

Compromisso e seriedade com os mineiros são qualidades que faltam em Minas Gerais.

Todas as informações são comprovadas por dados publicados pelo próprio governo estadual e estão à sua disposição. Por fim, a convidamos para conhecer uma escola estadual mineira para comprovar que o personagem das peças publicitárias não corresponde à realidade em Minas Gerais.

http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/02/carta-aberta-a-atriz-global-debora-falabella-a-verdade-sobre-a-educacao-de-minas-gerais.html

Rússia desmascara farsa das imagens da Ucrânia sobre queda do Boeing 777

 

Análise detalhada das fotografias revela tentativa de manipulação dos fatos

O Ministério da Defesa da Rússia divulgou em seu site oficial um amplo relatório com a sua análise sobre as imagens de satélite atribuídas ao Ministério da Defesa da Ucrânia e ao Serviço de Segurança daquele país em torno da queda do Boeing 777 da Malaysia Airlines, na região de Donetsk, na quinta-feira, 17 de julho.

A pasta decidiu divulgar o relatório e as imagens, comparando com as imagens capturadas pelos satélites russos, diante das acusações de que a Rússia estaria, de alguma forma, envolvida na queda do avião malaio, na maior tragédia da aviação comercial em 2014. Todas as 298 pessoas que estavam a bordo (283 passageiros, sendo 85 crianças, e 15 tripulantes) morreram na queda do Boeing, cujos destroços se espalharam por uma área de 15 quilômetros.

A imagem divulgada pelo Serviço de Segurança da Ucrânia foi analisada por especialistas russos e desmascarada

A íntegra do relatório do Ministério da Defesa, com as referidas imagens ilustrativas, está publicada no site da Rádio Voz da Rússia em português que pode ser acessado no endereço portuguese.ruvr.ru. O título da matéria, traduzida do russo para o português, é Rússia desmente veracidade de imagens da zona de queda do Boeing apresentadas por Kiev.

“As imagens apresentadas pela Ucrânia foram tiradas muito mais tarde do que as russas e, além disso, elas não poderiam ter sido captadas pelos satélites ucranianos que, àquela altura do dia 17 de julho, não sobrevoavam o local da queda do Boeing 777 da Malaysia Airlines.

O primeiro aspecto que devemos salientar é que, para formular acusações sérias e tirar conclusões sobre os fatos noticiados, é preciso apresentar fatos concretos e comprovados. É do conhecimento geral que faz parte dos atributos obrigatórios de documentos factuais o enquadramento preciso das imagens de satélite, dentro do sistema de coordenadas geográficas, também informando a hora astronômica da captura das imagens divulgadas. Isso é necessário para determinar a composição precisa do grupo de satélites que se encontrava no momento sobre o local filmado e fotografado para entender as características e a real capacidade destes aparelhos espaciais, os satélites que se deslocam em órbita da Terra, de acordo com trajetórias previamente estabelecidas.

Desta forma, podemos constatar, inequivocamente, que, de acordo com dados do Sistema de Controle Espacial da Federação Russa, no período entre as 10h e as 13h de Moscou, correspondente ao período de 9h às 12h de Kiev, dos dias 12, 16, 17 e 18 de julho, os satélites ucranianos Sich-1 e Sich-2 não sobrevoaram os referidos territórios de Donetsk onde caiu o avião sinistrado.

Nos horários registrados nas imagens, sobre a área da queda do avião, encontrava-se o satélite dos Estados Unidos, de vigilância ótico-eletrônica do tipo KeyHole. Assim, a fonte que obteve o material fotográfico para posterior tratamento do Serviço de Segurança da Ucrânia não deve deixar dúvidas em ninguém. Quanto às imagens em si, sua análise detalhada revelou o seguinte: nos dois primeiros slides divulgados, as imagens russas e ucranianas são, em geral, idênticas. Contudo, a imagem apresentada pelo Serviço de Segurança da Ucrânia foi capturada vários dias depois, e o horário não corresponde ao que foi exibido. Às 11 h, o sol na região de Donetsk, encontra-se a sudeste e, por consequência, suas sombras deveriam estar exclusivamente direcionadas para noroeste. Nas imagens apresentadas pelo Serviço de Segurança da Ucrânia, as sombras estão, por qualquer razão, orientadas para nordeste. Assim, essas imagens foram não apenas capturadas em outro dia qualquer, mas, também, depois do meio-dia. Portanto, pode-se concluir que o horário indicado pelo Serviço de Segurança da Ucrânia foi falsificado propositalmente. Esse é um fato absoluto, enquanto nas fotografias divulgadas pelo Ministério da Defesa da Rússia no dia 21 de julho essas posições correspondem à relação geográfica e temporal.

Além disso, na área florestal demarcada pelo Serviço de Segurança da Ucrânia, são visíveis a olho nu as distorções feitas pelo editor fotográfico. Aqui, é preciso destacar que as fotografias russas não apresentam estas distorções. Podemos acrescentar que, segundo as análises meteorológicas, a nebulosidade na área da localidade de Avdeevka era, no dia 17 de julho, de 70% a 80%.

Apesar de o Ministério de Defesa da Rússia ter apresentado à opinião pública uma imagem de qualidade desta área, o mesmo não se pode dizer em relação ao que foi divulgado pelo Serviço de Segurança da Ucrânia. Além disso, comprovamos que as imagens ucranianas foram feitas cinco dias depois das russas. Não ficou esclarecido o que o Serviço de Segurança da Ucrânia pretendeu mostrar com estas fotos.

Passemos, agora, à análise do material do Serviço de Segurança da Ucrânia que, pretensamente, confirma a entrada em território ucraniano de armamento e material militar proveniente da Rússia assim como a infiltração de misteriosos grupos e o bombardeio à algumas localidades.

Nas 14 imagens de satélite apresentadas pelo Serviço de Segurança da Ucrânia podemos distinguir certos meios de transporte e rastros dos seus deslocamentos, sem qualquer indicação de localização de local, data e hora. Assim, em metade das fotos, são visíveis algumas estradas rurais que atravessam, na opinião do Serviço de Segurança da Ucrânia, territórios da Federação Russa e da Ucrânia.

Entretanto, nessas fotos não poderá ser encontrada qualquer estrada que atravesse a fronteira russo-ucraniana. Já as afirmações do Serviço de Segurança da Ucrânia que os rastros nos campos pertencem a blindados russos não resistem a qualquer análise. De que forma estes objetos foram identificados como sendo tanques, blindados ou caminhões e, mais ainda, de que forma foi determinada a sua propriedade pela Federação Russa, isto permanece um grande mistério, considerando a fraca qualidade dos materiais exibidos. O mesmo se aplica às duas fotografias em que, supostamente em território russo, são apresentados vestígios de preparação do terreno para combates.

Situação semelhante é informada em relação a supostos veículos russos de combate em território ucraniano e que, segundo o Serviço de Segurança da Ucrânia, estão representados nas fotos.

Mais uma vez, não se percebe de que forma o Serviço de Segurança da Ucrânia atribui sua propriedade ao exército russo. Tanto mais que a área em torno dos povoados de Marinovka, Kozhevnia e Grigorievka, em que eles foram supostamente “descobertos”, já estava, há muito tempo, sob controle dos militares ucranianos.

Quanto aos supostos vestígios de lançamentos do sistema de foguetes múltiplos Grad, com interferência russa, a partir do povoado de Grigorievka, controlado por militares ucranianos, está é mais uma obra-prima da teoria ucraniana da conspiração que consiste na atribuição a terceiros das suas próprias responsabilidades.

Podemos certamente colocá-los ao mesmo nível das acusações anteriores de envolvimento da Rússia na organização das manifestações da Praça Maidan, em Kiev, e da tragédia de Odessa.

Ao invés de apresentar à opinião pública internacional falsificações feitas apressadamente, a direção do Serviço de Segurança da Ucrânia faria melhor se organizasse um controle rigoroso de todos os batalhões de mercenários, existentes hoje nos distritos de Donetsk e de Lugansk, armados por grupos privados e comandados por Kolomoisky, Lyashko, Yarosh e outros ativistas, que atuam nessas regiões e bombardeiam localidades ucranianas sem qualquer controle por parte da direção da operação antiterrorista.

Concluindo a análise apresentada e com base em dados de controle objetivo do Sistema de Monitoramento do Espaço russo, podemos afirmar que o proprietário dos materiais fotográficos divulgados não é certamente a Ucrânia.

A qualidade e a argumentação apresentadas nas acusações contra a Federação Russa, por parte do Serviço de Segurança e do Ministério da Defesa da Ucrânia, não resistem a qualquer crítica.

É provavelmente por isso que os verdadeiros donos dessas imagens continuam a não publicá-las em seu próprio nome. Isto para que não seja questionado o mito sobre o poder total da sua espionagem espacial.”

http://www.diariodarussia.com.br/internacional/noticias/2014/08/05/russia-desmascara-farsa-das-imagens-da-ucrania-sobre-queda-do-boeing-777/

FHC – Os fantasmas do homem que quebrou o Brasil

 

fhc

Os fantasmas que apavoram FHC / Por Altamiro Borges, em seu blog

Em artigo no Estadão deste domingo (3), o ex-presidente FHC fez uma análise sombria da realidade e concluiu: “Vejo fantasmas? Pode ser, mas é melhor cuidar do que não lhes dar atenção”. De fato, ele teme vários fantasmas. Um deles é bem real: o povo brasileiro, que o rejeita – como apontam todas as pesquisas sobre a popularidade do seu reinado ou sobre sua capacidade de influenciar o eleitorado.

Outro fantasma, até hoje contido, é o da abertura de investigações sobre as maracutaias do seu governo – como a compra de votos para a sua reeleição, a privataria das estatais e tantas outras. Mas o fantasma que FHC mais teme, sem dúvida, é o de uma quarta derrota consecutiva nas eleições presidenciais.

Seu artigo visa exatamente afastar este fantasma. “Ainda é cedo, mas há fortes indícios de que o PT perderá as próximas eleições. Em que Estado com muitos eleitores seus candidatos a governador se mostram competitivos?”, pergunta logo na abertura. FHC podia aproveitar para responder em que Estados o seu PSDB está bem das pernas.

