segunda-feira, 30 de junho de 2025

Agência Brasileira: Ministério da Justiça regulamenta uso de IA em investigações criminais

Norma é inédita para uso intelgiência artificial na segurança pública
Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 30/06/2025 - 13:21
Brasília
Rio de Janeiro (RJ), 25/06/2025 - Polícia Federal - PF - deflagra operação em combate ao crime de armazenamento de imagens de abuso sexual infantojuvenil. Foto: PF/Divulgação
© PF/Divulgação

O Ministério da Justiça e Segurança Pública publicou, nesta segunda-feira (30), no Diário Oficial da União, uma portaria na qual autoriza servidores dos órgãos de segurança pública a empregarem modernas ferramentas tecnológicas de informação, incluindo soluções de inteligência artificial (IA), em investigações criminais.

As diretrizes da Portaria nº 961 se aplicam às forças federais (ou seja, às polícias Federal (PF), Rodoviária Federal (PRF), Penal Federal e Penal Nacional e Força Nacional de Segurança Pública), e também aos órgãos estaduais, distritais e municipais que recebem recursos dos fundos nacionais de Segurança Pública (FNSP) e Penitenciário (FPN). A regulamentação também alcança o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), além das secretarias nacionais de Segurança Pública (Senasp) e de Políticas Penais (Senappen), ambas do ministério.

Em nota, a pasta informou que a iniciativa “busca modernizar a atuação das forças de segurança brasileiras, sem abrir mão da proteção aos direitos fundamentais dos cidadãos”. O próprio texto da portaria justifica que a razão de ser da norma é assegurar “a legalidade, a adequação, a necessidade e a proporcionalidade como condições do uso de sistemas de tecnologia da informação nas atividades de investigação criminal e inteligência de segurança pública que possam gerar riscos à privacidade e a outros direitos fundamentais”.

Além de poderem ser usados em investigações criminais, as ferramentas poderão ser empregadas para reforçar a segurança de estabelecimentos prisionais, seja para detectar, localizar e permitir o bloqueio do sinal de dispositivos móveis de telecomunicações (celulares, smartphones, tablets etc), seja para acessar informações armazenadas nestes mesmos aparelhos, quando apreendidos.

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Contudo, os órgãos de segurança pública só poderão utilizar as soluções de tecnologia da informação para a obtenção de dados sigilosos com autorização judicial, para fins de investigação criminal e de instrução processual. E, “sempre que tecnicamente viável”, deverão ser descartados os dados sigilosos das pessoas que não tiverem relação com os fatos investigados, bem como os obtidos fora do período autorizado pela Justiça. Informações encontradas de forma fortuita, que possam constituir crime e extrapolem a autorização inicial, deverão ser comunicadas ao juízo competente para eventual continuidade das investigações.

Inteligência Artificial

O uso de soluções de inteligência artificial deverá ser “proporcional, observar o dever de prevenção de riscos e as leis aplicáveis à espécie”. A regulamentação proíbe os agentes dos órgãos de segurança pública de empregarem aparatos que permitam a identificação biométrica à distância, em tempo real e espaços públicos – exceção à busca de vítimas de crimes, pessoas desaparecidas ou em circunstâncias que envolvam ameaça grave e iminente à vida ou à integridade das pessoas.

Também são considerados exceções os casos em que o uso sirva à instrução de inquérito ou processo criminal; flagrante delito de crimes passíveis de serem punidos com mais de dois anos de prisão ou para possibilitar o cumprimento de mandados judiciais de prisão ou a recaptura de réus ou detentos.

Caberá ao órgão que recorrer a estas ferramentas adotar as medidas necessárias para garantir que apenas agentes no pleno exercício de suas funções e previamente autorizados possam ingressar nas respectivas instalações e utilizar as soluções, por meio da adoção de certificados digitais, biometria ou autenticação multifator.

De acordo com o Ministério da Justiça, a Portaria nº 961 é a primeira norma específica acerca dos parâmetros a serem observados quanto ao uso da inteligência artificial no campo da segurança pública. “A medida representa um avanço significativo na modernização das forças de segurança brasileiras, posicionando o país na vanguarda da aplicação responsável de tecnologia para proteção da sociedade”, sustenta a pasta, em nota.

 

Agência Brasil: Moraes será relator de ação do PSOL contra derrubada do decreto do IOF

 

Partido pretende anular votações da Câmara dos Deputados e do Senado
Andre Richter - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 30/06/2025 - 14:44
Brasília
Brasília (DF), 10/06/2025 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes começa a ouvir os réus do núcleo 1 na ação da trama golpista, os interrogatórios ocorrerão presencialmente na sala de julgamentos da primeira turma da corte 
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
© Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, decidiu nesta segunda-feira (30) que o ministro Alexandre de Moraes será o relator da ação na qual o PSOL pretende anular as votações da Câmara dos Deputados e do Senado que derrubaram o decreto editado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para aumentar as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Na sexta-feira (27), a ação foi distribuída para o ministro Gilmar Mendes. No entanto, o ministro afirmou que o caso deveria ser analisado por Alexandre de Moraes, que já atua como relator de outras ações sobre a questão.

No despacho proferido hoje, Barroso concordou que Moraes deve comandar o processo.

"A análise do tema exige que primeiro se delimite se o Presidente da República exerceu seu poder dentro dos limites regulamentares ou da delegação legislativa. Diante do exposto, determino a redistribuição do processo para o ministro Alexandre de Moraes", decidiu.


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Ação

O PSOL entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) no STF para derrubar a deliberação do Congresso sobre o decreto do IOF.

O partido, que faz parte da base do governo, reconhece que a Constituição autoriza o Congresso a sustar medidas do Executivo. Contudo, a legenda diz que a suspensão só pode ocorrer nos casos em que houver exorbitância do poder regulamentar do presidente da República.

Segundo a legenda, o decreto apenas alterou as alíquotas do IOF, "não havendo qualquer desrespeito ao limite de atuação normativa".

"O Congresso Nacional, ao sustar o Decreto nº 12.499/2025, por meio do DL 176/2025, sem a devida demonstração de exorbitância de poder normativo, violou os próprios limites fixados no art. 49, V, da Constituição. O STF, inclusive, já declarou inconstitucional decreto legislativo editado nessas mesmas condições, como se verifica no julgamento da ADI 5744", argumenta o partido.

