sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Conservadores eufóricos com derrubada dos conselhos de participação popular

Do Blog do Zé

Estamos com o ministro da Secretaria-Geral da presidência da República, Gilberto Carvalho, e partilhamos de sua visão quanto à decisão “anacrônica” de derrubada pela Câmara dos Deputados, na noite de ontem, do decreto da presidenta Dilma Rousseff sobre o funcionamento dos conselhos de participação popular.

“Nada mais anacrônico, nada mais contra os ventos da História, nada mais representativo de uma tentativa triste que se colocou contra uma vontade irreversível do povo brasileiro que é a participação social. No Congresso, aqueles que votaram a favor do decreto legislativo que derruba o decreto (da presidenta Dilma) de participação social o fizeram exatamente contra uma lógica que eles jamais segurarão, que é a da participação social”, afirmou o ministro.

Na 3ª feira (ontem), apenas 2 dias após a reeleição da presidente Dilma aprovaram projeto de decreto legislativo (PDL) – ou seja, deles próprios – que susta os efeitos do decreto presidencial que vinculava decisões governamentais de interesse social à opinião de conselhos e a outras formas de participação popular. Para o líder do PT, Vicentinho, a votação na Câmara foi motivada por “birra pós-eleitoral”. “A presidente quer ampliar a participação popular”, afirmou o líder. Há pouco o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) anunciou que o PDL será derrubado também no Senado.

Vitória leva conservadores à euforia

Ampliam-se, assim, a festa e a euforia da direita, dos conservadores em geral e da velha mídia, que eram contrários aos conselhos e fizeram campanha contra eles o tempo todo. Partidos de oposição como o DEM levantaram-se desde o 1º  momento contra o decreto argumentando que ele atinge prerrogativas do Legislativo – o PDL que derrubou o decreto presidencial é de autoria do deputado Mendonça Filho (DEM-PE).

Aí, partiram para o vale tudo. Viram no decreto presidencial a intenção do governo de aparelhar o processo de decisão governamental, a exemplo do que dizem ocorrer na Venezuela. Era o primeiro sinal, “alertaram”  da implantação de uma “república bolivariana” no Brasil. Como isso não havia na proposta, continuaram do mesmo jeito dizendo que havia esse propósito.

O texto da presidenta Dilma simplesmente implanta no Brasil a Política Nacional de Participação Social (PNPS), com o objetivo de “consolidar a participação social como método de governo” e aprimorar “a relação do governo federal com a sociedade”. Com esse objetivo, determina que os órgãos da administração pública federal “deverão considerar” as novas regras, entre elas o desenvolvimento de mecanismos de participação dos “grupos sociais historicamente excluídos” e a consolidação “da participação popular como método de governo”.

Questão será retomada no bojo da reforma política

Curioso, também, é que o decreto e os conselhos foram usados como pretexto, cavalo de batalha para o momento, já que existem no Brasil, alguns funcionando há muito tempo, nada menos que 40 conselhos e comissões de políticas públicas, compostos por 668 integrantes do governo e 818 representantes da sociedade. As atribuições variam de acordo com cada conselho, que podem ser consultivos, deliberativos, ou os dois. Mas, o DEM e seu deputado Mendonça Filho (PE) disseram ser  preciso reverter “esse decreto bolivariano”.

“No âmbito da reforma política – prometeu Gilberto Carvalho – queremos aprofundar as políticas que defendemos naquele decreto presidencial. Nós nunca falamos aqui em inventar conselhos, em imitar o chavismo, o bolivarianismo até porque não me cabe aqui julgar essa adjetivação. Sempre falamos em organizar e aprofundar a participação social. Eles não quiseram entender isso mas nós não desistiremos dessa luta para tornar constitucional, regular e estável o processo em que definitivamente a participação social tem que ser método de governo no nosso país”.

Rotary/Sobral recebeu a visita do Presidente do Distrito Rotário 4490

Em reunião festiva o Rotary Club de Sobral recebeu ontem 30/10 a visita oficial do Governador do Distrito Rotário,  o companheiro Walter de Carvalho Soares e sua esposa Helena Soares. A agradabilíssima reunião foi comandada pelo Presidente em exercício do CR/Sobral, o companheiro José Luís Melo. O discurso de boas vindas foi feito pelo companheiro Marinho. O ineditismo do evento ficou por conta da coincidência da visita do Presidente  Walter ao nosso clube, acontecer no dia em que ele e sua esposa Helena, fazem aniversário. Por conta disso a satisfação dos rotarianos sobralenses, foi em dobro. Ou seja: Comemoramos a visita do casal governador ao nosso clube e  festejamos o aniversário dos dois ao mesmo tempo. Agradecemos a visita e parabenizamos esses valorosos companheiros.

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Helena Soares, o Presidente Walter de Carvalho, Presidente José Luís e a companheira Aubene, ex-presidente do RC/Sobral

 

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Vaticano: «Nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos»

 

Agência Ecclesia 28 de Outubro de 2014, às 19:08

http://movimientospopulares.org/http://movimientospopulares.org/

Francisco lembra quem o acusa de ser «comunista» por dar voz aos pobres

Cidade do Vaticano, 28 out 2014 (Ecclesia) - O Papa Francisco apelou hoje à defesa dos direitos dos trabalhadores e das suas famílias, durante um encontro com os participantes no primeiro encontro mundial de Movimentos Populares.

“Digamos juntos, de coração: nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos, nenhuma pessoa sem a dignidade que o trabalho dá”, declarou, perante trabalhadores precários e da economia informal, migrantes, indígenas, sem-terra e pessoas que perderam a sua habitação.

O encontro é promovido até quarta-feira pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz (Santa Sé), em colaboração com a Academia Pontifícia das Ciências Sociais.

“Não existe pior pobreza material do que aquela que não permite ganhar o pão e priva da dignidade do trabalho. O desemprego juvenil, a informalidade e a falta de direitos laborais não são inevitáveis, são o resultado de opção social prévia, de um sistema económico que coloca os lucros acima do homem”, defendeu o Papa.

A intervenção alertou para o “escândalo da fome” e as consequências da “cultura do descartável”, condenando os “eufemismos” que se utilizam para falar do “mundo das injustiças”.

“Este sistema já não se consegue aguentar. Temos de mudá-lo, temos de voltar a levar a dignidade humana para o centro: que sobre esse pilar se construam as estruturas sociais alternativas de que precisamos”, explicou.

Francisco criticou o “império do dinheiro” que exige a “guerra”, o comércio de armamentos, para a sobrevivência de “sistemas económicos”.

O Papa agradeceu aos participantes pela sua presença no Vaticano para “debater tantos graves problemas sociais que afetam o mundo de hoje” desde a perspetiva de quem sofre a desigualdade e a exclusão “na sua própria carne”.

“Terra, teto e trabalho. É estranho, mas se falar disto, para alguns parece que o Papa é comunista”, começou por referir, antes de recordar que “o amor pelos pobres está no centro do Evangelho”.

"Terra, teto e trabalho, aquilo por que lutam, são direitos sagrados. Reclamar isso não é nada de estranho, é a Doutrina Social da Igreja", assinalou.

O Papa pediu que se mantenha viva a vontade de construir um mundo melhor, “porque o mundo se esqueceu de Deus, que é Pai, ficou órfão porque deixou Deus de lado”.

Num discurso de cerca de meia hora, Francisco referiu que a presença dos Movimentos Populares é um “grande sinal”, porque estão no Vaticano para “pôr na presença de Deus, da Igreja, uma realidade muitas vezes silenciada”.

“Os pobres não só sofrem a injustiça mas também lutam contra ela”, precisou.

Jesus, acrescentou, chamaria “hipócritas” aos que abordam o “escândalo da pobreza promovendo estratégias de contenção” para procurar fazer dos pobres “seres domesticados e inofensivos”.

O discurso papal abordou ainda os temas da paz e da ecologia, para além das questões centrais do emprego e da habitação.

“São respostas a um anseio muito concreto, algo que qualquer pai, qualquer mãe quer para os seus filhos. Um anseio que deveria estar ao alcance de todos, mas que hoje vemos com tristeza que está cada vez mais longe da maioria”, sublinhou Francisco.

O Papa convidou os participantes a prosseguirem com a sua luta, “que faz bem a todos”, e deu-lhes como presente uns terços fabricados por artesãos, ‘cartoneros’ e trabalhadores da economia popular na América Latina.

http://www.agencia.ecclesia.pt/noticias/vaticano/vaticano-nenhuma-familia-sem-casa-nenhum-campones-sem-terra-nenhum-trabalhador-sem-direitos-apela-o-papa/

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Encontro histórico: movimentos populares e Papa Francisco debatem desigualdade e exclusão social

 

Terá início nesta segunda-feira, 27 de outubro, o Encontro Mundial do Movimento Popular com o Papa Francisco, no Vaticano. O evento é realizado pelos movimentos representativos dos mais excluídos e excluídas de todo o mundo juntamente com o Pontifício Conselho Justiça e Paz e a Academia Pontifícia de Ciências Sociais, e se estenderá até a quarta-feira, 29.

Em entrevista à Adital, João Pedro Stédile, fundador e dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Brasil, – um dos movimentos que estarão representados no Encontro – salienta que não há registros na historia do Vaticano que algum Papado tenha tomado iniciativa semelhante, a de convidar os mais diferentes movimentos populares, representativos de vários segmentos sociais, entre os trabalhadores que enfrentam mais dificuldades, para ouvi-los. "Estamos há um ano preparando esse evento, em diálogo com o Vaticano. Deles participarão dirigentes populares de todos os continentes, de diferentes religiões e doutrinas e, inclusive, alguns agnósticos”, assinala.

Stédile acrescenta: "como MST e Via Campesina, nos somamos a esse esforço porque consideramos uma oportunidade histórica de convergir os esforços dos movimentos populares em diálogo com o Vaticano e o Papa, e a doutrina social da igreja, para olharmos, sem preconceitos, para a realidade, procurar entender os desafios que o capitalismo está impondo a toda a humanidade, e buscar saídas comuns”.

As expectativas dos participantes são as mais positivas possíveis. Para o dirigente do MST/ Via Campesina, um encontro mundial de dirigentes de movimentos populares com o Papa é por si só um marco histórico. Ocorrerá a confluência de pessoas que têm enormes responsabilidades sociais na organização de milhões de pobres trabalhadores pelo mundo afora, o intercâmbio entre eles, reflexões sobre as perversidades do capitalismo e suas influencias na vida das pessoas. "Os desafios da humanidade como um todo. Tudo isso representam expectativas positivas que todos levaremos juntos para Roma. E lá esperamos sair com mais conhecimento, mais sabedoria, apreendendo com a visão dos demais, para podermos retonar a nossos países e movimentos e podermos organizar ainda melhor nosso povo”, destaca Stédile.

Em sua avaliação, a humanidade vive uma crise civilizatória. Os Estados, os governos e organismos internacionais não têm tido capacidade e nem representatividade suficiente para enfrentá-los. Por isso, afirma, só há um caminho, a conscientização e o debate entre os trabalhadores, os pobres, a imensa maioria da população que se organiza em movimentos sociais, para que possam convergir energias, entender a causa da crise mundial e encontrar as melhores soluções.

