sábado, 26 de agosto de 2017

Coreia do Norte dispara novos mísseis, confirmam EUA

Segundo Comando dos EUA no Pacífico, dois mísseis balísticos de curto alcance falharam e terceiro explodiu pouco após lançamento. Disparo é o primeiro após crise com Estados Unidos por ameaça a ataque à ilha de Guam.

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, sorri durante visita ao Instituto de Materiais Químicos da Academia de Ciência Militar, em Pyongyang, em foto divulgada pela Agência Central de Notícias Norte Coreana na quarta (23) (Foto: KCNA/via Reuters)O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Um, sorri durante visita ao Instituto de Materiais Químicos da Academia de Ciência Militar, em Pyongyang, em foto divulgada pela Agência Central de Notícias Norte Coreana na quarta (23) (Foto: KCNA/via Reuters)

Coreia do Norte comunista efetuou o disparo de três mísseis balísticos de curto alcance na manhã de sábado (26, horário local).

Em um comunicado, o Comando dos EUA no Pacífico diz que detectou o lançamento de três misseis balísticos de curto alcance em um período de 30 minutos, com início às 6h50. O primeiro e o terceiro falharam em seu lançamento e o segundo parece ter explodido quase imediatamente.

Ainda de acordo com o Comando, os três lançamentos aconteceram perto de Kittaeryong, na Coreia do Norte, e o Comando de Defesa Aeroespacial Norte Americano determinou que eles não ofereceram riscos aos EUA ou a Guam.

Inicialmente, militares sul-coreanos haviam dito que os mísseis percorreram 250 quilômetros e caíram no Mar do Japão.

O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, foi informado imediatamente sobre a ação norte-coreana.

Este é o primeiro lançamento realizado pela Coreia do Norte após a crise com os Estados Unidos pela ameaça de atacar a ilha de Guam, no Pacífico.

Elogio na semana passada

Na semana passada, o presidente Donald Trump chegou a elogiar o líder norte-coreano Kim Jong-um por sua "atitude sábia" ao afastar a possibilidade de um ataque. Na véspera, Jong-um tinha dito que iria continuar observando as atitudes americanas, em vez de determinar um ataque imediato.

Na terça-feira, o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, disse que estava "satisfeito ao ver que o regime de Pyongyang tinha demonstrado certo nível de contenção que não vimos no passado" e até expressou a esperança de um futuro diálogo.

O otimismo foi compartilhado por Trump, que afirmou que respeitava o fato de que "ele (Jong-um) está começando a nos respeitar". Segundo Trump, "talvez - provavelmente não, mas talvez - algo positivo possa vir disso".

Na última quarta, no entanto, a agência estatal norte-coreana KCNA informou que o líder tinha ordenado a produção de mais motores de foguetes de combustível sólido e ogivas de mísseis durante uma visita a um instituto científico militar. Além disso, o diplomata Ju Yong Chol afirmou em uma conferência da ONU que o arsenal nuclear de seu país nunca vai entrar na mesa de negociação.

"As medidas tomadas pela Coreia do Norte para fortalecer seu efetivo de defesa nuclear e desenvolver foguetes intercontinentais são justificáveis e uma legítima opção de autodefesa diante de ameaças aparentes e reais", afirmou Ju em Genebra, fazendo referência às "ameaças nucleares constantes" dos EUA.

"Enquanto a política hostil e as ameaças nucleares dos EUA não forem desafiadas, a Coreia do Norte nunca colocará seu efetivo de defesa nuclear na mesa de negociações".

Crise com os EUA

A crise entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos se agravou no início de agosto, quando Pyongyang anunciou que pretendia lançar quatro mísseis Hwasong-12 de médio alcance em um ataque nas proximidades da ilha de Guam, território dos Estados Unidos no Oceano Pacífico.

Em reação, Trump prometeu responder "com fogo e fúria como o mundo nunca viu" se o país asiático insistisse nas ameaças. Em resposta, o general Kim Rak Gyom, comandante da Força Estratégica do Exército do Povo Coreano, disse que o presidente americano não tinha entendido. "Diálogo saudável não é possível com um sujeito tão desprovido de razão e apenas força absoluta pode funcionar sobre ele".

O tom da discussão subiu, com Trump afirmando que que sua ameaça de responder com “fogo e fúria” às provocações da Coreia do Norte talvez não tenha sido “forte o suficiente”. “É melhor a Coreia do Norte começar a agir direito ou ela estará em apuros como poucos países já estiveram antes”, disse.

Por sua vez, os militares norte-coreanos prometeram "destruir sem perdão os provocadores que estão fazendo tentativas desesperadas de sufocar a Coreia do Norte" e afirmaram que os Estados Unidos iriam "sofrer uma derrota vergonhosa e uma condenação final", caso "persistam em suas aventuras militares, sanções e pressões extremas".

As tensões pareciam ter sido reduzidas depois que Kim Jong-um, ao receber o plano de ataque a Guam, anunciou que não iria autorizar imediatamente a ação, mas que preferia continuar observando o comportamento e as ações dos EUA.

Em uma mensagem no Twitter, Trump reagiu da seguinte maneira: “Kim Jong-Um, da Coreia do Norte, tomou uma decisão muito sábia e bem fundamentada. A alternativa teria sido catastrófica e inaceitável!”


http://g1.globo.com

Fonte: https://undhorizontenews2.blogspot.com.br/

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