Decreto

O decreto fazia parte de medidas elaboradas pelo Ministério da Fazenda para reforçar as receitas do governo e atender às metas do arcabouço fiscal. No fim de maio, o presidente Lula editou um decreto que aumentava o IOF para operações de crédito, de seguros e de câmbio. Diante da pressão do Congresso, o governo editou, no início de junho uma medida provisória com aumento de tributos para bets (empresas de apostas) e para investimentos isentos.

A medida provisória também prevê o corte de R$ 4,28 bilhões em gastos obrigatórios neste ano. Em troca, o governo desidratou o decreto do IOF, versão que foi derrubada pelo Congresso nesta semana. 

 

sexta-feira, 27 de junho de 2025

Motta e Alcolumbre DESISTEM de encarar Dino e FOGEM de audiência sobre e...

🔴 14h Motta e Alcolumbre fogem de audiência com Dino sobre emendas - 2 p...

Agência Brasil: Entenda a decisão do STF sobre responsabilização das redes sociais

 Plataformas deverão remover conteúdo criminoso assim que notificadas

André Richter - repórter da Agência Brasil
Publicado em 26/06/2025 - 19:11
Brasília
Brasília/DF, 19/01/2024, Golpes feitos pelo telefone celular. Crime cibernético, Fake news, cyber crime, golpe, fraude, Fraude bancária. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
© Joédson Alves/Agência Brasil
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (26) que as plataformas que operam as redes sociais devem ser responsabilizadas diretamente pelas postagens ilegais feitas por seus usuários.

A decisão da Corte é inédita e vai provocar alterações na forma atuação das big techs no Brasil, um dos principais mercados para empresas como o Google, que também opera o YouTube, além do TikTok e da Meta, empresa que controla Facebook, Instagram e WhatsApp.

Por 8 votos 3, a maioria dos ministros entendeu que o Artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014) é parcialmente constitucional.

Criada há mais de dez anos, a lei exige que haja uma ordem judicial específica para a responsabilização civil das plataformas digitais por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros.

O texto original do dispositivo definia que as plataformas só podem ser responsabilizadas pelas postagens de seus usuários se, após ordem judicial, não tomarem providências para retirar o conteúdo ilegal. A justificativa para a norma era assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura.

Contudo, a Corte entendeu que, diante das postagens massivas de desinformação, com conteúdo antidemocrático e discursos de ódio, o artigo do MCI não protege os direitos fundamentais e a democracia.

Dessa forma, as redes devem ser responsabilizadas pelas postagens ilegais se não retirarem do ar o conteúdo ilegal após receberem uma notificação extrajudicial dos envolvidos, sem necessidade de decisão judicial prévia, como foi definido pelo Marco da Internet.

O principal ponto da decisão envolve a retirada imediata de postagens com conteúdo de crimes graves. Em caso de descumprimento, as plataformas deverão ser responsabilizadas pelos danos morais e materiais causados pelos usuários a terceiros.

Para prever a punição, os ministros definiram um rol com as seguintes postagens irregulares, que também poderão ser enquadradas no Código Penal:

  • Atos antidemocráticos;
  • Crimes de terrorismo;
  • Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou automutilação;
  • Incitação à discriminação em razão de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, sexualidade ou identidade de gênero (condutas homofóbicas e transfóbicas);
  • Crimes praticados contra a mulher em razão da condição do sexo feminino, inclusive conteúdos que propagam ódio ou aversão às mulheres;
  • Crimes sexuais contra pessoas vulneráveis, pornografia infantil e crimes graves contra crianças e adolescentes

 

Brasília (DF - Artistas e jornalistas defendem remuneração de conteúdo por big techs. Pagamento é um dos pontos mais polêmicos do PL das Fake News. Foto: Pixabay/Wikimedia
Logomarcas de plataformas digitais e big techs Pixabay/Wikimedia

Replicações

O STF também definiu que as replicações de postagens que foram declaradas ilegais pela Justiça devem ser retiradas por todos os provedores, independentemente de novas decisões.

Impulsionamento

O Supremo definiu os casos em que as redes deverão responder na Justiça independentemente de notificação. A situação vale para anúncios e impulsionamentos pagos e uso de rede artificial de distribuição (chatbot ou robôs) para a propagação das ilegalidades. 

Crimes contra a honra

Nos casos envolvendo crimes de calúnia, difamação e injúria cometidos por uma pessoa contra a outra, continua valendo a necessidade de decisão judicial para retirada da postagens.

E-mail e WhatsApp

Por se tratar de mensagens privadas e do direito à inviolabilidade do sigilo das comunicações, a maioria dos ministros decidiu que os provedores de serviços de e-mail e de mensageria instantânea (WhatsApp e Telegram) não respondem diretamente por conteúdos ilegais. Nesse caso, continua valendo o Artigo 19. 

Autorregulação

A decisão do STF também determina que as plataformas deverão editar regras de autorregulação para dar transparência ao processo de recebimento de notificações extrajudiciais, além de apresentarem relatórios anuais sobre o tema. 

Representante no Brasil

Embora a maioria das plataformas já tenha representantes no Brasil, o STF também confirma que as plataformas devem constituir pessoa jurídica no país e atender às determinações da Justiça, fornecer informações sobre moderação de conteúdo e outras determinadas pela Justiça.

Validade

A decisão da Corte vai valer até que o Congresso elabore uma lei para tratar da responsabilização.

"Enquanto não sobrevier nova legislação, o art. 19 do MCI deve ser interpretado de forma que os provedores de aplicação de internet estão sujeitos à responsabilização civil, ressalvada a aplicação das disposições específicas da legislação eleitoral e os atos normativos expedidos pelo TSE", definiu o STF. 

