terça-feira, 17 de novembro de 2015

Espanha emite ordem de detenção contra Netanyahu

 

Primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu

 

© REUTERS/ Carlos Barria

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e outros seis antigos e atuais ministros poderão ser detidos se entrarem em Espanha, depois de o Tribunal espanhol ter ordenado um mandado de detenção.

A decisão judicial foi motivada pelas ações israelitas durante os ataques à Flotilha da Liberdade em 2010.

O juiz espanhol do Tribunal Nacional Jose de la Mata ordenou à polícia e à guarda civil informá-lo se Netanyahu ou seis outros altos funcionários entrarem no país, uma vez que o Tribunal pode abrir um processo contra eles.

Junto com Netanyahu, as outras seis pessoas são: o ex-ministro das Relações Exteriores Avigdor Lieberman, o ex-ministro da Defesa Ehud Barak, o ex-ministro de Assuntos Estratégicos Moshe Yaalon, o ex-ministro do Interior Eli Yishai, o ministro sem pasta Benny Begin e o vice-almirante Maron Eliezer, que era responsável na altura pela operação das Forças de Defesa israelenses.

O caso, que fora congelado pelo juiz espanhol no ano passado, foi iniciado contra os responsáveis israelenses na sequência do ataque das Forças de Defesa de Israel (IDF) contra a chamada Flotilha da Liberdade em 2010.

Ele refere-se especificamente ao principal navio civil, o Mavi Marmara, parte da frota de seis navios que tentou romper o bloqueio israelense de Gaza para entregar ajuda humanitária.

Quando o navio se aproximou da costa de Gaza, os militares da IDF assaltaram o navio em um ataque que deixou 10 ativistas mortos.

A comunidade internacional acusou Israel da violação do direito internacional por causa das ações do IDF durante o incidente. A recente decisão do tribunal espanhol significa que Netanyahu, junto com os outros seis altos funcionários israelenses, podem ser acusados.

No entanto, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores israelense, Emmanuel Nachshon, disse ao Jerusalém Post que Israel reuniu todos os esforços diplomáticos para anular a decisão do tribunal espanhol.

"Nós consideramos isto uma provocação. Estamos trabalhando com as autoridades espanholas para que o processo seja cancelado. Nós esperamos que vá logo acabar".

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