Público-alvo

O Encontro é destinado, principalmente, às organizações e movimentos dos excluídos. Espera-se a participação de cerca de 100 delegados de diferente procedência, que reúnem: 1) trabalhadores precarizados, temporários, migrantes e os que participam do setor popular, informal e/ou de autogestão, sem proteção legal, reconhecimento sindical nem direitos trabalhistas; 2) camponeses sem terra e povos indígenas ou pessoas em risco de serem expulsas do campo por causa da especulação agrícola e da violência; 3) pessoas que vivem nos subúrbios e assentamentos informais, os marginalizados, desalojados, os esquecidos, sem infraestrutura urbana adequada. Também participarão organizações sindicais, sociais e de direitos humanos que acompanham os processos de organização e luta desses setores sociais.

Além disso, bispos e outros trabalhadores da Igreja de vários países foram convidados, com a finalidade de estimular o diálogo e a colaboração com a Igreja. A reunião será realizada em espanhol, francês, inglês, italiano e português. O Encontro concluirá com a promoção de uma instância internacional de coordenação entre os movimentos populares, com o apoio e colaboração da Igreja.

Programação

Na programação dos três dias do Encontro está assim dividida: a) o objetivo do primeiro dia é conhecer a realidade de hoje, as lutas e os pensamentos dos movimentos populares, será realizada no Salesianum; b) o objetivo do segundo dia é apreciar o ensino do Papa Francisco sobre a forma de avançar juntos rumo a um autêntico desenvolvimento humano integral, terá lugar na Aula Velha do Sínodo; c) o terceiro e último dia será dedicado a construir e assumir compromissos concretos para coordenar as organizações dos excluídos e sua colaboração com a Igreja, será acolhido no Salesianum.

Objetivos e resultados

Os objetivos centrais do Encontro são: compartilhar o pensamento social de Francisco, em especial os elementos aportados em sua Exortação Apostólica "A Alegria do Evangelho” e debatê-lo a partir da perspectiva dos movimentos populares; elaborar uma síntese da visão dos movimentos populares em torno das causas da crescente desigualdade social e do aumento da exclusão em todo o mundo, fundamentalmente a exclusão da terra, do trabalho e de moradia; refletir coletivamente sobre as experiências organizativas dos movimentos populares como formas de solução para as mencionadas injustiças, colocando em debate as práticas, formas de interação com as instituições e perspectivas futuras.

Também são objetivos: propor alternativas populares para enfrentar os problemas – guerra, deslocamentos, fome, miséria, desemprego, precarização, exclusão –, gerados pelo capitalismo financeiro, pela prepotência militar e o imenso poder das transnacionais, a partir do ponto de vista dos pobres, com a perspectiva de construir uma sociedade pacífica, livre e justa; e, por fim, discutir a relação dos Movimentos Populares com a Igreja, e como avançar na criação de uma instância de articulação e colaboração permanente.

Participarão movimentos populares de países de todo o mundo e, especificamente latino-americanos, do Brasil, Argentina, Haiti, Colômbia, Uruguai, México, Guatemala, Peru, Venezuela, Equador, Paraguai, Honduras, Bolívia, Nicarágua, Cuba e El Salvador.


Fonte: Adital

“Denúncia” de Youssef foi plantada no depoimento por “retificação”

 

29 de outubro de 2014 | 16:13 Autor: Fernando Brito

golpe

A Carta Capital percebeu e publicou em seu site as informações de uma pequena matéria de O Globo.

Seu conteúdo é estarrecedor e seu tamanho é escandalosamente minúsculo.

Diz que “investigadores da Operação Lava-Jato suspeitam que Youssef foi estimulado a fazer declarações sobre Dilma e Lula, numa manobra que teria, como objetivo, influenciar o resultado das eleições presidenciais”.

Youssef prestou depoimento terça-feira aos policiais. A partir daí, narra a matéria, passou-se o seguinte.

“No dia seguinte, um de seus advogados pediu para fazer uma retificação no depoimento anterior. No interrogatório, perguntou quem mais, além das pessoas já citadas pelo doleiro, sabia das fraude na Petrobras. Youssef disse, então, acreditar que, pela dimensão do caso, não teria como Lula e Dilma não saberem. A partir daí, concluiu-se a “retificação” do depoimento.”

Na quinta, como se sabe, a Veja publicou as fotos de Lula e Dilma e a manchete:

“Eles sabiam de tudo”.

Só isso, independente de se provar que o advogado e o bandido receberam vantagens econômicas para produzir tamanha monstruosidade, já é o suficiente para abrir uma investigação criminal sobre a formação de uma quadrilha de estelionatários políticos, composta por representantes da revista e pelos que porventura tenham participado de sua armação para “plantar”  esta suposição que viraria afirmação na capa-panfleto fartamente distribuída pela campanha tucana.

Alberto Youssef, ao que tudo indica, não é o único bandido nesta história que, agora fica evidente, foi, na linguagem dos advogados, “adrede preparada”.

O juiz Sérgio Moro, que defende a ideia de que o conteúdo dos depoimentos deve ser divulgado, certamente não vai se opor à exibição desta “retificação” nele consignada.

Será que vamos ter um novo caso “Cachoeira”, onde o aquadrilhamento da Veja com criminosos será preservado?

Não é possível que o “sigilo” de Justiça seja invocado para encobrir uma mutreta criminosa destas.

Tijolaço

Andar tranquilo em qualquer cidade, a qualquer hora só será possível com igualdade social! Belo exemplo sueco!

 

Tentei ficar quieto, mas não me aguentei.<br /><br />Sou de uma família tradicional e de classe média alta brasileira, e fui o único a votar na Dilma.<br /><br />Nos últimos anos tive o privilégio de morar por 2 anos em Estocolmo, trabalhando e estudando. E digo o que pouca gente imagina: na maior parte da Suécia não existe luxo.<br /><br />Eu morei num prédio onde moravam médicos, lixeiros, músicos, advogados, e atendentes de super mercado. Juntos. Eu vi pessoas muito ricas andando de bicicleta no inverno, e aproveitando a vida comendo sanduíche sentado no chão de um parque (não num shopping). Donos de agências que atendem Pepsi, NBA, RedBull almoçando comida feita em casa num tupperware sentados na mesma mesa que eu que era imigrante e o Estagiário Assistente de Escritório.<br /><br />Eu vi meninas como essas da foto andando sozinhas às 3h da manhã em áreas vazias, olhando o mapa no iphone usando shortinho meia bunda e regatinha que mostra o lado do peito ouvindo a música nova da Lykke Li no último volume e cantando. E passaram do meu lado na mesma calçada sem nem atravessar a rua. Sem medo. <br /><br />Sem. <br />Medo.<br /><br />Tudo isso, que nós brasileiros invejamos tanto e dizemos que ‘lá fora é muito melhor’ só se consegue com uma coisa: igualdade social.<br /><br />A Suécia não chega a ter 10 milhões de pessoas, e a igualdade lá vem sendo praticada desde o início. <br />O Brasil tem 200 milhões e a desigualdade aqui vem sendo praticada desde o primeiro instante. O que isso implica? <br /><br />Implica que se você, pessoa que gosta tanto da Europa, quer que o Brasil fique um pouco mais parecido com lá, abraçar a causa da igualdade social é uma necessidade. E ela pode acontecer de duas formas: rápido ou devagar.<br /><br />Rápido está fora de questão, mas devagar é sim possível. Eu pergunto: Qual é o problema se o país precisa crescer 1% ao invés de 6% para que o Brasil saia do mapa mundial da fome? Ou para que o analfabetismo acabe? Ou o saneamento básico?<br />Você se preocupa mais com o quanto cai na sua conta do que com quantas pessoas conseguem comer, escrever o próprio nome ou defecar em um lugar decente?<br /><br />Crescimento de economia é uma coisa, é cálculo do PIB que soma em valores monetários todos os bens e serviços finais produzidos no País. <br />Já o IDH mede expectativa de vida, analfabetismo, educação, padrão e qualidade de vida e entre outras coisas também o PIB per Capita.<br /><br />‘O país tem que voltar a crescer’, foi slogan de uns e é opinião de todos, mas o que é ‘crescer’? <br /><br />Crescer é PIB para poucos como sempre foi no Brasil? <br />Ou crescer é IDH, com PIB mais distribuído para todos?<br /><br />O Brasil não tem meios de gerar mais dinheiro do que o que já circula dentro dele (seria lastro para controle) ou seja, a riqueza que existe dentro do Brasil precisa sim ser melhor distribuída para que você possa ter aqui, aonde suas netas e netos irão nascer, uma qualidade de vida mais parecida com a da Europa. Sem medo.<br /><br />Sem.<br />Medo.<br /><br />Mas como dinheiro não cresce em árvore, pra que isso aconteça, tem que mexer no que é teu. <br />Só que quando alguém fala em mexer no que é teu, ninguém mais quer igualdade social, e todo esse papo vai por água a baixo. Certo?<br /><br />Certo.<br /><br />Amigo, a verdade é: egoísmo não combina com igualdade social. Ninguém gosta de dividir as duas últimas preciosas bolachas favoritas.<br /><br />Se você quer ser egoísta, ao menos seja sincero e diga que está pouco se fodendo para os humanos aqui do Brasil do sul ou do norte que torcem junto contigo pro Neymar Jr. na Copa do Mundo. Que tanto faz se eles sabem ler, escrever ou tem o que pôr na barriga. Então faça sua trouxinha de dólares e ajude a sustentar alguma ONG que ajuda algum 'vagabundo' na África. Não vou te julgar ou tentar te convencer. Mas é isso o que penso.

Gregory Zancanaro Carniel

Tentei ficar quieto, mas não me aguentei.

Sou de uma família tradicional e de classe média alta brasileira, e fui o único a votar na Dilma.

Nos últimos anos tive o privilégio de morar por 2 anos em Estocolmo, trabalhando e estudando. E digo o que pouca gente imagina: na maior parte da Suécia não existe luxo.

Eu morei num prédio onde moravam médicos, lixeiros, músicos, advogados, e atendentes de super mercado. Juntos. Eu vi pessoas muito ricas andando de bicicleta no inverno, e aproveitando a vida comendo sanduíche sentado no chão de um parque (não num shopping). Donos de agências que atendem Pepsi, NBA, RedBull almoçando comida feita em casa num tupperware sentados na mesma mesa que eu que era imigrante e o Estagiário Assistente de Escritório.

Eu vi meninas como essas da foto andando sozinhas às 3h da manhã em áreas vazias, olhando o mapa no iphone usando shortinho meia bunda e regatinha que mostra o lado do peito ouvindo a música nova da Lykke Li no último volume e cantando. E passaram do meu lado na mesma calçada sem nem atravessar a rua. Sem medo.

Sem.
Medo.

