segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Saiba quem são os líderes mundiais que pedem anulação de sentenças contra Lula pelo STF

Leia a íntegra do “Manifesto de solidariedade internacional ao presidente Lula e pela votação do habeas corpus pelo STF”, assinado por 356 nomes

9 de novembro de 2020, 12:32 h Atualizado em 9 de novembro de 2020, 13:25

Lula e fachada do STF Lula e fachada do STF (Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)

247 - Líderes políticos, sociais e intelectuais de 46 países assinaram um manifesto que defende a anulação, no STF, das sentenças contra o ex-presidente Lula. O documento será entregue a Gilmar Mendes. Abaixo, você lê a íntegra do manifesto, da lista dos 356 signatários e de seus países de origem.

MANIFESTO DE SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL AO PRESIDENTE LULA E PELA VOTAÇÃO DO HABEAS CORPUS PELO STF

Exmos. Senhores Ministros do Supremo Tribunal Federal

Nós, os signatários da presente carta, nos dirigimos respeitosamente aos senhores, integrantes da máxima Corte judicial do Brasil, para expressar-lhe nossa profunda preocupação com curso do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os fatos revelados pelo site The Intercept, difundidos em diversos outros meios de comunicação do Brasil e do mundo, evidenciam que regras fundamentais do devido processo legal foram reiteradamente violadas. Ademais, a conduta do Sr. Sergio Moro, ex-juiz e ex-ministro da Justiça, bem como de outros membros das Forças Tarefas da Lava Jato e do Ministério Público, deixa claro não somente a existência de conluio em um processo altamente politizado, como também que foi negado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seu direito inalienável a um julgamento imparcial. Recebemos com estranhamento as notícias de que houve ingerência do FBI e do Departamento de Justiça do governo dos EUA com os procuradores da Lava-Jato. Sabemos que é inaceitável que governos estrangeiros atuem sobre processos judiciais locais que agridem a soberania e escondem outras motivações políticas e econômicas.

Entendemos que o Estado de Direito, no Brasil ou em qualquer outro país, corre sérios riscos quando não há respeito ao devido processo legal, que garante a todos os cidadãos o direito a um processo justo e imparcial. Entendemos, ainda, que a Corte possui um papel essencial na salvaguarda das instituições e da democracia brasileira. Assim, pedimos respeitosamente aos Senhores Ministros do Supremo Tribunal Federal que não se furtem à sua responsabilidade histórica, e atuem na plenitude de suas funções para reparar as injustiças cometidas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Lista de apoio ao manifesto:

Adelina Escandell. Senadora por ERC-Sobiranistes, Catalunya

Adolfo Aguirre, Secretario de Relaciones Internacionales de la CTA Autónoma y Coordinador de la CNTI de Argentina

Adolfo Pérez Esquivel, ativista de direitos humanos, Argentina

Aida Garcia Naranjo, Partido Socialista, Peru

Ainur Kurmanov, Co-Presidente do Movimento Socialista do Cazaquistão

Aldo Marchetti, docente di sociologia, del lavoro alle Università di Milano e Brescia

Alejandra Placencia Concejala Ñuñoa, RM, Chile

Alejandro Forero Cuéllar, Profesor del Departamento de Derecho Penal y Criminologia, Universidad de Barcelona.

Alejandro Javier Rusconi, Secretario de Relaciones Internacionales del Movimiento Evita

Alejandro Navarro, Chile

Alessandro LucchiniI, Secretário-geral adjunto do Partido Comunista da Suíça e Vereador do parlamento municipal da cidade de Bellinzona (Suíça)

Alex Zanotelli, Padre, Napoles, Italia

Alfred Mofokeng, South Africa

Ali Ahmed Belkhadr, President of the General Federation of Yemeni Trade Unions

Alicia Lira Presidenta Agrupación de Familiares de Ejecutados Políticos, Chile

Amalia Pereira Campos, Vicepresidenta, Chile

Amaro Labra Diputado, Chile

Ana Miranda, Portavoz do BNG en Europa

Ana Pontón, Portavoz Nacional do BNG

Anders Soerensen, editor in chief Arbejderen, Denmark

André Chassaigne, Presidente da Bancada de Deputados da Esquerda Democrática e Republicana, França

Andrea Palacios Riquelme, encargada de la mesa del sector público, Chile

Andrej Hunko, membro do Bundestag (Parlamento) alemão e vice-presidente do grupo parlamentar DIE LINKE no Bundestag - Alemanha

Andrés Araúz, candidato presidencial Ecuador

Angela Di Scala, Italy

Angela Hidding, Grupo de solidariedade com os sindicatos brasileiros de Mannheim / Ludwigshafen, Alemanha

Antonino Quaranta, Presidente della Cooperativa Impresa Sociale "Della Terra contadinanza necessaria" ETS, Italia;

António Avelãs Nunes - Professor Catedrático aposentado da Universidade de Coimbra, Portugal

António Avelãs Nunes - Professor Catedrático Jubilado da Universidade de Coimbra

Antonio Bonfatti, Partido Socialista de Argentina

António Filipe - Deputado do Partido Comunista Português, Vice-Presidente da Assembleia da Republica Portuguesa

António Filipe - Deputado do Partido Comunista Português, Vice-Presidente da Assembleia da República Portuguesa

Antonio Lupo, médico, Itália

Antonio Vermigli, giornalista, direttore della rivista IN DIALOGO QUARRATA (PT) Italia

Ariel Ramos Concejal Macul, RM, Chile

Aymara Salamanca Consejera Nacional de la CUT, Chile

Ayuba Wabba, President Nigeria Labourt Congress - NLC and President of ITUC

Baltasar Garzón – jurista espanhol, foi Magistrado-Juiz da Central de Instrução do tribunal penal de máxima instância na Espanha, a Audiência Nacional.

Bárbara Figueroa Presidenta Central Unitaria de Trabajadores de Chile - CUT

Beatriz Paredes, México

Benjamín Heisecke Duarte, Partido de la Participación Ciudadana, Paraguay

Bernd Riexinger, presidente do Die Linke (Alemanha)

Bertone Maria pensionata ITALIA

Bheki Ntshalintshali - Congress of South African Trade Unions (General Secretary) - South Africa

Boaventura de Sousa Santos – sociólogo, Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.

Bogdan Iuliu HOSSU, Presedinte CNS "Cartel ALFA"

Boris Barrera Diputado, Chile

Bosse Johansson

Camila Donato Concejala Macul, RM, Chile

Camila Vallejo Diputada, Chile

Camilo Lagos, Chile

Camilo Sánchez Sociólogo, Presidente de las Juventudes Comunistas de Chile

Capítulo Cubano y los Movimientos Sociales

Carlos Enrique Mancilla García, Secretario General - Confederación de Unidad Sindical de Guatemala CUSG

Carlos Insunza Consejero Nacional de la CUT, Vicepresidente ANEF

Carlos L. Sánchez, Secretario General de la Alianza por la Democracia (APD) y Diputado al Parlamento Centroamericano (PARLACEN) por la República Dominicana 2020-2024.

Carlos Rozanski, ex juez de Cámara Federal. Argentina.

Carlos Sotelo, México

Carmen Hertz Diputada, Chile

Cathy Feingold, Vice Presidente da CSI

Cecilia Díaz, Frères des Hommes, ONG de desenvolvimento e solidaridade, Bélgica

César Bunster Concejal Puente Alto, RM, Chile

Chadacki Kipulu, médico, República Democrática do Congo

Chantal Mouffe, University of Westminster, Inglaterra

Charlotte Casey, San Jose CA, USA

Christina S. Mfanga, SECRETARY GENERAL- TANZANIA SOCIALIST FORUM

Cícero Pereira da Silva, Secretario de Política Social de la CSA

Clara Lopez, Colombia

Clark Pratt, Municipal Council Member, Odsherred, Denmark

Claudia Fanti - Italia

Claudia Pascual Ministra de la Mujer y la Equidad de Género, durante el segundo período de gobierno de la Presidenta Michelle Bachelet

Claudio De Negri, Encargado Relaciones Internacionales, Partido Comunista de Chile

Claudio Lozano, economista y ex Diputado Nacional de Argentina

Claus Westergreen, chairman tradeunion 3F BJMF (constructionsworkers etc) Copenhagen

Constanza Gabriela Román Vicepresidenta Mesa Interina Federación de Estudiantes de la Universidad Austral de Chile, Valdivia

Costas Douzinas, Professor of law, Birkbeck School of Law, director of the Birkbeck Institute for the Humanities at Birkbeck, University of London

Cristian Weibel Concejal Recoleta, RM, Chile

Cristina Meneses Albizu-Campos, Vice Presidenta, Partido Nacionalista de Puerto Rico, Movimiento Libertador

Damian Loreti - Es abogado por la Universidad de Buenos Aires y doctor en Ciencias de la Información por la Universidad Complutense de Madrid; profesor titular de la Cátedra Libre UNESCO-Libertad de Expresión de la Facultad de Periodismo y Comunicación Social de la Universidad Nacional de La Plata.

Daniel CATALANO, Secretario Adjunto - CTA de los Trabajadores Argentina

Daniel Jadue Alcalde Comuna de Recoleta RM, Chile

Daniel Martínez, Uruguay

Daniel Núñez Diputado, Chile

Dave Gould, ASLEF Head of Policy and Communications, London.

David Abdulah, Political Leader Movement for Social Justice, Trinidad andTobago

David Acuña Millahuelque, subsecretario

David Acuña Millahuelque, subsecretario, Chile

Davide Rossi, Professor e Diretor do Instituto de História e Filosofia do Pensamento Contemporâneo (ISPEC), Suíça

Diether Dehm, member of parliament for DIE LINKE/THE LEFT in Germany

Duarte Correa Piñeiro. Secretário de Relações Internacionais da União do Povo Galego

Edgardo Aníbal LLANO, Secretario Adjunto - CTA de los Trabajadores Argentina

Edoardo Cappelletti, Jurista e Vereador do parlamento municipal da cidade de Lugano (Suíça)

Eduardo Contreras Abogado de Derechos Humanos, Chile

Elena Hileg Iannuzzi, attivista, Italia.

Elena Salazar Concejala Independencia, RM, Chile

Elizabeth Jiménez Concejala Pedro Aguirre Cerda, RM, Chile

Emilio Camacho - jurista paraguayo, doctor en derecho Univ. Complutense de Madrid, Ex Senador Nacional, Juez Ad Hoc de la Corte Interamericana de Derechos Humanos. Actualmente Asesor Jurídico en la Honorable Cámara de Senadores.

Enrique Jaca, Partido Nacionalista de Puerto Rico, Movimiento Libertador

Eric campos bonta, vicepresidente de comunicación, Chile

Erick Campos Dirigente Nacional CUT, Presidente Sindicato 1 Metro, Chile

Ernesto Samper, ex Pdte Colombia

Esperanza Martínez, Paraguay

Esteban Silva Cuadra, Movimiento del Socialismo Allendista, Chile

Esther Latorre Larrodé, Espanha

Esther Mofokeng, South Africa

Fabián Caballero Vergara, vicepresidente de educación, Chile

Fabiana Rousseaux - Directora de la Asociación Civil Territorios Clinicos de la Memoria, Argentina

Fabien GAY, sénateur de Seine St Denis, France

Fabien ROUSSEL, Député du Nord, scerétaire nationale du PCF

Faissal Aoussar : Activiste Amazigh et militant des droits de l'homme, Alhoceima, Marrocos.

