quinta-feira, 30 de abril de 2015

Executiva do PSB aprova fusão com PPS

 

Humberto Pradera   :

29 de Abril de 2015 às 19:51

247 - A Executiva Nacional do PSB aprovou a fusão com o PPS, em decisão tomada nesta quarta-feira (29) em Brasília. Apesar da decisão da diretoria do PSB de Carlos Siqueira com o PPS de Roberto Freire depende de aprovação em convenção nacional dos dois partidos, além de trâmites legais. "Vamos iniciar agora as tratativas para organizar o novo partido da esquerda democrática brasileira, que sirva de plataforma de diálogo com o século 21, com o novo mundo contemporâneo", disse o presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP).

Carlos Siqueira, presidente Nacional do PSB, destacou o ganho para o partido como para a sociedade com a união dos dois partidos, já que o PPS também tem uma trajetória histórica de reconhecimento nacional. “Vamos construir juntos essa nova trajetória”, disse. “Nós estamos oferendo à sociedade brasileira uma nova força de esquerda democrática, progressista, que ocupará um espaço no espectro da política nacional”, salientou Siqueira.

O presidente socialista explicou que o PSB passará ainda por três etapas antes da aprovação final do processo de fusão. Siqueira se reunirá com os presidentes estaduais do PSB e com as bancadas federais na Câmara e no Senado. Além disso, haverá Congresso Nacional Extraordinário em junho para aprovar a fusão. O PPS também realizará Congresso no mesmo dia para autorizar a união. Se a fusão se confirmar, a nova legenda será a quarta maior bancada na Câmara, atrás do PMDB, PT e PSDB. No Senado será a quarta bancada igualando-se ao PDT, atrás apenas do PMDB, PT e PSDB.

A nova legenda, caso a fusão se concretize, terá sete senadores, 45 deputados federais, 92 deputados estaduais, quatro governadores, 588 prefeitos e 5.831 vereadores, além de 792 mil filiados.

Do Brasil 247

'Richa cometeu crime de responsabilidade e cabe impeachment'

 

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Por Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania

Vendo o governador Beto Richa dar sua versão dos fatos no Jornal Nacional, a impressão que se tem é a de que ele não sabe o que a sua polícia fez nesta quarta-feira diante da Assembleia Legislativa do Paraná. Ou, então, ainda não lhe caiu a ficha.

Essas hipóteses, porém, são descartáveis; é óbvio que Richa não só sabe o que aconteceu, mas, também, absolutamente tudo o que aconteceu foi sob suas ordens. Apesar disso, em sua declaração ao Jornal Nacional ele mentiu escancaradamente logo após as imagens da tevê Globo contarem uma história muito diferente da sua.

Assista, abaixo, ao trecho da reportagem do principal telejornal da Globo que mostra os policiais atacando aqueles que Richa diz, em seguida, que não foram os responsáveis pela “agressão aos policiais”.

Ao JN, Richa disse, textualmente, que sua tropa só atacou quem a atacou. Palavras dele: “Temos imagens de pessoas infiltradas que não são do movimento dos professores”. Porém, imagens fartamente distribuídas pela internet e o que se vê no JN, dizem outra coisa. Mostram a polícia de Richa atacando indiscriminadamente.

Na foto abaixo, momento em que a polícia paranaense atira bombas de gás contra manifestantes estáticos, que nada faziam.

A foto no alto desta página mostra muito bem quem foi que Beto Richa atacou – ou mandou atacar: a qualquer um que estivesse no local ou nas cercanias. A reportagem da Globo mostra que até crianças foram afetadas. Há mais de 200 feridos. Alguns, com gravidade.

Ainda que Richa possa ter algum vídeo mostrando que alguém fez algo errado, ele promove essa barbaridade? Ataca indiscriminadamente, tal qual cachorro louco?

Não há muito o que falar: o governador do Paraná pôs em risco as vidas de muitas pessoas, inclusive daquelas que disse que protestavam pacificamente, para, supostamente, repelir um ataque que atribuiu a “infiltrados”.

Depois, contradizendo-se, atribuiu tudo à CUT e ao PT, como sempre fazem os tucanos quando têm que se defender de qualquer acusação. Mas o fato é que ele não podia mandar atacar qualquer um que estivesse na rua só porque diz que alguns “infiltrados” atacaram sua polícia.

Richa cometeu crime de responsabilidade. O procurador-geral do Estado tem que mover ação contra ele e pedir seu impeachment. Se a Assembleia Legislativa do Paraná não acatar a Procuradoria, tem que sofrer intervenção da Justiça Federal. Se o procurador-geral do Paraná não denunciá-lo, tem que ser denunciado ao Conselho Nacional do Ministério Público.

Richa vai se safar do crime que cometeu em 29 de abril de 2015? Se isso acontecer, será inaugurada uma nova era no país. Uma era de sombra. Um Estado policial e – como disseram recentemente – “medievalesco” terá se instalado no Brasil.

A partir da impunidade de Richa, no Brasil passa a valer tudo. E o pior é que isso, como sempre, vai acabar valendo para os dois lados.

http://www.brasil247.com/pt/247/parana247/179040/'Richa-cometeu-crime-de-responsabilidade-e-cabe-impeachment'.htm

"Beto Richa não tem mais condições de governar"

 

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Em entrevista ao 247, o senador Roberto Requião (PMDB-PR), que acompanhou, da Assembleia Legislativa, o massacre promovido pela Polícia Militar do Paraná contra os professores, que deixou cerca de 200 feridos, afirma que o governador tucano Beto Richa perdeu as condições de governabilidade; "o clima é de indignação absoluta e de revolta no Paraná", afirma Requião; segundo o senador, Richa só se mantém no cargo graças ao apoio da imprensa paranaense e nacional; "como é que chamam de isso de confronto? era um elefante contra uma formiga"; Requião diz ainda que o Paraná foi tomado por uma "quadrilha", que elevou repasses das empresas estatais para acionistas privados, enquanto assalta os professores

29 de Abril de 2015 às 21:18

Paraná 247 - O senador Roberto Requião (PMDB-PR), que acompanhou, de dentro da Assembleia Legislativa, a repressão promovida pela Polícia Militar do governador Beto Richa, do PSDB, contra os professores estaduais, descreveu, ao 247, o que presenciou.

– Foi um massacre. Uma violência absurda contra idosos, mulheres, jovens... Aqui, em Curitiba, o sentimento é de indignação, perplexidade e revolta.

Requião foi à Assembleia, acompanhado da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Ambos tentaram convencer os parlamentares a não votar o pacote fiscal de Richa, que confisca R$ 2 bilhões da previdência dos servidores para tapar rombos no orçamento.

– Esse parlamento envergonhou o Paraná. Todos se venderam ao Beto. Votaram em troca de emendas e de pequenas benesses em suas localidades.

Segundo Requião, embora Richa tenha conseguido aprovar o pacote, ele perdeu as condições morais de permanecer no cargo.

– Não tem a menor condição de governar. Antes desse massacre, a rejeição dele já era de 80%. Agora, vai bater no teto.

O senador diz que Richa só se mantém no cargo graças ao apoio quase absoluto da imprensa paranaense, que se replica também em veículos nacionais.

– Como é que chamam de confronto um massacre que deixa 200 feridos? Era um elefante contra uma formiga.

O parlamentar diz, ainda, que o Paraná foi tomado por uma "quadrilha".

– O Beto elevou a distribuição de dividendos das estatais, como Copel e Sanepar, para os sócios privados e esmagou os professores.

O que fazer diante desse quadro?

Segundo ele, agora os parlamentares pedirão um posicionamento do Ministério da Previdência sobre o confisco de R$ 2 bilhões dos fundos dos servidores.

Requião avalia que, depois do massacre deste 29 de abril, os professores dificilmente retomarão as aulas no Paraná.

http://www.brasil247.com/pt/247/parana247/179034/Beto-Richa-não-tem-mais-condições-de-governar.htm

quarta-feira, 29 de abril de 2015

O problema não é a TV, é a armação. Seus “estrategistas” não enxergam o obvio

 

28 de abril de 2015 | 13:03 Autor: Fernando Brito

lobao

Conversa fiada, claro, esta história de que a ideia de Dilma Rousseff não falar na TV no 1° de Maio é para “privilegiar as redes sociais”.

É obvio que se trata de uma tentativa de deixar que sigam minguando as manifestações de hostilidade dos grupos de direita com um novo panelaço.

Duas ou três mil caçarolas batendo em São Paulo, na Zona Sul do Rio, na Savassi, em BH ou nos Moinhos de Vento, em Porto Alegre, multiplicadas pelo poder de foco da mídia se transformariam, é claro, numa nova “onda de protestos”, corresponda ou não isso à atitude da população.

Porque, como observa com razão Paulo Henrique Amorim, a mídia – com a Globo à frente – calou a Presidenta eleita pelo voto da maioria dos brasileiros.

Mas há algo que, ao que parece, os estrategistas (não sei se uso aspas) da Presidente parecem não ter percebido ou desconsideram.

É que é nas redes sociais que se armam os eventos “espontâneos” que, depois, viram fatos na mídia.

E é dentro das “instituições republicanas” que se monta o clima de “roubalheira generalizada” que domina os jornais.

As ameaças à democracia brasileira estão lá, no comportamento desarvorado da Polícia Federal, do MP e da mídia.

Todos tratados a pão-de-ló em mais de um década de PT.

Que acreditou no que a elite brasileira jamais acreditou ou acreditará.

Que o Brasil é “um país de todos”.

Não é, nunca foi e, a depender dela nunca será.

Mas para que seja o país da maioria, de imensa maioria, é preciso fazer escolhas.

Ir à TV neste 1° de maio é irrelevante.

Relevante é que o discurso da esquerda foi mantido fora do eixo.

Talvez uma contagem de expressões nos discursos presidenciais mostre que “classe média” apareceu muito mais que “trabalhador”.

“Trabalhadores do Brasil” sempre foi um “populismo demodé”.

É isso que fez e faz falta, muito mais que uma fala na televisão para “cumprir o ritual”.

http://tijolaco.com.br/blog/?p=26517

“Petrobras continua alvo de ataque especulativo do mercado, para favorecer petroleiras estrangeiras”

 

Petrobras e Sibá

“Com a preciosa ajuda da oposição PSDB/ DEM, partidos que agem como vassalos dos interesses externos”

O REGIME DE PARTILHA, O PRÉ-SAL E OS INTERESSES NACIONAIS

por Sibá Machado*, via e-mail

O povo brasileiro precisa ser informado: A Petrobras continua sendo alvo de um ataque especulativo das chamadas forças do mercado — leia-se principalmente as petroleiras estrangeiras — com a preciosa ajuda da oposição PSDB/ DEM, partidos que agem como vassalos dos interesses externos.

