quinta-feira, 6 de março de 2014

Sistema penitenciário dos Estados Unidos é um grande asilo de velhos

 

Por Kanya D’Almeida, da IPS

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O número de detentos de 55 anos ou mais quase quadruplicou entre 1995 e 2010, o que representa alta de 218% em apenas 15 anos. Foto: Bigstock

Nova York, Estados Unidos, 5/3/2014 – Um idoso recebe a ajuda de uma enfermeira para se levantar da cadeira. Ele aperta os braços da mulher e caminha confiando cegamente que ela o levará à mesa para almoçar. Próximo, um homem passa o dia acompanhado de seu aparelho de respiração. Outro tateia no criado-mudo em busca da dentadura, e o vizinho chama seu médico, embora não consiga lembrar seu nome.

Isso poderia soar como um típico dia em um asilo para idosos, mas inúmeras investigações independentes descrevem cenas como essas no lugar mais impensável: as prisões dos Estados Unidos. O Instituto Nacional de Prisões considera que, devido às condições de vida insalubres antes e durante o tempo na prisão, os detentos com mais de 50 anos no país já estão “envelhecidos”.

Portanto, seguindo esse critério, há cerca de 246.600 “anciãos” em centros penitenciários estaduais e federais, e espera-se que o número suba para 400 mil até 2030, segundo a União Norte-Americana de Liberdades Civis (Aclu). Um informe da organização Human Rights Watch, intitulado Velhos Atrás das Grades, diz que o número de detentos de 55 anos ou mais quase duplicou entre 1995 e 2010, o que representa aumento de 218% em apenas 15 anos.

Como mais de 16% da população carcerária entra na categoria de “idosos”, especialistas alertam que o sistema penitenciário norte-americano começa a ficar semelhante a um gigante asilo para velhos, com enorme custo econômico e humanitário para a sociedade.

Jamie Fellner, conselheiro do Programa para os Estados Unidos da Human Rights Watch, disse à IPS que as leis “de mão dura contra o crime” dos anos 1980 e 1990 deram lugar a um aumento das sentenças longas por crimes que até então não puniam com mais de dez ou 15 anos de prisão. “Assim como as pessoas condenadas à prisão perpétua vão morrer na cadeia, as que cumprem sentenças de 20, 30 ou 40 anos inevitavelmente envelhecerão atrás das grades”, acrescentou.

Outras fontes, incluindo um informe do Pew Center Charitable Trust, sugerem que as leis federais dos anos 1970, com rígidas restrições à liberdade sob palavra e que puniam severamente a reincidência, também contribuíram para que a população carcerária atual tenha idade avançada.

Seja qual for a razão, especialistas concordam que o custo de ter presos com mais de 50 anos é astronômico. Um informe da Aclu intitulado À Custa dos Estados Unidos calcula em US$ 69 mil o custo anual de manter um detento em idade madura, contra US$ 34,135 mil de um com idade média.

Os contribuintes norte-americanos desembolsam US$ 16 bilhões por ano para manter presos em idade avançada, quantia que ultrapassa o orçamento anual do Departamento de Energia e também excede o investimento feito pelo Departamento de Educação na melhoria de escolas primárias e secundárias.

Essas enormes quantias levam alguns a perguntar o que as autoridades penitenciárias e do Departamento de Justiça parecem evitar: qual a finalidade de manter na prisão pessoas em idade avançada? Existe alguma alternativa?

Laura Whitehorn, ativista política que passou 14 anos atrás das grades e agora trabalha na campanha Libertem as Pessoas Idosas da Prisão, afirmou que a taxa extremamente baixa de reincidência entre ex-presidiários com mais de 50 anos é um forte argumento para acelerar sua liberdade.

Por exemplo, apenas 7% dos ex-detentos com idades entre 50 e 64 anos no Estado de Nova York voltaram a cometer um crime, e a proporção cai para 4% entre os maiores de 65 anos. Em comparação, a taxa de reincidência nos demais grupos etários é de aproximadamente 40%.

Além disso, os presos que já cumpriram uma parte considerável de suas condenações poderiam ser de grande ajuda para suas comunidades, pontuou Whitehorn. “A razão pela qual o movimento a favor dos presos é tão forte agora é que a maioria das organizações conta com ex-presidiários entre seu pessoal, que oferecem suas ideias sobre o que deve mudar para se sair do atual poço do castigo perpétuo e do dano causado pelo sistema prisional”, acrescentou.

“Por isso nosso lema é: se o risco é baixo, deixem que partam”, explicou Whitehorn, lembrando que as juntas de liberdade condicional prestam demasiada atenção à sentença original em lugar de considerar a verdadeira possibilidade de o preso reincidir no caso de ser libertado.

A ativista citou o caso de um homem de 86 anos que passou 40 na prisão por um crime cometido na década de 1970. Embora sofra de asma, câncer e desordem neuromuscular que o prende a uma cadeira de rodas, a junta de liberdade condicional negou sua liberdade argumentando que “provavelmente” reincidiria.

Fellner contou à IPS que no Estado do Mississippi entrevistou um preso tão senil que havia escrito em seus sapatos para lembrar qual era o pé direito e qual era o esquerdo. “Realmente temos que considerar essas pessoas uma ameaça para a sociedade?”, questionou.

Fellner apontou que a arquitetura das prisões foi desenvolvida para o protótipo de “criminoso jovem e duro”, por isso não são facilmente transitáveis para presos fracos ou deficientes. Muitas vezes os guardas interpretam suas dificuldades como falta de disposição para cooperar, e os castigam.

Um preso de idade avançada em uma penitenciária do Estado da Pennsylvania disse à IPS, sob a condição de não ser identificado, que foi castigado com uma semana de isolamento por se negar a passar por um detector de metais sem sua bengala. “Tenho 69 anos. Sem minha bengala não posso ficar de pé. O que esperam que faça, que engatinhe?”, argumentou.

Funcionários de várias instituições de todo o país agora questionam a necessidade de manter esses presos. Burl Cain, guarda na Penitenciária Estadual de Louisiana, conhecida como Angola, contou à Aclu que sentia “vergonha” por essa prisão manter mais presos do que aqueles que libertava. Dos 5.300 detentos nessa prisão, quatro mil cumprem pena perpétua sem liberdade condicional, e 1.200 têm mais de 60 anos.

Porém, a decisão de acelerar a libertação de presos idosos não depende apenas das autoridades da prisão. Segundo Fellner, o sistema penitenciário dos Estados Unidos é regido por uma filosofia fundamentalmente punitiva e sofre a pressão de organizações que representam as famílias das vítimas, o que torna difícil realizar mudanças substanciais.

“O pessoal, os profissionais e os partidos políticos institucionais tornam muito difícil dar passos em nome de alguém que cometeu um crime”, observou Fellner. “É um risco que poucos políticos estão dispostos a correr. Inclusive o presidente Barack Obama só comutou penas de oito cidadãos esse ano. Há 200 mil presos federais, e só conseguiu encontrar oito que mereciam clemência? Apesar de alguns progressos importantes, esse trabalho ainda é marginal”, destacou. Envolverde/IPS

quarta-feira, 5 de março de 2014

Senadores petistas confrontam Barbosa e pedem respeito às instituições

Os senadores Gleisi Hoffmann (PT - PR), Eduardo Suplicy (PT-SP) e Aníbal Diniz (PT-AC) reagiram às insinuações do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, que tentou desqualificar o processo de escolha dos ministros daquela corte — processo ao qual ele também foi submetido, ao ser indicado para a Corte pelo ex-presidente Lula, em 2003. “Lamento as palavras do presidente da nossa Corte Suprema, que, por divergir do resultado de um julgamento, está colocando em dúvida todo o processo de escolha dos ministros do STF e a respeitabilidade de grandes nomes do mundo jurídico”, rebateu Gleisi no Plenário do Senado, nesta quinta-feira. Barbosa investiu contra seus colegas de STF após ver sua posição ser derrotada, por seis votos a cinco, no julgamento dos embargos infringentes nos quais oito réus da Ação Penal 470 (o chamado “mensalão) foram absolvidos da acusação de formação de quadrilha. O presidente do Supremo colocou sob suspeição a nomeação dos ministros da Corte alegando que houve a formação de uma “maioria de circunstância” que teria sido “criada sob medida para lançar por terra todo um trabalho primoroso”, que teria sido o julgamento da AP 470. “Abre mão o Sr. presidente daquela Corte da argumentação jurídica e técnica para insinuar que o processo de escolha, para membros do Supremo, carece de seriedade e de responsabilidade”, lamentou Gleisi Hoffmann. “Estaria a sua indicação também sujeita à suspeição?”, questionou a senadora, já que tanto Barbosa quanto outros sete – de um total de 11 ministros do STF – foram indicados por Lula ou pela presidenta Dilma. Sobre a afirmação de Barbosa que hoje teria sido “um dia triste para o País”, Gleisi retrucou que a tristeza é “para a democracia brasileira”, quando o presidente de um Poder desqualifica a própria Casa que preside. Respeito aos ministros Eduardo Suplicy lembrou que da mesma maneira que as decisões anteriores de Barbosa e do STF foram respeitadas, é preciso respeitar agora a decisão tomada pelo pleno daquela Corte. “Foram avaliações respeitadas pelo povo brasileiro. Tenho a convicção de que devemos respeitar, sim, o resultado dos 11 Ministros do Supremo Tribunal Federal”. Para o senador paulista, o fato de o STF ter examinado os embargos infringentes e dado uma nova oportunidade aos condenados de esclarecer pontos do julgamento “foi um avanço para o próprio Supremo”. Ele manifestou confiança de que cada um dos ministros tenha votado “de acordo com o seu conhecimento, com a bagagem e experiência acumulada ao longo de suas vidas” de magistrados, desembargadores e agora ministros. “Acho que o povo brasileiro saberá respeitar a decisão tomada”. Aníbal Diniz lembrou que os procedimentos e critérios para a indicação de ministros do Supremo não mudaram, desde que Barbosa foi alçado à mais alta Corte do País. “Se ele tem algum questionamento a esses critérios, eu não os considero corretos”, rebateu o senador acreano. “O resultado das votações daquela Corte têm de ser respeitado pela sociedade e principalmente por seus membros”. Ele lamentou que o presidente do STF tenha dado uma demonstração de não conseguir conviver com a derrota, “quando suas opiniões não são acatadas pela maioria” e lembrou que o Supremo “não pode ser uma Corte de justiçamento em que só vale a posição em que o Presidente é o vencedor”. (PT no Senado) - See more at: http://www.pt.org.br/noticias/view/senadores_petistas_confrontam_barbosa_e_pedem_respeito_as_instituicoes#sthash.bbtRfRXI.dpuf