A decisão da Corte deverá cumprida pelas plataformas a partir de agora e não será aplicada em casos retroativos. 

quinta-feira, 26 de junho de 2025

Os congressistas de direita e extrema direita são os inimigos dos brasileiros mais pobres

por Jacinto Pereira

Caiu por terra o argumento do pobre de direita de que o governo da esquerda está afundando o Brasil. Todos os índices da economia estão melhorando. Só para exemplificar, o Brasil teve o maior crescimento entre todos os países do Sul Global. Daqui pra frente vale o argumento da esquerda, de que quem atrapalha o Brasil é o Congresso de maioria de Extrema Direita, que aprova todas as pautas contra os Trabalhadores e as classes mais pobres desse Grande País. 

Sobral 24 Horas: Tragédia em Sobral: Caso de feminicídio seguido de suicídio choca os moradores do bairro Sinhá Saboia

 quarta-feira, junho 25, 2025  Nenhum comentário

Na noite desta quarta-feira (25), uma tragédia abalou a cidade de Sobral, no Ceará. Um episódio de feminicídio seguido de suicídio foi registrado na Rua Marechal Rondon, no bairro Sinhá Sabóia. Segundo informações preliminares, o agente de saúde Paulo Jander Policarpo da Silva, de 37 anos, utilizou uma arma de fogo para tirar a vida de sua companheira, Camile Alves da Silva, 22 anos, e, em seguida, cometeu suicídio com um disparo na cabeça.

A violência ocorreu na residência do casal e foi testemunhada por seu filho, uma criança que se encontrava no local no momento do ocorrido. A cena chocou familiares, vizinhos e a comunidade, que lamentam a perda precoce de Camila e a tragédia familiar.

A Polícia Militar foi acionada rapidamente, isolando a área para os procedimentos iniciais. A perícia forense foi chamada para realizar os trabalhos no local, e os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Sobral para os procedimentos de praxe.

Este triste episódio reforça a importância de ações de combate à violência doméstica e de apoio às vítimas. As autoridades continuam investigando o caso para compreender melhor as circunstâncias que levaram a essa tragédia.

Com informações de Sobral na Mídia
 
Fonte:  https://www.sobral24horas.com/2025/06/tragedia-em-sobral-caso-de-feminicidio.html

Agência Brasil: PF combate crimes de abuso sexual infantojuvenil em quatro estados

 Homem foi preso por vender mídias envolvendo crianças e adolescentes

Agência Brasil
Publicado em 25/06/2025 - 19:30
Rio de Janeiro
02/06/2023 - Brasília - A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (2) uma operação para reprimir a pornografia infantil. Foto: Polícia Federal/ Divulgação
© Polícia Federal/ Divulgação

A Polícia Federal (PF) realizou nesta quarta-feira (25), em quatro estados, a Operação Multiplus, com a finalidade de combater a aquisição e o compartilhamento de arquivos com cenas de abuso sexual infantojuvenil.

Os agentes federais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados nos municípios de Nova Iguaçu, no Rio, em Londrina, no Paraná, em Imperatriz, no Maranhão, e em Cuiabá, capital de Mato Grosso.

De acordo com a PF, um dos investigados, alvo do mandado judicial cumprido em Nova Iguaçu, comercializava pela internet fotos e vídeos contendo cenas de abuso sexual infantojuvenil, em conjunto com um homem que foi preso pela Polícia Federal em Vitória da Conquista, na Bahia, durante a Operação Proteção Integral II, no dia 14 de maio deste ano.

Os demais alvos da ação de hoje são consumidores do material comercializado pelos dois homens.

Durante as buscas, um dos investigados que comprava as mídias foi preso em flagrante pelo armazenamento de material contendo cenas de abuso sexual contra crianças e adolescentes. A prisão ocorreu durante o cumprimento do mandado judicial em Londrina, e o homem foi encaminhado à Delegacia da PF no município. Ele responderá pela posse de arquivos contendo cenas de abuso sexual infantojuvenil.

A operação visa coibir a prática de armazenar e compartilhar arquivos contendo cenas de abuso sexual infantojuvenil, conduta que, por si só, constitui crime, disse o delegado federal Giuliano Cucco, responsável pela investigação. "Porém, estudos e a experiência policial indicam que essas pessoas, além de armazenar tais arquivos, tendem a progredir criminosamente e, se tiverem oportunidade de abusar de uma criança ou adolescente, não hesitarão em fazê-lo. Então, é importante que a sociedade civil organizada e todas as forças de segurança movimentem esforços no sentido de afastar de vez essa prática nociva”, acrescentou Cucco.


As investigações foram iniciadas após relatórios enviados à PF pelo National Center for Missing & Exploited Children, organização privada sem fins lucrativos de proteção à criança, estabelecida pelo Congresso dos Estados Unidos em 1984.

A Operação Multiplus insere-se no contexto de compromisso firmado pelo Brasil junto à comunidade internacional por meio da Convenção sobre os Direitos da Criança, tratado assinado durante a Assembleia Geral da Nações Unidas (ONU) em 1989, que visa à proteção de crianças e adolescentes ao redor do mundo.

O Brasil comprometeu-se a reunir esforços com as demais nações signatárias para proteger as crianças e adolescentes, inclusive contra todas as formas de exploração e abuso sexual.

quarta-feira, 25 de junho de 2025

Brasil247: Bolsonarista é condenado a 12 anos de prisão por assassinato de petista em bar durante eleições

 Edmilson Ferreira da Silva esfaqueou Antônio Carlos após discussão política em Cascavel

Edmilson Ferreira da Silva esfaqueou Antônio Carlos após discussão política em Cascavel
Laís Gouveia avatar
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247 - A Justiça do Ceará condenou o bolsonarista Edmilson Ferreira da Silva a 12 anos e seis meses de prisão pelo assassinato do eleitor petista Antônio Carlos Silva de Lima, morto a facadas em um bar no município de Cascavel (CE) durante o período eleitoral de 2022. A decisão foi divulgada após o júri popular realizado na última segunda-feira (24). As informações são do portal UOL.

O juiz Vinicius Rangel Gomes, da 1ª Vara da Comarca de Cascavel, determinou que a pena seja cumprida inicialmente em regime fechado. Edmilson está preso preventivamente desde o crime e, embora possa recorrer da decisão, o pedido para aguardar o recurso em liberdade foi negado.

