quinta-feira, 3 de março de 2011

Novo terremoto de 6.6 graus atinge costa de Maule, Chile

Dados recebidos da Rede Sismográfica Global (Iris-GSN) mostram que um novo e poderoso abalo de 6.6 graus de magnitude foi registrado ao largo da costa chilena de Maule, no Chile as 01h40 pelo horário de Brasília (14/02/2011). O violento abalo teve seu epicentro estimado a 25 km de profundidade, sob as coordenadas 35.43S e 72.73W, aproximadamente 70 km ao NNW de Cauquenes, e 290 km a SW da Região Metropolitana de Santiago.

Terremotos no Chile registrados em São Paulo
Clique para ampliar

Esse é o terceiro abalo acima de magnitude 6 registrado no Chile em apenas três dias.
Apesar da grande intensidade, a profundidade em que ocorreu o evento favorece a dissipação da energia antes de chegar à superfície. Quando acontecem no oceano, eventos dessa intensidade e profundidade podem provocar a formação e alertas de tsunamis, mas até o momento não foram registrados eventos ou disparados alertas significativos.

Desde sexta-feira, a região de Bio-Bio vem sofrendo uma série de terremotos de moderada e forte intensidades, o maior deles chegando a 6.8 graus de magnitude, todos ainda relacionados ao grande terremoto de 8.8 graus que sacudiu o país em 27 de fevereiro de 2010.
Um terremoto de 6.6 graus de magnitude libera a mesma energia que 6 bombas atômicas similares a que destruiu Hiroshima em 1945, ou a explosão de 119 mil toneladas de TNT.
No topo, imagem do sismômetro Apolo11/PainelGlobal instalado na cidade de São Paulo mostra os abalos registrados no Chile em apenas 24 horas. Observe o grande tempo de reverberação ocorrido no sismo de 6.6 graus na madrugada de segunda-feira. Crédito: Apolo11.com

Chile volta a sofrer fortes abalos sísmicos na manhã deste domingo

O Chile voltou a sofrer novos terremotos na região de Bio-Bio, localizada na costa central do país. O abalo mais intenso ocorreu às 08h35 (BRT) e teve seu epicentro estimado a 13 km de profundidade, sob as coordenadas 36.62S e 73.16W, aproximadamente a 25 km da cidade de Antofagasta.
O segundo tremor ocorreu na mesma localidade, a 15 km de distância do evento maior, cerca de duas horas antes. O mapa abaixo mostra a localização do epicentro.

Considerando a magnitude e a baixa profundidade em que ocorreram, estes tremores têm potencial suficiente para causar pesados danos e vítimas fatais, mas até agora não foram registradas ocorrências.
Desde sexta-feira, a região de Bio-Bio vem sofrendo uma série de terremotos de moderada e forte intensidades, o maior deles chegando a 6.8 graus de magnitude, todos ainda relacionados ao grande terremoto de 8.8 graus que sacudiu o país em 27 de fevereiro de 2010.
O evento de hoje, de 6.0 graus de magnitude liberou a mesma energia que a detonação de 1 bomba atômica similar a que destruiu Hiroshima em 1945, ou a explosão de 15000 toneladas de TNT.
Importante: Esta notícia pode sofrer alterações ao longo do dia

Terremotos: Turquia tenta se preparar para o Big One

Dois grandes terremotos ocorridos por movimentos tectônicos distintos fizeram o começo de 2010 entrar para a história. Em dois meses, o mundo acompanhou atônito duas enormes tragédias.
Em 12 de janeiro de 2010, um abalo de 7 graus de magnitude ocorrido no Haiti foi provocado pelo deslizamento entre as placas Caribenha e Norte-Americana e deixou pelo menos 230 mil mortos. Alguns dias depois, em 27 de fevereiro, um terremoto de 8.8 graus ocorrido no Chile foi o segundo mais forte do país e aconteceu devido ao mergulho da placa de Nazca abaixo da placa Sul-Americana.
Apesar de 500 vezes mais forte, o terremoto do Chile provocou muito menos mortes. Enquanto no país andino o número de vítimas fatais não chegou a 1000, no Haiti a quantidade de mortos ultrapassou 200 mil. O motivo foi a localização do epicentro próximo à zonas populosas e o preparo das pessoas e autoridades diante das tragédias naturais.

Vista panorâmica da cidade de Istambul
Vista panorâmica da cidade de Istambul

O Haiti convive com inúmeros problemas decorrentes do terremoto de 2010 e o Chile vai precisar de pelo menos três anos para reconstruir as cidades mais atingidas.
Além do Haiti e do Chile, diversas partes do mundo vivem a mesma vulnerabilidade e a incerteza de quando um grande abalo irá acontecer. Algumas localizações são mais propensas a terremotos e esperam por eles. A falha de San Andreas, na Califórnia, é uma dessas zonas e aguarda ao que os estudiosos chamam de “Big One”, ou "O Maior".
Turquia
Concentrando grandes esforços para minimizar os danos de um intenso terremoto, a Turquia vem se preparando também para o seu “Big One”. O país está sobre a falha da Anatólia do Norte, uma região semelhante à falha de San Andreas e extremamente frágil. Ali, em 8 de março de 2010, um terremoto moderado de 5,9 graus de magnitude ocorrido no leste da Turquia deixou 51 mortos.
Istambul, a capital européia do país, convive com contrastes, analisa Mustafa Erdik, diretor de um instituto de engenharia de terremotos da cidade. Erdik liderou um estudo onde mapeou uma situação na qual um terremoto poderia matar de 30 a 40 mil pessoas e ferir outras 120 mil.

Falha de Anatólia

Contrastes
Existe o lado moderno da cidade, com construções já preparadas para suportar um grande terremoto, entre eles o imenso terminal do aeroporto. No entanto, dezenas de milhares de prédios por toda a metrópole não estão preparados para fortes tremores. A população saltou de 1 milhão para 10 milhões em 50 anos e os edifícios foram construídos às pressas, sem preocupação e com uso de materiais de baixa qualidade. Os monumentos antigos de Istambul também estão na lista da destruição.
Em 1999, um terremoto na cidade de Izmit, a 80 quilômetros de Istambul matou 18 mil pessoas, sendo mil nos arredores da cidade. Esse evento aconteceu exatamente na falha de Anatólia do Norte, que passa sob o Mar de Mármara. Um levantamento geológico dos Estados Unidos identificou um padrão de sismos sucessivos nesta falha semelhante ao da falha de San Andreas, na Califórnia.
Plano de Emergência
A equipe de Erdik e pesquisadores de três outras universidades da Turquia elaboraram um plano mestre para terremotos colocando Istambul entre as cidades do mundo que estão tentando se antecipar ao risco. Uma exceção ao lado de cidades mais ricas como Los Angeles e Tóquio.
Na prática, o plano é baseado em códigos de construção mais rígidos, seguro obrigatório contra terremoto e empréstimos de bancos de desenvolvimento internacionais para reforço ou substituição de escolas e outros prédios públicos. Em bairros pobres, também há um trabalho com o treinamento de dezenas de equipes de voluntários, a entrega de kits de primeiro socorros e equipamentos como rádios e pés-de-cabra.
Segundo os especialistas em gerenciamento de risco, diante de um grande terremoto cerca de 30 mil linhas de gás natural que cortam a Turquia provavelmente se romperiam, gerando mais de 3 mil focos de incêndio. Diante dessa possibilidade, os planos emergenciais estão focados em manter em pé postos do corpo de bombeiros, hospitais e escolas. Além disso, rádios locais já são obrigadas a manter geradores elétricos de prontidão e companhias de telefones celulares devem apresentar planos que levem em consideração o aumento das ligações em caso de tragédias.
Fotos: No topo, vista panorâmica da cidade de Istambul, às margens do Estreito de Bósforo, principal ligação entre a Ásia e a Europa. Acima, gráfico comparativo mostra a semelhança entre as falhas de Anatólia do Norte e falha de San Andreas, na costa da Califórnia. Os valores apresentados indicam a movimentação relativa anual entre as falhas. Créditos: Wikimedia Commons/USGS/Apolo11.com.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Brasil faz primeiro grande levantamento de dados estatísticos sobre consumo de crack

Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil

O Brasil está desenvolvendo o maior estudo sobre consumo de crack do mundo. De acordo com a secretária Nacional de Políticas sobre Drogas, Paulina Duarte, o objetivo é ter dados estatísticos reais do consumo de crack no país, das grandes cidades à zona rural. A pesquisa está sendo feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a universidade americana de Princeton e os primeiros resultados serão divulgados em abril.

“Em 2010, lançamos o plano integrado de enfrentamento ao crack e outras drogas. Não temos, neste momento, nenhum número exato de consumo de crack no país. São apenas meras especulações. Por isso, estamos desenvolvendo o primeiro grande levantamento que se configura como o maior estudo sobre crack no mundo”, afirmou hoje (3) a secretária, após a apresentação do Relatório 2010 da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife).

A estimativa é que 25 mil pessoas participem da pesquisa, sendo que 22 mil fornecerão dados quantitativos e 3 mil, dados qualitativos. “Esse plano de enfrentamento [estudo direcionado ao consumo de crack] nasceu da preocupação do Brasil com dois indicadores: aumento das apreensões de pasta base feitas pela Polícia Federal e a procura [das pessoas viciadas em crack] por tratamento.”