Tudo isso, que nós brasileiros invejamos tanto e dizemos que ‘lá fora é muito melhor’ só se consegue com uma coisa: igualdade social.

A Suécia não chega a ter 10 milhões de pessoas, e a igualdade lá vem sendo praticada desde o início.
O Brasil tem 200 milhões e a desigualdade aqui vem sendo praticada desde o primeiro instante. O que isso implica?

Implica que se você, pessoa que gosta tanto da Europa, quer que o Brasil fique um pouco mais parecido com lá, abraçar a causa da igualdade social é uma necessidade. E ela pode acontecer de duas formas: rápido ou devagar.

Rápido está fora de questão, mas devagar é sim possível. Eu pergunto: Qual é o problema se o país precisa crescer 1% ao invés de 6% para que o Brasil saia do mapa mundial da fome? Ou para que o analfabetismo acabe? Ou o saneamento básico?
Você se preocupa mais com o quanto cai na sua conta do que com quantas pessoas conseguem comer, escrever o próprio nome ou defecar em um lugar decente?

Crescimento de economia é uma coisa, é cálculo do PIB que soma em valores monetários todos os bens e serviços finais produzidos no País.
Já o IDH mede expectativa de vida, analfabetismo, educação, padrão e qualidade de vida e entre outras coisas também o PIB per Capita.

‘O país tem que voltar a crescer’, foi slogan de uns e é opinião de todos, mas o que é ‘crescer’?

Crescer é PIB para poucos como sempre foi no Brasil?
Ou crescer é IDH, com PIB mais distribuído para todos?

O Brasil não tem meios de gerar mais dinheiro do que o que já circula dentro dele (seria lastro para controle) ou seja, a riqueza que existe dentro do Brasil precisa sim ser melhor distribuída para que você possa ter aqui, aonde suas netas e netos irão nascer, uma qualidade de vida mais parecida com a da Europa. Sem medo.

Sem.
Medo.

Mas como dinheiro não cresce em árvore, pra que isso aconteça, tem que mexer no que é teu.
Só que quando alguém fala em mexer no que é teu, ninguém mais quer igualdade social, e todo esse papo vai por água a baixo. Certo?

Certo.

Amigo, a verdade é: egoísmo não combina com igualdade social. Ninguém gosta de dividir as duas últimas preciosas bolachas favoritas.

Se você quer ser egoísta, ao menos seja sincero e diga que está pouco se fodendo para os humanos aqui do Brasil do sul ou do norte que torcem junto contigo proNeymar Jr. na Copa do Mundo. Que tanto faz se eles sabem ler, escrever ou tem o que pôr na barriga. Então faça sua trouxinha de dólares e ajude a sustentar alguma ONG que ajuda algum 'vagabundo' na África. Não vou te julgar ou tentar te convencer. Mas é isso o que penso.

Enviada por Edilson pelo face book

Dólar cai ante real e vai à mínima em quase duas semanas

 

Por José de Castro | Valor

SÃO PAULO  -  (Atualizada às 12h) A ação de estrangeiros ávidos pelo elevado juro que o Brasil oferece volta a ditar firme baixa do dólar ante o real, levando a moeda nesta quarta-feira ao menor patamar em quase duas semanas e a mais do que devolver a alta de segunda-feira, quando disparou quase 3% após a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). 

Às 12h, o dólar comercial recuava 1,69%, para R$ 2,4308. Na mínima de hoje, a cotação foi a R$ 2,4246, menor patamar intradia desde 17 de outubro (R$ 2,4238). No mercado futuro, o dólar para novembro caía 1,14%, a R$ 2,4355. 

Passada a reação mais exacerbada à definição da corrida presidencial, os agentes seguem colocando no preço do dólar expectativas de mudanças na equipe econômica, principalmente no Ministério da Fazenda, em meio à esperança de que a presidente Dilma anuncie um nome que agrade ao mercado.

Com um cenário longe do pânico imaginado por alguns, o jogo volta-se novamente para o diferencial de juros entre as aplicações no Brasil e no mundo desenvolvido, onde as taxas têm se mantido próximas de zero. Enquanto uma aplicação em real paga 11% ao ano, um investimento em dólar rende entre zero e 0,25% ao ano; em euro, 0,05%; em libra, 0,50%; e em ienes, 0,10%.

O real, de longe, lidera os ganhos ante o dólar nesta quarta-feira, considerando uma lista de 34 divisas. O dólar australiano subia 0,47%, enquanto o rand sul-africano caía 0,22%.

(José de Castro | Valor)

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“Vamos ampliar conquistas e corrigir erros”, diz líder do governo

 

  O líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), ocupou a tribuna ontem para agradecer, em nome da base que sustentou a candidatura da presidenta Dilma Rousseff, a todos que defenderam o projeto de mudanças iniciado pelo presidente Lula e que teve continuidade no primeiro governo Dilma. “Vamos honrar cada um dos votos dados pela população brasileira para a reeleição da presidenta Dilma, buscando ampliar as conquistas e corrigir erros”.

De acordo com Fontana, o resultado das urnas demonstra que a sociedade brasileira quer continuar o programa de mudanças implementado pelos governos do PT. “Recebemos o resultado das urnas como afirmação da sociedade, que quer continuar o programa de mudanças que temos implementado no País e refiro-me, principalmente, às mudanças na economia”.

O líder do governo elogiou a política econômica do governo Dilma. “Colocamos como alicerce fundamental da política econômica a geração de empregos e a distribuição de renda e isso se dá a partir da política de valorização do salário mínimo e de iniciativas que permitam que o trabalhador tenha ganho real do seu salário. Com isso, temos famílias que compraram seu primeiro imóvel, seu primeiro carro e que os filhos chegaram às universidades com os programas de inclusão, como Fies e ProUni”, explicou Fontana.

Revista Veja – O líder do governo criticou o que chamou de “conduta antiética, ilegal e criminosa” da Revista Veja e do Grupo Abril no fim do período eleitoral.  “Todos aqueles que entendem que a liberdade de imprensa é pilar fundamental da democracia criticaram a referida revista, que, articulada com outros cúmplices, colocaram uma capa criminosa, mentirosa, manipuladora, que procurou alterar o resultado da eleição de forma criminosa. E houve, sim, uma distorção dos números na reta final da campanha, porque alguns brasileiros tiveram a sua opinião manipulada por essa atitude criminosa da revista Veja”, afirmou Fontana.

Henrique Fontana reiterou a defesa pela reforma política anunciada pela presidenta Dilma. “Estamos felizes com o resultado das eleições presidenciais e queremos dialogar com toda a sociedade brasileira para buscar soluções e uma delas, que é imperiosa e inadiável, trata-se da reforma política. E, dentro dessa reforma, defendemos que seja retirado o financiamento privado, empresarial das campanhas, pois esse é um dos aspectos negativos do sistema eleitoral”, frisou.

PT na Câmara

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

FICHA SUJA, MARIDO É SECRETÁRIO DA ESPOSA GOVERNADORA

 

Em seu primeiro pronunciamento oficial após ter sido eleita governadora de Roraima, Suely Campos, do PP, anunciou, na terça (28), que o marido, o ex-governador e ex-deputado federal Neudo Campos, será o chefe da Casa Civil do estado. Neudo era o candidato inicial do PP ao governo de Roraima, mas desistiu da disputa quando teve o registro de candidatura indeferido, por duas vezes, pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima por ser considerado 'ficha suja', conforme a Lei da Ficha Limpa.

Na foto: Suely Campos, do PP, (à direita) e Neudo Campos (à esquerda); ele assumirá a Casa Civil. (Foto: Emily Costa/ G1)

Justiça Italiana nega extradição de Pizzolato


jornalismo@cearanews7.com.br

A Justiça italiana negou, hoje (28), o pedido de extradição de Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil. Pizzolato foi condenado, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a 12 anos e sete meses de prisão, no Brasil, por lavagem de dinheiro e peculato na Ação Penal 470, o processo do mensalão.
De acordo com informações da Procuradoria Geral da República (PGR), os magistrados italianos alegam ter razões para supor que as condições das prisões brasileiras não atendem aos direitos humanos. O resultado divulgado, hoje, seria um resumo da decisão. O processo completo deve ser publicado em 15 dias.
A assessoria da PGR informou que o governo brasileiro recorrerá da decisão. Em abril deste ano, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF e ao Ministério da Justiça (MJ), solicitações de indicação de presídios para os quais Pizzolato poderia ser levado caso a extradição fosse autorizada. O ato atendia a uma solicitação do Ministério Público italiano e do Tribunal de Apelação de Bolonha para assegurar que, ao cumprir pena no Brasil, Pizzolato teria os direitos humanos preservados. A assessoria da PGR destacou que foram indicados três presídios, um deles o da Papuda, no Distrito Federal.
O julgamento aconteceu na Corte de Apelação de Bolonha. Pizzolato fugiu do Brasil em setembro do ano passado, antes do fim do julgamento do processo do mensalão, e foi preso em fevereiro em Maranello (Itália). Em junho, a corte iniciou o julgamento, mas suspendeu a sessão para solicitar esclarecimentos do governo brasileiro sobre as condições dos presídios nacionais.
*Com informações da Agência Brasil.

cearanews7

José Dirceu recebe autorização para cumprir restante da pena em casa

 

Decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, concede regime de prisão aberto ao ex-ministro da Casa Civil.

Redação
jornalismo@cearanews7.com.br

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu hoje (28) regime de prisão aberto ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Com a decisão, Dirceu poderá cumprir o restante da pena inicial de sete anos e 11 meses em casa.
Segundo informações da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, Dirceu tem direito a progressão de regime semiaberto para o aberto desde o dia 20 de outubro, por ter cumprido 11 meses e 14 dias de prisão, um sexto da pena, requisito exigido pela Lei de Execução Penal.
Para alcançar o marco temporal para obter o benefício, o ex-ministro também descontou 142 dias da pena por trabalhar durante o dia em escritório de advocacia de Brasília e estudar dentro do presídio. Ele foi preso no dia 15 de novembro do ano passado.
De acordo com o Código Penal, o regime aberto deve ser cumprido em uma casa de albergado, para onde os presos retornam somente para dormir. (Com Agência Brasil.).

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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Justiça italiana começa a desmascarar arbítrios da AP 470

 

Por Miguel do Rosário, postado em outubro 28th, 2014 | 54 comentários

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Barbosa recebendo o prêmio de “funcionário do ano”, de um dos irmãos Marinho.


A mídia se aferrou somente ao argumento, por parte da defesa, da precariedade das prisões brasileiras, mas a sentença da Justiça Italiana que mandou soltar Henrique Pizzolato também afirma que não foi observado o direito de todo réu, conforme se exige de países signatários de acordos internacionais de direitos humanos, ao duplo grau de jurisdição.

Pizzolato era um cidadão comum, sem cargo político, então deveria ter sido julgado em primeira instância, e não num STF cheio de ministros acuados por um processo terrível de linchamento político.