Na sentença, o magistrado destacou a gravidade do caso e o impacto na convivência democrática: “O motivo que levou o réu a ceifar a vida da vítima revela-se não apenas torpe, mas profundamente inquietante: intolerância à orientação política da vítima. Não se trata aqui de mera divergência de ideias, o que é próprio da democracia; trata-se do repúdio violento e mortal à existência do outro enquanto sujeito de opinião e expressão”, escreveu.

Discussão política terminou em morte

O crime ocorreu no fim da tarde de 24 de setembro de 2022, por volta das 18h45, no distrito de Guanacés, zona rural de Cascavel. Segundo o Ministério Público do Ceará (MP-CE), Edmilson chegou ao bar acompanhado da esposa e de um amigo. Ele cumprimentou os presentes e, em tom provocativo, perguntou em voz alta: “Quem é Lula aqui?”De acordo com a denúncia, a vítima, Antônio Carlos, se manifestou, o que deu início a uma discussão motivada pelas preferências políticas opostas dos dois. O bate-boca rapidamente evoluiu para agressões físicas, até que Edmilson sacou uma faca e desferiu três golpes contra Antônio.Ferido gravemente, o petista foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, mas não resistiu.

Testemunhas confirmaram a motivação política do crime. O dono do bar relatou em depoimento que “o crime teria motivação devido à escolha de candidatos para o cargo de presidente, sendo que o declarante afirma saber que a pessoa de Antônio falava ser eleitor do ex-presidente Lula”.

 

Fonte:  https://www.brasil247.com/regionais/nordeste/bolsonarista-e-condenado-a-12-anos-de-prisao-por-assassinato-de-petista-em-bar-durante-eleicoes

terça-feira, 24 de junho de 2025

Brasil247: Sob Bolsonaro, 'Abin paralela' espionou sindicalistas contrários à privatização da Eletrobras

 Relatório da PF aponta que estrutura clandestina chefiada por Ramagem atuou contra servidores da estatal, chamados de "mais vermelhos que sangue"

Ex-presidente Jair Bolsonaro ao lado do deputado federal Alexandre Ramagem 06/10/2024 (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)
Otávio Rosso avatar
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247 - O relatório da Polícia Federal divulgado na última semana revela que a chamada "Abin paralela", montada durante o governo Jair Bolsonaro (PL), espionou servidores da Eletrobras que se manifestavam contra a privatização da empresa. A informação foi publicada inicialmente pelo jornal Folha de S.Paulo.

Segundo a investigação, a estrutura clandestina teria sido coordenada por Alexandre Ramagem (PL-RJ), então diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência e hoje deputado federal. O relatório aponta que a espionagem foi solicitada diretamente por Bolsonaro a Ramagem, como indicado em mensagens interceptadas pela PF.

"O pedido foi realizado por Jair Bolsonaro para Ramagem conforme se depreende da interlocução: ‘o 01 [Ramagem] foi instado pelo 01 geral [Bolsonaro] a resolver uma questão em Furnas, pois há servidores que estão remando contra ações governamentais, em função de posicionamentos, políticos e ideológicos’", diz a PF.

Entre os alvos da operação clandestina estavam os diretores Edvaldo Risso (Eletronuclear) e Pedro Brito (Furnas), além dos servidores Felipe Araújo, Leonardo Pessoa, Victor Costa e Caio Brasil Neto, todos ligados a Furnas. De acordo com os investigadores, os nomes foram incluídos em relatórios internos da agência paralela, nos quais eram identificados como opositores à política de privatização e descritos em tom pejorativo. Um dos trechos citados pela PF revela que os agentes chamavam os servidores de "mais vermelhos que sangue".

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/apos-pedido-de-bolsonaro-abin-paralela-espionou-sindicalistas-contrarios-a-privatizacao-da-eletrobras

quinta-feira, 19 de junho de 2025

Brasil247: Abin Paralela, Bolsonaro e a estranha Operação Itarareca: jornalista do interior foi alvo depois de denunciar esquadrão da morte

Por Joaquim de Carvalho

Relatório da PF, além de responsabilizar criminosos, serve para entender o período da história em que todos podiam ser alcançados pela ditadura em construção

Jesus Vicente: "Assustador" (Foto: Josué de Lima/Linha 42)

O jornalista José Jesus Vicente é uma das pessoas monitoradas pela Abin Paralela, e esse caso evidencia o risco que o Brasil correria caso Jair Bolsonaro avançasse em seu projeto autoritário.

Vicente, que além de jornalista, é ator e conhecido por suas aventuras, sobretudo por caminhar longas distâncias, com postagens em seu blog. 

Trabalha hoje no portal Porque, de Sorocaba, onde também trabalhou como repórter de outras publicações. 

O único veículo da grande imprensa em que atuou foi o Diário Popular, rebatizado Diário de S. Paulo, quando foi vendido para o Grupo Globo. Deixou a chamada grande imprensa há mais de dez anos.

No relatório da Polícia Federal, ele é citado duas vezes. A primeira na página 213, com um mapa que mostra três deslocamentos dele, um no bairro em que costuma fazer caminhadas, perto de sua casa.

“Itarareca” é o nome da operação que deu origem a seu monitoramento. “Não entendo por que fui monitorado. Eu não estava fazendo nenhuma reportagem de política naquela época”, disse.

O monitoramento ocorreu nos dias 2 e 3 de setembro de 2020, com cinco consultas feitas pelo terminal de computador 01. 

A data coincide com a visita de Jair Bolsonaro à pequena cidade de Tapiraí, no Vale do Ribeira, região paulista onde o ex-presidente viveu e onde ainda mora grande parte da sua família.

Jesus Vicente foi professor da rede pública na cidade, com o qual mantinha vínculos, inclusive por publicar uma revista que mostrava atrações turísticas.

Bolsonaro chegou a falar de Tapiraí em uma live na véspera, chamando-a de Itapiraí, como muitas pessoas costumam dizer, daí, possivelmente, o nome Itapirareca.

Na live, o então chefe do Executivo diz ter telefonado para o destacamento da Polícia Militar e pedido para falar com um policial. Segundo ele, quem atendeu pensou se tratar de trote, e desligou.