Fatima Rallo Gutiérrez, Cospp, Paraguay

Felipe Zavala Concejal Estación Central, RM, Chile

Fernando Lugo, ex Pdte Paraguay

Fernando Manzur Concejal Recoleta, RM, Chile

Frances O'Grady, General Secretary, Trades Union Congress, Great Britain

Francis WURTZ, Député au Parlement Européen 1979 à 2009, Ancien Président du groupe de la Gauche Unitaire Européenne, de la Gauche Vert Nordique

Francisca Rodríguez Presidenta Asociación Nacional de Mujeres Rurales ANAMURI, Chile

Francisco Sierra Caballero, Catedrático de Teoría de la Comunicación de la Universidad de Sevilla y Presidente de ULEPICC - Unión Latina de Economía Política de la Información, la Comunicación y la Cultura (ULEPICC-Federação).

Franck Georges Wilbert, Coordonnateur de l'UNNOEH de la République d'Haïti

Freda Oosthuysen - Congress of South African Trade Unions (National Treasurer) - South Africa

Gabriela Rivadeneira, Ecuador

Gabriella Campregher, Associazione di Volontariato Internazionale Tremembè Onlus Trento - ITALIA

Gerardo Lugo Segarra, Presidente, Partido Nacionalista de Puerto Rico, Movimiento Libertador

Gerardo Pisarello - político y jurista hispanoargentino, doctor en Derecho y profesor titular de Derecho Constitucional de la Universidad de Barcelona. Actualmente Diputado espanhol.

Gezim Kalaja, President of BSPSH Albania

Gianni Novelli per il Cipax (Centro interconfessionale per la pace di Roma, Italia)

Giovanni Russo Spena, ex-senatore (Italia)

Giuliano Granato, membro del Coordinamento Nazionale di Potere al Popolo, Italia

Gloria Rodríguez Concejala Pedro Aguirre Cerda, RM, Chile

Gonzalo Lizama Concejal Pudahuel, RM, Chile

Grace Arcos Concejala Cerrillos, RM, Chile

Graeme Morris, MP, Easington County Durham

Grahame Morris MP, Representing Easington County Durham.

Gregory Duff Morton, Bard College, USA

Grygorii Osovyi, President of Federation of Trade Unions of Ukraine

Guillermo Salinas Vargas, Vicepresidente de organización, Chile

Guillermo Salinas Vargas, Vicepresidente de organización.

Guillermo Teillier Presidente Partido Comunista de Chile. Diputado

Gustavo Arias Concejal San Joaquín, RM, Chile

Gyula Thurmer, President Hungarian Workers Party

Harold Correa – Magister Universidad del País Vasco, España. Fundador Estudio Jurídico Correa Asociados, Santiago de Chile Actualmente ejerce como Abogado y consultor internacional.

Hassan Yussuff, President, Canadian Labour Congress, Canada

Héctor Sánchez. Secretario General de Comunistes de Catalunya

Heike Hänsel, membro do Bundestag (Parlamento) alemão e vice-presidenta do grupo parlamentar DIE LINKE - Alemanha

Hugo Godoy, Secretario General de la Asociación Trabajadores del Estado de Argentina

Hugo Gutiérrez Diputado, Chile

Hugo Guzmán Periodista. Director del periódico El Siglo, Chile

Hugo Martínez, El Salvador

Hugo Yasky, Secretario General - CTA de los Trabajadores Argentina

Ignacio Alejandro Escobar Presidente Mesa Interina Federación de Estudiantes Universidad Austral de Chile, Valdivia

Ilda Figueiredo - Presidente da Direção do Conselho Português para a Paz e Cooperação

Iñaki Rivera Beiras - (Prof. de Criminologia y Derecho Penal de la Universidad de Barcelona y Diretor del Observatório del Sistema Penal y Derechos Humanos de la UB);

Iraci Hassler Concejala Santiago, RM, Chile

Irene Clausen, teacher and postal worker, organizer og Palestine-solidarity

Isabel Gómez Vicepresidenta de la Sociedad de Escritores de Chile, poeta

Ishkra Wladimir Calderón Concejal Renca, RM, Chile

Isidoro Moreno Navarro, Catedrático emérito de Antropología Social, Universidad de Sevilla, Andalucía, Estado español.

Jabulane Motaung, Accounting, South African.

Jacobo Ramos, Presidente de la Confederación Nacional de Trabajadores Dominicanos - Reública Dominicana

Jacques Boivin, Educador, (França)

Jaime Gajardo Vicepresidente Colegio de Profesores de Chile

Jamal Ajbara, Democratic Way Party, Marrocos.

James Counts Early, Institute for Policy Studies Board, Former Assistant Secretary Education and Public Service Smithsonian Institution, Washington, DC., USA

Jamshid Ahmadi, Assistant General Secretary, Committee for the Defence of Iranian People's Rights (CODIR), Irã

Javier Moreno, Profesor en la Facultad de Comunicación en la Universidad Carlos III, Madrid

Javier Vicente Tejada, USO Espanha

Jeanette Jara Ex Subsecretaria Previsión Social, Chile

Jeffrey Frank, National Cordinator Friends of the MST

Jehad Yousef Médico pediatra Diputado del consejo nacional palestino Palestina

Jeremy Corbyn, MP for Islington North, London

Joachim Wahl, cientista, Alemanha

Joan Josep Nuet. Diputado en el Congreso por ERC-Sobiranistes, Catalunya

Jodie Evans, co funder CODEPINK, Estados Unidos

Joergen Petersen, chairman of Danish Communist Party (KP)

John Bellamy Foster, Professor, Sociology, University of Oregon

John Mage, Esq.Attorney-at-law, Member of the Bar of the State of New York

Jordania Ureña Lora, Secretaria de Política Sindical y Educación de la CSA

Jorge Ceriani, Resp. Commissione Internazionale, PRC-SE (Roma, Italia)

Jorge Coulón Músico, Director Grupo Inti-Illimani, Chile

Jorge Drkos, Frente Transversal Argentina, Argentina

Jorge Taiana, Argentina

José A. Bayardi Lozano, Ex Diputado Nacional, ex Ministro de Defensa Nacional y ex Ministro de Trabajo y Seguridad Social, URUGUAY.

José Cademártori Ex Ministro de Economía del gobierno de Salvador Allende

José Castillo Morales, Secretario General, Partido Nacionalista de Puerto Rico, Movimiento Libertador

Jose Castillo, Docente, Panamá

José Manuel Díaz, vicepresidente de gestión y finanzas, Chile

Jose Maria Álvarez, Secretario General de UGT de España

José Rivera Rivera, Portavoz Frente Socialista de Puerto Ric

Juan Bustamante Concejal La Pintana, RM, Chile

Juan Carlos Burillo García, Presidente del Comité de Solidaridad Internacionalista, Zaragoza, Aragón. España.

Juan Carlos Concha Ex Ministro de Salud del gobierno de Salvador Allende

Juan Carlos Monedero- politólogo e escritor espanhol, professor de Ciência Política na Universidade Complutense de Madrid.

Juan Castillo, Secretario General, Partido Comunista Uruguay

Juan Moreno Gamboa, encargado de la. Secretaria del comercio, Chile

Juan Moreno Gamboa, encargado de la. Secretaria del comercio.

Judith Rodríguez Concejala Cerro Navia, RM, Chile

Judith Valencia Maestra Escuela Robinsoniana/FFM. Venezuela.

Julia Requena Castillo, vicepresidenta de la mujer, Chile

Julio Fuentes, Presidente de la CLATE

Karen PALMA tapia, encargada de secretaría de la salud, Chile

Karol Cariola Diputada, Chile

Kasongo Ilunga, Point Focal du Mouvement Citoyen Biso Peuple, République Démocratique du Congo

Kassahun Follo, President - Confederation of Ethiopian Trade Unions (CETU)

Kathrin Vogler, Member of the German Bundestag

Kemy Oyarzún Académica Universidad de Chile

Kevin Courtney, National Education Union, England

Khmais Bouguerra, Professor, Tunisia

Kol Nikollaj, President of Confederation of Trade Unions of Albania - KSSH

Laura Sofía Stella Pezoa Presidenta Federación de Estudiantes de la Universidad Diego Portales, Chile

Laurence COHEN, sénatrice du Val de Marne

Laurent Berger, Secretario general de la CFDT (Francia)

Lautaro Carmona Secretario General Partido Comunista de Chile

Leire Azkargorta, país Basco

Len McCluskey, General Secretary, Unite Kingdon

León Lev, Frente Amplio, Uruguay

Leonel Falcon Guerra, PARTIDO HUMANISTA PERUANO, Peru

Leticia Quagliaro, Presidente Unidad Popular de Argentina

Lorena Pizarro Presidenta Agrupación Familiares Detenidos Desaparecidos, Chile

Louisa Thipe - Congress of South African Trade Unions (2nd Deputy President)- South Africa

Luca Frei, Secretário-geral do Juventude Comunista Suíça

Lucio Gentili, Forum Italiano dei Movimenti per l’Acqua, Italia

Luigi Ferrajoli, Prof. Emérito Universitàt degli estudi Roma Tre.

Luis Díaz Concejal Quinta Normal, RM, Chile

Luis González Concejal Recoleta, RM, Chile

l'Union Nationale des Travailleurs du Mali UNTM

Lydia SAMARBAKHSH, membre de l'exécutif national du PCF, responsable du secteur international.

M.Haniff PEERUN, President All Workers Federation, president Mauritius Labour Congress

Madalena Santos - Presidente da Associação Portuguesa de Juristas Democratas

Maggie Bowden, United Kingdon

Maite Mola - Primeira Vice-presidenta do Partido da Esquerda Europeia

Malaoui Rachid, le president de la CGATA Argélia

Mamadou Niang -Confédération Générale des Travailleurs de Mauritanie (CGTM)

Manuel Ahumada Presidente Confederación Trabajadores del Cobre CTC, Chile

Manuel Romero Fuenzalida, subsecretario, Chile

Manuela Gutiérrez Vocera Coordinadora Nacional de Estudiantes Secundarios, Chile

Marc Leeman, President of ACV-CSC Belgium

Marcela Abedrapo Concejala La Florida, RM, Chile

Marco Consolo, Resp. Area Esteri e Pace, Partito della Rifondazione Comunista- Sinistra Europea (Italia)

Marco Enríquez-Ominami, Chile

Marcos Barraza Ministro de Desarrollo Social en el segundo período de gobierno Presidenta Bachelet

Margarita Isabel Urra Concejala El Bosque, RM, Chile

Maria Cristina Mocellin, ALERTANYC, EUA

Maria Joaquina Veiga de Almeida, Secretária Geral da UNTC-CS Cabo Verde

Maria José Fariñas Dulce - Doutora em Direito pela Universidade Complutense de Madri. Catedrática de Filosofia do direito pela Universidade Carlos III de Madri.