'Barbosa aplicou sua vontade, não código penal'

 

Moreira Mariz/Senado: Senador Roberto Requião (PMDB-PR) critica matéria do jornal O Globo que coloca parlamentares com processo no Supremo Tribunal Federal “no mesmo saco”

Senador Roberto Requião (PMDB-PR) critica comportamento do presidente do STF, que admitiu ter agravado as penas para formação de quadrilha na AP 470 a fim de que o crime não prescrevesse e de que os condenados fossem para regime fechado; "Fácil de entender, independente da lei, Joaquim Barbosa resolveu aplicar sua vontade e não o código penal", tuitou o parlamentar; antes, ele ironizou a "regalia" de Delúbio Soares na prisão, segundo o MP, uma feijoada; "Lata de 430 gr de regalia do Delúbio (feijoada Bordon) custa R$ 4,00. Mais ou menos o preço da comida de um preso. Feita em casa é barata"

2 de Março de 2014 às 15:17

Paraná 247 – A truculência com que age o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator da Ação Penal 470, Joaquim Barbosa, foi duramente criticada pelo senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná, na manhã deste domingo. "Fácil de entender, independente da lei, Joaquim Barbosa resolveu aplicar sua vontade e não o código penal", escreveu o parlamentar, em sua conta no Twitter.

Na sessão da última quarta-feira, Barbosa admitiu ter aplicado as penas para formação de quadrilha de forma mais grave do que a de crimes que recebem, segundo o Código Penal, penas mais duras, como corrupção ou lavagem de dinheiro, com dois objetivos: a fim de que o crime não prescrevesse e de que os réus fossem para o regime fechado, no lugar do semiaberto a que foram condenados.

Sobre a atitude, Requião falou em "atropelamento da lei", quando voltou ao assunto na rede social no início desta tarde: "Pode ser a favor ou contra a condenação de petistas no STF, só não pode apoiar o atropelamento da lei pelos ministros e presidente", escreveu.

Ontem, Roberto Requião ironizou a "regalia" do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que foi mandado para o regime fechado e teve seus benefícios suspensos por decisão do juiz Bruno Ribeiro, da Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal. O motivo: a suspeita, segundo o Ministério Público, de que Delúbio teria direito a feijoada aos finais de semana.

"Pensei que hoje ia comer uma costela com o [senador Paulo] Paim, mas ele viajou. Me resta ir a um mercado comprar uma lata de feijoada 'regalia' do Delúbio", tuitou o peemedebista. "Lata de 430 gr de regalia do Delubio (feijoada Bordon) custa R$ 4,00. Mais ou menos o preço da comida de um preso. Feita em casa é barata", publicou Requião, cerca de uma hora depois.

Ucrânia, Venezuela, Rússia, EUA, etc..Entenda melhor o cenário atual - Atualizado

 

 

Olá amigos.
Pra vocês que ainda estão achando difícil entender o cenário mundial que envolve Ucrânia, Rússia, Venezuela, EUA, Cuba etc, vamos a um breve resumo, e se alguém tiver algum comentário a acrescentar ou quiser compartilhar este texto, fique a vontade.
Como é de conhecimento de alguns, existem vários interesses envolvidos quando se tratam de guerras, manifestações e quedas de governos, não tem nenhum bonzinho na história.
Os EUA querendo aumentar seu contingente militar na região onde está a Ucrânia, "teria ajudado os revolucionários" na derrubada do ex presidente Viktor Yanukovytch, este por sua vez, não querendo perder suas mordomias (até um campo de golfe ele tinha na sua mansão) pediu apoio a Rússia, e Mr, Putin não hesitou em ajudar, pois ambos sabiam dos planos dos EUA na região, e de como eles já agiram na Síria, Líbia, Servia etc etc..a fim de se apoderar dos campos de gás, petróleo etc etc..
(Vladimir Putin NÃO vai fazer guerra nenhuma antes de derrubar o dólar. A guerra econômica é que vai esquentar nos próximos meses. Olavo de Carvalho).

"Vazou em chamada telefônica: Atiradores de Kiev foram contratados pela oposição que são apoiados pelos EUA
Assassinatos de falsa bandeira foram feitos para deslegitimar o governo Yanukovych.
Detalhes de um telefonema que vazou entre a UE com o chefe de Relações Exteriores, Catherine Ashton, e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia Urmas Paet, sugerem que a oposição apoiada pelos Estados Unidos foi responsável pela contratação de atiradores de elite que atiraram em manifestantes em Kiev, e não foi o governo deposto de Viktor Yanukovych, como os meios de comunicação amplamente reivindicaram."
http://www.infowars.com/leaked-phone-call-kiev-snipers-hired-by-us-backed-opposition/

Estónia confirma autenticidade da conversa sobre franco-atiradores em Kiev

http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_03_05/Est-nia-confirma-autenticidade-da-conversa-sobre-franco-atiradores-de-Euromaidan-6734/

EUA e UE estão por trás de preparação de golpe de Estado na Ucrânia

EUA e UE estão por trás de preparação de golpe de Estado na Ucrânia

Foto: Flickr.com/openDemocracy/cc-by-sa 3.0

Os EUA e a UE vinham preparando o chamado Euromaidan (movimento pró-europeu) na capital da Ucrânia ao longo de vários anos, segundo revelou ao canal internacional Press TV Scott Rickard, ex-oficial de inteligência dos EUA.De acordo com ele, os gastos direitos do governo dos EUA para com os protestos em Kiev ultrapassam 5 bilhões de dólares. Entre os principais patrocinadores do golpe de Estado na Ucrânia, o ex-oficial da CIA apontou Pierre Omidyar, fundador do site de leilões online eBay, e George Soros, bilionário e especulador bolsista norte-americano.Para Rickard, os acontecimentos ucranianos têm raízes econômicas e geopolíticas. O Ocidente tentou puxar a Ucrânia, bem como outras antigas repúblicas soviéticas, para a OTAN.

http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_03_05/EUA-e-UE-est-o-por-detr-s-de-prepara-o-de-golpe-de-Estado-na-Ucr-nia-3010/

Bem, na Venezuela a mesma coisa, mais golpes:
Cuba está de olho no mesmo petróleo que os EUA estão (veja acima declaração de Fidel no jornal Granma), EUA já compra petróleo da Venezuela, mas não seria nada mal se eles também dessem "uma forcinha" para a revolução venezuelana depor o então ditador e cria de Fidel Castro o Sr. Maduro, e quem sabe um novo governo mais "americanizado" for eleito poderiam "estreitar as relações de amizade com EUA."  (petróleo, controle territorial, domínio americano).

Não desatento a todos esses acontecimentos que estão programadinhos na agenda da NWO, o Brasil então tratou de ajudar a Cuba dando-lhe um porto novinho em folha para que a partir dali se estabelecesse um centro de comando militar, o qual já estamos vendo a Rússia dizer que quer instalar bases militares em Cuba e Venezuela, e quem sabe adiante, instalará no Brasil também né?
A China não fica de fora, e já manifestou apoio a Rússia que por sua vez tem como aliados, Cuba, Venezuela, Argentina, Brasil.e mais outros aqui da América do Sul, lugar onde pretendem juntos formar uma linda e comunista nova URSS nesta região. 

Fonte: http://celiosiqueira.blogspot.com.br/2014/03/ucrania-venezuela-russia-eua-etcentenda.html

Tempos sombrios

 

Putin ordena tropas russas e ministérios para que usem abrigos atômicos devido a ameaça de guerra com OTAN





Um relatório sombrio preparado pelo Ministério da Defesa ( MoD ) que circula no Kremlin hoje diz que o Presidente Putin ordenou um fim abrupto para os exercícios militares surpresa de forças russas lançados em 26 de fevereiro para combater a agressão do Ocidente na Ucrânia e ordenou-lhes, juntamente com os ministérios-chave, para colocá-los aos seus abrigos a  prova antibomba atômicas  -atribuídas, com os receios de guerra com a OTAN estão agora se aproximando de seu nível mais mortal desde o 1962  na Crise dos Mísseis Cubanos .

De acordo com este relatório, Putin foi forçado a tomar esta ação devido à OTAN "ilegal", usando de suas disposições contidas no artigo 4 º , que foi solicitada pela Polónia e que serão discutidos em uma reunião de emergência deste bloco militar ocidental ainda hoje.

Artigo 4 da OTAN  refere explicitamente "As Partes consultar-se sempre que, na opinião de qualquer um deles, a integridade territorial, a independência política ou a segurança de qualquer das partes está ameaçada", e que, este relatório continua, não inclui a crise ucraniana, uma vez que não é nem um membro ou parte da OTAN e nem da Polónia, nem qualquer outro membro deste bloco militar está sendo ameaçado, de qualquer forma, pela Rússia.

Reuniões da OTAN ao abrigo do artigo 4 são raros, este relatório diz que, com apenas a Turquia usou a opção antes , pedindo consultas três vezes, uma vez que durante a guerra de 2003, no Iraque e duas vezes, há dois anos, sobre o conflito sírio.