A grande inovação, segundo Paulina, é que os usuários ouvidos pela pesquisa serão convidados a fazer testes para identificar se contraíram doenças relacionadas ao consumo do crack, como hepatites B e C, tuberculose e aids. “Depois desses testes, eles serão encaminhados à rede de saúde para tratamento.”

Além da pesquisa, a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) também vai desenvolver um sistema de monitoramento precoce para consumo e tráfico de drogas em parceria com a Polícia Federal, o Ministério da Saúde e a Universidade de São Paulo (USP). De acordo com Paulina, o investimento será de aproximadamente US$ 5 milhões.

“Vamos juntar programas que possam nos dar as tendências dos surgimentos de novas drogas, novas formas de consumo, pedidos de tratamento, assim como tipos de apreensão em locais onde essas drogas aparecem”, afirmou.

O relatório da Jife divulgado hoje (2) aponta o crescimento do consumo de crack no território brasileiro e destaca o trabalho do governo brasileiro no combate à droga. De acordo com Paulina, o Brasil busca “mecanismos sustentáveis” para o enfrentamento ao crack. Um dos principais problemas é a falta de locais específicos para tratamento dos usuários.

Segundo a secretária, 100 mil profissionais da área de segurança pública e saúde, que combatem o consumo de drogas no país, serão capacitados para esse trabalho. “O Brasil vem fazendo um grande esforço no enfrentamento qualificado ao tráfico urbano.”

Copom eleva taxa básica de juros para 11,75% ao ano

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reajustou hoje (2), em 0,5 ponto percentual, a taxa básica de juros (Selic) para 11,75% ao ano. O novo índice ficará em vigor pelos próximos 45 dias, até nova reunião do colegiado de diretores do BC, agendada para dias 19 e 20 de abril. Foi o segundo aumento consecutivo de 0,5 ponto percentual depois da retomada do processo de ajuste monetário, iniciado em janeiro.

Em nota divulgada logo depois da reunião, o Copom diz que "dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, [o Copom] decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 11,75% ao ano, sem viés."

A decisão foi em linha com a expectativa majoritária dos analistas financeiros, expressa no boletim Focus divulgado pelo BC na última segunda-feira (28).

Houve quem tivesse estimado um ajuste maior, por causa dos bons indicadores liberados hoje cedo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) sobre a produção industrial de janeiro e a venda de veículos em fevereiro, respectivamente.

De acordo com o IBGE, a produção industrial de janeiro cresceu 2,5%, comparado ao mesmo mês do ano passado, com desempenho melhor do que o previsto. Já a Fenabrave informou que as vendas de automóveis aumentaram 23,06% em fevereiro. Esses resultados acabam se tornando sinalizações para os defensores da tese de que existe espaço para um aperto monetário mais forte.

Em contrapartida, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) caiu em seis das sete capitais pesquisadas, na última semana de fevereiro, de 0,61% para 0,49%, na comparação com a semana anterior. Essa constatação é um indicativo de que as pressões inflacionárias começaram a ceder.

Ahmadinejad exige que os EUA parem movimentos militares no norte da África

Teerã, 2 mar (EFE).- O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, exigiu nesta quarta-feira aos Estados Unidos e ao Ocidente que freiem seus movimentos militares no norte da África e não interfiram nos assuntos dos países da região.

Em discurso na província ocidental iraniana de Lorestan, o líder advertiu que se não o fizerem, os povos da região pegarão em armas contra eles.

"Se voltarem a se intrometerem militarmente no norte da África e no Oriente Médio, as nações vão se unir e cavar os túmulos para os soldados americanos", afirmou.

Nesta semana, o Pentágono anunciou que dois navios de guerra da frota americana presentes na região do Mediterrâneo navegam em direção ao litoral líbio, país que há dias está à beira de uma guerra civil.

"Ninguém acredita em suas palavras sobre o apoio a essas nações porque todos sabem que são os principais culpados pelos atuais crimes no planeta. Todo mundo sabe que esses ditadores eram sustentados pelos Estados Unidos", acrescentou.

Sob esse argumento, Ahmadinejad garantiu que a Casa Branca e seus aliados só buscam tomar controle dos recursos energéticos e minerais da região.

Irã apoiou as revoltas no Egito, Tunísia e da Líbia, que considera uma "onda de despertar islâmica" e entende como enfraquecimento da influência de Washington na região.

Ahmadinejad criticou nesta quarta-feira o que definiu como política de dois pesos e duas medidas dos Estados Unidos e advertiu que a nação iraniana "está preparada para resistir".

Irã e a comunidade internacional mantêm há anos uma inflamada queda-de-braço pelas suspeitas de uso bélico de seu programa nuclear, que Teerã afirma ter fins pacíficos.

Agenda de Obama no Brasil tem compromissos cronometrados para aproveitar cada segundo

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Brasil, nos próximos dias 19 e 20, terá atividades cronometradas para aproveitar cada segundo. Em Brasília, Obama e a presidenta Dilma Rousseff fecharão acordos que atendem a apelos do empresariado, dos governos estaduais e até da comunidade brasileira que vive em território norte-americano. O objetivo das parcerias é ampliar a freqüência de vôos entre os dois países, divulgar o Brasil no exterior e ajudar os brasileiros que vivem nos Estados Unidos.
Com os acordos no setor aéreo, o brasileiro que vive nos Estados Unidos e quer  voltar para o Brasil encontrará mais facilidades. Também há planos para a divulgação da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, em parceria com a iniciativa privada e o governo norte-americanos. As informações são de diplomatas norte-americanos e brasileiros que trabalham na organização da visita.
No dia 19, no Palácio do Planalto, Obama e Dilma assinarão dez acordos bilaterais. Um deles é o que se refere ao espaço aéreo: durante cinco anos, empresários brasileiros e norte-americanos terão facilidades no esforço de aumentar o número de vôos entre os dois países. Porém, as exigências serão definidas e terão de ser seguidas à risca.
No caso dos cerca de 1 milhão de brasileiros que vivem nos Estados Unidos, eles deverão ser  beneficiados pelo acordo de cooperação na área de Previdência Social. Pelo acordo, aquele que paga a Previdência nos Estados Unidos e resolver voltar para o Brasil, aproveitará o que pagou no território norte-americano.
Também está fechado um acordo para a promoção e divulgação de eventos esportivos, selando a parceria Estados Unidos e Brasil e unindo os setores privado e público de ambos os países. A idéia é aproveitar a experiência norte-americana para a divulgação  da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.
Porém, os textos de todos os acordos ainda não foram fechados. As assessorias de Obama e Dilma trabalham em ritmo acelerado para organizar os termos das parcerias para as áreas de cooperação comercial, educacional, cultural, de ciência e tecnologia e também de programas sociais.     
Obama deve desembarcar no Brasil no dia 18 (sexta-feira) à noite acompanhado pela primeira-dama, Michelle, e pelas filhas Sasha e Malia, além de uma comitiva que deve reunir cerca de mil pessoas. Eles passarão o dia 19 em Brasília e, no dia seguinte, viajam cedo para o Rio de Janeiro.
Na passagem pelo Brasil, o presidente norte-americano quer tratar ainda de questões sobre mudanças climáticas e propostas para o desenvolvimento sustentável. No último dia no Brasil, domingo (20), Obama cumprirá uma agenda que foi denominada pelos assessores como mais popular, reunindo interesses culturais e sociais.

Bolsa Família reduz em 36% índice de crianças e adolescentes fora da escola

O Bolsa Família reduz a evasão escolar em 36%, entre crianças de 6 a 16 anos, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgados na semana passada. A proporção dos que não freqüentam escola cai de 8,4% para 5,4% com o benefício. Os pesquisadores compararam populações semelhantes que recebem ou não o Bolsa Família, a partir de dados de 1999 e 2007, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As 12 milhões de famílias que recebem a bolsa têm de garantir que seus filhos menores de 15 anos compareçam a 85% das aulas a cada mês e, os de 16 e 17 anos, devem ir a 75%. Elas também têm de garantir a vacinação das crianças de até 6 anos de idade e consultas médicas regulares para mulheres grávidas ou que estejam amamentando.

Faixa etária

O impacto é maior no caso das crianças mais novas: de 6 a 10 anos de idade a variação positiva foi de 40% (a proporção de crianças dessa faixa etária que freqüenta escola passou de 93,3% para 96,3%, com o programa); já para as faixas etárias de 11 a 14 anos e de 15 a 16 anos, a redução estimada na proporção de crianças fora da escola foi menor, atingindo quase 30%.

O efeito de uma política de longo prazo fica claro na análise dos dados sobre as crianças com ao menos oito anos de estudo. O Bolsa Família é responsável por quase 60% da queda na evasão escolar. O Inep avalia que o programa elevou a freqüência deste grupo de estudantes de 81,7% para 91,9%. Para os pesquisadores isso se dá porque essa meninada é beneficiada desde o ensino fundamental. Além disso, a condição de relacionar o programa à escola ampliou a importância atribuída aos estudos pelos estudantes e também pelos pais.

Gênero

O impacto do Bolsa Família sobre a freqüência escolar é maior para meninos: cerca de 40% da proporção de meninos menores de 16 anos de idade, fazendo com que a proporção dos que freqüentam passasse de 90,1% para 94,1%. Já no caso das meninas, a redução foi de cerca de 30% (93,1%, caso o programa não existisse, para 95,1%).