María José Pizarro, Colombia

María Josefa Guzmán Secretaria General de la Federación de Estudiantes de Temuco., Chile

Maria N. D´Amico, presidente Associazione Shishu, Italia

Mariano Ciafardini partido Solidario Argentina

Marina Jakobsen, Ph.d. Teacher, Denmark

Marisela Santibáñez Diputada

Mario Delgado, México

Marisol Torres Pérez, Partido Nacionalista de Puerto Rico, Movimiento Libertador

Massimiliano AY, Secretário-geral do Partido Comunista da Suíça e membro do parlamento da República e Cantão de Ticino, Suíça

Maurizio Acerbo, Segretario Nazionale, Partito della Rifondazione Comunista- Sinistra Europea (Italia)

Mauro Castagnaro - Italia

Max Conteh, Secretary-General - Sierra Leone Labour Congress

Max Pardo Concejal San Ramón, RM, Chile

Messina Maurizio, Segreteria Fed. PRC-SE, Roma (Italia)

Michele O’Neil, President, Australian Council of Trade Unions (ACTU), Australia

Mick Whelan, General Secretary, Aslef

Mike Shingange - Congress of South African Trade Unions (1st Deputy President) - South Africa

Mikhail Shmakov, President - Federation of Independent Trade Unions of Russia (FNPR)

Mireya Baltra Ex Ministra del Trabajo del gobierno de Salvador Allende

Mitxel Lakuntza, Secretario General de ELA, País Vasco

Mónica Xavier, Uruguay

Montse Prado, deputada do BNG no Parlamento da Galiza

Nabil Boukili, Membro do Parlamento Nacional, PTB, Bélgica

Natalia Cuevas Concejala Recoleta, RM, Chile

Néstor Rego, deputado do BNG no Congreso

Nicolás Hurtado Concejal La Florida, RM, Chile

Nidia Díaz, Diputada Propietaria y Coordinadora del Grupo Parlamentario del Frente Farabundo Martí para la Liberación Nacional de El Salvador.

Nolberto Díaz Sánchez, secretario gral

Nolberto Díaz Sánchez, secretario gral, Chile

Olalla Rodil, deputada do BNG no Parlamento da Galiza

Ole Nors Nielsen, vicechair tradeunion 3F Transport Aalborg, member of conferation 3F board, Denmark

Onofre Rojas, Ex presidente Federacipn de Estudiantes Dominicanos, Ex Secretario de Estado para la Reforma del Estado en R.D., Ex Secretario de Estado Ordenador Nacional Fonds Europeos al Desarrollo, Republica Dominicana.

Oriana Zorrilla Presidenta Colegio Periodistas Región Metropolitana, Chile

Oscar Guardiola-Rivera Professor of International law and international affairs at Birkbeck School of Law, University of London

Osvaldo Zúñiga Encargado Asuntos Campesinos y Pueblos Originarios de la CUT. Presidente Confederación Nac Sindical Campesina Ranquil, Chile

Pablo Pereyra, Partido Comunista Congreso Extraordinario - PCCE, Argentina

Paola Pabón, Prefecta de Pichincha y Vicepresidenta de Compromiso Social por la Revolución Ciudadana

Paolo Ferrero, Vice Presidente del Partito della Sinistra Europea

Patrick LE HYARIC, Directeur de L'Humanité, Député au Parlement Européen 2009 à 2019

Patrik Köbele, presidente do Partido Comunista Alemão

Paulo Ríos, Secretario Xeral de Galiza Nova e deputado do BNG no Parlamento da Galiza

Pertti Simula, psychoanalyst, Finland

Peter Rosset, PhD, El Colegio de la Frontera Sur (ECOSUR), México

Philippe Djoula, Secretaire General - COSYGA Gabon

Pierre LAURENT, vice-président du Sénat, France

Pietro Morace, Architetto, Membro del Coordinamento per la Democrazia Costituzionale, Milano, Italia

Rafael Chong Flores, abogado en la Ciudad de México.

Rafael Correa, ex Pdte Ecuador

Rafael Freire Neto, Secretario General de la CSA

Raoul Hedebouw, Membro do Parlamento Nacional, PTB, Bélgica

Raul Llarull, FMLN, El Salvador

Raúl Zurita Premio Nacional de Literatura. Poeta, Chile

Reiner Hoffmann, President Deutscher Gewerkschaftsbund I German Confederation of Trade Unions DGB

René Ortiz Muñiz, Partido político Morena, México

Ricardo Gracia, Ingeniero Agrícola, Zaragoza (España)

Ricardo Patiño, Ecuador

Ricardo Peidro, Secretario General de la CTA Autónoma de Argentina

Richard Trumka, Presidente da AFL-CIO dos EUA

Rigo Diaz, FMNL, El Salvador

Rikio Kozu, President - JTUC-RENGO JapanRoberto Baradel, Secretario de Relaciones Internacionales - CTA de los Trabajadores Argentina

Rodrigo A. Álvarez Galindez, Responsable de RRII del partido Colombia Humana-Unión Patriotica

Rodrigo Oyarzun, Subsecretario, Chile

Roger McKenzie, Assistant General Secretary (Organising and Recruitment), London

Rolando Alfonso Torres Prieto, Secretario General - Central Autónoma de Trabajadores del Perú

Rosa Cañadell Pascual, professora, Articulista, Cataluña

Rosa María Cabrera Lotfe, Partido de la Revolución Democrática, México

Rosa María Cabrera Lotfe, Partido de la Revolución Democrática, México

Rosa Meneses Albizu-Campos, Partido Nacionalista de Puerto Rico, Movimiento Libertador

Rosa Rinaldi, Segreteria Nazionale, Partito della Rifondazione Comunista- Sinistra Europea (Italia)

Roxanne Dunbar-Ortiz, historian and author, USA

Ruben Cela Díaz. Presidente da Fundação Galiza Sempre e membro da Executiva Nacional do Bloco Nacionalista Galego

Runa Evensen, presidenta do Partido Comunista da Noruega

Samuel Iembo, membro da Direção do Partido Comunista da Suíça

Sandra Pereira - Deputada do Partido Comunista Português no Parlamento Europeu, Vice-Presidente da Delegação à Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana

Sandra Pereira - Deputada do Partido Comunista Português no Parlamento Europeu, Vice-Presidente da Delegação à Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana

Santiago Gomes Agencia Paco Urondo, Argentina

Sephanie Hennette-Vauchez, Professor of Public Law at Université Paris Nanterre, director of CREDOF (Centre de recherches sur les droits fondamentaux), member of the Institut universitaire de France.

Sevim Dagdelen, Member of Parliament, DIE LINKE, Germany

Sharan Burrow, Secretária Geral da CSI

Simone Romeo, Pedagogista e Doutorando em "Educação na sociedade contemporânea", Suíça

Solly Phetoe - Congress of South African Trade Unions ( Deputy General Secretary) - South Africa

Solong Senohe, Red Cross Building, Lesotho

Sonia Mabunda-Kaziboni - Congress of South African Trade Unions (International Secretary) - South Africa

Stefano Galieni, Resp. Immigrazione e movimenti, Partito della Rifondazione Comunista- Sinistra Europea (Italia)

Steffen Bruun Hjøllund, senior medical doctor, Denmark

Steven De Vuyst, Membro do Parlamento Nacional, PTB, Bélgica

Susanna Camusso, Responsável pela Política Européia e Internacional da CGIL Itália

Sven Tarp, professor at Aarhus University; Extraordinary Professor, Stellenbosch University, South Africa

Svend Haakon Jacobsen International Secretary of the Communist Party of Norway

Sven-Erik Simonsen, International Department Danish Communist Party Hillerødgade, Copenhagen

Tamara Muñoz Valenzuela, Vicepresidenta de RRII, Chile

Thierry BODSON, Président ABVV-FGTB Bélgica

Thorvaldur Thorvaldsson,Carpenter and chairman of The People'S Front of Iceland

Tirso Saenz, Professor/ pesquisador aposentado Dr./ Sc, Cuba

UNAI SORDO, Secretario General - CCOO Espanha

Valter Sanches, Secretário Geral da IndustriAll

Vanilson Gonçalves Vanilson, estudante de curso relações internacionais e diplomacia, Cabo Verde

Victor Baez, Secretário Geral Adjunto da CSI

Victor De Gennaro, fundador de la CTA Autónoma y dirigente de Unidad Popular de Argentina

Ville-Veikko Hirvelä, Chair of the New Wind Association, Finland

Villo Sigurdsson, previous mayor in Copenhagen.

Vito Meloni, Segreteria Nazionale, Partito della Rifondazione Comunista- Sinistra Europea (Italia)

Vladimir Kapuralin - Presidente do Partido Socialista dos Trabalhadores da Croácia

Waldo Salomon Rodriguez, presidente Grupo Salvador Allende en Dinamarca.

Wil van der Klift,nternational Secretary, Communist Party of the Netherlands

Wilfredo Pérez Bianco, Venezuela

Wilma Crespo, Partido Nacionalista de Puerto Rico, Movimiento Libertador

Yannis Panagopoulos, President - GREEK GENERAL CONFEDERATION OF LABOUR

Yun Shan Professor, Centre for Lexicographical Studies, Guangdong University, People’s Republic of China

Zanele Mathebula - Congress of South African Trade Unions (Deputy International Secretary) - South Africa

“Aprender Juntos” Voneinander lernen e.V. Alemanha

“Emigrados Sin Fronteras”, Asociación Sin Animo de Lucro, España

Lista de países com apoiadores do manifesto

1. África do Sul

2. Albânia

3. Alemanha

4. Argélia

5. Argentina

6. Bélgica

7. Cabo Verde

8. Canadá

9. Cazaquistão

10. Chile

11. China

12. Colômbia

13. Croácia

14. Cuba

15. Dinamarca

16. El Salvador

17. Espanha

18. Estados Unidos

19. Finlândia

20. França

21. Gabão

22. Haiti

23. Holanda

24. Inglaterra

25. Irã

26. Itália

27. Lesoto

28. Marrocos

29. México

30. Nigéria

31. Noruega

32. Palestina

33. Paraguai

34. Peru

35. Porto Rico

36. Portugal

37. República Democrática do Congo

38. República Dominicana

39. Serra Leoa

40. Suíça

41. Tanzânia

42. Trinidad e Tobago

43. Tunísia

44. Ucrânia

45. Uruguai

46. Venezuela

Fonte: https://www.brasil247.com/poder/saiba-quem-sao-os-lideres-mundiais-que-pedem-anulacao-de-sentenca-contra-lula-pelo-stf

 

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Trump ataca democracia e ameaça dar golpe; reação nos EUA é forte


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez ameaças explícitas de golpe judicial na noite desta quinta-feira, ao reiterar que o único resultado que aceita é sua vitória. Há forte reação nos EUA às ameaças por parte dos democratas, setores republicanos e de quase toda a mídia do país

6 de novembro de 2020, 07:18 h Atualizado em 6 de novembro de 2020, 07:33

Donald Trump na Casa Branca Donald Trump na Casa Branca (Foto: Carlos Barría/Reuters)


247 - O presidente dos Estados Unidos e candidato à reeleição, Donald Trump, declarou na noite desta quinta-feira (5) que o litígio que ele abriu ao provocar a judicialização dos resultados da eleição presidencial, vai demorar e só será decidido pela Corte Suprema dos Estados Unidos. É um golpe judicial, uma ameaça à democracia. Há forte reação nos EUA às ameaças por parte dos democratas, setores republicanos e de quase toda a mídia do país. Emissoras de TV chegaram a suspender a transmissão do discurso de Trump.