Quando a Justiça italiana se debruçar sobre outras arbitrariedes, como a absoluta falta de provas para condenar Pizzolato, ou ainda, quando identificar que havia provas abundantes de sua inocência, teremos a desmoralização completa daquele que foi o capítulo mais vergonhoso da história do judiciário brasileiro: a Ação Penal 470.

E a culpa recai sobretudo na figura dos procuradores gerais, Antônio Fernando de Souza e Roberto Gurgel, e do ex-ministro Joaquim Barbosa, que acumulou um poder plenipotenciário no julgamento da Ação Penal 470: foi o juiz responsável pela investigação, pela relatoria, pelo julgamento, pela apreciação de recursos, pela determinação das penas, e, por fim, autonomeou-se carcereiro dos condenados.

Tornou-se, com isso, o ídolo dos coxinhas, o justiceiro, mas violou todas as tradições democráticas.

A Ação Penal 470 já está desmoralizada junto a todo jurista minimamente honesto.

Falta agora descontruí-la junto a uma opinião pública envenenada, enganada, por uma mídia sem escrúpulos, muito mais interessada em vingança política do que em jornalismo ou justiça.

O julgamento de Pizzolato na Itália talvez ajude neste sentido.

*

Itália nega extradição e manda soltar Pizzolato

A Justiça da Itália rejeitou nesta terça-feira, (28/10), o pedido do governo brasileiro para extraditar o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado por envolvimento no mensalão e atualmente preso em Modena. O brasileiro poderá deixar a prisão ainda nesta terça. A Corte de Apelação de Bolonha julgou o pedido feito pelo governo brasileiro e decidiu que, diante da situação das prisões no Brasil, de sua condição de saúde e por ter cidadania italiana, ele não pode ser devolvido ao Brasil para que cumpra pena no País.

O Brasil vai recorrer da decisão, o que significa que o caso se arrastará por 2015, em uma Corte em Roma. Mas, enquanto isso, Pizzolato vai aguardar uma decisão em liberdade. Ainda nesta terça, ele será levado de Bolonha de volta para Modena e liberado. Num púlpito entre a bandeira da Itália e da União Europeia e debaixo da frase estampada na parede do tribunal “A Lei é igual para todos”, Pizzolato parecia envelhecido e cansado diante dos ornamentos da sala imponente do prédio do Judiciário. Para o julgamento, a corte reservou sua principal sala, com bancos de couro e uma arquitetura clássica. A audiência durou mais de cinco horas.

A defesa de Pizzolato ainda enviou aos juízes documentos da ONU condenando a situação das prisões no Brasil. Nos documentos enviados para a Corte de Apelação de Bolonha, os advogados de Pizzolato ainda insistiram que o julgamento do caso do Mensalão não respeitou um dos princípios da defesa, que é justamente o fato de ser julgado em mais de uma instância.

Recurso

Em Bolonha, o Brasil foi representado pela AGU e pelo Ministério Público Federal. Ambos já indicaram que vão recorrer da decisão. Mas o próprio governo indica que, se for novamente derrotado, vai propor que Henrique Pizzolato cumpra sua pena na Itália.

Fonte: Estadão Conteúdo

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Jogada contra Assad: ISIS tomando oleodutos sírios pode estar levando EUA a querer bombardear oleodutos sírios

 

Big Oil, Catar e sauditas instigando os EUA 'lutando contra ISIS' bombardear oleodutos sírios

Brandon Turbeville

Em mais um exemplo da natureza infantil de propaganda da OTAN em relação à crise síria, que agora está sendo relatado na mídia de que que os Estados Unidos devem bombardear oleodutos da Síria, a fim de derrotar a ameaça ISIS que a própria OTAN criou.

Big Oil, Qataris, Saudis Lick Lips As US 'Fights ISIS' By Bombing Syrian Pipelines

Embora logicamente falacioso, a justificativa oferecida para o público americano é que ISIS está fazendo milhões de dólares por dia, através da venda do óleo retirado dos campos em seu poder no mercado negro a um número de diferentes estados.
No entanto, enquanto a mídia dos EUA não se preocupa em explicar o quão ISIS consegue extrair, refinar e transportar o petróleo, ou como ele é capaz de obter negócios, e completar as suas operações fora do conhecimento dos militares, governos e agências de inteligência do ocidente para a melodia de US $ 2 milhões por dia, esses estabelecimentos que fornecem a solução - bombardear os oleodutos pertencentes a Bashar al-Assad.
É claro que, enquanto o mais provável é verdade que ISIS está usando seus locais de petróleo requisitados para apoiar-se em várias frentes, e até mesmo a tentativa (com algum sucesso) para vender esse óleo, a ideia de que o ISIS é de alguma forma capaz de iludir a mais sofisticada rede de monitoramento em todo o mundo durante o processo de obtenção, refino, venda e entrega de óleo em toda a região é totalmente inacreditável. Na verdade, é tão crível quanto a alegação de que ISIS foi capaz de aproveitar essas grandes áreas de território em toda a Síria e o Iraque sem o conhecimento dos Estados Unidos e da OTAN.
Independentemente disso, deve salientar-se que, entre os países listados como hospedagem clientes ISIS por estabelecimentos tradicionais, como CNN, Turquia e Jordânia estão no topo da lista, ambos próximos aliados americanos e um membro da OTAN. Ainda mais interessante é o fato de que o ISIS também teria vendido petróleo "mercado negro" para os compradores em um número de estados membros da UE.
Ainda assim, esta companhia petrolífera ISIS recém-formado agora é reivindicada a ser um dos "principais preocupações" Os Estados Unidos "pelo Secretário Adjunto dos Assuntos Europeus e da Eurásia, Julieta Valls Noyes, durante sua recente viagem a Londres. Como de costume, a resposta dos EUA aos seus "interesses" envolve a "possibilidade de ataques aéreos."
É claro que, depois de ter atravessado os limites da sanidade e lógica há muito tempo, os Estados Unidos e seus porta-vozes de mídia estão agora pressionando a fantasia de que Bashar Al-Assad é um dos compradores de óleo de ISIS.
Em outras palavras, a OTAN e os EUA em particular, estão tentando convencer o público em geral que Bashar al-Assad, que tem lutado ISIS e organizações terroristas relacionados para, pelo menos, quatro anos, agora está comprando óleo de ISIS, a fim de lutar ISIS. Portanto, de acordo com o governo americano, os EUA devem lutar ISIS explodindo os oleodutos que por direito pertencem a Assad para que ISIS não financiar-se com a venda de petróleo para Assad.
Claro, isso não é meramente cambaleando a lógica. É uma mentira. Não é nada mais do que uma capa para mascarar a verdadeira natureza do financiamento ISIS e outros militantes takfiri a operar no Iraque e na Síria, segundo a qual o financiamento é proveniente dos Estados Unidos, a OTAN e do GCC. Como as afirmações ridículas que ISIS foi financiando-se inteiramente através de doações privadas secretas Twitter, as "vendas de petróleo" é um argumento que deve ser tomado com uma dose saudável de sal. Afinal de contas, tomadas convencionais também estão afirmando que ISIS está vendendo algum deste óleo para o governo sírio, uma situação perde-perde-ganha para ambos os lados e uma tentativa bastante pobre para retratar Assad como um aliado da ISIS.
Na realidade, deve ser sempre lembrado que o ISIS é inteiramente uma criação do Ocidente e que permanece fundamentalmente sob o controle da OTAN e do CCG.
Outra peça importante do quebra-cabeça que deve ser mantido em mente é o oleoduto do Qatar cobiçado e desejado por ambos Qatar e Estados Unidos. Este gasoduto seria executado a partir de Qatar por Arábia Saudita, Jordânia, Síria e Turquia e, de lá, para o resto da Europa. A criação deste gasoduto teria previsto um plano de salvação muito necessário para a Europa que está atualmente dependente da Rússia para grande parte da sua alimentação. Lembre-se, foi em 2009 que Assad rejeitou o plano para o desenvolvimento deste pipeline.
Em vez de o negócio do Catar, Assad começou a negociar um acordo com o Irã, que teria visto um gasoduto construído em todo o Iraque e a Síria, que também teria fornecido gás para a Europa.
Como Nafeez Ahmed escreveu para o The Guardian, em 2013,
O plano de gasoduto Irã-Iraque-Síria foi uma "bofetada direta na cara" com os planos do Qatar. Não admira que o príncipe saudita Bandar bin Sultan, em uma tentativa fracassada de subornar a Rússia a mudar de lado, disse ao presidente Vladmir Putin que "qualquer regime que vem depois" Assad, ele estará "completamente" nas mãos da Arábia Saudita e "assinará qualquer acordo que permita a qualquer país do Golfo para o transporte de seu gás em toda a Síria para a Europa e competirá com as exportações de gás russo ", segundo fontes diplomáticas. Quando Putin se recusou, o príncipe prometeu ação militar.
Com isso em mente, pode-se ver claramente o incentivo que os governos ocidentais teriam na destruição não só do potencial de oleodutos / gasodutos Irã-Iraque-Síria, mas também da infra-estrutura de dutos de petróleo e gás existente que existe atualmente. Um bombardeio de oleodutos da Síria seria posteriormente permitir que o Catar para reconstruir a infra-estrutura que os seus aliados destruídos e, como resultado, enfraquecer a Rússia ainda mais no grande tabuleiro de xadrez geopolítico.
Por último, não se deve esquecer que a destruição da infra-estrutura de petróleo e gás da Síria enfraquece as forças do governo sírio. Lembre-se, nos casos em que os Estados Unidos bombardearam refinarias de petróleo da Síria, até agora, as forças AEA estavam prontos para mover-se para retomar o controle das refinarias de petróleo administradas por terroristas financiados pelas potências ocidentais, mas os Estados Unidos iniciaram ataques aéreos apenas em cima da hora privar as forças SAA da oportunidade de aproveitar um pouco da infra-estrutura de refinaria de petróleo de que necessita desesperadamente.
É também importante notar que, virtualmente, nenhum dos infra-estrutura a ser destruída pelos ataques aéreos Estados Unidos foi construído por ISIS. Foi construído pelo governo sírio. A realidade da campanha de bombardeio é que os Estados Unidos e seus aliados estão destruindo importantes regiões da Síria e não deixando nada de real valor para o exército sírio para retomar após suas batalhas longas-lutou contra ISIS.
No final, as últimas reivindicações que apresentam ISIS tão impenetrável em seu segredo e assustadora em sua guerra e estratégia financeira é nada mais do que pura propaganda. Não é nada mais do que uma justificação projetado para incitar o povo americano a complacência continuou em face de uma nova intervenção militar dos EUA na Síria e o ataque aberto sobre o governo sírio. Infelizmente, isso se tornou uma tarefa que é muito fácil.

http://www.pakalertpress.com

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Dilma articula primeiros nomes para o ministério

 

Jaques Wagner, Kassab e Cid Gomes são três apostas certas para cargos no novo governo

por O Globo


Coringa: Wagner é uma aposta versátil - Gustavo Miranda / Gustavo Miranda/6-11-2012

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BRASÍLIA — Reeleita domingo, a presidente Dilma Rousseff começará nas próximas semanas a ajustar seu novo ministério. Já são dados como nomes certos para trabalhar com a presidente a partir de 2 de janeiro os governadores da Bahia, Jaques Wagner (PT), e do Ceará, Cid Gomes (PROS); e o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD). De saída, estão os ministros Edison Lobão (Minas e Energia), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Marta Suplicy (Cultura).