Uma das ações principais contra o interesses do povo brasileiro está sendo implementada no Congresso Nacional, onde tramitam projetos de iniciativa dos dois partidos de oposição com o objetivo de acabar com o regime de partilha no pré-sal, voltando-se ao modelo de concessão, criado pelo governo FHC em 1997, justamente para favorecer o capital estrangeiro.

É preciso ampla mobilização de diferentes setores da sociedade brasileira para evitar esse retrocesso promovido por forças reacionárias e apartadas da soberania e dos interesses nacionais. O regime de partilha no pré-sal, aprovado durante o governo do presidente Lula, significa que, em vez de entregar a maior parte dessa riqueza do povo brasileiro a empresas estrangeiras, ela vai para a União. O sistema subordina a exploração do pré-Sal ao projeto de desenvolvimento industrial e tecnológico do país, dinamizando várias cadeias produtivas.

RECURSOS PARA A EDUCAÇÃO

O regime de partilha vai garantir que do petróleo que jorra das profundezas do mar sejam gerados, nas próximas décadas, 1 trilhão e 300 bilhões de reais para a área de educação e saúde, graças à nova legislação sancionada pela presidenta Dilma em 2013. O regime de partilha significa mais de 70% dos royalties para a educação — dinheiro que irá para todas as prefeituras do País. É para impulsionar nosso desenvolvimento econômico e social. O regime de concessão significa escoar essas riquezas nacionais para as petrolíferas estrangeiras, como era antes, no governo do PSDB.

A importância estratégica da Petrobras não pode ser confundida com eventuais problemas que têm ocorrido, com irregularidades cometidas por funcionários e empresas que prestavam serviços à estatal. Esses recursos serão ressarcidos, os que forem responsabilizados serão punidos pela Justiça. E uma nova governança para a estatal aponta para dias melhores.

Mas o importante é frisar que a Petrobras adquiriu nova feição, tornou-se uma das maiores petrolíferas do mundo a partir de um olhar do PT sobre o que significam interesses nacionais e como o petróleo pode ajudar no desenvolvimento nacional. É preciso deixar bem claro- essa é uma visão oposta ao neoliberalismo do PSDB, que, se pudesse, teria vendido a preço de banana toda a empresa, como fez com outros setores estratégicos da economia brasileira, como a Companhia Vale do Rio Doce e a área de telecomunicações.

Outro dado: Na era do governo do PSDB, as compras de embarcações e plataformas, pela Petrobras, eram feitas em Cingapura e outros países da Ásia, o que gerou emprego e avanço em ciência e tecnologia lá fora, quando poderia gerar estes benefícios aqui no Brasil

Mas isso mudou. O setor naval no Brasil, que no governo FHC contava com menos de 2 mil trabalhadores, agora emprega quase 80 mil pessoas.

GERAÇÃO DE EMPREGOS NO BRASIL

Hoje, em vez de exportarmos emprego para Ásia, Europa e Estados Unidos, como fazia o PSDB, recuperamos a capacidade de participar do restrito clube da construção naval. Assim, estamos formando uma nova geração de engenheiros e de outros profissionais que estão atendendo à nova demanda da nossa indústria naval, que está conectada com as descobertas do pré-sal.

Importante assinalar que todos estes investimentos foram feitos com uma política de conteúdo local de forma a se produzir no País os insumos para a empresa, numa ação de estímulo à indústria e pesquisa nacionais, com geração de empregos e renda em território brasileiro. Destacam-se as encomendas à indústria naval no Brasil, envolvendo sondas de perfuração, plataformas de produção e navios .

Não devemos esquecer que o entreguismo (prática subserviente de parte da elite brasileira, que atua como serviçal, para repassar riquezas nacionais a grupo estrangeiros) faz parte do ideário demotucano.

Lembremos: Além de entregar a maior parte das riquezas do petróleo às empresas estrangeiras, o PSDB quase entregou a própria Petrobras. É preciso recordar que o governo Fernando Henrique iniciou o processo de privatização ao vender nas bolsas de Nova York e São Paulo quase 70% das ações da empresa que dão direito a dividendos sobre os seus lucros. Faltou pouco para abrir mão também do controle estatal sobre a empresa e vender a mais valiosa de nossas empresas, como fez com tantas outras riquezas do povo brasileiro.

Os tucanos são tão alienados e entreguistas que tentaram até mudar o nome de Petrobras para Petrobrax – claro, “bras” não soa bem aos ouvidos de quem prefere escrever Brasil com Z. Mas a Petrobras soube resistir a essas investidas antinacionais. Com Lula e Dilma a empresa renasceu, valorizou-se, investiu como nunca em tecnologia, tornou-se capaz de buscar a 7 mil metros de profundidade o petróleo que se transformará em mais educação, saúde, desenvolvimento econômico e social para o país. Com o pré-sal, nossa produção média passará de 2,1 milhões de barris/dia em 2015 para 5,2 milhões no período 2020/2030. Serão cada vez mais livros, escolas, hospitais, médicos, professores. Com Lula e Dilma, além de petróleo, a Petrobras produz as grandes transformações da nossa história.

São essas conquistas que devem ser destacadas, não a campanha antinacional movida contra a empresa, tanto pela oposição como por setores da mídia que não escondem também sua subserviência aos interesses estrangeiros. Não se pode enxovalhar a imagem de uma empresa que é símbolo da nacionalidade brasileira. Empresa construída com sangue e suor dos brasileiros e que é uma das maiores empresas de petróleo do mundo.

Mas os entreguistas, os alinhados às causas antinacionais, não pensam assim. Para eles, tudo que é nacional deve ser entregue aos estrangeiros. Eles têm complexo de inferioridade. Como dizia Nelson Rodrigues- complexo de vira-latas. Os governos do PT e aliados conseguiram transformar o país positivamente nos últimos doze anos, e a Petrobras teve papel central no processo. O regime de partilha integra as ações estratégicas para impulsionar o desenvolvimento do Brasil. Para promover essas mudanças, bastou acreditarmos em nosso país e em suas potencialidades. Não podemos permitir uma volta ao passado.

*Sibá Machado é deputado federal (PT-AC) e líder do partido na Câmara

http://www.viomundo.com.br/denuncias/petrobras-continua-sendo-alvo-de-ataque-especulativo-das-chamadas-forcas-do-mercado-com-a-preciosa-ajuda-da-oposicao-psdb-dem.html

PT vai à Justiça para reaver mandato de Marta

 

Divulgação : Marta Suplicy, lamenta, dona Canô

247 - O PT deverá entrar na Justiça para reaver o mandato da senadora Marta Suplicy, que entregou, nesta terça-feira (28), a sua carta de desfiliação do partido. "Só nos resta buscar nossos direitos", disse o vice-presidente do diretório nacional do PT, Jorge Coelho. "A gente só lamenta que tenha sido desta maneira, sem debate e sem condições de contrapor os argumentos dela", disse ele em entrevista ao jornal O Globo.

Jorge Coelho destacou que não será fácil para o partido reaver o mandato da senadora, uma vez que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem decidido manter os mandados de outros senadores que trocaram de legenda. Marta está deixando o PT para candidatar-se à Prefeitura de São Paulo pelo PSB nas eleições municipais do próximo ano.

"É uma perda para os dois lados. Historicamente, todos os que saíram do PT para tentar uma aventura fora se deram muito mal. Pau que bate em Chico bate em Francisco", disse um dos coordenadores do PT, Francisco Rocha. Segundo ele, uma eventual candidatura de Marta Suplicy não afetam as chances de reeleição do atual prefeito da capital paulista, Fernando Haddad (PT).

Brasil 247

PT diz que Marta “desrespeitou a militância”

 

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247 – Em nota divulgada no início da noite desta quinta-feira 28, o PT rebateu as críticas feitas pela senadora Marta Suplicy, que pediu hoje sua desfiliação ao partido. A legenda afirma que "nunca cerceou as atividades partidárias ou parlamentares da senadora", que foi "sucessivamente prestigiada", tendo assumido os cargos de deputada federal, prefeita, senadora e duas vezes ministra.

A sigla disse ainda que Marta "desrespeitou a militância que sempre a apoiou" e considera que, apesar dos motivos expostos em carta divulgada por Marta Suplicy, em que disse que o partido "desviou de seu caminho", as "razões reais de sua saída se devem à ambição eleitoral da senadora e a um 'personalismo desmedido'". Marta pretende se candidatar à Prefeitura de São Paulo pelo PSB em 2018.

Leia abaixo texto publicado pela Agência PT de Notícias:

Em nota, PT critica postura antiética de Marta Suplicy

O Partido dos Trabalhadores recebeu com indignação o anúncio oficial da desfiliação da senadora Marta Suplicy. A legenda considera que, apesar dos motivos expostos em carta divulgada pela parlamentar, as razões reais de sua saída se devem à ambição eleitoral da senadora e a um "personalismo desmedido".

Em nota assinada pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão; pelo Presidente Estadual do PT/SP, Emídio de Souza; e pelo Presidente Diretório Municipal/SP, Paulo Fiorilo; o PT afirma nunca ter cerceado as atividades partidárias ou parlamentares da senadora.

O texto diz ainda que Marta Suplicy desrespeitou a militância que sempre a apoiou, ao renegar a própria história e desonrar o mandato.

Leia a íntegra da nota:

"Nota oficial

O PT recebe com indignação a carta da senadora Marta Suplicy oficializando sua desfiliação do PT.

Apesar dos motivos enunciados, entendemos que as razões reais da saída se devem à ambição eleitoral da senadora e a um personalismo desmedido que não pôde mais ser satisfeito dentro de nossas fileiras. Por isso, resolveu buscar espaços em outros partidos.

Ao contrário de suas alegações, nunca o PT cerceou suas atividades partidárias ou parlamentares. Sucessivamente prestigiada, com o apoio da militância e das direções, Marta Suplicy foi deputada federal, prefeita, senadora e duas vezes ministra.

Lamentavelmente, a senadora retribui, com falta de ética e acusações infundadas, a confiança que o PT lhe conferiu ao longo dos anos.

Ao renegar a própria história e desonrar o mandato, Marta Suplicy desrespeita a militância que sempre a apoiou e destila ódio por não ter sido indicada candidata à Prefeitura de São Paulo em 2012.

Finalmente, é triste ver que a senadora jogue fora a coerência cultivada como militante do PT e passe a se alinhar, de forma oportunista, com aqueles que sempre combateu e que sempre a atacaram.