Importante notar, especialistas MoD neste relatório dizem que, é que a invocação do artigo 4 º é o passo ao prelúdio artigo 5 º , que autoriza todos os países da OTAN para se preparar para a guerra, que o regime Obama tentou, mas não conseguiu alcançar no ano passado, na crise  síria, quando os seus próprios cidadãos, e os de  aliados, revoltaram-se contra uma guerra que teria trazido o Ocidente em conflito direto com a Rússia.

A atual crise na Ucrânia , este relatório explica ainda, esteve  um regime Obama  na engenharia  de um golpe contra o governo constitucional democraticamente eleito por forças manifestamente fascistas nacionalistas que foram confirmados pela secretário-adjunto de Estado dos EUA Victoria Nuland que declarara publicamente que as organizações-chave na Ucrânia incluindo o partido neo-nazista Svoboda foram generosamente apoiadas por Washington E para citar diretamente Nuland: "Investimos mais de US $ 5 bilhões para ajudar a Ucrânia a alcançar este e outros objetivos."

Quaisquer dúvidas sobre as reais intenções do governo Obama na Ucrânia", escreve a New York University estudioso Stephen F. Cohen , "deveria ter sido dissipadas pela conversa gravada que revelou recentemente entre um alto funcionário do Departamento de Estado, Victoria Nuland, e o embaixador dos EUA em Kiev. Os meios de comunicação previsivelmente centrada na origem do "vazamento" e em "gafe" do Nuland verbal - "Foda-se a União Europeia." Mas a revelação essencial era que os funcionários de alto nível dos Estados Unidos estavam conspirando para "criar " um novo, governo ucraniano anti-russo  por expulsar ou neutralizar o seu presidente, que é eleito democraticamente, num golpe de Estado. "

Quanto ao que os "outros objetivos" do regime Obama com a Rússia estão a fomentar nesta última crise ucraniana, este relatório continua, pode ser encontrada no relatório preocupante recentemente preparado por um conselheiro presidencial  top de  Putin  o  acadêmico Sergei Glazyev e aposentado General Leonid Ivashov do altamente influente Izborsk Clube  um think tank que avisou :

1.Washington , Através da sua embaixada e através de números europeus de alto nível, estão por trás de todos os movimentos da oposição e do próprio fenômeno da "Maidan." O objetivo desta política de "jogo", ao longo dos últimos anos e particularmente durante a organização do Maidan em si, é transformar Ucrânia em um estado anti-russo. Isso não pode ser visto de outra agressão como civilizacional do Ocidente, liderado pelos EUA Contra Rússia . .

2. EUA tem alguns desentendimentos com a UE, especialmente com Alemanha sobre a futura promoção para a primeira posição de qualquer Klitschko (a escolha da  UE) ou Yatsenyuk, que seria, então, substituído por Tymoshenko após sua libertação. Ao mesmo tempo, Washington tem pontos de vista com desprezo os esforços de Bruxelas e Berlin  a desempenharem um papel independente em Kiev . . Mas os seus principais objetivos coincidem.

3. Washington é o mais preocupado de todos que Moscou, que tem enormes reservas entre a população ucraniana, de repente acordar e se tornar mais ativa, destruindo o plano quase concluído de estabelecer um governo totalmente anti-russo, até e incluindo o amplo uso da seguidores fascistizados de Bandera .

4. OS EUA num grupo de liderança no topo da Operação Ucrânia é composta de inteligência e agentes diplomáticos de alto nível, que estão habilmente puxando para essas "ações" de líderes políticos, incluindo congressistas de ambos os partidos, Vice-presidente Biden, e até mesmo o presidente Barack Obama. Assim, vemos uma consolidada estratégia dos EUA ,que não vai mudar de qualquer forma, sem oposição ativa da Rússia . .

Ainda mais sombrio, este relatório do  Izborsk Clube adverte Putin , do "cenário completo" que está sendo implementado pelo regime Obama contra Rússia que inclui:

1. Rejeição da presença das Forças Armadas russas na Criméia, incluindo em Sevastopol como a base da Frota do Mar Negro da Federação Russa. O prazo será fixado em seis a dez meses, o que é insuficiente para uma realocação ordenada das instalações militares para o território russo nas proximidades de Novorossiysk . .

2. Expurgos de forças pró-russas na Ucrânia oriental e meridional, levando a uma enxurrada de refugiados na Federação Russa . .

3. Aniquilação de capacidades de fabrico dos contratos de trabalho para o complexo militar-industrial russo, em Kiev , , Dnepropetrovsk , , Kharkov , e outras cidades ucranianas.

4. Ucrainianização forçada  da população que vive  na margem esquerda do Dnieper . .

5.Parceria expandida da Ucr ânia com a OTAN eo aparecimento de bases dos EUA e da OTAN na Ucrânia, incluindoCriméia . .

6. Estabelecimento no leste da Ucrânia de bases para os terroristas em treinamento, que começará a operar tanto no Cáucaso e na bacia do Volga, e possivelmente também na Sibéria .

7. Extensão de técnicas de "Euromaidan" em grandes cidades russas, especialmente em territórios constitutivos etnicamente definidos na Federação Russa . .

8. Expulsão da Igreja Ortodoxa Russa da Ucrânia, acompanhada por apreensão forçada de igrejas e mosteiros, resultando em uma queda ainda maior da autoridade tanto do ROC e do poder executivo do governo dentro da sociedade russa.

9. Lançamento de processos contra Gazprom, Rosneft, e seus executivos, com o novo governo ucraniano também processando Rússia em tribunais internacionais ocidentais patrocinados sob vários pretextos.

Este MoD reporta e  observa ainda que as estratégias de empregar os Estados Unidos considerável instrumentos do poder nacional incluindo medidas para: 1) desestabilizar ativamente governos "eleitos" (Ucrânia, Venezuela, etc) através do uso de ONGs, agências de inteligência e grupos de proxy; 2) sustentar regimes brutais (Bahrein, Arábia Saudita, Egipto) através de um programa aprovado pelo Congresso dos EUA, executado pelos militares dos EUA, chamado Foreign Internal Defense; 3) operações de informação conduzidas através da imprensa escrita, mídias sociais, rádio, televisão e cinema que procuram moldar o cognitivo local para o ambiente global em favor dos interesses nacionais dos Estados Unidos,. e 4) existencialmente destruir governos estrangeiros por meio de ação militar direta em conjunto com o armamento do capitalismo financeiro para criar novos mercados.

Para entender completamente a criminalidade  de regimes como o de  Obama em relação à Ucrânia, este relatório MoD diz, pode ser visto em sua instalação como da Ucrânia presidente interino Oleksandr Turchynov , que além de ser um dos principais comparsas de Semyon Mogilevich (descrito como mafioso mais poderoso do mundo que você provavelmente nunca ouviu falar e, atualmente, na 10 lista dos mais procurados do FBI ), foi o ex-chefe do serviço secreto ucraniano (SBU),   ea única vez que ele recebeu os votos foi quando ele se levantou para prefeito de Kiev, em 2008, e tem menos de 20 por cento dos votos .

Quanto à forma como Turchynov foi exatamente "eleito" pelo parlamento ucraniano, como Presidente, este relatório continua, foi "além  de uma farsa" como os únicos membros autorizados a votar foram os da extrema-direita, os partidos neonazistas e nacionalistas que foram autorizados de forma ilegal para votar pela derrubada do seu governo legítimo usando o poder de   voto dos membros da maioria ausentes mantidos fora da câmara pela violência da multidão e em violação tanto a Constituição da Ucrânia e do direito internacional [Nota:. O Partido das Regiões (expulso do partido do presidente Yanukovych) mantém 134 lugares. 117 são não-filiados, muitos deles votando com o Partido das Regiões, os comunistas têm 32 assentos, muitas vezes votando com o Partido das Regiões.Por outro lado é o Partido Pátria (Timoshenko), com 88 assentos e udar (Klitschko) com 42, em seguida, o Partido da Liberdade, com 36.]

Depois que o Obama  tomou o governo ucraniano, este relatório diz, as forças neonazistas alinhadas com o seu novo presidente Turchynov iniciou um reinado de terror contra falantes de russo, igrejas ortodoxas e sua população judaica, ataques tão horríveis que lideraram contra um dos chefe de rabinos da  Ucrânia , Moshe Reuven Asman, para exortar os judeus a deixar a capital Kiev e o estado: "Eu disse a minha comunidade para sair da cidade e, se possível, fora do país  ... há muitos avisos sobre ataques planejados contra instituições judaicas, e nos foi dito pela Embaixada de Israel para não sair de casa. "

O vôo de falantes  em russo e ucraniano  judeus da Ucrânia para a Rússia, este relatório observa ainda, está se aproximando de 1 milhão e é uma situação que  os guardas de fronteira estão agora chamando de " desastre humanitário ".

Quanto ao porquê de o povo americano não está se levantando contra o regime Obama para evitar uma guerra OTAN-Rússia, o relatório explica, é, talvez,  melhor resumido pelo altamente estimada acima mencionado  o acadêmico  americano Cohen , e que escreveu esta semana em seu artigo intitulado Distorcendo a  Rússia: Como a mídia americana deturpa Putin, Sochi e Ucrânia :

A degradação da tradicional cobertura da imprensa americana da Rússia, um país ainda vital para a segurança nacional dos EUA, está em curso há muitos anos. Se o recente tsunami de artigos vergonhosamente não profissionais e politicamente inflamatórios nos principais jornais e revistas-particularmente sobre os Jogos Olímpicos de Sochi, Ucrânia e, infalivelmente, o presidente Vladimir Putin, é uma indicação, esta negligência da  mídia é agora generalizada e a nova norma. "

E, o mais chocante, se observa tristemente que a razão do regime Obama querer essa "nova norma" com a Rússia pode ser encontrada no relatório de 1 de março de 2013 do Studies Quarterly Estrategic, um jornal publicado pela Universidade da Força Aérea dos EUA, aviso que "política estratégica dos EUA sob a administração Obama está a tentar criar a capacidade de lançar um primeiro ataque contra a Rússia e / ou China, sem medo de retaliação nuclear, e que isso está fazendo uma guerra nuclear mais, não menos, provável."

