Olá amigos leitores, estamos encerrando mais ciclo do nosso calendário, onde estivemos batalhando para nos darmos bem em nossa atuação neste plano de existência. Muitos de nós fomos bem sucedidos, outros não. Muitas foram as causas para que as coisas acontecem da forma como aconteceram. Muitas dessas causas não tiveram explicações claras para nós. Talvez pudéssemos ter mudado se tivéssemos agido de outras formas. Mas agora já não importa mais, são águas passadas e águas passadas não movem moinhos. Agora entraremos em outro ciclo, passando por outra parte de nossa galáxia, puxados pelo nosso Sol. Teremos nesta etapa, novas energias, novas forças magnéticas e novas frequências vibratórias. Espero que tenhamos mais capacidades para entender esses novos poderes atuantes em nós e que possamos tirar o máximo de proveito deles para mais essa etapa de nossas experiências no plano de nosso Criador. Espero que não esqueçamos de que tudo que fazemos é regulado pela Lei do Carma. O que fizermos de ruim terá que ser compensado. No entanto, no que fizermos de bom, serenos recompensados. Que nós consigamos viver gerando harmonia, pois nós "Estaremos sempre no lugar certo e no momento certo para fazermos algo bom pelo mundo em que vivemos". Sigamos na Harmonia e na Paz.
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Defesa já alega que beneficiários da trama golpistas seriam
militares de alta patente e que ex-presidente seria deixado de lado em
caso de êxito do golpe
Bolsonaro pretende rifar Augusto Heleno e Braga Netto para se livrar da prisão Fotos: Lula Marques/Fernando Frazão/Tânia Rêgo ABr
Por Ivan Longo - Após falar em
fugir para uma embaixada em caso de condenação pela tentativa de golpe
de Estado no Brasil, Jair Bolsonaro já trabalha com mais uma estratégia
para tentar se livrar de prisão: jogar a culpa em militares de alta
patente que compunham o seu governo, entre eles o general Augusto Heleno
(ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional) e general Walter
Braga Netto (ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, além de candidato a
vice de Bolsonaro nas eleições de 2022).
Trata-se de a tese de "golpe dentro do golpe", que
consistiria em um plano golpista não só para impedir a posse de Lula
após o pleito, mas para que os próprios militares assumissem o poder, em
detrimento de Bolsonaro. A sinalização de que essa deve ser a
estratégia foi dada por Paulo Amador da Cunha Bueno, um dos advogados de
Bolsonaro, em entrevista à GloboNews nesta sexta-feira (30).
Bueno usa como base nesta narrativa o "Punhal Verde e
Amarelo", documento elaborado, segundo a Polícia Federal (PF), pelo
general da reserva e ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da
Presidência no governo Bolsonaro, Mario Fernandes, que foi preso
recentemente na operação "Contragolpe". O planejamento envolvia o
assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro
Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O documento
previa, após deflagrado o golpe, a a criação de um Gabinete
Institucional de Gestão de Crise que seria comandando por militares.
Heleno, segundo o planejamento, seria o chefe de tal
gabinete. Braga Netto, por sua vez, seria o coordenador-geral, enquanto
outros militares de alta patente, como o próprio Mario Fernandes,
assumiriam outras funções de comando.
O fato de Jair Bolsonaro não ser mencionado no plano
"Punhal Verde e Amarelo" é a base da estratégia a ser usada pela defesa
do ex-presidente para jogar a culpa pela tentativa de golpe em Heleno e
Braga Netto.
"Quem seria o grande beneficiado? Segundo o plano do
general Mario Fernandes, seria uma junta que seria criada após a ação do
'Plano Punhal Verde e Amarelo', e nessa junta não estava incluído o
presidente Bolsonaro", disse o advogado de Bolsonaro em entrevista à
GloboNews.
"Não tem o nome dele [Bolsonaro] lá, ele não seria
beneficiado disso. Não é uma elucubração da minha parte. Isso está
textualizado ali. Quem iria assumir o governo em dando certo esse plano
terrível, que nem na Venezuela chegaria a acontecer, não seria o
Bolsonaro, seria aquele grupo", afirmou ainda.
Apesar da tentativa do advogado de Bolsonaro de imputar
a culpa somente a Heleno e Braga Netto, a Polícia Federal, em seu
relatório final sobre a investigação, aponta o ex-presidente como o
principal líder da organização criminosa que tentou deflagrar um golpe
no Brasil. Os investigadores afirmam, inclusive, que Bolsonaro tinha
conhecimento do plano para assassinar autoridades.
Bolsonaro indiciado O
relatório final da Polícia Federal (PF), encaminhado à
Procuradoria-Geral da República (PGR) propondo o indiciamento de Jair
Bolsonaro e de outras 37 pessoas, traz com detalhes o envolvimento do
ex-presidente na trama golpista.
A investigação da PF é taxativa no documento. "Os
elementos de prova obtidos ao longo da investigação demonstram de forma
inequívoca que o então presidente da República, JAIR MESSIAS BOLSONARO,
planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos
executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a
concretização de um Golpe de Estado e da Abolição do Estado Democrático
de Direito, fato que não se consumou em razão de circunstâncias alheias à
sua vontade", diz trecho do relatório, sendo preservada aqui a grafia
original.
O arcabouço probatório colhido pelos investigadores
demonstra que o grupo investigado e liderado por Bolsonaro "criou,
desenvolveu e disseminou a narrativa falsa da existência de
vulnerabilidade e fraude no sistema eletrônico de votação do País desde o
ano de 2019". O objetivo seria sedimentar na população a falsa
realidade de fraude eleitoral para que dois objetivos fossem alcançados
posteriormente: "primeiro, não ser interpretada como um possível ato
casuístico em caso de derrota eleitoral e, segundo e mais relevante, ser
utilizada como fundamento para os atos que se sucederam após a derrota
do então candidato".
O
governador do Ceará Elmano de Freitas (PT) anunciou, por meio das redes
sociais, nesta quarta-feira (20), que a partir desta quinta-feira (21),
terá início o curso de formação profissional para uma nova turma de
policiais penais no Ceará, marcando mais uma etapa do processo seletivo
do concurso público. Dividida em três turmas, cada uma com 300
participantes, a formação contará com 900 concorrentes. Ao final do
curso, 600 candidatos serão aprovados e convocados para reforçar o
sistema prisional cearense.
O curso de formação
profissional é uma etapa crucial para a capacitação dos futuros
policiais penais, que atuarão diretamente na gestão e segurança das
unidades prisionais do estado. Além de fornecer conhecimentos teóricos e
práticos, o treinamento visa prepará-los para os desafios diários do
sistema penitenciário.
“Boa
notícia sobre o concurso para policiais penais! A partir desta
quinta-feira (21), uma nova turma de policiais penais iniciará o curso
de formação profissional, mais uma etapa do processo seletivo do
concurso. Essa fase contará com 3 turmas, cada uma com 300 concorrentes.
Destes 900 participantes, 600 serão aprovados e convocados para atuar
no sistema prisional cearense. Desejo aos candidatos um excelente curso e
reafirmo o compromisso de continuar fortalecimento as nossas Forças de
Segurança”, declarou o governador.