Segundo interlocutores presidenciais, a ideia do novo ministério é que seja comandado por políticos de estatura, nomes conhecidos da sociedade. O atual governo é integrado por técnicos e pessoas desconhecidas, o que passa uma imagem de que a pasta é irrelevante.

Cid Gomes: Cotação alta para a Educação - Marcos Alves / Marcos Alves/8-5-2013

SINAIS DE COMPOSIÇÃO

Apesar de o processo de transição estar ainda no começo, já há algumas sinalizações importantes de composição do novo governo. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão que, entre idas e vindas, ocupa o posto desde a gestão Lula, vem mantendo conversas com peemedebistas desde o agravamento das denúncias na Petrobras. Concluiu que perdeu as condições para se manter no cargo a partir de 2015, mas não deve sair agora “defenestrado pela crise”, nas palavras de um peemedebista.

Segundo interlocutores palacianos, pesará nas escolhas de Dilma a lealdade dos candidatos a ministro, e o comprometimento que tiveram com o governo e durante a campanha eleitoral. No topo dos queridinhos de Dilma estão Miguel Rossetto, que deixou o Ministério do Desenvolvimento Agrário no momento mais delicado da eleição para reforçar a campanha, os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Relações Institucionais), além de Wagner, Cid e Kassab.

Wagner é apontado por integrantes do governo como um coringa. Ele poderia assumir a pasta da Indústria e Comércio, Integração Nacional, Relações Institucionais e até a Casa Civil, se Mercadante for remanejado para a Fazenda. Berzoini e Mercadante também têm espaço garantido na próxima gestão, mas ainda em pastas incertas. Em março passado, quando Berzoini aceitou o convite da presidente para a Secretaria de Relações Institucionais, foi combinado que ele ficaria a partir de 2015. Ele pode voltar para a Previdência, cargo que ocupou no governo Lula, ou permanecer onde está. Miguel Rossetto pode ser remanejado para a Secretaria-Geral, cargo hoje de Gilberto Carvalho, que deverá sair do governo.

Presidente do PSD, Kassab é apontado como um importante parceiro do governo e também deve ter vaga na Esplanada. Kassab deixou o DEM, de oposição, para fundar o PSD e abriu mão de ocupar cargos no governo nos últimos anos dizendo que só aceitaria participar em um novo mandato. O partido tem um representante no governo, o ministro Guilherme Afif Domingos (Micro e Pequenas Empresas). Dilma tem boa relação com ele e a ideia do PSD é mantê-lo e ampliar seu espaço com Kassab.

Kassab: aliado com vaga certa na Esplanada - Givaldo Barbosa / Givaldo Barbosa/25-6-2014

Cid Gomes, por sua vez, é cotado para o Ministério da Educação. Dilma tem admiração pelos resultados de seu governo no Ceará especialmente nesta área e Cid sempre foi aliado do Planalto em questões administrativas e políticas.

Com a pulverização de partidos nanicos na Câmara, que elegeu para 2015 deputados de 28 diferentes partidos, a presidente deve ficar ainda mais dependente do PMDB, que, assim como em 2010, pressionará para aumentar sua participação das atuais cinco pastas e assumir ministérios mais robustos. O ministro Moreira Franco (Aviação Civil) é apontado por integrantes do governo como um peemedebista que será mantido. Ele está cotado para o ministério das Comunicações, ou pode permanecer onde está. Isso depende do destino de Paulo Bernardo, que poderá voltar para o Planejamento, ministério que comandou no governo Lula. A pedido de Renan Calheiros, Vinícius Lages deve ser mantido no Turismo. Ele ganhou o apoio do PMDB por ser especialista na área.

O PMDB brigará para manter ao menos outros dois ministérios: Agricultura e Minas e Energia, mas auxiliares de Dilma afirmam que ela quer a área energética sob seu estrito comando, e para isso, pode nomear um de seus assessores mais leais: Giles Azevedo, que foi secretário de Minas e Metalurgia, chefe de gabinete de Dilma quando ministra da área, e é geólogo de formação. Giles trabalha com a presidente há mais de 20 anos e foi um dos coordenadores das campanhas de 2010 e deste ano. Se não for para o Ministério de Minas e Energia, Giles voltará para a chefia de gabinete de Dilma. A presidente sinalizou que gostaria de levar a senadora Kátia Abreu (PMDB) para o Ministério da Agricultura, mas não será algo pacífico no partido.

— O PT e a presidente Dilma precisarão ter outra postura com o PMDB. Somos governo e construímos com eles a vitória. Não é possível irmos para um novo governo sem que haja uma recomposição desta relação — disse um peemedebista.

Quem pode deixar a Esplanada é o ministro da Previdência, Garibaldi Alves. Ele quase deixou o governo na semana passada por causa das eleições no Rio Grande do Norte. Josué Alencar, filho do ex-vice-presidente José Alencar e presidente da Coteminas é apontado como uma possibilidade para a área da Indústria e Comércio e serviria como uma ponte com o setor produtivo, em rota de colisão com o governo. Ele tem o apoio do PMDB, mas para se tornar ministro, precisa deixar a presidência da empresa.

Outra substituição certa é no Ministério da Cultura. A petista Marta Suplicy deixará o cargo. Ela se manteve distante da campanha à reeleição, foi identificada como uma das líderes do movimento “Volta, Lula”. Um dos nomes para assumir a pasta é Juca Ferreira, que exerceu essa função no governo Lula.

http://oglobo.globo.com/brasil/dilma-articula-primeiros-nomes-para-ministerio-14381379

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Reeleita, Dilma clama por paz, união e mudanças

 

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"Agradeço, do fundo do mundo do meu coração, ao militante número 1 das causas do povo brasileiro: o presidente Lula", disse a presidente Dilma Rousseff, em seu discurso da vitória; com as urnas apuradas, ela teve 51,6% dos votos, contra 48,4% de Aécio Neves; "Não acredito que essas eleições tenham dividido o Brasil ao meio. Entendo que elas mobilizaram emoções contraditórias, mas movidas por um sentimento comum: a busca de um futuro melhor"; depois de clamar por paz e união, ela afirmou ainda que resultados apertados nas urnas podem promover mudanças mais rápidas e mais profundas; "sei do poder que cada presidente tem de liderar as grandes causas populares. E eu o farei", disse Dilma, num discurso histórico, de arrepiar, em que ela colocou como prioridade de seu segundo mandato a reforma política

26 de Outubro de 2014 às 22:23

247 - Aos gritos de olê, olê, olá, Dilma foi recebida por militante do PT em São Paulo. Seu primeiro agradecimento foi ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seguida, ao vice Michel Temer e a sua esposa Marcela. Depois, vieram os presidentes dos partidos que a apoiam, começando por Rui Falcão, do PT.

Eis trechos de sua fala:

"Chegamos ao final de uma disputa que mobilizou todas as forças dessa Nação. Tenho palavras de agradecimento e conclamação. Agradeço a meu vice e aos partidos que sustentaram nossa aliança. Agradeço a cada um e a cada uma dos integrantes dessa militância combativa, que foi a alma e a força dessa vitória. E agradeço a todos os brasileiros e brasileiras.

Agradeço, do fundo do mundo do meu coração, ao militante número 1 das causas do povo brasileiro: o presidente Lula. Conclamo a todos os brasileiros e brasileiras a nos unirmos. Não acredito que essas eleições tenham dividido o Brasil ao meio. Entendo que elas mobilizaram emoções contraditórias, mas movidas por um sentimento comum: a busca de um futuro melhor.

Em lugar de ampliar divergências, creio que é hora de construção de pontes. O calor liberado no fragor da disputa pode ser transformado em energia construtiva de um novo momento no Brasil. Em alguns momentos da história, resultados apertados produziram mudanças mais rápidas e mais amplas. Essa é minha esperança. Aliás, é minha certeza. Esta presidenta aqui está disposta ao diálogo e este é meu primeiro compromisso neste segundo mandato. Toda eleição é uma forma de mudança. Principalmente para nós, que vivemos numa das maiores democracias do mundo.

Quero ser uma presidenta muito melhor do que fui até agora. Quero ser uma pessoa ainda melhor do que tenho me esforçado por ser. A palavra mais dita foi mudança. O tema mais amplamente invocado foi reforma. Estou sendo reconduzida à presidência para realizar as grandes mudanças que a sociedade brasileira exige. Estou pronta a responder a essa convocação. Sei do poder que cada presidente tem de liderar as grandes causas populares. E eu o farei."

Em seguida, Dilma defendeu o plebiscito pela reforma política. "Quero discutir esse tema profundamente com o novo Congresso Nacional e com toda a sociedade brasileira".

Com as urnas apuradas, a presidente Dilma Rousseff teve 51,6% e Aécio Neves 48,4%. Ela venceu no Norte, no Nordeste, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e perdeu em São Paulo.

O resultado é muito semelhante ao da pesquisa Datafolha, que apontou vitória de Dilma por 52% a 48%.

Com a vitória, o Partido dos Trabalhadores, que foi criado em 1980, terá um ciclo de 16 anos no poder.

Abaixo, reportagem da Agência Brasil:

Luana Lourenço e Sabrina Craide – Repórteres da Agência Brasil

Com 97,62% das urnas apuradas, a atual presidenta da República, Dilma Rousseff (PT), tem 51,38% dos votos válidos e está matematicamente reeleita para o cargo. O candidato Aécio Neves (PSDB) tem 48,62% dos votos válidos até o momento.

Mineira de Belo Horizonte, Dilma Rousseff, tem 66 anos, é economista formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), tem uma filha e um neto. Foi reeleita hoje (26), junto com o vice-presidente Michel Temer (PMDB), com o apoio da coligação formada por PT, PMDB, PDT, PCdoB, PR, PP, PRB, PROS e PSD. No primeiro turno, Dilma ficou em primeiro lugar, com 43.267.668 votos (41,59% dos votos válidos).

Filha de um imigrante búlgaro e de uma professora do interior do Rio de Janeiro, Dilma viveu em Belo Horizonte, capital mineira, até 1970, onde integrou organizações de esquerda, como o Comando de Libertação Nacional (Colina) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Foi presa em 1970 pela ditadura militar e passou quase três anos no Presídio Tiradentes, na capital paulista, onde foi torturada.

Em 1973, mudou-se para Porto Alegre, onde construiu sua carreira política. Na capital gaúcha, Dilma dedicou-se à campanha pela anistia, no fim do regime militar, e ajudou a fundar o PDT no estado. Em 1986, assumiu seu primeiro cargo político, o comando da Secretaria da Fazenda de Porto Alegre, convidada pelo então prefeito Alceu Collares.