Donald Trump voltou a afirmar em discurso na noite de quinta-feira (5) que não aceita a inclusão dos votos favoráveis ao candidato do Partido Democrata Joe Biden na contagem final que pode decidir sobre a vitória democrata. Acusou o partido adversário de roubar a eleição e mostrou o mapa do caminho do golpe através de uma verdadeira blitz judicial.

"Se os votos legais forem contados, eu ganho facilmente", disse Trump. "Se forem contados os votos ilegais, podem tentar roubar as eleições", acrescentou.

O titular da Casa Branca voltou a dizer que a votação por correio é um "sistema corrupto". Durante boa parte da campanha eleitoral Trump já tinha avisado que usaria esse argumento para dar o golpe judicial.

Segundo Trump, trata-se de uma "interferência histórica dos grandes meios de comunicação, da grande finança e da grande tecnologia nas eleições".

No país e em todo o mundo, as declarações de Trump são vistas por um crescente número de pessoas como um ataque direto e sem precedentes à democracia.

A campanha de Trump já apresentou demandas judiciais para interromper a contagem de votos na Pensilvânia e Geórgia e está pedindo a recontagem em Michigan e Wisconsin.

Antes do discurso de Trump, seu adversário democrata Joe Biden também fez um pronunciamento expressando sua confiança em que sairá vencedor das eleições após a contagem dos votos. "Não temos nenhuma dúvida de que, quando termine a contagem, a senadora [Kamala] Harris e eu seremos declarados ganhadores", afirmou Biden.

Fonte: https://www.brasil247.com/mundo/trump-ameaca-dar-golpe-judicial-e-destaca-que-decisao-sobre-resultado-pode-demorar-muito

 

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Mulher de Flávio Bolsonaro e filhas de Queiroz também são denunciadas pelo MP no esquema das rachadinhas


A mulher do senador Flávio Bolsonaro, as filhas de Queiroz e outras 15 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por participação no esquema das rachadinhas na Assembleia Legislativa do RJ. Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz já tinham sido denunciados

5 de novembro de 2020, 07:01 h Atualizado em 5 de novembro de 2020, 07:14Fabrício Queiroz com Flávio Bolsonaro e Fernanda Antunes Figueira com Flávio Bolsonaro Fabrício Queiroz com Flávio Bolsonaro e Fernanda Antunes Figueira com Flávio Bolsonaro (Foto: Reprodução) 

247 - A mulher do senador Flávio Bolsonaro, Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, e a família de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio também fazem parte da lista de denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por participação no esquema das rachadinhas na Assembleia Legislativa. 

O primeiro núcleo de denunciados, ligado diretamente a Queiroz, também é formado por vizinhos e amigos indicados por ele como Agostinho Moraes da Silva, Jorge Luis de Souza, Sheila Coelha de Vasconcellos, Marcia Cristina Nascimento dos Santos, Wellington Sérvulo Romano da Silva, Flávia Regina Thompson Silva e Luiza Sousa Paes, informa O Globo.

Esses ex-assessores citados depositaram ao longo de 11 anos R$ 2,06 milhões na conta bancária de Queiroz (69% do valor em dinheiro vivo). Além disso, sacaram R$ 2,9 milhões em espécie ao longo desse período.

No segundo grupo, constam Danielle Nóbrega e Raimunda Veras Magalhães, ex-mulher e mãe de Adriano Nóbrega, ex-capitão do Bope e líder do Escritório do Crime, milícia de Rio das Pedras, morto em fevereiro. Elas repassaram juntas para Queiroz um total de R$ 200 mil. Já as pizzarias de Raimunda ainda repassaram outros R$ 200 mil para Queiroz.

Ao todo o MP do Rio denunciou 17 pessoas. Abaixo, a lista dos denunciados

Flávio Bolsonaro (senador)

Fabrício Queiroz (ex-assessor de Flávio)

Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro (mulher de Flávio)

Miguel Ângelo Braga Grillo (chefe de gabinete de Flávio)

Márcia Oliveira de Aguiar (mulher de Queiroz)

Nathalia Melo de Queiroz (filha de Queiroz)

Evelyn Melo de Queiroz (filha de Queiroz)

Agostinho Moraes da Silva (amigo)

Jorge Luis de Souza

Sheila Coelha de Vasconcellos

Marcia Cristina Nascimento dos Santos

Wellington Sérvulo Romano da Silva

Flávia Regina Thompson Silva

Luiza Sousa Paes (filha de amigo)

Danielle Nóbrega (ex-mulher de Adriano Nóbrega)

Raimunda Veras Magalhães (mãe de Adriano Nóbrega)

Glenn Dillard (corretor de imóveis)

A denúncia foi protocolada no dia 19 de outubro pelo Ministério Público no Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio, mas a informação só foi tornada pública na madrugada desta quarta-feira. 

O senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente da República, é apontado como líder da organização criminosa, e Queiroz, como o operador do esquema de corrupção que funcionava no gabinete do senador. Ambos foram acusados pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/mulher-de-flavio-bolsonaro-e-filhas-de-queiroz-tambem-sao-denunciadas-pelo-mp-no-esquema-das-rachadinhas

 

sábado, 31 de outubro de 2020

Bolsonaro fez publicidade para Curso com assassino confesso e ataca vaci...

Globo confirma que Petrobrás não tem nenhuma prova contra Lula

 

É por isso que a estatal se nega a fornecer à defesa do ex-presidente os contratos firmados com autoridades dos Estados Unidos

31 de outubro de 2020, 11:38 h Atualizado em 31 de outubro de 2020, 12:15

Lula recorre ao STJ e mostra que acordo entre Petrobrás e Lava Jato o inocenta Lula recorre ao STJ e mostra que acordo entre Petrobrás e Lava Jato o inocenta

247 - A Petrobrás, que pagou multas de R$ 27,7 bilhões aos Estados Unidos, no âmbito da Operação Lava Jato, não tem nenhuma prova contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É por isso que a estatal se nega a fornecer à defesa de Lula seus contratos com autoridades estadunidenses. No processo, a empresa chegou até a pedir para ter tratamento análogo ao de uma embaixada.

A confirmação de que não há qualquer prova contra Lula foi feita pelo jornalista Ascanio Seleme, em sua coluna. “Por que a Petrobras se nega a entregar para a defesa de Lula os documentos dos três acordos que fez nos Estados Unidos em razão dos escândalos da era petista? A estatal diz que os dados (mais de 75 milhões de páginas) não tratam de corrupção, mas de apenas falhas contábeis, e que por isso não interessam à defesa do ex-presidente. Quem escarafunchou a papelada diz que não é bem assim, que os documentos enviados ao Departamento de Justiça (DOJ), à SEC, que é a comissão de valores local, e à Justiça de Nova York têm um capítulo inteiro só sobre corrupção. E nele, a petroleira não cita Lula nem o PT, acusando apenas cinco ex-diretores da companhia e dois ex-governadores. As ações foram abertas nos EUA para indenizar investidores que perderam dinheiro com a queda do valor de mercado da estatal em razão do escândalo”, escreveu o jornalista.

“No Brasil, a Petrobras participou dos diversos julgamentos da Lava-Jato como assistente da acusação, e assinou as denúncias em que Lula é acusado de chefiar uma organização criminosa, de enriquecimento ilícito, de lavagem de dinheiro y otras cositas más. A incoerência entre o que a Petrobras assinou aqui e os documentos que enviou à Justiça americana, que beneficiaria Lula, só se tornará oficial se os dados forem entregues aos advogados do ex-presidente por ordem judicial. Depois de ter sua petição negada pela primeira instância em Curitiba e pelo STJ, a defesa aguarda agora manifestação final de Edson Fachin. O ministro do STF prestaria um bom serviço à Justiça liberando os documentos”, lembra ainda Ascanio. “Para não virar ré nos EUA, a Petrobras concordou em pagar US$ 4,8 bilhões (R$ 27,7 bi) em multas. O valor é sete vezes maior do que as sentenças da Lava-Jato devolveram aos cofres da estatal”, finaliza.

Fonte: https://www.brasil247.com/economia/globo-confirma-que-petrobras-nao-tem-nenhuma-prova-contra-lula

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

China e EUA entram em escalada de atritos

 

O Ministério das Relações Exteriores da China responde às ações hostis e retórica dos EUA

Por Stephen Lendman

A guerra dos EUA contra a China por outros meios arrisca o confronto direto entre duas superpotências se as coisas forem levadas longe demais - o que tem acontecido desde antes de Trump assumir o cargo.

Na terça-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, abordou ações regionais inaceitáveis ​​dos EUA, notadamente sua escalada de políticas hostis em relação a Pequim.

Em resposta às recém-anunciadas vendas de armas dos EUA para Taiwan - a ilha-estado considerada uma província separatista por Pequim a se reunir com o continente - Wang os denunciou, dizendo:

“As vendas de armas dos EUA para a região de Taiwan violam gravemente o princípio de uma China e os três comunicados conjuntos China-EUA ... minam seriamente a soberania e os interesses de segurança da China ...”

Eles "enviam sinais errados às forças separatistas de‘ independência de Taiwan ’e minam gravemente as relações China-EUA e a paz e a estabilidade em todo o Estreito de Taiwan."

Pedidos de Wang e de outras autoridades chinesas para que o regime de Trump cancelasse as vendas caíram em ouvidos surdos em Washington.

O agravamento das relações bilaterais provavelmente continuará na direção errada no próximo ano, se Biden / Harris suceder Trump.

Wang respondeu à hostilidade de seu enviado da ONU ao artigo do China New York Post.

Na semana passada, Kelly Kraft falsamente chamou Pequim de "a maior ameaça à integridade e eficácia" da ONU.

Reinventando a realidade, enquanto ignorava a guerra dos EUA contra a humanidade em todo o mundo, ela acusou falsamente a China de “esforços cada vez mais agressivos para manipular as agências da ONU para encobrir seu mau comportamento, silenciar as críticas e promover um governo autoritário”.

É assim que os EUA operam contra todas as nações, entidades e indivíduos não subservientes aos seus interesses imperiais.

Ao mesmo tempo, ela criticou inaceitavelmente a Síria, a Venezuela e o Irã - nações que resistiram com sucesso aos esforços dos EUA para transformá-los em estados subservientes pró-Ocidente.