Em 24 de junho deste ano, o
governador anunciou o início do curso de formação para uma outra turma
de policiais. Ao todo, 426 policiais militares foram convocados para o
início do curso de formação na Academia Estadual da Segurança Pública
(AESP).
As forças de segurança registraram pelo menos 102
crimes eleitorais em todo o país neste segundo turno das eleições
municipais. A maior incidência foi o de boca de urna, com 34
ocorrências, sendo seis em São Paulo e cinco em Fortaleza. As ações de
propaganda eleitoral irregular somaram 19 casos, sendo três na cidade de
Paulista (PE), seguidos de 14 tentativas de compra de votos, com cinco
ocorrências em Manaus. Ao todo, os crimes resultaram em 42 prisões de
eleitores, sendo que oito foram a partir de auto de prisão em
flagrante.
Os dados foram divulgados em relatório do Centro Integrado de Comando
e Controle Nacional (CICCN), do Ministério da Justiça e Segurança
Pública.
Dinheiro e armas
O ministério divulgou ainda que, como provas dos crimes, foram
apreendidos R$ 12.059 em dinheiro, além de 4.464 materiais de campanha
usados irregularmente. Também foram recolhidas duas armas nos locais de
votação e os eleitores foram autuados por porte ilegal. Os dois casos
ocorreram na cidade de São Paulo.
Não houve prisão de candidatos às prefeituras neste domingo.
O Ministério da Justiça informou no relatório que foram empregados,
nos 51 municípios em que houve segundo turno, um total de 45.967
profissionais de segurança, com uso de 6.507 viaturas, além de 26
embarcações e 13 aeronaves.
Desde 2019, pesquisadores da Unirio já sistematizaram 2.673 episódios de violência política em todo o país
Redação
Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
O prefeito de Taboão da Serra (SP), José
Aprígio da Silva (Podemos), foi vítima de um atentado a tiros nesta
sexta-feira (18) - Reprodução
Ao menos 338 casos de violência política foram registrados no Brasil,
contra lideranças políticas ou familiares, durante a campanha eleitoral
de 2024. O dado foi apresentado em levantamento do Grupo de
Investigação Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro (Giel/Unirio), analisando o período de julho a setembro deste
ano.
A violência física foi a modalidade mais comum no período de análise,
com 179 episódios. Em casos mais extremos, foram registradas 55
tentativas de homicídio e 33 assassinatos, em 20 estados, segundo os
dados da Unirio.
Nessa modalidade se inclui o que ocorreu nesta sexta-feira (18), com o
prefeito de Taboão da Serra (SP), José Aprígio da Silva (Podemos).
A Polícia Civil de São Paulo investiga o que motivou o ataque. Neste sábado (19), ela diz ter localizado dois veículos usados no atentado.
Um deles foi encontrado incendiado na cidade de Osasco. O outro
veículo, um Fiat Siena, que foi usado na fuga dos criminosos, estava em
uma residência também em Osasco.
Casos de violência superam eleições anteriores
Estado mais populoso, São Paulo lidera o ranking com 58 episódios de
violência entre julho e setembro deste ano, seguido pelo Rio de Janeiro,
com 47 casos.
A pesquisa mostra que 267 vítimas eram lideranças políticas locais
que concorriam no pleito municipal. Destaca ainda que 25 partidos foram
atingidos. O União Brasil lidera com 41 episódios, seguido pelo PT e
pelo MDB, com 39 e 37 casos, respectivamente.
O levantamento da Unirio, registrado no 19° Boletim do Observatório
da Violência Política e Eleitoral, considera episódios de violência
cometidos contra políticos com e sem mandato, o que inclui vereadores,
prefeitos, governadores, secretários, candidatos e ex-ocupantes de
cargos públicos. Não são contabilizados episódios de violência contra
eleitores.
Ao todo, desde 2019, o grupo já sistematizou 2.673 episódios em todo o
país. Segundo os pesquisadores, a violência política durante a campanha
eleitoral deste ano superou os números das eleições presidenciais de 2022, quando foram registrados 263 episódios. No pleito municipal de 2020, foram 235 casos.
A
dívida pública global deve ultrapassar US$ 100 trilhões até o fim do
ano e crescer perto do produto interno bruto (PIB) global até 2030,
disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta terça-feira (15),
pedindo às economias endividadas por um aperto fiscal.
"A dívida pública global é muito alta. Espera-se que exceda US$ 100 trilhões [cerca de R$ 559,6 trilhões] — 93% do PIB global
— em 2024 e continue aumentando até o fim da década — aproximando-se de
100% do PIB até 2030", calculou o FMI em seu novo relatório
Monitoramento Fiscal de outubro.
As projeções de dívida em risco para os próximos três anos em economias avançadas diminuíram ligeiramente desde o pico da pandemia de COVID-19 para 134%, enquanto em economias emergentes e em desenvolvimento aumentaram para 88% do PIB, segundo o relatório.
Embora o principal fator por trás da diferença na previsão entre grupos de países sejam as condições financeiras, ela também émotivada por um nível inicial mais alto de dívida em economias avançadas e grandes déficits primários em "economias sistemicamente importantes", como China e Estados Unidos, disse o FMI.
Em um "cenário extremamente adverso", a dívida global em risco é projetada para ser quase 20 pontos percentuais do PIB, maior do que a previsão de base, atingindo 115% do PIB em 2025, disse a agência financeira da ONU.
O
FMI pediu aos países nos quais a dívida está projetada para continuar
crescendo para apertar as políticas fiscais e diminuir a dívida,
aproveitando as condições atuais, pois a inflação está desacelerando e os bancos centrais devem flexibilizar a política monetária. Isso se aplica particularmente ao Brasil, França, Itália, África do Sul, Reino Unido e Estados Unidos, de acordo com o relatório.
Wilson Gomes, é filho da cidade do Crato, nasceu
no ano de 1967. Estudou na Escola Virgílio Távora; Colégio Estadual
Wilson Gonçalves, onde concluiu o ensino médio; e Municipal Pedro
Felício Cavalcante.
Foi Escoteiro e Chefe de Grupo. Em 1987, criou o primeiro grupo de
combate a incêndio da Flona Araripe.
Se formou em radialista, em 1992. Com passagem profissional pelas
rádios: Iracema, Progresso, Vale do Cariri, Verde Vale (Juazeiro do
Norte). Cetama (Barbalha) e Araripe (Crato).
Em 1999 se mudou para a cidade de Sobral, atuando como repórter
esportivo e policial na Caiçara – sua primeira emissora, também foi
operador de áudio. Depois atuou nas rádios; Educadora, Universitária,
Sobral FM, Princesa FM, Líder FM, Tupinambá; e atualmente é apresentador
do Programa Redação Plus, da Plus FM de Sobral.
Atuou também como repórter: A Folha, O Noroeste, Correio da Semana e
Sobral News, e correspondente do Diário do Nordeste.
Como repórter fotográfico, atua nas Agências Estado (AE) e Futura Press.
Casado com Gilca, é pai de dois filhos; Saymon Lukas e Brenda Maryanna.
Administra Blog Wilson Gomes. Nas horas vagas é também serigrafista.
Israel continua sua tentativa de fazer do estado judeu uma grande
nação e está fazendo isto invadindo os países vizinhos. Até agora já
tomou terras palestinas, terras sírias e terras libanesas. Mas o projeto
judeu é tomar terras também do Iraque e outros. A sua ferocidade vem
crescendo cada vez mais com o apoio das grandes potências ocidentais.