O maior efeito do programa sobre a freqüência escolar dos meninos pode ser explicado, por um lado, pelo fato de eles tenderem a ser menos disciplinados na escola e a ter maiores oportunidades de trabalho. A obtenção da transferência de renda condicionada à freqüência escolar pode ter mais que compensado a perda de renda associada ao trabalho de crianças e adolescentes do sexo masculino.

“Os indivíduos que, sem o programa, abandonariam a escola em determinada série ou nível de ensino, com a exigência, teriam o abandono postergado, o que levaria à elevação da freqüência escola de pessoas com maior idade e nível de escolaridade”, conclui o estudo publicado na revista Na Medida, do Inep, número 6.
Portal Brasil

terça-feira, 1 de março de 2011

ACIS e MD Eventos firmam parceria com Sebrae

 

Na última quinta-feira, 24, a Associação Comercial e Industrial de Sobral firmou parceria com o SEBRAE visando à promoção de uma série de eventos durante o ano de 2011, produzidos pela MD Comunicação e Eventos, dos empresários Daniel Nogueira (Grupo Mil) e Márcio Rocha (Execute Computadores).
Este ano, a parceria ACIS, SEBRAE e MD começa a valer a partir do próximo mês de abril, mais precisamente no dia 7, quando acontecerá o workshop e a palestra EMPRESA DO FUTURO, que trará a Sobral os consultores Fábio Fiorini - especialista em branding, Leandro Branquinho - vendedor e consultor de vendas, e o publicitário Walter Longo, que atuou como consultor do programa Aprendiz, da Rede Record.
Fonte: http://www.sobralempresarial.blogspot.com/

Dilma reajusta bolsa família

A presidente da República, Dilma Rousseff, anuncia nesta manhã em Irecê, no sertão da Bahia, reajuste de 10% – ou muito próximo a esse índice – no valor dos benefícios do programa Bolsa Família. Desde o último reajuste, em setembro de 2009, a taxa acumulada de inflação somou 9,53% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

    Se confirmado o índice de 10%, o valor médio do benefício subirá de R$ 94 para R$ 103.

    O reajuste favorecerá diretamente 12,9 milhões de famílias.

PIB cresceu quase 8% em 2010

   

O crescimento do Produto Interno Bruto em 2010 foi superior a 7,5%, informará oficialmente na quinta-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Diferentemente daquele índice estimado pelo mercado, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país cresceu, pelo menos, 7,7%. Em 2009, por causa da crise financeira internacional, o PIB recuou 0,6% em relação a 2008.

    Ontem, o ministro Mantega previu que a economia crescerá 5% em 2011. Já os analistas financeiros estimam 4,30%, diz o boletim Focus, do Banco Central.Voltar

    Dilma participa do programa de Ana Maria Braga

    Foto: TV Globo/Renato Rocha Miranda
    Dilma e Ana Maria Braga (Foto: TV Globo / Renato Rocha Miranda)

    “Na manhã desta segunda-feira (28), a presidente Dilma Rousseff esteve no programa “Mais Você”, da Rede Globo, e foi entrevistada pela apresentadora Ana Maria Braga para o programa que vai ao ar amanhã, dia 1º de março. Dilma chegou de helicóptero à Central Globo de Produção, em Jacarepaguá, no Rio.

    Segundo comunicado da Central Globo de Comunicação (CGCOM), durante um café da manhã, Dilma agradeceu a solidariedade de Ana Maria quando recebeu o diagnóstico de câncer. As duas tiveram a mesma doença e conversaram sobre a luta que travaram para vencê-la.”

    (Globo)

    domingo, 27 de fevereiro de 2011

    Vacina vegetal contra a febre amarela é criada no Brasil

    Um avanço tecnológico muito significativo para o país, cientistas do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (o Bio-Manguinhos) , da Fiocruz, no Rio, em parceria com pesquisadores americanos, assinaram acordo para o desenvolvimento e a produção da primeira vacina feita no mundo a partir de uma planta - ou seja, sem o uso de vírus atenuados ou inativados (não infecciosos) . O imunizante escolhido para ser inicialmente produzido dessa forma é o da febre amarela, uma das doenças do arsenal do mosquito da dengue, o Aedes aegypti, e endêmica em países da América do Sul e da África. Além de reduzir os efeitos colaterais - raros com a vacina atual, porém graves -, o novo imunizante poderá ser fabricado em maior quantidade e a um custo menor.
    Hoje a vacina contra a febre amarela é produzida por Bio-Manguinhos com uma tecnologia 100% brasileira e desenvolvida a partir de uma cepa viva atenuada do vírus do gênero dos flavivirus, cultivada em ovos especiais (chamados embrionados) livres de doenças e fornecidos por uma única indústria nacional. O vírus se multiplica no ovo formando o antígeno - o princípio ativo da vacina atual.
    Apesar de sua comprovada eficácia, esse método tem problemas. Como a vacina é obtida a partir de embriões de galinha, ela pode causar alergia em pessoas suscetíveis e até complicações como encefalite, a inflamação no cérebro, devido ao uso de vírus vivo. Os pesquisadores esperam que com a nova técnica o imunizante seja mais seguro, diz Marcos Freire, vice-diretor de Desenvolvimento Tecnológico de Bio-Manguinhos:
    - É algo inédito no mundo.
    De forma simplificada, na produção da nova vacina os cientistas pegam o gene que faz (codifica) a principal proteína do vírus que induz a resposta imunológica no organismo. Em seguida, eles colocam esse gene nas células das folhas da planta Nicotiana benthamiana, espécie de tabaco. À medida que ela se desenvolve suas folhas crescem produzindo grande quantidade de antígeno.
    - Cada folha da planta é uma fábrica do antígeno que será usado na vacina - explica Ricardo Galler, principal pesquisador.
    O método das chamadas biofábricas é usado na produção de algumas substâncias, como insulina, mas é a primeira vez que se chega tão longe com uma vacina.
    Freire comenta que a produção nacional de ovos embrionados para a produção da vacina para o mercado brasileiro e o externo (o país exporta o imunizante para 70 países) não atende à demanda. E boa parte precisa ser importada dos Estados Unidos e da Europa.
    - Se tudo der certo com a nova tecnologia e os testes pré-clínicos e clínicos apresentarem bons resultados, não vamos depender mais de ovos especiais embrionados, que no Brasil só têm um fornecedor - afirma o pesquisador. - Apesar de a vacina atual ser segura e eficaz, sua tecnologia tem 70 anos e, de certa forma, é obsoleta.
    O uso da planta em cultivo por hidroponia - sem solo, onde as raízes recebem uma solução nutritiva balanceada - é uma grande vantagem porque os cientistas não precisam de grandes áreas de granjas para obter a proteína que estimula a resposta ao vírus, o que favorece a produção em áreas controladas e restritas. Além disso, o tabaco é um vegetal bem estudado e não comestível. Portanto, o seu cultivo não vai interferir na produção de alimentos.
    Investimento de US$ 6 milhões
    O acordo entre Bio-Manguinhos e o Centro Fraunhofer para Biotecnologia Molecular e a iBio Inc., nos Estados Unidos, foi assinado no último dia 4. A Fiocruz investirá US$ 6 milhões no projeto para que o país domine o inovador processo de produção, e a previsão para o início da primeira fase clínica de estudo, no Brasil e nos Estados Unidos, é de três anos.
    O Programa Nacional de Imunizações recomenda que a vacina contra febre amarela seja aplicada a partir dos nove meses de vida e a imunização seja repetida a cada dez anos. Isto vale principalmente para as pessoas que viajam para regiões endêmicas.

    Por: Antônio Marinho

    Papa Bento XVI assinou em 1970 documento questionando o celibato na Igreja Católica

    Joseph Ratzinger, atualmente o Papa Bento XVI, assinou em 9 de fevereiro de 1970, quando ensinava teologia na Universidade de Regensburg, na Baviera, uma petição que questionava o celibato na Igreja Católica, segundo informações publicadas na sexta-feira 28/01/2011 pelo jornal "Süddeutsche Zeitung". À época o religioso tinha 42 anos.
    "Nossas consultas e nossos estudos coincidem com a necessidade de um tratamento diferenciado à lei que estabelece o celibato(... ) tanto pela Igreja alemã como pela Igreja mundial", escreveram os teólogos em carta enviada à Conferência Episcopal da Alemanha, para a qual Ratzinger atuou como consultor em questões de fé e moral. Juntamente com ele, estiveram nomes de peso como os dos também teólogos Karl Rahner, Otto Semmelroth, Karl Lehmann e Walter Kasper.
    O documento, que não havia se tornado público até agora, permaneceu arquivado por 41 anos. Segundo a reportagem do jornal alemão sob o título de "As dúvidas do jovem Ratzinger", os responsáveis pela petição afirmam não desejar influir em qualquer decisão da Santa Sé, mas demonstram preocupação com a obrigatoriedade do celibato.

    quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

    Plenária do Centro Sobralense de Pesquisa Ufológica


    Dia 25 deste Será realizada a próxima reunião plenária do Centro Sobralense de Pesquisa Ufológica. Nesta reunião eu irei apresentar os casos de avistamentos de Óvnis ocorridos em Sobral e municípios vizinhos e dar a minha opinião pessoal sobre cada um deles. Muitos dos casos ufológicos dos quais tomamos conhecimento, não temos autorização por parte dos envolvidos, para divulgar alguns dados, inclusive os nomes. Mesmos sem darmos os nomes dos santos, falaremos dos milagres. O local de nosso evento será o Espaço de Vida Saudável da Herbalife, na Rua Francisco das Chagas Barreto de Lima, 146 no Parque da Cidade em Sobral-CE, bem próximo a rotatória do Bairro Coração de Jesus. De já agradecemos àqueles que ajudarem a divulgar a nossa reunião. A entrada é franca. Contamos com a participação de ufólogos e simpatizantes do fenômeno ufo, principalmente dos nossos companheiros do CSPU. Esses encontros servem principalmente para trocarmos informações sobre a casuística ufológica de nossa região, que é um dos objetivos do CSPU, fazer a divulgação do Fenômeno Ufo.
    Abraço a todos
    Jacinto Pereira
    --
    Por: Elenilton Roratto

    Tremor na Nova Zelândia matou 102 e há mais de 220 desaparecidos

    O número de mortos pelo terremoto em Christchurch, a segunda maior cidade da Nova Zelândia, subiu para 102, enquanto ainda há 228 pessoas registradas como desaparecidas, informou o ministro da Defesa Civil na sexta-feira (horário local).