Ela mentiu sobre o tratamento dado pelos chineses aos uigures e outros grupos minoritários de Xinjiang.

Ela reinventou a política externa dos EUA, alegando falsamente que seus formuladores de políticas fomentam o “multilateralismo” - o que eles sistematicamente procuram eliminar em busca de seu objetivo de governar o mundo sem contestação.

Dizer que ela, Trump e Pompeo “lutam todos os dias do lado da liberdade” é o oposto de como operam as duas alas direitas do Estado de partido único dos EUA.

Em resposta às suas observações hostis, Wang a acusou de "ignorância e preconceito", acrescentando:

Os EUA têm uma longa e perturbadora história de "criticar a cooperação de outros países com a ONU por meio de distorções desenfreadas de fatos".

As "alegações infundadas de insulto (ões) de Kraft ... funcionários internacionais de vários países (incluindo a China), cumprindo (ing) suas funções de acordo com a vontade coletiva dos Estados membros".

Como muitas outras autoridades americanas, “a Kraft provoca confronto entre grandes potências e interfere (m) nos assuntos internos de outros países na ONU, o que é profundamente impopular”.

Ela é "complacente com ... dizer (ing) mentiras com tanta pretensão e sem escrúpulos ... sem saber que já violou o direito internacional e as normas básicas das relações internacionais."

A China e muitos outros países rejeitam as políticas da guerra fria dos EUA.

O extremista de direita Pompeo - responsável por conduzir as relações internacionais dos EUA a um novo nível - é militantemente hostil à paz, igualdade, justiça e Estado de Direito.

Como enviado mundial dos Estados Unidos, Kraft expressa sua visão de mundo inaceitável.

Comentando sobre a visita de Pompeo à Índia, Wang criticou seus "ataques e acusações contra a China", chamando-os de "nada novo".

Ele continuou sua guerra hostil de palavras na China com comentários como os seguintes:

“(I) se a China fosse embora repentinamente, para que todos nós orássemos que acontecesse ... o relacionamento (dos EUA)” com a Índia seria beneficiado (sic).

“(H) undredreds de milhões de chineses gostariam de estar sob ... a bota de pau do Partido Comunista Chinês (sic).”

Pompeo mais uma vez culpou falsamente Pequim de surtos cobiçosos made-in-the-USA em todo o mundo.

Ele também acusou falsamente a China de uma série de crimes graves nos Estados Unidos, notadamente sua raiva de dominar o mundo sem ser desafiado por quaisquer ações hostis que tome para atingir seus objetivos hegemônicos.

Ele reinventou os EUA hostis aos valores democráticos como um defensor de seus princípios.

De acordo com Wang, Pompeo representa a “mentalidade da Guerra Fria e o viés ideológico” dos EUA.

A chamada "ameaça da China" que ele empurra não existe.

As ações dos EUA no cenário mundial “minam ... a paz e a estabilidade”, explicou Wang corretamente.

Um dia antes, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse o seguinte sobre a hostilidade às designações chinesas de seis das operações de mídia do país como "missões estrangeiras" pelos EUA:

“Nos últimos anos, o governo dos Estados Unidos impôs restrições injustificadas às agências de mídia chinesas e ao pessoal nos Estados Unidos ...”

Isso "propositalmente dificultou as coisas para suas atribuições normais de reportagem e os sujeitou a uma crescente discriminação e opressão por motivos políticos".

“(I) o desprezo total pela demanda legítima e razoável da China e o aviso solene (contra essas ações inaceitáveis, os EUA) aumentaram a repressão política e a estigmatização das agências de mídia e do pessoal chinês.”

Se o que está acontecendo não mudar, "mais contramedidas da China" virão.

As políticas hostis dos EUA em relação a Pequim correm o risco de romper as relações bilaterais ou algo pior.

As coisas podem esquentar por acidente ou intencionalmente por causa da raiva dos EUA de substituir todos os governos independentes por vassalos pró-Ocidente.

*

Award-winning author Stephen Lendman lives in Chicago. He can be reached at lendmanstephen@sbcglobal.net. He is a Research Associate of the Centre for Research on Globalization (CRG)

Seu novo livro como editor e colaborador é intitulado“Flashpoint in Ukraine: US Drive for Hegemony Risks WW III.”

http://www.claritypress.com/LendmanIII.html

sjlendman.blogspot.com.

Featured image is from www.fmprc.gov.cn

Fonte: https://undhorizontenews2.blogspot.com/

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Boa Noite 247 - Líder do governo: dinheiro sujo escondido no Centrão

Presidente da China ordena prontidão militar 'de alto nível' para guerra

Presidente da China, Xi Jinping, inspecionou nesta terça-feira ordenou melhora da capacidade de combate das forças armadas, apontando a necessidade de prontidão "de alto nível" para a guerra, de acordo com a agência de notícias Xinhua

15 de outubro de 2020, 08:31 h Atualizado em 15 de outubro de 2020, 09:00

Presidente da China, Xi Jinping, em Pequim 

Presidente da China, Xi Jinping, em Pequim (Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

Sputnik - Xi Jinping destacou a importância de defender a soberania, a integridade territorial e os interesses nacionais chineses.

O presidente da China, Xi Jinping, inspecionou nesta terça-feira (13) o Corpo de Fuzileiros Navais do Exército de Libertação Popular (ELP) na cidade de Chaozhou, província de Guangdong, e ordenou melhora da capacidade de combate, apontando a necessidade de prontidão "de alto nível" para a guerra, de acordo com Xinhua.

Durante a visita, Xi Jinping descreveu o Corpo de Fuzileiros Navais como uma força de elite para operações anfíbias e indicou que deve manter um alto nível de preparação e intensificar os treinos para forjar a unidade que seria integrada e versátil nas operações militares, capaz de responder rápido e lutar em condições multidimensionais.

O líder chinês enfatizou que o Corpo de Fuzileiros Navais, reorganizado em 2017 no âmbito da reforma da defesa, tem a missão importante da salvaguardar a soberania, a integridade territorial e os interesses nacionais chineses, e apelou a aumentar esforços para maiores avanços de sua transformação.

Fonte: https://www.brasil247.com/mundo/presidente-da-china-ordena-prontidao-militar-de-alto-nivel-para-guerra

 

domingo, 4 de outubro de 2020

China cria um “sol artificial” e é mais quente que o nosso

 

No início deste ano, um pequeno lugar na China estava tão quente quanto o Sol por um momento.

O Sol é uma bola de hidrogênio 333 mil vezes mais pesada que a Terra. E a Terra pesa 5940000000000000000000000 kg.

Ou seja: o Sol é muito pesado. Na verdade, ele só se formou porque era pesado.

Agora, uma equipe de cientistas anunciou que o reator Experimental Advanced Superconducting Tokamak (EAST) conseguiu superar a temperatura de 100 milhões de graus Celsius, registrando um novo recorde em fusão nuclear e criando uma possível nova fonte de energia.

Essencialmente uma maquete do núcleo do Sol construída aqui na superfície da Terra, com 11 metros de altura e 360 toneladas.

Este

sol artificial”,

capaz de atingir uma temperatura superior à da nossa estrela, visa estudar a fusão nuclear, além de ser projetado para imitar a forma como o Sol produz seu enorme poder calorífico e luminoso.

O Sol é uma bola de hidrogênio 333 mil vezes mais pesada que a Terra. E a Terra pesa 5940000000000000000000000 kg. Ou seja: o Sol é muito pesado. Na verdade, ele só se formou porque era pesado. Agora, uma equipe de cientistas anunciou que o reator Experimental Advanced Superconducting Tokamak (EAST) conseguiu superar a temperatura de 100 milhões de graus Celsius, registrando um novo recorde em fusão nuclear e criando uma possível nova fonte de energia. Essencialmente uma maquete do núcleo do Sol construída aqui na superfície da Terra, com 11 metros de altura e 360 toneladas.

O hidrogênio que hoje compõe nossa estrela estava distribuído originalmente em uma nuvem impensavelmente grande e bastante pacífica, que flutuava no espaço aberto, longe de quaisquer outras estrelas.

Foi estabelecida que a temperatura alcançada pelo reator, acima de 100 milhões de graus Celsius (180), excedeu em muito a temperatura do centro de nossa estrela, que é de aproximadamente 15 milhões de graus Celsius.

A essa temperatura, seis vezes superior à alcançada no interior da estrela, a fusão de hidrogênio passa a produzir mais energia do que consome, ou seja; se torna autossustentável.


* Sociedade secreta da China desafia e ameaça os Illuminati
* Uma frota de OVNIs causa pânico em várias cidades da China

O EAST é um reator de tokamak, que tem a forma de uma rosquinha e usa grandes correntes para girar o plasma no interior, confinando-o por campos magnéticos.

Outro tipo de reator, chamado de stellerator, tem a forma de uma rosquinha torcida para torcer os campos magnéticos.

A China faz parte de uma colaboração internacional conhecida como ITER (International Thermonuclear Experimental Reactor), juntamente com outros 34 países, para desenvolver um reator de fusão operacional.

Os experimentos no EAST são algumas maneiras de tornar esse sonho realidade.

Um porta-voz da estatal chinesa CGTN disse em um comunicado:

O EAST, um dispositivo projetado e desenvolvido de forma independente por cientistas chineses para aproveitar a energia da fusão nuclear, está dando mais um passo para manter uma reação de fusão mais estável o maior tempo possível e a uma temperatura ainda mais alta”.

O deuterio e o trítio são ionizados pelo calor. Isto é: perdem seus elétrons. Graças a um campo magnético extremamente intenso, eles são mantidos sob controle, bem pertinho uns dos outros. Assim, aumentam as chances de que eles trombem, se fundam e produzam átomos de hélio, ainda mais pesados – liberando, de quebra, a energia mais limpa que existe. Os cientistas esperam usar a fusão nuclear como uma fonte de energia alternativa, é como ter um sol ao seu alcance, controlando-o e se beneficiando dele. No entanto, é uma enorme potência que pode ficar fora de controle e ainda não entendemos completamente.

O deuterio e o trítio são ionizados pelo calor. Isto é: perdem seus elétrons. Graças a um campo magnético extremamente intenso, eles são mantidos sob controle, bem pertinho uns dos outros.

Assim, aumentam as chances de que eles trombem, se fundam e produzam átomos de hélio, ainda mais pesados – liberando, de quebra, a energia mais limpa que existe.

Os cientistas esperam usar a fusão nuclear como uma fonte de energia alternativa, é como ter um sol ao seu alcance, controlando-o e se beneficiando dele.

No entanto, é uma enorme potência que pode ficar fora de controle e ainda não entendemos completamente.