Rui Falcão - Presidente Nacional do PT

Emídio de Souza - Presidente Estadual do PT/SP

Paulo Fiorilo - Presidente Diretório Municipal/SP"

http://www.brasil247.com/pt/247/poder/178852/PT-diz-que-Marta-“desrespeitou-a-militância”.htm

terça-feira, 28 de abril de 2015

Brasil trabalha pela industrialização, diz Dilma

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR:

Pernambuco 247 – Contra um discurso pregado por líderes da oposição, que vendem a 'desindustrialização' do País, a presidente Dilma Rousseff inaugurou nesta terça-feira 28 a fábrica da Jeep, parte do polo automotivo empreendido pelo grupo Fia Chrysler na cidade de Goiana, em Pernambuco. O polo recebeu investimentos de mais de R$ 7 bilhões, sendo R$ 3 bilhões apenas na fábrica da Jeep, que empregará nove mil pessoas, sendo 82% nordestinos e 78% pernambucanos.

"O Brasil vai continuar trabalhando para criar um ambiente de negócios cada vez mais favorável à indústria brasileira em geral e à indústria automobilística. Todas as empresas são muito bem-vindas, seja para instalar fábricas, para expandir unidades já existentes", discursou Dilma, em um megaevento que deu início aos trabalhos da unidade. A presidente destacou por mais de uma vez a decisão do governo do PT, nos últimos 12 anos, de se investir no Nordeste.

"Nos últimos anos, fizemos uma escolha transformadora para Pernambuco", disse, lembrando que o ex-governador Eduardo Campos, morto no ano passado em um acidente aéreo, era pernambuco, assim como é o ex-presidente Lula. "Esta fábrica é exemplo concreto de um compromisso do governo federal com o desenvolvimento regional e nacional", afirmou. "Somos parceiros incondicionais do desenvolvimento do Nordeste", acrescentou a presidente em sua fala.

Ela destacou ainda que o País precisa, "para crescer e se tornar forte, que as regiões se tornem fortes. Daí a importância desse projeto, que mostra também a capacidade do povo nordestino e do povo pernambucano". Dilma também falou sobre a necessidade dos ajustes fiscais – "são pontuais e necessários" e assegurou que eles "não vão ofuscar o quadro da indústria automotiva no Brasil".

Em seu discurso, ela fez uma breve menção à Lava Jato, quando reafirmou que a Petrobras está "virando uma página" sobre esse tema, acrescentando que a refinaria Abreu e Lima, que fica em Pernambuco e é um dos alvos de investigação da Polícia Federal por superfaturamento de contratos e pagamentos de propina, "é elemento fundamental" para que se instale um polo petroquímico no estado.

Nova fábrica em Pernambuco traz desenvolvimento para a região

O Polo Automotivo da Jeep trará desenvolvimento econômico e geração de emprego para o estado nordestino. A multinacional tem como estratégia a produção de veículos para o mercado brasileiro e para exportação partindo dessa base no Nordeste. O carro que está sendo produzido da fábrica de Goiana sai da linha de produção com um índice de nacionalização de mais de 70%. O objetivo é chegar a 80%.

O complexo empregará até o final do ano mais de nove mil trabalhadores. Deste contingente, 82% são nordestinos e 78% pernambucanos. Muitos nunca haviam trabalhado na indústria automobilística, mas foram treinados, alguns no exterior, e acabaram produzindo um carro com excelência.

Um estudo realizado pela consultoria Ceplan projeta que, em 2020, o polo automotivo vai contribuir com 6,5% do PIB de Pernambuco. Será uma curva ascendente, considerando que já em 2015, primeiro ano de operação, terá participação de 2,5% no conjunto de riquezas produzidas dentro do Estado. Essa geração de riquezas será feita predominantemente com o emprego de mão de obra local, o que significa que produzirá efeitos sociais positivos.

O investimento no polo automotivo superou os R$ 7 bilhões, dos quais R$ 3 bilhões na fábrica Jeep, R$ 2 bilhões no Parque de Fornecedores e o restante destinado a desenvolvimento de produtos e outros investimentos. Desse total, R$ 1,9 bilhão recebeu financiamento da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), órgão vinculado ao Ministério da Integração Nacional. A previsão é que sejam produzidos 250 mil veículos por ano.

http://www.brasil247.com/pt/247/pernambuco247/178792/Brasil-trabalha-pela-industrialização-diz-Dilma.htm

Brasileiro e mais sete são fuzilados na Indonésia

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Danilo Macedo e Ivan Richard - Repórteres da Agência Brasil

Preso desde 2004 em Jacarta, capital da Indonésia, por transportar 6 quilos de cocaína em pranchas de surfe e condenado à pena de morte em 2005, o brasileiro Rodrigo Gularte, de 42 anos, foi fuzilado hoje (28), às 14h25, no horário de Brasília.

A informação foi confirmada à Agência Brasil pelo encarregado de Negócios da Embaixada do Brasil em Jacarta, Leonaro Carvalho Monteiro. Segundo ele, antes do fuzilamento, Gularte recebeu a visita de um padre que também era seu guia espiritual. De acordo com Monteiro, após o cumprimento da sentença, os corpos começaram a ser preparados e em cerca de duas horas serão levados para Jacarta.

Além de Gularte, sete estrangeiros (da Austrália, Filipinas, Nigéria e de Gana) e um indonésio estavam na lista de executados de hoje. Todos foram fuzilados, exceto a filipina Mary Jane Veloso, única mulher no grupo. A retirada dela da lista de execuções de hoje ocorreu após uma mulher que supostamente a recrutou para levar drogas à Indonésia ter se entregado às autoridades filipinas.

A execução por fuzilamento ocorreu na prisão de Nusakambangan, em Cilacap, a cerca de 400 quilômetros de Jacarta. Mais cedo, Leonardo Carvalho Monteiro, que está no local, informara que não havia nada mais a fazer.

Segundo Carvalho, uma prima de Rodrigo, Angelita Mauxfekdt, que acompanhou os últimos meses de Gularte na prisão, foi informada do cumprimento da pena e esteve com o brasileiro por volta das 14h (4h no horário de Brasília).

Antes da execução, Carvalho informou que estaria ao lado de Angelita, em uma sala próxima do local da execução. Pela lei da Indonésia, após o cumprimento da pena, é feito o reconhecimento do corpo pelos familiares e representantes da embaixada de seu país, no caso de estrangeiros.

Os condenados receberam a notificação da execução no sábado (25). De acordo com a lei local, o aviso deve ocorrer pelo menos 72 horas antes do cumprimento da pena.

Em janeiro, a Indonésia executou outro brasileiro, Marco Acher, também condenado por tráfico de drogas. O fuzilamento de Archer gerou uma crise diplomática entre Brasil e Indonésia. O embaixador brasileiro no país, convocado pela presidenta Dilma à época, num gesto de desagravo do governo brasileiro, ainda não reornou à Indonésia.

O país asiático, que retomou as execuções em 2013, após cinco anos de moratória, tem 133 prisioneiros no corredor da morte, dos quais 57 condenados por tráfico de drogas, dois por terrorismo e 74 por outros crimes.

http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/178799/Brasileiro-e-mais-sete-são-fuzilados-na-Indonésia.htm

Caixa Econômica reduz teto de financiamento para imóveis usados

 

A Caixa Econômica Federal vai reduzir a cota de financiamento para imóveis usados (LTV na sigla em inglês) a partir de maio e focar somente em moradias novas, conforme informou o banco ao Broadcast. A medida é mais uma adotada para amenizar a escassez de recursos que enfrenta por conta da redução dos depósitos na poupança, principal fonte de funding para o crédito imobiliário.

Para operações com recursos da poupança (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), o limite vai passar de 80% para 50% no Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e de 70% para 40% para imóveis no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), pelo Sistema de Amortização Constante (SAC). As alterações começam a valer a partir do dia 04 de maio. As operações de habitação popular, porém, não tiveram alteração, segundo a Caixa.

"A redução do LTV (para imóveis usados) será um grande choque de demanda por imóveis usados já que poucas famílias têm condições de dar entrada de 50% do valor do imóvel", avaliam Guilherme Vilazante e Daniel Gasparete, do Bank of America Merril Lynch (BofA), em relatório ao mercado. Acrescentam ainda que há riscos de medidas mais restritivas para imóveis novos e, consequentemente, aumento dos distratos.

No feirão deste ano, o banco não conseguiu repetir o mesmo desempenho da edição anterior. Foram negociados cerca de R$ 3,02 bilhões no primeiro fim de semana do evento, cifra quase 14% menor que os R$ 3,5 bilhões registrados em igual intervalo do feirão de 2014. A presidente da Caixa, Miriam Belchior, disse, questionada pelo Broadcast, que o banco espera, ao menos, repetir o resultado do ano passado. A 10ª edição do Feirão Caixa da Casa Própria totalizou R$ 15,6 bilhões em negócios.

Com Informações do Estadão

 

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Publicado no Unisinos.

A lei da terceirização é boa? A resposta para essa pergunta depende muito da posição no mercado que você ocupa. Ela terá consequências diversas para patrões e trabalhadores, e atingirá de forma diferente o setor público e o privado. De acordo com o texto aprovado na Câmara na noite desta quarta, empresas particulares podem terceirizar todas as atividades, tanto as atividades-meio (que são aquelas que não são inerentes ao objetivo principal da companhia), quanto as atividades-fim, que dizem respeito à sua linha de atuação.

A advogada trabalhista e professora da PUC-SP Fabíola Marques afirma que a nova lei da terceirização só é boa para o patrão, “que vai terceirizar sempre que isso lhe trouxer uma redução de custos”. De acordo com ela, a medida trará economia na folha de pagamento e nos encargos trabalhistas das empresas. Mas uma consequência direta dessa economia é “a redução do valor pago ao empregado terceirizado, que terá sua situação precarizada”. Ou seja, se o empresário gasta menos ao terceirizar, o valor pago à companhia contratada – que conta com sua própria hierarquia e também busca o lucro – será menor, e o salário que essa empresa paga a seus funcionários será mais baixo do que o recebido antes.

Segundo Marques, outra faceta negativa da terceirização para os trabalhadores é o enfraquecimento dos sindicatos, o que também afetaria negativamente os salários. O projeto de lei não garante a filiação dos terceirizados no sindicato da atividade da empresa, o que pode ser prejudicial. “Se antes o faxineiro de um banco fazia parte do sindicato dos bancários, que é forte, após a terceirização ele integrará a entidade de classe da empresa terceirizada”, afirma Marques.

Os terceirizados podem passar a ser representados por diferentes categorias, e perdem benefícios conquistados pelo setor, como piso salarial maior e plano de saúde, além de ver seu poder de barganha reduzido. Por sua vez, os sindicatos fortes também são prejudicados pela terceirização, uma vez que irão ver o seu número de filiados minguar.