    "Temos 102 mortes confirmadas, e os nomes de quatro foram divulgados", afirmou John Carter a repórteres.

    A polícia informou que provavelmente os mortos constituem algumas das pessoas dadas como desaparecidas, mas que não haverá uma confirmação até que as informações sejam cruzadas e checadas.

    Carter disse ainda que não foram encontrados mais sobreviventes.

    "O último resgate com vida que registramos foi na quarta-feira", acrescentou.

    quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

    SECRETARIA DE CULTURA DIVULGA AS OUTRAS BANDAS DO CARNAVAL 2011 DE CAMOCIM

    Foto: Arquivo Camocim On Line

    A Secretaria de Cultura e Desporto de Camocim, anunciou as atrações do carnaval 2011, que animarão os foliões nos cinco dias de folia, começando na sexta-feira, dia 04 e março, com a concentração dos blocos e desfile pela principais Ruas e Avenidas de Camocim, até o corredor da alegria.

    Confira as Bandas que oficialmente tocarão em Camocim.

    Banda Patrulha;

    Paredão Mix

    Chicana

    Garota Safada

    Axé brother

    Phaphirô

    Aline Jordão

    Furacão do Forró

    Banda Tribal

    A Secretaria de Cultura e Desporto anuncia ainda que mais seis bandas serão contratadas para o Carnaval de Camocim, como também a Tenda Eletrônica do DJ Gil, que estará presente no Corredor da folia.

    Escrito por: Marcelo Marques

    Veículos longos ficam proibidos de transitar por estradas federais durante feriados nacionais

    Christina Machado
    Repórter da Agência Brasil
    Brasília - A Coordenação-Geral de Operações do Departamento de Polícia Rodoviária Federal proibiu a partir de ontem (23) o trânsito de veículos longos nas estradas federais de pista única durante os feriados nacionais. A determinação foi publicada no Diário Oficial da União.
    De acordo com a portaria, são considerados veículos longos as combinações de Veículos de Carga (CVC) – caminhões que puxam dois ou mais reboques – combinações de Transporte de Veículos (CTC) - caminhões-cegonha - e combinações de Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas (CTVP) – veículos especiais que transportam cargas de dimensões diferenciadas como trator ou guindaste, mesmo com Autorização Especial de Trânsito (AET).
    A medida tem o objetivo de dar fluidez e segurança ao trânsito de veículos nas estradas, que aumenta consideravelmente durante os feriados. O descumprimento da determinação constitui infração grave, prevista no Artigo 187 do Código de Trânsito Brasileiro, com punição de cinco pontos na carteira de habilitação e multa de R$ 127,69.
    De acordo com o calendário oficial, os feriados são 1º de Janeiro (Ano Novo), 21 de Abril (Tiradentes), 1º de Maio (Dia do Trabalho), 7 de Setembro (Independência), 12 de Outubro (Dia de Nossa Senhora Aparecida), 2 de Novembro (Finados), 15 de Novembro (Proclamação da República) e 25 de Dezembro (Natal). São pontos facultativos o carnaval, que este ano cai nos dias 7, 8 e 9 de março, a Paixão de Cristo, em 22 de abril, Corpus Christi, em 23 de junho, e o Dia do Servidor Público, em 28 de outubro.

    Dilma anunciará na próxima semana novo valor para o Bolsa Família

    Luciana Lima
    Repórter da Agência Brasil
    Brasília – A presidenta Dilma Rousseff vai anunciar, no início de março, reajuste para o Programa Bolsa Família. O reajuste deverá ser anunciado no dia 1º, durante visita da presidenta ao município de Irecê, localizado a 478 quilômetros de Salvador, em pleno sertão da Bahia.
    O valor do reajuste ainda não está definido, e a ministra de Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Tereza Campello, terá ainda nesta semana reunião com a presidenta para bater o martelo sobre o novo valor do benefício.
    O anúncio do reajuste vem sendo pensado no contexto de atividades relacionadas ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março. De acordo com dados do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 93% dos usuários do cartão são mulheres. Por isso, o governo considera o programa importante para melhorar a situação econômica das mulheres.
    A ministra Iriny Lopes, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, órgão ligado à Presidência da República, fará parte da comitiva presidencial na viagem a Irecê, onde participará da abertura da Feira da Economia, organizada por um grupo de produtoras rurais do município.
    O Bolsa Família foi reajustado pela última vez em setembro de 2009. Os valores pagos hoje pelo programa variam de R$ 22 a R$ 220, dependendo da quantidade de filhos e da renda de cada família beneficiada. O valor médio pago pelo Bolsa Família é R$ 94.
    A Bahia é estado com maior número de famílias beneficiadas pelo programa de distribuição de renda lançado no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dados deste mês indicam que 1,7 milhão de famílias baianas recebem o Bolsa Família. Em Irecê, mais de 7 mil famílias são atendidas pelo programa, que neste mês atingiu a meta de beneficiar em todo o país 12,9 milhões de famílias
    O segundo estado em número de beneficiados é São Paulo, com 1,2 milhão de famílias. Minas Gerais vem em terceiro lugar, com 1,1 milhão de famílias.
    Além de Irecê, a presidente deve ir a Salvador. Na viagem, a presidenta Dilma Rousseff poderá anunciar ainda obras de construção de um terminal de regaseificação da Petrobras, na Baía de Todos os Santos.

    PREFEITO VEVEU REUNIU A IMPRENSA PARA ANUNCIAR O CARNAVAL.

    O Prefeito de Sobral, José Clodoveu de Arruda (PT) reuniu hoje pela manhã, a imprensa sobralense para uma entrevista coletiva, além dos repórteres, vários diretores de Rádios de Sobral estavam presentes. Estava marcado para as 10hs, mas prá variar, só começou ás 11:35hs. O Prefeito momentos antes, esteve reunido com os Secretário da Cultura, SEPLAM, Secretario da Segurança do nosso Município,  além dos representantes da Policia Militar, Corpo de Bombeiros, Policia Rodoviária, Policia Civil, Ronda do Quarteirão.

    Na coletiva - Veveu ressaltou a importância do regaste aos Carnavais tradicionais, principalmente o "Bloco dos Sujos", que este ano terá o Trio Elétrico de Armandinho, Dodô e Osmar, um dos trios tradicionais da Bahia, tidos como criadores do Trio Elétrico no Brasil. Sem dúvidas, será uma grande festa.

    SEGURANÇA - Uma grande operação de segurança está sendo preparada para este dia, com a preocupação de dar total condições para que o folião possa brincar e ser feliz. Algumas medidas estão sendo tomadas no sentido de barrar os "paredões" que ficam funcionando no decorrer do percurso.

    Por: Bené Fernandes

    domingo, 20 de fevereiro de 2011

    Um resumo da situação no mundo árabe compilado pelo blog 2012 Um Novo Despertar

    Líbia

    O número de pessoas mortas em três dias de protestos contra o governo da Líbia já chegou a 84, segundo a organização internacional Human Rights Watch, com sede em Nova York. O principal foco das manifestações contra o líder líbio, Muammar Khadafi, foi a segunda maior cidade do país, Benghazi, onde 35 mortes foram registradas em apenas um hospital.
    A mídia estatal advertiu sobre retaliações contra os críticos de Khadafi, que está no poder desde 1969.
    Serviços de internet e energia elétrica foram cortados em algumas áreas do país após o início dos protestos. As forças de segurança líbias abriram fogo contra manifestantes em Benghazi na sexta-feira quando eles se aproximaram de um local usado pelo coronel Khadafi quando visita a cidade, localizada a cerca de mil quilômetros da capital, Trípoli.
    Segundo relatos de órgãos de mídia e a contabilização da Human Rights Watch (HRW), o hospital Al-Jala, na cidade, recebeu os corpos de 35 pessoas mortas pela repressão aos protestos.
    As manifestações líbias são parte da onda de levantes pró-democracia no mundo árabe e muçulmano, que já derrubou governantes na Tunísia e no Egito e se espalhou por países como Bahrein, Argélia, Iêmen e Irã. Mas analistas dizem que a situação no país é diferente da situação no Egito ou na Tunísia, porque Khadafi teria as grandes receitas com petróleo para conter os problemas sociais e tem uma alta popularidade em todo o país, apesar de ser menos popular na região de Cyrenaica, onde está Benghazi.
    Tunisia

    O ministro italiano do Interior, Roberto Maroni, fez essa sugestão em resposta ao que qualificou de "êxodo bíblico" que levou mais de 5,5 mil clandestinos a desembarcar desde a semana passada na ilha italiana de Lampedusa vindas da vizinha Tunísia.
    O chanceler italiano, Franco Frattini, chega na noite desta segunda-feira a Túnis para se reunir com o primeiro-ministro interino Mohamed Ghannouchi, segundo um porta-voz da chancelaria em Roma. A Tunísia tenta restaurar a ordem depois da rebelião popular que depôs o ditador Zine el-Abidine Ben Ali há exatamente um mês.
    Egito

    A junta militar do Egito informou em comunicado nesta sexta-feira que não irá tolerar protestos que prejudicarem a economia do país e irá confrontá-los caso ocorram, informou a agência estatal Mena.