Fonte: https://chavedosmisterios.com/china-cria-um-sol-artificial-e-e-mais-quente-que-o-nosso/?fbclid=IwAR3LRdG2NoVzNoiDWPKERr5TiqAlUExY1JagjG1OHgfLb9radvo7WdH4R_0

domingo, 27 de setembro de 2020

Conheça a declaração conjunta de Rússia e China que mete medo a Trump

 


A China e Rússia devem fortalecer a cooperação na luta contra a Covid-19 e em outras áreas para promover as relações bilaterais. Em encontro dos chanceleres Sergey Lavrov e Wang Yi ambos os países atualizaram sua parceria estratégica

27 de setembro de 2020, 10:29 h Atualizado em 27 de setembro de 2020, 15:00

Os chanceleres Wang Yi (China) e Sergei Lavrov (Rússia) Os chanceleres Wang Yi (China) e Sergei Lavrov (Rússia) (Foto: Xinhua)

247 - A Rússia e a China decidiram fortalecer sua cooperação bilateral estratégica. O fato tem dimensões globais que alteram a correlação geopolítica de forças. Leia a íntegra da declaração conjunta firmada pelos dois chanceleres. 

"A Federação Russa e a República Popular da China, em espírito de ampla parceria e interação estratégica, iniciando nova era, baseada numa visão comum da situação internacional atual e de problemas chaves, conclamam a comunidade internacional a reforçar a interação, aprofundar a compreensão mútua, enfrentar conjuntamente os desafios e da estabilidade política e da recuperação econômica mundial.

As partes declaram o seguinte:

1. O mundo moderno passa por fase de transformação profunda, cresce a turbulência, e estão sob ataque os processos de globalização econômica e a implementação de uma agenda de desenvolvimento sustentável para o período até 2030. A pandemia do novo coronavírus tornou-se o mais grave desafio global em tempos de paz.

As partes expressam profunda preocupação de que, contra o pano de fundo de uma pandemia de um tipo novo de coronavírus, estados individuais disseminam informação pouco precisa e falsa. Assim ameaçam a saúde e o bem-estar dos cidadãos, a segurança pública, a estabilidade e a ordem, e também impedem que os povos do mundo conheçam-se uns aos outros.

Quanto a isso, Rússia e China conclamam autoridades estatais, organizações públicas, a mídia e os círculos empresariais a fortalecerem a interação e combaterem unidas a informação falsa. Informação e avaliações disseminadas devem ser baseadas em fatos. E devem excluir qualquer interferência nos assuntos internos de outros países e ataques irracionais à estrutura e aos caminhos de desenvolvimento escolhidos por outros países.

As partes reiteram o seu firme apoio à Organização Mundial de Saúde e ao seu papel de coordenação na cooperação internacional para o combate às epidemias, defendem o aprofundamento da cooperação internacional nesta área, bem como a aceleração do desenvolvimento de medicamentos e vacinas.

As partes conclamam todos a pôr fim à politização do tema da pandemia e a unir todos os esforços para derrotar conjuntamente a infecção por coronavírus, responder conjuntamente aos vários desafios e ameaças e a envidar esforços para acelerar a implementação da Agenda de Desenvolvimento Sustentável 2030.

2. Este ano marca o 75º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial – a maior tragédia da história da humanidade, que ceifou dezenas de milhões de vidas.

União Soviética e China receberam o golpe principal do fascismo e do militarismo, suportaram o peso da resistência aos agressores, detiveram, derrotaram e destruíram os invasores à custa de enormes perdas humanas, ao mesmo tempo que mostravam dedicação e patriotismo sem paralelo.

As novas gerações estão em dívida com aqueles que caíram em nome da defesa da liberdade e da independência, para o triunfo do bem, da justiça e do humanismo.

Uma moderna relação russo-chinesa, relação de parceria inclusiva e engajamento estratégico quando o mundo embarca numa nova era, é marcada pela carga poderosa e positiva de verdadeira camaradagem forjada nos campos de batalha da Segunda Guerra Mundial.

Preservar a verdade histórica sobre esta guerra é dever sagrado de toda a humanidade.

Rússia e a China se oporão conjuntamente às tentativas de falsificar a história, de converter em heróis os nazistas, os militaristas e seus cúmplices, e de degradar os vencedores. Nossos países não permitirão qualquer ‘revisão’ dos resultados da Segunda Guerra Mundial consagrados na Carta das Nações Unidas e em outros documentos internacionais.

3. No ano do 75º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial e da formação das Nações Unidas, Rússia e China, como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, reiteram sua firme adesão aos princípios do multilateralismo, e apoiam a realização de reuniões de alto nível programadas para coincidir com o 75º aniversário da fundação da ONU e o 75º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial. Reiteram também a importância de convocar a comunidade internacional a proteger conjuntamente o sistema de relações internacionais, no qual a ONU desempenha papel central, e a ordem mundial baseada nos princípios do direito internacional, reafirmar as posições estabelecidas no a Declaração da Federação Russa e da República Popular da China sobre o Reforço do Papel do Direito Internacional de 25 de junho de 2016.

O lado chinês apoia a iniciativa do lado russo de convocar uma reunião de chefes de estado – membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Rússia e China pretendem continuar a defender resolutamente os objetivos e princípios da Carta das Nações Unidas, em particular os princípios de igualdade soberana e de não interferência nos assuntos internos de outros Estados, e defender a paz global e estabilidade.

As partes defendem a justiça nos assuntos internacionais, reformando e melhorando o sistema de governança global. As partes rejeitam categoricamente a prática de ações unilaterais e de protecionismo, a política de força e a perseguição entre estados, a introdução de sanções unilaterais que não sejam amparadas por fundamentos jurídicos internacionais; rejeitam também a aplicação extraterritorial de legislação nacional.

4. Há sérios desafios na esfera da segurança internacional, na responsabilidade por apoiar o Velho Pensamento nas categorias da Guerra Fria, forçando uma atmosfera de rivalidade entre as grandes potências. Operar para tentar garantir a própria segurança às expensas da segurança de outros estados compromete seriamente os princípios básicos das relações internacionais, a estabilidade global e regional e a segurança.

As partes destacam a importância de se manterem relações de interação construtiva entre as grandes potências com vistas a resolver problemas mundiais estratégicos em bases de igualdade e em espírito de respeito mútuo. Como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e como estados armados com armamento nuclear, as partes desempenham papel especial para preservar a estabilidade estratégica global e trabalham sob o espírito da Declaração Conjunta da Federação Russa e da República Popular da China assinada dia 5/6/2019, para fortalecer a estabilidade estratégica global na era moderna, para continuar a aprofundar a confiança estratégica mútua e manter a interação estratégica global e regional.

Rússia e China conclamam todos os estados que participam dos acordos e tratados para controle de armas, desarmamento e não proliferação a respeitar estritamente o fixado naqueles tratados e a respeitar os procedimentos para resolução de conflitos neles acordados.

5. As Partes continuarão a desenvolver a cooperação no campo da promoção e proteção dos direitos humanos, para promover, no âmbito dos órgãos de direitos humanos da ONU, a igualdade de tratamento de todas as categorias de direitos humanos, para intensificar os esforços em áreas que recebem atenção especial nos países em desenvolvimento: a implementação dos direitos econômicos, sociais e culturais e o direito ao desenvolvimento.

As Partes opõem-se à politização da agenda internacional de direitos humanos e opõem-se ao uso das questões de direitos humanos como pretexto para interferir nos assuntos internos de Estados soberanos.

6 As Partes implementam consistentemente uma política abrangente nessa área, eliminam causas e consequências do problema, promovem a formação de uma frente comum global contra o terrorismo, (???) papel central da ONU, opõem-se à associação ‘automática’ entre determinados estados e (i) terrorismo/extremismos; e (ii) religiões; e (iii) nacionalidades ou civilizações, quaisquer que sejam. E opõem-se à aplicação de duplos critérios nas atividades antiterroristas.

7. As partes conclamam a comunidade mundial a unir esforços na luta contra o uso de tecnologias de informação e comunicação para fins incompatíveis com os objetivos de manter a paz, a segurança e a estabilidade internacional e regional, bem como para atividades criminosas e terroristas executadas mediante tecnologias de informação e da comunicação.

As partes defendem a prevenção de conflitos entre estados que possam surgir como resultado do uso ilegal de tecnologias de informação e comunicação e reafirmam o papel fundamental da ONU no combate às ameaças no campo da segurança da informação internacional.

Nesse contexto, expressam seu apoio às atividades realizadas na ONU para desenvolver regras, normas e princípios de comportamento responsável dos Estados no espaço da informacional.

As partes saúdam e observam a oportunidade do lançamento, de acordo com a Resolução da Assembleia Geral da ONU nº 73/27, sob os auspícios das Nações Unidas, do primeiro mecanismo de negociação sobre o tema, do qual todos os Estados podem participar – o Grupo de Trabalho Permanente sobre Realizações no Campo da Informação e das Telecomunicações no Contexto da Segurança Internacional.

As partes também conclamam todos os Estados a participarem construtivamente do trabalho do Comitê Intergovernamental Ad Hoc de Especialistas, estabelecido de acordo com a Resolução 74/247 da Assembleia Geral da ONU , e do desenvolvimento inicial de uma convenção da ONU contra o uso criminoso de tecnologias de informação e comunicação.

As partes enfatizam a unidade de posições sobre a governança da Internet, incluindo a garantia de direitos iguais para os Estados participarem da governança da rede global, e observam a necessidade de aprimorar o papel da União Internacional de Telecomunicações neste contexto.

As partes concordaram em continuar a aprofundar a cooperação bilateral com base no Acordo entre o Governo da Federação Russa e o Governo da República Popular da China sobre cooperação no campo da segurança da informação internacional datado de 8 de maio de 2015.

8. As partes – cientes do impacto abrangente da economia digital no desenvolvimento socioeconômico dos países do mundo e no sistema de governança global, acreditam que a segurança do armazenamento de dados digitais afeta a segurança nacional, os interesses públicos e os direitos de indivíduos em cada estado – apelam a todos os países para que respeitem os princípios de participação universal para alcançar o desenvolvimento de regras globais de segurança de dados digitais que reflitam as aspirações de todos os estados e respeitem os interesses de todos os países.

O lado russo prestou atenção à “Iniciativa Global de Segurança de Dados Digitais” apresentada pelo lado chinês e saúda os esforços do lado chinês para fortalecer a segurança global dos dados digitais.

As partes expressam sua intenção de desenvolver a cooperação no campo da segurança da informação internacional em um formato bilateral, ONU, BRICS, OCX, Fórum Regional para Segurança das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN Regional Forum for Security) e outras plataformas multilaterais globais e regionais.

As Partes reconhecem o potencial significativo para o desenvolvimento da economia digital, especialmente durante uma pandemia, e apelam à comunidade mundial para que sigam as tendências de desenvolvimento; encorajem novos métodos de gestão econômica, novas indústrias, novos modelos de desenvolvimento; para que, juntos, formem ambiente aberto, justo e não discriminatório, para o desenvolvimento e aplicação de tecnologias de informação, atentos à segurança de dados e fluxos transnacionais; para que apoiem cadeias de abastecimento globais de produtos e serviços de informação.

9. As Partes envidam esforços para preservar o papel de liderança da Organização Mundial do Comércio nas áreas de liberalização e coordenação do comércio no desenvolvimento de regras para o comércio global e apoiar o sistema de comércio multilateral, cuja “pedra angular” é a OMC .