Os tucanos não têm candidatos fortes em importantes unidades da federação – como no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Brasília, Bahia e tantos outros. Além disso, a sigla corre o risco de perder em Minas Gerais e no Paraná. No caso de São Paulo, o “picolé de chuchu” Geraldo Alckmin, blindado pela mídia tucana, parece imbatível. Mas não é!

FHC prefere não falar sobre o quadro, este sim muito sombrio, no principal Estado da federação, com a crise de abastecimento de água, o caos no transporte público e os índices alarmantes de violência urbana.

Em seu artigo, FHC também poderia citar os capachos do DEM – este, sim, um típico fantasma. Os demos tendem a desaparecer nas eleições de outubro, rumando para o inferno – se o diabo aceitar tão péssima companhia.

No caso do PPS, do servil Roberto Freire, não valia realmente gastar tinta e papel! No computo geral, as eleições ainda estão indefinidas – nem começaram de fato. O que dá para dizer, porém, é que “há fortes indícios” de que a oposição neoliberal (PSDB, DEM e PPS) tende a encolher!

Temendo este fantasma, FHC faz um esforço prévio para se inocentar. Afirma que a “herança maldita” – “estigma que petistas ilustres quiseram impingir ao meu governo” – foi uma invenção.

Cinicamente, o ex-presidente argumenta que elevou os juros, colocou Brasil de joelhos diante do FMI e paralisou a economia, causando índices recordes de desemprego, para garantir a chegada tranquila do PT ao governo central.

Ele jura que agiu como estadista, sem qualquer apego ao poder e à agenda eleitoral! Para FHC, a presidenta Dilma – com suas “taxas de rejeição nas nuvens, onde nem o céu é limite” – não demonstra a mesma disposição diante dos riscos de derrota nas eleições de outubro. Daí seus falsos temores:

“Agora, na eventualidade de vitória oposicionista (e, repito, é cedo para assegurá-la), que fazem os detentores do poder? Previnem-se ameaçando: faremos o controle social da mídia; criaremos um governo paralelo, com comissões populares sob a batuta da Casa Civil, que dará os rumos à sociedade; amedrontam bancos que apenas dizem o que todos sabem, etc. Sei que são mais palavras equívocas do que realidades impositivas. Mas denotam um estado de espírito. Em lugar de se prepararem para “aceitar o outro”, como em qualquer transição democrática decente, estigmatizam os adversários e ameaçam com um futuro do qual os outros estarão excluídos. Vejo fantasmas? Pode ser, mas é melhor cuidar do que não lhes dar atenção”.

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Centro científico russo cria vacina contra febre de ebola

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Foto: REUTERS/Samaritan's Purse

O Centro Científico Estatal de Virologia e de Biotecnologia Vektor do Serviço de Controle na Defesa dos Direitos dos Consumidores da Rússia (Rospotrebnadzor) dedica-se à criação de uma vacina contra a febre de ebola, declarou Anna Popova, chefe da Rospotrebnadzor.

«Hoje, a vacina encontra-se na fase de testes pré-clínicos”, declarou ela.

O vírus da febre de ebola já matou 729 pessoas, tendo sido registrado mais de 1.300 casos de doença. A OMS decidiu enviar mais médicos para a Serra Leoa, Guiné e Libéria. Antes, Margaret Chan, diretora-geral da OMS, afirmou que o atual surto de febre ebola é “o maior desde a descoberta desta doença há 40 anos”.
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_08_05/Centro-cientifico-russo-cria-vacina-contra-febre-de-ebola-1635/

Governadores se unem por reajuste menor do piso nacional dos professores

 

“Com a previsão de um alto reajuste do piso nacional dos professores da educação básica, os governadores se uniram para sugerir uma nova fórmula de correção dos salários. Cálculos preliminares do governo federal apontam um aumento de 19% em 2014, mais do que o dobro do que os 7,97% concedidos à categoria no início deste ano. Hoje, nenhum docente pode receber menos do que R$ 1.567.

Documento assinado pelos 27 governadores foi entregue ao Executivo, na semana retrasada, com uma nova sugestão de cálculo. Segundo a Folha apurou, se aplicado já no ano que vem, o índice seria reduzido a 7,7%.

Há ainda uma proposta defendida pela CNTE, entidade que representa os trabalhadores da educação básica. Nesse caso, ficaria em torno de 10%.”

* Da Folha, leia mais aqui.

http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/governadores-se-unem-por-reajuste-menor-do-piso-nacional-dos-professores/

Financiamento de campanhas deverá chegar a R$ 5 bi este ano

 

A Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) e a Escola Superior do Ministério Público do Estado do Ceará realizam até o dia 11 de agosto de 2014, o “Curso de Campanha Eleitoral – teoria e prática”, no auditório da Procuradoria Geral de Justiça, na rua Assunção, 1.100 – José Bonifácio. O curso iniciou nessa segunda-feira (4) e é destinado a procuradores e promotores de Justiça, servidores e funcionários do Ministério Público do Estado do Ceará, magistrados, defensores públicos, servidores da Segurança Pública, advogados e estudantes.

De acordo com o promotor de Justiça, promotor eleitoral e palestrante, Igor Pereira Pinheiro, o curso tem por objetivo apresentar uma abordagem teórica e prática sobre os principais temas da campanha eleitoral, cujo conteúdo programático aborda estudos de casos relacionados a abuso de poder; condutas vedadas aos agentes públicos; crimes eleitorais; e garantias do eleitor e do candidato. “Nossa abordagem é sobre a lógica do sistema eleitoral brasileiro, sobretudo, no que tange aos vícios eleitorais”, disse.

Além disso, o treinamento também pretende conscientizar a sociedade civil como um todo em prol da fiscalização das práticas do financiamento de campanhas, que este ano deverá ultrapassar o valor de R$ 5 bilhões. “A corrupção é inerente ao sistema eleitoral brasileiro. Temos dados indicando que o Brasil e os Estados Unidos têm o voto mais caro do mundo”, revelou, ao citar como exemplo que, em 2012, somente uma empresa doou R$ 50 milhões em campanhas.

O promotor de Justiça enfatizou que 95% dos doadores são bancos e empresas, tendo uma perspectiva de retorno de 800% daquilo que foi doado por meio de contratos fraudulentos. “Eleição no Brasil é um investimento empresarial. A experiência no Ceará constatou uma relação simbiótica e promíscua entre políticos e grupos empresariais com fraudes licitatórias. Infelizmente, essa é a regra: fraude e desvio de dinheiro público”, ressaltou.

(PGJ)

http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar

TRE confirma cassação de prefeito e vice-prefeito de Araripe

 

Eliomar de Lima

“O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Ceará confirmou ontem, por seis votos a zero, a cassação do prefeito de Araripe, José Humberto Germano Correia (PSD), e do vice, Guilherme Lopes de Alencar (PSD), por abuso de poder político e econômico durante a campanha de 2012. A dupla vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A ação contra Germano e Guilherme foi interposta pela coligação vencida naquele pleito, “Araripe de Todos”, formada por PT, DEM, PTB, PSDC e PDT. Segundo a denúncia, prefeito e vice autorizaram contratações de agentes temporários e realizaram nomeações em cargos em comissão no ano de 2011 e no primeiro semestre de 2012 com objetivo de ganhar votos.

Segundo Germano, a denúncia é baseada em suposições. “Não existe nenhum fundamento jurídico nessa ação, nenhuma testemunha, apenas suposições. Se eu tiver algum problema, é na área administrativa, e não na eleitoral”, disse o prefeito. Depois de notificado, ele será substituído no cargo pelo presidente da Câmara de Araripe, Hildo Pereira.

O julgamento do processo foi iniciado no último dia 10 de junho, quando o relator, juiz Luís Praxedes Vieira da Silva, votou a favor da cassação e foi acompanhado pelos juízes Francisco Mauro Ferreira Liberato, Antônio Sales de Oliveira, Joriza Magalhães Pinheiro e do desembargador Antônio Abelardo Benevides Moraes. O juiz Cid Marconi pediu vista e, no dia 16 de junho, votou pela cassação. Prefeito e vice entraram com embargos de declaração, que foram rejeitados ontem.

Com o resultado do julgamento, o TRE do Ceará deverá realizar eleições suplementares no município de Araripe, já que o prefeito cassado obteve mais de 50% dos votos válidos (50,18%) nas eleições de 2012, contra 49,82% do segundo colocado, Giovane Guedes Silvestre, do PT. “

(O POVO)

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Dilma e Lula entram em campo. Ao lado do povo

 

“Está em jogo a apresentação de uma alternativa crível ao arrocho neoliberal, vendido como um misto de panaceia e fatalidade pelo conservadorismo brasileiro”

De Fernando Cabral, do twitter

O Conversa Afiada reproduz texto de Saul Leblon, extraído da Carta Maior:

A resposta ao arrocho


Contrapor-se ao discurso padrão de uma época nunca foi tarefa simples. A politização do embate econômico é a pedra de toque desta campanha.
Numa sequência de pronunciamentos encadeados entre a quinta e a sexta feira da semana passada, Lula e Dilma começaram exercitar a politização de um tema divisor da campanha presidencial de 2014.
Está em jogo a apresentação de uma alternativa crível ao arrocho neoliberal, vendido como um misto de panaceia e fatalidade pelo conservadorismo brasileiro.
Contrapor-se ao discurso padrão de uma época nunca foi tarefa simples.
Mais complexa ainda é a sua tradução para uma narrativa popular numa sociedade dominada por um oligopólio midiático de conhecido alinhamento ideológico com as causas dos endinheirados.
A politização do embate econômico é a pedra de toque capaz de romper a falsa aparência de consenso que reveste a defesa do interesse particular como se fosse o de todos os brasileiros.
Foi isso que Dilma e Lula começaram a fazer. É isso que precisa ser aprofundado até a boca da urna de outubro.
Trata-se de romper o jogo de espelhos que hipnotiza a sociedade impedindo-a de enxergar além da muralha que aprisiona seu potencial, sua criatividade e seus recursos.
O Brasil está no meio do caminho de se enxergar com os próprio olhos.
Reconhecida pelo FMI como a nação que mais reduziu o desemprego em pleno colapso mundial –11 milhões de vagas foram criadas desde 2008, enquanto o mundo fechava mais de 60 milhões de postos de trabalho– o país, todavia, é estigmatizado como a ovelha negra pelo padrão ortodoxo.
Assim tem sido tratado pelos candidatos do peito dos mercados nesta eleição.
Nos salões elegantes o lamento é unânime: ‘o quase pleno emprego vigente na economia impede que os ganhos de produtividade se façam pelo método tradicional’. Qual? A compressão dos holerites, também chamado arrocho, impulsionado pela rotatividade descendente da mão de obra assalariada.
A ‘purga’ trabalhista e social é acenada como elixir paregórico capaz de devolver ‘eficiência’ à indústria, moderação aos preços (pelo garrote sobre a demanda) e equilíbrio fiscal (com a depreciação do salário mínimo e, por tabela, dos benefícios aos aposentados da previdência).
Entre os doutores da ‘racionalidade’, a arrochoterapia é anunciada como um tratamento obrigatório após as eleições, ganhe quem ganhar.
O ‘consenso’ não conta com a anuência da candidata que lidera a disputa, nem do seu principal cabo eleitoral.
No evento na CUT, 6ª feira passada, Dilma flechou: ‘Nosso remédio para os males do Brasil não passa pelo desemprego’.
Falando ao seu lado no dia seguinte, em Montes Claros (MG), no primeiro comício da campanha, Lula reiterou: ‘Dilma sabe que a inflação prejudica exatamente a população que vive de salário. Ela quer provar que é possível controlar a inflação sem ter desemprego e sem ter arrocho salarial (como preconiza o PSDB)’.
A determinação encerra desafios apreciáveis.
Ao resistir à ‘destruição criativa’ promovida pela maior crise do capitalismo desde 1929, o Brasil tornou-se de fato um paradoxo.
Enquanto a participação do trabalho na renda esfarela em boa parte do mundo, aqui ela cresceu desde 2008.
Em boa parte, segundo o Ipea, por conta do ganho real de poder de compra do salário mínimo, que teve um aumento de 70% acima da inflação, desde 2003.
Sob governos do PT , a renda dos 10% mais pobres deu um salto de 91,2%. A parcela endinheirada ficou com um ganho da ordem de 17%.
Estamos falando do fluxo da riqueza, sem mexer ainda nos estoques acumulados.
Uma parte da distribuição promovida desde 2003, porém, tem vazado para os mercados ricos, através das importações baratas que sufocam a manufatura brasileira. Por tabela depreciam os salários ao gerar um número menor de vagas no setor industrial, que paga melhor e irradia produtividade a todo o sistema econômico.
25% do consumo atual de manufaturados no Brasil tem origem em mercadorias importadas.
O déficit comercial específico nessa área foi de US$ 105 bi no ano passado.
A solução conservadora é martelada sem trégua pelo seu aparato emissor.
O Brasil precisaria, segundo essa visão, de um choque de juros e de um aumento do desemprego; mais um arrocho de gastos públicos.
Finalmente, necessitaria de uma abertura comercial ampla, com cortes de tarifas, câmbio livre e mobilidade irrestrita para os fluxos de capitais.
O conjunto, assegura-se, permitiria desmantelar a couraça de ‘atraso’ e custo elevado –o ‘populismo lulopetista’ que impede o país de voltar a crescer com eficiência e a competitividade.
Não se explica crescer para quem, nem como a partir daí.
Trata-se, em síntese, de trazer para o país os desdobramentos da crise mundial que o PT tenta evitar desde 2008, e de faze-lo na forma de um grande arrocho em dose única – ‘no primeiro ano; se possível, no primeiro dia’, promete Aécio às plateias empresariais.
As intervenções de Dilma e Lula colocam um pé na porta que ameaça interditar o futuro da população com um longo ferrolho de arrocho e desemprego.
O desafio é convencer o eleitor de que desmontar a tranca não é tarefa exclusiva dos sábios da macroeconomia. O impulso da alavanca depende de um maior discernimento da sociedade, capaz de engajá-la na repactuação das bases do desenvolvimento.
Alimentar essa engrenagem é a tarefa progressista nesta campanha.
A aposta exige forte coordenação do Estado e a ampliação da democracia participativa para funcionar.
Mais que nunca vale o mandamento: política é economia concentrada.
Nas discussões em curso dentro e fora da academia, algumas estacas começam a delinear o caminho ainda a ser debulhado em linguagem popular nos palanques e na televisão; a saber:
1. Evitar a recessão evocada pelo conservadorismo — Preservar o mercado de consumo de massa ampliado desde 2003 é crucial para se ter um trunfo na reordenação do crescimento. Dispor de um mercado interno em expansão é o principal diferencial do Brasil num mundo em crise, capturado pelo binômio da demanda rastejante associada à baixa atividade produtiva. É isso que o conservadorismo quer importar para cá como lacto purga para restaurar o império dos livres mercados sobre os anseios da sociedade.
2. Não errar o diagnóstico da inflação –Arrochar salário e crédito para derrubar a inflação é um erro. A inflação de alimentos, bem como as pressões decorrentes do custo da energia, tem origem na seca, não na exacerbação da demanda. E os indicadores estão em queda.
3. O ajuste cambial possível — O dólar baixo que desequilibra a balança comercial reflete, em primeiro lugar, a fraca recuperação mundial e a inundação de liquidez nos mercados globais, que já ensaia novo ciclo de bolhas. É possível recuperar alguma margem competitiva com uma dose combinada de desvalorização cambial e redução do juro , a partir do próximo ano, quando a inflação climática perder seu ímpeto. Mas as projeções para o comércio mundial são pouco animadoras. As cotações das commodities, sobretudo grãos, segundo a FAO, tendem a recuar ainda mais nos próximos dois anos. Os superávits comerciais elevados da última década que ampliaram a margem de manobra do desenvolvimento brasileiro não devem se repetir. Daí a importância de se preservar o dinamismo interno como condição indispensável para reordenar o crescimento econômico.
4. Em vez de arrocho fiscal, corte de juros – A despesa fiscal que pode ser contida é o gasto com o juro da dívida pública, que devora cerca de 5% do PIB ao ano. As demais despesas são incomprimíveis. Há espaço para cortar juros em linha com um recuo da inflação de alimentos. A relação dívida bruta/PIB permanece estável no Brasil desde 2004, em torno de 57%. Não se justifica que o país tenha uma das três maiores taxas de juros do planeta. Nos países desenvolvidos, a relação dívida/PIB saltou de 80,4% para 108,5% desde 2004. A taxa de juro elevada impede operações de longo prazo: os bancos não emprestam para projetos de investimento de 20 e 30 anos. Criou-se um círculo de ferro: o desestímulo ao investimento produtivo serve, ao mesmo tempo, como incentivo à atividade rentista; que por sua vez deixa o crescimento na dependência exclusiva do consumo. Quebrar esse torniquete requer quebrar o dogma conservador do juro alto.
5. Controle de capitais – As linhas de passagem para um corte sustentado dos juros incluem: a) salvaguarda contra fugas de capitais na forma de uma regra de ingresso que estabeleça uma permanência mínima no país; b) forte incentivo à produtividade industrial para reduzir o peso dos importados no consumo interno. Porém, sem ilusões: o Brasil não será capaz de suplantar a competitividade asiática em boa parte das linhas de consumo já abocanhadas pela oferta oriental; a ênfase das políticas de desenvolvimento industrial deve recair sobre setores nos quais o fôlego manufatureiro ainda resiste. O equilíbrio entre importações e contas externas terá que ser modulado com a maturidade das exportações do pré-sal; o forte incremento na industrialização de commodities e saltos de inserção em cadeias globais nas quais a competitividade brasileira é real –caso da aeronáutica, por exemplo, emas também setor de energia e serviços (grandes obras). Arrochar o mercado interno como forma de equilibrar a balança comercial, ao contrário, sepultaria de vez o atrativo ao investimento representado pela pujança da demanda popular. Sobretudo, porém, não teria nenhum efeito positivo sobre a relação de troca desfavorável, fruto de um horizonte de queda nos preços das commodities. A receita ortodoxa simplesmente engessaria a economia de vez, privando-a de uma das poucas alavancas de comando endógeno que ainda restam ao país.

Paulo Henrique Amorim no Conversa Afiada

Saiu no Conversa Afiada

Aecioporto: Arrocho fala,
mas não explica

E o “vamos conversar ?”