Na transmissão em rede social, Bolsonaro pediu que avisassem que era ele mesmo que havia telefonado e, no dia seguinte, desceu de helicóptero no campo de futebol de Tapiraí. 

Foi uma visita surpresa, para ele ir ao destacamento e cumprimentar um policial, com quem conversou reservadamente.

Dois meses antes, eu editei no Diário do Centro do Mundo (DCM) uma reportagem do jornalista José Jesus Vicente sobre o desaparecimento de Afonso Domingo da Silva, de 26 anos.

O jovem era negro e o envolvimento da PM na provável execução foi descoberta em razão do capotamento do viatura, na cidade. 

A reportagem de Jesus Vicente jogou luzes sobre um suposto esquadrão da morte na região onde a família Bolsonaro é hoje uma das mais prósperas.

Jesus Vicente mencionou, em sua reportagem, o desentendimento que a vítima havia tido com o proprietário de um posto de gasolina de Tapiraí, de onde os policiais saíram para invadir a casa do jovem negro.

“É a única coisa que explica porque eu fui monitorado”, afirmou. Como mostra o relatório da Polícia Federal sobre o inquérito da Abin, o monitoramento da Abin começou um dia antes da visita-surpresa a Tapiraí – no mesmo dia da live, portanto.

Jesus Vicente publicou outra reportagem no Diário do Centro do Mundo, que eu também editei, cerca de quatro meses depois, sobre a denúncia de que o Grupo Votorantim estaria grilando terras na região.

Mas esta não coincide com as mobilizações de Bolsonaro. “Hoje ser citado num relatório sobre a Abin Paralela é um troféu, mas o que aconteceu na época, sem que eu soubesse, é assustador”, comentou.

Ao saber por onde Jesus Vicente andava, a Abin poderia acionar espiões para fazer observação in loco, como ocorreu em outros casos, ou, o que é pior, fornecer endereços para uma ação mais grave. 

“Se simulassem um assalto, e me matassem, quem iria associar o crime à reportagem que fiz sobre os PMs?”, afirmou.

Bolsonaro sempre disse que jogava nas quatro linhas da Constituição, que assegura o direito à privacidade.

Uma ação clandestina como esta permite o terror do Estado ou de pessoas associadas a ele. A coincidência de datas nem sua declaração de apreço pela PM de Tapiraí servem como prova contra Bolsonaro.

Mas apresenta indícios. No relatório da Polícia Federal, Bolsonaro é citado como o principal destinatário do produto das ações clandestinas e da instrumentalização da Abin”.

Na página 123, a Polícia Federal relata uma espionagem de cunho absolutamente político.

No dia 10 de junho de 2021, num chat da Abin, o participante com telefone (032) 991463854 (região de Juiz de Fora) relata que houve um encontro de Lula com Fernando Henrique Cardoso, o ex-ministro Nelson Jobim e o empresário Jonas Barcellos, na fazenda deste último, chamada Mata Velha.

“Assunto central: como tirar JB da corrida eleitoral ou criar fatos para invalidar a eleição (robôs, gabinete paralelo, patrocínio de postagens, etc…). Tive informação de pessoa que esteve lá durante um almoço”, escreve. E avisa: “Solicitação do Ch”.

A mensagem é dirigida a Marcelo Bormevet, o agente da PF que organizou o esquema de segurança naquele 6 de setembro de 2018, em Juiz de Fora, e depois, no início do governo, teve o nome apresentado por Carlos Bolsonaro a Gustavo Bebianno para nomeação na Abin.

“Bormevet, achar tudo sobre essa fazenda e esse empresário. Esse é o pedido. Tente tudo sobre o empresário, a fazenda e a relação com os nomes noticiados”, determina.

O pedido é classificado como urgente (“UUU”).

Carlos Bolsonaro é um nome recorrente no inquérito, em que está indiciado. Mas um detalhe tem passado despercebido. 

Está no depoimento de Caio César dos Santos Cruz, filho do general Santos Cruz, que foi com Bolsonaro a Juiz de Fora naquele 6 de setembro de 2018.

Caio Santos Cruz foi investigado por representar a empresa israelense Verint System Ltda, que vendeu ao Brasil o software First Mile, usado para quebrar sigilo de celulares sem autorização judicial.

O filho do general entrou na empresa representante da Verint, a Suntech/Cognyte, em 2016, e participou de eventos internacionais em que o First Mile foi apresentado. 

No mesmo ano, depois do golpe contra Dilma, Carlos, que era (e é) vereador no Rio de Janeiro, e o irmão Eduardo foram a Israel numa comissão partidária. 

Como disse Caio Santos Cruz em seu depoimento à Polícia Federal, chamou a atenção dele o fato de que os dois pediram reunião com agências de segurança de Israel, com o conhecimento da Cognyte, que o reportou para seu representante no Brasil.

“Chamou a atenção do declarante porque não é usual”, registrou a PF no depoimento de Caio Santos Cruz.

Em março de 2019, conforme Santos Cruz, foi a vez de Flávio Bolsonaro, no início de seu mandato como senador, viajar a Israel e participar da reunião em que o First Mile, já adquirido pelo governo brasileiro, teve suas aplicações demonstradas.

“Não é comum a participação de civil nesse tipo de reunião”, disse o filho do general à PF. “Nessa reunião, não estavam presentes representantes do Ministério da Justiça nem da Defesa”, acrescentou.

Qual o interesse dos filhos de Jair Bolsonaro, um deles vereador, no equipamento de inteligência que, agora se sabe, foi usado em larga escala contra determinação legal e para monitoramentos por razões diversas?

A proximidade de Israel com Bolsonaro ficou demonstrada desde o início do governo, quando Benjamin Netanyahu aproveitou a posse para fazer turismo (ou aparentar fazer turismo) no Brasil.

Pelo que indica o relatório, o inquérito da PF sobre a Abin, além de servir para a responsabilização de criminosos, é um documento para entender esse período da história do Brasil, em que ninguém estava seguro, todos podiam ser alvo de uma ditadura em construção.