Com a redemocratização, Dilma participou da campanha de Leonel Brizola à Presidência da República em 1989. No segundo turno, apoiou o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em 1993, Dilma assumiu a Secretaria de Energia, Minas e Comunicação do Rio Grande do Sul, cargo que ocupou nos governos de Alceu Collares (PDT) e Olívio Dutra (PT).

Em 2000, Dilma filiou-se ao PT e, em 2002, foi convidada a compor a equipe de transição entre os governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. Quando Lula assumiu, em janeiro de 2003, Dilma foi nomeada ministra de Minas e Energia, onde comandou a reformulação do marco regulatório do setor. Em 2005, ainda no primeiro governo Lula, Dilma assumiu a chefia da Casa Civil, responsável até então por projetos como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa, Minha Vida.

Dilma deixou a Casa Civil em abril de 2010 e, em junho do mesmo ano, teve sua candidatura à Presidência da República oficializada. Venceu sua primeira eleição no segundo turno, contra o candidato do PSDB, José Serra, com mais de 56 milhões de votos.

Em um governo de continuidade, Dilma manteve e ampliou programas sociais da gestão Lula e implantou iniciativas que levaram à redução da pobreza, da fome e da desigualdade. Criou o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e ampliou programas de empreendedorismo. Também implantou um programa de concessões para obras de infraestrutura e logística, muitas ligadas à realização da Copa do Mundo. Em um governo marcado por episódios de corrupção, Dilma chegou a demitir seis ministros em dez meses, em 2011. A presidenta reeleita também enfrentou problemas com a economia, com queda no ritmo do crescimento do país e avanço da inflação.

Leia, ainda, reportagem da Reuters:

SÃO PAULO (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita neste domingo em uma disputa marcada por reviravoltas e que teve o resultado mais apertado desde a redemocratização, indicando os desafios que ela terá para unir um Brasil que se mostrou dividido nas urnas.

A vitória de Dilma, primeira mulher na Presidência da República, veio principalmente com votos obtidos no Norte e Nordeste, regiões mais pobres do país e onde programas sociais como o Bolsa Família têm ajudado a melhorar a vida de dezenas de milhões de pessoas.

A petista, que garantiu ao seu partido o quarto mandato consecutivo no governo central, terá grandes desafios pela frente, como retomar o crescimento econômico, controlar mais efetivamente a inflação e reconquistar a confiança de empresários e investidores.

Seu governo precisará também dar respostas à sociedade sobre a suposta corrupção na Petrobras e que teria o envolvimento de partidos e políticos da base aliada do governo, que veio à tona durante a campanha e virou tema de embate, porém sem força para mudar de forma significativa o voto de eleitores.

Após 98 por cento da apuração, Dilma tinha 51,45 por cento dos votos válidos, contra 48,55 por cento de Aécio, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Restando 1,87 por cento dos votos a serem apurados, é impossível matematicamente para o tucano alcançar a petista.

Dilma tinha 53,3 milhões de votos e Aécio aparecia com 50,3 milhões. Ainda faltavam 2,7 milhões de votos a serem apurados.

A última parcial do TSE apontava para um resultado final agora mais estreito em termos percentuais do que foi a vitória de Fernando Collor de Mello (PRN) contra o petista Luiz Inácio Lula da Silva em 1989, quando o primeiro foi eleito com 53,03 por cento dos votos válidos.

A eleição deste ano foi marcada pela imprevisibilidade, com Dilma tendo visto sua chance de reeleição ameaçada por dois candidatos diferentes ao longo da campanha, primeiro por Marina Silva (PSB), terceira colocada na votação de 5 de outubro, e depois por Aécio.

A trágica morte do presidenciável Eduardo Campos (PSB) em um acidente aéreo em 13 de agosto alçou sua vice na chapa ao topo da corrida presidencial. Marina chegou a abrir 10 pontos de vantagem sobre Dilma em simulação de segundo turno. A ex-senadora e ambientalista, contudo, viu aos poucos suas intenções de voto cederem, em meio aos ataques de seus adversários.

Aécio teve uma votação no primeiro turno bastante acima do que apontavam as pesquisas e apareceu numericamente à frente de Dilma nos primeiros levantamentos do segundo turno, em empate dentro da margem de erro. Mas logo a presidente voltou a aparecer na frente, o que persistiu até a véspera da votação deste domingo.

Além de viradas dramáticas, a disputa deste ano ficará marcada pelos incansáveis ataques entre os principais candidatos e pela crescente radicalização na polarização PT x PSDB, que domina a corrida presidencial há 20 anos.

(Por Cesar Bianconi e Gustavo Bonato)

Brasil 247

PMDB tem mais Estados; PSDB governa mais eleitores e PT cresce

 

 

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Peemedebistas conquistam sete Estados, incluindo o Rio Grande do Sul com Ivo Sartori; tucanos perderam a liderança no ranking, mas ainda governarão maior fatia da população, com cinco governos estaduais, com a reeleição de Marconi Perillo em Goiás; já o PT manteve número de colégios eleitorais conquistados, com cinco, porém mais importantes; PT ficou com Minas Gerais e com a eleição inédita de um petista no Ceará, Camilo Santana

27 de Outubro de 2014 às 05:20

247 – No balanço da disputa estadual de 2014, o PMDB foi o partido mais vitorioso, conquistando nas urnas os governos de sete Estados.

O PMDB, partido do vice-presidente da República, Michel Temer, que já havia eleito quatro governadores no primeiro turno, conquistou o governo de mais três Estados neste domingo: no Rio de Janeiro com Luiz Pezão; no Rio Grande do Sul com Ivo Sartori; e em Rondônia, com Confúcio Moura. Com o resultado, um dos maiores partidos do país e mais pulverizado passa a comandar sete unidades da Federação.

O PSDB, que nas eleições de 2010 liderava o ranking, com oito governadores eleitos, fechou a conta deste ano com cinco Estados. Mesmo assim, irá governar a maior fatia da população. Além do Paraná e São Paulo, importante colégio eleitoral, obteve mais três vitórias neste domingo: no PA, com Simão Jatene; em GO, com a reeleição de Marconi Perillo; e no MS, com Reinaldo Azambuja.

O PT conquistou mais Estados desta vez e conquistou também cinco governos, incluindo, na primeira rodada de votações, Minas Gerais --o segundo maior colégio eleitoral do país e até então reduto do PSDB-- e com a eleição inédita de um petista no Ceará (Camilo Santana) - venceu ainda no Acre, Bahia e no Piauí.

O PSB elegeu os governadores do Distrito Federal e da Paraíba neste domingo e já havia ganho a disputa estadual de Pernambuco no primeiro turno.

Brasil 247

domingo, 26 de outubro de 2014

Camilo Santana é eleito governador do Ceará

 

Photographer: Carlos Gibaja: 26/10/2014- Barbalha- CE, Brasil- O Candidato Camilo Santana vota no distrito de Caldas em Barbalha, Ceará.<br />Fotos: Carlos Gibaja/ Coligação para o Ceará Seguir Mudando.

 

26 de Outubro de 2014 às 21:38

247 – Com 100% das urnas apuradas, o candidato ao governo do Ceará pelo PT, Camilo Santana, foi eleito com 53,35% dos votos válidos (2.417.255). Eunício Oliveira, do PMDB, alcançou 46,65% (2.113.702 votos). Os votos brancos somam 2,07% e os nulos 5,55%. A abstenção foi de 21,75%.

Apoiado pelo atual governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), Santana tem 46 anos e é natural de Crato (CE). Servidor público federal, começou a carreira política atuando junto ao movimento estudantil.

Em 2010, Santana foi o candidato à Assembleia Legislativa Estadual mais votado, com mais de 131 mil votos. Já contava, na época, com o apoio do atual governador, Cid Gomes. Além da Secretaria Estadual de Cidades, Santana comandou também a Secretaria de Desenvolvimento Agrário.

A candidata a vice é a professora Izolda Cela (PROS).

*Com Agência Brasil

Brasil 247

Leandro Fortes: Tucano é acusado de tráfico de órgãos

 

Pela quarta vez consecutiva, Carlos Mosconi é presidente da Comissão de Saúde do Parlamento de Minas Gerais

por Leandro Fortes, em CartaCapital, sugestão de Julio Cesar Macedo Amorim

Enquanto o Congresso Nacional é submetido a um constrangimento diário desde a eleição do deputado Marcos Feliciano (PSC-SP), pastor evangélico de discurso homofóbico e racista, para o comando da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, um caso semelhante na forma, mas muito mais grave no conteúdo, permanece escondido na Assembléia Legislativa de Minas Gerais.

Em 1˚ de fevereiro, o tucano Carlos Mosconi assumiu pela quarta vez consecutiva a presidência da Comissão de Saúde do Parlamento mineiro.

Médico de formação, Mosconi é idealizador da MG Sul Transplantes, ONG que servia de central clandestina de receptação e distribuição de órgãos humanos em Poços de Caldas, no sul do estado. Segundo uma investigação da Polícia Federal, Mosconi chegou a encomendar um rim para o amigo de um prefeito da cidade mineira de Campanha.

Em 19 de fevereiro, o juiz Narciso Alvarenga de Castro, da 1a Vara Criminal de Poços de Caldas, condenou quatro médicos envolvidos no esquema de compra e venda de órgãos humanos, a chamada “Máfia dos Transplantes”.

João Alberto Brandão, Celso Scafi, Cláudio Fernandes e Alexandre Zincone, todos da Irmandade Santa Casa, eram ligados à MG Sul Transplantes. Scafi era sócio de Mosconi em uma clínica da cidade. A ONG era responsável pela organização de uma lista de pacientes particulares que encomendavam e pagavam por órgãos retirados de pacientes ainda vivos. A quadrilha realizava os transplantes na Santa Casa, o que garantia, além do dinheiro tomado dos beneficiários da lista, recursos do SUS para o hospital.

A máfia de médicos de Poços de Caldas foi descoberta em 2002 por causa do chamado “Caso Pavesi”, que chegou a ser investigado na Câmara dos Deputados pela CPI do Tráfico de Órgãos Humanos, em 2004. Em 19 de abril de 2000, Paulo Veronesi Pavesi, 10 anos de idade à época, caiu de um brinquedo no prédio onde morava e foi levado à Santa Casa. O menino foi atendido pelo médico Alvaro Ianhez, coordenador do setor de transplantes do hospital e, soube-se depois, chefe da central clandestina de tráfico de órgãos. Ianhez é amigo particular do deputado Mosconi, responsável por sua nomeação no hospital.

A partir de uma denúncia do analista de sistemas Paulo Pavesi, pai do garoto, a PF abriu um inquérito e descobriu que a equipe de Ianhez havia decretado a morte encefálica de Paulo quando ele estava sob efeito de substâncias depressivas do sistema nervoso central.

Ou seja, teve os rins, o fígado e as córneas retirados quando provavelmente ainda estava vivo. Pavesi pai foi obrigado a pedir asilo na Itália, depois de ser ameaçado de morte por diversas vezes em Minas Gerais. Atualmente, mora em Londres, onde aguarda até hoje o julgamento do caso do filho.

