quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Obama está contra operação aérea russa porque os 'falcões 'não querem

 

Barack Obama, presidente dos Estados Unidos (EUA)

 

© AP Photo/ Gerald Herbert

 

A declaração do presidente norte-americano sobre o grupo terrorista Estado Islâmico - que este deve ser o único alvo a atingir - é consequência de um mau conselho dos chamados falcões sobre a situação na Síria, opinou um analista à Sputnik.

Combatentes do grupo terrorista Estado Islâmico no Iraque, cidade de Mosul. 25 de junho de 2014

© AP Photo

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O termo “falcões” é geralmente usado nos EUA para designar aqueles conselheiros que constantemente se manifestam em favor de intervenções militares em assuntos de outros países. Segundo o analista geopolítico Eric Draitser disse à Sputnik, Obama deve ter recebido um conselho de um destes “falcões” — especialistas em assuntos do Oriente Médio.

O presidente norte-americano está errado nas suas crenças sobre o que são alvos “certos” e “errados” na Síria, declarou o especialista militar à emissora Sputnik.

"Ele diz que, tendo em conta que David Petraeus foi antes ao Congresso dos Estados Unidos argumentando que os EUA deveriam armar a Frente al-Nusra, afiliada da al-Qaeda, na luta contra o Estado Islâmico, então eu gostaria de questionar a declaração de Obama sobre quem são exatamente os alvos certos e quem são os alvos errados ",

Segundo ele, parece que os Estados Unidos são de opinião que a Al-Qaeda, a Ahrar ash-Sham e a Jaish al-Fatah e outras organizações jihadistas não devem, por uma qualquer razão, ser alvos na guerra contra o terrorismo, que só devemos lutar contra o chamado Estado Islâmico.

"A visão russa da operação contra o terrorismo é uma tentativa de destruir a arquitetura e a infraestrutura de todos os grupos terroristas que operam na Síria", disse.

O analista e criador do site Stopimperialism.com destacou que não só vários observadores internacionais, mas também figuras influentes nos Estados Unidos rejeitam o Estado sírio e insistem na demissão imediata do presidente sírio Bashar Assad.

"Este tipo de estratégia, esta desconstrução ou estratégia de partição de fato é a principal linha de pensamento, especialmente entre o establishment político e militar dos EUA", disse o analista.

Barack Obama conversa com Vladimir Putin antes da sessão de abertura da Cúpula do G-20 em Antália

© AP Photo/ Cem Oksuz/Anadolu Agency via AP, Pool

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Ele notou que ex-chefe da CIA e general reformado David Petraeus, o senador republicano John McCain e o Instituto Brookings, famoso think-tank norte-americano, são aqueles que estão propagando este tipo de estratégia.

Mesmo tendo em conta o fato que eles falharam em obter suficiente atenção à sua ideia da administração de Obama, o conselho destes falcões contribuiu para a recusa dos EUA de coordenar as suas atividades com as forças do governo da Síria, Irã e Rússia na luta contra o Estado Islâmico, afirma Draitser.

A única ação positiva, segundo o analista, foi o suporte por parte dos EUA das forças curdas que lutam contra os terroristas do EI.

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