Como Putin em sua conferência de imprensa comparou o regime Obama de "cientistas em um laboratório de experimentos com ratos" em relação à sua desestabilização contínua de nações como a Ucrânia, deve notar-se que o líder da Rússia se antecipa a  essa agressão, em 2010, ordenando os 5000 abrigos adicionais anti -bombas atômicas a serem construídas, em Moscou , e que foram concluídos em 2012.

E com as forças militares russas e funcionários do ministério agora dirigindo a eles por ordem de Putin hoje ... só podemos imaginar onde o povo americano vai para o abrigo com Obama se aproxima da conclusão desta nova experiência dele?

Nota: Os artigos adicionais para ler explicar a crise na Ucrânia incluem: 800.000 Refugiados ucranianos  inundam a Rússia como forças nazistas continuam a controlar o oeste em março , Putin Envia divisão de Tropa de Choque temida, a Ucrânia, adverte Obama está "instável" , Putin ordena alerta militar para defender a Ucrânia contra fascistas apoiados pelo Ocidente , Mobilização ucraniana chamada Para "matar todos os judeus" horroriza Rússia , Putin Ordena  tropas para Criméia ao Passo, que adverte a OTAN para a Guerra , Ameaça russa de guerra sobre a Ucrânia atordoa governo Obama , EUA em "choque e agitados" depois que  Snowden permite a Rússia ter Informações sobre funcionários Top de  Obama

Who Is Sorcha Faal? ”

Quem as sanções ameaçam prejudicar  mais? EUA-UE-Rússia comércio em números

Legisladores norte-americanos já estão a ameaçar a Rússia com sanções econômicas sobre a crise na Ucrânia. Comércio, negócio, investimentos e membros do G8 vinculam estreitamente as economias russas, americanas e européias.

Enquanto o Ocidente está a considerar a descer a 'estrada da sanção', aqui está uma olhada no que está em jogo para os mercados.

Comércio

Em termos de bilhões de dólares, o comércio é maior entre a Rússia e a UE, mas os EUA continuam sendo o maior mercado de exportação da Europa.

O comércio líquido entre a Rússia e os EUA era de 38.100  bi dólares em 2013, segundo a Câmara de Comércio dos EUA em dados. Os EUA exportaram 11.260 bi de dólar para a Rússia, e importaram 26,96 bilhões dólares em mercadorias.

Rússia exporta mais de 19 bilião dólares de petróleo e produtos petrolíferos para os Estados Unidos, bem como US $ 1 bilhão em produtos fertilizantes, de acordo com a Câmara de Comércio de dados.

"Será que a Rússia vai ser cortada do mundo? Isso é muito improvável, dado que a Rússia fornece ao mundo,  petróleo, gás, matérias-primas ", Alexis Rodzianko, presidente da Câmara de Comércio Americana na Rússia, à Reuters.

A Rússia é muito dependente do comércio com a UE, como os Estados-Membros são responsáveis ​​por cerca de 50 por cento do total das importações e exportações russas. Em 2012, o comércio entre os dois vizinhos chegou a € 123.000.000.000.

Uma das exportações mais importantes da Rússia para a Europa é algo fábricas e famílias executado em todos os dias: o gás natural.A Europa importa um terço de seu gás natural da Rússia, com a Alemanha ser o maior cliente de importar quase 30 mil euros anuais. Em 2012, 75 por cento de todas as importações europeias da Rússia eram energia.

Muitos países da Europa têm parcerias estratégicas com gigantes de gás estatais da Rússia, Rosneft e Gazprom.

Segundo dados do Eurostat, a Rússia responde por 7 por cento do total das importações e de 12 por cento do total das exportações do bloco de  28  da  União Europeia, tornando-se o terceiro mais importante parceiro comercial regiões, atrás dos EUA e da China.

Empresas norte-americanas com presença grande  na Rússia

Vários Americanas  as 'maiores empresas-Boeing, Cargill, Ford, General Motors, da ExxonMobil, para citar alguns, todos têm um enorme presença no mercado russo.

O investimento da Boeing na Rússia é profundo, como as  fontes ao portador aeroespacial  uma quantidade considerável de aço, titânio e peças de aeronaves de empresas russas. Boeing recebe cerca de 35 por cento da sua titânio da estatal, Rostec. Em 2013, as entregas da Boeing para transportadoras russas foram avaliadas em US $ 2,1 bilhões, ea empresa planeja gastar US $ 27 bilhões em Rússia, Bloomberg relata.

"Estamos observando de perto a evolução para determinar que impacto, se houver, pode ser para o nosso negócio e parcerias na região em curso", Doug Alder, um porta-voz da Boeing, sediada em Chicago, disse à Bloomberg por e-mail.

No ano passado, a Rússia era um mercado de 11.200 bilhões de  dólares para os EUA, com comércio forte em automóveis e aviões, de acordo com dados do Departamento de Comércio.

Montadoras dos EUA têm alta exposição aos mercados da Rússia, por isso estão acompanhando de perto as ações econômicas dos EUA contra a Rússia. Ford já vendeu mais de 1 milhão de automóveis na Rússia, e em 2013, vendeu 105 mil carros. A GM, que tem uma quota de mercado de 9 por cento, vendeu 258.000. Ambas as empresas mudaram plantas de produção da Europa para a Rússia, que está prestes a se tornar o maior carro da Europa mercado em 2016.

ExxonMobil tem parceria com a Rosneft em explorar o campo de petróleo Bazhenov na Sibéria Ocidental, um negócio que pode valer até US $ 500 bilhões. ExxonMobil está planejando construir um projeto de terminal de GNL $ 15 bilhões em campo Bazhenov, e também tem projetos de joint venture criada para explorar as reservas do Mar Negro.

O senador Chris Murphy, presidente da subcomissão do Senado para a Europa, disse que as sanções poderiam ser estendido para os bancos da Rússia. Dois maiores bancos estatais da Rússia são Sberbank, Europa do terceiro maior, e VTB. Ambos os bancos têm uma forte presença da indústria, em Londres, o que indicou que não está se movendo em direção às sanções. Um documento vazado da Downing Street mostra que o governo do Reino Unido não planeja seguir congelamento de bens lideradas pelos Estados Unidos ou restrições comerciais, mas estão ponderando sobre as restrições de visto e proibições de viagens nos principais políticos russos.

 

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Verdades e Mentiras sobre a Venezuela

 

Verdades e Mentiras sobre a Venezuela

Nos últimos dias a Venezuela voltou às manchetes dos jornais do mundo devido a uma série de manifestações de rua. Abaixo, apresento uma série de mentiras alardeadas pela chamada “grande mídia” e as suas respectivas verdades.

Mentira: Os opositores saíram às ruas porque estão descontentes com os rumos do país e querem melhorar a situação.

Verdade: O que está em curso na Venezuela é o chamado “golpe em câmera lenta”, que consiste em debilitar gradualmente o governo até gerar as condições para o assalto direto ao poder. O atual líder oposicionista, Leopoldo López, não esconde esse objetivo, ao pregar aos seus partidários que permaneçam nas ruas até o que ele chama de “La Salida”, ou seja, a derrubada do governo. O roteiro golpista, elaborado com a participação de agentes dos Estados Unidos, combina as manifestações pacíficas com atos violentos, como a destruição de patrimônio público, bloqueio de ruas e atentados à vida de militantes chavistas. A mídia venezuelana e internacional tem um papel de destaque nesse plano, ao difundir uma versão distorcida dos fatos. A aposta da direita é tornar o país ingovernável. Trata-se de criar uma situação de caos até o ponto em que se possa dizer que o país está “à beira da guerra civil” e pedir uma intervenção militar de estrangeiros. Outro tópico desse plano é a tentativa de atrair uma parcela das Forças Armadas para a via golpista. Mas isso, até agora, tem se mostrado difícil.

Mentira: A Venezuela é um regime autoritário, que impõe sua vontade sobre os cidadãos e reprime as manifestações opositoras.

Verdade: Existe ampla liberdade política no país, que é regido por uma Constituição democrática, elaborada por uma assembleia livremente eleita e aprovada em plebiscito. Nos 15 anos desde a chegada de Hugo Chávez à presidência, já se realizaram 19 consultas à população – entre eleições, referendos e plebiscitos – e o chavismo saiu vitorioso em 18 delas. Foram eleições limpas e transparentes, aprovadas por observadores estrangeiros das mais diferentes tendências políticas, inclusive de direita. O ex-presidente estadunidense Jimmy Carter, que monitorou uma dessas eleições, declarou que o sistema de votação venezuelano é “o melhor do mundo”. Esse mesmo sistema eleitoral viabilizou a conquista de inúmeros governos estaduais e prefeituras pela oposição. Há no país plena liberdade de expressão, sem qualquer tipo de censura.

Mentira: Quem está protestando contra o governo é porque “não aguenta mais” os problemas do país.

Verdade: A tentativa golpista, na qual se inserem as manifestações da direita, reflete o desespero da parcela mais extremista da oposição, que não se conforma com o resultado das eleições de 2013. Esse setor desistiu de esperar pelas próximas eleições presidenciais, em 2019, ou mesmo pelas próximas eleições legislativas, em 2016, ou ainda pela chance de convocar um referendo sobre o mandato do presidente Nicolás Maduro, no mesmo ano. Essas são as regras estabelecidas pela Constituição – qualquer coisa diferente disso é golpe de Estado. A direita esperava que, com a morte de Chávez, o processo de transformações sociais conhecido como Revolução Bolivariana, impulsionado pela sua liderança, entrasse em declínio. Apostava também na divisão das fileiras chavistas, abrindo caminho para seus inimigos. A vitória de Maduro – o candidato indicado por Chávez – nas eleições de abril de 2013, ainda que por margem pequena (1,7% de diferença), frustrou essa expectativa. Uma última cartada da oposição foi lançada nas eleições municipais de dezembro do ano passado. Seu líder, Henrique Capriles (duas vezes derrotado em eleições presidenciais), disse que elas significariam um “plebiscito” sobre a aprovação popular do governo federal. Mas os votos nos candidatos chavistas superaram os dos opositores em mais de 10%, e o governo ganhou em quase 75% dos municípios. Na época, a economia do país já apresentava os problemas que agora servem de pretexto para os protestos, e ainda assim a maioria dos venezuelanos manifestou sua confiança no governo de Maduro. Diante disso, um setor expressivo da oposição resolveu apelar para o caminho golpista.