Israel é um Estado marginal, atua à margem das leis internacionais, não
respeitando a ONU e outros órgãos de governança global. Por enquanto só
quem poderia conter esses ataques criminosos seria os países da OCX-
Organização para a Cooperação de Xangai, que é um grupo de 11 nações
poderosas da Ásia num pacto de defesa mútua como a OTAN. Nesse grupo se
encontram potências nucleares como: Rússia, China, Índia e Paquistão.
Mas por enquanto não estão pensando em embarcar nesses conflitos do
Oriente Médio. Até porquê se entrarem, já seria um confronto direto com a
OTAN e isso já seria também a terceira guerra mundial. Por enquanto
Israel só encontra a resistências de grupos que lutam contra o sionismo e
o imperialismo. Esses grupos, unidos, se denominam como Eixo da
Resistência. Além do
Hamas, fazem parte do eixo o Hezbollah, os Houthis e grupos armados
xiitas . Esses atacam Israel a partir do Iêmen, da Palestina, do Líbano
do Irã e Iraque. O Irã já fez ataques diretos a Israel como vingança
por atentados já cometidos por judeus à instalações e pessoas iranianas e
fez como direito de resposta, como consta em documentos oficias da ONU.
Israel já matou em ataques ao Hamas em Gaza e ao Hezbollah no Líbano,
mais de quarenta mil pessoas, sendo a maioria absoluta de pessoas
inocentes como: mulheres, crianças, médicos, enfermeiras, trabalhadores
comuns, Imprensa e servidores da ONU. No momento as investidas mas
pesadas dos judeus são em território libanês. O Brasil já retirou da
Faixa de Gaza, várias centenas de brasileiros que residiam lá, agora a
mobilização do governo Brasileiro é para retirar brasileiros residentes
no Líbano que queiram sair das zonas de conflitos. Por enquanto as
expectativas para o que vai acontecer a partir de agora. com a entrada
por terra do exercito judeu no Líbano e os ataques com mísseis feitos
pelo Irã em bases militares em território judeu, são totalmente
imprevisíveis. É triste esta situação para a humanidade, ver toda essa
escalada da violência entre povos e nações e não ter a quem pedir ajuda,
já que o Conselho de Segurança da ONU não tem moral, nem força e nem
isenção para resolver, pois quase todos os países que estão nesse
conselho, estão envolvido nos conflitos.
O
que eu não tolero mesmo é bolsonaristas fazendo campanha prometendo
melhorar a Educação e a Saúde nos municípios. Até parece que eles não
conhecem os cortes de gastos do governo Bolsonaro nessas duas e em
outras áreas. É lamentável o nível da ignorância política dos eleitores,
alimentando seus algozes e se ferrando outra vez.
O
mundo está em guerra pelo domínio da informática e da informação,
principalmente das Big Techs. Por causa do avanço da China em todos da
aspectos da inteligência artificial, ela virou o inimigo numero um dos
EUA e o alvo principal de sua geopolítica e geoeconomia, tentando evitar
que a China volte a ser a maior potência do mundo, o que ela já foi por
mais de 700 anos.
Os do G7 estão perdendo para o BRICS em volume e produção do petróleo,
na quantidade de população e por conseguinte a quantidade de
consumidores.
O BRICS, que já conta com mais de dez países, já tem mais de trinta na
fila para entrar nesse grupo econômico. No encontro do grupo realizado
em 2014 em Fortaleza, foi criado um banco, que hoje é muito conhecido
como o Banco dos BRICS, que foi criado para ampliar o financiamento para projetos de
infraestrutura e de desenvolvimento sustentável no Brics e em outras
economias emergentes. Muitos países que pretendem entrar para o grupo, já negociam com esse banco.
O G7 está super endividado e as maiores reservas financeiras estão no
BRICS, portanto as potências ocidentais estão perdendo para o Brics
liderado pela China na chamada diplomacia financeira. Enquanto o G7
tenta manter o controle da geopolítica fazendo pressão econômica e
ameaça militar, as potências do BRICS oferecem parceria econômica e
financeira, principalmente com grandes investimentos em infraestrutura.
A África está se afastando das potências colonizadoras europeia e
americanas e se aproximando das potências do BRICS. Estão vendo uma boa
oportunidade de avançar em seu desenvolvido, inclusive com o Banco dos
Brics oferecendo empréstimos com menos exigências do que acontece com o
Banco mundial e FMI.
A Europa está sobre forte pressão dos americanos para manter apoio numa
guerra com a Ucrânia. Na verdade esta é uma guerra por procuração da
OTAN contra a Rússia. Os americanos fizeram a Europa se sacrificar,
deixando de usar óleo e gás barato da Rússia e sendo obrigados a comprar
esses produtos mais caros de outras fontes ou contrabandeando petróleo e
gás da própria Rússia por preços maiores. Por isso a Europa vem tendo
muitas pioras econômicas para mandar dinheiro para manter essa guerra,
além de ter que entregar suas armas para alimentar o conflito. Na minha
opinião a Rússia não perderá essa guerra, até porquê já superou os
efeitos das sanções ocidentais e está com sua economia totalmente
normalizada e voltada para Ásia, que de certa forma estão ajudando a
fortalecer a economia russa sem depender do ocidente.
O Oriente Médio está numa situação complicada porque o Ocidente
liberado pelos EUA que tinham aquela região como sua reserva garantida
de petróleo e viu o BRICS, através da China e da Rússia, aumentando sua
influência na região, inclusive trazendo alguns desses países grandes
produtores de óleo e gás para o grupo. Com a entrada desses países que
fazem parte da OPEP no BRICS, faz com que os EUA perda influência nesse
órgão que controla o preço do ouro negro.
Israel, que é uma base militar dos EUA dentro da comunidade muçulmana,
com a função de evitar que eles se juntem e se fortaleçam, resolveu
aumentar seu território eliminando os palestinos, e isso acontece desde
que as potências europeias e americanas resolveram levar o povo judeu
para habitar naquele território palestino. Por ter sido criado pelas
maiores potências da época, eles se acham com poder e direito de não
respeitar qualquer decisão de órgãos de governança global. Por isso
invadem cada vez mais território dos palestinos e matam
discriminadamente aquele povo sem receio de ser punido por esses crimes.
Países da região que se solidarizam com os palestinos não podem
enfrentar esta situação para acabar com essas matanças porque sabem que
não iriam enfrentar só o estado judeu, mas sim os EUA, a Alemanha, a
Inglaterra a França e mais o restante das potências ocidentais submissas
aos americanos.
