quarta-feira, 25 de março de 2015

Balança comercial cearense continuou em queda no mês de fevereiro

 

O mês de fevereiro de 2015 continuou registrando queda na balança comercial cearense, em relação ao mesmo período de 2014. O comércio exterior cearense em fevereiro comparativamente ao mesmo período do ano passado, teve queda de 20,1% nas exportações (de US$ 93,5 milhões para US$ 74,7 milhões) e de 41,7% nas importações (de US$ 255,3 milhões para US$ 148,8 milhões). No acumulado do ano também houve retração, uma vez que as vendas para o exterior caíram 23% (de US$ 226,4 milhões para US$ 174,1 milhões), enquanto que as compras externas subiram 65,4% (de US$ 481,4 milhões para US$ 796,3 milhões). Os dados são do estudo de inteligência Ceará em Comex, relativo ao mês de fevereiro de 2015, elaborado pelo Centro Internacional de Negócios (CIN-CE), órgão ligado à Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).

O Ceará obteve nos dois primeiros meses do ano, a maior participação em relação às importações brasileiras desde 2011, com 2,5% - praticamente o dobro em relação à igual período de 2014, quando registrou 1,26%, fruto da combinação entre elevação das importações do Estado e queda das compras externas do Brasil no acumulado de 2015. Já a participação cearense nas exportações nacionais permaneceu praticamente inalterada, com 0,68%.

O estado permanece na décima quarta posição entre os principais estados brasileiros exportadores, apesar da queda nas vendas externas de 23%. O CIN destaca que é necessário mencionar que o Ceará acompanha a tendência brasileira de retração. Das 27 unidades da Federação, apenas três (Maranhão – 58,8%, Piauí – 14,5% e Acre – 88,5%) registraram incremento nas exportações no ano. Já em relação ao Nordeste, a participação cearense passou de 10% para 9% - queda de 9%.

Entre os principais corredores logísticos nas vendas externas cearenses no acumulado do ano, o Pecém foi o principal porto exportador, apesar da queda de 41%, fruto, sobretudo, da redução das exportações de óleo combustível do tipo “fuel-oil”; e das exportações de calçados. Já o Porto de Santos – posicionado na terceira posição entre os principais corredores – apresentou um incremento de 320,7% , em virtude, principalmente dos calçados; das castanhas de caju e da cera de carnaúba.

Retração nos principais setores exportadores

Os setores de calçados, frutas, peles e couros e combustíveis e óleos minerais foram os quatro mais relevantes no acumulado do ano, respectivamente com US$ 48,1 milhões; US$ 32,2 milhões; US$ 25,8 milhões e US$ 17,6 milhões. Ressalta-se, porém, que em todos, houve retração (20,6% para os calçados; 24,6% para as frutas; 29,9% para as peles e couros e de 58,9% para os combustíveis e óleos minerais) em relação ao ano anterior. Chama ainda a atenção, o aumento das exportações em 17.199% nas máquinas, aparelhos e materiais elétricos.

Os Estados Unidos foram o principal destaque entre os países de destino dos produtos cearenses no acumulado do ano em valores nominais, com US$ 34,4 milhões, atrás das Antilhas Holandesas, que todavia, foi o país que obteve mais destaque em percentual, com 179.644,4%. Enquanto a cera de carnaúba e a castanha de caju foram os maiores responsáveis pela significativa participação dos EUA nas exportações cearenses, a explicação para o destaque das Antilhas está na exportação/abastecimento de navios de combustível do tipo “fuel-oil”. Ressalta-se ainda os incrementos de 75,9% da Alemanha e de 34% da China. No caso da Alemanha, as “Partes de outros motores/geradores/grupos eletrogeradores”; e os “Couros/peles bovinos” foram os responsáveis pelo incremento. Já no destino China, a explicação ficou por conta dos Minérios de ferro. No sentido oposto, a Holanda registrou uma queda de 78,6%, fruto da ausência de exportação/abastecimento de navios de combustível do tipo “fuel-oil” no acumulado de 2015.

Incremento nas importações de 65,4%

Do lado das importações, o Ceará posicionou-se no décimo segundo lugar entre as unidades da Federação em 2015 – duas posições acima do registrado em igual período de 2014. Enquanto o país obteve uma retração em suas importações, o Estado foi na contramão, registrando o maior incremento percentual (65,4%) dentre todas as unidades federativas.

Trinidad e Tobago foi o principal país de origem das importações cearenses no acumulado de 2015, com US$ 134,2 milhões, em virtude do gás natural liquefeito, que foi ainda o responsável por colocar Noruega, Espanha, Catar e Nigéria entre os principais mercados fornecedores para o Estado. No caso da Argentina, importações de “Outros trigos e misturas de trigo com centeio, exceto para semeadura” colocaram o país sul-americano em evidência.

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