Do Muda Mais:

Quer saber? Aécio Neves não responde


Entrevista estranha, com perguntas esquisitas. Dá pra resumir assim a sabatina de Aécio Neves ao G1, que aconteceu hoje (4/8) pela manhã.
Aécio falou mas não explicou direito sobre aeroportos, recriação de um ministério da era Collor e sobre uma estranha sensação de segurança jurídica que tem que reinar novamente sobre o Brasil.
O candidato acha que o número de ministérios é muito alto, e vem propondo sua redução – muito embora a gente já tenha contado aqui que reduzir ministérios não necessariamente reduz o custo Brasil. Ele deixou escapar hoje que pretende juntar uma série de pastas de perfil econômico e recriar o ministério da Infraestrutura, criação original do governo Fernando Collor – que não deu muito certo e foi logo extinto.
Aécio também teve que responder sobre os aeroportos de Cláudio e Montezuma. Voltou a repetir que a pista de Cláudio é muito importante, pois atende a várias indústrias de fundição locais. Mas como uma pista de avião de pequeno porte vai atender a um setor que trabalha com ferro fundido, material pesado por definição, ele não explicou – também, ninguém perguntou. O aeroporto serve à indústria ou aos empresários? Ninguém perguntou. Também não houve perguntas sobre as chaves do aeroporto de Cláudio que, segundo consta, ficam sob tutela dos donos do terreno e não da prefeitura.
Para o candidato, tudo o que ele fez está dentro dos conformes, não há nada irregular. O problema é a Anac, que não homologou o aeroporto. Outra vez, ele não respondeu como a Anac pode homologar um aeroporto sem que se apresente a documentação necessária para isso, caso da pista de Montezuma. E, outra vez, ninguém perguntou isso.
Aécio contou, ainda, que construiu um total de 29 pistas regionais durante seu governo. Não citou nenhuma. A uma pergunta do internauta sobre por que Minas estava tão endividada, Aécio respondeu que pôs as contas do estado em dia, mas a dívida pública é que é muito alta, e a culpa é da União, que cobra juros muito altos.
Mas o momento mais pitoresco dessa sabatina foi a seleção de uma pergunta de um internauta, que quer saber se Aécio vai reduzir o preço dos games no Brasil.
O candidato entabulou uma resposta sobre redução de impostos. Disse que é muito importante baixar impostos e isso tem que ser resolvido, e vai mandar proposta para o Congresso etc e tal.
O que Aécio não contou é que para se conseguir uma reforma fiscal é necessário que os governos federal, estaduais e municipais entrem em acordo para isso. Sem diálogo e acordo mútuo, não há reforma – e, na maioria das vezes, o gargalo está no governo estadual. Foi assim em 2003 e em 2008. Ele também não contou quais foram os governadores que não permitiram que a reforma tributária fosse levada adiante em 2008. Nós encontramos a resposta aqui, mas se você estiver com preguiça de clicar, a gente conta: foram os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves (terceiro parágrafo). Mas isso talvez ele explique melhor em outra ocasião, né?
Com relação aos Games, um dos primeiros posts do Muda Mais fala sobre isso. O problema não é a tributação, mas a margem de lucro. #fica dica.
Voltando à sabatina, Aécio citou várias vezes que é necessário reduzir a sensação de impunidade penal que reina hoje no Brasil. Não explicou o que é isso. Mas disse que o fim de tal sensação vai permitir a retomada do crescimento. Também falou de, no setor de segurança pública, estabelecer parcerias com as Forças Armadas, como se as Forças Armadas não fossem parte do Governo Federal.
Aí cabe a pergunta: Aécio realmente sabe do que está falando?


Clique aqui para ler
“Dilma e Lula entram em campo. Ao lado do povo”
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“Arrocho, você fez quantos aecioportos ? “

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“Dilma tem o que mostrar. E o Arrocho Neves ?”

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“Incrível ! Aecioporto balança, balança e não cai !”

Retornando com o Rádio Debate para a Regional

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Reestreia na Rádio regional. Eu e Danúsio Melo fizemos o Programa Rádio Debate depois de quase seis anos na Rádio Pioneira.

Não deixe de ouvir

 

Daqui a pouco estarei apresentando mais um Programa Rádio Debate. Programa que vai ao ar de segunda a sexta pela Rádio Regional 1320 A M de 08:00 às 09:00hs.Fone: 88 611.7888. Site: www.radioregionalsobral.com.br
Apresentação : Jacinto Pereira e participação especial de: Danúsio Melo. de 08:00 às 09:00hs.

domingo, 3 de agosto de 2014

AGASSIZ ALMEIDA: ARIANO SUASSUNA E A CONDIÇÃO HUMANA

 

“Paulista foi senzala de escravos. Me tirem de lá.

Não façam da minha eternidade uma gargalhada universal”

clip_image002Na história da humanidade, certos vultos se fizeram fenômenos e vararam a vida como verdadeiros meteoros, alguns iluminando o mundo com suas criações, obras e ações, e outros a desencadear tragédias. Ariano Suassuna veio para a vida não como um desafiador ou contestador, mas um criador de mundos de frenéticas construções utópicas onde ele próprio se transvestiu no personagem-mor de um teatrão mambembe.

Não soube odiar e nem amar, sonhou.

clip_image004Geniais pensadores erigiram as suas obras com raízes fincadas na realidade, onde nela mergulharam, como Camões, Shakespeare, Victor Hugo, Leon Tolstoi, Romain Rolland, Dostoievski, Euclides da Cunha. Ariano Suassuna, não. Partiu do imaginário e nele fez desfilar os seus personagens. Lá estão eles, João Grilo, Chicó, Bispo, Pe. João, Vicentão, melancólicos, alegres, simplórios, tresloucados, quase todos fronteiriços à esquizofrenia. Na Ilíada, Homero parte de Ítaca para chegar ao universo fantasmagórico dos xiquexiques, macambiras e facheiros de Taperoá. No Auto da Compadecida, Ariano, com João Grilo e Pe. João se alçam a Cabaceiras e falam ao mundo.

No cenário das terras empedradas dos sertões nordestinos, Euclides da Cunha e Ariano Suassuna, gigantes da nossa literatura, confluíram e se contestaram, no imenso anfiteatro em que a realidade e o celestial se interagem. O ensaísta dos chapadões ressequidos de Canudos, no fanatismo místico de Antônio Conselheiro escancarou a selvagem distância abissal dos dois brasis: o dos oligarcas do café e do açúcar, e, contrastantemente, a assustadora miséria dos nordestinos condenados à ignorância e à fome.

E o dramaturgo paraibano como construiu a sua epopeia de risos? Antes de armar a sua tenda nas cortes angelicais, ele cavalgou no misticismo partindo dos rincões caririzeiros, e neles fez a sua Meca.

Voltaire fez a Europa rir da idiotia de Leibniz: Este é o melhor dos mundos possíveis. Chaplin gargalhou dos ditadores boçais. Ariano Suassuna entre a prepotência do poder e a tolice dos simplórios, riu dele próprio e renegou a estupidez humana. Criou uma nova forma de olhar a existência. Conduziu-se com indiferença face aos entrechoques das vaidades humanas.

Assim varou a ditadura Vargas (1937/45) e a ditadura militar (1964/85). Certa feita, indaguei-o sobre os ditadores. Respondeu-me: Meninões atrevidos brincando de armas. Bertolt Brecht vomitou nos abocanhadores do poder.

Ariano Suassuna olhou na alma humana num movimento de constante emoção entre o riso e a melancolia. Para tanto, fez-se bobo dele mesmo, e desta forma melhor conheceu a condição humana. As suas aulas- espetáculo retratam bem o seu permanente retorno às paragens desafiadoras dos sertões.

Em devaneios, embalava-se de Recife a Taperoá; destes dois polos navegava com os seus personagens em meio ao utópico e aos encontrões com a vida. Dois fenômenos na sua polivalente obra se encontram: o universal e o telúrico. Ariano não deixou apenas um legado literário. Descortinou uma visão cômica do mundo, argamassado no riso dos simples e no desencontro dos homens de boa-fé.

Viveu a vida na amplidão de um enorme anfiteatro.

Viajante incansável pelas paragens das solidões telúricas, ele arrancou do drama da vida os justos e simplórios e os lançou nos labirintos do misticismo.

Ao apagar das luzes da ribalta do genial utópico paraibano ele pranteou um enorme soluço a João Grilo e Pe. João: Oh, companheiros, eu queria ter me eternizado nos sete palmos de terras livres dos meus cariris de Cabaceiras e Taperoá. Paulista foi senzala de escravos. Tirem-me de lá. Rindo eu atravessei a vida. Não façam da minha posteridade uma gargalhada universal, não lancem contra mim esta maldição seculo seculorum, senão eu grito da tumba: Aleluia, aleluia, aleluia.

Por que Israel vai perder a guerra

 

Se vencer é poder viver em paz e segurança, então Israel vence todas as batalhas, mas perde a guerra

por Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais — publicado 02/08/2014 12:36

Abbas Momani / AFP

Palestina

Palestinos carregam o corpo de Udai Nafez, de 19 anos, morto em conflito com tropas israelenses na Cisjordânia. A violência da Faixa de Gaza vai chegando ao outro território palestino

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Por Salem H. Nasser

A evidente decisão israelense de alvejar preferencialmente os civis e de multiplicar de modo terrível o número de massacres nos últimos dias tem uma explicação e uma razão que se misturam.

Em um documentário chamado Os Guardiões, Ami Ayalon, que dirigiu o serviço de segurança interna de Israel de 1996 a 2000, se refere à noção de banalidade do mal para nos contar como matar intencionalmente grandes contingentes de civis vai se tornando, para os israelenses, algo banal, desprovido de importância, desprovido de peso psicológico, algo a que se acostumaram gradualmente.

Em outro momento, o mesmo Ayalon nos diz algo precioso: se vencer a guerra é poder viver em paz e segurança, então Israel vence todas as batalhas, mas perde a guerra.

A razão e a explicação são ao mesmo tempo a banalidade e a inevitabilidade da derrota. Os civis são alvejados em massa porque a coisa tornou-se banal, e eles são alvejados em massa porque Israel está perdendo a batalha, e, também porque eles são alvejados em massa, Israel perderá a guerra no sentido pensado por Ayalon.

Mas, antes da guerra, a batalha, esta última campanha contra Gaza. A esta altura, sabemos todos que, em meio à violência contínua contra os palestinos, Israel escolheu o episódio dos três colonos mortos como pretexto para um ataque massivo contra a Faixa de Gaza.

As razões reais para a nova campanha, no entanto, tornaram-se objeto de conjecturas para cujo esclarecimento Israel não contribui muito. É razoável supor que os ataques tivessem por alvo, num primeiro momento, a recém conquistada união nacional entre Fatah e Hamas. E é razoável pensar que, como acontece a cada 2 ou 3 anos, Israel estivesse tentando atingir as capacidades de resistência militar que desenvolvem os grupos armados palestinos.

Esses objetivos mais prováveis foram logo sendo envoltos numa sucessão de objetivos declarados e depois revistos: o bombardeio para a eliminação da capacidade de lançar foguetes, a incursão terrestre para acabar com os túneis, a continuidade da incursão até o desarmamento total da resistência e, logo mais, até a libertação do oficial capturado hoje.