América Latina é uma comunidade de nações que recebem muitas
influências do império americano do norte. A política imperialista é de
tentar controlar as riquezas naturais e usam seu poder de pressão para
atingir seus objetivos. Por exemplo: oferecendo aos países detentores de
riquezas naturais, acordos que são bons para os imperialistas mas que
dão muitos prejuízos para os povos desses países. Se isso não funcionar
eles aplicam sanções econômicas e usam movimentos sociais para derrubar
os governos constituídos, acusando os governantes de corruptos,
desrespeitadores dos direitos humanos e ainda acusam de ditadores ou
comunistas. Branco imperialistas se acham donos das riquezas e não
admitem que trabalhadores ou povos considerados por eles como
inferiores, tenham poder sobre grandes riquezas naturais. Exemplos de
países que são perseguidos por não entregarem suas riquezas: Rússia,
Irã, Líbia, Iraque, Venezuela e Bolívia. Esses brancos não chamam de
ditador o presidente da Ucrânia que governa desde dia 20 de maio sem
cargo e não permite realização de eleição ou o presidente da França que
perdeu as eleições para a esquerda mais não entregou o governo. Ultimamente a extrema
direita vem crescendo muito na América do Sul e já ganhou eleições em
alguns países como Brasil e Argentina. Essa extrema direita defende o
neoliberalismo. Ou seja, defende o estado mínimo, a exclusão social, a
concentração de renda, a privatização da educação e da saúde. São
racistas e descriminam quem não defende as suas atitudes e isso gera
violência determinadas categorias sociais. Atualmente esta região está sendo muito disputada pelos EUA juntamente com
potências europeia e a China.
De acordo com o levantamento, a taxa de
mortes violentas para cada grupo de 100 mil negros até 19 anos é de
18,2, enquanto entre brancos a taxa é de 4,1 - Tomaz Silva/Agência
Brasil
Nos últimos três anos, mais de 15 mil crianças e adolescentes até 19 anos foram mortos no Brasil de forma violenta.
Nesse período, cresceu a proporção de mortes causadas por intervenção
policial. As constatações fazem parte da segunda edição do relatório
Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no
Brasil, divulgado nesta terça-feira (13) pelo Fundo das Nações Unidas
para a Infância (Unicef) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública
(FBSP).
"É um cenário estarrecedor. É realmente um absurdo que a gente perca 15 mil vidas de crianças e adolescentes em três anos", define a oficial de Proteção contra Violências do Unicef, Ana Carolina Fonseca.
No entanto, o total real de mortes no país tende a ser maior, uma vez que o estado da Bahia não forneceu dados relativos a 2021.
O levantamento traz dados de registros criminais como homicídio
doloso (quando há intenção de matar), feminicídio, latrocínio (roubo
seguido de morte), lesão corporal seguida de morte e mortes decorrente
de intervenção policial - esteja ou não o agente em serviço. Também são
coletadas informações referentes à violência sexual.
Para os pesquisadores, esse conjunto de dados é um indicador mais completo para tratar de violência letal
a partir dos parâmetros da segurança pública. O FBSP é uma organização
não governamental formada por profissionais da área de segurança,
acadêmicos e representantes da sociedade civil.
Ana Carolina Fonseca explicou à Agência Brasil que, apesar
de o estudo estar na segunda edição – a primeira inclui dados de 2016 a
2020 –, não há comparação direta entre eles. "A gente não fez essa
comparação por haver muitas diferenças na forma como os dados são
disponibilizados pelos estados", justifica.
Assim como outros tipos de violência que afetam a população
brasileira independentemente de idade, a morte violenta de crianças e
adolescentes atinge principalmente a população negra, composta por
pretos e pardos.
Violência letal contra crianças e adolescentes no Brasil / Agência Brasil
Fator cor
De acordo com o levantamento, a taxa de mortes violentas para cada
grupo de 100 mil negros até 19 anos é de 18,2, enquanto entre brancos a
taxa é de 4,1. Isso equivale dizer que o risco de um adolescente negro,
do sexo masculino, ser assassinado no Brasil é 4,4 vezes superior ao de
um adolescente branco.
A oficial de Proteção contra Violências do Unicef aponta o racismo como "ponto importante" por trás desses dados.
"A gente está falando de uma população que é não é protegida como a
branca. Existe uma ideia de que essa vida vale menos que outras",
critica Ana Carolina.
"O desafio que se coloca é realmente de enfrentar o racismo, que está
presente também na ação das forças policiais, na forma como serviços se
estruturam para responder a essas mortes, tanto do ponto de vista da
prevenção, quanto de investimento de apuração, responsabilizar por essas
mortes", complementa a representante do Unicef.
Violência policial
Ao longo dos três anos abrangidos pelo relatório, fica constatado
aumento na parcela de mortes de jovens causada por intervenção policial.
As intervenções respondiam por 14% dos casos em 2021, proporção que
subiu para 17,1% em 2022 e 18,6% em 2023. Isso representa quase uma em
cada cinco mortes violentas.
Enquanto a taxa de letalidade provocada pelas polícias entre
habitantes com idade superior a 19 anos é de 2,8 mortes por 100 mil, no
grupo etário de 15 a 19 anos chega a 6 mortes por 100 mil habitantes,
mais que o dobro (113,9%) da taxa verificada entre adultos.
"Infelizmente, as vidas jovens negras estão ainda na mira da ação policial", lamenta Ana Carolina.
Para os pesquisadores, uma política de redução de homicídios com foco
em crianças e adolescentes precisa, em vários estados, necessariamente
considerar "o controle do uso da força das polícias", de acordo com o
relatório.
A oficial do Unicef ressalta que 18 unidades da Federação têm taxa de
mortes de pessoas até 19 anos por ação da polícia inferior à média
nacional (1,7 por 100 mil). Os maiores índices estão com Amapá (10,9),
Bahia (7,4), Sergipe (3,7), Rio de Janeiro (3,1), Mato Grosso (2,9),
Pará (2,5), Rio Grande do Norte (2,3) e Espírito Santo (1,9). Goiás não
forneceu dados de mortes causadas por intervenção da polícia.
"A gente precisa olhar para o Brasil, entendendo as diferenças e
buscar, justamente, esses locais onde esse uso da força está sendo feito
de forma excessivamente letal, que destoa do restante do país", sugere
Ana Carolina.
Violência urbana
O relatório indica que, entre os jovens com mais de 15 anos, as
mortes totais no país são atreladas a características que sugerem
envolvimento com violência armada urbana: mais da metade (62,3%) dos
casos acontecem em via pública e por pessoas que a vítima não conhecia
(81,5%).
Ao se comparar dados de vítimas dos sexos masculino e feminino, no
universo de pessoas entre 10 e 19 anos, percebe-se que as meninas são
mais vítimas de armas brancas e agressões do que meninos. Nos últimos
três anos, em torno de 20% das vítimas do sexo feminino morreram por
arma branca e 5%, em média, por agressão. Em relação aos indivíduos do
sexo masculino, as armas brancas ficaram no patamar de 8% dos casos, e
as agressões não chegam a 2%.
Já em relação ao autor do crime, entre as meninas, 69,8% eram
conhecidos das vítimas. Quando se observam os dados das vítimas do sexo
masculino, apenas 13,2% foram cometidos por conhecidos.
Violência infantil
Em outro recorte, de crianças até 9 anos, o perfil da violência letal
é mais associado a contexto de maus-tratos e de violência doméstica,
praticada contra essas crianças pelas pessoas mais próximas a elas,
segundo a análise do Unicef. Em 2023, quase metade (44,6%) acontece em
casa e 82,1% são cometidos por pessoas conhecidas da criança.
