terça-feira, 11 de abril de 2017

Armas químicas na Venezuela? "A desculpa mas emblemática para desatar guerras"

Publicado: 11 abr 2017 07:12 GMT | Última atualização: 11 abr 2017

O defensor do Povo Tarek William Saab explicou que no atual contexto internacional, essa acusação pode ser a desculpa perfeita para justificar a invasão militar do país.
¿Armas químicas en Venezuela? "La excusa más emblemática para desatar guerras"
Marco BelloReuters
Uma mensagem no Twitter, escrito por um prefeito opositor ao Governo venezuelano, elevou a tensão do debate político, ao alertar sobre um possível uso de "armas químicas" contra manifestantes civis.
O prefeito David Smolansky, integrante do partido Voluntad Popular (ao que a liderança socialista considera extremista) escreveu em sua conta pessoal que as supostas armas se empregariam por instruções do presidente Socialista Nicolás Maduro.
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David Smolansky
✔@dsmolansky
4:13 PM Atención Comunidad Internacional: Cuidado y @NicolasMaduro empieza a usar armas químicas como está ocurriendo en #Siria.
17:16 - 8 Apr 2017
"Considero mio grave e irresponsável esta acusação, ela sem fundamentos se dizer que na Venezuela se usar armas químicas contra manifestantes", disse á RT o defensor do povo socialista Tarek William Saab.
Essa exortação pode servir como una desculpa similar a que recorreu os Estados Unidos para invadir Iraque
No atual contexto internacional, essa exortação pode servir como una desculpa similar a que recurreu "Estados Unidos para invadir Iraque, praticando um genocídio contra milhares de civis e ocasionando danos a milhões desses cidadãos".
William Saab qualificou de "insólito" que um funcionário com cargo de eleição popular, "lance semelhante acusação sem se importar com as consequências das mesmas. Em um mundo globalizado, uma temerária acusação como esta, é a desculpa no formato mais emblemático para invadir, para bombardear, para assassinar, produzir guerras em uma nação, esse senhor (Smolansky) tem a condenação de todo o país".

Não existem

Durante seu programa dominical, o chefe de Estado venezuelano Nicolás Maduro declarou que seu país não possui armas químicas, informou a Radio Nacional de Venezuela.
Referindo-se ao comunicado de Smolansky, Maduro sentenciou : "Es una de las cosas más peligrosas que se ha hecho contra la paz y la estabilidad (...) Yo pido a las autoridades de justicia de Venezuela que se investigue y se actúe".
A nível legal, o prefeito opositor poderia ser objeto de las sanções contempladas no Código Penal socialista venezuelano: "Quem quer que seja que, dentro ou fora do território nacional, conspire para destruir a forma política republicana que se deu a nação será castigado com detenção de oito a dezesseis anos. Na mesma pena incorrerá o venezuelano que solicitar a intervenção estrangeira nos assuntos da política interior da Venezuela" (Artigo 132).

Campanha

O defensor do Povo alertou sobre uma escalada internacional que pretende criar as condições para intervir militarmente na nação latino americana .
Suas declarações, aludem a mensagem escrito (também no Twitter) pelo almirante Kurt Tidd, chefe do Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos, quem indicou que a atual crises venezuelana "poderia acabar exigindo uma resposta a nível regional". Sinalizações que foram rapidamente condenados por Caracas.
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US Southern Command
✔@southcomwatch
Adm. Tidd to #SASC: Instability in #Venezuela affects the entire region.
10:59 - 6 Apr 2017
Para Tarek William Saab,a avançada internacional tem um só objetivo: "Pretendem fazer-nos ver como um Estado falido, um Estado foragido , e que essa garantia posteriormente por parte de organismos 'salvadores', uma perigosa intervenção em nosso país. Se trata de campanhas para isolar a Venezuela do concerto mundial de nações e partir de ali justificar uma intervenção militar estrangera".
Tradução: Daniel Lucas -Blog UND
https://actualidad.rt.com


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