A confusão dos objetivos é ajudada pelas descobertas desagradáveis que fez Israel desde que iniciou os ataques à Faixa: a surpreendente capacidade de lançamento de mais foguetes, mais precisos, de maior alcance, que tem a resistência; o perigo representado pelos túneis e o que estes dizem sobre o preparo dos grupos armados; a disposição e a qualidade dos combatentes palestinos no confronto de proximidade, uma vez iniciada a incursão terrestre; as altas perdas em número de soldados e equipamentos no campo de batalha da Faixa; a capacidade da resistência de levar a guerra até o território israelense.

Tudo isso mostrou que alguns dos objetivos possivelmente concebidos por Israel são simplesmente inatingíveis e que outros demandariam concessões importantes. Mostrou também que a continuidade da guerra traria custos que Israel não pode suportar. É por isso que Israel quer e os Estados Unidos tentam lhe fornecer um cessar-fogo.

Já a resistência, consciente de suas possibilidades no campo de batalha, pensa que não pode haver outro resultado final para esta rodada de violência que não seja o fim daquela violência, mais longeva e igualmente dolorosa, do cerco à Faixa. Qualquer outra resultante fará, em sua própria linguagem, com que o sangue das vítimas tenha corrido em vão.

É por isso que, para Israel, matar o maior número de civis apresenta-se como o melhor meio de levar os palestinos, população e resistência, à exaustão, e fazê-los aceitar um fim das hostilidades sem que Israel tenha que fazer concessões, é o que permitiria aos israelenses dizer que venceram esta batalha, que machucaram os grupos armados, reduziram suas capacidades, mataram vinte vezes mais do que morreram, e mantiveram o cerco.

Mas, apesar dos números, a batalha está sendo perdida por Israel. A partir de certo momento, os números que contarão a vitória serão outros: a resistência palestina poderá dizer que 95% dos que matou eram militares e morreram no combate direto, e Israel terá que explicar por que 95% dos que matou eram civis, mulheres, crianças, velhos. E as fábulas da legítima defesa, dos escudos humanos, do desejo de morrer, do desamor à vida já não servirão a estancar a verdade da banalidade de que falava Ayalon.

E a guerra também está sendo perdida. Ao menos desde o ano de 2000, a capacidade militar de Israel – sempre fenomenal – tem crescido em impotência. Naquele ano, pela primeira vez, o exército israelense se viu forçado a sair de um território ocupado, o sul do Líbano, por força das ações armadas de grupos de resistência. Isso aconteceu de novo na Faixa de Gaza em 2005. Em 2006, na guerra de julho, o Hezbollah libanês impôs os foguetes como instrumento de dissuasão e de equilíbrio – relativo – do poder de fogo, e assustou os israelenses com a sua proficiência na guerra de guerrilha. O resultado final foi a descoberta de que agora Israel já não conseguia operar uma ocupação terrestre, quanto mais manter uma. Algo parecido aconteceu em Gaza em 2008-2009 e em 2012. O que está trazendo este último episódio que testemunhamos agora é o anúncio de que os próximos, e inevitáveis, confrontos entre Israel e os grupos da resistência palestina e libanesa poderão acontecer no território israelense.

A profecia de Hannah Arendt de que Israel degeneraria em uma Esparta realizou-se há muito. Mas, o que acontece quando Esparta vai deixando de ser Esparta e vai deixando de assustar?

Muitos israelenses – e muitos de seus apoiadores – nos apresentam a sua Esparta como uma necessidade da auto-preservação: um Davi cercado por um Golias de muitas cabeças. Essa tese mereceria maior crédito se Israel não nos provasse, dia após dia, por mais de sete décadas, por ações – e por palavras que cada vez mais escapam entre as cortinas de fumaça da encenação da paz – que o seu projeto é de ocupação e domínio permanente sobre qualquer pedaço de terra que se pudesse candidatar a ser um Estado palestino, e ao gradual esvaziamento desses espaços da população palestina originária. Simplesmente, para não falar de mais nada, não há explicação plausível para os assentamentos na Cisjordânia e em torno de Jerusalém, que já abrigam perto de 700.000 colonos, que não seja essa apropriação e essa expulsão.

O que Israel vem ensinando, aos palestinos e a outros, é que não há processo negociador que possa por fim a essa gradual despossessão, especialmente quando o único mediador aceito por Israel é a superpotência que parece funcionar sob suas ordens, que não há esperança a ter na ONU quando ali também opera a mesma superpotência, que não há caminho senão a resistência armada, que nada fez Israel recuar senão a resistência armada.

Israel está perdendo a guerra não apenas porque não conseguirá, ao fim de sucessivas batalhas, viver em segurança, mas porque, à força de querer manter a todo custo a sua dominação colonial sobre um outro povo, corre o risco de realizar outra profecia, a de Henry Kissinger, de que em alguns anos já não haverá Israel.

*Salem H Nasser é professor de Direito Internacional na FGV Direito SP e membro do Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais (GR-RI)

http://www.cartacapital.com.br/internacional/por-que-israel-vai-perder-a-guerra-6120.html