Os analistas do Unicef e do FNSP fazem recomendações de políticas de
segurança que podem ajudar o país a combater a violência contra a
criança e o adolescente. Entre as orientações estão o controle do uso da
força pelas polícias, controle do uso de armamento bélico por civis,
enfrentamento do racismo estrutural e melhoria nos sistemas de
monitoramento e registros de casos de violência.
"A importância de estudos como esse é conseguir entender a dinâmica
da violência contra cada grupo e entender que cada vida importa. A gente
precisa ser capaz de construir uma resposta efetiva que enxergue cada
menino e cada menina", avalia a representante do Unicef.
Veja a lista de ministros do STF, deputados, senadores e jornalistas espionados pela 'Abin paralela'
A
Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi utilizada para espionar
autoridades e desafetos políticos durante o governo de Jair Bolsonaro
(Foto: ABr | Reuters | Polícia Federal)247 -
247 - Nesta quinta-feira (11), o
ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF),
determinou a retirada do sigilo da Operação Última Milha, uma
investigação da Polícia Federal que vem ocorrendo desde 2023. A operação
apura o possível uso ilegal de sistemas da Agência Brasileira de
Inteligência (Abin) para espionar autoridades e desafetos políticos
durante o governo de Jair Bolsonaro, explica o g1.
A
Operação Última Milha revelou que diversas figuras importantes dos três
poderes, além de jornalistas, foram monitoradas. No Poder Judiciário,
os ministros do STF Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto
Barroso e Luiz Fux foram alvo das investigações. No Poder Legislativo,
foram monitorados o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur
Lira, o deputado Kim Kataguiri e os ex-deputados Rodrigo Maia e Joice
Hasselmann, além dos senadores Alessandro Vieira, Omar Aziz, Renan
Calheiros e Randolfe Rodrigues, que integravam a CPI da Covid no Senado.
No
Poder Executivo, as investigações apontaram para o monitoramento do
ex-governador de São Paulo, João Doria, e servidores do Ibama, Hugo
Ferreira Netto Loss e Roberto Cabral Borges. Também foram monitorados os
auditores da Receita Federal do Brasil Christiano José Paes Leme
Botelho, Cleber Homen da Silva e José Pereira de Barros Neto.
Os
jornalistas Monica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro
Cesar Batista também estiveram sob vigilância, conforme as
investigações da Polícia Federal.
Através de diálogos
interceptados entre os investigados Giancarlo Rodrigues e Marcelo
Bormevet, a PF identificou "possíveis ações clandestinas" que tinham
como alvo os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. Essas
ações tinham o objetivo de levantar suspeitas sobre a credibilidade do
sistema eleitoral brasileiro, o que levanta preocupações sobre a
integridade das instituições democráticas.
PF indicia Sérgio Reis e Zé Trovão por ameaças golpistas no 7 de setembro
Cantor
e deputado, com outras onze pessoas, estão na lista de investigados por
fomentarem atos antidemocráticos como bloqueio de estradas e ataques ao
STF no 7/9 de 2021
O
cantor Sérgio Reis e o deputado federal Zé Trovão foram indiciados pela
Polícia Federal por organizarem os atos antidemocráticos em 7 de
setembro de 2021, em Brasília. A informação do UOL e da Folha,
coloca que os apoiadores de Bolsonaro defenderam nos atos
antidemocráticos o bloqueio de estradas e ataques ao Supremo Tribunal
Federal.
A dupla teve mandados de busca e apreensão naquele ano
por conta do ato golpista. Inclusive Zé Trovão utiliza tornozeleira
eletrônica por ter ficado foragido. Além deles, mais onze foram
indiciados, como o jornalista bolsonarista Oswaldo Eustáquio (que fugiu
para a Espanha) e o presidente da Aprosoja (Associação Brasileira dos
Produtores de Soja), Antonio Galvan.
O
grupo entrou no campo de observação da PGR (Procuradoria-Geral da
República) por incitarem ataques ao Supremo, com pedidos para que o
Senado afastasse ministros. O principal alvo era Alexandre de Moraes,
que investigava os envolvidos em inquérito sobre a organização e o
financiamento de atos antidemocráticos que eram recorrentes durante o
governo Bolsonaro, com incitações em vídeos e nas redes sociais que
depois foram para as ruas com o 7 de setembro e que culminou no 8 de
janeiro de 2023.
Como destaca a reportagem, Sérgio Reis chegou a
dizer, em reunião fechada que veio a público, que se os ministros do STF
não fossem tirados, o grupo organizado por ele invadiria, quebraria
tudo e tiraria os magistrados “na marra”.
A
incitação de crimes que agora virou inquérito para Reis e Trovão já
atingiu Bolsonaro, mas pelo 7 de setembro do ano seguinte, de 2022. No
seu último ano como presidente, ele utilizou a data do bicentenário para
se promover eleitoralmente. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o
condenou por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação.
A penalidade imposta foi de inelegibilidade e pagamento de multa (R$
425,6 mil), no entanto Bolsonaro já estava inelegível pela reunião com os embaixadores estrangeiros e as penas, neste caso, não se somam.
Nova Câmara terá três vezes mais policiais e militares. Veja lista de eleitos - Congresso em Foco
Lucas Neiva
Compondo o núcleo duro da Frente Parlamentar da Segurança Pública, conhecida como bancada da bala, os policiais, bombeiros e militares das Forças Armadas
aumentarão sua presença na próxima legislatura da Câmara dos Deputados.
Essas categorias, que somavam 14 deputados eleitos em 2018, terão 44
representantes diretos na Casa a partir de 2023, conforme levantamento do Instituto Sou da Paz.
A grande maioria desses parlamentares é do PL, partido
do presidente Jair Bolsonaro (PL) e oposição do próximo governo. O
União Brasil fica em segundo lugar, com sete nomes. O PT, do presidente
eleito Luiz Inácio Lula da Silva,
tem um nome, a deputada eleita Adriana Accorsi, delegada da Polícia
Civil do estado de Goiás. O número de integrantes das Forças Armadas
eleitos diminuiu de seis para cinco. No Senado foram eleitos Hamilton
Mourão (Republicanos-RS), vice-presidente da República e general da
reserva do Exército, e Marcos Pontes (PL-SP), tenente-coronel da Força
Aérea Brasileira (FAB). Em 2018, havia sido eleito senador Major Olímpio
(SP), da Polícia Militar, falecido em decorrência da covid-19 ano passado.
Corporativismo barulhento
De acordo com Felippe Angeli, gerente de advocacy
do Instituto Sou da Paz, policiais tanto civis quanto militares e
federais tendem a ter um mesmo padrão de comportamento como
legisladores: em geral, são defensores assíduos de pautas ligadas à
direita, e adotam posturas corporativistas. “Eles constantemente abraçam
causas sociais ligadas à própria categoria, como reformulação de
carreira para policiais, auxílio-moradia para agentes de segurança e
coisas do tipo”, explicou.
Além de propor benefícios para policiais e militares,
os parlamentares do ramo costumam defender projetos ligados de forma
indireta à atividade, como endurecimento de penas para crimes comuns,
facilitação do acesso às armas e criação de novos excludentes de
ilicitude. “São pautas que não estão ligadas diretamente às forças
policiais, mas que dialogam muito ao mesmo tempo com a sociedade e com o
ethos de onde vieram”, ressalta Angeli.