    Foto: AFP

    Exército egípcio patrulha ruas do Cairo, nesta sexta-feira

    O Conselho Supremo das Forças Armadas avisou em um comunicado que alguns grupos "organizam protestos que prejudicam a produção e criam condições econômicas críticas que podem piorar a economia do país".
    "A continuação da instabilidade e suas consequências prejudicarão a segurança nacional", completou. "O Conselho Supremo das Forças Armadas não permitirá a continuação desses atos ilegais que colocam a nação em perigo, e iremos confrontá-los e tomar medidas legais para proteger a segurança da nação", disse.
    O Exército informou também que não permitirá que as greves continuem no país. Segundo os militares, em comunicado, as paralisações estavam prejudicando a economia.
    'Marcha da Vitória'
    Nesta sexta-feira também milhares de egípcios se reuniram na praça Tahrir, no centro do Cairo, para uma "marcha da vitória" convocada para celebrar a queda do líder Hosni Mubarak, que renunciou ao cargo de presidente há uma semana. "É uma festa, estamos muito felizes, Mubarak foi embora", disse Naser Mohamed, 50 anos, um dos manifestantes. "Acho que vamos voltar todas as semanas, todas as sextas-feiras".
    A praça ficou cercada por tanques do Exército. Os soldados checavam a identidade dos manifestantes nos diferentes pontos de acesso ao local. Membros dos comitês populares também ajudavam no controle de segurança.
    Mubarak renunciou ao cargo que ocupava há 30 anos após 18 dias de manifestações contra o seu governo. O anúncio da renúncia foi feito pelo vice-presidente egípcio, Omar Suleiman, horas depois de ser divulgada a notícia de que Mubarak e sua família tinham deixado a capital do país, Cairo, em direção à cidade egípcia de Sharm el-Sheik.
    *Com AFP
    Iemen

    Manifestações antigoverno acontecem nesta sexta-feira em cidades de Iêmen, Líbia, Bahrein, Jordânia e Djibuti, onde milhares realizam protestos inspirados nas revoltas populares de Tunísia e Egito, que levaram à queda de presidentes que estavam no poder há décadas.
    No Iêmen, opositores saíram às ruas pelo oitavo dia consecutivo na capital, Sanaa, e nas cidade de Taiz e Áden. Segundo a Reuters, ao menos quatro manifestantes morreram durante os protestos, que foram convocados pela internet e pedem a renúncia do presidente Ali Abdullah Saleh, no poder há 32 anos.
    Em Taiz, a polícia usou gás lacrimogênio e atirou para cima para dispersar uma multidão que participava da chamada "Sexta-feira de Fúria". Uma granada foi lançada em direção a um grupo de manifestantes, deixando um morto e pelo menos oito feridos, segundo testemunhas. A granada teria sido lançada por um homem dentro de um carro.
    Em Sanaa, a multidão marchou até o palácio presidencial e, no caminho, houve choques com partidários do governo, que deixaram ao menos quatro feridos. A polícia também usou gás lacrimogêneo e tiros para o alto na tentativa de dispersar a manifestação.
    Jornalistas também foram alvos de ataque. Segundo um repórter da agência Associated Press, um grupo de homens armados com paus atacaram uma equipe de TV e destruíram um câmera. Vários fotógrafos também precisaram se refugiar em prédios vizinhos para evitar a confusão.
    O presidente Saleh já fez algumas concessões aos manifestantes, como a promessa de deixar o poder em 2013 e não transferi-lo ao seu filho. Partidos de oposição aceitaram uma oferta de diálogo com o governo, mas manifestações espontâneas continuam ocorrendo.
    Bahrein

    No Bahrein, soldados lançaram gás lacrimogêneo e atiraram contra manifestantes que desafiaram a proibição a protestos determinada pelo Exército na quinta-feira. Segundo a agência AP, os confrontos deixaram ao menos 50 feridos. De acordo com a rede de TV CNN, ao menos quatro morreram.
    Os choques começaram horas depois do enterro de dois homens mortos em protestos anteriores. Dezenas de milhares de pessoas compareceram aos enterros, muitos carregando cartazes e cantando slogans de oposição ao xeque Hamad bin Isa Al-Khalifa.

    Foto: AP

    Manifestantes protestam durante funeral de jovem na vila de Sitra, no Bahrein

    Os caixões foram envoltos em bandeiras do país e levados em cortejo pelas ruas do bairro. A multidão presente gritava pedindo "justiça, liberdade e monarquia constitucional". Alguns disseram que estavam dispostos a sacrificar suas vidas para derrubar o governo.
    Pouco depois, as preces de sexta-feira se converteram em mais uma oportunidade de protesto. Em uma mesquita, xiitas gritavam "vitória ao Islã" e morte à família real bareinita.
    As pelo menos quatro mortes registradas nos protestos dos últimos dois dias elevaram as tensões no Bahrein. Demandas prévias por reformas constitucionais agora evoluíram para um pedido mais geral, pela remoção da dinastia sunita que governa o país há mais de 200 anos.
    O príncipe herdeiro do Bahrein, considerado um reformista na monarquia do golfo árabe, pediu calma na sexta-feira, afirmando que está na "hora do diálogo, não de lutas". "O diálogo está sempre aberto e as reformas continuam", disse o príncipe herdeiro xeque Salman bin Hamad al-Khalifa à TV do Barein. "Essa terra é para todos os cidadãos do Bahrein... Todas as pessoas honestas devem dizer 'basta' neste momento
    .
    Jordânia


    Na Jordânia, manifestantes antigoverno protestaram pela sétima sexta-feira consecutiva. Nas ruas da capital, Amã, cerca de dois mil estudantes, conservadores muçulmanos e ativistas de extrema esquerda pediram reformas constitucionais, mais liberdade e redução no preço dos alimentos.
    Houve confrontos com cerca de 200 partidários do governo e oito manifestantes ficaram feridos. Opositores disseram que os governistas estavam armados com bastões, canos e pedras. "Eles nos bateram e nós tentamos nos defender, bater de volta", airmou o estudante Tareq Kmeil. "Os policiais não fizeram nada para nos proteger, apenas ficaram lá olhando."
    A onda de protestos levou o rei Abdullah 2º a empossar um novo governo no início do mês. O gabinete agora é comandado pelo ex-general Marouf Bakhit, que prometeu ampliar as liberdades individuais.
    Djibuti

    A sexta-feira também foi de protestos no Djibuti, pequeno país do leste da África com cerca de 750 mil habitantes. Um opositor disse que autoridades usaram bastões e gás lacrimogênio para dispersas milhares de manifestantes que saíram às ruas para exigir a renúncia do presidente Ismail Omar Guelleh, que está no segundo mandato e disputará mais uma eleição em abril.
    No ano passado, Guelleh mudou a Constituição do país, que determinava um limite de dois mandatos presidenciais. A família do líder está no poder no Jibuti há mais de três décadas.
    Na eleição de 2005, Guelleh foi candidato único. Agora, um de seus potenciais adversários é Abdourahman Boreh, que vive em Londres mas já demonstrou seu apoio às manifestações contra o presidente.
    Diversas bases militares estão localizadas no Djibuti, incluindo a única base americana na África.

    Franco-atiradores matam 15 pessoas na Líbia

     

    Franco-atiradores das forças especiais da Líbia atacaram neste sábado um grupo que estava reunido na segunda maior cidade do país, Benghazi, para lamentar a morte de 35 manifestantes na sexta-feira. Segundo um funcionário de um hospital local, 15 pessoas morreram no ataque, incluindo um homem aparentemente atingido por um míssil antiaéreo

    Mais cedo, as forças de segurança atacaram um acampamento de manifestantes contra o governo em Benghazi, deixando mais mortos e feridos, segundo testemunhas. O grupo de direitos humanos Human Rights Watch, com sede em Nova York, estima que pelo menos 84 pessoas morreram em três dias de protestos, com base em informações de hospitais e testemunhas. As informações são da Associated Press.

    Escolas terão cartilha contra preconceito sexual

    A senadora Marta Suplicy (PT-SP) disse que o Ministério da Educação vai preparar cartilhas contra o preconceito em relação à orientação sexual que serão distribuídas nas escolas. A informação foi dada durante evento com a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) para o lançamento da "Marcha Contra a Homofobia" e do "Disque 100" para a população LGBT, na Casa das Rosas, em São Paulo. A ministra disse que a posição contra o preconceito é um posicionamento do governo Dilma.