Fonte:  https://www.brasil247.com/blog/abin-paralela-bolsonaro-e-a-estranha-operacao-itarareca-jornalista-do-interior-foi-alvo-depois-de-denunciar-esquadrao-da-morte

quarta-feira, 18 de junho de 2025

STF quebra sigilo: Carlos e Jair Bolsonaro eram os articuladores da Abin Paralela

 

O Supremo também mencionou Alexandre Ramagem como outro aliado do bolsonarismo com atuação direta no esquema criminoso

Jair, Carlos Bolsonaro, Alexandre Ramagem e a Abin (Foto: Divulgação)
Leonardo Lucena avatar
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247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes retirou nesta quarta-feira (18) o sigilo da investigação sobre o uso de um programa secreto de monitoramento pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro. Participantes do esquema criminoso faziam o monitoramento ilegal de pessoas tidas como opositoras do bolsonarismo.

De acordo com a Polícia Federal (PF), o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL-RJ) foi o idealizador da estrutura paralela. O ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) era o líder operacional do esquema criminoso. Já Jair Bolsonaro era o beneficiário direto das operações, conforme apontaram as investigações da PF.

Segundo o documento entregue pela corporação ao STF, o grupo era formado por "figuras de alto escalão do governo à época, incluindo potencialmente o então Presidente da República Jair Messias Bolsonaro e seu filho, Vereador Carlos Nantes Bolsonaro".

Policiais federais descreveram o núcleo como "o responsável por definir as diretrizes estratégicas" do esquema, por "determinar os alvos das ações clandestinas (opositores, instituições, sistema eleitoral) e se beneficiar politicamente das operações". A PF indiciou Jair e Carlos Bolsonaro.

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/stf-quebra-sigilo-carlos-e-jair-bolsonaro-eram-os-articuladores-da-abin-paralela

Se o trabalhador soubesse o que é política de Esquerda ou de Direita, com certeza votaria mais nos partidos progressistas, que são os defensores das políticas sociais

 

 

Jacinto Pereira

Carteira assinada, Férias, Décimo Terceiro Salário, INSS, FGTS, Vale Transporte, Seguro Desemprego, Merenda Escolar, SAMU192, SUS, Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, Luz Para Todos, Água para Todos, Merenda Escolar, PROUNE, FIES, Brasil Sem Miséria, Brasil Sorridente, Farmácia popular, Mais Médicos e muitos outros programas sociais, são políticas defendidas ou criadas pela Esquerda Progressista que hoje são operacionalizadas pelo Governo liderado pelo Partido dos trabalhadores. 

Você que vota nos partidos de Direita, que não gosta dos partidos de Esquerda, abdicaria de todas essas políticas por serem defendidas ou criadas pelos progressistas de Esquerda?

 Fonte: https://www.blogger.com/blog/post/edit/7910370922163291105/938326200754538352

Agência Brasil: PF indicia Jair Bolsonaro e Ramagem no inquérito da “Abin Paralela”

 

Carlos Bolsonaro também é indiciado sobre uso ilegal da agência
Agência Brasil*
Publicado em 17/06/2025 - 12:55
Brasília
Brasília (DF) 05/12/2024 A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) realiza cerimônia comemorativa dos 25 anos da instituição Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro, o filho dele, o vereador Carlos Bolsonaro, e o deputado federal Alexandre Ramagem no inquérito que investiga a atuação paralela da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Bolsonaro. À época, Ramagem era o diretor-geral da Abin.

Entre os indiciados também está a cúpula atual da Abin, que tem Luiz Fernando Corrêa como diretor-geral. Com isso, a PF concluiu e enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o inquérito da chamada “Abin Paralela”.

O principal alvo da investigação é o uso da Abin para monitorar ilegalmente autoridades públicas durante o governo Bolsonaro.

De acordo com a PF, policiais e delegados da corporação que estavam cedidos à Abin, além de servidores do órgão, teriam participado de uma organização criminosa para cumprir ações ilegais de espionagem.

Durante a apuração, os investigadores da PF descobriram que foi realizada uma ação para obtenção de informações sigilosas de autoridades do Paraguai envolvidas nas negociações do contrato de energia da usina hidrelétrica de Itaipu, operada pelos dois países.

Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem não comentaram o indiciamento, mas já negaram anteriormente a existência do esquema. Carlos Bolsonaro se manifestou nas redes sociais e alegou que a operação da PF tem motivação política, visando as eleições de 2026.

A Abin afirmou que não vai se manifestar sobre os indiciamentos. Em abril, o diretor-geral da agência publicou uma nota em que dizia estar à disposição das autoridades competentes para prestar quaisquer esclarecimentos, seja no âmbito administrativo, civil ou criminal.

* Colaborou Gabriel Brum, repórter da Rádio Nacional

terça-feira, 17 de junho de 2025

Sputnik Brasil: PF conclui inquérito da Abin paralela: Bolsonaros, Ramagem e diretor da agência são indiciados

 

PF conclui inquérito da Abin paralela: Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, Ramagem e diretor da agência são indiciados - Sputnik Brasil, 1920, 17.06.2025

A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito sobre um esquema de espionagem ilegal na Abin durante o governo Bolsonaro e indiciou 35 pessoas, incluindo o ex-presidente, seu filho Carlos Bolsonaro e o deputado Alexandre Ramagem (PL).
Segundo a PF, Ramagem estruturou o esquema, Carlos liderava o gabinete do ódio que usava os dados para ataques públicos e Bolsonaro era o beneficiário direto.
A investigação revelou que servidores da Abin formaram uma organização criminosa para monitorar ilegalmente autoridades e jornalistas, utilizando softwares de espionagem sem autorização judicial. A atual cúpula da Abin também foi implicada por tentar obstruir as investigações, que seguem sob o governo Lula.
Entre os alvos da espionagem estavam o ministro do STF, Alexandre de Moraes, os ex-presidentes da Câmara, Arthur Lira e Rodrigo Maia, e o senador Renan Calheiros (MDB). O esquema usava ferramentas adquiridas nos governos Temer e Bolsonaro para alimentar o gabinete do ódio com informações coletadas ilegalmente.
 