Além de tentar representar suas próprias categorias,
projetos vindos de deputados oriundos das forças de defesa e segurança
constantemente atentam contra liberdades civis bem estabelecidas. Daniel
Silveira (PTB-RJ), vindo da polícia militar, propôs uma lei de deveres
de pessoas abordadas pela polícia. Junio Amaral (PL-MG), também policial
militar, tentou tornar crime a realização de festas ao ar livre sem
permissão das autoridades locais. Major Vitor Hugo (PL-GO), oficial do
exército, propôs uma lei de combate ao terrorismo que enquadra
movimentos sociais como terroristas, e abre uma série de brechas para
abusos em ações policiais.
Publicidade
Felippe Angeli conta que esses projetos estão ligados
não apenas à visão de mundo desses parlamentares, mas também aos
interesses de seus eleitores. “Essas propostas fazem barulho. Eles
faturam com esses projetos na internet mostrando para os seus, mostrando
que têm coragem contra um sistema que impede o dito cidadão de bem de
fazer o que bem quer”.
Institucionalismo militar
Entre esses perfis, há um que se distingue: o de
ex-militares das Forças Armadas. “Em geral, eles tendem a exibir uma
origem institucional e corporativa de forma muito menos escandalosa do
que aqueles que vieram da polícia”, apontou o representante do Instituto
Sou da Paz. Os assuntos de interesse da atuação desses parlamentares
tendem a divergir das áreas de atuação dos policiais.
Vindo do Exército e tendo observado a atuação de seus
pares, o deputado General Peternelli (União-SP) explica que a própria
natureza das Forças Armadas, com uma atuação em nível nacional, acaba
por influenciar as áreas de atuação dos parlamentares eleitos. “Sem
dúvida a segurança pública é um viés. Mas as relações exteriores, a
defesa nacional, educação, saúde e serviço público acabam sendo temas
onde procuramos ter maior proximidade”, considera o deputado, que não
conseguiu se reeleger.
O relacionamento desses parlamentares com o próximo
governo também tende a ser mais distinto: apesar de ideologicamente
divergentes do PT, Peternelli avalia que a prioridade dos militares que
tomarão posse em 2023 será a aprovação de suas pautas, em especial a
reforma tributária e a atualização do código penal militar. Com isso,
devem preferir a atuação independente no lugar de uma oposição enfática.
Veja a bancada de policiais e militares eleitos para o novo Congresso:
Deputados federais eleitos em 2022:
Alberto Fraga (PL-DF) – coronel da PM reformado
Cabo Gilberto (PL-PB) – policial militar
Capitão Alberto Neto (PL-AM) – capitão da PM REELEITO
Capitão Alden (PL-BA) – capitão da PM
Capitão Augusto (PL-SP) – policial militar REELEITO
Capitão Derrite (PL-SP) – ex-policial militar REELEITO
Coronel Assis (União Brasil-MT) – coronel da PM
Coronel Fernanda (PL-MT) – coronel da PM
Coronel Chrisóstomo (PL-RO) – coronel do Exército REELEITO
Coronel Meira (PL-PE) – policial militar
Coronel Ulysses (União Brasil-AC) – coronel da PM
Da Vitória (PP-ES) – policial militar REELEITO
Delegada Adriana Accorsi (PT-GO) – delegada da Polícia Civil
Delegada Ione Barbosa (Avante-MG) – policial civil
Delegada Katarina (PSD-SE) – delegada da Polícia Civil
Delegado André David (Republicanos-SE) – policial civil
Delegado Bruno Lima (PP-SP) – delegado da Polícia Civil
Delegado Caveira (PL-PA) – delegado da Polícia Civil
Delegado Da Cunha (PP-SP) – delegado da Polícia Civil
Delegado Éder Mauro (PL-PA) – delegado da Polícia Civil REELEITO
Delegado Fabio Costa (PP-AL) – delegado da Polícia Civil
Delegado Marcelo Freitas (União Brasil-MG) – delegado da Polícia Federal (PF) REELEITO
Delegado Matheus Laiola (União Brasil-PR) – delegado da PF
Delegado Palumbo (MDB-SP) – delegado da Polícia Civil
Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) – delegado da Polícia Civil
Delegado Ramagem (PL-RJ) – delegado da PF
Dr. Frederico (Patriota-MG) – ex-bombeiro REELEITO
Eduardo Bolsonaro (PL-SP) – policial federal REELEITO
Felipe Becari (União Brasil-SP) – policial civil
General Girão (PL-RN) – general da reserva do Exército REELEITO
General Pazuello (PL-RJ) – general do Exército
Gilvan, O Federal da Direita (PL-ES) – policial federal
Hélio Lopes (PL-RJ) – subtenente do Exército
José Medeiros (PL-MT) – policial rodoviário federal
Júnio Amaral (PL-MG) – PM reformado
Nicoletti (União Brasil-RR) – policial rodoviário federal REELEITO
Pedro Aihara (Patriota-MG) – bombeiro
Sanderson (PL-RS) – policial federal REELEITO
Sargento Fahur (PSD-PR) – policial militar reformado REELEITO
Sargento Portugal (Podemos-RJ) – policial militar
Sargento Gonçalves (PL-RN) – policial militar
Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS) – tenente do Exército
Thiago Flores (MDB-RO) – policial civil
Sargento Isidório (Avante-BA) – PM aposentado REELEITO
Senadores eleitos em 2022: Hamilton Mourão (Republicanos-RS) – general da reserva do Exército
Marcos Pontes (PL-SP) – tenente-coronel da Força Aérea Brasileira (FAB)
O regime norte-americano considera-se o mais democrático do
mundo. É o que sempre disseram aos quatro ventos os presidentes dos
Estados Unidos, e o que seu sistema monopolista de comunicação sempre
propagou para o mundo inteiro. Isso já se tornou senso comum,
comprovando uma das mais famosas máximas dos nazistas: uma mentira
repetida mil vezes acaba tornando-se verdade (na consciência do grande
público).
Photo: National Archives and Records Administration by Lt. Mitchell, U.S.Navy is licensed under public domain
Mas como um sistema pode ser considerado democrático se há somente
dois partidos, que não divergem em nada nos principais assuntos
nacionais e internacionais, e que, como muitos sinalizam há tempos, não
passam de dois lados da mesma moeda?
Para as eleições presidenciais de novembro deste ano, o
roteiro é o mesmo de sempre: Partido Democrata vs. Partido Republicano.
Mesmo que a maioria dos eleitores não concorde com as candidaturas de
Joe Biden e Donald Trump, como apontou levantamento da Reuters/Ipsos de
25 de janeiro: “em geral, uma maioria absoluta de americanos (52%) não
está satisfeita com o sistema de dois partidos e quer uma terceira
escolha.”
Esse sentimento não é de hoje. Já em 2008, quando as presidenciais
opuseram Barack Obama (D) a John McCain (R), 47% dos eleitores
consultados pela Gallup desejavam uma alternativa a democratas e
republicanos. Em outubro de 2023, o mesmo instituto apontou que 63% dos
americanos achavam que os dois partidos fazem um “trabalho tão ruim” de
representação popular que é preciso um terceiro grande partido.
Uma terceira pesquisa, de outro instituto de grande prestígio
nos EUA, o Pew Research Center, mostrou, em 24 de abril, que 49% dos
eleitores substituiriam tanto Biden quanto Trump como candidatos nestas
eleições, se tivessem a “capacidade” de decidir quem seria o candidato
de cada partido.