As partes conclamam a comunidade internacional a fortalecer a coordenação no campo da política macroeconômica, proteger a segurança e estabilidade das cadeias de valor globais, estimular o desenvolvimento da globalização econômica em direção a uma maior abertura, inclusão, prosperidade compartilhada, equilíbrio, benefício comum e contribuir para um recuperação inicial da economia mundial.

10. As partes têm em alta consideração a interação para discutir prioridades tópicas regionais, inclusive os casos que tenham a ver com Irã, Afeganistão, Síria e a Península Coreana.

Enfatizam que a única via efetiva para resolver problemas é o diálogo e declaram-se prontas, mediante o consenso, a continuar a participar de consultas multilaterais e do trabalho das plataformas de diálogo, para promover os processos de resolução política e diplomática de problemas relevantes.

11. Rússia e China continuarão seu trabalho de alinhar planos para o desenvolvimento da União Econômica da Eurásia e a construção da Iniciativa Um Cinturão, Uma Estrada, contribuindo para o fortalecimento da conectividade regional e do desenvolvimento econômico no espaço da Eurásia..

As partes confirmam o seu compromisso com a promoção paralela e coordenada da Grande Parceria da Eurásia e da Iniciativa Cinturão e Estrada.

12. O lado chinês apoia firmemente o trabalho feito pela Rússia na presidência dos grupos BRICS e OCX, e ativamente colaborará com o lado na preparação para a reunião dos chefes de estado dos BRICS e para a reunião dos chefes de estado da OCX, esse ano. As partes continuarão a reforçar contatos de coordenação dentro do G20, da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) e de outros mecanismos multilaterais, reforçando o papel construtivo desses mecanismos.

Fonte: Ministério de Relações Exteriores da Rússia. Tradução não oficial do inglês

Fonte: https://www.brasil247.com/mundo/conheca-a-declaracao-conjunta-de-russia-e-china-que-mete-medo-a-trump

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

O pronunciamento histórico de Lula ao Brasil no 7 de setembro, comentado...

Leia a íntegra do pronunciamento de Lula neste 7 de setembro

 

Em discurso pelo Dia da Independência, ex-presidente faz um diagnóstico da situação brasileira, denuncia crimes cometidos por Bolsonaro e se coloca à disposição do povo brasileiro para reconstruir o País

7 de setembro de 2020, 15:31 h Atualizado em 7 de setembro de 2020, 18:01

Ex-presidente Lula em pronunciamento de 7 de setembro Ex-presidente Lula em pronunciamento de 7 de setembro (Foto: Reprodução)

“Minhas amigas e meus amigos.

Nos últimos meses uma tristeza infinita vem apertando meu coração. O Brasil está vivendo um dos piores períodos de sua história.

Com 130 mil mortos e quatro milhões de pessoas contaminadas, estamos despencando em uma crise sanitária, social, econômica e ambiental nunca vista.

Mais de duzentos milhões de brasileiras e brasileiros acordam, todos os dias, sem saber se seus parentes, amigos ou eles próprios estarão saudáveis e vivos à noite.

A esmagadora maioria dos mortos pelo Coronavírus é de pobres, pretos, pessoas vulneráveis que o Estado abandonou.

Na maior e mais rica cidade do país, as mortes pelo Covid-19 são 60% mais altas entre pretos e pardos da periferia, segundo os dados das autoridades sanitárias.

Cada um desses mortos que o governo federal trata com desdém tinha nome, sobrenome, endereço. Tinha pai, mãe, irmão, filho, marido, esposa, amigos. Dói saber que dezenas de milhares de brasileiras e brasileiros não puderam se despedir de seus entes queridos. Eu sei o que é essa dor.

Teria sido possível, sim, evitar tantas mortes.

Estamos entregues a um governo que não dá valor à vida e banaliza a morte. Um governo insensível, irresponsável e incompetente, que desrespeitou as normas da Organização Mundial de Saúde e converteu o Coronavírus em uma arma de destruição em massa.

Os governos que emergiram do golpe congelaram recursos e sucatearam o Sistema Único de Saúde, o SUS, respeitado mundialmente como modelo para outras nações em desenvolvimento. E o colapso só não foi ainda maior graças aos heróis anônimos, as trabalhadoras e trabalhadores do sistema de saúde.

Os recursos que poderiam estar sendo usados para salvar vidas foram destinados a pagar juros ao sistema financeiro.

O Conselho Monetário Nacional acaba de anunciar que vai sacar mais de 300 bilhões de reais dos lucros das reservas que nossos governos deixaram.

Seria compreensível se essa fortuna fosse destinada a socorrer o trabalhador desempregado ou a manter o auxílio emergencial de 600 reais enquanto durar a pandemia.

Mas isso não passa pela cabeça dos economistas do governo. Eles já anunciaram que esse dinheiro vai ser usado para pagar os juros da dívida pública!

Nas mãos dessa gente, a Saúde pública é maltratada em todos os seus aspectos.

A substituição da direção do Ministério da Saúde por militares sem experiência médica ou sanitária é apenas a ponta de um iceberg. Em uma escalada autoritária, o governo transferiu centenas de militares da ativa e da reserva para a administração federal, inclusive em muitos postos-chave, fazendo lembrar os tempos sombrios da ditadura.

O mais grave de tudo isso é que Bolsonaro aproveita o sofrimento coletivo para, sorrateiramente, cometer um crime de lesa-pátria.

Um crime politicamente imprescritível, o maior crime que um governante pode cometer contra seu país e seu povo: abrir mão da soberania nacional.

Não foi por acaso que escolhi para falar com vocês neste 7 de Setembro, dia da Independência do Brasil, quando celebramos o nascimento do nosso país como nação soberana.

Soberania significa independência, autonomia, liberdade. O contrário disso é dependência, servidão, submissão.

Ao longo de minha vida sempre lutei pela liberdade.

Liberdade de imprensa, liberdade de opinião, liberdade de manifestação e de organização, liberdade sindical, liberdade de iniciativa.

É importante lembrar que não haverá liberdade se o próprio país não for livre.

Renunciar à soberania é subordinar o bem-estar e a segurança do nosso povo aos interesses de outros países.

A garantia da soberania nacional não se resume à importantíssima missão de resguardar nossas fronteiras terrestres e marítimas e nosso espaço aéreo. Supõe também defender nosso povo, nossas riquezas minerais, cuidar das nossas florestas, nossos rios, nossa água.

Na Amazônia devemos estar presentes com cientistas, antropólogos e pesquisadores dedicados a estudar a fauna e a flora e a empregar esse conhecimento na farmacologia, na nutrição e em todos os campos da ciência – respeitando a cultura e a organização social dos povos indígenas.

O governo atual subordina o Brasil aos Estados Unidos de maneira humilhante, e submete nossos soldados e nossos diplomatas a situações vexatórias. E ainda ameaça envolver o país em aventuras militares contra nossos vizinhos, contrariando a própria Constituição, para atender os interesses econômicos e estratégico-militares norte-americanos.

A submissão do Brasil aos interesses militares de Washington foi escancarada pelo próprio presidente ao nomear um oficial general das Forças Armadas Brasileiras para servir no Comando Militar Sul dos Estados Unidos, sob as ordens de um oficial americano.

Em outro atentado à soberania nacional, o atual governo assinou com os Estados Unidos um acordo que coloca a Base Aeroespacial de Alcântara sob o controle de funcionários norte-americanos e que priva o Brasil de acesso à tecnologia, mesmo de terceiros países.

Quem quiser saber os verdadeiros objetivos do governo não precisa consultar manuais secretos da Abin ou do serviço de inteligência do Exército.

A resposta está todos os dias no Diário Oficial, em cada ato, em cada decisão, em cada iniciativa do presidente e de seus assessores, banqueiros e especuladores que ele chamou para dirigir nossa economia.

Instituições centenárias, como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o BNDES, que se confundem com a história do desenvolvimento do país, estão sendo esquartejadas e fatiadas – ou simplesmente vendidas a preço vil.

Bancos públicos não foram criados para enriquecer famílias. Eles são instrumentos do progresso. Financiam a casa do pobre, a agricultura familiar, as obras de saneamento, a infraestrutura essencial ao desenvolvimento.

Se olharmos para o setor energético, veremos uma política de terra arrasada igualmente predadora.

Depois de colocar à venda por valores ridículos as reservas do Pré-Sal, o governo desmantela a Petrobrás. Venderam a distribuidora e os gasodutos foram alienados. As refinarias estão sendo esquartejadas. Quando só restarem os cacos, chegarão as grandes multinacionais para arrematar o que tiver sobrado de uma empresa estratégica para a soberania do Brasil.

Meia dúzia de multinacionais ameaçam a renda de centenas de bilhões de reais do petróleo do Pré-Sal – recursos que constituiriam um fundo soberano para financiar uma revolução educacional e científica.

A Embraer, um dos maiores trunfos do nosso desenvolvimento tecnológico, só escapou da sanha entreguista em função das dificuldades da empresa que iria adquiri-la, a Boeing, profundamente ligada ao complexo industrial militar dos Estados Unidos.

O desmanche não termina aí.

O furor privatista do governo pretende vender, na bacia das almas, a maior empresa de geração de energia da América Latina, a Eletrobrás, uma gigante com 164 usinas – duas delas termonucleares – responsável por quase 40% da energia consumida no Brasil.

A demolição das universidades, da educação e o desmonte das instituições de apoio à ciência e à tecnologia, promovidos pelo governo, são ameaça real e concreta à nossa soberania.

Um país que não produz conhecimento, que persegue seus professores e pesquisadores, que corta bolsas de pesquisas e nega o ensino superior à maioria de sua população está condenado à pobreza e à eterna submissão.

A obsessão destrutiva desse governo deixou a cultura nacional entregue a uma sucessão de aventureiros. Artistas e intelectuais clamam pela salvação da Casa de Ruy Barbosa, da Funarte, da Ancine. A Cinemateca Brasileira, onde está depositado um século da memória do cinema nacional, corre o sério risco de ter o mesmo destino trágico do Museu Nacional

Minhas amigas e meus amigos.

No isolamento da quarentena tenho refletido muito sobre o Brasil e sobre mim mesmo, sobre meus erros e acertos e sobre o papel que ainda pode me caber na luta do nosso povo por melhores condições de vida.

Decidi me concentrar, ao lado de vocês, na reconstrução do Brasil como Nação independente, com instituições democráticas, sem privilégios oligárquicos e autoritários. Um verdadeiro Estado Democrático e de Direito, com fundamento na soberania popular. Uma Nação voltada para a igualdade e o pluralismo. Uma Nação inserida numa nova ordem internacional baseada no multilateralismo, na cooperação e na democracia, integrada na América do Sul e solidária com outras nações em desenvolvimento.

O Brasil que quero reconstruir com vocês é uma Nação comprometida com a libertação do nosso povo, dos trabalhadores e dos excluídos.

Dentro de um mês vou fazer 75 anos.