O mercado alega que com o modelo atual, as empresas acabam arcando com muitos encargos – incluindo eventuais processos trabalhistas -, o que gera um receio de contratar e prejudica a criação de postos de trabalho. Com a alteração na lei aprovada, existe um discurso do setor de que, com parte das responsabilidades compartilhadas com uma terceirizada – caberá a ela arcar com encargos trabalhistas -, haveria um aumento no número de vagas no mercado e um incremento no emprego. Esse ponto é questionado por centrais sindicais e especialistas, já que nada garante que haverá um aumento de contratações.

“Não existe relação direta entre a lei da terceirização e a abertura de novas vagas de trabalho”, afirma André Cremonesi, juiz titular da 5a vara do Trabalho de São Paulo. De acordo com ele, “no dia seguinte à sanção da lei as empresas começarão a terceirizar sua força de trabalho”. Ele acredita que em um processo gradual, “não da noite para o dia”, haverão menos trabalhadores contratados diretamente e mais terceirizados, sendo que o percentual de pessoas que podem se ver “nessa situação precária” chega, em teoria, “a quase 100% do total de 100 milhões de pessoas economicamente ativas [incluindo trabalhadores informais, microempresários e etc]”. Segundo ele, atualmente 12 milhões de pessoas são terceirizadas.

Ele acredita que, caso a lei seja sancionada, haverá “uma avalanche de ações trabalhistas, com muita gente questionando a constitucionalidade da terceirização”. O magistrado afirma que como muitas vezes a terceirizada não tem patrimônio, o pagamento das indenizações ficará a cargo da empresa contratante. “Essa lei é um retrocesso”. Cremonesi afirma que este processo irá reduzir o poder de compra do trabalhador, e pode provocar uma queda no consumo no médio prazo.

A polêmica em torno do assunto ainda continua. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), classificou a terceirização da atividade fim como uma “pedalada” no direito do trabalhador, abrindo uma frente de conflito com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defensor da lei, que poderia atrasar o envio do projeto ao Senado.

Gaudio Ribeiro, assessor de ministro no Tribunal Superior do Trabalho (TST) e coordenador dos cursos jurídicos do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) de Brasília, defende a nova lei, mas reconhece que as empresas terceirizadas “têm uma saúde financeira precária, trabalham no limite, e muitas vezes se veem obrigadas a suprimir direitos”. Ele afirma que frequentemente elas não concedem equipamentos de proteção e nem férias, “e consequentemente o número de acidentes de trabalho costuma ser mais elevado”.

Ribeiro acredita que o contrato ideal é “a contratação direta com prazo indeterminado”, mas que isso é inacessível “para uma grande parte da população economicamente ativa”. Logo, ele afirma que a terceirização pode abrir portas para que jovens entrem no mercado de trabalho, ainda que em condições mais precárias.

Outro ponto polêmico do projeto é que a Câmara reduziu de 24 para 12 meses o prazo que a empresa precisa esperar para poder recontratar algum funcionário que era contratado com base na CLT demitido para tornar-se terceirizado. Especialistas afirmam que esse ponto favorece ainda mais a precarização do trabalho, já que incentiva a terceirização de funcionários registrados.

E, caso seja sancionada como está pelo Senado e pela presidenta Dilma Rousseff, a medida pode valer para os contratos atuais. Ou seja, vale para novas contratações e para funcionários que já estão há anos em uma determinada empresa.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/por-que-a-lei-de-terceirizacao-e-boa-apenas-para-quem-e-patrao/

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Lava Jato, só o PT é punido? E os outros?

De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, os procuradores que estão à frente da Operação Lava Jato deverão impor uma multa de R$ 200 milhões ao PT, valor equivalente ao citado pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, em suas delações premiadas.

O objetivo seria criminalizar o partido, classificando todas as suas doações, levantadas pelo ex-tesoureiro João Vaccari Neto, preso há uma semana, pelo chamado "caixa 1", como fruto de "propina". Sem recursos mínimos, o partido não teria meios para sobreviver, nem para disputar futuras eleições.

O Jornal do Brasil, comprometido com a verdade e com a ampla e irrestrita amplitude da investigação, questiona: onde está o mesmo rigor com os demais partidos e políticos envolvidos na Lava Jato? Onde estão as medidas com relação ao PP? Como anda a investigação com relação ao envolvimento de ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra? O fato de ele já ter falecido minimiza seu suposto envolvimento? Ninguém responde pelos supostos crimes? A forma exageradamente direcionada com que as medidas estão sendo tomadas deixa transparecer um viés de perseguição. Enquanto supostos corruptos são perseguidos, outros são privilegiados. - JB

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2015/04/jornal-do-brasil-quer-saber-lava-jato.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter&utm_campaign=Feed%3A+blogspot%2FEemp+%28Os+Amigos+do+Presidente+Lula%29&utm_content=FaceBook&m=1

PF desmantela outro esquema gigante de sonegação!

PF desmantela outro esquema gigante de sonegação!

Por Miguel do Rosário, sonega

Sonegômetro de BH. Fonte: Quanto Custa Brasil


A PF está se aprofundando em investigações contra os grandes sonegadores. Deve ter empresa de mídia e paneleiro com as pernas tremendo de medo…

Lembrando que a sonegação fiscal é sete vezes maior que a corrupção.

Mais informações sobre a sonegação no Brasil podem ser obtidas neste site.

***

Do site da PF.

PF desarticula grupo criminoso que provocou fraudes de R$ 500 milhões

17/04/2015

Natal/RN – A Polícia Federal deflagrou nesta manhã (17/4) a “Operação Salt III”, visando prender integrantes de uma organização criminosa que desde a década de 90 especializou-se em praticar delitos de sonegação fiscal, apropriação indébita previdenciária, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, em Mossoró, região oeste do Rio Grande do Norte. Estima-se que o grupo já provocou prejuízos de R$ 500 milhões aos cofres públicos.

Participaram da operação cerca de 50 policiais federais, que deram cumprimento a 10 mandados de prisão.

Segundo as investigações, o grupo se utilizava do artifício de criar paper companies (empresas que só existem no papel) e fazia uso de laranjas para garantir o livre ingresso de receitas nos caixas de mais de 30 empresas envolvidas no esquema e que atuavam no ramo de plásticos, tecidos, combustíveis, resina, construção civil e na extração de sal.

O grupo criminoso também é suspeito de promover o branqueamento de capitais, ou seja, encobrir a origem dos bens e rendimentos (vantagens) obtidos ilicitamente, mediante complexo esquema de blindagem patrimonial contra as ações fiscalizadoras da Receita Federal.

Comunicação Social da Polícia Federal no Rio Grande do Norte

http://www.ocafezinho.com/2015/04/20/pf-desmantela-outro-esquema-gigante-de-sonegacao/#sthash.iAq9UgLy.gbpl

As imagens dos protestos contra a Globo em todo o Brasil

 

publicado em 26 de abril de 2015 às 18:15

Em São Paulo a descomemoração do aniversário será na sede da emissora.Movimentos já iniciaram a marcha que saiu da estação Berrini.#Jornalistas Livres

Posted by Jornalistas Livres on Domingo, 26 de abril de 2015

Em São Paulo a PM até tentou impedir o ato contra a Rede Globo, mas acabou simpatizando. São 50 anos de Globo, 50 anos de manipulação, 50 anos espalhando uma visão distorcida do que é e do que poderia ser o Brasil. #jornalistaslivres

Posted by Jornalistas Livres on Domingo, 26 de abril de 2015

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No alto, vídeos dos Jornalistas Livres gravados em São Paulo; acima, manifestantes jogam tinta vermelha na Globo em Brasília

por Igor Fellipe

O Levante Popular da Juventude jogou tinta vermelha na sede da Globo em Brasília, em referência ao sangue de brasileiros derramado pela Ditadura, que a emissora apoiou politicamente, deu sustentação ideológica e ganhou benefícios econômicos.

O ato em Brasília contou com a participação de 500 pessoas, com apoio do MST, do movimento democratização da comunicação, diversos sindicatos e entidades estudantis.

O dia 26 de abril, dia do aniversário de 50 anos do grupo de mídia, é marcado por atos em todo o país contra o Império da Globo.

A verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura!

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Início da manifestação em São Paulo, via twitter

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Pichação em Caruaru, Pernambuco, via Igor Fellipe

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“Descomemorando” em Brasília, via Facebook

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São Paulo, foto Pedro Alexandre

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Bagé, Rio Grande do Sul, foto Levante Popular da Juventude

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Porto Alegre, via Facebook

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Belo Horizonte, via Jornalistas Livres

http://www.viomundo.com.br/denuncias/as-imagens-dos-protestos-contra-a-globo-em-todo-o-brasil.html

A cara-de-pau dos antipetistas que apoiam Bolsonaro

 

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Os antipetistas bolsonaristas e a corrupção no Partido Progressista (PP)

por Kátia Gerab Baggio*

Não é mesmo impressionante que muitos dos que chamam todos os petistas de “petralhas” (o termo “criativo” inventado por Reinaldo Azevedo) — “julgando” a priori todos os integrantes do PT como corruptos, de maneira genérica — apoiem um tipo como Jair Bolsonaro?

Bolsonaro, um político e militar da reserva que — além de tudo o que sabemos sobre sua reiterada truculência — é do PP, o partido que tem o maior número de políticos investigados na Operação Lava Jato (nada menos do que 31 dos 49 nomes que constam na famosa “lista do Janot”).

Na verdade, não é impressionante, pois o discurso anticorrupção dessas pessoas é só um pretexto para endossar um pensamento direitista, contrário a qualquer projeto político que pretenda, ainda que de forma limitada, enfrentar as gigantescas desigualdades brasileiras.

Vale registrar, também, que o engenheiro paranaense Paulo Roberto Costa — um dos principais articuladores e beneficiados pelos esquemas de corrupção na Petrobras, corrupto confesso e delator, já condenado pela Justiça Federal em primeira instância — foi indicado para assumir a Diretoria de Abastecimento da empresa (em 2004, no governo Lula) pelo então deputado federal José Janene (falecido em 2010), do Partido Progressista. Janene era do PP do Paraná, fez carreira política em Londrina, cidade natal do doleiro Alberto Youssef, também já condenado em primeira instância. Todo esse esquema envolve o PP e, ao que tudo indica, começou no Paraná.

Lembro que Paulo Roberto Costa é funcionário de carreira da Petrobras desde 1978 e que começou a assumir diretorias na empresa durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (foi diretor da Gaspetro de 1997 a 2000).

Então é assim: essa gente apoia Bolsonaro, que é do partido de Janene. Os esquemas de Paulo Roberto Costa irrigaram as campanhas de candidatos do PP. Paulo Maluf é do partido de Bolsonaro. Mas nada disso incomoda os bolsonaristas que gritam, nas redes e nas ruas, contra os “corruPTos”.