Fonte:  https://noticiabrasil.net.br/20250617/40478047.html

quarta-feira, 4 de junho de 2025

Brasil247: Alexandre de Moraes determina prisão preventiva de Carla Zambelli e inclusão em lista da Interpol

Justiça

"É inequívoca a natureza da alegada viagem, com o objetivo de se furtar à aplicação da lei penal", afirma o ministro do STF

(Foto: ABR | Reuters)
Guilherme Levorato avatar
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247 - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que anunciou ter fugido do Brasil após ser condenada a dez anos de prisão pela Corte. Moraes também determinou o bloqueio de bens e a inclusão do nome da parlamentar bolsonarista na lista de difusão vermelha da Interpol. A decisão foi tomada a partir de solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR), diante da fuga da parlamentar para a Europa, informa o jornal O Globo.

Na decisão, Moraes afirmou que "é inequívoca a natureza da alegada viagem à Europa, com o objetivo de se furtar à aplicação da lei penal, em razão da proximidade do julgamento dos embargos de declaração opostos contra o acórdão condenatório proferido nestes autos e a iminente decretação da perda do mandato parlamentar".

Carla Zambelli confirmou que se encontra fora do Brasil e declarou à Rádio Auriverde que sua saída foi motivada por questões de saúde. A parlamentar, no entanto, também alegou estar sendo vítima de "perseguição judicial". Sua condenação está relacionada à invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ação que motivou a pena e pode levar à cassação de seu mandato na Câmara dos Deputados.

O pedido de prisão feito pela PGR, assinado pelo procurador-geral Paulo Gonet, sustenta que a medida tem caráter cautelar e não equivale à execução antecipada da pena, sendo necessária para garantir a efetividade da decisão judicial. Gonet também solicitou a inclusão de Zambelli na lista de difusão vermelha da Interpol, a suspensão de seu passaporte e a notificação a países estrangeiros sobre sua condição legal.

Segundo apurações iniciais de investigadores do caso, Zambelli teria deixado o território brasileiro por via terrestre, passando por Foz do Iguaçu (PR), atravessando a fronteira com a Argentina até a cidade de Puerto Iguazú. De lá, teria seguido para o aeroporto de Ezeiza, na região metropolitana de Buenos Aires, e embarcado com destino aos Estados Unidos.

O advogado Daniel Bialski, que até então representava a deputada, confirmou ter sido informado da viagem. Ele afirmou que a parlamentar deixou o país “para dar continuidade a um tratamento de saúde” e que, "por motivo de foro íntimo", se afastou da defesa.

Embora tenha tido o passaporte apreendido em 2023, Zambelli conseguiu reaver o documento por decisão do próprio STF antes de sua partida. A parlamentar saiu do país antes da análise final dos recursos contra sua condenação, cuja manutenção pode acarretar não apenas sua prisão, mas também a perda do mandato parlamentar. Com a decisão de Moraes, caberá agora à Câmara dos Deputados decidir se autoriza ou não a prisão da deputada, como determina a Constituição em casos de prisão de parlamentares.

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/alexandre-de-moraes-determina-prisao-preventiva-de-carla-zambelli

Brasil247: Justiça bloqueia R$ 119 milhões de investigados por fraude contra INSS

 

Desvios foram apurados pela Operação Sem Desconto, da PF
Andre Richter - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 03/06/2025 - 17:57
Brasília
Fachada do edifício sede da Advocacia-Geral da União (AGU), localizado no Setor de Autarquias Sul em Brasília (DF)
© Wesley Mcallister/AscomAGU

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou nesta terça-feira (3) que a Justiça Federal em Brasília proferiu novas decisões que determinaram o bloqueio de R$ 119 milhões em bens de empresas e investigados envolvidos nas fraudes em descontos irregulares nos benefícios de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Os bloqueios foram determinados pela juíza federal Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara Federal do Distrito Federal, e ocorreram em cinco ações protocoladas pela AGU.

Em cada processo, foram bloqueados R$ 23,8 milhões em bens móveis, imóveis e ativos financeiros de oito empresas e nove pessoas físicas. Os sigilos bancário e fiscal também foram quebrados por determinação judicial.

De acordo com a AGU, há indícios de que as empresas são suspeitas de atuarem como firmas de fechada para praticar os desvios ilegais contra os aposentados. Em troca de autorização para a realização dos descontos, as empresas pagaram propina para agentes públicos.

No mês passado, a AGU pediu o bloqueio de R$ 2,5 bilhões contra 12 entidades associativas e 60 dirigentes. Por determinação da juíza, o caso foi fatiado em 15 ações para facilitar a análise dos pedidos.

As fraudes são investigadas na Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que investiga um esquema nacional de descontos de mensalidades associativas não autorizadas. Estima-se que cerca de R$ 6,3 bilhões foram descontados de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024.

As ações judiciais fazem parte do trabalho do grupo especial montado pela AGU para buscar a recuperação do dinheiro descontado irregularmente dos aposentados.

Brasil247: STF transmitirá ao vivo depoimento de Bolsonaro a Alexandre de Moraes

 Justiça

Ex-presidente será ouvido na investigação sobre tentativa de golpe; sessões da Primeira Turma começam em 9 de junho com presença obrigatória dos réus

Alexandre de Moraes, invasores em Brasília em 8 de janeiro e Bolsonaro (Foto: Carlos Moura/SCO/STF | ABr | REUTERS/Marco Bello)

247 – O Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou que os depoimentos dos réus investigados por tentativa de golpe de Estado, no âmbito da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, serão transmitidos ao vivo. 

As oitivas ocorrerão entre os dias 9 e 13 de junho e terão início com os acusados do chamado “Núcleo 1” da denúncia oferecida pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. O primeiro a prestar depoimento será Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro e delator no processo. Bolsonaro será o sexto a depor, segundo o cronograma estabelecido pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes.

Todos os réus deverão comparecer presencialmente ao plenário da Primeira Turma do STF. Moraes esclareceu que as medidas cautelares impostas aos acusados continuam em vigor. “Não há problemas que réus se cumprimentem, mas continuarão impedidos de conversar. Cada um terá seu espaço reservado”, afirmou o ministro, deixando claro que a proibição de contato entre os envolvidos será respeitada durante as audiências.