Mesmo com tamanha insatisfação, que evidencia uma oposição do povo
americano ao regime bipartidário, essa oposição não se materializa em um
partido político com chances de vitória.
Apenas em oito ocasiões na história dos EUA (a primeira em 1848 e a
última em 1992) um terceiro candidato obteve mais de 10% dos votos
populares. E somente em duas delas ele conseguiu ficar à frente de um
dos dois candidatos principais, mas nunca na frente dois dois, ou seja,
nunca conseguiu se eleger. Essas duas exceções de terceira via que
chegaram em segundo lugar foram John Breckinridge, pelos Democratas de
Lecompton, em 1860, e Theodore Roosevelt, pelo Partido Progressista, em
1912.
Há mais de cem anos aos americanos não é dada nenhuma opção
que não seja o candidato do Partido Democrata ou o candidato do Partido
Republicano, ainda que, como mostram as pesquisas, os eleitores exijam
essa terceira opção. Mas a pulsante democracia dos EUA não atende à
vontade de seus cidadãos em seu momento mais importante, a eleição
presidencial!
De fato, os partidos e candidatos que tentam concorrer com o regime
bipartidário são sistematicamente impedidos pelo aparelho eleitoral.
Poucos conseguem se qualificar para aparecer nas cédulas eleitorais,
cujos critérios variam em cada estado. As pesquisas de intenção de voto
não mencionam nomes que não sejam os do candidato democrata e do
candidato republicano – pouquíssimas citam um terceiro ou quarto
candidato. A imprensa não noticia as atividades dos outros candidatos,
nem tampouco os entrevista. Para participar dos debates promovidos pela
Comissão de Debates Presidenciais, o candidato precisa ter ao menos 15%
das intenções de voto nas pesquisas (como, se seu nome sequer é
mencionado?) e aparecer em um número suficiente de cédulas para ter
chance de vencer no Colégio Eleitoral.
Todo o aparato do regime norte-americano (justiça eleitoral,
instituições, imprensa, mecanismos de busca) funciona como se houvesse
apenas dois candidatos: o democrata e o republicano. E, de fato, essa é a
realidade. Os outros quatro ou cinco que realizam a proeza de superar
as dificuldades para aparecer na cédula não concorrem efetivamente.
Esse mesmo aparato, encabeçado pelo governo dos EUA, costuma exigir
dos outros países – principalmente aqueles que não aceitam a
interferência americana – que realizem eleições onde todos os candidatos
tenham oportunidades iguais de vitória. É claro que essas exigências
são apenas um artifício para forçar uma mudança de regime nos países a
serem dominados. O próprio regime norte-americano não oferece nenhuma
chance para a oposição vencer as eleições – e nem mesmo aceita
observadores internacionais, apenas “acompanhantes”.
Mas não é só isso. O buraco é muito mais embaixo. Os pobres
coitados que, após muito sofrimento, conseguem se candidatar contra a
máquina bipartidária e não terão a menor chance de vencê-la na verdade
não são nem mesmo uma oposição consentida. Eles simplesmente não são
oposição.
Expoente dessa tese é Robert Kennedy Jr. Ele desistiu de sua
candidatura pelo Partido Democrata para se candidatar como independente.
Mas, apesar de ter saído do Partido Democrata, o Partido Democrata não
saiu de RFK Jr. Suas propostas não são muito diferentes daquelas dos
dois partidos hegemônicos – de fato, em toda a história, sempre houve um
bloco de democratas e de republicanos com propostas distintas da cúpula
partidária, com inclinação social e mais isolacionista. O filho do
ex-senador Robert F. Kennedy e sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy
sequer é um outsider: a prova mais cabal disso é seu fiel apoio ao
genocídio promovido por EUA/Israel em Gaza. Assim como os democratas e
republicanos, RFK Jr. está no bolso da burguesia que controla o regime
americano.
É por ser uma oposição de fachada que Kennedy tem o melhor índice de
intenções de voto entre os candidatos da terceira via desde as eleições
de 1996. As raras pesquisas que mencionam seu nome o apresentam com um
índice de entre 10% e 15% de intenções de voto. Mas a razão de tal
desempenho é menos um acordo por parte dos eleitores com o seu programa
do que uma rejeição ao bipartidarismo (particularmente à disputa Biden
vs. Trump) ou uma simpatia pela sua tradicional família. Uma pesquisa
publicada no ano passado pela CNN mostrou que 39% daqueles que pretendem
votar em RFK Jr. sequer têm uma opinião formada sobre ele, ou seja, mal
o conhecem. Só o escolheram porque não pertence ao partido Democrata ou
Republicano.
Além de RFK Jr., outros cinco candidatos irão aparecer nas cédulas
eleitorais de menos da metade dos estados. Logo, não terão a menor
chance de fazer cócegas ao bipartidarismo. Os restantes cinco partidos
que tentaram concorrer sequer obtiveram o acesso ao registro na cédula
de votação de um único estado. Na prática, todos eles são completos
desconhecidos pelo eleitorado americano. E, ainda que os eleitores os
conhecessem, perceberiam que seus programas e ideologia são cópias mal
formuladas daqueles dos partidos Democrata e Republicano.
Todas as tentativas de se criar um partido realmente distinto
dos irmãos siameses foram sabotadas e suprimidas pelo sistema
ditatorial americano. Foram os casos do Partido Progressista, que durou
somente dois anos (1912-1914), do Partido Comunista e do Partido dos
Panteras Negras (estes dois últimos brutalmente perseguidos e reprimidos
pelo Estado).
Com efeito, o sistema político dos Estados Unidos não permite
oposição, embora a maioria dos cidadãos queira uma. Essa é a verdadeira
democracia mais perfeita que o homem já criou! Deus salve a América!
Uma reportagem recente da TV Globo apontou que 2024 é o ano
com mais eleições pelo mundo nos últimos tempos. Em alguns países, elas
serão uma celebração e um termômetro para medir a força da democracia,
enquanto em outros elas não passam de uma farsa para consolidar regimes
ditatoriais.
Photo: wikimedia.org by DonSimon is licensed under Creative Commons CC0 1.0 Universal Public Domain Dedication
Não é difícil adivinhar quem é o grande exemplo de eleição
democrática e quem são os maiores exemplos de farsa ditatorial, segundo a
Globo… A reportagem mostrava imagens de Joe Biden e de Donald Trump no
momento em que citava as eleições “democráticas” e imagens de Vladimir
Putin e Nicolás Maduro quando falava das eleições de fachada.
A cobertura nos principais veículos que formam o monopólio de
comunicação no Brasil é uníssona: as eleições nos EUA são democráticas e
as eleições nos países cujos governos são “adversários” dos EUA são
fraudulentas.
Foi assim que se tratou as eleições presidenciais na Rússia,
realizadas em março. Embora Putin tenha um apoio real enorme dentro da
sociedade, que gira em torno dos 87% de votos que recebeu, indicando que
as urnas foram fiéis à correlação de forças políticas no país, os
veículos de imprensa brasileiros trataram de acusar Putin de manipular
as eleições.