    Segundo a senadora, uma pesquisa realizada pela Fipe em 501 escolas públicas de todo o País, baseada em entrevistas com mais de 18,5 mil alunos, pais e mães, diretores, professores e funcionários, revelou que 87,3% das pessoas têm preconceito em relação à orientação sexual. Para ela, o objetivo da cartilha é expandir o conceito de aceitação da diversidade.

    "É preocupante o preconceito e a violência. O Brasil retrocedeu em relação dez ou 12 anos." Marta comparou o Brasil à Argentina, dizendo que o país vizinho era mais avesso em relação à aceitação do homossexualismo e hoje legalizou o casamento entre gays. "E nós temos o espancamento de gays", disse, referindo-se a casos recentes de agressões na capital paulista. A senadora se diz confiante na aprovação do PL 122, contra a homofobia.

    Selo - No evento de hoje foi lançado também um selo que será fixado em lugares onde ocorrem atos de discriminação. Um desses selos foi fixado hoje na calçada da avenida Paulista em frente ao número 777. No local, cinco jovens espancaram, em novembro do ano passado, um rapaz de 19 anos com uma lâmpada fluorescente. O adesivo, de forma arredondada, tem cerca de um metro de diâmetro.

    G20 fecha acordo de indicadores para medir desequilíbrio global

    Por Louise Egan e Julien Toyer

    Ministros e presidentes de Bancos Centrais de países que integram o G20, durante reunião do grupo em Paris. 19/2/2011.REUTERS/Benoit Tessier

    PARIS (Reuters) - Os ministros de Finanças das principais economias do mundo fecharam neste sábado um acordo paliativo para medir os desequilíbrios da economia global, depois que a China conseguiu evitar o uso de taxas cambiais e reservas monetárias como indicadores.

    Christine Lagarde, ministra francesa de Finanças que presidiu a cúpula, disse que o acordo entretanto representa um passo significativo para aprimorar a coordenação das políticas econômicas ao redor do globo, no intuito de evitar outra crise financeira.

    "As negociações foram francas, às vezes tensas, e conduziram a um compromisso final que não pode ser atribuído a nenhuma delegação em particular, mas que garanto representar um espírito de comprometimento e ambição", declarou ela em uma coletiva de imprensa.

    Ministros e presidentes de Bancos Centrais concordaram com uma lista de indicadores que incluem dívidas públicas e déficits fiscais, poupança e empréstimo privados, a balança comercial e outros componentes do balanço de pagamentos, como os fluxo líquido de investimento.

    Mas, por insistência da China, não houve menção à taxa de câmbio real nem às reservas de moeda estrangeira.

    "As reservas foram deixadas de lado", disse Lagarde, acrescentando que o acordo contemplou um mecanismo para levar em conta as taxas cambiais quando da avaliação do balanço de pagamentos total.

    Os Estados Unidos e outros países ocidentais acusam a China de manter o iuan artificialmente desvalorizado para impulsionar suas exportações e acumular grandes reservas de moeda estrangeira, que afirmam distorcer a economia mundial.

     

    O secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, repetiu depois das conversas que a moeda chinesa "continua substancialmente depreciada" e que sua taxa cambial real não se alterou muito apesar de sua lenta apreciação desde uma reforma em junho passado.

    A segunda maior economia do mundo, que superou o Japão na semana passada, resistiu à pressão ocidental para revalorizar significativamente sua moeda para ajudar a reequilibrar o crescimento global.

    O superávit comercial da China encolheu ultimamente, talvez explicando por que o país prefere essa medida.

    Irã liberta dois jornalistas alemães detidos em outubro

    Dois jornalistas alemães detidos no Irã desde outubro foram libertados, anunciou este sábado a agência oficial IRNA, e pouco depois chegou a Teerã o ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, para levá-los de volta ao seu país.  Foto:-/AFPTEERÃ (AFP) - Dois jornalistas alemães presos no Irã desde outubro foram libertados, anunciou neste sábado a agência oficial IRNA, acrescentando que o ministro das Relações Exteriores alemão Guido Westerwelle chegará a Teerã na noite deste sábado.

     

    "Os dois acusados detidos em Tabriz foram liberados e voltarão ao seu país", disse a principal autoridade judicial da província iraniana do Azerbaijão Oriental.

    A IRNA também informou que o ministro alemão deve desembarcar daqui a algumas horas na capital iraniana.

    Os dois jornalistas foram detidos em Tabriz quando entrevistavam o filho e o advogado de Sakineh Mohammadi-Ashtiani, mulher iraniana cuja condenação à morte por apedrejamento mobilizou o mundo ocidental.

    As autoridades iranianas acusam os dois alemães de não terem pedido autorização especial do ministério da Cultura, necessária para trabalhar no país.