A decisão do STF de transmitir os depoimentos ao vivo representa um gesto de transparência diante da gravidade das acusações, que envolvem articulações para desestabilizar o regime democrático. A expectativa é que os interrogatórios esclareçam o grau de envolvimento de cada um dos réus na suposta trama golpista e os vínculos entre militares, ex-assessores e o próprio ex-presidente.

As transmissões devem atrair ampla atenção pública e midiática, especialmente em relação ao depoimento de Bolsonaro. O ex-presidente é investigado por seu possível papel na tentativa de anular o resultado das eleições de 2022 e convocar uma ruptura institucional. A presença de Bolsonaro diante de Moraes, seu principal opositor no Judiciário, será um momento simbólico do processo.

O calendário das oitivas e a ordem dos depoimentos ainda não foram detalhados publicamente, mas a exigência de comparecimento presencial e a decisão de tornar as sessões públicas colocam o STF no centro do debate político e jurídico do país nesta nova etapa das investigações.

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/stf-transmitira-ao-vivo-depoimento-de-bolsonaro-a-alexandre-de-moraes

segunda-feira, 2 de junho de 2025

Agência Brasil: Ex-AGU confirma ao Supremo consulta de Bolsonaro para reverter urnas

 Justiça

Bianco confirmou ter participado de reunião em 1º de novembro de 2022
Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 29/05/2025 - 10:10
Brasília
O advogado-geral da União (AGU), Bruno Bianco, participa de audiência na comissão de fiscalização financeira e controle da Câmara dos Deputados.
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ex-advogado-geral da União Bruno Bianco (foto) confirmou, nesta quinta-feira (29), no Supremo Tribunal Federal (STF), que o então presidente Jair Bolsonaro o indagou, em reunião após as eleições de 2022, sobre algum problema que pudesse ser usado para reverter o resultado das urnas. 

Bianco foi ouvido como testemunha da defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que é réu na ação penal sobre trama golpista que teria operado para manter Bolsonaro no poder,  mesmo após derrota no pleito. 

“Houve uma reunião”, afirmou Bianco, em resposta ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, que o indagou se, após o segundo turno, Bolsonaro o teria sondado sobre alguma “possibilidade jurídica de reverter os resultados das urnas”. 

“Em relação ao tema que o senhor me pergunta, houve uma reunião”, reiterou Bianco. "Tal encontro foi específico sobre como havia ocorrido o pleito eleitoral, se havia algum problema jurídico.” 
 

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De acordo com Bianco, o então presidente perguntou, na ocasião, após entrevista coletiva sobre a transição de governo, se o ex-AGU vislumbrava um caminho jurídico que pudesse servir para questionar o resultado das urnas. 

“'O senhor vislumbra algum problema que possa ser questionado?'", perguntou Bolsonaro, segundo Bianco. “Respondi que, na minha ótica, a eleição havia ocorrido de maneira correta, sem nenhum tipo de problema jurídico.”  

“Eu disse que não, que foi tudo realizado com transparência”, reforçou Bianco. “O presidente, pelo menos na minha frente, se deu por satisfeito.” 

A consulta de Bolsonaro ao então ministro-chefe da AGU tinha aparecido em depoimento do ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior à Polícia Federal (PF). 

Ainda na fase do inquérito policial sobre o golpe, Baptista Júnior disse ter presenciado o ex-presidente perguntar se haveria alguma “alternativa jurídica” para reverter o resultado das urnas. Segundo o relato, a reunião se deu em 1º de novembro de 2022. 

Nesta quinta-feira, Bianco deu o primeiro testemunho público, confirmando a reunião e a presença, no encontro, dos três comandantes das Forças Armadas à época - general Freire Gomes (Exército), brigadeiro Baptista Júnior (Aeronáutica) e almirante Almir Garnier (Marinha). 

O então ministro da Defesa, o general reformado do Exército Paulo Sérgio Nogueira também participou, revelou Bianco. Ele disse não se recordar, contudo, se o ex-ministro da Justiça Anderson Torres estava presente. 

Reunião  

Além do ex-AGU, foram ouvidos nesta quinta outros dois ex-ministros do governo Bolsonaro: Wagner Rosário, ex-ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU); e Adolfo Sachsida, ex-ministro das Minas e Energia. 

Ambos foram questionados sobre a reunião ministerial de 5 de julho de 2022, em que Bolsonaro pediu aos ministros presentes que se empenhassem em questionar o processo eleitoral. Um vídeo da reunião veio à tona em fevereiro de 2024. 

Indagados se foram tratados temas golpistas na ocasião, Sachsida e Rosário negaram, bem como Bianco. 

“Não, não senhor, não tivemos nenhuma discussão sobre isso. Todas as discussões elas versavam sobre possíveis fragilidades no sistema de votação eletrônica, o sistema de tecnologia e que pode ter problemas, então todas visavam se tivesse um resultado de eleição que fosse fidedigno”, disse Rosário em sua reposta. 

Havia a previsão de que também falasse o ex-ministro da Economia Paulo Guedes, mas ele acabou dispensado pelos advogados de Torres. 

Entenda

A ação penal 2668 foi aberta depois que a Primeira Turma do Supremo aceitou a parte da denúncia da PGR relativa ao chamado núcleo “crucial” do golpe, composto pelo que seriam as principais cabeças do complô. 

Entre os réus dessa ação penal está o próprio Bolsonaro, apontado pela PGR como líder e principal beneficiário da trama golpista, além de outros sete ex-ministros de seu governo e assessores próximos. 

As testemunhas do caso começaram a ser ouvidas em 19 de maio, por meio de videoconferência. Uma nova audiência está marcada para a sexta-feira (30), às 8h, com outras testemunhas de defesa de Anderson Torres e também com o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes, arrolado pela defesa de Bolsonaro. 

Na tarde de sexta (30), às 14h, estão marcados os testemunhos de mais oito testemunhas de Bolsonaro, incluindo os ex-ministros Gilson Machado (Turismo) e Eduardo Pazuello (Saúde). 

As audiências são presididas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Em despacho, ele proibiu qualquer tipo de gravação das audiências. Jornalistas foram autorizados a acompanhar as falas da sala da Primeira Turma, no Supremo.