Mentira: O governo está usando violência para reprimir os protestos.

Verdade: Nenhuma manifestação foi reprimida. O único confronto entre policiais e opositores ocorreu no dia 17 de fevereiro, quando, ao final de um protesto, grupos de choque da direita atacaram edifícios públicos no centro de Caracas, incendiando a sede da Procuradoria- Geral da República e ferindo dezenas de pessoas. Nestas últimas semanas, as ações violentas da oposição têm se multiplicado pelo país. A casa do governador (chavista) do Estado de Táchira foi invadida e depredada. Caminhões oficiais e postos de abastecimento têm sido destruídos. Recentemente, duas pessoas, que transitavam de motocicleta, morreram devido aos fios de arame farpado que opositores estendem a fim de bloquear as ruas.

Mentira: O governo controla a mídia.

Verdade: Cerca de 80% dos meios de comunicação pertencem a empresas privadas, quase todas de orientação opositora. Mas o governo recebe o apoio das emissoras estatais e também de centenas de rádios e TVs comunitárias, ligadas aos movimentos sociais e às organizações de esquerda. Isso garante a pluralidade política e ideológica na mídia venezuelana – algo que, infelizmente, não existe no Brasil, onde a direita controla quase totalmente os meios de comunicação.

Mentira: Os Estados Unidos acompanham a situação à distância, preocupados com os direitos humanos e os valores democráticos, para que não sejam violados.

Verdade: Desde a primeira posse de Chávez, em 1999, o governo estadunidense tem se esforçado para derrubar o governo venezuelano e devolver o poder aos políticos de direita. Está amplamente comprovado o envolvimento dos Estados Unidos no golpe de 2002, quando Chávez foi deposto por uma aliança entre empresários, setores militares e emissoras de televisão. Desde então, a oposição tem recebido dinheiro e orientação de Washington.

Mentira: Os problemas no abastecimento transformaram a vida cotidiana num inferno.

Verdade: Existe, de fato, a falta constante de certos bens de consumo, como roupas, produtos de higiene e limpeza e peças para automóveis, mas o acesso aos produtos essenciais (principalmente alimentos e medicamentos) está garantido para o conjunto da população. Isso ocorre graças à existência de uma rede de 23 mil pontos de venda estatais, espalhados por todo o país, sobretudo nos bairros pobres. Lá, os preços são pelo menos 50% menores do que os valores de mercado, devido aos subsídios oficiais. É importante ressaltar que o principal motivo da escassez não é nem a inexistência de dinheiro para realizar importações nem a incapacidade do governo na distribuição dos produtos. Grande parte das mercadorias em falta são contrabandeadas para a Colômbia por meio de uma rede clandestina à qual estão ligados empresários de oposição.

Mentira: A atual onda de protestos é protagonizada pela juventude, que está em rebelião contra o governo.

Verdade: Os jovens que participam dos protestos pertencem, na sua quase totalidade, a famílias das classes alta e média-alta, que constituem a quarta parte da população. Isso pode facilmente ser constatado pela imagem dos estudantes que aparecem na mídia. São, quase todos, brancos – grupo étnico que não ultrapassa 20% da população venezuelana, cuja marca é a mistura racial. E não é por acaso que os redutos dos jovens oposicionistas sejam as faculdades particulares e as universidades públicas de elite. Os jovens opositores são minoria. Do contrário, como se explica que o chavismo ganhe as eleições em um país onde 60% da população têm menos de 30 anos? Uma pesquisa recente, com base em 10 mil entrevistas com jovens entre 14 e 29 anos, revelou que 61% deles consideram o socialismo como a melhor forma de organização da sociedade, contra 13% que preferem o capitalismo.

Mentira: A economia venezuelana está em colapso.

Verdade: O país enfrenta problemas econômicos, alguns deles graves, como a inflação de mais de 56% nos últimos 12 meses. Mas não se trata de uma situação de falência, como ocorre na Europa. A Venezuela tem superávit comercial, ou seja, exporta mais do que importa, e possui reservas monetárias para bancar ao menos sete meses de compras no exterior. É um país sem dívidas. A principal dificuldade econômica é a falta de crédito, causada pelo boicote dos bancos internacionais.

Mentira: A insegurança pública está cada vez pior.

Verdade: A Venezuela enfrenta altos níveis de criminalidade, assim como outros países latino-americanos, inclusive o Brasil. Esse tema é uma das prioridades do governo Maduro, que chegou a mobilizar tropas do Exército no policiamento de certas áreas urbanas, com bons resultados. A melhoria da segurança pública foi justamente o tema do diálogo entre o governo e a oposição, iniciado no final do ano passado, por iniciativa do presidente. O próprio Chávez, em seu último mandato, criou a Polícia Nacional Bolivariana, a fim de compensar as deficiências do aparato de segurança tradicional, famoso pela corrupção. Outra estratégia é o diálogo com as “gangues” juvenis a fim de afastá-las do narcotráfico e atraí-las para atividades úteis, como o trabalho na comunidade e a produção cultural. A grande diferença entre a Venezuela e o Brasil, nesse ponto, é que lá o combate à criminalidade ocorre num marco de respeito aos direitos humanos. A política de segurança pública venezuelana descarta o extermínio de jovens nas regiões pobres, como ocorre no Brasil.

Brasil de Fato

China aumenta em 12,2 % seu orçamento de Defesa para 2014

 

EFE –

(Corrige a fonte da informação no segundo parágrafo).

Pequim, 5 mar (EFE).- O governo chinês anunciou nesta quarta-feira um aumento de 12,2% em seu orçamento de Defesa para 2014, até os 808,2 bilhões de iuanes (US$ 132 bilhões).

O aumento, de 1,5 ponto mais que o registrado em 2013, aparece nos orçamentos nacionais para 2014 divulgados hoje durante a inauguração do plenário anual da Assembleia Nacional Popular (ANP) - o principal órgão do Legislativo chinês - e deverá ser votado pela mesma no encerramento de suas reuniões no dia 13 de março.

O aumento, mais uma vez, é superior ao crescimento do PIB nacional chinês, que foi de 7,7% em 2013 e espera-se que ronde os 7,5% neste ano.

Potências rivais da China como Estados Unidos e Japão costumam ano após ano criticar o aumento orçamentário, que consideram excessivo, embora Pequim afirme que responde unicamente ao objetivo de modernizar Forças Armadas que durante décadas se centraram mais em quantidade de soldados que em avanços tecnológicos.

Neste sentido, o primeiro-ministro chinês Li Keqiang destacou no discurso de hoje que a China "alçará o estandarte da paz", mas também "salvaguardará sua soberania e a ordem internacional do pós-guerra", em referência aos seus atuais conflitos territoriais com nações como o Japão.

O exército chinês, com mais de dois milhões de soldados, é o maior do mundo em número de soldados, e segue conservando um grande poder político e inclusive econômico no regime comunista. EFE

http://br.noticias.yahoo.com/quadro-ch%C3%A1vez-piora-nova-severa-infec%C3%A7%C3%A3o-033027729.html

terça-feira, 4 de março de 2014

Putin rompe silêncio para advertir que ainda pode intervir na Ucrânia

 

Moscou, 4 mar (EFE).- Dez dias depois da queda do presidente Viktor Yanukovich e com o mundo em expectativa com a crise na Crimeia, o presidente russo, Vladimir Putin, deixou aberta nesta terça-feira a possibilidade de enviar tropas às regiões orientais da Ucrânia, que têm uma população majoritariamente ligada à Rússia, se a situação assim exigir.

Putin rompeu seu enigmático silêncio para dizer que, por enquanto, não vai enviar essas tropas à Ucrânia, mas que se reserva ao direito "se a situação transbordar como em Kiev", onde três meses de protestos da oposição e violentos distúrbios derrubaram o governo.

"Qual pode ser o motivo para o uso das forças armadas? Certamente um caso extremo", disse o chefe do Kremlin, que defendeu a legitimidade desse hipotético passo.

Às vezes tranquilo, às vezes desafiante, mas sempre seguro de si mesmo, o líder russo deu uma entrevista coletiva, divulgada pela televisão, para justificar a intervenção militar não declarada da Rússia na Crimeia e que fez soar o alarme mundial.

Para Putin, o ocorrido em Kiev foi "um golpe de Estado anticonstitucional, resultado de uma insurreição armada. O novo poder ucraniano é ilegítimo e refém de extremistas nacionalistas e fez com que na capital e outras partes do país se estendesse o caos e a violência".

Ele descreveu as novas autoridades ucranianas como "bêbados armados", e justificou a necessidade de defender os russo-falantes das regiões do leste e do sul da Ucrânia e os russos étnicos da Crimeia (península russa cedida à Ucrânia em 1954), onde no último dia 27 o parlamento local designou um governo próximo de Moscou, com as portas fechadas e com a sede ocupada por um grupo armado de "autodefesa".

A Rússia "tem um pedido do presidente legítimo da Ucrânia" (para ir ajudar a população), disse Putin, em alusão a Yanukovich, atualmente refugiado em território russo.

"Inclusive se tomarmos essa decisão, de empregar as forças armadas, será legítima", reforçou o presidente russo, que no fim de semana obteve autorização formal do Senado para isso.

Putin disse que a Rússia não pensa em anexar a Crimeia e garantiu que o bloqueio das unidades militares ucranianas nessa região autônoma não são de tropas russas.