Considero que o governo Dilma deveria romper com o Partido Progressista. Esse é um partido da direita fisiológica, que com frequência vota contra o governo no Congresso. Isso aconteceu novamente no dia 22 de abril, na votação que aprovou a emenda que permite a terceirização das atividades-fim. O PP orientou sua bancada na Câmara pelo “sim” (a orientação do governo federal era pelo “não”) e, dos 31 votos do partido, apenas 3 foram “não”.

Grande parte dos políticos do PP (senão a maioria), principalmente nos estados do sul e sudeste, apoiou Aécio nas eleições de 2014.

No segundo governo Dilma, o PP ocupa o Ministério da Integração Nacional, com o ministro Gilberto Occhi, que já havia ocupado o cargo de ministro das Cidades de março a dezembro de 2014. O Ministério da Integração é responsável por obras importantes, como a da transposição do Rio São Francisco.
Para os bolsonaristas, o envolvimento de integrantes do PP em casos de corrupção não é sequer mencionado. O que interessa, para eles, é endossar o discurso autoritário e militarista do deputado federal mais bem votado do Rio de Janeiro em 2014, com 464 mil votos.

Um parêntese: o eleitorado do Rio, que elegeu Bolsonaro com a maior votação para a Câmara dos Deputados, também elegeu Marcelo Freixo (PSOL) com a maior votação para a Assembleia Legislativa, com 350 mil votos. Flávio Bolsonaro, filho de Jair, também foi eleito deputado estadual no Rio, pelo mesmo PP. E foi o terceiro mais bem votado, com 160 mil votos. Os outros filhos de Jair também são políticos: Carlos é vereador no Rio, pelo PP, e Eduardo é deputado federal pelo PSC de São Paulo, o Partido Social Cristão, o mesmo de Marco Feliciano e do pastor Everaldo. É a direita reunida no PP e PSC (e em outros partidos, como bem sabemos).

O PP, aliás (assim como o DEM), é herdeiro da Aliança Renovadora Nacional (ARENA), partido criado em 1966 para dar sustentação política ao governo ditatorial militar.

No programa da ARENA, de 1975, o partido assim se posicionou: “Expressão política da Revolução de Março de 1964, que uniu os brasileiros em geral, contra a ameaça do caos econômico, da corrupção administrativa e da ação radical das minorias ativistas, a ARENA é uma aliança de nosso povo, uma coligação de correntes de opinião, uma aliança nacional”.

Como se pode ver, nada muito diferente do discurso dos que foram às ruas nos dias 15 de março e 12 de abril para “unir o Brasil contra a corrupção”, principalmente daqueles que pediram “intervenção militar”.

Bolsonaro, defensor da ditadura militar (ele recusa o termo ditadura), pediu sua desfiliação do Partido Progressista no dia 14 de abril, mas sem a perda do mandato…

Seu pedido se deu em razão da corrupção no partido? Da presença de dezenas de pepistas na lista de investigados na Operação Lava Jato? Não. Deu-se porque o deputado fluminense afirma “não ter espaço” no partido para realizar os “seus sonhos”. Bolsonaro quer ser candidato à presidência em 2018…

Alguém poderia me perguntar: porque usar meu tempo com alguém como Jair Bolsonaro?

Por dois motivos:

1) para ressaltar, mais uma vez, a hipocrisia de quem defende Bolsonaro como se ele não fosse de um partido envolvido em tantos casos de corrupção como o PP;

2) porque essa direita truculenta, de viés fascista, está crescendo no país, como não víamos desde o processo de redemocratização, e é necessário, para defender a democracia, combater esse avanço.

São tipos como os bolsonaristas os que entulham as redes de ataques a qualquer pessoa que defenda políticas sociais e a diminuição das desigualdades. Tudo em nome do “combate à corrupção”. Lembrando que, em 1964, o discurso dos golpistas era o mesmo.

* Professora de História das Américas na UFMG.

http://www.viomundo.com.br/denuncias/katia-gerab-a-cara-de-pau-dos-antipestistas-que-apoiam-bolsonaro.html

13 mil acidentes de trabalho são registrados por ano no Ceará

Às vésperas do Dia da Segurança e Saúde no Trabalho, comemorado em 28 de abril, o Ceará ainda apresenta números elevados de acidentes de trabalho. Nos últimos três anos, foram registrados 40 mil acidentes dessa natureza no Estado. Somente em 2013, ocorreram 13,8 mil acidentes de trabalho no Ceará, o que dá uma média de 38 trabalhadores acidentados por dia. Os números fazem parte do último levantamento realizado pelo Ministério da Previdência Social.

De acordo com os dados da Previdência Social, 68 trabalhadores cearenses morreram no ambiente de trabalho em 2013 e 296 ficaram incapacitados permanentemente para exercer suas atividades. O Estado aparece em 12º no ranking nacional de acidentes de trabalho e em terceiro no Norte e Nordeste, perdendo apenas para Pernambuco e Bahia.

“Esses números não representam a realidade, porque metade dos acidentes de trabalho que ocorrem no país não são comunicados à Previdência”, ressalta o juiz do trabalho Carlos Alberto Rebonatto. A falta da comunicação ao órgão, segundo o magistrado, pode privar o trabalhador de vários benefícios, como auxílio-doença, aposentadoria por invalidez ou auxílio-acidente.

No Brasil, foram registrados 718 mil acidentes de trabalho com 2.737 mortes. 14.837 trabalhadores ficaram incapacitados de forma permanente. A construção civil ainda é um dos setores da economia responsáveis pelos maiores índices de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. 61.800 trabalhadores sofreram algum tipo de acidente nos canteiros de obras, durante o ano de 2013.

Prevenção: No dia 28 de abril, o Tribunal Regional do Trabalho do Ceará e mais 40 instituições públicas e privadas, responsáveis pela promoção de políticas para redução do número de acidentes de trabalho no Estado, irão realizar várias atividades para marcar a data. Estão previstos atos públicos, distribuição de material educativo e visitas a grandes empresas e canteiros de obras. O Dia da Segurança e Saúde no Trabalho ainda será lembrado em sessões solenes na Assembleia Legislativa e na Câmara de Vereadores de Fortaleza.

Divisão de Comunicação Social do TRT/CE
Telefones: (85) 3388-9426 / 3388-9227 / 3388-9428
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domingo, 26 de abril de 2015

Riqueza de 1% deve ultrapassar a dos outros 99% até 2016, alerta ONG

Manifestante protesta contra desigualdade (Foto: Thinkstock) Renda anual individual de parcela mais rica da sociedade pode chegar a R$ 7 milhões

A partir do ano que vem, os recursos acumulados pelo 1% mais rico do planeta ultrapassarão a riqueza do resto da população, segundo um estudo da organização não-governamental britânica Oxfam.

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A riqueza desse 1% da população subiu de 44% do total de recursos mundiais em 2009 para 48% no ano passado, segundo o grupo. Em 2016, esse patamar pode superar 50% se o ritmo atual de crescimento for mantido.

Leia mais: Fortuna de super-ricos é 'incontrolável', diz pesquisador

O relatório, divulgado às vésperas da edição de 2015 do Forum Econômico Mundial de Davos, sustenta que a "explosão da desigualdade" está dificultando a luta contra a pobreza global.

"A escala da desigualdade global é chocante", disse a diretora executiva da Oxfam Internacional, Winnie Byanyima.

"Apesar de o assunto ser tratado de forma cada vez mais frequente na agenda mundial, a lacuna entre os mais ricos e o resto da população continua crescendo a ritmo acelerado."

Desigualdade

A concentração de riqueza também se observa entre os 99% restantes da população mundial, disse a Oxfam. Essa parcela detém hoje 52% dos recursos mundiais.

Porém, destes, 46% estão nas mãos de cerca de um quinto da população.

Isso significa que a maior parte da população é dona de apenas 5,5% das riquezas mundiais. Em média, os membros desse segmento tinham um patrimônio individual de US$ 3.851 (cerca de R$ 10.000) em 2014.

Já entre aqueles que integram o segmento 1% mais rico, o patrimônio era de US$ 2,7 milhões (R$ 7 milhões).

A Oxfam afirmou que é necessário tomar medidas urgentes para frear o "crescimento da desigualdade". A primeira delas deve ter como alvo a evasão fiscal praticada por grandes companhias.

O estudo foi divulgado um dia antes do aguardado discurso sobre o estado da União a ser proferido pelo presidente americano Barack Obama.

Espera-se que o mandatário da nação mais rica - e uma das mais desiguais - do planeta defenda aumento de impostos para os ricos com o objetivo de ajudar a classe média.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/01/150119_riquezas_mundo_lk

Como a China está redefinindo a arquitetura financeira global

 

João Fellet Da BBC Brasil em WashingtonCrédito: AFP No fim de 2014, 21 nações asiáticas aceitaram entrar no Banco Asiático de Investimentos em Infraestrutura (BAII) liderado pela China

No mesmo instante em que, na última sexta-feira, os líderes do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de outras agências multilaterais discutiam em seu tradicional encontro de primavera como revigorar suas operações, a poucas quadras dali, num prestigiado centro de pesquisas de Washington, o ministro chinês das Finanças, Zhu Guangyao, tentava tranquilizar a plateia afirmando que Pequim não pretende substituir a ordem econômica global.

Não parecia coincidência. Na véspera do encontro das duas organizações, fundadas sob a liderança dos Estados Unidos na metade do século passado e que desde então ditam as regras das transações econômicas globais, a China festejou a adesão de 56 países - entre as quais o Brasil - ao seu novo banco de desenvolvimento.

O Banco Asiático de Infraestrutura e Investimento (BAII), que deverá ser lançado ainda neste ano e financiará obras no mundo todo, tem sido considerado a última tacada de Pequim para se contrapor à influência americana no FMI e no Banco Mundial.

Em outra frente, os chineses se aliaram a seus parceiros nos Brics (Brasil, Rússia, Índia e África do Sul) para criar o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), que terá sede em Xangai e deverá ser inaugurado em 2016. Os Brics também preparam o lançamento do Arranjo Contingente de Reservas, um fundo nos moldes do FMI para socorrer membros do bloco em dificuldades.

Leia mais: Governo lançará programa de concessões em maio, diz Levy

Qual o futuro?

As ações chinesas levaram muitos a questionar na reunião de primavera do Banco Mundial e do FMI o que ocorrerá com essas organizações e outros bancos multilaterais quando as novas instituições amparadas por Pequim começarem a operar.

Em público, tanto o Banco Mundial, quanto o FMI deram as boas vindas às iniciativas chinesas. Mas os gestos de Pequim também reforçaram os apelos por reformas nessas instituições, para que se tornem menos burocráticas e cedam mais espaço para nações emergentes em seus círculos de decisão.

"É uma ótima notícia que um país como a China, sentada em mais de US$ 4 trilhões (R$ 12,1 trilhões) de reservas, ponha esses recursos a serviço do financiamento de infraestrutura e desenvolvimento em vez de investir em fundos de países ricos", diz à BBC Brasil Luis Alberto Moreno, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), outra organização multilateral sediada em Washington.

