Marcelo Rebelo de Souza, presidente de Portugal, e Pedro Passos Coelho,
ex-primeiro-ministro português, que constavam como oradores do IV Seminário
Luso-Brasileiro de Direito Constitucional, do IDP – de propriedade do ministro
Gilmar Mendes, do STF, desistiram do evento em Lisboa; comitiva brasileira conta
com os principais atores pró-impeachment: Michel Temer, José Serra e Aécio
Neves; o jornal português Público destacou nesta quarta-feira que a presença da
oposição está "assustando" os políticos locais; 'o fedor do golpismo atravessou
o Atlântico e ambos, de linha conservadora moderada, resolveram tirar o corpo
fora da aventura golpista d’além mar. Lá fora, sem a máquina mortífera da Globo
e com o prestígio mundial que Lula conquistou, sabem que é “fria” se meter nessa
história', registrou Fernando Brito, do Tijolaço
24 de Março de 2016 às 05:23
Por
Luis Nassif, do GGN
O IV Seminário Luso-Brasileiro de Direito Constitucional, do IDP (Instituto
Brasiliense de Direito Público) – de propriedade do Ministro Gilmar Mendes, do
STF – em Lisboa pretendia apresentar o golpe em marcha à Europa.
Gilmar levou com ele os principais atores políticos pró-impeachment: Michel
Temer, Dias Toffoli, José Serra e Aécio Neves.
Com patrocínio da Itaipu Binacional, CNI (Confederação Nacional da Indústria)
e Fecomercio do Rio de Janeiro, a ideia do evento seria atrair o governo
português e grandes juristas do país.
A inauguração foi marcada para 31 de março.
O evento incomodou o governo e juristas portugueses. Segundo o portal
Publico.pt (de Portugal) (http://migre.me/tkFgN) o presidente português Marcelo
Rebelo de Souza – anunciado como orador no encerramento do evento – não deverá
comparecer. Fonte do governo português, ouvido pelo Publico, declarou que por
“problemas de agenda”, dificilmente ele comparecerá. Fontes em off admitiram o
incômodo com o que parece ser “um governo brasileiro no exílio”.
O constitucionalista Jorge de Miranda, que preside o Instituto de Ciências
Jurídico-Políticas da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, admitiu ao
Publico que “poderá haver algum aproveitamento do Seminário” para fins
políticos. Considerado o principal constitucionalistas português, é provável que
desmarque sua participação, segundo fontes ligadas a ele.
Outras desistências foram do ex-primeiro ministro Pedro Passos Coelho e de
Miguel Prata Roque, secretário de Estado da Presidência do Conselho de
Ministros, ambos alegando problemas de agenda.
Leia abaixo o texto do Fernando Brito, do
Tijolaço, sobreo assunto:
Vejam que interessante a matéria do jornal português Público, sobre o
badalado encontro que vai reunir Gilmar Mendes e Michel Temer em Lisboa, num
seminário da franquia educacional Instituto de Direito Público, pertencente ao
ministro do Supremo:
“Marcelo Rebelo de Sousa, que encerraria o encontro, diz que “será de certeza
muito difícil” comparecer. Passos Coelho foi anunciado como orador mas também
não participará no encontro.”
Marcelo Rebelo de Souza é, “só”, o Presidente de Portugal.
E Pedro Passos Coelho é, “apenas”, ex-primeiro-ministro português até o ano
passado.
Os dois constavam como oradores do evento, mas o fedor do golpismo atravessou
o Atlântico e ambos, de linha conservadora moderada, resolveram tirar o corpo
fora da aventura golpista d’além mar.
Lá fora, sem a máquina mortífera da Globo e com o prestígio mundial que Lula
conquistou, sabem que é “fria” se meter nessa história.
Depois a gente fica contando piada de português, não é?
http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/222462/Governo-português-foge-de-seminário-de-Gilmar.htm
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