"São as forças locais de autodefesa", insistiu, respondendo assim à pergunta sobre por que então estão uniformizados como os militares russos: "isso seria preciso perguntar nas lojas que vendem uniformes parecidos com os russos".

Segundo as autoridades ucranianas, praticamente todas as unidades militares na Crimeia estão rodeadas ou tomadas por soldados russos e Kiev também denunciou que, desde o início da crise, outros seis mil soldados entraram na região, além de alguns aviões e helicópteros de combate.

O presidente se mostrou convencido de que os militares russos e ucranianos "não estarão em diferentes lados das barricadas, mas do mesmo lado" pois muitos, inclusive, "se conhecem pessoalmente".

Putin, que em de dias viu como a Rússia foi posta no gatilho pelo Ocidente, ameaçada com sanções econômicas e diplomáticas e com sua expulsão do G8 por causa da intervenção militar na Crimeia, contra-atacou lembrando estes países que muitas das guerras nas quais atuaram foram ilegítimas.

"Frequentemente nos acusam de ilegitimidade de nossas ações. E quando pergunto se acham que tudo o que fazem é legítimo, me respondem que sim. Então tenho que lembrar as ações dos Estados Unidos no Afeganistão, no Iraque, na Líbia", enumerou.

E advertiu que as sanções internacionais contra a Rússia seriam contraproducentes e prejudicariam todas as partes, em um mundo "onde tudo está relacionado e todos dependem uns dos outros de alguma maneira".

"Estamos nos preparando e nos alegraremos de receber nossos colegas, mas se não querem vir, tanto faz", afirmou sobre a cúpula de chefes de Estado do G8 prevista para junho na cidade de Sochi, cuja participação foi suspensa pelos líderes ocidentais.

Em sua linguagem habitual, franca e direta, o líder do Kremlin arremeteu contra os EUA e os Estados europeus que apoiaram os opositores na Ucrânia e os acusou de experimentar com os países "como se fossem ratos", sem pensar nas consequências. EFE

http://br.noticias.yahoo.com/for%C3%A7as-leais-kadafi-bombardeiam-brega-3-dia-seguido-20110303-233133-412.html

Estadão desmascara manobra de Barbosa no julgamento de formação de quadrilha

 

Do GGN - Segundo o repórter Felipe Recondo, setorista do Estadão no STF, na época Joaquim Barbosa criticou o relatório do Procurador Geral da República Roberto Gurgel, considerando-o falho e inconsistente, e sem provas contra José Dirceu. E disse temer que, se a pena por formação de quadrilha fosse pequena, ocorreria a prescrição do crime.

Essa foi a razão de não ter desmentido Luís Roberto Barroso, quando este denunciou a manobra, limitando-se a ofendê-lo.

Análise: As operações aritméticas do ministro Joaquim Barbosa

Por Felipe Recondo

Em meio às falas sobrepostas na sessão de quarta do STF, o ministro Joaquim Barbosa soltou uma frase que guardava consigo há pelos menos três anos: \"Foi para isso mesmo, ora!\"

28.02.2014 | 17:36

Barbosa admitiu que penas por formação de quadrilha foram calculadas para evitar prescrição

Dida Sampaio/Estadão Felipe Recondo - O Estado de S. Paulo

Barbosa acabava de admitir abertamente o que o ministro Luís Roberto Barroso dizia com certos pudores. A pena para os condenados pelo crime de formação de quadrilha no julgamento do mensalão foi calculada, por ele, Barbosa, para evitar a prescrição. Por tabela, disse Barroso, o artifício matemático fez com que réus que cumpririam pena em regime semiaberto passassem para o regime fechado.

A assertiva de Barroso não era uma abstração ou um discurso meramente político. A mesma convicção teve, para citar apenas um, o ministro Marco Aurélio Mello. Em seu voto, ele reconheceu a existência de uma quadrilha, mas considerou que as penas eram desproporcionais. E votou para reduzi-las a patamares que levariam, ao fim e ao cabo, à prescrição. Algo que Barbosa há muito temia, como se verá a seguir.

Foi essa suposição de Barroso que principiou a saraivada de acusações e insinuações do presidente do STF contra os demais ministros. Eram 17h33, quando Barroso apenas repetiu o que os advogados falavam desde 2012 e que outros ministros falavam em caráter reservado.

Joaquim Barbosa acompanhava a sessão de pé, reticente ao voto de Barroso, mas ainda calmo. Ao ouvir a ilação, sentou-se de forma apressada e puxou para si os microfones que ficam à sua frente. Parecia que dali viria um desmentido categórico, afinal a acusação que lhe era feita foi grave.

Mas Joaquim Barbosa não repeliu a acusação. Se o fizesse, de fato, estaria faltando com a sua verdade, não estaria de acordo com a sua consciência. Três anos antes, em março de 2011, Joaquim Barbosa estava de pé em seu gabinete. Não se sentava por conta do problema que ainda supunha atacar suas costas. Foi saber depois, que suas dores tinham origem no quadril.

A porta mal abrira e ele iniciava um desabafo. Dizia estar muito preocupado com o julgamento do mensalão. A instrução criminal, com depoimentos e coleta de provas e perícias, tinha acabado. E, disse o ministro, não havia provas contra o principal dos envolvidos, o ministro José Dirceu. O então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, fizera um trabalho deficiente, nas palavras do ministro.

Piorava a situação a passagem do tempo. Disse então o ministro: em setembro daquele ano, o crime de formação de quadrilha estaria prescrito. Afinal, transcorreram quatro anos desde o recebimento da denúncia contra o mensalão, em 2007. Barbosa levava em conta, ao dizer isso, que a pena de quadrilha não passaria de dois anos. Com a pena nesse patamar, a prescrição estaria dada. Traçou, naquele dia em seu gabinete, um cenário catastrófico.

O jornal O Estado de S. Paulo publicou, no dia 26 de março de 2011, uma matéria que expunha as preocupações que vinham de dentro do Supremo. O título era: "Prescrição do crime de formação de quadrilha esvazia processo do mensalão".

Dias depois, o assunto provocava debates na televisão. Novamente, Joaquim Barbosa, de pé em seu gabinete, pergunta de onde saiu aquela informação. A pergunta era surpreendente. Afinal, a informação tinha saído de sua boca. Ele então questiona com certa ironia: "E se eu der (como pena) 2 anos e 1 semana?".

Barroso não sabia dessa conversa ao atribuir ao tribunal uma manobra para punir José Dirceu e companhia e manter vivo um dos símbolos do escândalo: a quadrilha montada no centro do governo Lula para a compra de apoio político no Congresso Nacional. Barbosa, por sua vez, nunca admitira o que falava em reserva. Na quarta-feira, para a crítica de muitos, falou com a sinceridade que lhe é peculiar. Sim, ele calculara as penas para evitar a prescrição. "Ora!"

Felipe Recondo é repórter do jornal O Estado de S. Paulo em Brasília.

 

http://jornalggn.com.br/noticia/estadao-desmascara-manobra-de-barbosa-no-julgamento-de-formacao-de-quadrilha#.UxEl0uQVZ1o.twitter

Leonardo Boff: Barbosa não honra o STF

 

Edição247-Divulgação / Nelson Jr-STF:

 

247 – O filósofo e teólogo Leonardo Boff criticou a postura de Joaquim Barbosa, presidente do STF diante da condução das prisões dos condenados na AP 470. Segundo ele, a vontade de condenar e de atingir o PT foi maior do que os princípios do direito. Leia:

Uma justiça sem venda, sem balança e só com a espada?

Tradicionalmente a Justiça é representada por uma estátua que tem os olhos vendados para simbolizar a imparcialidade e a objetividade; a balança, a ponderação e a equidade; e a espada, a força e a coerção para impor o veredito.

Ao analisarmos o longo processo da Ação Penal 470 que julgou os envolvidos na dita compra de votos para os projetos do governo do PT, dentro de uma montada espetacularização mediática, notáveis juristas, de várias tendências, criticaram a falta de isenção e o caráter político do julgamento.

Não vamos entrar no mérito da Ação Penal 470 que acusou 40 pessoas. Admitamos que houve crimes, sujeitos às penas da lei.

Mas todo processo judicial deve respeitar as duas regras básicas do direito: a pressunção da inocência e, em caso de dúvida, esta deve favorecer o réu.

Em outras palavras, ninguém pode ser condenado senão mediante provas materiais consistentes; não pode ser por indícios e ilações. Se persistir a dúvida, o réu é beneficiado para evitar condenações injustas. A Justiça como instituição, desde tempos imemoriais, foi estatuída exatamente para evitar que o justiciamento fosse feito pelas próprias mãos e inocentes fossem injustamente condenados mas sempre no respeito a estes dois princípios fundantes.

Parece não ter prevalecido, em alguns Ministros de nossa Corte Suprema esta norma básica do Direito Universal. Não sou eu quem o diz mas notáveis juristas de várias procedências. Valho-me de dois de notório saber e pela alta respectabilidade que granjearam entre seus pares. Deixo de citar as críticas do notável jurista Tarso Genro por ser do PT e Governador do Rio Grande do Sul.

O primeiro é Ives Gandra Martins, 88 anos, jurista, autor de dezenas de livros, Professor da Mackenzie, do Estado Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra. Politicamente se situa no pólo oposto ao PT sem sacrificar em nada seu espírito de isenção. No da 22 de setembro de 2012 na FSP numa entrevista à Mônica Bérgamo disse claramente com referência à condenação de José Dirceu por formação de quadrilha: todo o processo lido por mim não contem nenhuma prova. A condenação se fez por indícios e deduções com a utilização de uma categoria jurídica questionável, utilizada no tempo do nazismo, a “teoria do domínio do fato.” José Dirceu, pela função que exercia “deveria saber”. Dispensando as provas materiais e negando o princípio da presunção de inocência e do “in dubio pro reo”, foi enquadrado na tal teoria. Claus Roxin, jurista alemão que se aprofundou nesta teoria, em entrevista à FSP de 11/11/2012 alertou para o erro de o STF te-la aplicado sem amparo em provas. De forma displicente, a Ministra Rosa Weber disse em seu voto:” Não tenho prova cabal contra Dirceu – mas vou condená-lo porque a literatura jurídica me permite”. Qual literatura jurídica? A dos nazistas ou do notável jurista do nazismo Carl Schmitt? Pode uma juíza do Supremo Tribunal Federal se permitir tal leviandade ético-jurídica?