Moreno afirma, porém, que a entrada da China nessa arena "força uma conversa sobre como nossas instituições, que têm muita experiência, podem ser mais ágeis e eficientes, e como podemos corrigir nossos processos".

Nos últimos anos, muitos países emergentes têm deixado de procurar bancos multilaterais para financiar obras de infraestrutura por causa das rígidas regras dessas organizações e de sua aversão a riscos.

Crédito: Stephen Jaffe Tanto o FMI, quanto o Banco Mundial em Washington deram boas vindas às iniciativas chinesas

Paralelamente, bancos estatais da China passaram a conceder empréstimos bilionários a operações chinesas no exterior. A estratégia é mais visível na África, onde chineses têm financiado e realizado uma série de obras - entre as quais estradas, ferrovias e conjuntos habitacionais - em troca de matérias-primas.

Para os governos africanos, a parceria com os chineses se mostrou uma alternativa às lentas e complexas negociações com bancos multilaterais e países desenvolvidos, que costumam fazer uma série de exigências para liberar seus recursos.

Já críticos ao modelo chinês dizem que os empréstimos de Pequim são mais sujeitos a desvios e ignoram boas práticas trabalhistas e ambientais.

Leia mais: Em reunião nos EUA, Brics aceleram criação de banco

'Dos bilhões aos trilhões'

Sob a presidência do coreano-americano Jim Yong Kim, o Banco Mundial parece disposto a ampliar seu quinhão no financiamento de grandes obras mundo afora. A organização aprovou em 2014 um financiamento para que a República Democrática do Congo conduza os estudos para erguer oito hidrelétricas no país.

Estima-se que a obra custará ao menos US$ 50 bilhões (R$ 152 bilhões), o que a tornaria um dos maiores projetos já financiados pelo Banco Mundial.

Aumentar o volume dos empréstimos é um dos maiores desafios da instituição. O Banco Mundial calcula que em 2014 os financiamentos do órgão e de outras agências multilaterais somaram US$ 135 bilhões, enquanto todas as formas de investimentos entre países - como as que a China realiza na África - atingiram US$ 1 trilhão.

O presidente do banco tem dito que é preciso passar "dos bilhões aos trilhões", e para isso defende que as organizações multilaterais se aproximem de bancos privados.

Reforma atrasada

O avanço chinês também tem reforçado as cobranças para que o FMI conclua a reforma do seu sistema de cotas para dar mais poder a Pequim e outras potências emergentes.

O processo se iniciou em 2010, mas para ser posto em prática ainda precisa ser ratificado pelo Congresso dos Estados Unidos, maior acionista do fundo e onde muitos legisladores temem que a reforma enfraqueça Washington perante os rivais russos e chineses.

Em entrevista durante o encontro em Washington, a diretora-gerente do fundo, Christine Lagarde, cobrou os legisladores americanos a acelerar a aprovação para que "a instituição possa continuar a representar a comunidade inteira à medida que ela evolui".

O Brasil é um dos principais interessados na reforma. Em discurso à plenária do FMI no sábado, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que a demora em concluir o processo não só frustra os membros do fundo, como ameaça sua a capacidade de operar.

Ministro da Fazenda, Joaquim Levy participou das reuniões do Banco Mundial e do FMI em Washington e é favorável à reforma do fundo

Leia mais: Brasil tem terceiro pior crescimento econômico do G20 em 2014

Apagando o fogo

O surgimento do BAII, o novo banco chinês de desenvolvimento, foi um dos principais temas discutidos nos corredores do evento da última semana em Washington.

Os Estados Unidos tentaram até a última hora enfraquecer a adesão de outros países ao banco, levantando dúvidas sobre a disposição chinesa em seguir padrões internacionais sobre a concessão de crédito.

Mesmo assim, até mesmo aliados próximos dos americanos - como Grã Bretanha, Coreia do Sul e Alemanha - decidiram integrar a organização, que deverá começar a operar até o fim deste ano.

Em Washington, o ministro das Finanças da China, Zhu Guangyao, tratou de acalmar os ânimos americanos.

Em evento no Atlantic Council, ele afirmou que o BAII não substituirá o Banco Mundial, mas sim o complementará.

Ele disse ainda que a China está empenhada em fortalecer o FMI e o Banco Mundial, mas que os órgãos precisam de reformas para melhor assistir países em desenvolvimento.

Entre os bancos multilaterais em Washington, o discurso também é conciliatório. Os líderes do BID, do FMI e do Banco Mundial já disseram querer cooperar com as novas instituições chinesas.

O governo chinês também deverá buscar a aproximação. Observadores avaliam que Pequim está interessada na vasta expertise dessas instituições, o que tornaria a relação vantajosa para os dois lados.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/04/150418_bancos_desenvolvimento_china_jf_rm

Será que o Brasil ficará sem PT?sem PT

O PT está (quase) liquidado. E agora?

Por Rogério Jordão | Rogério Jordãoqui, 23 de abr de 2015

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O PT terá grande dificuldade para recuperar sua imagem, se é que um dia conseguirá. Com seu tesoureiro preso e a sigla exposta já há tempos a uma saraivada de denúncias, o PT como marca política parece irreversivelmente danificada.

Apesar dos pesares, o PT ainda é, entre os partidos, o que tem mais simpatizantes. Segundo o Datafolha de abril, 13% dizem preferir o PT, à frente de PSDB (7%) e PMDB (6%).

Essa preferência, porém, já foi bem maior. Em 2010, no final de 8 anos de governo Lula, quase um em cada três brasileiros (29%) se diziam simpáticos ao PT.

A preferência ao PT evaporou em 5 anos. A popularidade do partido desabou junto com a popularidade de todo e qualquer partido político: atualmente 66% dos brasileiros rejeitam os partidos (antes eram 51%). Será a rejeição ao PT ou à política em geral?

Possivelmente as duas coisas, pois para muita gente, em especial os mais jovens, o PT é sinônimo de governo e de política. Sinônimo, pois, de tudo o que está errado (os serviços públicos ruins, a precariedade da saúde, a educação insuficiente), ao mesmo tempo que encarnação da “política”, essa instituição “maléfica”.

Mesmo assim, na última eleição 11,8 milhões de pessoas votaram em deputados federais do PT, superando o PMDB (10 milhões) e PSDB (9,1 milhões). Mas esses números também declinam: o partido elegeu menos deputados agora do que em 2010. Pela curva das preferências eleitorais, dificilmente a oposição perderá a próxima eleição.

Seja como for, os partidos políticos são veículos. No caso do PT, este se propôs ao longo de sua história a defender os trabalhadores, em uma linha social democrata – nunca foi um partido revolucionário.

Com ou sem PT, com ou sem os partidos atuais, os problemas e desafios brasileiros continuarão. Não se resolverão por mágica, muito menos sem conflito de interesses. Quem dará conta? Quem está aí para defender quais interesses?

Nova Petrobras traz euforia ao mercado financeiro

 

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Euforia do mercado arrasta o Ibovespa para sua terceira alta seguida nesta sexta-feira 24; índice entrou hoje em "bull market" (definição que configura alta de mais de 20% em relação a seu último fundo do ano aos 46.907 pontos); ações da Petrobras seguiram os ganhos da divulgação de resultados de 2014 e fecharam em forte alta; os papéis PETR3 com ganhos de 4,55% e os PETR4, de 2,63%

24 de Abril de 2015 às 13:21

Por Paula Barra • Lara Rizério
SÃO PAULO - A euforia do mercado arrasta o Ibovespa para sua terceira alta seguida nesta sexta-feira (24). O índice entrou hoje em "bull market" (definição que configura alta de mais de 20% em relação a seu último fundo do ano aos 46.907 pontos) ao fechar com alta de 1,63%, a 56.594 pontos. O índice vem sendo puxado nos últimos dias principalmente pelas ações da Petrobras e Vale, além dos bancos, apesar de alta mais amena. Confira abaixo os principais destaques da sessão desta sexta-feira:

Petrobras (PETR3, R$ 14,70, +4,55%; PETR4, 13,26, +2,63%) As ações da Petrobras seguiram os ganhos da divulgação de resultados de 2014 e fecharam em forte alta. Nesta sessão, os olhos se voltaram para as falas do presidente da estatal, Aldemir Bendine, que chegam a indicar até mesmo a abertura de capital de subsidiárias da companhia. Em entrevista ao Estadão, Bendine admitiu que a derrubada dos preços internacionais do petróleo tiveram forte impacto na viabilidade dos negócios da empresa e que foi um critério importante nos "testes de impairment" que levaram para baixo a avaliação de ativos. Já ao Valor, Bendine destacou que a Petrobras irá adotar parcerias como a que implementou no Banco do Brasil (BBAS3) e que resultou na criação da BB Seguridade (BBSE3). "Aqui poderemos ver a abertura de capital da BR Distribuidora? Faz todo o sentido", avalia a XP. Ainda segundo Bendine, a Petrobras terá que carregar um endividamento acima do razoável pelos próximos anos, e a adoção do modelo de parcerias para diminuição da alavancagem.

Nesta tarde, a agência de classificação de risco Fitch manteve a nota de crédito da Petrobras em "BBB-", mas decidiu remover a estatal da sua revisão para possível rebaixamento depois da publicação do balanço auditado de 2014. A perspectiva sobre o rating permanece negativa.

Vale (VALE3, R$ 23,20, +10%; VALE5, R$ 18,71, +6,67%) e siderúrgicas As ações da Vale voltaram a disparar nesta sexta-feira, acumulando em três pregões alta de 30% no caso das ordinárias e 24% para as preferenciais. Com esse desempenho, a ação ruma para a melhor semana em 16 anos. O papel ganhou força com a arrancada do preço do minério de ferro na China, principal produto da exportadora. Hoje, a commodity subiu mais de 5% e 13,2% em três dias. O movimento ocorre após a BHP ter anunciado que vai começar a adiar projetos de expansão na produção de minério de ferro. Acompanharam o movimento da Vale as ações da Bradespar (BRAP4, R$ 12,65, +5,24%), que tem participação na mineradora.

Nesta tarde, a empresa anunciou acordo de cooperação com Eximbank da Coreia. Pelo acordo, o Eximbank demonstra a intenção de considerar o fornecimento de até US$ 2 bilhões em apoio financeiro para projetos da Vale.

O otimismo foi acompanhado pelas ações das siderúrgicas: CSN (CSNA3, R$ 7,23, +2,55%) e Gerdau (GGBR4, R$ 10,55, +3,13%); já Usiminas (USIM5, R$ 5,98, -0,33%) fechou com leve queda. No caso da CSN, a alta das ações é mais amena após dois pregões de fortes ganhos, quando subiram mais do que as demais na Bolsa.