    sábado, 19 de fevereiro de 2011

    Desafios para a democratização da informação ambiental no Brasil

    Por Vilmar Berna*, do Portal do Meio Ambiente

    Como financiar a informação ambiental que o público precisa mas não está disposto a buscar nem pagar por ela? E para quem quer e sabe onde buscar, a informação ambiental está disponível de verdade? E para quem recebe sem buscar, a informação ambiental tem sido de qualidade? Afinal, informação ambiental para que, e por quê? Afinal, existe ou não falta de democratização da informação ambiental no Brasil?
    São algumas questões que merecem respostas numa sociedade que se pretende democrática e sustentável, pois o acesso à informação ambiental é fundamental para assegurar o fortalecimento da democracia e ajudar a sociedade a fazer escolhas melhores no rumo da sustentabilidade. Se a população não recebe informações ambientais em quantidade e qualidade adequadas, tenderá a reproduzir as mesmas escolhas que trouxeram a humanidade à beira de um colapso ambiental.
    A existência ou não existência do acesso à informação ambiental no Brasil depende do observador. Existe uma diferença entre a informação que se busca, proativamente, e a informação que se recebe, passivamente. Para quem busca a informação ambiental e dispõe dos meios necessários, encontrá-la pode ser relativamente fácil. Entretanto, mesmo para esta parcela de público, que é incluída digitalmente, lê jornais e revistas, e tem um mínimo de conhecimentos de direitos e deveres ambientais, nem sempre a informação que se encontra é a que se quer. Como qualquer outra informação, a ambiental também não está livre da meia verdade, da mentira, da manipulação tendenciosa, da especulação, do exagero, da falta de base científica, do emocionalismo, etc.
    Por exemplo, existem leis que asseguram o acesso da sociedade a informações ambientais legais, entretanto, conseguir tais informações não é nada fácil. Só querer e ter as condições e o acesso à internet não bastam. Se a intenção for obter informações, por exemplo, sobre licenças ambientais, TACs (Termo de Ajuste de Conduta), compensação ambiental, a dificuldade será enorme, e se quiser ir mais além, e obter informações sobre as condicionantes - onde estão listados os projetos e obrigações -, então a informação ambiental pode se tornar quase inacessível. Sem algum QI (quem indica) bem posicionado - coisa para poucos iniciados - , obter algumas informações ambientais estratégicas pode ser bem difícil. Às vezes surge uma janela de oportunidade de acesso a informações ambientais ocultas, quando algum insatisfeito de dentro da estrutura resolve criar dificuldade para vender facilidade. Nestes momentos, informações estratégicas podem se tornar acessíveis, mas assim que o ´criador de caso´ conseguir o acerto que procura, a informação irá desaparecer novamente. Existem licenças que chegam a ter mais de 100 condicionantes, e se a imprensa e a sociedade não conseguem acesso a esta informação, muito menos tem como saber o que foi ou não cumprido, e daí não tem como divulgar ou cobrar responsabilidades. Para quem tiver alguma dúvida, faca um teste, escolha uma única empresa e tente obter estas informações ambientais, e então compreenderá o quanto a democratização da informação ambiental no Brasil ainda é uma promessa. E se conseguir, tente descobrir, do que foi comprometido, o que foi efetivamente realizado, e descobrirá que a falta da democratização da informação ambiental não se dá por um acaso. E se eu estiver errado, receberei as críticas com prazer, pois significa que a informação ambiental passou a fluir como deveria para a sociedade.
    Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), entre janeiro de 2005 e outubro 2009, o IBAMA deixou de receber 99,4% do valor total das multas aplicadas contra crimes ambientais. Em quase cinco anos, foram R$ 14,6 bilhões não pagos por pessoas e empresas autuadas. Vivemos uma espécie de conto de fadas ambiental. As empresas dizem que cuidam direito do meio ambiente e que a imprensa só gosta mesmo é de notícia ruim. Então, é incompreensível que continuem sendo multadas, se andam tão certinhas... O IBAMA diz que é capaz de exercer o Poder de Polícia, que tem estrutura e competência para isso, e todo mundo acredita, mas não é o que o TCU anda constatando. E se falta estrutura e competência para multar direito e para cobrar dinheiro vivo das multas, que dirá para acompanhar o efetivo cumprimento dos compromissos assumidos nas condicionantes das licenças ambientais, ou em medidas compensatórias ou de ajustes de conduta. E se isso acontece no nível federal, imagine o que pode estar acontecendo nos Estados e Municípios!
    O que assegura a continuidade do conto de fadas ambiental é exatamente a falta interesse, de recursos e de prioridade para a democratização da informação ambiental, logo, os problemas não são fruto do acaso, mas são escolhas deliberadas. O desgaste que pode haver para infratores e órgãos ambientais com a falta de transparência é amplamente recompensado pelos benefícios dessa mesma falta de transparência na informação ambiental, por que se a sociedade não sabe, então também não cobra. Já diz o ditado, o que os olhos não vêem o coração não sente!  Manter a imprensa e a sociedade organizada longe é uma maneira de se proteger e ganhar tempo. A falta de informação ambiental é o biombo onde algumas empresas e órgãos de governos se escondem da sociedade para fazer de conta que está tudo bem e assim continuarem em sua rota de apropriação da natureza.
    Outro exemplo está nos relatórios de sustentabilidade das empresas. Mesmo nos melhores casos, não existe empresa cem por cento correta, nem se espera isso de ninguém, pois a perfeição é utopia presente apenas nos sonhos, nos ideais, nas promessas.  O problema é que os relatórios tenderão a divulgar o que acontece de bom e mascarar ou ocultar o que ainda não vai bem, e ainda tende a demonstrar como mérito próprio resultados ambientais que na verdade são obrigações em função de licenciamento ou termos de ajuste. A relação entre o que as empresas lucram retirando da natureza e o que devolvem na forma de projetos ambientais é absolutamente desproporcional. Alguém poderá dizer que isso é da natureza humana, e que mostrar o que vai mal é papel dos críticos. Entretanto, abre uma brecha enorme para a ficção literária, para palavras e promessas até bonitinhas, em papel reciclado, mas vazios de conteúdo e credibilidade. Quando uma empresa divulga, por exemplo, que reduziu em 30 por cento sua poluição, desperdício ou embalagens, na verdade confessa que repassa 70 por cento dos seus custos ambientais para a sociedade, enquanto segue capitalizando lucros. Informação depende de credibilidade, e isso se torna um problema para empresas responsáveis que fazem um trabalho sério, pois tenderão a ser niveladas com as demais, tornando seus relatórios no mínimo suspeitos. Não é à toa que as tiragens são limitadas, mais para o público interno e acionistas, e as empresas não convidem a mídia ambiental para seus lançamentos, muito menos a incluam em seus planos de mídia, para não correrem o risco de perguntinhas inoportunas e desagradáveis nessas horas quando tudo o que se espera é brilho e festa.
    Quanto ao acesso da grande maioria da população brasileira à informação ambiental, este se limita ao interesse da mídia de massa pelo assunto que, importante que se diga, com o agravamento das mudanças climáticas, tem se dedicado bastante aos temas ambientais. Entretanto, existe uma tendência – sempre com as raras exceções -, de abordar o assunto mais pelo viés do paraíso perdido do qual fomos expulsos, ou da natureza exótica, violenta, e distante de nós, reforçando a idéia de como é bom estarmos separados da natureza, vivendo em cidades, pois assim também não temos de sentir culpa nem nos sentir ameaçados pelo que fizermos a ela. Ou então quando ocorre algum acidente ambiental. A prática demonstra que, assim que o problema deixa de ser visível, também tende a desaparecer das pautas. O mercado trata a comunicação como um negócio que só vale a pena se der lucro, então a informação ambiental estará presente na pauta enquanto der audiência ou vender jornais e revistas.
    É preciso compreender a diferença entre a informação que o público quer - e que se dispõe a pagar por ela - da informação que ele precisa, e que nem sempre se dispõe a pagar para ter. A informação ambiental nem sempre é uma informação que o público se dispõe a pagar para ter. Uma rápida visita a qualquer banca mostrará a realidade. Existem publicações diversas sobre todos os assuntos, menos sobre meio ambiente, excetuando-se uma ou outra publicação sobre turismo e paisagismo. E, para o mercado, a solução é muito simples, se a sociedade não se dispõe a pagar pela informação ambiental, então ela não deve existir. Por outro lado, a falta de interesse do publico pela informação ambiental é compreensível, primeiro por que temos um leque de interesses muito mais amplo que só o ambiental, por que a vida é naturalmente complexa. Segundo, por que a informação ambiental nem sempre serve para entreter e mais incomoda que outra coisa, ao mostrar os abusos contra a natureza, denuncia a poluição e a agressão ambiental, questiona valores consumistas e desperdiçadores, e incomoda até mesmo quando mostra alternativas de tecnologias e atitudes, pois os que optaram por tecnologias e atitudes poluidoras e predatórias não poderão mais argumentar desconhecimento.
    Para assegurar a existência e o acesso do público à informação ambiental, os governos deveriam assegurar políticas públicas e recursos, como, aliás, já fazem com a mídia de massa, através de mecanismos de repasse de verbas de publicidade. Mas os governos não são neutros e ainda estão muito mais comprometidos com um modelo de desenvolvimento comprometido com o gigantismo das escalas, com a exportação para gerar excedentes que equilibrem as contas, onde tradicionalmente a natureza teve e tem de ceder. A não ser no campo das idéias e das utopias, a sociedade brasileira ainda está longe de um modelo ambientalmente sustentável e socialmente justo de desenvolvimento, e naturalmente a informação ambiental reflete isso. Quanto mais crítica ela for, quanto mais apontar as contradições entre as práticas e as promessas, menos recursos e audiência terá de quem recebem as críticas. Entretanto, este é o seu papel, e por mais que não gostem de críticas, precisam delas para avançar e aumentar a velocidade das mudanças entre um modelo predatório e injusto de desenvolvimento e outro mais justo e sustentável.
    Outra fonte de recursos deveria vir das empresas, entretanto, em vez de ajudar a financiar a informação ambiental, quando querem divulgar alguma coisa, preferem investir no envio de releases em massa na esperança de obter mídia ambiental espontânea. Mais ou menos como acreditar em almoço grátis ou em Papai Noel. Divulgação custa caro, é verdade, mais uma razão para não imaginar que uma mídia ambiental empobrecida vá dar de graça o que tem para vender! As empresas preferem editar folhetos ou publicações próprias, em ambiente controlado, onde não correm o risco de ser alvo de alguma crítica. E, para não se verem expostas a perguntinhas inoportunas sobre outros assuntos, contratam serviços de comunicação de terceiros e ocultam seus telefones e e-mails dos releases.
    O tendão de Aquiles dos que negam recursos para a informação ambiental são os voluntários que conseguem manter a democratização da informação ambiental mesmo sem recurso algum, por que não se subordinam às regras do mercado, e teimam em oferecer a informação ambiental como uma espécie de apostolado ideológico, até mesmo para quem não quer pagar por ela. Claro que este trabalho voluntário tem limitações, sejam técnicas ou financeiras, mas ainda assim, presta um importante serviço de interesse público, onde o estado e a iniciativa privada estão falhando.
    Como diz o ditado popular, sem povo não se cria nada de novo, por isso, o desafio pela democratização da informação ambiental continua mais desafiador do que nunca, tanto no sentido de falarmos uma linguagem que o povo entenda quanto encontrar os meios que assegurem que a informação ambiental possa ir além dos atuais nichos de publico especializado.

    *Vilmar Sidnei Demamam Berna é escritor e jornalista, fundou a REBIA - Rede Brasileira de Informação Ambiental e edita deste janeiro de 1996 a Revista do Meio Ambiente (que substituiu o Jornal do Meio Ambiente) e o Portal do Meio Ambiente ( http://www.portaldomeioambiente.org.br/).  Em 1999, recebeu no Japão o Prêmio Global 500 da ONU Para o Meio Ambiente e, em 2003, o Prêmio Verde das Américas – http://www.escritorvilmarberna.com.br/

    Montanha francesa é refúgio para quem crê no apocalipse em 2012

    ReproduçãoA montanha rochosa de Bugarach, 1.220 metros acima das montanhas Corbières, numa das áreas mais pobres e menos povoadas da França, há muito tempo atrai pessoas que gostam de fazer caminhadas e amantes da natureza que buscam perambular por suas suaves inclinações na esperança de encontrar espécies raras de orquídeas. Porém, nos últimos anos, a beleza mística e o isolamento da montanha vêm atraindo uma variação menos comum de pessoas que gostam de fazer caminhadas. Os moradores os chamam de "esotéricos", pessoas que acreditam que o fim do mundo será no dia 21 de dezembro de 2012 - quando o ciclo de 5.125 anos do calendário maia supostamente se encerra.

    Em dezembro, o prefeito de Bugarach, uma pequena vila ao pé da montanha no distrito de Aude, ao sul da França, alertou autoridades locais depois de ter lido em fóruns na Internet que essas pessoas que creem no apocalipse planejavam se refugiar no local em 2012. "Alguns sites americanos vendiam bilhetes para cá", disse Jean-Pierre Delord, o prefeito. "Somos 200 habitantes; não queremos 2.000, 3.000 utópicos aparecendo em Bugarach".

    Alguns sites franceses e internacionais dedicados ao apocalipse alegam que a montanha de Bugarach é um local sagrado que irá protegê-los do fim do mundo. Alguns até creem que, no dia do juízo final, eles desaparecerão - graças a um grupo de alienígenas que mora sob a montanha.

    Sigrid Benard, dona de uma hospedaria local que oferece quartos apenas no verão, disse ter recebido inúmeras ligações de pessoas que buscavam reservar quartos e caravanas do começo de dezembro de 2012 até o final de janeiro - inverno local. "Essas pessoas disseram que queriam vir três semanas antes do apocalipse, reservando também a semana seguinte, para ver o que acontece".