Gandra é contundente: “Se eu tiver a prova material do crime, não preciso da teoria do domínio do fato para condenar”. Essa prova foi desprezada. Os juízes ficaram nos indícios e nas deduções. Adverte para a “monumental insegurança jurídica” que pode a partir de agora vigorar. Se algum subalterno de um diretor cometer um crime qualquer e acusar o diretor, a este se aplica a “teoria do domínio do fato” porque “deveria saber”. Basta esta acusação para condená-lo.

Outro notável é o jurista Antônio Bandeira de Mello, 77, professor da PUC-SP na mesma FSP do dia 22/11/2013. Assevera:”Esse julgamento foi viciado do começo ao fim. As condenações foram políticas. Foram feitas porque a mídia determinou. Na verdade, o Supremo funcionou como a longa manus da mídia. Foi um ponto fora da curva”.

Escandalosa e autocrática, sem consultar seus pares, foi a determinação do Ministro Joaquim Barbosa. Em princípio, os condenados deveriam cumprir a pena o mais próximo possível das residências deles. “Se eu fosse do PT” – diz Bandeira de Mello – “ou da família pediria que o presidente do Supremo fosse processado. Ele parece mais partidário do que um homem isento”.

Escolheu o dia 15 de novembro, feriado nacional, para transportar para Brasília, de forma aparatosa num avião militar, os presos, acorrentados e proibidos de se comunicar. José Genuíno, doente e desaconselhado de voar, podia correr risco de vida.

Colocou a todos em prisão fechada mesmo aqueles que estariam em prisão semi-aberta. Ilegalmente prendeu-os antes de concluir o processo com a análise dos “embargos infringentes”.

O animus condemnandi (a vontade de condenar) e de atingir letalmente o PT é inegável nas atitudes açodadas e irritadiças do Ministro Barbosa. E nós tivemos ainda que defendê-lo contra tantos preconceitos que de muitas partes ouvimos pelo fato de sua ascendência afrobrasileira. Contra isso afirmo sempre: “somos todos africanos” porque foi lá que irrompemos como espécie humana. Mas não endossamos as arbitrariedades deste Ministro culto mas raivoso. Com o Ministro Barbosa a Justiça ficou sem as vendas porque não foi imparcial, aboliu a balança porque ele não foi equilibrado. Só usou a espada para punir mesmo contra os princípios do direito. Não honra seu cargo e apequena a mais alta instância jurídica da Nação.

Ele, como diz São Paulo aos Romanos: “aprisionou a verdade na injustiça”(1,18). A frase completa do Apóstolo, considero-a dura demais para ser aplicada ao Ministro.

http://www.brasil247.com/pt/247/brasilia247/122609/Leonardo-Boff-Barbosa-n%C3%A3o-honra-o-STF.htm?fb_action_ids=10202716873557379&fb_action_types=og.likes&fb_source=other_multiline&action_object_map=%5B1376874882562425%5D&action_type_map=%5B%22og.likes%22%5D&action_ref_map=%5B%5D

Joaquim Barbosa fica na defensiva após revelações sobre seu patrimônio

 

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Pela primeira vez o presidente do STF descartou taxativamente a possibilidade de ser candidato em 2014. Coincidência ou não, uma semana depois da entrevista, o TSE mandou retirar do ar uma página na internet que fazia sua propaganda eleitoral à Presidência.

Via Carta Maior

Em entrevista ao jornal The New York Times em 23/8/2013, Barbosa afirmou: “Não sou candidato a nada.” A frase categórica contrasta com as anteriores, evasivas, de que se sentia lisonjeado em ser lembrado em pesquisas como uma opção para 2014, ou de que “não se via” como candidato a presidente, e mesmo com a afirmação de que o Brasil não estaria preparado para eleger um presidente negro. A entrevista trouxe pela primeira vez a frase “não sou candidato”.

A declaração clara e cristalina é seguida da explicação do jornal: Barbosa foi posto na defensiva por conta de algumas revelações complicadoras sobre seu patrimônio.

Acostumado a, nos últimos tempos, fazer uma cruzada moralizadora, Barbosa acabou acusado de ter recebido salários da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) mesmo sem trabalhar.

O The New York Times também registra a denúncia da aquisição de um apartamento em Miami de forma irregular. A criação da empresa para comprar o apartamento, lembra o jornal norte-americano, foi vista como uma tentativa de pagar menos impostos na transação. Sobre este último assunto, o ‘Times’ economizou os detalhes. Segundo reportagens de jornais brasileiros, o ministro teria criado uma empresa fantasma, cuja sede tinha como endereço o do apartamento funcional de Barbosa, o que é expressamente proibido.

Barbosa estaria agora amargando uma defensiva e uma piora em seu humor na corte, que nunca foi dos melhores, apenas mudou de foco. Na entrevista, é lembrado o episódio no qual Joaquim Barbosa acusou Gilmar Mendes de ter “capangas” em Mato Grosso. A bola da vez é o ministro Ricardo Lewandowski, em embates no julgamento da Ação Penal 470. O “mensalão” é traduzido pelo jornal como big monthly allowance (“grande subsídio mensal”), o que mostra o quanto o apelido criado por Roberto Jefferson e que caiu no gosto da velha mídia é um eufemismo pobre para traduzir o cerne do problema, que é o financiamento empresarial às pretensões eleitorais de políticos.

Em sua defensiva, Barbosa justifica ao jornal que seu temperamento não se adapta à política. A desculpa é contraditória, pois o presidente do STF é hoje o magistrado cuja retórica é a mais parecida com a que se vê sair da boca de políticos em suas denúncias contra rivais. Nas tribunas do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores, as acusações de caráter pessoal e contra a reputação de adversários são comuns. Por esse parâmetro, Barbosa seria na verdade o mais afiado de todos os ministros para seguir carreira política. Não necessariamente um candidato de uma nova política.

O destempero com seus pares no STF e a ênfase no julgamento do mensalão foram fórmula de sucesso, mas abriram flancos em relação a fatos que dizem respeito à sua própria reputação.

De todo modo, coincidência ou não, uma semana depois da entrevista, o TSE mandou retirar do ar uma página na internet que fazia propaganda eleitoral antecipada de Joaquim Barbosa. Disponível desde outubro de 2012, trazia a biografia e fotos do ministro Joaquim Barbosa, além de charges, depoimentos favoráveis à candidatura e até link para a impressão de adesivos. A página foi criada pela Trato Comunicação e Editora Ltda., cujo sócio majoritário é o vereador Átila Alexandre Nunes Pereira, do PSL/RJ, um partido que talvez seja considerado por Barbosa como um daqueles “de mentirinha”.

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http://limpinhoecheiroso.com/2013/09/01/joaquim-barbosa-fica-na-defensiva-apos-revelacoes-sobre-seu-patrimonio/

segunda-feira, 3 de março de 2014

Cai castelo de cartas do ministro Barbosa

 

As palavras finais do ministro, após a decisão que absolveu os réus da AP 470 do crime de quadrilha, soaram como a lástima venenosa de um homem derrotado.