Bancos O dia, mais uma vez, foi de otimismo para os bancos, que seguiram a euforia do mercado. As ações do Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 39,13, +3,25%) subiram mais de 3% e atingiram o maior patamar desde novembro, enquanto Bradesco (BBDC4, R$ 32,44, +2,40%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 27,19, +3,42%) também registraram fortes ganhos.

Fibria (FIBR3, R$ 43,27, -1,44%) As ações tiveram queda após divulgação do resultado do primeiro trimestre. A empresa mostrou receita líquida de R$ 1,997 bilhão, alta de 2,1% na comparação anual, mas reverteu o lucro líquido de R$ 19 milhões no primeiro trimestre de 2014 para prejuízo líquido de R$ 566 milhões. Apesar do desempenho dos papéis hoje, a XP Investimentos e Credit Suisse apontaram que o resultado veio acima das expectativas. A XP comentou que a boa performance do mercado global de celulose e desvalorização do real suportaram os bons números da empresa no trimestre. As vendas de celulose aumentaram 3,5% na comparação anual, volumes puxados por Europa e Ásia, destinos das vendas da companhia.

Localiza (RENT3, R$ 36,88, -2,95%) A Localiza caiu após a divulgação de resultados. A companhia registrou lucro líquido de R$ 100,3 milhões no primeiro trimestre de 2015, queda de 5,2% na comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto a receita líquida atingiu R$ 1,007 bilhão, crescimento de 0,8% utilizando a mesma base de comparação. Segundo o Credit Suisse, os números vieram abaixo das expectativas. Para os analistas, a companhia surpreendeu negativamente ao mostrar maior desaceleração na receita líquida do segmento de veículos alugados e, consequente, contração na margem. Parte, no entanto, foi compensada pelo segmento de venda de veículos usados, que trouxe margens acima do esperado e níveis médios de depreciação de carros mais baixos do que o projetado. Em teleconferência, a companhia disse, no entanto, que vê o mercado de carros seminovos mais lento em abril.

Kroton (KROT3, R$ 11,76, +5,47%) As ações das companhias de educação, com destaque para a Kroton, registraram ganhos nesta sessão. Hoje, em entrevista ao Bom dia Brasil, o ministro da Educação Renato Janine Ribeiro garantiu que todos os empréstimos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) serão renovados e pediu desculpas pelas falhas no sistema. O Ministério da Educação (MEC) decidiu ampliar o prazo para a renovação do crédito estudantil para 29 de maio. As ações da Anima (ANIM3) também fecharam com ganhos superiores a 2%, enquanto a Estácio (ESTC3, R$ 19, -0,26%).

Rumo (RUMO3, R$ 1,51, +1,34%) Depois de desabar 9,7% na véspera, as ações da Rumo - nova empresa formada a partir da fusão da ALL e antiga Rumo - têm alta nesta sexta-feira. Em relatório divulgado hoje, o Credit Suisse aponta que o conservado guidance da empresa anunciado ontem é um "passo na direção correta". A empresa projeta que seu Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atinja entre R$ 1,6 bilhão e R$ 2 bilhões em 2015, crescendo posteriormente para entre R$ 3,3 bilhões e R$ 3,5 bilhões em 2019. O capex (investimentos em bens de capital) total deve ficar entre R$ 1,5 bilhão e R$ 1,7 bilhão em 2019.

Grendene (GRND3, R$ 18,09, +4,69%) As ações da Grendene fecharam com ganhos de quase 5% em meio à divulgação dos dados do primeiro trimestre. A companhia encerrou o período com lucro líquido de R$ 136,9 milhões, crescimento de 41,8% na comparação com o mesmo período de 2014 - um resultado impulsionado pela melhora no desempenho de calçados no mercado interno, com elevação nas vendas de itens com maior valor agregado. Segundo a Concórdia Corretora, a empresa apresentou um ótimo resultado, vindo acima das estimativas. Os analistas citam o crescimento da receita líquida (+7,8% na comparação anual), que refletiu aumento de 11% no volume vendido no mercado doméstico, o impacto da variação cambial sobre as exportações e o aumento dos preços internacionais.

Log-In (LOGN3, R$ 3,38, -0,29%) A Log-In divulgou ontem a sua prévia operacional do primeiro trimestre deste ano e, após ver seus papéis subirem durante a manhã, fechou estável. A navegação costeira obteve recorde de volume transportado no período, movimentando 75,5 mil TEUS (unidade de medida que representa a capacidade de carga de um container), crescimento de 35,7% na comparação com o primeiro trimestre de 2014.

Helbor (HBOR3, R$ 3,88, -1,52%) A Helbor reportou ontem sua prévia operacional. A incorporadora informou que seus lançamentos atingiram R$ 57,2 milhões no primeiro trimestre em VGV (Valor Geral de Vendas) total, 76,9% inferior ao lançado no mesmo período de 2014. A VSO (Vendas sobre Oferta) atingiu 6,8% no trimestre, considerando a parte Helbor.

http://www.brasil247.com/pt/247/economia/178334/Nova-Petrobras-traz-euforia-ao-mercado-financeiro.htm

Novo tremor no Nepal aumenta mortos para 1900

 

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26 de Abril de 2015 às 06:20

247 com Agências - Um novo tremor atingiu o Nepal nesse domingo, 15, de magnitude 6,7 divulgou o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS), provocando avalanches no monte Everest. O tremor, com epicentro no noroeste de Katmandu, perto da fronteira com a China, foi registrado a 10 km da superfície. A réplica também foi sentida na Índia.

Ainda como resultado do terremoto de magnitude 7,8 desse sábado, o Nepal registra mais de 1.900 mortos e 4.700 feridos. Este é considerado o tremor mais devastador no montanhoso país asiático em 81 anos. A estimativa é de que o número de vítimas seja ainda maior, devido à devastação na região da capital, Katmandu. O forte tremor, registrado às 11h56 locais (3h11 em Brasília), destruiu milhares de casas e prédios históricos.

O terremoto também provocou avalanches na base do monte Everest, o pico mais alto do mundo. De acordo com a Associação de Montanhismo do Nepal, pelo menos 17 corpos já foram resgatados no campo de base da montanha e há 61 feridos. Ainda segundo a associação, cerca de 100 montanhistas que estavam nos acampamentos mais elevados, conhecidos como 1 e 2, estão bem. A preocupação agora é com o resgate destas pessoas, uma vez que o caminho que leva de volta para a base está bloqueado.

A força do terremoto foi sentida também em Bangladesh, Índia, China, Paquistão e no Monte Everest, onde uma avalanche provocada pelo abalo deixou pelo menos 17 mortos.

A cidade de Katmandu foi a que mais sofreu. Há registros de danos em edifícios e casas, especialmente nas construções mais antigas, e também em templos e monumentos. Erguida em 1832 na capital do Nepal, a torre histórica de Dharara, uma das atrações turísticas da capital do país, não resistiu ao tremor e foi totalmente destruída.

Cerca de dezessete corpos foram retirados das ruínas, segundo um fotógrafo da agência France Press (AFP). É a segunda vez que a torre vai ao chão por causa de um terremoto – a primeira foi em 1934, quando um abalo de magnitude 8,1 provocou a morte de 10.700 pessoas no leste do país e na província indiana de Bihar.

A mobilização internacional para ajudar as vítimas do terremoto no Nepal se organiza rapidamente, embora as agências humanitárias ainda não tenham conseguido calcular exatamente as necessidades no local. "Tratamos de avaliar a amplitude da catástrofe", disse à AFP um integrante da ONG Médicos do Mundo, que tem uma equipe no Nepal, mas que enfrenta dificuldades de acesso à área afetada, já que a maioria das telecomunicações foram interrompidas na região.

Voluntários e funcionários da Cruz Vermelha no Nepal ajudam a buscar eventuais sobreviventes e a atender os feridos, disse a organização em comunicado.

A presidente Dilma Rousseff divulgou nota oficial para prestar "solidariedade" às famílias das vítimas do terremoto. No comunicado, distribuído pelo Palácio do Planalto, Dilma diz que a embaixada está tomando "todas as providências em apoio aos cidadãos brasileiros" que estão na região da tragédia.

Os Estados Unidos anunciaram o envio de uma equipe de resgate e o desbloqueio de uma primeira parcela de US$ 1 milhão para ajudar as vítimas, anunciou a agência americana de ajuda USAID. Reino Unido, Israel, Rússia e membros da Comunidade Europeia já afirmaram que pretendem enviar equipes de especialistas em reação a catástrofes humanitárias. A chanceler alemã Ângela Merkel, que se disse "comovida pela magnitude da catástrofe e pelo grande número de vítimas", também enviou suas condolências ao primeiro-ministro do Nepal, Sushil Koirala.

http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/178468/Novo-tremor-no-Nepal-aumenta-mortos-para-1900.htm

Segundo Renan, Dilma considera 'absurda' a terceirização

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25 de Abril de 2015 às 07:52

247 - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou a interlocutores que Dilma Rousseff classificou como "absurda" a proposta da terceirização de trabalhadores nas atividades-fim de empresas, aprovada na quarta (22) pela Câmara.

Segundo a Folha, a presidente fez o comentário por telefone a Renan na quarta. O Planalto não se manifestou.

O presidente do Senado divulgou nesta sexta (24) nota em que acusa o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de promover controvérsia que atinge "o fortalecimento e a independência" do Congresso e que beneficia "aqueles que têm horror ao ativismo parlamentar".

Os dois entraram em choque devido ao projeto que libera empresas a terceirizarem todas as suas atividades. Cunha defende a proposta e liderou a aprovação dela na Câmara. Renan se opõe à terceirização da atividade-fim, a principal da empresa, e tem demonstrado intenção de barrá-la no Senado.

Nessa sexta-feira, Renan afirmou que o Senado não irá permitir "pedaladas" contra os direitos dos trabalhadores.

http://www.brasil247.com/pt/247/poder/178415/Segundo-Renan-Dilma-considera-'absurda'-a-terceirização.htm

Cunha impõe agenda da bancada BBB: "bala, boi e Bíblia"

 

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26 de Abril de 2015 às 07:05

247 - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), tem conseguido unir três grupos de forte poder de pressão num só bloco, que passou a atuar conjuntamente em defesa de seus próprios interesses e na maioria das vezes contrários aos do governo da presidente Dilma Rousseff. É a bancada "BBB", uma alusão às iniciais de "bala, boi e Bíblia".