Outros oito casos semelhantes foram descobertos pela PF e pelo Ministério Público Federal durante as investigações.

Um deles, o do trabalhador rural João Domingos de Carvalho, foi o que resultou nas condenações de fevereiro passado. Internado por sete dias na enfermaria da Santa Casa, entre 11 e 17 de abril de 2001, Carvalho foi dado como morto quando estava sentado e teve os rins, as córneas e o fígado retirados pelos médicos Fernandes e Scafi.

“Era pura ganância, vontade de enriquecimento rápido, sem se preocupar com o sofrimento dos demais seres humanos”, escreveu o juiz Nasciso de Castro na sentença que condenou os médicos da Santa Casa a penas de 8 a 11 anos de prisão, em primeira instância. Todos continuarão em liberdade até o julgamento dos recursos.

Pavesi não se amendrontou à toa. Em 24 de abril de 2002, Carlos Henrique Marcondes, administrador da Santa Casa, foi assassinado no dia exato de seu depoimento no Ministério Público sobre a atuação da máfia dos transplantes lotada no hospital. Ele tinha gravado todas as conversas com os médicos envolvidos no tráfico de órgãos e pretendia entregar as fitas às autoridades.

Antes de falar, Marcondes foi encontrado morto no próprio carro com um tiro na boca. Segundo um delegado da Polícia Civil da cidade, o ex-PM Juarez Vinhas, tratou-se de suicídio. O caso foi sumariamente arquivado. O laudo pericial constatou, porém, que três tiros haviam sido disparados contra Marcondes, embora apenas um o tenha atingido.

Mais ainda: a arma usada e colocada na mão da vítima desapareceu no fórum de Poços de Caldas, razão pela qual foi impossível periciá-la. Levado à Santa Casa, o corpo do administrador foi recebido por dois médicos do hospital. Um deles, João Alberto Brandão, foi condenado em fevereiro. O outro, Félix Gamarra, chegou a ser indiciado, mas acabou beneficiado pela lei de prescrição penal, por ter mais de 70 anos de idade.

A dupla raspou e enfaixou a mão direita de Marcondes, supostamente usada para apertar o gatilho, de modo a invibializar o exame de digitais e presença de resíduos de pólvora. E o advogado da Santa Casa, o também ex-PM Sérgio Roberto Lopes, providenciou a lavagem do carro.

O nome de Mosconi apareceu na trama em 2004, durante a CPI do Tráfico de Órgãos. Convocado pela comissão, o delegado Célio Jacinto, responsável pelas investigações da Polícia Federal, revelou a existência de uma carta do parlamentar na qual ele solicita ao amigo Ianhez o fronecimento de um rim para atender ao pedido do prefeito de Campanha, por 8 mil reais. A carta, disse o delegado, foi apreendida entre os documentos de Ianhez, mas desapareceu misteriosamente do inquérito sob custódia do Ministério Público Estadual de Minas Gerais.

Mosconi foi ouvido pelo juiz Narciso de Castro e confirmou conhecer Ianhez desde os anos 1970. O parlamentar disse “não se recordar” da existência de uma lista de receptores de órgãos da Santa Casa, da qual chegou a ser presidente do Conselho Curador por um período.

Sobre a MG Sul Transplantes, que fundou e difundiu, afirmou apenas “ter ouvido falar” de sua existência. Declaração no mínimo estranha. O registro de criação da MG Sul Transplantes, em 1991, está publicado em um artigo no Jornal Brasileiro de Transplantes (volume 1, número 4), do qual os autores são o próprio Mosconi, além de Ianhez, Fernandes, Brandão, e Scafi, todos investigados ou réus de processos sobre a máfia de transplantes de Poços de Caldas.

Procurada por CartaCapital, a assessoria de imprensa de Carlos Mosconi ficou de marcar uma entrevista com o deputado. Até o fechamento desta edição, o parlamentar não atendeu ao pedido da revista.

http://www.viomundo.com.br/denuncias/leandro-fortes-tucano-carlos-mosconi-um-feliciano-piorado-na-assembleia-mineira.html

Dilma assina decreto que cria Plano Nacional de Saneamento Básico

 

Plano prevê investimentos de R$ 508 bilhões em 20 anos.
'No Brasil, o governo federal não investia em saneamento', disse.

Filipe MatosoDo G1, em Brasília

A presidente Dilma Rousseff assinou nesta quarta-feira (20), durante a abertura da 5ª Conferência Nacional das Cidades, em Brasília, decreto que institui o Plano Nacional de Saneamento.

O plano define as metas para o saneamento em todo o país e, para os próximos 20 anos, prevê investimentos estimados em R$ 508 bilhões.

“No Brasil, o governo federal não investia em saneamento. O que estou falando é água tratada, é esgoto sanitário com tratamento e oferta, é politica de resíduos sólidos e também de drenagem”, afirmou a presidente.

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O Ministério das Cidades informou que o plano servirá para a “universalização do acesso aos serviços de saneamento básico como um direito social, contemplando os componentes de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas”.

A presidente disse ainda que saneamento é "vida" e representa desenvolvimento humano.

"Mas ele está escondido no solo, os canos estão lá embaixo, os dutos estão lá embaixo. Assim, não investiam. É fundamental para o país, e a gente tem que ter clareza disso. É índice de desenvolvimento humano ter água tratada e esgoto tratado. A gente não pode em nenhum momento abrir mão disso, nós não podemos abrir mão de deixar que os percentuais, principalmente nas casas, de esgotamento sanitário sejam tão baixos no Brasil”, completou.

O ministro das Cidades assinou uma portaria criando um grupo de trabalho para discutir a proposta de projeto de lei que cria a política que institui o Fundo Nacional de Desenvolvimento Urbano.

Minha Casa, Minha Vida
A presidente também falou na conferência sobre o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. Ela afirmou que o atual governo contratou 2 milhões de habitações e que a expectativa é de contratar mais 750 mil até o fim do ano que vem.

“E agora vamos colocar padrão para ser seguido, independentemente do que ocorra, para garantir que ela ocorra, chova ou faça sol. Essa proposta é fundamental para a continuidade do programa porque o déficit habitacional no Brasil ainda não foi superado”, afirmou a presidente.

Dilma também disse que é preciso “reconhecer” que o estado brasileiro tem “obrigação” de contribuir para que “certa camada” da população tenha direito a casa própria.

“É reconhecer que o estado brasileiro – não o governo, o estado – tem obrigação com certa camada da população de contribuir para ela ter acesso à casa própria. Daí porque esse é o programa em que o governo federal gasta mais com subsídio. Nós, de fato, subsidiamos a casa própria à população mais pobre deste país e não é uma questão de esmola não, é questão de dívida”, disse Dilma na conferência.

Segundo o Ministério das Cidades, 1,4 milhão de famílias já foram beneficiadas pelo Minha Casa, Minha Vida. Em 15 de outubro, a presidente anunciou uma terceira etapa do Minha Casa, Minha Vida, em evento em Vitória da Conquista (BA). À época, a presidente não chegou a especificar o quanto deveria ser investido ou o número de moradias a serem contratadas.

http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/11/dilma-assina-decreto-que-cria-plano-nacional-de-saneamento-basico.html

Empregos, salários e universidades explicam sucesso de Dilma no NE

 

Carlos Madeiro e Wellington Ramalhoso
Do UOL, em Maceió e São Paulo

Dilma Rousseff faz caminhada no município de Feira de Santana, na Bahia

  • Dilma Rousseff faz caminhada no município de Feira de Santana, na Bahia

Resumir a vitória esmagadora da candidata à reeleição Dilma Rosseff (PT) no Nordeste no primeiro turno ao pagamento do Bolsa Família seria minimizar os avanços em várias áreas obtidos pela região neste século.

No primeiro turno, a petista teve uma vantagem de 12,2 milhões de votos sobre o candidato Aécio Neves (PSDB) na região. O tucano foi o mais votado no Sul, no Sudeste e no Centro-Oeste, mas na soma do país ainda ficou com 8,3 milhões de votos a menos do que a candidata à reeleição, o que mostra a importância do Nordeste na definição do resultado.

As duas pesquisas divulgadas pelo Datafolha nesta semana confirmam o favoritismo da presidente na região no 2º turno. O levantamento mostra que o Nordeste apresenta o maior desequilíbrio entre os candidatos nas intenções de voto. Dilma alcança a marca de 70% dos votos válidos enquanto Aécio não passa de 30%.

Em relação à primeira pesquisa feita pelo Datafolha no segundo turno, entre os dias 8 e 9 de outubro, a vantagem da presidente na região cresceu oito pontos percentuais.

Assim como em 2010, a discussão sobre o "voto nordestino" voltou a ser alvo de críticas nas redes sociais. Logo após a confirmação da vitória de Dilma no primeiro turno, uma série de internautas lançou ataques aos nordestinos na internet.

Além disso, uma declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao UOL colocou mais lenha na fogueira. "O PT está fincado nos menos informados, que coincide de ser os mais pobres. Não é porque são pobres que apoiam o PT, é porque são menos informados", afirmou.

Para especialistas consultados pelo UOL, os votos são reflexo do pujante crescimento econômico, das obras e do triplo de estudantes do ensino superior na região.

Segundo o Banco Central, a economia nordestina cresceu 2,55% no segundo trimestre de 2014. Nenhuma região consegue resultado tão expressivo e a tanto tempo seguido. Pela medição do IBGE, a economia do Brasil encolheu 0,6% de abril a junho. 

O crescimento da economia pode ser explicado pelos ganhos econômicos da região. 

Segundo a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), entre 2001 e 2012, o nordestino teve o maior ganho de renda entre todas as regiões, o que fez com a participação da base da pirâmide social caísse 66% para 45% --ou seja, mais de 20 milhões de pessoas deixaram a pobreza.

Um dos dados que explicam esse ingresso na classe média é a geração de empregos com carteira assinada. Em 2002, 4,8 milhões de nordestinos tinham emprego formal. No final do ano passado, eram 8,9 milhões. 

Segundo o professor de Economia da Ufal (Universidade Federal de Alagoas) Cícero Péricles Carvalho, o Bolsa Família não é o que sustenta a maioria dos nordestinos, já que existem menos beneficiários que pessoas que recebem da Previdência ou têm emprego formal --que pagam valores bem maiores.

"O Nordeste possui 17 milhões de famílias. Atualmente, são 8,9 milhões de trabalhadores com carteira assinada, 8,7 milhões de previdenciários e 7 milhões de famílias cobertas pelo programa Bolsa Família. Ou seja, a renda, ainda que mínima, chega praticamente a todos os domicílios", explica o professor.

Veja o desempenho dos candidatos

Com mais dinheiro circulando, o Nordeste também virou alvo de grandes indústrias e redes, com investimentos em andamento superando os R$ 100 bilhões. 

"O fenômeno do consumo massivo dos chamados segmentos populares é mais uma dessas expressões que ajudam a entender o que se passa na região. Neste período, o Nordeste tem recebido muitos investimentos privados e públicos, e o resultado são taxas de crescimento maiores, em média, que as nacionais", completa Carvalho.