Breno Altman

Arquivo

As palavras finais do presidente da corte suprema, depois da decisão que absolveu os réus da AP 470 do crime de quadrilha, soaram como a lástima venenosa de um homem derrotado, inerte diante do fracasso que começa a lhe bater à porta. A arrogância do ministro Barbosa, abatida provisoriamente pelo colegiado do STF, aninhou-se em ataque incomum à democracia e ao governo.
“Sinto-me autorizado a alertar a nação brasileira de que este é apenas o primeiro passo”, discursou o relator da AP 470. “Esta maioria de circunstância foi formada sob medida para lançar por terra todo um trabalho primoroso, levado a cabo por esta corte no segundo semestre de 2012.”
Sua narrativa traz uma verdade, um insulto e uma fantasia.
Tem razão quando vê risco de desmoronamento do processo construído sob sua batuta. A absolvição pelo crime de quadrilha enfraquece fortemente a acusação. Se não há bando organizado, perde muito de sua credibilidade o roteiro forjado pela Procuradoria Geral da República e avalizado por Barbosa. A peça acusatória, afinal, apresentava cada passo como parte minuciosa de um plano concebido e executado de forma coletiva, além de permanente, com o intuito de preservação do poder político. Se cai a tese de quadrilha, mais cedo ou mais tarde, as demais etapas terão que ser revistas. Essa é a porção verdadeira de sua intervenção matreira.
A raiva de Barbosa justifica-se porque, no coração desta verdade, está a neutralização da principal carta de seu baralho. O ex-ministro José Dirceu foi condenado sem provas materiais ou testemunhais, como bem salientou o jurista Ives Gandra Martins, homem de posições conservadoras e antipetistas. A base de sua criminalização foi uma teoria denominada “domínio do fato”: mesmo sem provas, Dirceu era culpado por presunção, oriunda de sua função de líder da eventual quadrilha. Absolvido do crime fundante, a existência de bando, como pode o histórico dirigente petista estar condenado pelo delito derivado? Se não há quadrilha, inexiste liderança de tal organização. A própria tese condenatória se dissolve no ar. O que sobra é um inocente cumprindo pena de maneira injusta e arbitrária.
Derrotado, Barbosa recorreu a um insulto: acusa o governo da República de ter ardilosamente montado uma “maioria de circunstância”, como se a fonte de sua indicação fosse distinta dos demais. Aponta o dedo ao Planalto sem provas e sem respeito pela Constituição. Atropela a independência dos poderes porque seu ponto de vista se tornou minoritário. Ao contrário da presidente Dilma Rousseff, que manteve regulamentar distância das decisões tomadas pelo STF, mesmo quando eram desfavoráveis a seus companheiros, incorre em crime de Estado ao denunciar, através de uma falácia, suposta conspiração da chefe do Executivo.
A conclusão chorosa de seu discurso é uma fantasia. Não se pode chamar de “trabalho primoroso” uma fieira de trapaças. O presidente do STF mandou para um inquérito secreto, inscrito sob o número 2474, as provas e laudos que atestavam a legalidade das operações entre Banco do Brasil, Visanet e as agências de publicidade do sr. Marcos Valério. Omitiu ou desconsiderou centenas de testemunhas favoráveis à defesa. Desrespeitou seus colegas e tratou de jogar a mídia contra opiniões que lhe contradiziam. Após obter sentenças que atendiam aos objetivos que traçara, lançou-se a executá-las de forma ilegal e imoral.
O ministro Joaquim Barbosa imaginou-se, e nisso há mesmo um primor, como condutor ideal para uma das maiores fraudes jurídicas desde a ditadura. Adulado pela imprensa conservadora e parte das elites, sentiu-se à vontade no papel do pobre menino que é glorificado pela casa grande por suas façanhas e truques para criminalizar o partido da senzala.
O presidente do STF lembra o protagonista da série House of Cards, que anda conquistando corações e mentes. Para sua tristeza, ele está se desempenhando como um Frank Underwood às avessas. O personagem original comete incríveis delitos e manobras para chegar à Presidência dos Estados Unidos, derrubando um a um seus adversários. O ministro Barbosa, porém, afunda-se em um pântano de mentiras e artimanhas antes de ter dado sequer o primeiro passo para atravessar a praça rumo ao Palácio do Planalto.
Acuado e sentindo o constrangimento de sua nudez político-jurídica, o ministro atira-se a vinganças, recorrendo aos asseclas que irregularmente nomeou, na Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, como feitores das sentenças dos petistas. Delúbio Soares teve o regime semiaberto suspenso na noite de ontem. José Dirceu tem contra si uma investigação fajuta sobre uso de aparelho celular, cujo único propósito é impedir o sistema penal que lhe é devido. O governo de Brasília está sendo falsamente acusado, com a cumplicidade das Organizações Globo, de conceder regalias aos réus.
O ódio cego de Barbosa contra o PT e seus dirigentes presos, que nenhuma força republicana ainda se apresentou para frear, também demonstra a fragilidade da situação pela qual atravessam o presidente do STF e seus aliados. Fosse sólido o julgamento que comandou, nenhuma dessas artimanhas inquisitoriais seria necessária.
O fato é que seu castelo de cartas começou a ruir. Ao final dessa jornada, o chefe atual da corte suprema sucumbirá ao ostracismo próprio dos anões da política e da justiça. Homem culto, Barbosa tem motivos de sobra para uivar contra seus pares. Provavelmente sabe o lugar que a história reserva para quem, com o sentimento dos tiranos, veste a toga dos magistrados.
(*) Breno Altman é diretor editorial do site Opera Mundi.

A Imprensa tem lado

Acabei de assistir o noticiário da Globo sobre a crise na Ucrânia e todas as pessoas que foram entrevistadas ou citadas, são alinhados dos EUA e portanto, apoiadores dos Neonazista que tomaram o poder naquele país. Não foram ouvidos ninguém que apoia os que foram ou são a favor do presidente democraticamente eleito,   Yanukovych. A Rússia interviu para garantir os direitos Humanos dos povos de etnia russa que vivem na parte oriental da Ucrânia e que estavam sendo agredidos em seus direitos pelos neonazistas que derrubaram o poder estabelecido através de de golpe. A Imprensa ocidental, ligada ao governo americano ou temerosa dele, não conversou com o governo russo para ouvir sua versão dos fatos. Isto é ser parcial na divulgação da informação dos acontecimentos.

Ocidente pressiona Rússia por saída diplomática na Ucrânia

 

Por Por Thibauld MALTERRE | AFP –

Soldados perto de caminhão militar de fabricação russa no dia 2 de março de 2014 na CrimeiaAFP/AFP - Soldados perto de caminhão militar de fabricação russa no dia 2 de março de 2014 na Crimeia

Os países ocidentais aumentavam a pressão nesta segunda-feira para encontrar uma saída diplomática com a Rússia, acusada pela Ucrânia de ter optado pela guerra depois que comandos pró-russos se apoderaram da Península da Crimeia.
A crise, uma das mais graves entre Moscou e o Ocidente desde o fim da Guerra Fria, provocava quedas nas bolsas (a de Moscou operava em baixa de mais de 5%), assim como altas no preço do petróleo.

O secretário americano de Estado, John Kerry, anunciou que visitará Kiev na terça-feira, para "reiterar o forte apoio dos Estados Unidos à soberania, independência e integridade territorial da Ucrânia", indicou a porta-voz do departamento de Estado, Jen Psaki, em um comunicado.

Os Estados Unidos também pediram o envio imediato à Ucrânia de observadores da Organização para a Cooperação e Segurança na Europa (OSCE) para tentar "promover o respeito da integridade territorial" desta ex-república soviética, independente desde 1991.

O presidente vVladimir Putin considerou que a Rússia havia dado uma resposta totalmente adaptada à "ameaça constante de atos violentos por parte das forças ultranacionalistas" ucranianas, embora em uma conversa com a chefe de governo alemã, Angela Merkel, tenha aceitado a criação de um grupo de contato para iniciar um diálogo político sobre a Ucrânia.

O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, convocou a Rússia a reconsiderar, diante do que avaliou como "a maior crise na Europa no século XXI".

Hague e seu colega grego, Evangelos Venizelos, cujo país ocupa a presidência semestral da União Europeia (UE), se reunirão na terça-feira com as novas autoridades ucranianas, depois da destituição, no dia 22 de fevereiro, do presidente Viktor Yanukovytch pelo Parlamento ucraniano.

No domingo, os líderes do G7 de países mais industrializados condenaram a clara violação da soberania da Ucrânia por parte de Moscou e anunciaram a suspensão de seus preparativos visando a cúpula do G8 (G7+Rússia) em Sochi (Rússia) em junho.

A Otan pediu que Kiev e Moscou cheguem a uma "solução pacífica" da crise através do diálogo e "a mobilização de observadores internacionais", segundo seu secretário-geral, Anders Fogh Rasmussen.

"A Rússia não quer a guerra com a Ucrânia", respondeu no domingo o vice-chanceler russo, Grigori Karasin. A tensão persiste na Crimeia, embora os confrontos tenham sido evitados até agora.

A Península da Crimeia é uma zona autônoma ucraniana de dois milhões de habitantes, em sua maioria de língua russa, onde a frota russa do Mar Negro tem sua base.

A base militar de Perevalne, que abriga uma unidade da guarda-costeira ucraniana, a 20 km de Simferopol (a capital da Crimeia), foi cercada por centenas de homens armados com fuzis, constatou a AFP.

Segundo o ministério ucraniano da Defesa, que estimou seu número em mil efetivos, os atacantes queriam obrigar a guarda-costeira a entregar suas armas.

Vários locais estratégicos da península, como bases militares, aeroportos e edifícios oficiais, foram bloqueados por homens armados, cujos uniformes não têm insígnias, mas que, segundo os observadores, são soldados russos.

O almirante Denis Berezosvski, comandante-em-chefe da Marinha de guerra ucraniana, nomeado há alguns dias pelo presidente interino Olexander Turchynov, anunciou no domingo que aderia às autoridades locais pró-russas da Crimeia.

A Ucrânia advertiu no domingo que a tensão havia deixado esta região da Europa à beira do desastre e já afirmou que a presneça de forças russas na Crimeia constituía uma declaração de guerra.

"Se o presidente (russo Vladimir) Putin quer ser o presidente que começou uma guerra entre dois países vizinhos e amigos, está prestes a alcançar seu objetivo. Nós estamos à beira do desastre", advertiu no domingo o primeiro-ministro interino, Arseni Yatseniuk.

Manifestantes pró-russos invadem edifícios oficiais no leste e sul da Ucrânia

 

EFE

Kiev, 3 mar (EFE).- Manifestantes pró-russos invadiram nesta segunda-feira a sede do governo central da Ucrânia em Donetsk e o Parlamento regional de Odessa, no leste e sul do país.

Em Donetsk, região de origem do presidente deposto Viktor Yanukovich, cerca de 100 manifestantes tomaram o pátio interior do escritório, enquanto a polícia local retirava os jornalistas pela porta de atrás.

Em Odessa, os manifestantes invadiram a câmara no momento de uma sessão. Nesta, cerca de 700 manifestantes exigiam aos deputados regionais uma desobediência às novas autoridades de Kiev, que, segundo eles, deram um golpe de Estado ao depor o então presidente ucraniano Viktor Yanukovich.

Os simpatizantes da organização local "Alternativa Popular", que convocou um comício pró-russo, arrancaram a bandeira ucraniana do edifício e estenderam uma russa no lugar.

Milhares de pessoas se concentram hoje em frente à administração regional do Estado em Donetsk para expressar sua rejeição à nomeação do novo delegado do governo central para esta região, Sergei Tarut.

Tarut deveria comparecer hoje à sessão da Assembleia regional de Donetsk, cujo presidente, Andrei Fedoruk, renunciou seu cargo nesta manhã.

Posteriormente, em uma votação secreta, os deputados regionais designaram o ex-governador de Donetsk Andrei Shishatski como o novo presidente da Assembleia.

Donetsk e outras cidades russoparlantes no leste e no sul da Ucrânia registraram grandes protestos contra a intervenção russa na Crimeia.

No sábado, quando Rússia não tinha declarado sua intenção de intervir militarmente na Crimeia, dezenas de milhares de manifestantes participaram de comícios pró-russos nessas mesmas localidades. EFE