Nas principais comissões e no plenário, as demandas dos três setores têm obtido vitórias graças ao apoio mútuo e à liderança do presidente da Câmara. Segundo reportagem do Estado de S. Paulo, a bancada da bala tem 275 parlamentares. A ruralista, 198, e a evangélica, 74. Vinte parlamentares atuam nas três, entre eles Cunha, que é evangélico. Nas frentes da "bala" e do "boi" há 105 deputados simultaneamente. E 22 congressistas estão nas frentes da "Bíblia" e da "bala" ao mesmo tempo. O presidente da bancada evangélica, João Campos (PSDB-GO), por exemplo, é delegado de polícia e vice-presidente da bancada da bala. Ao todo, 373 (73%) dos 513 deputados estão inscritos em pelo menos um dos três grupos.

Entre os resultados já obtidos pela ação conjunta, o mais robusto foi o da aprovação pela Comissão de Constituição e Justiça da Proposta de Emenda à Constituição da redução da maioridade penal, que estava parada na Câmara havia 22 anos. A comissão formada para redigir a PEC foi dominada pelos integrantes da Frente Parlamentar de Segurança Pública: 15 dos 27 membros decidirão qual será o conteúdo a ser levado ao plenário.

Uma grande vitória dos ruralistas com apoio de evangélicos e integrantes da bancada da bala foi a criação de uma comissão especial para elaborar um texto final sobre a PEC que transfere do Executivo para o Congresso a demarcação das terras indígenas. "Eles atuaram de forma unificada. Essas três bancadas têm uma lógica fundamentalistas", crítica a deputada Erika Kokay (PT-DF).

Já a bancada da bala teve apoio para aprovar o projeto que torna crime hediondo assassinato e agressão a policiais com aumento da pena para quem usar menor em crimes.

Evangélicos tentam também garantir o apoio dos outros dois bês para que seja aprovado pela CCJ e, posteriormente, em plenário, o Estatuto do Nascituro, que dispõem sobre a proteção integral ao recém-nascido e prevê benefício para feto fruto de estupro. Também trabalham para barrar qualquer tentativa de avanço na Casa de pautas como a descriminalização do aborto. Têm ainda por objetivo a aprovação do Estatuto da Família, que define família como núcleo formado por homem e mulher.

A afinidade "BBB" aparece na lista de doadores de campanha. O presidente da frente ruralista recebeu a tradicional ajuda do agronegócio – dos grupos Cosan e Cutrale – e também contribuições de duas grandes empresas de armas, a Companhia Brasileira de Cartuchos, que doou R$ 15 mil, e a Taurus, que entregou o mesmo valor.

Já o deputado Alberto Fraga (DEM-DF), presidente da bancada da bala, recebeu R$ 80 mil da Taurus, mas também foi agraciado pelo agronegócio com R$ 50 mil da Avícola Catarinense.

Campos, líder da bancada evangélica, recebeu R$ 350 mil da Gentleman, empresa especializada em escolta armada.

http://www.brasil247.com/pt/247/poder/178470/Cunha-impõe-agenda-da-bancada-BBB-bala-boi-e-Bíblia.htm

Jurista nega a Aécio parecer pró-impeachment

 

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247 - O tom de cautela do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em relação a eventual pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (saiba mais aqui) tem uma explicação. O jurista Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça no governo FHC, a quem foi pedido um parecer técnico sobre o tema, não embarcou na tese.

Segundo Reale Jr., um governo, mesmo reeleito, não pode ser derrubado por fatos ocorridos na gestão anterior. Ou seja: a presidente Dilma só poderia ser alvo de um processo de impeachment por algo ocorrido em seu segundo mandato.

Com a negativa de Reale Jr., a bancada tucana na Câmara estuda pedir pareceres a outros juristas, segundo informa a coluna Painel:

Tente outra vez

Convencida de que Miguel Reale Jr. sustentará a tese de que o mandato anterior não pode ser usado para pedir o impeachment de Dilma Rousseff, a bancada do PSDB na Câmara tenta convencer Aécio Neves a contratar pareceres de outros juristas. A ideia é submeter a Ives Gandra Martins, Sérgio Ferraz e José Eduardo Alckmin pedido de abertura de processo preparado pela coordenação jurídica da sigla, que tem como base a omissão nos desvios da Petrobras e a "pedalada" fiscal de 2014.

A possibilidade de êxito nessa empreitada é mínima. Tanto que o colunista Elio Gaspari informa que o próprio Aécio deve desembarcar do golpismo, na nota abaixo:

AÉCIO

O senador Aécio Neves baixará o tom em relação ao impedimento da doutora Dilma. Resta saber o que colocará no balcão do PSDB. Desde que a doutora sequestrou-lhe a agenda econômica, Aécio transformou-se no trombone da orquestra, faz barulho com pouca melodia

Brasil 247

sábado, 25 de abril de 2015

Nepal e Índia contam 1.196 mortes no terremoto

 

Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil*Edição: Stênio Ribeiro

Sobe para 1.196 o número de mortes em decorrência do terremoto de magnitude 7,8 graus na escala Richter, ocorrido hoje (25), por volta das 12h (horário local) no Nepal. Até o momento, não há registro de brasileiros feridos ou entre as vítimas, segundo o Ministério de Relações Exteriores. Informação inicial falava em magnitude de 7,9 graus, depois corrigida.

Ao todo, o governo nepalês totalizou 1.170 mortos, e há 26 vítimas em região fronteiriça da Índia. Capital e principal cidade do Nepal, Katmandu foi a área mais afetada pelo forte tremor de terra. As equipes de busca começarão a ter mais dificuldade para localizar mortos ou feridos com o início da noite no país asiático, localizado na região do Himalaia.

Saiba Mais

De acordo com o Itamaraty, representantes da Embaixada brasileira em Katmandu estão percorrendo hotéis para verificar se todos os brasileiros no país estão bem. O ministério informou que alguns brasileiros entraram em contato com a embaixada ou o plantão consular para informar que não foram prejudicados pelo abalo sísmico.

O terremoto de hoje é o maior a atingir o pequeno país do Himalaia, desde 1934. As autoridades locais informaram que há registro de mortes em todas as regiões do país. Uma avalanche provocada pelo terremoto causou a morte de dez esportistas em um campo na base do monte Everest, de acordo com informações do governo nepalês.

Em nota, o governo brasileiro lamentou as mortes provocadas pelo terremoto e informou que a Embaixada do Brasil em Katmandu está mobilizada para prestar o apoio necessário aos cidadãos brasileiros que se encontram no país. O comunicado ressalta que "os brasileiros já localizados pela embaixada não sofreram ferimentos e estão recebendo toda a assistência cabível. O governo brasileiro expressa condolências e solidariedade aos familiares das vítimas, ao povo e ao governo do Nepal".

*Com informações da Agência Lusa

Richa se arma para guerra do confisco no Paraná

 

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Professores paranaenses aprovaram, neste sábado, uma nova greve; eles protestam contra uma medida do governador Beto Richa, do PSDB, que pretende tapar um rombo na prevdência dos servidores com um desconto nos salários dos profissionais da educação; na greve anterior, mais de 40 mil pessoas protestaram diante da Assembleia Legislativa do Paraná, contra o confisco; agora, Richa decidiu se precaver e mandou cercar, a partir deste sábado, o centro cívico de Curitiba; mais de mil policiais já fazem um cordão de isolamento para garantir que a medida seja votada na segunda-feira

25 de Abril de 2015 às 17:56

Paraná 247 - O Paraná vive um clima de guerra. Neste sábado, a Polícia Militar começou a cercar a Assembleia Legislativa com um cordão de isolamento para garantir a votação de dois projetos defendidos pelo governador Beto Richa.

Um deles, mais polêmico, prevê que o rombo na previdência estadual seja coberto com desconto nos salários dos servidores. No início do segundo governo Richa, mais de 40 mil profissionais protestaram diante da Assembleia e impediram a votação do confisco.

Com um aparato de guerra, Richa pretende garantir a votação já nesta segunda-feira. Neste sábado, os professores paranaenses decidiram retomar a greve, por tempo indeterminado.

Leia, abaixo, reportagens do blog do Esmael a respeito:

Justiça dá aval para Richa descer a borracha nos professores do Paraná

Do blog do Esmael - O juiz de plantão Eduardo Lourenço Bana, de Curitiba, concedeu ontem (24) à noite um “interdito proibitório” contra a greve dos professores que se iniciará nesta segunda-feira (27). O magistrado estipulou multa diária de R$ 100 mil contra a APP-Sindicato e, em caso de descumprimento da decisão, autorizou a repressão com violência policial à manifestação, caso haja ocupação do prédio da Assembleia Legislativa do Paraná.

Na prática, o judiciário dá aval para que o governador Beto Richa (PSDB) coloque a cavalaria e o choque da PM para massacrar os professores que protestarem pelos seus direitos.

Na última quinta-feira (23), o Blog do Esmael revelou com exclusividade que o secretário da Segurança, Fernando Francischini, e os comandantes da PM se reuniram secretamente com o presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSDB), para tramar a votação em regime de urgência do confisco da previdência dos servidores públicos.

O diabo é que a mesma Justiça foi fiadora do acordo rompido por Richa com a APP-Sindicato, que em março suspendeu a greve.

Portanto, fica a pergunta: de que lado está a dona Justiça do Paraná?

Leia a íntegra da decisão judicial: (mais…)

Por maioria, professores aprovam volta à greve contra Beto Richa

Do blog do Esmael - Cerca de cinco mil professores e funcionários de escolas decidiram durante assembleia extraordinária da APP-Sindicato, neste sábado (25), em Londrina, retomar a greve nas 2,1 mil escolas da rede pública do Paraná. O Blog do Esmael e a TV 15 transmitiram o evento ao vivo, sem cortes ou edição.

Os educadores haviam suspendido a paralisação em 9 de março, depois de um mês de greve, diante de carta-compromisso assinada pelo governo Beto Richa com aval do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR).

O principal motivo da retomada da greve tem como objetivo barrar o confisco do fundo previdenciário, em regime de urgência, que será votado nesta semana pela Assembleia Legislativa do Paraná. O governo tucano pretende aprovar o PL 252/15 que lhe possibilita descapitalizar anualmente a Paranáprevidência em até R$ 2 bilhões.

A APP-Sindicato entende que sem o fundo previdenciário, no futuro, constitucionalmente, o tesouro do governo do estado terá de arcar com aposentadorias e pensões. Isto representaria um risco para o plano de cargos e salários de todos os servidores paranaenses.

Além dos trabalhadores da educação básica, professores e funcionários das universidades estaduais também estão em greve por tempo indeterminado, bem como servidores de outros órgãos da administração pública paranaense.

Os educadores, lideranças sindicais e deputados presentes na assembleia de Londrina criticaram veementemente o cerco planejado pelo governo Richa contra a manifestação prevista para a semana que vem. (mais…)

http://www.brasil247.com/pt/247/parana247/178456/Richa-se-arma-para-guerra-do-confisco-no-Paraná.htm