    Muitos habitantes locais, incluindo o prefeito, não querem ver Bugarach se transformar num porto seguro para pessoas que ele chama de "lunáticos que acreditam no apocalipse". Eles apontam uma presença crescente de "esotéricos", que se estabeleceram em Bugarach ao redor do ano 2000, atraídos pela tranquilidade, baixo valor dos imóveis e história da região. "Hoje, elas constroem pousadas e organizam terapias coletivas", completa.

     

    Um dos esotéricos é um ex-professor chamado Jean. Usando calça de linho no inverno, ele parece um novo hippie. Jean recentemente se estabeleceu numa cabana na floresta perto de Bugarach, na esperança de construir o que ele chama de "civilização do coração". "O apocalipse em que acreditamos é o fim de certo mundo e o começo de outro, um novo mundo espiritual", disse Jean, recusando-se a informar o sobrenome devido à crescente controvérsia local. "O ano 2012 é o fim de um ciclo de sofrimento", disse.

    Para outras pessoas em toda a França, Bugarach não é apenas uma vila singular com uma montanha. "Todos nós sabemos que os alienígenas estão ali há milhares de anos", disse Paul Ponssot, dono de uma loja de livros parisiense especializada em literatura esotérica. "Eles podem ser as forças que nos ajudarão a atravessar 2012".

    Na pequena cidade, até os visitantes mais pragmáticos reconheceram a atmosfera especial do lugar, silenciosa e vibrante. "Bugarach é como a Califórnia nos anos 60", disse Didier Gromaire, assistente social de Chambery que passou três meses em Bugarach no ano passado. "As coisas parecem mais claras aqui; quando você chega, sente que é o começo de uma nova vida".

    Bugarach e redondezas ainda trazem traços significativos de seitas e ordens religiosas medievais, incluindo os cathares, que construíram incríveis castelos por perto. A alguns quilômetros do local está a vila de Rennes-le-Chateau, cujos supostos tesouros escondidos inspiraram muitos escritores internacionais, incluindo Dan Brown, autor de "O Código Da Vinci".

    O pico de Bugarach há muito tempo é chamado de "montanha sagrada"; geólogos afirmam que, logo depois que a montanha foi formada, ela explodiu - e o topo veio abaixo. Também diz-se que a montanha inspirou autores franceses, como Jules Verne em "Jornada ao Centro da Terra", além de cineastas americanos como Steven Spielberg em "Contatos Imediatos de Terceiro Grau".

    Vários relatórios que circulam na Internet até sugerem que o ex-presidente François Mitterrand tenha visitado o pico de helicóptero, que muitas vezes havia um halo de nuvens em forma de espaçonave ao redor do pico, e que os aviões nunca voam acima da montanha devido a supostas ondas magnéticas.

    "As pessoas constroem todo um mito ao redor do magnetismo da montanha", afirmou Jean-Luc Lamotte, 60 anos, empresário aposentado que possui uma casa nas redondezas. Alguns moradores dizem que às vezes veem grupos de pessoas, com os braços cruzados em forma de X, escalando o pico com imagens da Virgem Maria nas mãos.

    Ismo Nykanen, jornalista finlandês que se estabeleceu em Bugarach com a família há alguns anos, disse ter visto uma vez vários grupos de pessoas, algumas vestidas de branco, outras nuas, carregando uma bola e um anel dourado sustentado por um fio. "Eles ficam aqui vários meses durante o verão, em trailers acampados na base do pico", disse Nykanen. Sua filha adolescente, Elsa, disse ter visto um caminhão com uma mensagem escrita com spray na porta: "Suicídio coletivo: Bugarach 2012".

    Cristina Breiner é dona de uma hospedaria na vila de Rennes-les-Bains, ali perto. Recentemente ela compareceu a uma reunião de esotéricos locais, trazida por uma amiga. "Eles se vestem como pessoas normais e acreditam fortemente que alguém do céu está lhes enviando mensagens", disse Breiner.

    O prefeito Delord está tentando descobrir como reduzir o fluxo de utópicos para a região, especialmente com a proximidade do apocalipse.

    Num país onde o governo lista pelo menos 30 movimentos que pregam o momento do fim do mundo, as principais preocupações de prefeito não são abstratas. "Se acontecer como no filme do Spielberg, será preciso chamar o exército", explicou Delord.

    Tradução: Gabriela d'Ávila c.

    2011 New York Times News Service

    sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

    Instalada a Frente Parlamentar da Pesca na Câmara dos Deputados

    O deputado federal José Airton foi eleito Secretário Geral da Frente Parlamentar da Pesca e Aqüicultura na Câmara dos Deputados. A reunião foi presidida pelo presidente da Frente deputado Cleber Verde (PRB/MA). A reunião definiu toda a Mesa Diretora e Conselheiros, o encontro aconteceu nessa quarta-feira (16). A Frente possui mais de setenta senadores e 328 deputados inscritos teve o Estatuto da Pesca aprovado por unanimidade, na Câmara dos Deputados.

    Mesa Diretora da Frente Parlamentar da Pesca

    • Presidente – Deputado Cleber Verde (PRB/MA);
    • 1°Vice-Presidente – Deputado Odacir Zonta (PP/SC);
    • 2° Vice-Presidente – Deputado Gorete Pereira (PR/CE);
    • 3° Vice-Presidente – Deputado Silas Câmara (PSC/AM);
    • 4° Vice-Presidente – Deputado Jhonatan de Jesus (PRB/RR);
    • Secretário Geral – Deputado José Airton Cirillo (PT/CE);
    • 1°Secretário – Deputado Wandenkolk Pasteur Gonçalves (PSBD/PA);
    • 2°Secretário – Deputado Zé Silva (PDT/MG);
    • 3° Secretário – Senadora Vanessa Grazziontin (PCDOB/AM);
    • 1°Tesoureiro – Deputado Marçal Filho (PMDB/MS);
    • 2° Tesoureiro – Deputado Agnolin (PDT/TO);
    • Coordenadores Regionais:

    1. Região Nordeste – José Wellington Roberto (PR/PB);

    2. Região Norte – Senador Flexa Ribeiro (PSDB/PA);

    3. Região Sul - Luci Teresinha Choinacki (PT/SC);

    4. Região Sudeste – Marcelo Matos (PDT/RJ);

    5. Região Centro-Oeste – Marçal Filho (PMDB/MS)

    Claudia Vidal - Jornalista: DRT 6203/PR

    (85) 9973.1203 

    Assessoria de Imprensa

    Deputado federal José Airton Cirilo (PT/CE)

    Cid Gomes, o da avião, acha que não deve satisfação a ninguém

    O governador do Ceará, Cid Gomes, não quis comentar a informação de que viajou de férias aos Estados Unidos num jatinho de Alexandre Grandene, empresário com muitos negócios no Ceará. A Folha Online volta a publicar uma reportagem um tanto estranha a respeito. Leiam o que escreve Luís Carlos de Freitas. Volto em seguida:
    *
    O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), não confirmou nem negou, nesta quarta-feira, que tenha viajado de férias aos Estados Unidos, em janeiro, no jato particular do empresário Alexandre Grendene, dono de uma das maiores indústrias de calçados no País. A informação foi divulgada pela revista “Veja” desta semana. A empresa recebe benefícios fiscais do governo cearense.

    “Não vou comentar especulação da imprensa, nem falar de minha vida pessoal. De 19 a 29 de janeiro, eu estava de férias e não devo satisfação sobre minha vida particular. Se tiver alguém ou algum deputado fazendo qualquer acusação, que faça a denúncia”, falou Cid, após uma reunião com o presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, em Fortaleza.

    A Grendene doou R$ 1,2 milhão para a campanha do governador à reeleição em 2010. “Tenho amizade com o Alexandre há 15 anos, mas isso não favorece a empresa dele em nada”, falou Cid. Na terça-feira, o deputado estadual Heitor Ferrer (PDT), de oposição a Cid no Ceará, encaminhou requerimento à Assembléia cobrando explicações do governador.

    “Quero apenas que ele fale a verdade. Não estamos especulando nada”, disse. O documento deve ir para votação no plenário amanhã. A empresa informou que não iria comentar o assunto e que, se houve empréstimo de uma aeronave, foi do avião particular do empresário.

    Comento
    Comecemos pelo óbvio: se o empresário Alexandre Grandene não tivesse cedido o avião a Cid Gomes, por que ele nem confirmaria nem negaria? Tenham paciência, né? O silêncio confirma. Mas isso nem seria necessário. Cid viajou, sim! Ele e o dono do avião sabem disso.

    Cid Gomes deve ter esquecido que continua governador de Estado mesmo quando está de férias, ainda que seu vice assuma as funções executivas inerentes ao cargo. Analisemos a sua fala:
    “Não vou comentar especulação da imprensa, nem falar de minha vida pessoal.”
    Especulação uma ova! Trata-se de um fato. Ter à disposição o avião de um empresário que recebe benefícios no Estado não é questão que diga respeito à vida pessoal.

    “De 19 a 29 de janeiro, eu estava de férias e não devo satisfação sobre minha vida particular.”
    Deve, sim! Se um governador, presidente ou prefeito comete ato de improbidade administrativa, pouco importa se está de férias ou não.

    Cid e a Grandene pretendem transformar tudo em mera questão privada. No caso do governador, a resposta vem acompanhada daquela prepotência muito típica da família política Gomes…

    Lei da Improbidade Administrativa neles!

    Por Reinaldo Azevedo