Olhando para trás, só posso agradecer a Deus, que foi muito generoso comigo. Tenho que agradecer à minha mãe, dona Lindu, por ter feito de um pau-de-arara sem diploma um trabalhador orgulhoso, que um dia viraria presidente da República. Por ter feito de mim um homem sem rancor, sem ódios.

Eu sou o menino que desmentiu a lógica, que saiu do porão social e chegou ao andar de cima sem pedir permissão a ninguém, só ao povo.

Não entrei pela porta dos fundos, entrei pela rampa principal. E isso os poderosos jamais perdoaram.

Reservaram para mim o papel de figurante, mas virei protagonista pelas mãos dos trabalhadores brasileiros.

Assumi o governo disposto a mostrar que o povo cabia, sim, no orçamento. Mais do que isso, provei que o povo é um extraordinário patrimônio, uma enorme riqueza. Com o povo o Brasil progride, se enriquece, se fortalece, se torna um país soberano e justo.

Um país em que a riqueza produzida por todos seja distribuída para todos – mas em primeiro lugar para os explorados, os oprimidos, os excluídos.

Todos os avanços que fizemos sofreram encarniçada oposição das forças conservadoras, aliadas a interesses de outras potências.

Eles nunca se conformaram em ver o Brasil como um país independente e solidário com seus vizinhos latino-americanos e caribenhos, com os países africanos, com as nações em desenvolvimento.

É aí, nessas conquistas dos trabalhadores, nesse progresso dos pobres, no fim da subserviência, é aí que está a raiz do golpe de 2016.

Aí está a raiz dos processos armados contra mim, da minha prisão ilegal e da proibição da minha candidatura em 2018. Processos que – agora todo mundo sabe – contaram com a criminosa colaboração secreta de organismos de inteligência norte-americanos.

Ao tirar 40 milhões de brasileiros da miséria, nós fizemos uma revolução neste país. Uma revolução pacífica, sem tiros nem prisões.

Ao ver que esse processo de ascensão social dos pobres iria continuar, que a afirmação de nossa soberania não iria ter volta, os que se julgam donos do Brasil, aqui dentro e lá fora, resolveram dar um basta.

Nasce aí o apoio dado pelas elites conservadoras a Bolsonaro.

Aceitaram como natural sua fuga dos debates. Derramaram rios de dinheiro na indústria das fake news. Fecharam os olhos para seu passado aterrador. Fingiram ignorar seu discurso em defesa da tortura e a apologia pública que ele fez do estupro.

As eleições de 2018 jogaram o Brasil em um pesadelo que parece não ter fim.

Com ascensão de Bolsonaro, milicianos, atravessadores de negócios e matadores de aluguel saíram das páginas policiais e apareceram nas colunas políticas.

Como nos filmes de terror, as oligarquias brasileiras pariram um monstrengo que agora não conseguem controlar, mas que continuarão a sustentar enquanto seus interesses estiverem sendo atendidos.

Um dado escandaloso ilustra essa conivência: nos quatro primeiros meses da pandemia, quarenta bilionários brasileiros aumentaram suas fortunas em 170 bilhões de reais.

Enquanto isso, a massa salarial dos empregados caiu 15% em um ano, o maior tombo já registrado pelo IBGE. Para impedir que os trabalhadores possam se defender dessa pilhagem, o governo asfixia os sindicatos, enfraquece as centrais sindicais e ameaça fechar as portas da Justiça do Trabalho. Querem quebrar a coluna vertebral do movimento sindical, o que nem a ditadura conseguiu.  

Violentaram a Constituição de 1988. Repudiaram as práticas democráticas. Implantaram um autoritarismo obscurantista, que destruiu as conquistas sociais alcançadas em décadas de lutas. Abandonaram uma política externa altiva e ativa, em favor de uma submissão vergonhosa e humilhante.

Este é o verdadeiro e ameaçador retrato do Brasil de hoje.

Tamanha calamidade terá que ser enfrentada com um novo contrato social que defenda os direitos e a renda do povo trabalhador.

Minhas queridas e meus queridos.

Minha longa vida, aí incluídos os quase dois anos que passei em uma prisão injusta e ilegal, me ensinou muito.

Mas tudo o que fui, tudo o que aprendi cabe num grão de milho se essa experiência não for colocada a serviço dos trabalhadores.

É inaceitável que 10% da população vivam à custa da miséria de 90% do povo.

Jamais haverá crescimento e paz social em nosso país enquanto a riqueza produzida por todos for parar nas contas bancárias de meia dúzia de privilegiados.

Jamais haverá crescimento e paz social se as políticas públicas e as instituições não tratarem com equidade a todos brasileiros.

É inaceitável que os trabalhadores brasileiros  continuem sofrendo os impactos perversos da desigualdade social. Não podemos admitir que nossa juventude negra tenha suas vidas marcadas por uma  violência que beira genocídio.

Desde que vi, naquele terrível vídeo, os 8 minutos e 43 segundos de agonia de George Floyd, não paro de me perguntar: quantos George Floyd nós tivemos no Brasil? Quantos brasileiros perderam a vida por não serem brancos? Vidas negras importam, sim. Mas isso vale para o mundo, para os Estados Unidos e vale para o Brasil.

É intolerável que nações indígenas tenham suas terras invadidas e saqueadas e suas culturas destruídas. O Brasil que queremos é o do marechal Rondon e dos irmãos Villas-Boas, não o dos grileiros e dos devastadores de florestas.

Temos um governo que quer matar as mais belas virtudes do nosso povo, como a generosidade, o amor à paz e a tolerância.

O povo não quer comprar revólveres nem cartuchos de carabina. O povo quer comprar comida.

Temos que combater com firmeza a violência impune contra as mulheres. Não podemos aceitar que um ser humano seja estigmatizado por seu gênero. Repudiamos o escárnio público com os quilombolas. Condenamos o preconceito que trata como seres inferiores pobres que vivem nas periferias das grandes cidades.

Até quando conviveremos com tanta discriminação, tanta intolerância, tanto ódio?

Meus amigos e minhas amigas,

Para reconstruirmos o Brasil pós pandemia, precisamos de um novo contrato social entre todos os brasileiros.

Um contrato social que garanta a todos o direito de viver em paz e harmonia. Em que todos tenhamos as mesmas possiblidades de crescer, onde nossa economia esteja a serviço de todos e não de uma pequena minoria. E no qual sejam respeitados nossos tesouros naturais, como o Cerrado, o Pantanal, a Amazônia Azul e a Mata Atlântica.

O alicerce desse contrato social tem que ser o símbolo e a base do regime democrático: o voto. É através do exercício do voto, livre de manipulações e fake news, que devem ser formados os governos e ser feitas as grandes escolhas e as opções fundamentais da sociedade.

Através dessa reconstrução, lastreada no voto, teremos um Brasil um democrático, soberano, respeitador dos direitos humanos e das diferenças de opinião, protetor do meio ambiente e das minorias e defensor de sua própria soberania.

Um Brasil de todos e para todos.

Se estivermos unidos em torno disso poderemos superar esse momento dramático.

O essencial hoje é vencer a pandemia, defender a vida e a saúde do povo. É pôr fim a esse desgoverno e acabar com o teto de gastos que deixa o Estado brasileiro de joelhos diante do capital financeiro nacional e internacional.

Nessa empreitada árdua, mas essencial, eu me coloco à disposição do povo brasileiro, especialmente dos trabalhadores e dos excluídos.

Minhas amigas e meus amigos.

Queremos um Brasil em que haja trabalho para todos.

Estamos falando de construir um Estado de bem-estar social que promova a igualdade de direitos, em que a riqueza produzida pelo trabalho coletivo seja devolvida à população segundo as necessidades de cada um.

Um Estado justo, igualitário e independente, que dê oportunidades para os trabalhadores, os mais pobres e os excluídos.

Esse Brasil dos nossos sonhos pode estar mais próximo do que aparenta.

Até os profetas de Wall Street e da City de Londres já decretaram que o capitalismo, tal como o mundo o conhece, está com os dias contados. Levaram séculos para descobrir uma verdade inquestionável que os pobres conhecem desde que nasceram: o que sustenta o capitalismo não é o capital. Somos nós, os trabalhadores.

É nessas horas que me vem à cabeça esta frase que li num livro de Victor Hugo, escrito há um século e meio, e que todo trabalhador deveria levar no bolso, escrita em um pedacinho de papel, para jamais esquecer:

“É do inferno dos pobres que é feito o paraíso dos ricos…”

Nenhuma solução, porém, terá sentido sem o povo trabalhador como protagonista. Assim como a maioria dos brasileiros, não acredito e não aceito os chamados pactos “pelo alto”, com as elites. Quem vive do próprio trabalho não quer pagar a conta dos acertos políticos feitos no andar de cima.

Por isso quero reafirmar algumas certezas pessoais:

Não apoio, não aceito e não subscrevo qualquer solução que não tenha a participação efetiva dos trabalhadores.

Não contem comigo para qualquer acordo em que o povo seja mero coadjuvante.

Mais do que nunca, estou convencido de que a luta pela igualdade social passa, sim, por um processo que obrigue os ricos a pagar impostos proporcionais às suas rendas e suas fortunas.

E esse Brasil, minhas amigas e meus amigos, está ao alcance das nossas mãos.

Posso afirmar isso olhando nos olhos de cada um e de cada uma de vocês. Nós provamos ao mundo que o sonho de um país justo e soberano pode sim, se tornar realidade.

Eu sei – vocês sabem – que podemos, de novo, fazer do Brasil o país dos nossos sonhos.

E dizer, do fundo do meu coração: estou aqui. Vamos juntos reconstruir o Brasil.

Ainda temos um longo caminho a percorrer juntos.

Fiquem firmes, porque juntos nós somos fortes.

Viveremos e venceremos.”

Luiz Inácio Lula da Silva

Fonte: https://www.brasil247.com/poder/leia-a-integra-do-pronunciamento-de-lula-neste-7-de-setembro

sábado, 22 de agosto de 2020

Caça MiG-31 ascende à estratosfera durante manobras exibindo vista incrível da Terra


Defesa
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Um recente vídeo da Força Aeroespacial russa mostra que estas aeronaves podem também, sem quaisquer problemas, alcançar altitudes muito elevadas chegando à estratosfera.

Portal Zvezda divulgou um vídeo em que um caça MiG-31 é visto durante exercícios militares na estratosfera inferior, ou seja, cerca de 20 quilômetros acima da superfície da Terra.

A filmagem mostra a aeronave subindo aos céus mostrando o exterior diretamente da cabine do piloto, enquanto o caça-interceptor voa na margem do espaço, e as nuvens bem abaixo do avião flutuam como se fossem enormes ilhas de gelo.

O voo foi realizado como parte dos exercícios conduzidos pelo regimento de aviação de caça do Distrito Militar Central.

O MiG-31 é um caça supersônico russo de quarta geração concebido para interceptar e destruir alvos aéreos em quaisquer condições meteorológicas, sendo capaz de atingir velocidades de até 2.500 quilômetros por hora.