Mais universidades e estudantes

Outro número expressivo é a quantidade de estudantes em cursos superiores. Em 2000, segundo dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), o Nordeste tinha 413.709 universitários.

Em 2012, esse número saltou para 1.434.825. Com isso, a região ultrapassou o Sul e passou a segunda com maior número de estudantes do ensino superior --20% do total--, atrás apenas do Sudeste.

Nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, 18 universidades federais foram abertas --sete delas no Nordeste, todas fora das capitais.

As universidades contam com unidades em mais de um município. Criada no ano passado, a UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia), por exemplo, tem campi nas cidades de Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas.

Além da Bahia, as novas universidades federais se espalham pelo interior de Pernambuco, do Rio Grande do Norte, do Ceará e do Piauí. Vinte e oito municípios nordestinos foram contemplados com unidades dessas instituições. Dilma Rousseff venceu em todos no 1º turno.

Em 16 deles, a votação da candidata à reeleição foi mais alta que a obtida nos respectivos Estados.

Para o cientista político Geraldo Tadeu Monteiro, diretor do Iuperj (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro), vinculado à Universidade Cândido Mendes, a presença de universidades tem peso político nas cidades nordestinas.

"Quando você coloca uma universidade federal numa cidade mais carente, o impacto é muito maior do que numa cidade com mais estrutura. Dá oportunidade de formação sem necessidade de deslocamento para as capitais e gera uma massa salarial de funcionários e professores. Politicamente, faz um divisor muito grande", afirma.

Obras

O professor de Ciências Sociais da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) Michel Zaidan lembra que a região também foi contemplada com grandes obras estruturantes.

"O governo Lula mudou completamente o quadro, reintroduziram toda a politica regional no Brasil. Tivemos aqui obras como a transposição do São Francisco, a Transnordestina, o porto Suape, a refinaria de Abreu e Lima, fora todo o conjunto de medidas. Para o nordestino, votar em Dilma é uma escolha racional", avalia.

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Campanha presidencial 2014200 fotos
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24.out.2014 - A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, faz selfie antes do último debate do segundo turno das eleições presidenciais Reprodução/Twitter

 

http://eleicoes.uol.com.br/2014/noticias/2014/10/23/empregos-salarios-e-universidades-explicam-sucesso-de-dilma-no-nordeste.htm

Abril recebeu R$ 52 milhões do governo de SP e implica com blogs

 

 

Há alguns dias, telefona-me um amigo que trabalha na Editora Abril e que anda preocupado com a situação envolvendo a revista Veja, leia-se a possibilidade de o presidente do Conselho de Administração e diretor editorial do Grupo Abril, Roberto Civita, ser convocado a depor na CPI do Cachoeira.

A preocupação dessa pessoa se refere à possibilidade de sobrevir alguma condenação de seu empregador que afete os milhares de empregos que gera. Respondo que não deveria se preocupar não só devido à alta possibilidade de o poder de Civita fazer com que tudo seja abafado, mas também porque, se alguma consequência sobreviesse, certamente se restringiria à revista Veja e ele não trabalha na revista, mas em outra empresa do grupo.

O amigo, ainda preocupado, diz que isso não o conforta porque o que “segura” o Grupo Abril, hoje, é a Veja e seus contratos com o Estado, sobretudo com o governo de São Paulo, que torra recursos destinados à Educação comprando dezenas de milhares de exemplares da Veja e de livros didáticos das empresas de Civita, entre o muito que despende com esse grupo empresarial e com os Grupos Folha, Estado e com as Organizações Globo.

Lembrei-me dessa conversa por conta das acusações que o blogueiro e colunista da Veja Reinaldo Azevedo e vários outros jornalistas da grande imprensa fazem todo santo dia aos setores da blogosfera que se opõem ao conclave formado por aqueles grandes meios de comunicação e pelo PSDB, pelo DEM e pelo PPS.

No domingo, por exemplo, no âmbito de um arranca-rabo entre Azevedo e o site Brasil 247, este foi acusado de ser “financiado por dinheiro público”, como se a Veja não dependesse do Tesouro paulista (mais do que de qualquer outro).

À diferença de blogs como este, que não recebe um tostão de dinheiro público, o 247 tem um banner do governo do Distrito Federal que, por óbvio, é pago.Há outros sites e blogs que desafiam o poder da mídia tucana que têm banners não só de governos petistas como, também, de empresas estatais sob influência do PT.

Todavia, à diferença de uma Veja, o recebimento de dinheiro público por essas páginas é explícito, apesar de que Azevedo apresenta esse fato como uma grande revelação enquanto que o patrão dele não tem banner nenhum que mostre os milhões que recebe dos governos demo-tucanos.

Aliás, os contratos de fornecimento de publicações didáticas e informativas como a revista Veja para o governo tucano de São Paulo pela Editora Abril sofrem até questionamentos na Justiça, que, há pouco, aceitou denúncia do Ministério Público paulista – feita pelo PSOL – contra a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE).

Ano passado, o blog Namarianews veiculou que o governo paulista fez vultosas compras de revistas (Veja, Isto É, Época) e de jornais (Folha de SP, Estado de SP) via Secretaria de Estado da Educação, através da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE. Os contratos só desse negócio, sem falar em todos os outros, somaram R$9.074.936,00.

A ação encampada pelo Ministério Público de São Paulo partiu de uma ONG chamada Ação Educativa. Refere-se ao contrato 15/1165/08/04 (Diário Oficial 1/10/2008 e 25/out/2008) que autorizou a compra de 220 mil assinaturas da revista Nova Escola, da Fundação Victor Civita, ligada à Abril, no valor de R$3.700.000,00. O negócio foi feito sem licitação, apesar de amparado pela lei 8.666.

Em 26 de maio de 2009, o Ministério Público de São Paulo propôs ação civil de responsabilidade por ato de improbidade administrativa contra o Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação, a Diretora e o Supervisor de Projetos Especiais, ambos da FDE, bem como contra a Fundação Vitor Civita.

A Ação, que tem como fundamento possíveis irregularidades no contrato firmado sem licitação entre a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) e a Fundação Victor Civita, requer a responsabilização dos agentes públicos por condutas que podem ser caracterizadas como improbidade administrativa e ainda tramita na Justiça Estadual”.

O dispêndio de dinheiro do governo de São Paulo com a grande imprensa que tanto apreço demonstra por ele atinge as raias do inacreditável. Segundo o Namarianews, mais de R$250 milhões foram gastos na década passada, tudo sem licitação.

Desse total, comprovado com dados do Diário Oficial, a Editora Abril/Fundação Victor Civita recebeu inacreditáveis R$ 52.014.101,20 para comprar milhares de exemplares de diferentes publicações, entre elas a Revista Nova Escola, a Veja, o Almanaque do Estudante, a Revista Recreio e o Atlas da National Geographic.

O processo da ONG Ação Educativa recebeu o número 0018196-44.2009.8.26.0053 e se baseou em três premissas:

1º) A lei federal 8.666 de 21 de junho de 1993 (que “estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”, incluindo a inexigibilidade de licitação) foi desacatada em seu artigo 25, que deixa claro ser vedada “a preferência de marca, que ocorreu explicitamente neste caso, uma vez que outras editoras não foram sequer consultadas”.

2º) A revista Nova Escola não tem exclusividade temática. “É importante mencionar ao menos duas outras revistas que poderiam ser escolhidas para cumprir as mesmas funções da Revista Nova Escola, tais como as descritas em seu processo de compra: a Carta na Escola, Editora Confiança Ltda, e a Revista Educação, da Editora Segmento Ltda”.

3º) “De acordo com os documentos (fls. 4-12 do processo FDE n. 15/1165/08/04), a motivação inicial para a elaboração do contrato foi uma carta encaminhada em 1/9/2008 pela Fundação Victor Civita à então Secretária de Educação Maria Helena Guimarães de Castro, propondo parceria, com descrição da proposta pedagógica da Nova Escola, preços e condições, além de cronograma de postagem. Ora, o contrato não partiu de uma necessidade da Secretaria de Estado, mas sim de uma oferta realizada pela Fundação e aceita pela Secretaria, que viabilizou seus termos sem consulta a outras editoras ou, principalmente, aos destinatários diretos da compra – os docentes”. (Fonte – Ação Educativa).

Este blog foi pesquisar o andamento do processo e descobriu que foi aceito pela Justiça. Abaixo, os processos que constam contra a Fundação Victor Civita e a decisão judicial de aceitação do processo da Ação Educativa encampado pelo Ministério Público de São Paulo.

O processo continua tramitando desde o final de 2010. A última movimentação é de 9 de abril último, com determinação para que as partes se manifestem.

Não é por outra razão que o deputado estadual Luiz Moura (PT-SP) reiterou pedido que a Assembléia Legislativa de São Paulo vem fazendo para que o presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), Bernardo Ortiz, compareça à Casa. Ele argumentou que o requerimento foi aprovado há um ano, mas o homem não dá as caras. A oposição quer que a FDE explique por que, com um orçamento de bilhões, falta tudo nas escolas paulistas.

Ouça, abaixo, o que diz o deputado (depois haverá que voltar à página anterior para continuar a leitura)

Clique aqui para ouvir

Eis que os jornalistas da grande mídia argumentam que essa quantidade descomunal de dinheiro público que o governo paulista despeja em uma Veja se deve a que tem um trilhão (sic) de leitores, blábláblá e blábláblá, como se, por isso, esses veículos devessem ser os únicos receptáculos de dinheiro público.

Os defensores do sepultamento de tanto dinheiro público na Veja, entre outros, argumentam com dados do Instituto Verificador de Circulação,  entidade responsável pela auditoria de circulação dos principais jornais e revistas do Brasil. Uma breve pesquisa no IVC, porém, revela um dado altamente eloqüente.

Adivinhe, leitor, quem faz parte do “Conselho Superior” do Instituto Verificador de Circulação. Ninguém mais, ninguém menos do que Roberto Civita. Ou seja, um dos veículos “verificados” pela entidade faz parte dela, o que, se não é ilegal, no mínimo é para lá de imoral.

De qualquer forma, mesmo que os dados sejam corretos, a publicidade oficial não é só para grandes veículos em nenhum país democrático. A publicidade deve ser focalizada em setores. Na internet, pode-se mensurar até com mais precisão qual é a exata audiência de cada veículo…

Enquanto isso, o blogueiro da Veja Reinaldo Azevedo e assemelhados continuam implicando com banners de governos petistas e empresas estatais em blogs e sites, publicidades que estão à vista de todos e que jamais foram questionadas judicialmente.

Volto, então, ao meu preocupado amigo que trabalha na Editora Abril, a uma sua frase altamente emblemática que me foi dita quando manifestou seu temor relativo à CPI do Cachoeira: “O que seria da Veja sem dinheiro público?”.

http://www.blogdacidadania.com.br/2012/04/abril-recebeu-52-milhoes-do-governo-de-sp-e-implica-com-blogs/