REFLEXÕES SOBRE O EFEITO-ESTUFA

 
Luiz Carlos Baldicero Molion, PhD Instituto de Ciências Atmosféricas , Universidade Federal de Alagoas lcmolion@gmail.com
O  fenômeno  do  efeito-estufa,  como  descrito  nos  livros  de  Meteorologia,  é  questionável  e desafia as leis da Termodinâmica! Esse fenômeno nãoestá descrito nos livros de Física. A versão clássica o compara com o que ocorre nas casas de vegetação (estufa de plantas = greenhouse), nas
quais  a  radiação  solar  atravessa  os  painéis  de  vidro  e  aquece  o  chão  e  o  ar  interno.  A  radiação
infravermelha térmica (IV), emitida dentro da casa  de vegetação, não consegue passar pelo vidro, que a absorve por ser opaco a ela (vidro absorve comprimentos de onda superiores a 2,8 µm) e a impede de escapar para o ambiente exterior à casa de vegetação. Esse seria o fenômeno responsável pelo aumento de sua temperatura. Em princípio, ocorreria a mesma coisa na atmosfera terrestre. A radiação solar incide sobre a atmosfera, parte dela(30%) é refletida de volta para o espaço exterior
por  nuvens,  moléculas  do  ar  e  pela  própria  superfície  terrestre,  porém  boa  parte  atravessa  a atmosfera  e  é  absorvida  pela  superfície  terrestre,  que  se  aquece.  Aquecida,  a  superfície  emite radiação  IV  que,  por  sua  vez,  seria  absorvida  por  gases  constituintes  minoritários  da  atmosfera, como  vapor  d’água,  gás  carbônico  (CO2)  e  metano  (CH4),  os  chamados  gases  de  efeito-estufa (GEE), que atuariam de forma semelhante ao vidro. Os GEE emitiriam a radiação IV absorvida em
todas  as  direções,  inclusive  de  volta  à  superfície. Essa  seria  a  explicação  para  o  ar  adjacente  à superfície ser mais quente que as camadas superiores da atmosfera. Em princípio, quanto maior a concentração  dos  GEE,  maior  seria  a  absorção  da  radiação  pela  atmosfera  e  emissão  para  a superfície  e  mais  quente  ficaria  o  planeta.  Ou  seja,  maior  injeção  de  CO2 e  CH4 na  atmosfera tenderia a intensificar o efeito-estufa.
A  primeira  vez  que  o  fenômeno  da  “casa  de  vegetação aquecida”  foi  mencionado  na literatura  foi  por  Joseph  Fourier  (o  mesmo  da  Matemática)  em  1826.  Depois,  em  1859,  John Tyndall descobriu que gases, como vapor d'água e CO2e CH4, absorviam radiação IV. Em 1896, Svante  Arrhenius  (da  Química)  afirmou  que,  segundo  seus  cálculos,  a  temperatura  global
aumentaria de 5°C a 6°C se a concentração de CO2
dobrasse. Arrhenius nem calculadora tinha e o
IPCC precisou de complexos modelos de clima, que rodam em supercomputadores, e gastar bilhões de  dólares  para  chegar  ao  mesmo  número  de  Arrhenius.  Entretanto,  em  1909,  Robert  W.  Wood construiu dois modelos de casa de vegetação, uma de vidro e outra de quartzo, que não absorve a radiação IV, e demonstrou que as temperaturas finais das duas eram semelhantes. Ou seja, a casa de vegetação se mantinha aquecida não por causa da propriedade do vidro absorver radiação IV, e sim
porque o ar, aquecido e menos denso, ficava confinado dentro da casa de vegetação e não conseguia
se  misturar  ou  subir  (convecção),  dando  lugar  a  ar  mais  frio,  proveniente  de  outras  camadas
atmosféricas,  conforme  ocorre  na  atmosfera  livre.  Portanto,  a  absorção  pelos  GEE  não  seria  o
mecanismo principal para aquecer o ar próximo à superfície. O assunto, porém, foi deixado de lado
porque o clima era muito frio naquela época. Foi só em 1938 que um técnico em máquinas a vapor da British Electric, Guy S. Callendar, escreveu um  trabalho, associando o aumento de temperatura entre  1925  e  1937  à  emissão  de  CO2 proveniente  do  aumento  de  geração  de  energia  por termelétricas.  Na  época,  ele  foi  amplamente  refutado  pelos  "papas"  da  Climatologia,  mas  não desistiu. Ora, sabe-se hoje que o aumento da temperatura entre 1925-1946 foi devido ao aumento da
atividade solar, maior transparência da atmosfera e aquecimento dos oceanos, portanto, natural! Em
1956,  Charles  Keeling  modificou  um  cromatógrafo  a  gás  a  fim  de  medir  CO2  utilizando  um
comprimento de onda de radiação IV que é absorvido pelo CO2, e passou a medir a concentração de CO2por absorção de IV e não por análises químicas como era feito até então. Keeling se associou a Callendar  para  defender o aquecimento  global  pelo  CO2.  Porém,  ninguém  se  importou  muito, porque ocorreu em resfriamento global entre 1946-1976, embora a concentração de CO2 estivesse
crescendo rapidamente devido ao aumento da atividade industrial pós-guerra. A partir de 1977, o clima  começou  a  se  aquecer  novamente  e,  em  1988,  Dr.  James  Hansen  astrônomo,  não meteorologista),  GISS/NASA,  deu  um  depoimento  no  Congresso  Americano  afirmando  que  o
aquecimento  era  devido  ao  aumento  de  CO2,  liberado  pelo  homem  por  meio  da  queima  de combustíveis fósseis: petróleo, carvão mineral e gás natural. Nesse mesmo ano, foi criado o IPCC, e daí a histeria global se instalou! Como pode ser percebido, o efeito-estufa nunca foi comprovado ou teve sua existência demonstrada. Ao contrário, há 100 anos, Robert W. Wood já demonstrara que seu conceito é falso! Porém, uma mentira repetida inúmeras vezes, torna-se verdade. Ao  medir  a  emissão  de  IV  pela  Terra  para  o  espaço  exterior  com  sensores  a  bordo  de plataformas  espaciais,  encontra-se uma temperatura  efetiva de  corpo negro igual a 255K  (18°C
negativos) pela Lei de Stefan-Boltzmann. A temperatura média do ar à superfície é cerca de 288K (15°C). Aí, é dito que “o efeito-estufa aumenta de  33°C (diferença entre 288 e 255) a temperatura na Terra e, se ele não existisse, a temperatura de superfície seria 18°C negativos”! Essa afirmação é falsa, pois, se não existisse atmosfera, não existiriam nuvens que são responsáveis pela metade do
albedo planetário. Assim, o fluxo de radiação solar seria 15% maior e a temperatura planetária igual a 268K  (-5ºC). Mas, o  mecanismo questionável é o processo de  absorção e  emissão de  IV pelos GEE. Se o CO2 for tratado como corpo negro, como ele absorve eficientemente radiação IV em 15 microns, sua emissão, que é máxima nesse comprimento de onda (Lei de Kirchhoff), corresponderia
a  uma  temperatura  de  aproximadamente  193K  (80°C  negativos)  decorrente  da  Lei  de  Wien.  Um corpo  frio  (CO2  no  ar)  aqueceria  um  corpo  quente  (superfície)?  Certamente,  isso  fere  as  leis  da Termodinâmica,  porque  o  calor  não  flui  do  frio  para o  quente!  Os  GEE  absorvem  radiação  IV seletivamente, em algumas poucas faixas ou bandas de comprimento de onda, por meio de rotação, vibração  e  mistas  de  rotação-vibração  de  suas  moléculas.   Uma  molécula  de  GEE,  ao  rodar  ou
vibrar, devido à absorção da radiação IV seletiva,  dissipa a energia absorvida na forma de calor ao
interagir com outras moléculas vizinhas (choque, atrito), aumentando a temperatura das moléculas
de ar adjacentes, e não “re-irradia” IV. Ou seja, a radiação IV absorvida pelos GEE é transformada
em  energia  mecânica  e  em  calor!  Existem  cerca  de  2.600  moléculas  de  outros  gases  [Nitrogênio (N
2=78%)  +  Oxigênio  (O2=21%)  +  Argônio  (Ar=0,9 =99,9%]  para  cada  molécula  de  CO2 (0,039%). Isso constitui a mistura gasosa denominada “ar” e suas moléculas (matéria) são aquecidas termodinamicamente quando se fornece calor a elas.  É mais aceitável, então, que as temperaturas próximas  da  superfície  sejam  mais  elevadas  devido  ao  contato  do  ar  com  a  superfície  quente (condução,  “chapa  quente”)  e  à  pressão  atmosférica  (peso  do  ar).  Ou  seja,  a  massa  atmosférica, submetida  à  aceleração  da  gravidade  (peso  por  área=pressão),  é  que  mantém  o  ar  confinado  na superfície  que  se  aquece  por  compressão  (  lei  dos  gases  perfeitos=temperatura  proporcional  à
pressão) e por condução de calor. Quando o ar se aquece, sua densidade diminui, a tal ponto que se o  empuxo,  ao  qual  fica  submetido,  superar  seu  peso  (1,29  kg  por  m3),  o  ar  é  forçado  a  subir (convecção = transporte de calor por meio do transporte vertical da massa de ar) e é reposto por ar mais  frio  que  vem  de  seu  entorno  e  das  camadas  superiores.  Portanto,  o  processo  físico  mais relevante  para  o  aquecimento  do  ar  parece  ser  a  condução  do  calor  da  superfície  aquecida  pela
radiação solar. Em adição, o ar é aquecido por liberação de calor latente (convecção úmida = calor liberado para a atmosfera quando o vapor d’água se  liquefaz, formando nuvens e chuva) e por um pequeno percentual de absorção direta de radiação solar. A emissão de radiação IV teria um papel secundário no controle da temperatura do ar próximo à superfície. E a emissão de radiação IV seria proveniente não dos GEE apenas, e sim da massa molecular que compõe a camada de ar como um todo. A camada de ar (matéria) absorveria calor pelos diversos processos descritos e, ao se aquecer, emitiria IV em todas as direções, como qualquer corpo material. Portanto, os GEE, em particular o CO2, como são constituintes minoritários, com muito pouca massa molecular presente na mistura gasosa,  dariam  muito  pouca  contribuição  à  essa  massa  gasosa  atmosférica  total  e, consequentemente, a sua emissão. Em outras palavras, se os GEE não existissem, a temperatura do ar próximo à superfície  atingiria valores semelhantes aos que ocorrem  atualmente. Portanto, se  a
concentração de CO2 dobrar devido às emissões antrópicas, o aumento de sua massa molecular seria ínfimo,  de  0,039%  para  0,078%,  e  sua  contribuição,  para  a  temperatura  do  ar,  desprezível, impossível de ser detectada com a instrumentação disponível atualmente.
Nos trópicos, a temperatura do ar próximo à superfície depende basicamente da cobertura de nuvens  e  da  chuva.  O  ciclo  hidrológico  é  o  “termostato”  da  superfície.  Quando  o  tempo  está nublado e chuvoso, a temperatura é baixa. Isso porque, a cobertura de nuvens funciona como um guarda-sol,  refletindo  radiação  solar  de  volta  para o  espaço  exterior  em  sua  parte  superior.
Simultaneamente,  a  água  da  chuva  é  mais  fria  e  sua  evaporação  rouba  calor  da  superfície, refrigerando o ar. Quando não há nuvens e chuva, acontece o contrário, entra mais radiação solar no sistema, aquece a superfície e, como não existe água para evaporar, o calor do Sol é usado quase que exclusivamente para aquecer o ar (calor sensível). Em adição, se o ar estiver úmido logo após
uma  chuva  de  verão,  a  sensação  térmica  é  intensificada,  pois  a  alta  umidade  do  ar  dificulta
transpiração da pele, que é o mecanismo fisiológico que regula a temperatura dos seres humanos. Durante o período seco, tem-se ar descente sobre a  região, que provoca alta pressão atmosférica, céu claro, e dificulta a ascensão do ar aquecido, reduzindo a cobertura de nuvens. Isso faz com que a superfície e o ar em contato atinjam temperaturas altas. Numa cidade, devido à impermeabilização
do solo, não há água da chuva para evaporar, todo calor do Sol é usado para aquecer o ar. Como as cidades cresceram e a população se aglomerou nelas,a impressão que a população metropolitana tem é que o mundo está se aquecendo. Um termômetro,instalado numa cidade, corrobora com essa percepção,  pois  passa  a  medir  temperaturas  cada  vez mais  elevadas  com  o  crescimento  da  área urbanizada com o tempo, o chamado “efeito de ilha de calor urbana”. Ou seja, a sensação térmica sentida pelo ser humano advém de condições atmosféricas locais e não globais. Não se conhece a metodologia  de  cálculo  da  “temperatura  média  global”  e  os  locais  das  séries  de  temperaturas
utilizadas  pelo  IPCC.  São  mantidos  em  segredo!  Mas, se  ela  foi  calculada  utilizando-se  termômetros “selecionados a dedo”, particularmente os instalados nos grandes centros urbanos onde se localizam as séries temporais mais longas, com dados contaminados pelo efeito de ilha de calor urbana, não é surpresa que a década de 2000 tenha sido considerada a “mais quente” dos últimos 750 anos! Na realidade, não há como calcular “uma temperatura média global” e a adotá-la como medida da variabilidade climática global. Uma medida mais adequada dessa variabilidade seria a estimativa da variação temporal do  calor armazenado nos oceanos. Concluindo, o efeito-estufa, como  descrito  na  literatura,  nunca  foi  demonstrado  e  é  difícil  aceitar  que  o  processo  de  emissão pelos  GEE,  em  particular  o  CO2,  seja  o  principal  causador  de  temperaturas  altas  próximas  à
superfície. A emissão de radiação IV atmosférica é  proveniente da massa de ar total (matéria), para a qual a contribuição do CO2 é muito pequena quando comparada com as massas de N2e de O2, e o aumento  de  sua  concentração  teria  um  efeito  desprezível  na  massa  de  ar  e  em  sua  temperatura. Frases como “temos que impedir que a temperatura aumente mais de 2C,  mantendo a concentração de  CO2  abaixo  de  460  ppmv”,  não  têm  sentido  físico  algum. Tal  cálculo  é  proveniente  de  uma
grande  simplificação  da  equação  de  absorção  radiativa  dos  GEE,  “ajustada”  para  reproduzir  o aumento de temperatura com a variação da concentração de CO2
observada. E essa equação não tem base  científica  alguma!  Portanto,  a  redução  das  emissões  de  carbono  para  a  atmosfera  não  terá efeito algum sobre a tendência do clima, pois o CO2 não controla o clima global. E a tendência para os próximos 20 anos é de um resfriamento global, mesmo que a concentração de CO2
continue a aumentar. Considerando que 80% da matriz energética global dependem dos combustíveis fósseis, a
imposição da redução das emissões de carbono, na realidade, afetará o desenvolvimento dos países
pobres, particularmente o Brasil, aumentando as desigualdades sociais no planeta.

http://sci.tech-archive.net/pdf/Archive/sci.physics/2008-04/msg00498.pdf, 1909

Fonte: http://www.icat.ufal.br/laboratorio/clima/data/uploads/pdf/REFLEX%C3%95ES_EFEITO-ESTUFA_V2.pdf

neste eu não voto

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Colocado no face book por Gilvan Azevedo

sábado, 2 de agosto de 2014

Índia junta-se a Rússia Contra o regime Obama

Um novo relatório elaborado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros ( MNE ) que circula no Kremlin afirma que veto da Índia hoje cedo a um tratado  da Organização Mundial do Comércio (marco da OMC )  tem " tensionado o mundo "e pode prenunciar ou muito bem levar a todo o colapso desta organização ocidental globalista que, pelos últimos 66 anos tem, em essência, economicamente destruído muitas nações, uma vez livres para contar.
 