Não houve nenhuma manchete positiva nos três grandes jornais
(Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e O Globo) durante o mês de
março. Em compensação, as negativas representaram cerca do dobro das
manchetes que poderiam ser consideradas neutras – com muito esforço e
bondade do analista em relação a esses jornais.
O Globo falou que era uma “eleição de cartas marcadas”, por exemplo.
Alexei Navalny, um blogueiro treinado e financiado publicamente pela
CIA, desconhecido pela esmagadora maioria dos russos, foi retratado como
mártir e símbolo da violência do regime contra seus opositores, com
grande destaque no noticiário após a sua morte.
Nada foi dito sobre os 160 mil ataques cibernéticos contra o
sistema eleitoral russo, a maioria dos quais originados dos Estados
Unidos e do Reino Unido, conforme denunciaram as autoridades eleitorais
russas. Por outro lado, há anos existe uma forte campanha na imprensa
acusando a Rússia de interferir em eleições pelo mundo, principalmente
nos EUA.
As eleições na Rússia não foram tão atacadas e manipuladas pelo
noticiário brasileiro, contudo, quanto as venezuelanas. Ainda a ocorrer
no meio do ano, o pleito presidencial no país vizinho tem sofrido uma
gigantesca campanha de desestabilização e desprestígio pelos grandes
jornais do Brasil.
Folha e Estadão copiam um ao outro em manchetes de papagaio como as
que chamam o governo venezuelano de “ditadura de Maduro”. Unem-se ao
Globo para espalham uma campanha de intensa desinformação, retratando a
oposição (que desde a ascensão do chavismo já tentou inúmeros golpes de
Estado) como democrática e vítima da ditadura, embora a Venezuela tenha
tido quase 30 eleições e referendos nos governos Hugo Chávez e Nicolás
Maduro.
Uma notícia que se espalhou por todos os tentáculos do monopólio
propagandístico brasileiro – que, por sua vez, é uma extensão do aparato
de propaganda de Washington – foi a da foto de Maduro repetida várias
vezes na cédula eleitoral. Os jornais utilizaram o fato para indicar que
Maduro manipula o voto dos eleitores para que votem nele e não em seus
opositores. A realidade, contudo, é que na cédula aparecem os candidatos
apoiados por cada partido, com o nome do partido junto com o seu
candidato. Como a candidatura de Maduro é apoiada por 13 partidos, sua
foto aparece 13 vezes, e os outros candidatos também aparecem tantas
vezes quantos partidos os apoiam.
Todas as notícias sobre o governo e a candidatura Maduro são
extremamente negativas e mesmo as que um observador benevolente possa
considerar neutras, na verdade não passam de propagação de estereótipos
negativos, levando em consideração que a campanha contra a Venezuela
existe há mais de dez anos com muita força e a maioria dos leitores e
telespectadores já se acostumou a pensar que o país é uma ditadura onde o
povo é oprimido pelo regime.
Só se fala da suposta perseguição à oposição, da suposta falta de
transparência, embora haja 13 candidatos e o Centro Carter (do
ex-presidente norte-americano Jimmy Carter) considere as eleições
venezuelanas as mais transparentes do mundo, com verificação dupla:
eletrônica e impressa. Sobre isso, o monopólio da comunicação se cala.
Precisa passar a impressão ao público que na Venezuela não existe um
pingo de democracia e só a derrubada do chavismo fará com que ela
apareça.
Esse é exatamente o mesmo discurso do governo dos EUA. Afinal de
contas, a imprensa brasileira não passa de um porta-voz da opinião do
imperialismo americano. E, como tal, além de mentir sobre as eleições em
países cujos governos não se dobram à sanha opressora dos EUA, essa
mesma imprensa louva as eleições americanas.
Nem na TV, nem nos jornais, nem nas rádios, nem nos grandes websites
há qualquer mínimo questionamento sobre a lisura do processo eleitoral
americano. Não importa que o país seja uma ditadura bipartidária onde
democratas e republicanos não passam de dois lados da mesma moeda. Não
importa que a vontade dos eleitores valha menos do que o resultado dos
colégios eleitorais (afinal, ao contrário das “ditaduras” russa e
venezuelana, as eleições “democráticas” nos EUA são indiretas).
Não importa que o dinheiro dos grandes banqueiros, industriais,
comerciantes e latifundiários seja o maior impulsionador das campanhas, e
que esses só apoiam os candidatos que lhes jurarem fidelidade e lhes
prometerem as maiores benesses se for eleito. De fato, quem queira se
eleger precisa se ajoelhar para esses grandes capitalistas, que na
verdade controlam com mão de ferro todo o sistema político
norte-americano. A imprensa trata esse negócio evidentemente corrupto
como algo natural e inerente à democracia. Claro, porque ela própria faz
parte disso: se nem mesmo a americana cita os outros candidatos, é
óbvio que suas sucursais brasileiras não irão noticiar as atividades dos
pobres coitados que concorrem como parte (aqui sim!) dessa eleição de
cartas marcadas.
Biden e Trump são idosos que já não conseguem articular bem as
palavras e o atual presidente mal consegue controlar sua locomoção.
Praticamente todos os dias ele comete alguma gafe vergonhosa que
viraliza nas redes sociais, mas a imprensa finge que isso não acontece. A
Folha de S.Paulo, contudo, se regozija em publicar uma matéria
sensacionalista com o título “Maduro tenta mandar mensagem em inglês a
Biden e vira alvo de piadas”, demonstrando seu capachismo e preconceito,
como se Biden soubesse falar espanhol – aliás, os americanos são
completamente ignorantes de outros idiomas e estão pouco se lixando para
aprendê-los, mas a Folha acha que um presidente hispânico tem a
obrigação de falar inglês.
Maduro e Putin são os responsáveis por criar “obstáculos para
eleitores votarem”, como disse o Estadão, mas é nos Estados Unidos onde
os cidadãos são, na prática, desincentivados a votar, pois o pleito
ocorre em dia de trabalho normal e o trabalhador sequer tem tempo de
acorrer às urnas – além de desconhecer os candidatos.
Os partidos democrata e republicano são apresentados como rivais, mas
essa mesma imprensa não consegue esconder que nos assuntos que
realmente importam eles sempre estão de mãos dadas e nenhum se opõe ao
regime (esse sim, um regime no sentido de ser uma ditadura) americano,
pois os dois são os representantes desse regime.
Na Venezuela ou na Rússia os opositores pagos pelos EUA são
falsamente retratados como combatentes da liberdade para retirar a elite
corrupta do poder. Nos EUA, que é tão ditatorial que nem sequer existe
essa oposição (de forma organizada), a oposição popular desorganizada
não é considerada oposição pela imprensa. É como se o povo fosse a favor
da “democracia” americana, e os que não o são merecem o desprezo como
antidemocráticos e marginais.
Não se enganem: o que estamos lendo e ouvindo dos apresentadores,
repórteres e comentaristas não é a verdade e nem mesmo uma opinião
honesta. É pura propaganda muito bem articulada em uma rede
monopolística para manter os súditos do império ignorantes da opressão
que sofremos desse mesmo império. A imprensa capitalista não passa de um
instrumento da burguesia para enganar o povo, e num país como o Brasil,
praticamente colonizado pelos EUA, essa imprensa é porta-voz da
metrópole contra os nossos interesses.