quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Com governos do PT, há 12 anos Brasil não precisa de socorro do FMI

 

Há 12 anos, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o Brasil pedia socorro ao Fundo Monetário Internacional (FMI) pela última vez. O então ministro da Fazenda, Pedro Malan, assinou à época um empréstimo junto à instituição de US$ 30 bilhões, ultrapassando em 400% a cota que o País detinha junto ao Fundo. Ao avaliar a situação atual do Brasil, o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, afirma que, “com os governos do PT, os tempos são outros: é o Brasil que empresta ao FMI”.

“Antigamente quem ditava regras para o Brasil e para vários países da América Latina era o FMI. Nós, nesses últimos 12 anos, até esquecemos que existe o FMI. Hoje, somos nós que emprestamos ao fundo e temos reservas de mais de US$ 300 bilhões”, destacou Devanir. De devedor, o Brasil passou a credor do FMI e já emprestou R$ 10 bilhões ao fundo, exibindo reservas internacionais acima de US$ 379 bilhões.

O parlamentar destacou ainda outro avanço na proteção da economia do País. “Mais recentemente a própria imprensa reconheceu que foi um grande acontecimento, principalmente para o Brasil, a criação de um banco dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que vai ter uma sede aqui e outra na China, com reservas de US$ 100 bilhões para financiar os países em desenvolvimento”, ressaltou Devanir Ribeiro.

Histórico – Em agosto de 2002, uma última linha de crédito foi tomada, de US$ 30 bilhões, completando a terceira ida do País ao FMI nos dois anos de gestão de FHC na Presidência e de Pedro Malan na Fazenda.

No governo Lula, logo em abril de 2003, o Brasil pagou US$ 4,2 bilhões ao FMI, adiantando a parcela de quitação dos recursos tomados no ano anterior. Depois desse movimento, o País não precisou recorrer novamente ao Fundo. Ao contrário. Em outubro de 2009, mais precisamente no dia 6, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o então diretor-gerente do Fundo, Dominique Strauss-Khan, anunciaram uma importante troca de posições.

Agora, era o Brasil que emprestava US$ 10 bilhões ao Fundo. Àquela altura, as reservas internacionais brasileiras já chegavam à casa dos US$ 220 bilhões. Em 2011, já no governo Dilma Rousseff, mais uma vez o Brasil foi procurado pelo Fundo para ficar de prontidão em relação à necessidade de um novo empréstimo. Outra vez, por solicitação do FMI.

Doze anos depois da última ida ao Fundo, o País tem uma posição considerada bastante sólida em termos de reservas internacionais. Com todas as obrigações pagas junto ao FMI, o Brasil contava, em 6 de agosto, com um total de US$ 379,44 bilhões de dólares. Uma soma que descarta quaisquer ilações sobre um possível pedido de ajuda para fechar contas, como acontecia às vésperas da derradeira ida ao Fundo.

PT na Câmara

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