De acordo com este relatório, a Índia foi forçada a tomar uma posição contra o Ocidente que estava tentando forçar esta nação do sub-continental asiática em fome centenas-de-milhões de seus próprios cidadãos  se  deve este tratado da OMC em vigor.

  Em poucas palavras, segundo relatos da imprensa ,  Índia  estava enfrentando uma pressão extrema, principalmente a partir do regime Obama liderando o lado Ocidental, por  ir segurando o Acordo de Facilitação de Comércio no âmbito da OMC.    Fê-lo porque quer primeiro resolver a questão de flexibilidade para comprar e estocar alimentos, tanto quanto ela quer de seus agricultores.  Isso é importante para garantir a implementação da Lei de Segurança Alimentar.

  As regras atuais da OMC limitam os subsídios aos agricultores em 10 por cento do valor total da produção agrícola com base em 1986-1988  nos preços [Exemplo: Trigo: 1986: $ 2,42 por bushel 2014: 5,93 dólares por bushel].

  No entanto, queria que a base de cálculo dos subsídios alimentares atualizados para níveis de preços atuais, tendo em conta a inflação e flutuações cambiais. Caso contrário, o governo não seria capaz de fornecer alimentos subsidiados a cerca de 67 por cento de seus 1,2 bilhão de pessoas que pretende cobrir sob sua lei de segurança alimentar.

O porta-voz do governo Obama, o secretário de Estado, John Kerry, este relatório MNE continua, tinha voado para a Índia para pressionar o primeiro-ministro Narendra Modi em assinar esse tratado, mas foi rapidamente rejeitado. Depois que os EUA  em seguida, culparam a  Índia pelo colapso dessas conversações e afirmou que por New Delhi  a  tomar uma posição linha-dura, o futuro da OMC está agora em " terreno incerto ".

  Em mais um movimento indiano contra o regime de Obama, este relatório diz, o Banco da Rússia e o Banco da Reserva da India  , esta semana, concordaram em criar um grupo de trabalho para elaborar ferramentas para usar as suas moedas nacionais nos pagamentos bilaterais ignorando o dólar dos EUA em mais um golpe para o Ocidente.

  Importante notar destes eventos, este relatório continua, é que a Índia em ser um membro da aliança econômica anti-ocidental conhecida como BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que no mês passado assinaram um acordo histórico para quebrar com o regime Obama e sua hegemonia sobre o mundo através da criação de seu próprio sistema monetário.

Diretor Domenico Lombardi , especialista em economia global do Centro de think tank canadense para ( Inovação da  Governança Internacional CIGI ) um programa de economia global, ao comentar a criação pelo BRICS de seu Novo Banco de Desenvolvimento  ( NDB ) para combater as políticas destrutivas do Ocidente levou o Banco Mundial ( WB ) e o Fundo Monetário Internacional ( FMI ) afirmar ainda:

... Uma das principais fontes de frustrações para as economias BRICS e, claro, para a China, em primeiro lugar, tem" empurrado os países BRICS a se unir para tentar anular o poder político [ocidental], para tentar alavancar o seu crescente poder econômico e proporcionar um poder político ao seu crescente poder econômico ".

Novas instituições financeiras dos BRICS, que tem sido mais advertidas , também poderiam minar o domínio global dos  EUA-UE como eles tiveram domínio incontestado  sobre as instituições de governança financeira global de tomada de decisão por 70 anos, é-a última coisa que eles querem ver é uma competição.

Então, muito sério ter o EUA-UE tornar-se na tentativa de manter a sua hegemonia econômica mundial, os especialistas MNE neste relatório dizem, não será preciso ir mais longe do que a Líbia, onde, em 2011, Muammar Gaddafi planejava parar de vender petróleo líbio em dólares americanos - exigindo pagamento em vez de "dinares lastreados em ouro "(uma moeda única Africana que foi feita em ouro).

Poucas semanas depois de Gaddafi anunciava seu plano para substituir o dólar dos EUA, deve ser lembrado , seu regime foi atacado por uma suposta revolta popular com o que foi descrito pelo Ocidente como revolucionários maltrapilhos que curiosamente anunciavam a designação do Banco Central de Benghazi como autoridade monetária competente em políticas monetárias na Líbia e a nomeação de um Governador do Banco Central da Líbia, com uma sede provisório em Benghazi.

Então absolutamente surpreendente foi que esses "maltrapilhos" rebeldes líbios foram capazes de criar um banco central antes mesmo de terem formado um governo, mesmo Robert Wenzel dos EUA Jornal de Política Econômica foi forçado a admitir a CNBC, "Eu nunca antes ouvi dizer que um banco central está sendo criado em apenas uma questão de semanas de uma revolta popular. "

Wenzel em sua entrevista à CNBC revelou ainda que as potências estrangeiras podem ter uma forte influência sobre os rebeldes e afirmou: "Isso sugere que temos um pouco mais do que um bando desorganizado de rebeldes correndo e que existem algumas influências muito sofisticadas".

Mais importante notar neste relatório, no entanto, é a sua advertência de que, enquanto o mundo inteiro está no meio de uma guerra cambial global (ou seja, uma situação em que todos os países competem para desvalorizar suas moedas a maioria, a fim de impulsionar as exportações),  Obama com seu regime já "definiram suas vistas" a Rússia como fizeram em 2011 contra a Líbia, e em 2003 contra o Iraque, e em 2000 contra o Irã ... todas as nações que buscaram romper com o dólar dos EUA.

Mesmo Presidente do Brasil, Dilma Rousseff advertiu o Ocidente em 2010 que a última vez que houve uma série de desvalorizações cambiais competitivas ... acabou na Segunda Guerra Mundial.

  Infelizmente, o aviso da Presidente Dilma Rousseff está sendo acompanhado por alguns dos maiores especialistas do mundo financeiro que alertaram esta semana que " Terceira Guerra Mundial está chegando ".
E com  Índia agora a  se juntar com  Rússia e China contra os EUA e a UE ... parece estar chegando mais cedo do que mais tarde essa gurra.
WhatDoesItMean.Com

Fonte: http://undhorizontenews2.blogspot.com.br/

Ética, amor e sustentabilidade: uma estrada de mão única

 

por Centro Sebrae de Sustentabilidade

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Foto: Rodrigo Lorenzon

Professor de Ética da USP, Clóvis de Barros Filho, fala de filosofia e evolução de valores no Seminário Sebrae de Sustentabilidade

Cuiabá (MT) – Felicidade, amor, convivência, harmonia com o cosmos, estão relacionados com sustentabilidade e ética, segundo o professor da Universidade de São Paulo (USP), Clóvis de Barros Filho. Ele foi o último palestrante do primeiro dia do Seminário Sebrae de Sustentabilidade, que está sendo realizado no Centro de Eventos do Pantanal em Cuiabá (MT), até esta quinta-feira (31). Muito aplaudido, fez um resgate do significado da palavra ‘ética’, desde a definição aristotélica, passando por Jesus de Nazaré, Maquiavel e Kant, até os dias atuais, quando o conceito sustentabilidade norteia ou pretende nortear as ações e valores da sociedade e mercado.

“Nunca se falou tanto em ética como atualmente. Esta palavra antes era prerrogativa de filósofos”, disse o professor, que é mestre e doutor em Direito pela Escola de Paris e livre docente da USP. Aristóteles relacionava o conceito de ética com qualidade da vida, desfrutada pelo indivíduo que aproveitava e desenvolvia seus talentos, virtudes e potencialidades e assim se harmonizava com o cosmos e era feliz.

Já o Mestre Jesus de Nazaré ensinou à humanidade que ético era amar o próximo. A felicidade está na capacidade de fazer a alegria do outro, do amado. O amor vale mais do que a vida. Na ética cristã, o sentido do trabalho é melhorar a vida de alguém, antes de mais nada, não é bater metas, conquistar ganhos pessoais e conquistar mercado, segundo Clóvis.

“O acúmulo desenfreado de bens não aumenta a sua felicidade”, disse o professor, se referindo aos ensinamentos de Jesus. O bom da vida não é ser amado, mas amar, complementou.

Por volta do ano de 1600, Newton e Copérnico causam grande perturbação ao provar que o universo não é finito como supunha Aristóteles. O sistema solar é apenas um entre tantos outros. Surge uma nova ética: a de Maquiavel, também conhecida como a ética de resultados. Para ele, conduta boa é aquela que permite bater metas, atingir os fins, resume o palestrante.

Mas, na verdade, ética não pode depender de resultado. Aparece o filósofo alemão Kant, que lança a Ética dos Princípios, baseada no agir corretamente. Valores como honestidade, integridade, transparência são fundamentais. Vender não é tudo. Resultado não é valor, é consequência.

“Ética é a preocupação de todos com a convivência. É a vitória da vontade geral sobre a vontade de cada um”, ressalta o professor. Uma sociedade eticamente desenvolvida é aquela em que as crianças aprendem que a conduta pessoal não deve comprometer a convivência com a família e a sociedade.

Levar vantagem e obter resultados e prazer em detrimento de outros é totalmente antiético, alertou Clóvis. Uma sociedade que tem esta característica cultural é motivo de grande preocupação. Equivale a uma convivência totalmente sem harmonia, onde cada um luta por si, como no reino animal, comparou.

O palestrante citou a torcida japonesa durante os jogos na Copa 2014 como exemplo ético, pois aguardava os torcedores saírem dos estádios para fazer a faxina. Recolhia os resíduos deixados nas arquibancadas em sacos de lixo e os descartavam corretamente. A convivência vale mais do que a comodidade pessoal, foi a lição dos japoneses, disse.

Nos banners corporativos a palavra sustentabilidade aparece com ênfase, citou. Em francês, usa-se a palavra ‘durabilité’, que significa durabilidade. Para o palestrante, ela traduz melhor a ideia que se pretende transmitir. “Conduta boa é aquela que faz com as coisas boas durem”, observou.

Para ele, sustentabilidade não está relacionada apenas ao meio ambiente e à necessidade de preservar a natureza. Também se refere aos valores morais que devem ser aplicados entre as pessoas, acrescentou.

Por outro lado, há que se ponderar o que queremos que perdure. Quais são os valores que desejamos que continuem como são? “É preciso ter cautela”, argumentou.

Clóvis disse que devemos conservar o que é bom e transformar o que é ruim. No Brasil, por exemplo, possuímos índices muito negativos que batem recordes mundiais em concentração de riquezas e desigualdade social. “Para viver melhor, temos que transformar, modificar, revolucionar esta situação”, enfatizou.

O objetivo da ética é aperfeiçoar a convivência e não pode estar baseada em uma verdade pré-estabelecida. Ética é inteligência voltada ao futuro. “Se a palestra estivesse sendo feita há dez anos, haveria pessoas fumando na plateia. Hoje não há, pois os valores mudaram e a convivência foi aperfeiçoada”.

O professor também lembrou que a palavra corrupção é um ato de duas pessoas. O prefixo co possui este significado. “É um ato que envolve o corruptor e o corrompido, destrói o tecido social, destrói a convivência em nome de ganho pessoal”, salientou.

Ao contrário, quando se vive um momento feliz, o desejo é de torná-lo o mais duradouro possível, como um processo contínuo de construção. Este é o sentimento que move a ética, o amor e a sustentabilidade. A humanidade quer felicidade sustentável, duradoura. O palestrante foi muito aplaudido.

* Publicado originalmente no site Centro Sebrae de Sustentabilidade.

Universidade Estatal da Rússia tem vagas para estudantes brasileiros

 

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Foto: RIA Novosti

A Universidade Estatal Lomonosov de Moscou, conhecida pela sigla MSU, está com vinte vagas abertas para estudantes brasileiros que desejem realizar seus cursos superiores na Rússia.

O processo de inscrição está sendo conduzido pela Aliança Russa, instituição que viabiliza a ida de estudantes brasileiros para a Rússia.

Os interessados poderão se inscrever até sexta-feira, 8 de agosto, e os selecionados viajarão para Moscou. A primeira turma, com dez estudantes, seguirá em setembro de 2014, e a segunda, em fevereiro ou março de 2015.

Segundo a diretora da Aliança Russa para o Brasil, Carolina Perecini, “entre os incentivos para os candidatos às vagas está a relação custo-benefício de ensino, com valores inferiores aos praticados no Brasil, e a oportunidade de estudar numa das cem melhores universidades do mundo”. Ela acrescenta que os interessados em iniciar o curso de graduação poderão escolher um dos 128 cursos disponíveis nas 39 faculdades da MSU, enquanto alunos de pós-graduação terão a possibilidade de se especializar em 18 ramos de Ciências e Humanidades, em 168 diferentes áreas.

Os candidatos interessados em estudar na Universidade Estatal Lomonosov de Moscou passam por um processo seletivo avaliado pela MSU e administrado pela Aliança Russa, e que inclui reunião com os pais ou responsáveis, análise de histórico escolar e currículo, tudo para garantir que o aluno se encaixe no perfil da instituição russa.

Para ter acesso à instituição o estudante investe, aproximadamente, entre 7 mil e 12 mil reais, valores referentes a despesas com o curso e a moradia.

Ainda de acordo com Carolina Perecini, o custo cobrado é simbólico, devido à política de incentivo a estudantes estrangeiros adotada pelo governo russo. O investimento inclui também direito a seguro médico, tutoria acadêmica e moradia universitária.

Apesar de ter suas aulas ministradas em russo, o aluno que não tem conhecimento do idioma não precisa se preocupar, já que a Aliança Russa oferece a opção de o estudante frequentar a faculdade preparatória durante nove meses antes do período letivo. Lá, eles aprendem todos os termos técnicos necessários ao aprendizado, além de um curso completo da língua.

Os interessados poderão se inscrever pelo site www.aliancarussa.com.br ou pelo telefone de São Paulo: (11) 4551-3836.

A inscrição pelo site pode ser feita a qualquer momento, até as 23 horas e 59 minutos da sexta-feira, 8 de agosto.

Já para quem optar pelo serviço telefônico o atendimento está disponível de segunda a sexta-feira, das 9 horas da manhã até as 5 horas da tarde.

A Aliança Russa é representante oficial das principais universidades russas no Brasil desde 2005. Seu trabalho consiste na seleção dos candidatos, no processo de orientação da faculdade, na recolha da documentação necessária para permanência legal do estudante na Rússia, na obtenção da vaga e inscrição na universidade e na assessoria durante a viagem até a chegada do estudante ao local de destino.

Ao voltar para o Brasil, o estudante submete o diploma adquirido ao processo de reconhecimento numa universidade brasileira, um procedimento padrão para qualquer brasileiro que faça graduação em centros de ensino estrangeiros. Desde 2010, o chamado Diploma Único de Estudos Superiores da Europa, do qual a Rússia faz parte, passou a valer conforme o Tratado de Bolonha.
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_08_01/Universidade-Estatal-da-R-ssia-est-com-vagas-abertas-para-estudantes-brasileiros-2573/

Encontrado lago no deserto da Tunísia

 

Lago, Tunisia, natureza

Foto: Victor Kornienko/Wikimedia Commons

Na Tunísia, pastores encontraram um novo lago que apareceu há pouco tempo no deserto, a 25 km da cidade de Gafsa, relata o The Independent.

O misterioso lago surgiu há três semanas. Os cientistas ainda não conseguem explicar como ele se formou, embora haja uma possibilidade de que o lago ter aparecido como resultado da atividade sísmica.

As autoridades locais proibiram nadar no novo lago visto que sua água pode ter produtos cancerígenos. No entanto, o possível perigo não conseguiu conter os moradores locais. Alguns deles chamam o lago de milagre, outros - de maldição.

De acordo com as autoridades, o volume de água do lago é de cerca de um milhão de metros cúbicos, e sua profundidade constitui de 10 a 18 metros.
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_08_02/Tun-sia-encontra-lago-no-deserto-4116/

Novo marco regulatório cria regras para parcerias entre governo e sociedade civil

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Para estabelecer um conjunto de normas próprias nas parcerias com o Poder Público, o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil será sancionado pela presidenta Dilma Rousseff, ontem (31), no Palácio do Planalto. A ideia é coibir a corrupção e trazer segurança à atuação das organizações de fato comprometidas com o interesse público.

O Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil cria instrumentos jurídicos próprios e estabelece regras para a seleção das entidades e para as etapas de execução, monitoramento e avaliação das parcerias. Entre elas, a exigência de chamamento público obrigatório, três anos de existência e experiência das entidades, além de ficha limpa tanto para as organizações quanto para os seus dirigentes.

A lei também exige que os órgãos públicos planejem previamente a realização e o acompanhamento das parcerias e prevê um sistema de prestação de contas diferenciado por volume de recursos. A expectativa é de que isso deverá aperfeiçoar o monitoramento e a avaliação dos projetos, fazendo com que o olhar dos gestores seja direcionado ao controle dos resultados alcançados.

Fonte: www.ptnacamara.org.br

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Problema que atinge a Argentina é ameaça a todo o sistema financeiro, afirma Dilma

 

Quarta, 30 Julho 2014 11:04

Argentina, Mercosul, Sistema Financeiro, Dilma,

dilmargen

Durante reunião da 46ª Cúpula do Mercosul, a presidenta Dilma Rousseff reiterou a solidariedade brasileira com o desafio que a Argentina enfrenta no processo de reestruturação da dívida soberana do país. Nesta terça-feira (29), na Venezuela, ela lembrou que pretende levar o tema à próxima reunião do G20, na Austrália, da mesma forma que foi discutido na reunião com os membros do BRICS, em Brasília.

“O problema que atinge hoje a Argentina é uma ameaça não só a um país irmão, atinge a todo o sistema financeiro internacional. Não podemos aceitar que a ação de alguns poucos especuladores coloquem em risco a estabilidade e o bem-estar de países inteiros. Precisamos de regras claras e de um sistema que permita foros imparciais, permita previsibilidade e, portanto, justiça no processo de reestruturação de dívidas soberanas”, comentou.

Dilma ainda desejou sucesso à Argentina na presidência pro-tempore do Mercosul, no próximo semestre. Ela afirmou que confia na liderança da presidenta Cristina Kirchner para que o bloco siga no caminho do fortalecimento.

Crescimento do Mercosul

A presidenta destacou também o fortalecimento dos mercados internos dos membros do Mercosul e a importância da integração dos países sul-americanos. Neste sentido, ela considerou a adesão da Bolívia como um passo importantíssimo na direção de interagir com outros parceiros e de maior projeção internacional do bloco, que já conta com o segundo maior território, a quarta maior população e a quinta maior economia do mundo.

“O Brasil aposta e todos os demais parceiros do Mercosul apostamos na ampliação das trocas econômicas e comerciais. E aí, é muito importante a economia boliviana e as demais economias da América do Sul. Devemos buscar a implementação da desgravação tarifária, o que vai permitir que nós criemos zona de livre comércio sul-americana”, analisou Dilma.

Blog do Planalto